Capítulo Único
não gostava de festas como aquela, sentia-se deslocado, seu lugar não era ali, no entanto, estava fazendo esse esforço por . A mulher amava a agitação das músicas altas, as pessoas bêbadas e chapadas, ela se sentia livre.
Eles eram opostos, mas isso não importava muito. Como eles gostavam de dizer, peças iguais não se encaixavam. Procuravam a harmonia, um dia eles ficavam em casa, chapados sozinhos, no outro saiam pras melhores boates de Londres, e sempre estaria desconfortável, podia entrar ano e sair ano, ele nunca ia gostar da multidão.
Pegou sua bebida, procurando um lugar mais calmo em meio aquela multidão, um lugar no qual pudesse ver sua namorada dançar. Ela, por sua vez, não gostou da atitude do rapaz, queria que ele fosse um pouco mais extrovertido e foi atrás dele, segurando sua mão livre e o puxando para o meio da multidão, para que pudessem dançar.
— ... — Ele revirou os olhos quando ela simplesmente deu de costas pra ele e começou a dançar.
— Por favor! — Ela disse, se virando pra ele novamente, seus olhos verdes brilhavam feito kriptonita, aquela mulher definitivamente era o fraco dele.
Deu-se por vencido e segurou a cintura dela com uma das mãos, a música que ele não conhecia tocava alta e sabia que quando voltasse para casa um zumbido ia ficar em seu ouvido, o atormentando.
Algum tempo depois, ambos estavam rindo porque tinha quase caído enquanto ia pra fora da boate procurar um táxi. O clima entre eles estava tão bom que ele se esqueceu de seu trabalho.
— Merda. — Ele disse assim que olhou o celular e viu que era 01h56min da madrugada. — Vou acordar de ressaca e tenho uma apresentação importante ama... Hoje, eu sou mesmo muito louco.
gargalhou tentando parar algum táxi. Assim que um parou eles entraram e deu o endereço do apartamento onde morava. estava quase dormindo no ombro dele quando chegaram, o pagou pela corrida e saiu do carro, acompanhado pela namorada.
— ... Obrigada por se soltar hoje, mesmo. — Ela disse, entrando no elevador e encostando-se em uma das paredes geladas.
— O que você não me pede sorrindo que eu não faço chorando, né? Agora eu só preciso de comida, um banho pra tirar esse cheiro de vodca e cama.
— E de mim pra fazer você acordar no horário. — Ela sorriu e o abraçou. Instantes depois a porta do elevador se abriu e eles caminharam até o apartamento dele. Adentrando no local, ela tirou a blusa, jogando-a no sofá e caminhou até o quarto enquanto o rapaz tirava o sapato, indo para a cozinha procurar algo pra comer.
— , vem cá. — Ele a chamou.
— O quê? — Ela respondeu, andando até a sala apenas de lingerie.
— O que eu faço pra gente comer? — Ele coçou os olhos, se apoiando na porta da geladeira.
Ela encarou o por algum tempo e sorriu.
— Vai tomar banho que eu me viro aqui.
— Você que manda. — Ele disse e fechou a geladeira, caminhando até a mulher e a segurando-a pela cintura, a beijando. — Te amo.
— Também te amo.
Dito isso, ele caminhou para o quarto e pegou sua toalha, indo para o banheiro.
Ligou o chuveiro, a água quente caia e relaxava seus músculos. Se livrou do cheiro de álcool que estava impregnado em seu corpo e dez minutos depois ele saiu do banheiro. Se trocou e foi para a cozinha, encontrando a namorada sentada na bancada da cozinha o esperando.
— Hambúrguer com bacon, dizem que é bom pra não dar ressaca. — Ela sorriu, entregando um prato pra ele e pulando da bancada.
— Definitivamente, eu tenho a melhor namorada do mundo. — Ele sorriu, se sentando e deixando o prato na mesa. Ela se sentou na frente dele, com seu lanche já em mãos e comeram em silêncio.
— Vou tomar banho. — Ela disse após terminar seu lanche e beber o refrigerante que devia estar na geladeira há alguns bons dias, já que o gás estava escasso nele.
— Vou escovar os dentes e te encontro na cama, trabalho até meio dia hoje então você vai ficar, né? — Ele perguntou.
— Claro. — Ela se levantou e saiu da cozinha.
Ele terminou de comer e entrou no banheiro, cantava alguma música que ele não conhecia enquanto tomava banho. O não aguentou e começou a rir, ela definitivamente não cantava nada bem.
— Tá rindo do quê? Eu sou a próxima Whitney! — Ela disse.
— E eu o próximo Michael Jackson. — Ele disse depois de terminar de escovar os dentes.
Depois, foi para o quarto e se deitou, esperando a namorada sair do banheiro. Ela saiu enrolada na toalha.
— Eu me esqueci de trazer roupas minhas dessa vez. — Ela riu, olhando pra ele.
— Desculpa pra levar mais uma camiseta minha embora? — perguntou, rindo.
— Talvez eu queira aquela do Led Zeppelin. — disse, abrindo o guarda roupas dele.
— Aquela? A minha favorita? Só porque é você. — Ele disse. — Ela tá na segunda gaveta.
Ela pegou a camiseta e se desfez da toalha, colocando a mesma em uma cadeira, pegou uma calcinha no meio das coisas de e a camiseta, se vestindo e logo em seguida se juntando ao namorado na cama Queen Size.
Alguns minutos deitada, se mexendo na cama sem nenhum sono. Parecia que a água tinha levado todo o sono dela.
— Eu não consigo dormir. — Ela se virou para o namorado e beijou-o.
— Nem eu. — Ele disse, a puxou mais pra perto e a beijou.
A mulher se sentou no colo dele, sem parar o beijo. Como a noite estava quente ele não usava mais do que uma bermuda de moletom e ela uma camiseta dele e calcinha.
Ele a olhou nos olhos e ficava extasiado com tudo nela, até o branco que envolvia seus olhos verdes. Fazia mais ou menos um mês que eles realmente namoravam, tinham se conhecido num bar, ela estava bêbada por causa de um ex-namorado que tinha terminado com ela por conta de seus hábitos. Às vezes ela gostava de ficar chapada e entendia isso, mas ela era uma garota boa, não era viciada como o outro tinha dito.
Já ele estava no bar porque era a primeira semana dele na cidade e ambos tinham ficado muito bêbados, então ela o chamou pra dançar ao som de Heavy, do Linkin Park. Mesmo que a música não fosse muito dançante, eles dançaram, saíram do lugar bêbados e foram comer porque aquele estabelecimento não tinha nada comestível.
Eles conversaram a madrugada inteira, já naquele dia eles perceberam que eram completamente opostos e um acaso tinha feito os dois se conhecerem. não estava com clima para uma festa então preferiu encher a cara num barzinho qualquer, o favorito de .
Depois de um tempo se conhecendo eles simplesmente estavam apaixonados, foi quase instantâneo, ele tinha gostado dela de cara. E agora passavam muito tempo juntos, essa sem dúvida era a melhor parte do relacionamento, nada de brigas, nenhum desentendimento, eles viviam na mais perfeita harmonia.
Ela dormia muitas vezes na casa dele e vise e versa. Naquela noite eles estavam no apartamento dele porque ele tinha que acordar cedo e tinha que levar uma papelada para o trabalho, mas seria difícil acordar cedo se ele sequer estava com sono e eram por volta das três da madrugada.
Ele segurou a cintura dela, se sentando e aprofundando o beijo. A língua dele invadiu a boca dela, num instante ela cruzou os braços em volta do pescoço dele, aquele tipo de beijo que acabava com qualquer diferença entre eles. Ele deslizou as mãos pelas laterais do corpo dela, e depois de algum tempo, ambos estavam sem fôlego. logo estava com os lábios no pescoço dela, podia sentir o cheiro do creme que ela usava, podia sentir a pele macia dela contra seus lábios e ele amava aquela sensação. Levou suas mãos pra dentro da camiseta que ela usava e apertou os seios dela, fazendo-a se arrepiar.
Com uma mão na parte de trás da cabeça de , a beijou novamente, ela passou os dedos no cabelo dele, ambos adoravam aquilo. Se separaram pra ela poder tirar a camiseta e novamente os lábios de estavam no pescoço dela. Ele deslizou a mão para a cintura dela, fazendo seu corpo involuntariamente se juntar mais ao dele, sentindo a ereção que crescia debaixo do tecido da cueca e short.
Um fogo crescia dentro dela, fazendo sua pele queimar, as peles se tocando fazia com que ambos perdessem qualquer sinal de sanidade que eles poderiam ter. Novamente as mãos dele deslizaram pelo corpo dela, dessa vez indo até a calcinha de renda preta, enrolando as laterais nos dedos e com uma ajuda dela, que se levantou um pouco, ele tirou aquela última peça do corpo dela, no entanto, ele continuava vestido.
— Injusto, não acha? Você está do mesmo jeito que estava quando começamos isso. — disse, ajoelhada na frente do .
— É porque o brilho da noite é você. — Ele disse.
Alguns meses depois
havia saído do trabalho e passado no restaurante favorito de , como agrado, devido às últimas brigas que tiveram devido ao seu trabalho. Ela queria que o namorado fosse mais presente, queria sair mais com ele e ele sempre negava, dizia estar cansado e que só queria ficar em casa fazendo maratona de alguma série, descansando. Naquele dia também estava cansado e morrendo de vontade de chegar em casa e contar que tinha sido promovido pra namorada. Estava contente com sua vida, apesar das discussões e de não passar tanto tempo quanto gostaria com a mulher, mas fazia tudo o que podia pra agradá-la. No entanto, aquilo não estava sendo o suficiente pra ela, que estava no apartamento dele morrendo de ódio porque ele saiu antes do horário pra trabalhar mais.
Eles estavam com o relacionamento por um fio, ele ainda não tinha percebido, mas ela sim e estava cheia daquilo.
Assim que ele entrou no apartamento deixou as sacolas com o jantar deles na mesa e se dirigiu ao quarto, onde estava.
— Cheguei! — Ele sorriu.
— Nossa, que milagre. chegou cedo em casa. — Ela riu. — Por que você saiu mais cedo hoje?
— Tinha umas coisas pra resolver, desculpa. — Ele disse e sorriu, caminhando até ela, pra abraçá-la. — E por isso eu trouxe comida pra gente comemorar...
— Que coisas são mais importantes que eu? — Ela perguntou, desviando dele. — Sério, , eu não te reconheço mais. Você passa tanto tempo fora que às vezes eu acho que você é um turista em casa.
—Não vamos brigar, sério. Hoje não, . Hoje está tudo dando certo... — Ele disse.
—Você não quer brigar? O que deu certo no seu dia? Transou? — Ela perguntou, olhando pra ele. — Eu nem sei mais o que é transar direito porque você usa o seu único tempo livre dormindo.
— Não estou te traindo, se é o que você pensa. — Ele disse. — Eu tenho que trabalhar, eu vim pra Londres por causa desse emprego, eu amo fazer o que eu faço, se você não aceita isso termina logo comigo, mas aviso desde já que eu só quero algo melhor pro meu futuro e pro seu futuro, eu não quero simplesmente ser aquele tipo de cara que namora com você por alguns meses e depois termina com você porque você não é boa de mais. Eu quero ter condições de te fazer feliz e se eu tiver que trabalhar por mais horas pra comprar a porra de um anel de noivado digno ou poder te levar na merda de um daqueles restaurantes que você me disse um dia desses, eu trabalho, entende porque eu me mato de trabalhar? Eu não quero ser qualquer um na sua vida.
— Pois bem, , eu te digo o que eu quero como namorado, ou noivo, ou sei lá que porra. Eu quero alguém que me ouça, quero alguém que chegue em casa cedo pra ficar comigo, que me olhe nos olhos e diga que me ama, que não deixe de ficar mais cinco minutos em casa pra poder se matar de trabalhar. Eu nunca te pedi nada de mais, eu só quero a sua companhia, eu só quero um pouco de atenção. Anéis caros não me fazem feliz, nem um jantar caro, eu gosto de sair pra beber cerveja e me chapar as vezes, você sabe que eu sou esse tipo de mulher. Eu só quero você presente. — disse, o olhando.
— Eu te amo, , amo pra caralho, mas o que necessariamente você faz pela nossa relação? Desculpa ser grosseiro, mas mesmo sabendo que eu trabalho igual um condenado você quer sair nos finais de semana, e na segunda feira eu pareço a porra de um zumbi, mas eu vou, porque você entendendo ou não, eu quero te fazer feliz, e pra mim a sua felicidade importa. Eu estou exausto, cansado pra caralho, e tudo o que você vem dizer quando eu entro no quarto é que você está magoada comigo? Se eu fosse esse sacana que você está dizendo eu não estaria em casa agora, eu não tinha saído mais cedo do trabalho e comprado àquela merda de comida tailandesa que você gosta, que deve estar fria porque você tirou a noite pra me atacar.
afrouxou a gravata e respirou fundo, se sentando na beira da cama.
— Eu sou a errada agora? Por querer me divertir um pouco? Pra não acabar com a única coisa que ainda restava no nosso relacionamento? — Ela riu cínica. — Então eu estou errada, faz o favor de achar alguém que esteja certa então.
Ela deu de costas pra ele, mas ele não a deixou sair, ele realmente a amava e a encarou, enfurecida daquele jeito, lembrando de como eles costumavam resolver as coisas com sexo e se lembrando também da frase que ela tinha dito a alguns minutos antes “Eu nem sei mais o que é transar direito porque você usa o seu único tempo livre dormindo.”
— Você não vai. — Ele a segurou pelo braço, fazendo-a virar e ficar cara a cara com ele. Em seguida a beijou, e ela relutou por alguns segundos, mas se entregou ao beijo. Sem dizer nada ela tirou a gravata dele e começou a desabotoar sua camisa.
Pararam o beijo por falta de fôlego e ele a empurrou contra a parede, beijando o pescoço dela. Sentindo o cheiro do perfume que ele tanto amava, se arrepiou com a boca quente dele contra a pele fria dela. Ela tirou a camisa dele e analisou seu peitoral. Ele não era daqueles caras fortes, mas não era magricelo, algo que ela adorava nele. Observou as tatuagens e passou as mãos por seu abdômen, chegando no cós da calça social preta, desabotoando a mesma. Tirou a própria camiseta e ele observou a pele negra dela, como amava aquela mulher, apesar de não passar tanto tempo com ela.
Suas mãos percorriam o corpo dela com precisão, ele sabia cada ponto que ela gostava de ser tocada. A pegou no colo e a deitou na cama logo em seguida.
Ele começou a beijar a barriga dela, até chegar perto do short, que ele tirou dela em segundos. Ela não falava nada, apenas olhava para o teto. Apertou as coxas dela e beijou perto de sua virilha, deixando um chupão naquela região. Ela arfou baixo, ele voltou a atenção para a boca dela, enquanto retirava seu sutiã. Após feito isso ele levou a boca até um dos seios dela, então a língua dele circulou seu mamilo e a mão no outro, fazendo-a gemer baixo.
Ele parou e percorreu as mãos pela cintura dela, depois, começou a estimular o clitóris dela com o dedo, nesse momento ela segurou os lençóis e curvou as costas. Ele continuou num ritmo lento, ela queria pedir por mais, queria que ele fizesse aquilo mais rápido, cada célula do corpo dela queria que ele acelerasse. Ele tirou a calcinha dela, levando a boca até a região mais sensível do corpo da mulher, que gemeu alto.
Ele logo se desfez do resto de suas roupas, ficando por cima dela, enquanto a beijava e a tocava no sexo dela, já úmido, ela abria a boca pra gemer, sentia saudades daquilo, sabia o que fazia e ela amava aquela sensação. A sensação de ser dele.
XXX
Mal ele sabia que aquele não tinha sido um sexo de reconciliação. Quando acordou e não a viu ao seu lado, levantou achando que ia encontrá-la em algum dos cantos da casa, mas a única coisa que encontrou foi um bilhete.
“Eu tentei não fazer isso, mas por mais que eu te amasse, não dava mais. Eu não estava feliz e depois da nossa conversa eu percebi que você não estava disposto a mudar. Então acabou, queria ter coragem pra dizer isso cara a cara, mas não tenho.
Adeus.”
Naquele momento não sabia o que falar, muito menos como agir.
A verdade é que depois daquele dia, ambos perceberam que não eram as pessoas certas um para o outro. Eles eram mais um casal que tinha dado errado, talvez eles não fossem peças iguais, mas também não se encaixavam.
Eles eram opostos, mas isso não importava muito. Como eles gostavam de dizer, peças iguais não se encaixavam. Procuravam a harmonia, um dia eles ficavam em casa, chapados sozinhos, no outro saiam pras melhores boates de Londres, e sempre estaria desconfortável, podia entrar ano e sair ano, ele nunca ia gostar da multidão.
Pegou sua bebida, procurando um lugar mais calmo em meio aquela multidão, um lugar no qual pudesse ver sua namorada dançar. Ela, por sua vez, não gostou da atitude do rapaz, queria que ele fosse um pouco mais extrovertido e foi atrás dele, segurando sua mão livre e o puxando para o meio da multidão, para que pudessem dançar.
— ... — Ele revirou os olhos quando ela simplesmente deu de costas pra ele e começou a dançar.
— Por favor! — Ela disse, se virando pra ele novamente, seus olhos verdes brilhavam feito kriptonita, aquela mulher definitivamente era o fraco dele.
Deu-se por vencido e segurou a cintura dela com uma das mãos, a música que ele não conhecia tocava alta e sabia que quando voltasse para casa um zumbido ia ficar em seu ouvido, o atormentando.
Algum tempo depois, ambos estavam rindo porque tinha quase caído enquanto ia pra fora da boate procurar um táxi. O clima entre eles estava tão bom que ele se esqueceu de seu trabalho.
— Merda. — Ele disse assim que olhou o celular e viu que era 01h56min da madrugada. — Vou acordar de ressaca e tenho uma apresentação importante ama... Hoje, eu sou mesmo muito louco.
gargalhou tentando parar algum táxi. Assim que um parou eles entraram e deu o endereço do apartamento onde morava. estava quase dormindo no ombro dele quando chegaram, o pagou pela corrida e saiu do carro, acompanhado pela namorada.
— ... Obrigada por se soltar hoje, mesmo. — Ela disse, entrando no elevador e encostando-se em uma das paredes geladas.
— O que você não me pede sorrindo que eu não faço chorando, né? Agora eu só preciso de comida, um banho pra tirar esse cheiro de vodca e cama.
— E de mim pra fazer você acordar no horário. — Ela sorriu e o abraçou. Instantes depois a porta do elevador se abriu e eles caminharam até o apartamento dele. Adentrando no local, ela tirou a blusa, jogando-a no sofá e caminhou até o quarto enquanto o rapaz tirava o sapato, indo para a cozinha procurar algo pra comer.
— , vem cá. — Ele a chamou.
— O quê? — Ela respondeu, andando até a sala apenas de lingerie.
— O que eu faço pra gente comer? — Ele coçou os olhos, se apoiando na porta da geladeira.
Ela encarou o por algum tempo e sorriu.
— Vai tomar banho que eu me viro aqui.
— Você que manda. — Ele disse e fechou a geladeira, caminhando até a mulher e a segurando-a pela cintura, a beijando. — Te amo.
— Também te amo.
Dito isso, ele caminhou para o quarto e pegou sua toalha, indo para o banheiro.
Ligou o chuveiro, a água quente caia e relaxava seus músculos. Se livrou do cheiro de álcool que estava impregnado em seu corpo e dez minutos depois ele saiu do banheiro. Se trocou e foi para a cozinha, encontrando a namorada sentada na bancada da cozinha o esperando.
— Hambúrguer com bacon, dizem que é bom pra não dar ressaca. — Ela sorriu, entregando um prato pra ele e pulando da bancada.
— Definitivamente, eu tenho a melhor namorada do mundo. — Ele sorriu, se sentando e deixando o prato na mesa. Ela se sentou na frente dele, com seu lanche já em mãos e comeram em silêncio.
— Vou tomar banho. — Ela disse após terminar seu lanche e beber o refrigerante que devia estar na geladeira há alguns bons dias, já que o gás estava escasso nele.
— Vou escovar os dentes e te encontro na cama, trabalho até meio dia hoje então você vai ficar, né? — Ele perguntou.
— Claro. — Ela se levantou e saiu da cozinha.
Ele terminou de comer e entrou no banheiro, cantava alguma música que ele não conhecia enquanto tomava banho. O não aguentou e começou a rir, ela definitivamente não cantava nada bem.
— Tá rindo do quê? Eu sou a próxima Whitney! — Ela disse.
— E eu o próximo Michael Jackson. — Ele disse depois de terminar de escovar os dentes.
Depois, foi para o quarto e se deitou, esperando a namorada sair do banheiro. Ela saiu enrolada na toalha.
— Eu me esqueci de trazer roupas minhas dessa vez. — Ela riu, olhando pra ele.
— Desculpa pra levar mais uma camiseta minha embora? — perguntou, rindo.
— Talvez eu queira aquela do Led Zeppelin. — disse, abrindo o guarda roupas dele.
— Aquela? A minha favorita? Só porque é você. — Ele disse. — Ela tá na segunda gaveta.
Ela pegou a camiseta e se desfez da toalha, colocando a mesma em uma cadeira, pegou uma calcinha no meio das coisas de e a camiseta, se vestindo e logo em seguida se juntando ao namorado na cama Queen Size.
Alguns minutos deitada, se mexendo na cama sem nenhum sono. Parecia que a água tinha levado todo o sono dela.
— Eu não consigo dormir. — Ela se virou para o namorado e beijou-o.
— Nem eu. — Ele disse, a puxou mais pra perto e a beijou.
A mulher se sentou no colo dele, sem parar o beijo. Como a noite estava quente ele não usava mais do que uma bermuda de moletom e ela uma camiseta dele e calcinha.
Ele a olhou nos olhos e ficava extasiado com tudo nela, até o branco que envolvia seus olhos verdes. Fazia mais ou menos um mês que eles realmente namoravam, tinham se conhecido num bar, ela estava bêbada por causa de um ex-namorado que tinha terminado com ela por conta de seus hábitos. Às vezes ela gostava de ficar chapada e entendia isso, mas ela era uma garota boa, não era viciada como o outro tinha dito.
Já ele estava no bar porque era a primeira semana dele na cidade e ambos tinham ficado muito bêbados, então ela o chamou pra dançar ao som de Heavy, do Linkin Park. Mesmo que a música não fosse muito dançante, eles dançaram, saíram do lugar bêbados e foram comer porque aquele estabelecimento não tinha nada comestível.
Eles conversaram a madrugada inteira, já naquele dia eles perceberam que eram completamente opostos e um acaso tinha feito os dois se conhecerem. não estava com clima para uma festa então preferiu encher a cara num barzinho qualquer, o favorito de .
Depois de um tempo se conhecendo eles simplesmente estavam apaixonados, foi quase instantâneo, ele tinha gostado dela de cara. E agora passavam muito tempo juntos, essa sem dúvida era a melhor parte do relacionamento, nada de brigas, nenhum desentendimento, eles viviam na mais perfeita harmonia.
Ela dormia muitas vezes na casa dele e vise e versa. Naquela noite eles estavam no apartamento dele porque ele tinha que acordar cedo e tinha que levar uma papelada para o trabalho, mas seria difícil acordar cedo se ele sequer estava com sono e eram por volta das três da madrugada.
Ele segurou a cintura dela, se sentando e aprofundando o beijo. A língua dele invadiu a boca dela, num instante ela cruzou os braços em volta do pescoço dele, aquele tipo de beijo que acabava com qualquer diferença entre eles. Ele deslizou as mãos pelas laterais do corpo dela, e depois de algum tempo, ambos estavam sem fôlego. logo estava com os lábios no pescoço dela, podia sentir o cheiro do creme que ela usava, podia sentir a pele macia dela contra seus lábios e ele amava aquela sensação. Levou suas mãos pra dentro da camiseta que ela usava e apertou os seios dela, fazendo-a se arrepiar.
Com uma mão na parte de trás da cabeça de , a beijou novamente, ela passou os dedos no cabelo dele, ambos adoravam aquilo. Se separaram pra ela poder tirar a camiseta e novamente os lábios de estavam no pescoço dela. Ele deslizou a mão para a cintura dela, fazendo seu corpo involuntariamente se juntar mais ao dele, sentindo a ereção que crescia debaixo do tecido da cueca e short.
Um fogo crescia dentro dela, fazendo sua pele queimar, as peles se tocando fazia com que ambos perdessem qualquer sinal de sanidade que eles poderiam ter. Novamente as mãos dele deslizaram pelo corpo dela, dessa vez indo até a calcinha de renda preta, enrolando as laterais nos dedos e com uma ajuda dela, que se levantou um pouco, ele tirou aquela última peça do corpo dela, no entanto, ele continuava vestido.
— Injusto, não acha? Você está do mesmo jeito que estava quando começamos isso. — disse, ajoelhada na frente do .
— É porque o brilho da noite é você. — Ele disse.
havia saído do trabalho e passado no restaurante favorito de , como agrado, devido às últimas brigas que tiveram devido ao seu trabalho. Ela queria que o namorado fosse mais presente, queria sair mais com ele e ele sempre negava, dizia estar cansado e que só queria ficar em casa fazendo maratona de alguma série, descansando. Naquele dia também estava cansado e morrendo de vontade de chegar em casa e contar que tinha sido promovido pra namorada. Estava contente com sua vida, apesar das discussões e de não passar tanto tempo quanto gostaria com a mulher, mas fazia tudo o que podia pra agradá-la. No entanto, aquilo não estava sendo o suficiente pra ela, que estava no apartamento dele morrendo de ódio porque ele saiu antes do horário pra trabalhar mais.
Eles estavam com o relacionamento por um fio, ele ainda não tinha percebido, mas ela sim e estava cheia daquilo.
Assim que ele entrou no apartamento deixou as sacolas com o jantar deles na mesa e se dirigiu ao quarto, onde estava.
— Cheguei! — Ele sorriu.
— Nossa, que milagre. chegou cedo em casa. — Ela riu. — Por que você saiu mais cedo hoje?
— Tinha umas coisas pra resolver, desculpa. — Ele disse e sorriu, caminhando até ela, pra abraçá-la. — E por isso eu trouxe comida pra gente comemorar...
— Que coisas são mais importantes que eu? — Ela perguntou, desviando dele. — Sério, , eu não te reconheço mais. Você passa tanto tempo fora que às vezes eu acho que você é um turista em casa.
—Não vamos brigar, sério. Hoje não, . Hoje está tudo dando certo... — Ele disse.
—Você não quer brigar? O que deu certo no seu dia? Transou? — Ela perguntou, olhando pra ele. — Eu nem sei mais o que é transar direito porque você usa o seu único tempo livre dormindo.
— Não estou te traindo, se é o que você pensa. — Ele disse. — Eu tenho que trabalhar, eu vim pra Londres por causa desse emprego, eu amo fazer o que eu faço, se você não aceita isso termina logo comigo, mas aviso desde já que eu só quero algo melhor pro meu futuro e pro seu futuro, eu não quero simplesmente ser aquele tipo de cara que namora com você por alguns meses e depois termina com você porque você não é boa de mais. Eu quero ter condições de te fazer feliz e se eu tiver que trabalhar por mais horas pra comprar a porra de um anel de noivado digno ou poder te levar na merda de um daqueles restaurantes que você me disse um dia desses, eu trabalho, entende porque eu me mato de trabalhar? Eu não quero ser qualquer um na sua vida.
— Pois bem, , eu te digo o que eu quero como namorado, ou noivo, ou sei lá que porra. Eu quero alguém que me ouça, quero alguém que chegue em casa cedo pra ficar comigo, que me olhe nos olhos e diga que me ama, que não deixe de ficar mais cinco minutos em casa pra poder se matar de trabalhar. Eu nunca te pedi nada de mais, eu só quero a sua companhia, eu só quero um pouco de atenção. Anéis caros não me fazem feliz, nem um jantar caro, eu gosto de sair pra beber cerveja e me chapar as vezes, você sabe que eu sou esse tipo de mulher. Eu só quero você presente. — disse, o olhando.
— Eu te amo, , amo pra caralho, mas o que necessariamente você faz pela nossa relação? Desculpa ser grosseiro, mas mesmo sabendo que eu trabalho igual um condenado você quer sair nos finais de semana, e na segunda feira eu pareço a porra de um zumbi, mas eu vou, porque você entendendo ou não, eu quero te fazer feliz, e pra mim a sua felicidade importa. Eu estou exausto, cansado pra caralho, e tudo o que você vem dizer quando eu entro no quarto é que você está magoada comigo? Se eu fosse esse sacana que você está dizendo eu não estaria em casa agora, eu não tinha saído mais cedo do trabalho e comprado àquela merda de comida tailandesa que você gosta, que deve estar fria porque você tirou a noite pra me atacar.
afrouxou a gravata e respirou fundo, se sentando na beira da cama.
— Eu sou a errada agora? Por querer me divertir um pouco? Pra não acabar com a única coisa que ainda restava no nosso relacionamento? — Ela riu cínica. — Então eu estou errada, faz o favor de achar alguém que esteja certa então.
Ela deu de costas pra ele, mas ele não a deixou sair, ele realmente a amava e a encarou, enfurecida daquele jeito, lembrando de como eles costumavam resolver as coisas com sexo e se lembrando também da frase que ela tinha dito a alguns minutos antes “Eu nem sei mais o que é transar direito porque você usa o seu único tempo livre dormindo.”
— Você não vai. — Ele a segurou pelo braço, fazendo-a virar e ficar cara a cara com ele. Em seguida a beijou, e ela relutou por alguns segundos, mas se entregou ao beijo. Sem dizer nada ela tirou a gravata dele e começou a desabotoar sua camisa.
Pararam o beijo por falta de fôlego e ele a empurrou contra a parede, beijando o pescoço dela. Sentindo o cheiro do perfume que ele tanto amava, se arrepiou com a boca quente dele contra a pele fria dela. Ela tirou a camisa dele e analisou seu peitoral. Ele não era daqueles caras fortes, mas não era magricelo, algo que ela adorava nele. Observou as tatuagens e passou as mãos por seu abdômen, chegando no cós da calça social preta, desabotoando a mesma. Tirou a própria camiseta e ele observou a pele negra dela, como amava aquela mulher, apesar de não passar tanto tempo com ela.
Suas mãos percorriam o corpo dela com precisão, ele sabia cada ponto que ela gostava de ser tocada. A pegou no colo e a deitou na cama logo em seguida.
Ele começou a beijar a barriga dela, até chegar perto do short, que ele tirou dela em segundos. Ela não falava nada, apenas olhava para o teto. Apertou as coxas dela e beijou perto de sua virilha, deixando um chupão naquela região. Ela arfou baixo, ele voltou a atenção para a boca dela, enquanto retirava seu sutiã. Após feito isso ele levou a boca até um dos seios dela, então a língua dele circulou seu mamilo e a mão no outro, fazendo-a gemer baixo.
Ele parou e percorreu as mãos pela cintura dela, depois, começou a estimular o clitóris dela com o dedo, nesse momento ela segurou os lençóis e curvou as costas. Ele continuou num ritmo lento, ela queria pedir por mais, queria que ele fizesse aquilo mais rápido, cada célula do corpo dela queria que ele acelerasse. Ele tirou a calcinha dela, levando a boca até a região mais sensível do corpo da mulher, que gemeu alto.
Ele logo se desfez do resto de suas roupas, ficando por cima dela, enquanto a beijava e a tocava no sexo dela, já úmido, ela abria a boca pra gemer, sentia saudades daquilo, sabia o que fazia e ela amava aquela sensação. A sensação de ser dele.
XXX
Mal ele sabia que aquele não tinha sido um sexo de reconciliação. Quando acordou e não a viu ao seu lado, levantou achando que ia encontrá-la em algum dos cantos da casa, mas a única coisa que encontrou foi um bilhete.
“Eu tentei não fazer isso, mas por mais que eu te amasse, não dava mais. Eu não estava feliz e depois da nossa conversa eu percebi que você não estava disposto a mudar. Então acabou, queria ter coragem pra dizer isso cara a cara, mas não tenho.
Adeus.”
Naquele momento não sabia o que falar, muito menos como agir.
A verdade é que depois daquele dia, ambos perceberam que não eram as pessoas certas um para o outro. Eles eram mais um casal que tinha dado errado, talvez eles não fossem peças iguais, mas também não se encaixavam.
Fim.
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