Última atualização: Fanfic finalizada.

Capítulo Único

Não conseguia parar de rir dos caras me vangloriando novamente pela vitória naquela racha contra aquele engomadinho que eu nem lembrava o nome. Ainda mais que ele achou que conseguiria me derrotar já que eu nasci para fazer essas coisas. Tudo bem, deixa eu contar um pouquinho mais sobre mim.

Meu nome é Reed e eu tenho dezessete anos. Estudo na Lower High-School, a escola que era a rival da Eagle High-School. A Lower era do outro lado da cidade, onde o pessoal da Eagle considerava a “ralé”, o pessoal que eles tentavam ao máximo evitar porque éramos seus rivais. Achava aquela competição uma verdadeira idiotice, para ser bem sincero. Mas eu realmente não era considerado uma boa companhia para os engomadinhos de lá. Afinal, além de ser da Lower, ter o estilo que eles realmente consideram “bad boy” e ainda por cima participar de rachas e fazer parte da Black River, a gangue rival da Purple Torment.

A Purple Torment era a gangue dos mais ricos e esnobes, aqueles que frequentavam a Eagle e aquele lado da cidade. Sim, éramos territoriais. Era um saco também. Odiava, mas eu tinha que fazer parte porque era herança. Meu pai morreu e deixou o legado para mim, minha mãe estava presa e se eu não participasse das atividades da gangue… Enfim, não teria nem o que comer ou como me sustentar. Então eu realmente não tinha escolhas a não ser fazer parte daquele sistema sujo e sanguinário da River Black, por mais que no fundo eu sempre iria querer ser um cara normal. Só aquele adolescente indo para a escola e tentando conseguir uma bolsa de estudos, a qual eu sabia que eu jamais conseguiria por todos conhecerem minha fama.

— Melhor foi ele querendo te socar…Você ia arrebentar a cara de plástico perfeita que ele tem. — Neguei com a cabeça com aquilo, me jogando em um sofá que tinham arranjado para aquela festa.

Era na clareira perto do meu trailer, tinha tanta gente que vi uma galera da Eagle misturada e eles geralmente eram bem nojentinhos para se misturarem. Apesar, onde tinha álcool e drogas, eles apareciam como se todos fôssemos melhores amigos e era assim que rolava nossas festas.

— Não arrebentaria a cara dele não. Não me daria ao trabalho — disse, dando de ombros sobre isso. Passei os dedos nos meios fios extremamente curtos e platinados, peguei o maço de cigarro do bolso da jaqueta de couro com o símbolo que eu carregava, mas odiava ter que carregar.

Era uma droga fazer parte de algo que eu realmente não queria nem estar perto. Puxei o cigarro com os lábios mesmo, acedendo em seguida e dando uma boa profunda tragada com vontade, jogando meu corpo para trás e a cabeça junto, soltando a fumaça para cima. A fogueira deixava faíscas bonitas voarem para cima juntamente com o céu. Meus olhos voltaram a descer e se encontraram com um par de orbes verdes. Extremamente verdes mesmo. Ele estava rodeado de pessoas assim como eu também naquele sofá.

— Um campeão da Eagle aqui? — questionei para Bert ao meu lado, que confirmou com a cabeça.

— Eles adoram nossas bebidas e drogas. Também as nossas minas. — Ri fraco daquilo, balançando a cabeça em concordância.

Então deixei meus olhos nele, enquanto fumava tranquilamente e soltava a fumaça para cima. Mais pessoas apareceram na minha frente, então acabei em distraindo com o pessoal que dançava e falava das rachas. Decidi levantar para buscar uma bebida, parando para conversar com mais pessoas que me puxavam pelo braço até quando cheguei no baldinho com gelo e fui pegar a garrafinha, mas outra mão acabou pegando junto. Subi meus olhos até aquele mesmo par de olhos verdes.

— Tudo por uma cerveja? — ergui uma sobrancelha, brincando e sorrindo de canto.

Meus olhos castanhos que eu apostava estarem mais dourados devido a fogueira desceram até sua mão quando ele soltou da garrafa imediatamente.

— Pode ficar — respondeu totalmente sem graça. — Eu vou ver se tem mais no isopor.

— Tá tudo bem. Não vou te morder por causa de uma cerveja — comentei de forma leve, dando um riso nasalado, abrindo a garrafa e então colocando na mão dele. — Sei que tenho cara de quem arranca pedaços... Mas não por uma cerveja. — Brinquei, sorrindo de canto e então indo para trás dele, abrindo a caixa de isopor e pegando outra cerveja ali para mim.

— Obrigado. — Praticamente murmurou para mim e subiu seu olhar até meus olhos.


Mordi de leve meu lábio ao ver que ele não respondeu a brincadeira, então virei meu rosto e retorci meus lábios. Nossa reputação para aqueles lados deveria ser horrível mesmo. Será que inventaram que a gente comia criança? Bebia sangue na janta? Ele estava completamente desconfortável com a minha presença como se eu fosse lhe atacar. Acabei pegando algumas garrafinhas e colocando naquele baldinho pra mais galera pegar também, inclusive ele. Então deixei meus olhos caírem por ele todo, não disfarçando o sorriso fraco que dei em meus lábios ao ver seu estilo completamente oposto da galera daqui.

— Não por isso — murmurei de volta, olhando em seus olhos até ele mesmo desviar.

— Você foi gentil. Agradeço por isso — falou em um tom mais alto.

Deixei um sorriso mais leve e suave surgir em meus lábios com sua feição mudando, então eu que neguei de leve com a cabeça com o que disse.

— Só deixei você pegar uma cerveja. Não tem nada demais nisso. Mas de nada. — Dei de ombros, achando até engraçadinho aquilo tudo.

— Acredite, isso foi muita coisa para mim — a estrela da Eagle respondeu, dando um sorriso bem pequeno.

— Acredito então. — Sorri um pouquinho mais e pisquei meus olhos lentamente para ele.

Ainda achando aquilo tudo novo. Quer dizer, não tanto. Pelo pouco que eu conhecia do pessoal da Eagle educação era algo que eles não tinham, mas nem a gente. Mas isso era quando estávamos em competições, não em festas como essa. E mesmo em competições, eu adoraria que existisse mais respeito entre os competidores. Odiava ter que ouvir merda daquele Balfour e de seu grupinho de esnobes.

. — Decidi me apresentar, estendendo a mão para ele.

. — Sorriu bem de leve olhando. — Desculpe, eu não queria estar sendo intrometido na sua festa…

— Muito prazer, — disse em um tom gentil e baixo. — Não é minha festa e não está sendo intrometido. Pode se sentir à vontade. — Sorri de canto. — Vou te deixar voltar para o seu pessoal. Não quero te deixar mais sem jeito do que já está. Enfim, divirta-se! — abri um pouco mais o sorriso e estendi a cerveja como um cumprimento.

— Ah… Obrigado — falou parecendo ficar menos tenso. Fiz um gesto banal, abanando o ar quando ele me agradeceu de novo, ri baixinho por isso e bebi mais uns bons goles da minha cerveja. — Não, eu só não estou acostumado com pessoas me tratando dessa forma, e nem com esse lugar… Só estou me sentindo deslocado — admitiu. — Eu gostaria de conversar mais contigo. Se você quiser, e eu não estiver sendo um intrometido. Você estava voltando para seus amigos, e tals. — Gesticulou com a mão no ar, indicando onde eu estava antes sentado conversando.

— Te tratando dessa forma? — perguntei curioso e intrigado com aquilo. — Com gentileza? — mordi o canto da minha boca. — Sinto muito por estar se sentindo assim. — Fui sincero, retorcendo meus lábios. — Eu converso bastante com eles, mas nunca conversei contigo — respondi, dando de ombros e bebendo uns goles da cerveja.

— Sim. Com gentileza.— Confirmou balançando com a cabeça também. — Tudo bem, acho que é normal se sentir assim em um lugar diferente, né? — perguntou, me olhando com um pequeno sorriso de novo. — Não, nunca conversamos mesmo. Te achei legal, queria te conhecer.

— Isso é um saco. Ficar surpreso com gentileza, não deveria ser comum. Você não acha? — o olhei de soslaio enquanto bebia minha cerveja. — É, isso é verdade. Mas eu ainda me sinto deslocado até de lugares que frequento todos os dias. Como se chama isso?— ri fraco daquilo como se fosse brincadeira, mas não era. — Podemos nos conhecer então, — sorri em um tom cordial, achando engraçado a careta dele.— Mesmo que nossas escolas sejam rivais e você deve ter ouvido que nós somos satanistas ou algo do gênero. — Brinquei, rindo nasalado.

— Quando a gente espera por coisas ruins o tempo todo ficamos surpreso quando coisas boas acontecem, gosto da sensação que isso me trás. Surpresa por algo bom — me explicou, dando um pequeno sorriso. — Você não se sente confortável onde está? — perguntou deixando a curiosidade vir em seus belos olhos. — Você são satanistas, né? — brincou rindo um pouquinho. — Porque eu vim aqui só porque me prometeram morte, sangue e dança com pessoas peladas em volta da fogueira… Uma das coisas eu já vi. — Olhou para a fogueira.

— Mas não é uma forma melancólica de se viver? Só esperar tristezas, coisas ruins e nada de bom? Dizem que nossos pensamentos tem forças no universo e atrai o que pensamos ou esperamos — disse de forma bem baixinha, olhando em seus olhos. — Neste exato momento eu me sinto confortável conversando contigo. Você não? — abri o sorriso amigável, rindo até um pouco. — Talvez… — o olhei em tom de mistério, fazendo um “u” com a boca. — Ah, eu preciso dar o sinal para começarem. Um segundo. — Então fingi tirar a jaqueta e levantar a camisa, rindo em seguida. — É que anda difícil achar virgens para sacrificar, entende? — suspirei frustrado, rindo ainda mais. — Logo as outras começam — respondi, olhando a fogueira assim como ele e neguei de leve com a cabeça.

Deixei meus olhos irem para os buraquinhos fofos que se formaram em suas bochechas quando vi ele sorrir mais, aquilo me pegou. Fiquei levemente admirado.

— Nunca pensei sobre isso. Eu não espero mais nada de ninguém. Isso é ruim? — perguntou unindo as sobrancelhas de leve. — Nunca tinha ouvido falar disso, mas gostei — disse dando um pequeno sorriso. — Também estou me sentindo confortável — contou baixinho. — Entendo. Virgens são realmente uma demanda difícil… Mas tem um convento logo ali… — apontou por cima de seu ombro, rindo um pouco mais daquela brincadeira e eu o acompanhei, rindo um pouco mais alto e negando de leve com a cabeça.

— Não, não é ruim. As pessoas são muito boas em decepcionar. Nascemos com esse dom! — sorri triste, fazendo uma careta em seguida e vendo ele apenas concordar com a expressão triste também. — Se você joga baralhos, logo vão começar a jogar e vale de tudo no jogo — contei para ele, mudando de assunto e apontando um pessoal com as cartas. — A galera que vai dançar até o sol amanhecer. — Apontei aquele pessoal que fumava e dançava sem pensar em nada. — Aquele pessoal que... Bem. — Mostrei outro sofá que tinha um pessoal se pegando bem loucamente, ri nasalado disso. —Viu? Só uma festa como as outras. E como são as festas da Eagle?

— E o que você vai fazer agora? — Vi curiosidade em seus olhos. — São parecidas, mas são dentro das casas. A gente costuma jogar muito jogo de tabuleiro e twister também. E não tem muita cerveja.

— Posso te mostrar o que vou fazer agora, se você quiser ver. — Estendi a mão para ele, sorrindo de um jeito divertido. — Prometo que não vou te matar ou te levar em um ritual — disse baixinho em tom de zoeira. — Twister? O que é? E o que vocês bebem?
— uni as sobrancelhas, ficando intrigado sobre o que era aquilo.

— Está bem. — Ele hesitou um pouco em aceitar, já esperava que fosse, eu era um desconhecido e com a reputação ruim.

Mas realmente não iria fazer nada com ele. Sorri de leve para ele ficar tranquilo, quase que sussurrei para ele relaxar, então deixei as pontas dos meus dedos deslizarem pelos dedos dele bem sutilmente e de forma lenta, até segurar sua mão e o guiar comigo. Mas antes peguei duas garrafinhas de cerveja com a outra mão.

— Ah, fico agradecido por isso. Eu tenho jogo semana que vem — disse em brincadeira, me tirando um riso também. — Sim! Você não conhece? É um jogo onde tem um tapete com várias bolas coloridas e um tabuleiro com uma seta giratória. Uma pessoa que não está no jogo roda a seta, e onde ela parar a gente tem que seguir a ordem. Tipo: Saiu para mim, mão esquerda no vermelho. Eu vou me abaixar e apoiar minha mão esquerda na bola vermelha. Ai vai sua vez e sai, pé direito no azul. Aí você tem que colocar seu pé direito na bola azul. E isso vai rolando pelas rodadas, pode até quatro pessoas. A gente se embola um no outro para alcançar as cores. Ganha o último que conseguir ficar de pé — explicou rindo um pouco. — Cerveja também, mas umas outras bebidas lá. Eu não sei bem, eu não costumo beber — respondeu sobre as bebidas.

— Ah, não mataria a estrela do time. Que isso! — ri fraco, o guiando para o lado esquerdo, passando por algumas árvores. Neguei com a cabeça quando ele perguntou do jogo e ouvi ele me explicar, sorrindo e o olhando de forma divertida e bem curioso. — Parece ser bem engraçado e difícil. Queria jogar um dia, mas acho que serei péssimo! — confessei, fazendo uma careta cômica com isso. — Ninguém nunca se machucou jogando? — perguntei, chegando com ele no parque abandonado e então soltei sua mão. —Você costuma beber o que então em festas? — quis saber intrigado porque a graça das festas era o álcool, apesar de nunca beber para ficar bêbado.

— Ainda bem que sou a estrela do time — falou dando um suspiro aliviado sobre aquilo. — É sim. Me tira sempre boas risadas. Qualquer dia você pode ir em uma festa comigo e jogar. O que acha? — perguntou animado. — Já sim. Mas a gente tenta não se machucar. — Foi o que respondeu sobre o Twister e eu ri um pouco, esboçando uma careta. — Refrigerante, suco ou ponche — contou
baixinho.

Mal percebi o quanto tinha mordido meu lábio quando estava tão hipnotizado assim como ele no toque em nossas mãos.

— Se não fosse… Você seria meu sacrifício — contei, fazendo um biquinho triste, mas sorri divertido em seguida. Senti ele apertar minha mão, então alisei bem de levinho seu braço por aquilo. Para ele ficar relaxado que não era tão afastado assim, ele veria. — Uma festa do pessoal da Eagles? Eles me expulsariam de lá com os tacos de baseball, . — Ri fraco daquilo. — Mas eu adoraria mesmo assim ir contigo na festa e jogar. Aposto que vai ser divertido — respondi, sorrindo de leve e topando mesmo a ideia.

— Seria uma honra ser o seu sacrifício — falou rindo fraco daquilo. — Eles não fariam nada contigo se você estiver comigo. — Assenti com a cabeça, confiei nele quando disse isso. E se fizessem, não ia me importar também, teria ido por um convite dele e não dos outros. — Será ótimo! Mas… Se quiser eu posso trazer o jogo para cá também caso você não se sinta à vontade para ir em uma festa do outro lado da cidade — ofereceu, me olhando com um sorriso tão lindo no rosto.

— Uma honra? Nunca pensei que ouviria isso. Mas se caso fosse, eu faria ser honrada por você. — Apertei de leve sua mão, a erguendo, curvei meu tronco como uma reverência ao fazer aquela promessa. Mas soltei um riso nasalado com aquela bobeira. riu e agradeceu por aquilo. — Não daria trabalho para você vir lá do outro lado apenas para jogar aqui no meio do nada? — perguntei de forma divertida, sorrindo mais. — Seria ótimo também, . — Estendi mais o sorriso para ele, alisando de leve sua mão com meu polegar.

— Não seria problema nenhum. O jogo é pequeno. Dá para trazer em uma mochila na próxima vez que eu vier — explicou. — Se me chamarem. — Ressaltou logo em seguida.

Vi como ele parecia estar mais leve e relaxado comigo, assim como eu também quando não era de costume rir tanto assim com todas as outras pessoas. Tinha gostado de . Ele era uma boa pessoa.

— Você sempre será bem-vindo aqui, . Pode voltar sim, está convidado por mim. — Abri o sorriso, apertando sua mão levemente.

— Fico grato pelo convite, — agradeceu parecendo estar extremamente feliz mesmo e eu admirei aquele sorriso largo que tinha em seus lábios.

— Não precisa agradecer. Vai ser ótimo te receber aqui mais vezes— respondi, colocando no plural mesmo porque poderia ser mais que só mais uma, se ele quisesse, claro.

— Vai ser ótimo vir aqui mais vezes. — Nossos sorrisos ficaram ainda maiores e eu quase suspirei. Sorri de forma adorável ao vê-lo assustado e chegar mais perto de mim, apertando minha mão.

— Não julgue tanto pela aparência, — sussurrei no ouvido dele sobre o lugar. Ele parecia mesmo assombrado e não era bonito, mas olhando de cima dava pra ver todas as luzes, até mesmo as casas, as estrelas e a lua. — Boas escolhas também — comentei sobre o que ele bebia.

— Ninguém nunca me chamou assim… — murmurou parecendo surpreso. — Ah, obrigado. Pensei que me julgaria por isso como todo o resto. — Suspirou de forma cansada por aquilo.

— Te incomodou? — porque caso sim, eu não chamaria mais, sem problemas nenhum. —Te julgar por não beber? Só idiotas fazem isso. Você bebe o que você quiser — respondi de um jeito leve, dando de ombros e achando ridículo julgar ele por causa daquilo. As pessoas eram mesmo babacas umas com as outras.

— Não. — Sorriu abertamente para mim. — Eu gostei — contou de forma leve. — Sim. As pessoas adoram fazer isso. Me julgar o tempo todo. — Deu de ombros em seguida.

Fiquei olhando seu rosto quando ele olhou nossas mãos e parei de alisar sua pele, podia ter incomodado ele ou ser estranho.

— Eba! — respondi sobre ele ter gostado do apelido, também tinha e fiquei mais feliz ainda em saber que era o único que o chamava assim. — Elas julgam porque as vidas delas são patéticas e entediantes demais para julgarem elas próprias, . — Sorri de leve para ele, balançando nossas mãos de um jeito divertido para fazer ele rir. — Ei! — o chamei, rindo um pouquinho dele ainda encarar os lados com aquele medo nos olhos.

— Não ri — pediu baixinho fazendo um pequeno bico emburrado que me fez querer mordê-lo demais. Apertei sua barriga de levinho por causa daquele biquinho fofo que ele fez.

— Esse era para ter sido um parque, mas pararam a construção antes mesmo dele tomar forma — contei, então o chamei para vir comigo na mini roda-gigante que tinha construída. me escutava com bastante atenção. Subi a escadinha branca e estreita com cuidado até chegar no carrinho que estava no topo, então me sentei. — Não é perigoso, eu juro. — Abri o sorriso para ele e então olhei pra baixo, onde nos dava a visão completa da clareira, da floresta e de toda a festa. — É onde eu venho nas festas. Onde observo todos formarem amizades novas, jogarem, darem risadas, se misturarem como se não tivessem discutido em campeonatos ou algo assim. A música fica mais baixa, mais de fundo e a vista é bem incrível, não é? — olhei para o lado e o encarei.

— É sim — respondeu sem tirar os olhos de mim.

Senti seus olhos no meu rosto enquanto falava sobre a vista, então virei meu rosto e deixei nossos olhos se encontrarem, meus lábios se entreabriram levemente e meu ar foi solto de forma lenta e suave. Tombei bem de leve a cabeça para o lado, me aprofundando um pouco mais na intensidade de seus olhos verdes agora mais escuros.

— É realmente muito bonita… — sussurrei, ainda perdido em seus olhos. — A vista. — sorri de leve, desviando os olhos também e encarando a festa.

— Sim, a vista — concordou.

Não sabia o que tinha rolado entre nossos olhares naqueles instantes, mas eu me senti sem ar, me senti hipnotizado, era como se meu corpo não quisesse que eu desviasse. Tinha sido… Diferente, novo, estranho e não sabia dizer, profundo e intenso. Era como olhar aquela vista só que ainda melhor. Balancei a cabeça, soltando um pigarreio com ele concordando comigo sobre a vista. Cutuquei minha bochecha ao ver de soslaio ele coçando sua nuca, claramente sem graça também.

O que é que tinha rolado ali agora? Teria explicações? Céus!

— Você mora aqui perto? — sua voz saiu baixinha.

— Sim, bem ali! — apontei o trailer um pouquinho mais afastado, mas ainda pertinho. — Você que está bem longe de casa, não é? — voltei meus olhos para ele.

— Você mora com quem lá? — perguntou voltando a olhar para mim. — Estou. Minha casa é bem lá do outro lado. Um pouco afastada também. Meus pais não gostam muito de barulho, e eu meio que me acostumei com isso. — Franziu o nariz.

— Moro sozinho — respondi, dando um pequeno sorriso. — Barulho não é legal, concordo com eles, sabe? Gosto daqui por causa disso também — comentei, olhando para ele.

— Sozinho? — Pareceu surpreso. — Boa escolha então. Aqui é silencioso mesmo.

— Uhum. Sozinho — respondi, erguendo os ombros e sorrindo fechado. — Silêncio é bom. Você consegue ouvir seus próprios pensamentos e geralmente eles tem muito a nos dizer — contei de forma baixa, olhando para o céu agora por alguns segundos até voltar meus olhos para aquele rapaz de olhos verdes ao meu lado.

— Deve ser legal morar sozinho — comentou olhando para mim de novo. — Entendo perfeitamente — falou dando um pequeno suspiro.

— É sim, é bem libertador — falei a verdade porque gostava mesmo de ficar sozinho, mas tinha momentos que me sentia só e essa sensação não era boa, mas conseguia lidar com ela, tinha aprendido com o tempo. — É bom encontrar alguém que entende — murmurei, sorrindo fechado e suspirando fraco. sorriu, parecendo me entender.

Então quando estava encarando o céu, senti novamente seus olhos em mim e apenas fechei meus olhos, sentindo a brisa em meu rosto e o olhar daquele rapaz bonito ao meu lado. O que será que ele via em mim? Abri meus olhos e o olhei, mordendo meus lábios ao olhar para todo seu rosto.

— Eu gostei do seu cabelo. Você quem fez? — sorriu para mim, olhando meu cabelo.

— Sim! Você gostou mesmo? — ri um pouco, tocando em meus fios curtos. — Às vezes, não tem muito o que fazer no trailer, daí faço essas loucuras. — Ri disso e então peguei as cervejas que tinha trazido. — Vai querer?

— Adorei. Muito! É diferente e… — Uni de leve as sobrancelhas quando ele
parou de falar sobre meu cabelo. — Não, ainda tem aqui. — Ergueu a garrafinha e bebeu
mais dela. — Você pode colocar no balde, por favor? — pediu, estendendo a que ainda estava fechada.

Peguei na garrafa enquanto meus olhos estavam presos nos dele de novo, presos daquela forma que me fez prender o ar, então senti meus dedos tocarem os seus de leve, em uma carícia até segurar a garrafa. Minha pele toda se arrepiou ao sentir seus dedos subindo um pouco nos meus, abri minha boca e soltei o ar de leve antes de me afastar. Mordendo minha bochecha internamente também. Mas que porra, ! O que tá rolando? O que está acontecendo? Puta merda! Então a coloquei junto com a outra para guardar depois.

— Obrigado mesmo. Valeu! É bom saber que a doideira agradou alguém. — Abri mais o sorriso, rindo um pouco por isso. — Você tem uns buraquinho nas bochechas quando sorri. É bem fofo, sabia? O seu sorriso. — Decidi comentar, coçando a minha bochecha de leve.

— A doideira ficou linda! — Sorri abertamente com aquilo. — Você gostou das minhas covinhas?

— Obrigado mesmo, . — Agradeci de novo, negando com a cabeça para ele não se preocupar e então beijei sua bochecha rapidamente, me afastando em seguida. Levei minha mão de forma bem leve, sutil e gentil até onde seus dedos tocavam, sua bochecha corada e então tirei sua mão lentamente. — Elas são lindas, . — Nem somente as covinhas, os olhos dele, o nariz, a maçã do rosto, o maxilar e seus lábios. Lambi meus lábios com esses pensamentos, respirando fundo. — Você tem o sorriso mais bonito que já vi — contei baixinho, soltando sua mão e sorrindo bem suavemente. Prendi meu lábio um no outro quando vi ele ficar surpreso com o beijo em sua bochecha. — Desculpa… — pedi baixinho, quase não deixando minha voz sair.

Talvez eu estivesse sendo invasivo de um jeito estranho que tinha o incomodado. Então sorri ao ver ele abaixar seu rosto, sorrindo e vi suas bochechas ficarem mais vermelhas. Ele era lindo demais. Como podia? As bochechas rosadas, o sorriso perfeito que encantava até as estrelas e fazia o silêncio sorrir junto. Não vinha problema algum em contemplar porque ele era mesmo de fato extremamente bonito, não, era lindo mesmo. Estava chegando me assustar como ele estava roubando meu ar de uma forma tão natural, tão fácil dessa forma. Era só ele me olhar que eu ficava sem oxigênio e não queria recuperar. Queria me afogar naquela sensação. Queria ficar boiando em seus tons verdes até eles me afundarem. Era essa sensação e era sim levemente assustadora. Mas assim como o silêncio. E mesmo assim eu era fascinado por ele. Vi como ele segurou seu ar quando o toquei, eu via suas reações, conseguia enxergá-las e sabia que ele estava sentindo o mesmo. Seus olhos tão verdes e ainda mais intensos nos meus, me prendendo ainda mais e sentia os meus fazendo os meus com os dele. Amarrando. Dando um laço e isso me fez puxar mais ar. Sorri de leve quando vi surpresa assim que elogiei suas covinhas. Nem somente elas, mas não podia falar aquilo agora para ele. Mas ele era todo lindo. Céus!

— Não! Por favor, não se desculpe por isso — pediu em voz baixa. — Eu gosto de surpresas, lembra? — falou com um pequeno sorriso. Aumentei o sorriso por ter sido adorável ele pedir para que eu não me desculpasse, era como dizer que ele tinha gostado e isso me fez olhar para ele com um certo brilho nos olhos. — Você traz muitas pessoas aqui? Ou só os sacrifícios? — riu fraquinho daquilo.

— Hmm… Minha mãe me trouxe aqui, então sempre gostei de vir para observar em vez de ser observado — contei, passando a língua entre meus lábios, os umedecendo. — Você foi o primeiro sacrificado que eu trouxe. Sinta-se honrado já — ri baixinho, mordendo de leve meu lábio ao olhar em seus olhos de novo, parando para pensar que ele tinha sido sim o único que trouxe aqui.

— Sua mãe descobriu um belo lugar — falou em um tom baixo, dando um pequeno sorriso. — Estou me sentindo muito honrado — sussurrou sem desviar o olhar nenhum momento.
— Eu gostei muito daqui, — sua voz saiu muito baixa. — Eu posso te chamar assim? — sua mão escorregou um pouco em cima da sua coxa, fazendo com que tocasse um pouquinho a minha.

— Pode sim, — respondi baixinho, rouco e sussurrante, sentindo meu corpo se aproximando um pouco mais, pelo menos meu rosto. — Fico feliz que tenha gostado — sussurrei, descendo meus olhos até sua mão tocando minha coxa e deixei a minha fazer o mesmo, deixando elas se encostaram, até que meus dedos começassem a passar bem lentamente sobre os dele. — O que você mais gostou da vista? — perguntei baixinho, começando a intercalar nossos dedos e a chegar um pouco mais perto.

— Do que está ao meu lado — contou, se aproximando mais de mim. — Eu te achei mais lindo do que toda a vista — confessou.

Ele era lindo demais. Como podia? As bochechas rosadas, o sorriso perfeito que encantava até as estrelas e fazia o silêncio sorrir junto. Não vi problema algum em contemplar porque ele era mesmo de fato extremamente bonito, não, era lindo mesmo. Estava chegando me assustar como ele estava roubando meu ar de uma forma tão natural, tão fácil dessa forma. Era só ele me olhar que eu ficava sem oxigênio e não queria recuperar. Queria me afogar naquela sensação. Queria ficar boiando em seus tons verdes até eles me afundarem. Era essa sensação e era sim levemente assustadora. Mas assim como o silêncio. E mesmo assim eu era fascinado por ele. Ele me encarava e demonstrava que não iria desviar, ele queria aquilo e eu queria também. Meus dedos apertaram de leve seus dedos e então os entrelacei quando ele respondeu e se aproximou mais, me tirando um sorriso fechado e grande. Deixei a ponta de meu nariz se esfregar no dele debaixo para cima, sentindo meu ar escapar dos meus lábios por ter sentido cada palavra de sua resposta.

— Pode contemplar mais do que mais gostou então — sussurrei, ainda olhando em seus olhos, mas passei meu nariz por sua bochecha agora. — Você superou a minha vista preferida também, sabia? Minha mãe odiaria isso.

— Obrigado — agradeceu, fechando seus olhos sorrindo, apertando mais minha mão. — Desculpa senhora — disse aquilo com um pequeno tom de riso, brincando.

Soltei o ar pesadamente contra sua pele ao ver ele fechar seus olhos, apertando minha mão e isso me fez sorrir contra sua bochecha, então o beijei ali de novo. Admirei seu sorriso e até soltei um suspiro pequenininho. Ri fraco de sua brincadeira, passando meu nariz em sua pele de novo.

— Acho que ela te desculparia se visse esse sorriso — disse, apontando para o sorriso dele.

— Não fala isso! — soltou rindo, ficando sem graça. — Eu fico sem jeito com a forma que fala do meu sorriso e das minhas covinhas — confessou.

Esfreguei um pouco mais a ponta do meu nariz em sua pele quando ele pendeu a cabeça para o lado, então respirei seu cheiro, ficando inebriado e automaticamente soltei o ar de forma lenta. Ri baixinho dele todo sem graça, senti vontade demais de apertar aquele garoto. Puta que pariu!

— Se realmente te incomodar, eu paro. Mas será difícil pra mim porque seu sorriso é... — suspirei bem forte, rindo fraco em seguida. — Você é lindo, . — Soltei de uma vez logo, encarando bem dentro dos seus olhos, como se estivesse separando cada tom de verde que existia em suas orbes.

— Não incomoda — falou baixinho, parecendo sem graça e sem reação aos elogios mesmo.

— Não incomoda mesmo? Você tá muito vermelho e eu estou maluco para te morder dessa forma. Está adorável! — não me controlei em falar isso, abrindo mais o sorriso e roubando outro beijo em sua bochecha que estava ruborizada.

— Não quero que pare — sussurrou em um pedido para que eu não parasse de elogiá-lo mesmo ele ficando sem graça. E eu realmente não pararia. — Eu posso te beijar?

— Pode sim, . — Sorri levemente, dando um beijo no canto de seus lábios e em seguida apenas deixei nossos lábios se encostarem, levando minha outra mão até seu rosto, deixando meu polegar alisar seu maxilar.

Suspirei de forma prolongada e baixa com ele fechando seus olhos porque isso fazia eu querer beijar todo seu rosto, tocar cada centímetro dele, deixar meus lábios se arrastarem por toda sua pele. Porra, ! Se controla! Sorri suavemente quando virou seu rosto e minhas sobrancelhas se unirem levemente com seu suspiro gostosinho. Senti ele segurar meu pulso e isso fez meu polegar alisar seu rosto com um pouco mais de pressão. Arfei bem baixinho mesmo quando ele recuou, mas tocou meu nariz com o dele e aquilo me arrepiou tanto que acabei fazendo o mesmo, passando de volta apenas a ponta. Apertei de leve meus dedos em seu rosto quando ele tocou meus lábios e deixei os meus alisarem os dele de um lado para o outro em um carinho calmo. Senti ele sorrindo contra eles e esfreguei de leve meu polegar em sua pele macia.

Abri meus lábios com sua língua passando neles e a beijei com eles em resposta ao como me arrepiou seu toque em meu pulso. Uni um pouco mais minhas sobrancelhas ao sentir sua língua na minha boca, fechei de leve meus lábios em volta dela, a chupando suavemente antes de deixar a minha tocar a dele e deslizar completamente pela lateral dela. Soltei um suspiro ao tombar de leve minha cabeça para o lado e então fazer o mesmo que ele, deixar minha língua toda entrar em sua boca de forma lenta, apertei mais nossos lábios quando passei os meus de volta e rodeei sua língua por baixo, a alisando com a ponta da minha. Deixei meus dentes mordiscando seu lábio inferior antes de voltar a tomar sua boca, puxando seu ar e soltando o meu em tons de suspiro. Meus dedos escorregaram mais em seu rosto, desenhando perfeitamente o contorno de seu maxilar, depois alisei sua bochecha, enquanto minha língua se esfregava lentamente e com pressão sobre a sua. Soltei sua mão levemente, deixando meus dedos alisarem a palma dela até seu pulso, deslizando por todo seu braço, até voltar pelo mesmo caminho e então apertei de leve sua coxa. Sorrindo bem fraco entre o beijo que estava sendo perfeitamente gostoso.

Sorri de leve de volta contra seus lábios, quase querendo abrir meus olhos para olhar seu sorriso, mas sentir seus lábios estava precisamente delicioso. Seus suspiros me deixavam arrepiado e seu toque em meu braço só me fez alisar um pouco mais seu lindo rosto. Deixei meu rosto também pender do lado oposto do dele como ele tinha feito, então puxei meu ar e o dele junto com a forma como me beijou mais profundamente, apertei meus lábios nos seus e alisei lentamente sua língua por baixo quando ela entrou dentro da minha boca. Deixei meu corpo dar uma leve avançada em cima do dele quando vi ele se aproximar mais, apertar mais seus lábios nos meus e lambi todo o céu de sua boca com seus dedos em meu pulso novamente. Uni mais as sobrancelhas com a forma que seu gemido fraco entrou no meu corpo e me esquentou por inteiro, fazendo minha língua passar de forma apertada em seu lábio onde tinha mordiscado.

Girei o beijo quando ele me puxou para mais perto e apertei meus dedos em seu rosto, puxando de leve seus lábios com os meus antes de voltar enfiar minha língua pela lateral da sua, esfregando de um jeito repetitivo até rodea-la por inteira, o beijando mais intensamente. Arfei baixinho com ele me beijando com mais vontade ainda, isso resultou minha mão alisar sua coxa pela parte interna dela, deslizei ela de forma pressionada debaixo para cima, apertando conforme meus lábios passavam pelos seus com vontade e desejo também, meu tronco avançava no dele agora com mais avidez. Gemi rouco com ele arfando daquele jeito, meus dedos apertaram mais sua perna na parte de dentro quando ele se virou e segurou minha nuca com sua outra mão. Enfiei ainda mais minha língua em sua boca, lambendo todo o interior dela, recuando e enfiando de novo, pegando a dele com uma puta vontade, a puxando contra a minha, esfregando mais meus lábios de forma bem apertada pelos seus. Abri meus olhos e o olhei um pouquinho confuso. Será que eu tinha passado dos limites? Tirei minha mão de sua perna no instante seguinte. Minha mão ainda estava em seu rosto, usei ela para fazer com que virasse seu rosto para mim de novo, desci meus dedos para seu queixo, o apertando para que ele me olhasse.

— Desculpa — pediu, apertando mais seus olhos.

— Tá me pedindo desculpas por quê? — perguntei baixinho, dando um beijo suave em seus lábios. — Só porque me beijou gostoso desse jeito? — ri fraquinho, levando meu polegar até seu lábio inferior, o alisando de leve. — Então peço desculpas também por estar querendo mais desse beijo — confessei, puxando seu lábio com meu dedo e então o peguei com meus dentes, puxando de leve até soltá-lo.

Então não consegui realmente me controlar, peguei seus lábios vermelhinhos de novo, o beijando mesmo, subindo minha mão até seu cabelo, prendendo meus dedos com força em suas mechas castanhas. Lambendo dentro de sua boca da esquerda para direita por cima de sua língua, após fiz o mesmo no sentido oposto só que por baixo. Puxei seu cabelo e abri mais minha boca, gemendo baixinho por estar o pegando com vontade agora. Levei minha mão agora para sua outra perna, a puxando contra mim, enfiando mesmo meus dedos em sua coxa, a apertando com extrema avidez e puxei mais seus lábios, deixando o beijo ainda mais rápido e profundo, sentindo como meu corpo estava esquentando. Subi mais minha mão por toda sua perna de forma bem apertada mesmo até quase pegar em sua bunda por baixo, querendo até mesmo levantá-lo um pouco do banco.

Minhas sobrancelhas se uniram ainda mais com a forma como apertava meu pulso e devolvia o beijo, até que acabei devolvendo seu ar e perdendo o meu no caminho e sabia que seria assim mesmo, um roubando o ar do outro e eu poderia deixar ele roubar por quanto tempo ele quisesse, perderia todo meu fôlego se fosse para continuar tendo seus lábios nos meus. As reações dele, quando ele arfava meus olhos chegavam quase se revirarem de tão delicioso que era, seus suspiros me arrepiavam completamente. Gemi mais baixo, apertando mais ainda meus lábios nos dele e esfregando minha língua de volta na sua quando ele abriu mais suas pernas, então fiquei passando minha mão de cima para baixo por dentro de sua coxa mesmo, pegando com mais vontade e sentindo como suas coxas eram fartas, gostosas e uau… Eu tinha que ir com calma ou iria realmente ficar muito excitado mesmo.

Lambi mais ainda gostosamente sua língua com o gemido gostosinho que ele soltou, causando mais arrepios intensos dentro de mim como se estivesse arrepiado por dentro da minha carne, como se minha alma estivesse arrepiada. Caralho, aquilo estava doido demais! Não conseguia realmente entender o que estava acontecendo naquele jeito, na verdade, aqueles tons verdes já tinham me pegado lá daquela festa, quando ainda não tínhamos nem conversado. Aquilo me fez realmente soltar o ar de forma pesada dentro daquele beijo que só ganhou ainda mais cor, ainda mais fogo, ainda mais intensidade conforme eu ia contra ele com um vontade tão grande que mal cabia em mim. Chupei seu lábio com vontade quando ele apertou minha nuca e suspirei fraco e rouco com seus dedos em meus fios curtos. Abri mais minha boca com ele rodeando minha língua que fez o mesmo com a dele, me tirando ainda mais o ar. Puxei o ar quando ele arfou e passei com mais pressa meus lábios nos seus, com mais força também. Soltei outro gemido bem rouco e falho contra seus lábios gostosos em resposta seus dedos puxando meu cabelo, então apertei mais ainda sua coxa. Sorri de leve com sua lambidinha deliciosa em meus lábios. Mantive o sorriso quando ele me olhou e fiz um carinho de leve em seu nariz. Meus olhos falaram para ele naquele momento que me olhava daquela forma enquanto meu polegar ainda tocava seu lábio o quanto ele era lindo. O quanto ele era o cara mais lindo que eu já tinha visto. Aqueles lábios agora bem vermelhinhos, sua pele branca e levemente ruborizada, os cachos castanhos, seus tons extremamente verdes intensos. Suspirei forte.

— Ah, … — gemi baixinho seu nome quando soltei seu lábio, com ele gemendo também porque me acertou com força. Tinha sido gostoso demais!

Afundei ainda mais meus dedos em sua coxa ao sentir a sua na minha cintura, permiti meu corpo ser puxado e até fui contra ele, o beijando ainda mais, querendo ele todo. Fui subindo com minha mão por toda sua perna, a apertando em cada centímetro conforme ele me beijava ainda mais gostosamente, me deixando maluco e completamente viciado no seu gosto, nos seus lábios, na sua língua na minha. Porra, ! O que você estava fazendo comigo? Céus! Uni minhas sobrancelhas com ele avançando contra mim e fiz o mesmo, quase que o jogando contra aquele carrinho ou o puxando para o meu colo de uma vez, isso fazia nossos peitos se chocarem de um jeito que me esquentava demais. Gemi mais rouco em seus lábios com aquela lambida deliciosa em meus lábios. Sorri de canto entre o beijo com ele levantando sua perna, então deixei minha mão descer por baixo dela e apertei bem abaixo de sua bunda, apertando com tanta força que o fiz escorregar um pouco do banco e então o puxei contra mim, puxando sua língua no mesmo instante com meus lábios.

Arfei um pouco alto com ele torcendo minha camisa e indo mais fundo naquele beijo que parecia estar mais quente que a fogueira lá embaixo. Lambi seus lábios, depois enfiei minha língua toda em sua boca de novo, suspirando junto com ele e sentindo meu coração bater ainda mais forte em meu peito, meu ar se perder sempre que eu tentava recuperá-lo. Então ouvi um estalo no carrinho e isso nos balançou, fazendo eu soltar uma gargalhada contra seus lábios mesmo, depois me afastar ainda rindo.

— Seria ótimo se isso não despencasse. — Brinquei, não parando de rir porque tinha levado um baita susto.

— Nem fala isso. Eu estou tremendo com o susto que levei — falou rindo baixinho. Não aguentei e gargalhei ainda mais com ele engasgando no beijo até com aquele baita susto, mas eu o entendia, meu coração estava na garganta praticamente naquele momento. O apertei contra mim no abraço que me deu, afaguei suas costas também e enchi seu ombro de beijos para ele se acalmar. — Você tem um cheirinho bom — contou, beijando meu pescoço.

— Estou sentindo você tremer mesmo. Fica calmo, ! — pedi, rindo baixo agora, o abraçando bem carinhosamente. Fiquei arrepiado com ele me cheirando e beijei seu ombro de novo. — Hm, tenho? Pode cheirar mais — respondi com o tom baixo também, mordendo seu ombro agora.

— Você está me acalmando — falou baixinho com seus olhos fechados e um sorriso nos lábios levemente inchadinhos pelo beijo. — Uhum — concordou com a cabeça. — Eu sou abusado, . Não pode me falar essas coisas. — Riu um pouco daquilo, e passou o nariz em meu pescoço, me cheirando mais, e dando um pequeno suspiro.

— Perfeito. Quero te acalmar mesmo. — Soltei baixinho, alisando suas costas. O riso fraquinho dele me arrepiou de um jeito bom, me fazendo sorrir abertamente. — E se eu quiser que você seja um abusado mesmo comigo? Huh? — perguntei no ouvido dele, beijando seu lóbulo.

— Você vai estar lascado, porque se deitar eu subo em cima de você, tipo, literalmente. — Riu fraquinho daquilo passando a mão em minhas costas.

— Pode subir, não vai ter problema nenhum. — Minha voz estava leve e eu ri mais um pouco. Meus lábios se abriram com seus lábios passando em minha pele se arrepiou demais com aquele toque, suspirei prolongado e rouco. — Que gostoso… — murmurei, me sentindo muito arrepiado mesmo com aquele toque.

— Anotado — falou rindo mais um pouquinho.. A ponta da sua língua tocou em minha pele quando a sentiu arrepiada em seus lábios. — Você é mesmo — sussurrou para mim sobre ser gostoso e eu suspirei. — A gente pode descer. Eu realmente estou com medo desse negócio cair — pediu, me olhando sem graça por isso.

Ri um pouco mais do que me pediu e balancei a cabeça em concordância. Peguei as cervejas que estava do lado e esperei ele descer primeiro, para ir logo depois. Assim que chegamos lá, me encostei de leve na escada, rindo baixo ainda pelo susto e o encarei por alguns segundos.

— Quer voltar para a festa?

— Na festa eu vou poder ficar contigo? — Mordeu seu lábio inferior de leve e chegou mais perto, me dando um selinho de leve e demorado. — Eu quero te beijar mais — falou puxando um pouco de ar, apoiando suas mãos nas barras da escada atrás de mim e chegando um pouco para trás, curvando de leve seu corpo para ficar na minha altura, e olhar dentro dos meus olhos.

— Era o que eu queria mesmo, você na festa comigo — respondi, sorrindo de canto e fechando meus olhos com seu selinho demorado, segurei sua cintura e a apertei querendo puxar seu corpo contra o meu. — Me beija, . Me beija — pedi de forma rouca, esfregando de leve meus lábios nos seus, mas agora encarando seus olhos verdes. Subi minha mão de sua cintura e levei até sua nuca quando ele se curvou.

! — então quando fui colar meus lábios nos seus ouvimos alguém chamá-lo. Mordi meu lábio e alisei de leve sua nuca quando ele abaixou seu rosto.

— Ele tinha que dar falta de mim agora? — perguntou, olhando para o lado e eu ri fraquinho. — Eu quero te encontrar de novo.

— Tá tudo bem. Você tá no meio do mato, ele tá certo em ter se preocupado e vindo atrás — comentei, sorrindo de leve para ele. — Eu também quero muito te ver de novo, — disse sério, olhando em seus olhos. — Hm, se você quiser pode vir aqui de novo ou eu te encontro em qualquer outro lugar. Não me importo com o lugar. Só quero te ver. — Olhei para o rapaz ainda procurando por ele e então roubei um selinho apertado antes de me afastar.

— Por mim tanto faz. Se quiser, a gente pode sair para comer — ofereceu.

— Sair para comer é uma excelente ideia. Quer ir na lanchonete da cidade na terça? — convidei, e sabia que aquela lanchonete era frequentada por todos mesmo, independente da escola ou posição social. Todos amavam ir lá e tinha o melhor milkshake de todos.

— Quero! — falou todo empolgado e eu sorri abertamente.

Olhei para sua mão em meu braço e depois para ele, então fiquei surpreso quando me encostou na escada de um jeito que me tirou um gemidinho delicioso porque tinha sido muito gostoso mesmo. O segurei pela cintura com muita força mesmo, fazendo seu quadril se chocar com o meu naquele beijo me roubou o ar todinho, fazendo minha língua passar pela dele com uma puta vontade, meus dedos o puxavam contra mim com mais anseio, meus lábios puxavam os dele de forma rápida também e não me aguentei, dei um belo apertão em sua bunda antes dele se afastar do beijo. Ri também e lambi meus lábios, negando de leve com a cabeça.

— Vamos. — Sorriu acenando com a cabeça.

— Vamos — respondi, apertando sua cintura em tom de cócegas e comecei a andar ao seu lado até chegarmos no rapaz que o procurava, sorri de forma gentil para ele com um aceno.

— Onde você se enfiou? Foi buscar a cerveja no mato? — o garoto perguntou de um jeito engraçado e olhou para mim por alguns segundos, fazendo meus olhos irem para .

— Não. Eu fui pegar a cerveja e o falou do parque. Então me trouxe para ver. — Mentiu na cara dura e eu quis rir.

— Vou colocar para gelar essas cervejas porque ninguém merece tomar isso quente. — Fiz uma careta, rindo um pouco e olhei de novo para Jake, um olhar rápido e depois um sorriso, então fui guardar as cervejas.

— Beleza — respondeu e nossos olhos ficaram conectados por alguns longos segundos.

Sabia o quanto seria julgado se soubessem daquilo, mas eu realmente não estava me importando. Também sabia que Clevane poderia ser impossível demais para mim, afinal ele era o menino de ouro da Eagle, a estrela do time, o excelente aluno, também o garoto rico e de boa família na cidade. Alguém que era exatamente o oposto de mim. Mas nunca jamais aconteceu comigo o que realmente senti naquela roda-gigante. Não sei o que rolou, mas eu sentia que queria mais e iria atrás dele. poderia ser meu oposto e ser exatamente tudo que eu deveria me manter longe, mas nada disso me impediria quando ele foi o único que me deu a porcentagem certa de como é ser feliz.

era minha doce emoção.


You're calling my name but you gotta make clear
I can't say baby where I'll be in a year

Sweet emotion
Cause a month on the road an' I'll be eating from your hand.


FIM



Nota da autora: Olá, olá! Mais uma vez eu estou trazendo personagens e cenas prontas de RPG. Esse daí é um RPG dos anos 80 e o é rapaz bom, porém, é de gangue, precisa fazer as ruindades para se sustentar e acaba se vendo fascinado pelo Jake que é o garoto prodígio da outra escola rival, o bom moço que não bebe e nem fuma. Ai ai, complicado… KKKK. Todas as falas do quem fez foi a Jaden Forest porque esse menino precioso que tem meu coração todinho e do é dela, outro personagem perdidamente incrível que ela fez que eu sou completamente apaixonada.
Espero que tenham gostado e comentários são sempre bem-vindos!

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


CAIXINHA DE COMENTÁRIOS

O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.


comments powered by Disqus