Capítulo Único
Londres – 04 de março de 2019.
- Escuta, , nós não estamos mais em sintonia. – a garota disse cansada. – Eu te disse desde o início que não estava procurando um namorado ou algo do tipo. Você está procurando algo que eu não posso te oferecer no momento. – soltou um suspiro ao terminar a frase.
- Você só pode estar brincando comigo, , eu acabei de confessar que estou me apaixonando por você e você me diz isso? – O garoto estava pasmo diante da fala da morena.
- Eu acho melhor nós não nos encontrarmos mais. – ela pegou sua bolsa em cima do sofá do rapaz. – Eu acho melhor assim, não quero machucar seu coração. – a acompanhou até a porta de sua casa.
- Não é possível que isso não tenha significado nada para você, . – ele insistia que não havia sido o único a se envolver mais do que o combinado.
- Desculpa, mas é a verdade. – ela deu as costas, caminhando até seu carro.
- Você não vai me esquecer tão fácil, . – a garota ouviu dizer da porta de casa assim que se trancou dentro do carro. Suspirou fundo mais uma vez e finalmente deu partida, deixando o residencial que frequentara nos últimos meses.
…
Londres – 04 de junho de 2019.
Junho havia chegado, e trouxe consigo um calor absurdo. mal podia esperar pelas suas férias, que logo chegariam. Sempre fora organizada o suficiente para planejar as férias anuais de seu trabalho para caírem justamente no verão, o que facilitava as saídas para clubes e casas noturnas junto com seus amigos.
A morena andava pelas ruas do centro da cidade carregando algumas sacolas com peças de roupas que havia comprado exclusivamente para aquela noite. Ela iria para a Cirque Le Soir, uma boate bastante conhecida na cidade por ter sua temática circense e, também, por receber a visita de alguns famosos. Ao lembrar-se disso, seu pensamento voou em direção a . Já faziam três meses que eles não se viam, não trocavam nenhuma mensagem, e não mantinham nenhum tipo de contato, mas... por que ele insistia em atormentar seus pensamentos de vez enquanto? Com o propósito de espantar a lembrança do dono dos olhos mais verdes que a garota conhecia, fechou os olhos sentindo a brisa de verão ir de encontro com seu rosto. Sua tentativa foi considerada falha assim que a garota tornou a abrir seus olhos e deparou-se com atravessando a avenida. Piscou duas, três vezes e o moreno sumiu, como se tivesse evaporado. “Só posso estar ficando louca” foi a frase que cruzou os pensamentos de enquanto o sol se punha e dava lugar a lua.
Ao chegar em seu apartamento, largou as sacolas em cima do sofá e caminhou até a cozinha. Encheu um copo de água e apoiou-se na bancada para beber, mas, por alguma razão, as lembranças insistiam em passar por sua cabeça. E dessa vez, a jovem podia visualizar o dia em que ela e o rapaz decidiram fazer brownies logo após terem transado, e acabaram espalhando trigo por toda a cozinha. Eles riam, estavam felizes.
- Meu Deus, que tormenta! – a garota exclamou ao colocar o copo na pia e dirigir-se ao seu quarto, passando pela sala e pegando as sacolas de roupa que havia deixado no sofá.
Tirou o que vestia, seguindo para o banheiro de sua suíte. Tomou um banho longo e voltou para o quarto para começar a se arrumar. Secava os cabelos com calma, enquanto se olhava no espelho, quando outra memória decidiu invadir seus pensamentos. Dessa vez era dela contando às amigas sobre …
“- É, ele é um cara legal, mas não sei... Acho que está se apegando demais. – disse ao bebericar seu drink, enquanto suas duas amigas Lia e Annie rolaram os olhos.
- Se ele é um cara legal, por que não tenta dar uma chance real a ele? – Lia já havia perdido a paciência com as atitudes da amiga, de dispensar todo cara legal que aparecia em sua vida.
- Ele é bonzinho demais, Lia, não faz meu tipo. - a garota deu ombros ao olhar no fundo dos olhos da amiga.
- Desculpa, por um momento esquecemos que você gosta do tipo que vai te humilhar e tratar como lixo. – Annie disse e deu dedo a ela.
- Eu só não me sinto bem estando com ele assim, enquanto ele se apaixona e eu sinto um grande e vazio nada. – as duas amigas se entreolharam. – Inclusive, acho que vou o dispensar amanhã a noite. – Lia e Annie ergueram os braço em sinal de rendição.
- Presta atenção no que você vai fazer, , ele pode ser o certo pra você... - Lia alertou a amiga, antes de se jogar na cama.”
fechou os olhos com força assim que a memória foi interrompida por seu celular vibrando. Era mensagem de Annie, onde só se encontrava o link de uma matéria da People Magazine. Ao clicar era direcionada a uma página que tinha o título “ é flagrado com loira desconhecida”. Ignorou o texto e seguiu até as imagens para ver se a tal loira era mais bonita do que ela, contudo não obteve sucesso, devido a baixíssima qualidade das fotos. Ele estava seguindo em frente, e ela seguia tendo lapsos de memória de momentos que eles haviam vivido. O que seria isso? Ela precisava entender.
Fez sua maquiagem e vestiu a roupa. Uma calça branca de cintura alta com um corpete de renda preto. Nos pés calçava um salto fino, também preto. Pôs alguns acessórios e estava pronta para ir para a bendita Cirque Le Soir. Chamou um uber e em poucos minutos estava na fila para entrar na casa noturna. Após entrar, foi direto ao bar pegando um gim com tônica, e subindo para o mezanino que tinha reservado com as amigas. Cumprimentou-as ao chegar onde havia sido combinado.
- Você ta bem, ? Parece meio distante. – Lia perguntou ao notar o olhar vago da amiga.
- Estou sim, só preciso beber um pouco. – disse virando o copo de vez e assustando as amigas.
- Hey, calma. – Annie começou. – Não quero carregar ninguém para casa.
- E nem vai precisar. – A morena deu ombros e levantou-se do sofá, caminhando até a pista de dança.
Não conhecia direito a música que tocava, mas era algo sexy o suficiente para que a garota pusesse para fora toda aquela perturbação que as memórias vinham trazendo a ela.
Logo avistou um loiro, e investiu no flerte, fazendo com que o cara se aproximasse e começasse a dançar com ela. Mal se importou em descobrir seu nome, afinal não passaria daquilo. Mesmo assim soube que ele se chamava Keith e era um empresário escocês de passagem pela Inglaterra à negócios, quando ela finalmente cedeu aos seus convites para tomar algo no bar. A garota ergueu uma sobrancelha em surpresa quando sentiu a mão do homem com quem conversava passar por sua coxa, depositando um pequeno carinho ali. Ela já sabia o que ele queria. E ela sentia que precisava ficar com alguém para que parasse de pensar em .
Sem perder tempo, puxou Keith para um canto escuro da boate, colando-o na parede e iniciando um beijo desesperado. Porém, ao invés de aproveitar o momento, ela sentia que algo estava errado. Keith era excelente no beijo, mas ainda assim não era o beijo que ela queria naquele momento. Keith não sabia o que fazer com ela enquanto a beijava, para deixá-la completamente louca. Ele não sabia como inverter as posições e a colar na parede com um misto de violência, doçura e tesão como o maldito fazia.
Se sentiu perdida. Precisava se livrar daquele homem, já que não havia mais sentido para que ela ficasse com ele. Despistou-o para subir de volta ao mezanino, passando pelo bar e pegando um copo bem grande de vodca com coca-cola. Sentou-se no sofá, apoiando seu rosto em suas duas mãos em desespero.
- , o que ta rolando? – Lia era a mais velha das três, e com isso conseguia perceber quando algo estava errado, e não era só efeito do álcool.
- Eu não consigo, Lia, não consigo tirar ele da cabeça. – ela confessou, sentindo um peso de toneladas ser depositado em cima de si mesma.
- Não consegue esquecer quem, louca? – Annie era a ruiva mais bêbada do pequeno grupo, e provavelmente de toda a boate.
- . – Lia respondeu a ruiva que abriu a boca em um perfeito “o”.
- Eu passei o dia todo sendo bombardeada com memórias. – começou. – Memórias de quando nós estávamos juntos, de como riamos e passávamos o tempo relaxando. – encarou as amigas. – E até mesmo do dia em que nós três conversamos sobre eu o dispensar. Não sei mais o que fazer, eu estou enlouquecendo. – Deu uma golada generosa em seu copo.
- Você já tentou, sei lá, ficar com outra pessoa? Afinal, já fazem três meses, ! – A mais velha tentou ajudar a garota.
- Já, Lia, inclusive tentei seguir em frente agora pouco e falhei outra vez. – o desespero estava estampado em seus olhos. – Ninguém consegue me tocar e causar o que ele causa.
- Já tentou com garotas? – Annie sugeriu ao notar que garotas do mezanino ao lado olhavam para elas. e Lia a encararam sem acreditar que aquelas palavras haviam saído da boca da amiga. – O que foi? Se não da certo com caras, talvez dê com mulheres... Século XXI. – A ruiva deu ombros.
- Vou ignorar o que a Annie disse. – a morena tomou mais de seu copo. – Eu não acredito que isso está acontecendo.
- Eu te disse que ele podia ser o certo. – a mais velha disse colocando uma mecha do cabelo de atrás da orelha. – Você devia o procurar, antes que seja tarde demais...
- Já é tarde demais... – se rendeu, lembrando do título da matéria que havia recebida há poucas horas atrás.
- Não, ainda não é. – a ruiva abriu a boca. – Enquanto você está aí se lamentando, ele deve estar em casa sozinho, e é essa a hora que você vai o abordar e dizer como se sente... Anda! – Pela primeira vez, naquela noite, Annie finalmente tinha dito algo que era útil.
levantou-se e pagou sua conta. Chamou um outro uber, a caminho do destino tão conhecido por ela. O motorista seguia para o destino, e foi só nesse momento que ela reparou como as luzes da cidade estavam lindas.
Ao passar pelo bairro Holloway e entrar no residencial em que morava sentiu seu estômago gelar. E se ele não estivesse em casa? E se ele estivesse com a loira misteriosa? Pensou umas quinze vezes antes de descer do carro. Nem pediu para que o motorista a esperasse, ela sabia que iria demorar um pouco para que tomasse coragem de tocar a campainha da casa de . deu algumas voltas pelo jardim da frente da casa do rapaz e percebeu que o álcool havia começado a fazer efeito, já que ela havia começado a ver tudo girando.
Ótimo, abordaria bêbada e ele não a levaria a sério...
Tirou seu salto para ficar mais fácil andar na grama e olhou para o céu buscando por algum sinal divino para que ela não batesse na porta de . Dez minutos nessa posição e nada. Finalmente tomou coragem, tocando a campainha duas vezes. Ouviu alguns passos e, em seguida, viu a porta ser aberta pelo jovem sonolento.
- ? – ele a olhou confuso. – O que você ta fazendo aqui? São três e meia da manhã.
- Talvez minhas amigas estivessem certas o tempo todo. - Ela soltou e o garoto a encarou com mais confusão.
- Certas sobre o que?
- Eu sei que estou mais gostosa agora, mas não tem graça estar assim sozinha. – ela disse aflita, esperando que entendesse do que se tratava.
- Pelo amor de Deus, garota, o que você está falando? – Ele cruzou os braços. – Só está soltando frases desconexas.
- Ai caralho! – disse um pouco alto demais. – Isso é um pouco mais difícil do que eu imaginei que seria.
- , você está bêbada. – ele constatou. – Vem, entra. – deu espaço e a morena entrou sentando no sofá, enquanto o dono da casa preparava um chá.
Ela se xingou inúmeras vezes por ser frouxa e não conseguir dizer a o que ela realmente precisava dizer. Esfregou a mão no rosto, esquecendo da maquiagem um pouco pesada que usava. voltou da cozinha trazendo uma xícara de chá com leite.
- Pode me dizer o que ta acontecendo? – ele pediu calmamente.
- Ninguém consegue me ter como você. – ele franziu o cenho ainda sem entender o rumo que a conversa tomava. – Eu não deveria ter te deixado, sério. – pausou a fala para experimentar o chá. – Nós podemos fazer isso do jeito fácil ou do jeito difícil, então, antes que você siga em frente eu preciso te dizer uma coisa…
“Sorry that I had to let you go… Wish I knew then what I know now… Baby, I’ll forget you not…”
- Escuta, , nós não estamos mais em sintonia. – a garota disse cansada. – Eu te disse desde o início que não estava procurando um namorado ou algo do tipo. Você está procurando algo que eu não posso te oferecer no momento. – soltou um suspiro ao terminar a frase.
- Você só pode estar brincando comigo, , eu acabei de confessar que estou me apaixonando por você e você me diz isso? – O garoto estava pasmo diante da fala da morena.
- Eu acho melhor nós não nos encontrarmos mais. – ela pegou sua bolsa em cima do sofá do rapaz. – Eu acho melhor assim, não quero machucar seu coração. – a acompanhou até a porta de sua casa.
- Não é possível que isso não tenha significado nada para você, . – ele insistia que não havia sido o único a se envolver mais do que o combinado.
- Desculpa, mas é a verdade. – ela deu as costas, caminhando até seu carro.
- Você não vai me esquecer tão fácil, . – a garota ouviu dizer da porta de casa assim que se trancou dentro do carro. Suspirou fundo mais uma vez e finalmente deu partida, deixando o residencial que frequentara nos últimos meses.
Junho havia chegado, e trouxe consigo um calor absurdo. mal podia esperar pelas suas férias, que logo chegariam. Sempre fora organizada o suficiente para planejar as férias anuais de seu trabalho para caírem justamente no verão, o que facilitava as saídas para clubes e casas noturnas junto com seus amigos.
A morena andava pelas ruas do centro da cidade carregando algumas sacolas com peças de roupas que havia comprado exclusivamente para aquela noite. Ela iria para a Cirque Le Soir, uma boate bastante conhecida na cidade por ter sua temática circense e, também, por receber a visita de alguns famosos. Ao lembrar-se disso, seu pensamento voou em direção a . Já faziam três meses que eles não se viam, não trocavam nenhuma mensagem, e não mantinham nenhum tipo de contato, mas... por que ele insistia em atormentar seus pensamentos de vez enquanto? Com o propósito de espantar a lembrança do dono dos olhos mais verdes que a garota conhecia, fechou os olhos sentindo a brisa de verão ir de encontro com seu rosto. Sua tentativa foi considerada falha assim que a garota tornou a abrir seus olhos e deparou-se com atravessando a avenida. Piscou duas, três vezes e o moreno sumiu, como se tivesse evaporado. “Só posso estar ficando louca” foi a frase que cruzou os pensamentos de enquanto o sol se punha e dava lugar a lua.
Ao chegar em seu apartamento, largou as sacolas em cima do sofá e caminhou até a cozinha. Encheu um copo de água e apoiou-se na bancada para beber, mas, por alguma razão, as lembranças insistiam em passar por sua cabeça. E dessa vez, a jovem podia visualizar o dia em que ela e o rapaz decidiram fazer brownies logo após terem transado, e acabaram espalhando trigo por toda a cozinha. Eles riam, estavam felizes.
- Meu Deus, que tormenta! – a garota exclamou ao colocar o copo na pia e dirigir-se ao seu quarto, passando pela sala e pegando as sacolas de roupa que havia deixado no sofá.
Tirou o que vestia, seguindo para o banheiro de sua suíte. Tomou um banho longo e voltou para o quarto para começar a se arrumar. Secava os cabelos com calma, enquanto se olhava no espelho, quando outra memória decidiu invadir seus pensamentos. Dessa vez era dela contando às amigas sobre …
“- É, ele é um cara legal, mas não sei... Acho que está se apegando demais. – disse ao bebericar seu drink, enquanto suas duas amigas Lia e Annie rolaram os olhos.
- Se ele é um cara legal, por que não tenta dar uma chance real a ele? – Lia já havia perdido a paciência com as atitudes da amiga, de dispensar todo cara legal que aparecia em sua vida.
- Ele é bonzinho demais, Lia, não faz meu tipo. - a garota deu ombros ao olhar no fundo dos olhos da amiga.
- Desculpa, por um momento esquecemos que você gosta do tipo que vai te humilhar e tratar como lixo. – Annie disse e deu dedo a ela.
- Eu só não me sinto bem estando com ele assim, enquanto ele se apaixona e eu sinto um grande e vazio nada. – as duas amigas se entreolharam. – Inclusive, acho que vou o dispensar amanhã a noite. – Lia e Annie ergueram os braço em sinal de rendição.
- Presta atenção no que você vai fazer, , ele pode ser o certo pra você... - Lia alertou a amiga, antes de se jogar na cama.”
fechou os olhos com força assim que a memória foi interrompida por seu celular vibrando. Era mensagem de Annie, onde só se encontrava o link de uma matéria da People Magazine. Ao clicar era direcionada a uma página que tinha o título “ é flagrado com loira desconhecida”. Ignorou o texto e seguiu até as imagens para ver se a tal loira era mais bonita do que ela, contudo não obteve sucesso, devido a baixíssima qualidade das fotos. Ele estava seguindo em frente, e ela seguia tendo lapsos de memória de momentos que eles haviam vivido. O que seria isso? Ela precisava entender.
Fez sua maquiagem e vestiu a roupa. Uma calça branca de cintura alta com um corpete de renda preto. Nos pés calçava um salto fino, também preto. Pôs alguns acessórios e estava pronta para ir para a bendita Cirque Le Soir. Chamou um uber e em poucos minutos estava na fila para entrar na casa noturna. Após entrar, foi direto ao bar pegando um gim com tônica, e subindo para o mezanino que tinha reservado com as amigas. Cumprimentou-as ao chegar onde havia sido combinado.
- Você ta bem, ? Parece meio distante. – Lia perguntou ao notar o olhar vago da amiga.
- Estou sim, só preciso beber um pouco. – disse virando o copo de vez e assustando as amigas.
- Hey, calma. – Annie começou. – Não quero carregar ninguém para casa.
- E nem vai precisar. – A morena deu ombros e levantou-se do sofá, caminhando até a pista de dança.
Não conhecia direito a música que tocava, mas era algo sexy o suficiente para que a garota pusesse para fora toda aquela perturbação que as memórias vinham trazendo a ela.
Logo avistou um loiro, e investiu no flerte, fazendo com que o cara se aproximasse e começasse a dançar com ela. Mal se importou em descobrir seu nome, afinal não passaria daquilo. Mesmo assim soube que ele se chamava Keith e era um empresário escocês de passagem pela Inglaterra à negócios, quando ela finalmente cedeu aos seus convites para tomar algo no bar. A garota ergueu uma sobrancelha em surpresa quando sentiu a mão do homem com quem conversava passar por sua coxa, depositando um pequeno carinho ali. Ela já sabia o que ele queria. E ela sentia que precisava ficar com alguém para que parasse de pensar em .
Sem perder tempo, puxou Keith para um canto escuro da boate, colando-o na parede e iniciando um beijo desesperado. Porém, ao invés de aproveitar o momento, ela sentia que algo estava errado. Keith era excelente no beijo, mas ainda assim não era o beijo que ela queria naquele momento. Keith não sabia o que fazer com ela enquanto a beijava, para deixá-la completamente louca. Ele não sabia como inverter as posições e a colar na parede com um misto de violência, doçura e tesão como o maldito fazia.
Se sentiu perdida. Precisava se livrar daquele homem, já que não havia mais sentido para que ela ficasse com ele. Despistou-o para subir de volta ao mezanino, passando pelo bar e pegando um copo bem grande de vodca com coca-cola. Sentou-se no sofá, apoiando seu rosto em suas duas mãos em desespero.
- , o que ta rolando? – Lia era a mais velha das três, e com isso conseguia perceber quando algo estava errado, e não era só efeito do álcool.
- Eu não consigo, Lia, não consigo tirar ele da cabeça. – ela confessou, sentindo um peso de toneladas ser depositado em cima de si mesma.
- Não consegue esquecer quem, louca? – Annie era a ruiva mais bêbada do pequeno grupo, e provavelmente de toda a boate.
- . – Lia respondeu a ruiva que abriu a boca em um perfeito “o”.
- Eu passei o dia todo sendo bombardeada com memórias. – começou. – Memórias de quando nós estávamos juntos, de como riamos e passávamos o tempo relaxando. – encarou as amigas. – E até mesmo do dia em que nós três conversamos sobre eu o dispensar. Não sei mais o que fazer, eu estou enlouquecendo. – Deu uma golada generosa em seu copo.
- Você já tentou, sei lá, ficar com outra pessoa? Afinal, já fazem três meses, ! – A mais velha tentou ajudar a garota.
- Já, Lia, inclusive tentei seguir em frente agora pouco e falhei outra vez. – o desespero estava estampado em seus olhos. – Ninguém consegue me tocar e causar o que ele causa.
- Já tentou com garotas? – Annie sugeriu ao notar que garotas do mezanino ao lado olhavam para elas. e Lia a encararam sem acreditar que aquelas palavras haviam saído da boca da amiga. – O que foi? Se não da certo com caras, talvez dê com mulheres... Século XXI. – A ruiva deu ombros.
- Vou ignorar o que a Annie disse. – a morena tomou mais de seu copo. – Eu não acredito que isso está acontecendo.
- Eu te disse que ele podia ser o certo. – a mais velha disse colocando uma mecha do cabelo de atrás da orelha. – Você devia o procurar, antes que seja tarde demais...
- Já é tarde demais... – se rendeu, lembrando do título da matéria que havia recebida há poucas horas atrás.
- Não, ainda não é. – a ruiva abriu a boca. – Enquanto você está aí se lamentando, ele deve estar em casa sozinho, e é essa a hora que você vai o abordar e dizer como se sente... Anda! – Pela primeira vez, naquela noite, Annie finalmente tinha dito algo que era útil.
levantou-se e pagou sua conta. Chamou um outro uber, a caminho do destino tão conhecido por ela. O motorista seguia para o destino, e foi só nesse momento que ela reparou como as luzes da cidade estavam lindas.
Ao passar pelo bairro Holloway e entrar no residencial em que morava sentiu seu estômago gelar. E se ele não estivesse em casa? E se ele estivesse com a loira misteriosa? Pensou umas quinze vezes antes de descer do carro. Nem pediu para que o motorista a esperasse, ela sabia que iria demorar um pouco para que tomasse coragem de tocar a campainha da casa de . deu algumas voltas pelo jardim da frente da casa do rapaz e percebeu que o álcool havia começado a fazer efeito, já que ela havia começado a ver tudo girando.
Ótimo, abordaria bêbada e ele não a levaria a sério...
Tirou seu salto para ficar mais fácil andar na grama e olhou para o céu buscando por algum sinal divino para que ela não batesse na porta de . Dez minutos nessa posição e nada. Finalmente tomou coragem, tocando a campainha duas vezes. Ouviu alguns passos e, em seguida, viu a porta ser aberta pelo jovem sonolento.
- ? – ele a olhou confuso. – O que você ta fazendo aqui? São três e meia da manhã.
- Talvez minhas amigas estivessem certas o tempo todo. - Ela soltou e o garoto a encarou com mais confusão.
- Certas sobre o que?
- Eu sei que estou mais gostosa agora, mas não tem graça estar assim sozinha. – ela disse aflita, esperando que entendesse do que se tratava.
- Pelo amor de Deus, garota, o que você está falando? – Ele cruzou os braços. – Só está soltando frases desconexas.
- Ai caralho! – disse um pouco alto demais. – Isso é um pouco mais difícil do que eu imaginei que seria.
- , você está bêbada. – ele constatou. – Vem, entra. – deu espaço e a morena entrou sentando no sofá, enquanto o dono da casa preparava um chá.
Ela se xingou inúmeras vezes por ser frouxa e não conseguir dizer a o que ela realmente precisava dizer. Esfregou a mão no rosto, esquecendo da maquiagem um pouco pesada que usava. voltou da cozinha trazendo uma xícara de chá com leite.
- Pode me dizer o que ta acontecendo? – ele pediu calmamente.
- Ninguém consegue me ter como você. – ele franziu o cenho ainda sem entender o rumo que a conversa tomava. – Eu não deveria ter te deixado, sério. – pausou a fala para experimentar o chá. – Nós podemos fazer isso do jeito fácil ou do jeito difícil, então, antes que você siga em frente eu preciso te dizer uma coisa…
Fim.
Nota da autora: Heyy!!! Acho que esse é o meu primeiro ficstape publicado no site e eu to bem ansiosa, na verdade! Espero que vocês tenham gostado tanto quanto eu amei escrever esse hino de música <3
Fiquem a vontade para acessar qualquer outra das fanfics que publico aqui no FFOBS <3 byeee x.
Outras Fanfics:
Em andamento:
Oxford University [Bandas, One Direction, Restrita]
Falling In Love Again [Cantores, Shawn Mendes, Restrita]
Fiquem a vontade para acessar qualquer outra das fanfics que publico aqui no FFOBS <3 byeee x.
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