Finalizada em: 14/02/2022

I

estava sentada em sua poltrona vermelha favorita próxima da lareira, quando seu pai correu em sua direção balançando três pedaços de papel com um sorriso de orelha a orelha.
- , meu doce! Olha o que acabou de chegar! - Nikolai Baskov sacudia com tanta alegria os papéis que era impossível de ler o que estava escrito neles. - Viktor é muito generoso. - Disse, com ternura ao estender a mão com os papéis para sua filha.
Não seria grande surpresa para se estivessem sendo convidados para algum evento da família Krum, afinal, tanto a família de Viktor quanto a de eram amigas há séculos, então toda época festiva, era comum a reunião entre eles. não conseguia pensar em uma comemoração em que os Krum não estivessem presentes.
A búlgara sorriu ao imaginar que veria Viktor depois de tanto tempo e se levantou da poltrona subindo o olhar até o rosto de seu pai que chegava a brilhar de emoção. A garota esticou a mão e pegou os papéis onde se liam “Copa Mundial de Quadribol - Irlanda X Bulgária”. Seus olhos se arregalaram, então Viktor Krum, seu amigo de infância, o mesmo menino com quem deu o primeiro beijo há dois anos no Natal embaixo do visco e com quem a fez mancar de tanto transar nas férias passadas, agora é jogador oficial da Bulgária. Ela não conseguia acreditar.
Claro que Viktor sempre lhe contava que estava praticando bastante e que andava muito ocupado por conta das partidas, mas não que ele já era um jogador profissional e ainda por cima, um dos melhores jogadores da temporada, a aposta do ano. Ela devia ter percebido nas férias passadas que todas as vezes que Nikolai comentava sobre quadribol, o garoto esquivava da conversa e dava respostas vagas, mas ela estava muito ocupada, pensando no prazer que havia sentido com o garoto há minutos em seu quarto para prestar atenção em qualquer conversa que se seguia.
- Seu pai está mais feliz hoje do que no dia de nosso casamento, isso eu posso afirmar com toda a certeza. - Disse Diana, com uma falsa amargura, indo de encontro ao marido. - Nem acredito que aquele garotinho que brincava com você agora é um homem, o jogador mais cobiçado do ano. , você vai ter muita concorrência, minha filha.
- Vai ser um jogo e tanto! - Exclamou o pai, após depositar um beijo na testa de Diana e seguir para seu escritório.
- Creio que os Malfoy estarão lá. Você sabe que seu pai provavelmente terá que interagir com eles, mas, por favor...
- Eu sei, mãe. Vou ficar longe deles, não tenho nem um motivo para querer a amizade de Draco. - relembrou o quanto o loiro infernizava a vida de Harry e seus amigos.
- Bom mesmo, se seu avô souber que nós conversamos, mesmo que por educação com eles, ele me mata. – Disse, sorrindo ao imaginar o surto de John ao saber que socializaram com supostos comensais.
Sua mãe, Diana Dawlish, era inglesa e filha de John Dawlish, um Auror muito importante no Ministério Britânico da Magia e a razão principal que foi para Hogwarts e não para Durmstrang, dirigida por Karkaroff. A garota odiava como as pessoas mudavam de comportamento quando descobriram que ela era uma Baskov, uma das famílias mais antigas e poderosas da região Balcã e detestava quando seu pai a obrigava a participar dos eventos da alta sociedade, apesar de se sentir aliviada quando via o rosto familiar de Viktor nessas ocasiões. Ir para Hogwarts foi um jeito de se desvincular de sua família e descobrir quem ela era sem a influência de seu pai.
- Vou para meu quarto terminar de arrumar minhas coisas. Tá bem? - não esperou pela resposta de sua mãe e subiu rapidamente as escadas em direção ao seu quarto.
Seu espaço era repleto de lembranças, nele havia duas estantes cheias de livros de romance trouxa e muitos livros de feitiços, sua matéria favorita. Acessórios da Grifinória, sua casa em Hogwarts, muitas caixinhas de travessuras da Zonko’s com frisbees dentados e io-ios berrantes, presentes dados pelos gêmeos. se aproximou dos porta-retratos que ficavam sob a cômoda e sorriu ao ver as imagens se movendo. Fotos dela agachada na frente do time de quadribol da Grifinória, abraçada com Olívio Wood e Alicia Spinnet, com Angelina e Katie, com quem dividia o quarto e a última foto com os gêmeos, ela estava no meio deles e os dois a beijavam na bochecha. sorriu e colocou a mão do lado esquerdo de seu rosto, como se sentisse os lábios de George ali.

-x-

A viagem até a Inglaterra foi rápida, os Baskov ficaram hospedados na casa de Dawlish e o avô da garota estava extremamente contente em recebê-la. Afinal, era o momento em que ele poderia treinar alguns feitiços com a neta. John sempre viu um grande potencial em e acreditava que no futuro ela seria uma excelente Auror, assim como ele.
- Meu docinho, você está tão grande! Cada vez mais bonita, graças a Merlin que puxou a nossa parte da família! - A risada de seu avô era alta e grave, como um trovão.
- Obrigada, vovô. - Disse a garota, enquanto era sufocada pelo abraço que John a havia dado.
- Você vai estar na partida amanhã, pai? - Perguntou Diana para o mais velho, enquanto se sentava à mesa e pegava uma maçã.
- Não, amanhã vou fazer uma ronda no centro. Tem alguma coisa ruim acontecendo, podemos sentir. - Ele suspirou e soltou a neta. - Sabe, tenham cuidado. Estamos com um mal pressentimento. - O avô virou para as meninas e apontou o dedo para eles. - Fiquem longe dos Malfoy.
- Não se preocupe, vovô. Estaremos mais do que bem. - sorriu e se juntou a mãe na mesa, recebendo um olhar que dizia “eu te avisei”. - A gente devia se preocupar com o papai, ele sim está passando mal de tanta euforia.
- Estou preocupado com vocês, na verdade. Alguma nova visão?
Antes que qualquer um comentasse algo, Nikolai surgiu com roupas do time da Bulgária dos pés à cabeça.
- ONDE VOCÊ PENSA QUE VAI COM ISSO? - Berrou Diana, indignada, enquanto John e gargalhavam até perderem o ar.
- Para a Copa!! - Disse ajeitando o chapéu com a insígnia do time. - Comprei para vocês também! - e jogou algumas peças vermelhas sobre sua filha e esposa. -Vamos combinando.

-x-

O sol não tinha nem nascido e os Baskov estavam caminhando por meio de uma espécie de floresta até o ponto de encontro com os Diggory. A mais nova não teve como evitar que seu sorriso se abrisse ao ver Cedrico caminhando em sua direção.
- Oi, ! Como você está? - O garoto a abraçou e deu um beijo em sua bochecha, fazendo-a corar. Cedrico era um garoto lindo e simpático, o lufano perfeito.
- Tudo bem e você parece ótimo, hein, senhor monitor! - Sorriu quando o garoto a abraçou de lado e riu.
- Nem estou acreditando, tantas coisas boas acontecendo. Eu me tornei monitor, temos essa partida que vamos assistir e ainda Cho me mandou uma carta durante as férias. Acredita?
não conseguiu disfarçar a cara de “uh, finalmente a chocha tomou iniciativa”. Era claro que Cedrico estava afim da corvina, mas ela insistia em fingir que nada estava acontecendo. Inclusive, a própria deu um toque para ver se ela entendia que o garoto estava interessado nela e pelo visto, deu certo.
- Não faça essa cara, estamos vendo no que vai dar. - Cedrico desviou o olhar para uma árvore. - Que tal darmos um susto em uma certa família de ruivos que está chegando?
- Ai, Ced. Você me conhece tão bem… - A garota disse, juntando as mãos no peito.
Os dois começaram a correr se distanciando dos pais e subiram em uma árvore aguardando a chegada dos Weasleys. estava acostumada com as peças que seus colegas de casa faziam e normalmente, ela estava no meio. Sempre evitando que muitos pontos fossem retirados da casa.
- Ali, já estou vendo os gêmeos. - O coração de deu um salto. Muitas coisas aconteceram entre eles.

Flashback on

No quarto ano, estavam todos no Salão Comunal da Grifinória, jogando “verdade ou desafio”.
- Sua vez, ! Verdade ou desafio? - Perguntou George, com um ar malicioso.
- Verdade! - Respondeu, recebendo várias vaias.
- É verdade que você já beijou alguém? - Perguntou o ruivo.
- Nossa, George, que pergunta mais tosca. - Reclamou Angelina, revirando os olhos.
automaticamente se lembrou do que acontecera no Natal passado, quando estavam reunidos na casa de Krum e ele apontou para o visco sobre eles, antes de se inclinar e encostar seus lábios nos da garota. Os lábios do búlgaro eram macios e sua língua quente e era exigente ao pedir passagem entre os lábios da garota, que o recebeu de bom grado. Krum apoiou uma de suas mãos nas costas de e a puxou para mais perto, a beijando com mais intensidade. nunca havia beijado antes e depois daquele Natal, ela não conseguia pensar em outra coisa.
- Ei, responde, garota. - Katie disse ao cutucar suas costelas, trazendo a búlgara para o presente.
- Ah, sim, já beijei sim. – Disse, corando e escutando vários “uhhh” dos grifinórios seguidos de risadinhas.
- Quem foi o sortudo? - Perguntou Olívio.
- Não, não. Ela já respondeu à pergunta do jogo. - Cortou Angel que já conhecia a história, simplesmente porque a búlgara chegou das férias flutuando de alegria e não conseguiu guardar para si o beijo. sorriu em agradecimento.
- Vai, Fred, verdade ou desafio? - Perguntou Olívio, que girou a garrafa com raiva depois da resposta de Angelina.
- Desafio, claro. -Deu seu famoso sorriso maroto.
- Te desafio a beijar a menina que você acha mais bonita na roda.
- Combinado. - Sem hesitar, Fred engatinhou até , que estava em sua frente e a beijou, foi apenas um selinho demorado, mas fez todos ali darem risadas. Todos se divertiam, menos George, que estava vermelho e a encarava com um olhar chateado, como se quisesse o beijo para ele e não para sua cópia idêntica. Em segredo, também tinha torcido para que o beijo fosse de George e não de Fred. De qualquer forma, Katie pigarreou, girou a garrafa de novo e o jogo seguiu.

Flashback off

As famílias já tinham se encontrado e quando chegaram embaixo da árvore que estavam, os dois pularam assustando todos, porém havia calculado mal seu pulo e caiu em cima de George, com os rostos bem próximos.
- Pelas barbas de Merlin, até eu me assustei! - Disse Amos, divertindo-se com a cena.
- Ai, ai, alma gêmea. Você vai me matar desse jeito. - George resmungou, mas não fez menção de levantar, apenas ergueu o braço e colocou uma mecha do grosso cabelo de atrás de sua orelha.
A menina sorriu ao ouvir o apelido que os gêmeos deram para ela no primeiro dia que se conheceram.
- Ei, você. - Disse a menina, se levantando e esticando o braço para ajudar o ruivo a se levantar e o puxar para um abraço apertado. Ela não resistiu e aproximou seu nariz do pescoço do garoto e ficou extasiada com seu cheiro de canela e algo mais que o deixava mais atraente do que já era.
- Aí, alma gêmea, não se esqueça que você tem duas metades. - Disse Fred ao se aproximar da garota que desfez o abraço com George e abriu os braços para Fred que a agarrou e a girou, fazendo com que ela berrasse e ficasse vermelha.
- Eu odeio quando você faz isso. – Disse, com raiva.
- Mas você nos ama, então tá tudo bem. - Replicou o ruivo, puxando-a pela mão em direção ao restante da família, que sorria para a garota.
- Uma dica, quando você entrar para nossa família, você não vai precisar nem de aprovação. Eles já te aceitaram. - Sussurrou George, segurando a outra mão da garota.
- Isso é verdade. - Concordou Fred e se adiantou para alcançar os outros.
- Vamos, já está logo ali! - Disse Arthur, animado e apontando para algo no chão. -Não vamos nos atrasar!
- Por que estamos todos fazendo círculo em volta dessa bota velha? - Perguntou Harry.
- Não é uma bota qualquer. - Disse Fred.
- É uma Chave de Portal. - Completou George.
- Hora de irmos. - Gritou Amus Diggory, olhando para todos. - Acredito que ninguém aqui já utilizou um portal antes. - Todos ficaram em silêncio, em uma concordância muda. - Ótimo, arranjem uma boa posição e bem, é só não soltar. Vamos, todos coloquem suas mãos na bota e segurem firme. Quando eu falar “três”.
Todos o obedeceram de imediato, ouvia alguém fazer uma contagem regressiva, mas ela estava com os olhos fechados, quando pensou em abrir, sentiu um puxão na região do umbigo e tudo começou a rodar depressa.
Com um baque todos caíram no chão, menos os pais e Cedrico que chegaram de maneira graciosa no terreno plano e cheio de barracas. Mais uma vez, estava caída em cima de George.
- Olha, desse jeito nosso romance escondido não vai ser tão discreto, se você continuar caindo em cima de mim. - O ruivo disse, acariciando o rosto vermelho da garota, que levantou logo em seguida, mas dessa vez não esticou a mão para ajudá-lo.
- Então é melhor que você se levante sozinho. Para ninguém desconfiar. - Piscou e saiu caminhando em direção aos seus pais.
- É, meu querido irmão, acho que ela te deixou caidinho. - Fred disse, tirando uma risada de Rony e Harry que estavam ali perto.
- Péssima, Fred. Essa foi péssima. - George levantou e bateu em suas roupas para tirar a sujeira.

-x-

- Bom, os Weasleys estão acomodados cinco barracas à frente. Eles conseguiram um ótimo lugar. - Comentou Nikolai, entrando na barraca dos Baskov. - Vamos organizar aqui e nos preparar para o jogo.
O pai da garota lançou um feitiço em sua pequena mala de mão e ela ficou enorme, revelando dentro dela as roupas e acessórios para o jogo.
- Ai, pai. Você sabe que vou apenas usar a camiseta e o chapéu, né? - Disse a filha, com um tom de voz ameno, para que o pai não ficasse chateado.
- Se eu vou usar a roupa toda, você vai pintar a cara também, filhinha. - Gritou sua mãe da parte da cozinha da barraca.
- Você ouviu sua mãe, docinho. Sua carinha também vai gritar Bulgária!
resmungou, mas não pode deixar de sorrir ao ver a felicidade gritante de seu pai. Ele vivia tão estressado com o trabalho e com todo o risco que a volta de Você-sabe-quem poderia causar a todos que ele amava, que não conseguia dormir ou se divertir. Pela primeira vez, Nikolai se sentia leve e tudo isso graças a três papéis que Krum enviou. A garota nem sabia como poderia agradecê-lo.

-x-

De banho tomado e devidamente vestidos (e pintados), a família Baskov seguiu em direção à cabana dos ruivos, que cantavam e dançavam.
- Trouxemos uns petiscos para antes do jogo. - Diana estendeu o refratário para Rony, que nem esperou para colocar na mesa, antes de provar a comida e emitir um som de aprovação quando saboreou o salgado.
- Que delícia, eu estava morrendo de fome. - Comentou Rony, colocando mais salgados na boca.
- Mas você acabou de comer! - Gina ralhou.
- Ah, cala boca. - Resmungou o garoto, derrubando farelo em sua roupa.
- Que bom que você gostou, Rony. - comentou, dando um beijo no rosto do garoto e se afastando, indo em direção dos gêmeos. Eles sempre tiveram uma relação de carinho um com o outro, para ele, era como uma irmã mais velha.
- Aqui está, minha doce alma gêmea. - George esticou um saquinho de feijõeszinhos de todos os sabores para a garota.
- Todos esses são comestíveis, eu mesmo provei, um a um. - aproximou o saco de seus olhos e comprovou que todos os feijões estavam mordidos.
- Serei eternamente grata. - Respondeu , sorrindo com a lembrança de quando embarcaram no trem e eles a convidaram para sentar no mesmo vagão.

Flashback on

- Vamos, você senta com a gente. - Os gêmeos deram os braços e a garota ficou no meio deles, se divertindo com os novos amigos. - Vamos ver se encontramos algum vagão vazio.
Os três continuavam andando como uma corrente humana até encontrarem um lugar vago. Após um interrogatório sobre cada um, já sabia diferenciar quem era quem.
- Conta sobre você, - Disse George, que estava mastigando algo que aparentemente não era bom. - Cera de ouvido. - Disse para o irmão, que deu uma risada baixa.
- Bom, meu nome é Baskov. - A garota fez uma pausa, analisando a expressão dos dois, mas eles continuavam indiferentes mordendo cada feijãozinho colorido que tinham em mãos. - Minha mãe é inglesa e meu pai búlgaro, ele queria que eu fosse para Durmstran,g mas meu avô conseguiu convencê-lo e vim para Hogwarts. - Enquanto falava, tentava ignorar a saudade de casa que já sentia. - Eu sou filha única e não tenho muitos amigos, meu melhor amigo ficou na Bulgária.
- Agora você tem dois! - disse Fred, esticando a mão e entregando alguns feijõezinhos mordidos - Esses são os gostosos, pode comer sem medo.
olhou um pouco enojada para os feijões e subiu o olhar para os gêmeos, que a olhavam com expectativa. A menina respirou fundo e colocou um feijãozinho rosa na boca e exclamou:
- CEREJA! Meu favorito! - Sorrindo, os três continuavam a conversar e nem se deram conta que já estavam chegando no castelo.

Flashback off

- Todos prontos? - Perguntou o Sr. Weasley e teve como resposta vários gritos de “sim”. - Então vamos.
O enorme grupo se dirigiu ao estádio e subiram inúmeros degraus até chegarem na área VIP. Todos estavam animados demais e mal perceberam quando os gêmeos e sumiram na multidão.
- Então você acha realmente que a Irlanda vai ganhar? - Perguntou para eles.
- Sim, mas Krum vai pegar o pomo. - Respondeu Fred, com toda confiança.
- E o Krum é bom? - Perguntou a garota, com curiosidade.
- O melhor, mas a Irlanda ganha. Uma pena porque você está uma gracinha com todos esses cacarecos da Bulgária. - Fred bateu o dedo no chapéu da garota.
- Chega, vamos nos separar e fazer as apostas, vocês já sabem como funciona. Os ganhadores vão nos encontrar depois da partida, então , dê um jeito de ficar mais um pouco. - Cortou George e entregou um saquinho para as moedas e dividiu os papéis de aposta entre eles.
- Sim, capitão. - Os dois bateram continência e sorriram. Em seguida, se misturaram com o público, cada um foi para uma direção.

-x-

- Finalmente, . Achei que você não tinha entendido a mensagem. - George aguardava a garota embaixo de uma das escadarias.
- O seu berrador foi bem nítido, com toda a certeza a ala leste todinha entendeu que era para te encontrar aqui para ver “a grande e grossa varinha de George Weasley”. - Repetindo as palavras usadas pelo ruivo.
- Exagerei? - Ele esticou os braços e a puxou para perto.
- Nunca ouvi tantas verdades em um berrador só. -Ela ficou nas pontas dos pés e encostou seus lábios nos dele, em um pedido silencioso. O beijo se intensificou, suas línguas estavam sincronizadas. Esse era o beijo favorito de , exigente e com força, querendo tudo o que ela poderia dar e quando o fôlego faltou, os dois voltaram para o camarote.
- Conseguiram muitas apostas? Ou ficaram ocupados demais se pegando e esqueceram? - Perguntou Fred.
- Com toda a certeza. - A menina entregou o saquinho que era o mais cheio dos três, os gêmeos começaram a pular em sua volta e atrair a atenção de todos. - Chega, pelo amor de Merlin.
- Você está com um pouco de “Irlanda” na sua linda carinha, alma gêmea. - Fred apontou para a tinta nos rostos deles. - E você, meu lindo irmão, tem um pouco de Bulgária.
Depois de uns minutos consertando a maquiagem, eles se juntaram com suas famílias e os jogadores começaram a entrar em campo. A garota fez questão de ficar junto com os outros colados na barra de proteção, gritando de euforia e batendo palmas para os fogos de artifícios que brilhavam sob o céu escuro. Porém, a búlgara perdeu a fala quando viu a projeção de Krum por todo o estádio. Seu cabelo estava bem baixinho do que se lembrava e sua feição estava séria, desafiadora. O coração de apertou, como ela amava quando Krum ficava concentrado em algo, seus traços ficavam fortes e evidentes, trazendo a lembrança de quando ela contornou seu rosto com as pontas dos dedos enquanto ele a penetrava com todo o auto controle e cuidado possível, nas férias passadas. Os olhos da garota estavam vidrados na projeção e acompanhando cada movimento em campo do apanhador, ela só não esperava ver a si mesma no telão.
- Ai, meu Merlin. É ele!! - Gritou Rony, sacudindo os ombros de .
- Quem é aquele? - Perguntou Hermione aos berros.
- Aquele é o melhor apanhador do mundo! - Rony berrou de volta.
virou o rosto para o lado e seus olhos foram de encontro com os de Krum, que sorria para a garota. Ele havia sobrevoado até ela.
- Sentiu minha falta? - O apanhador chegou bem perto da grade de proteção e abraçou a garota por cima da barra. - Depois conversamos, tenho um jogo para ganhar. - Sussurrou em búlgaro, brincalhão em seu ouvido.
- É bom você perder, hein! - Gritou Fred, nervoso. - Temos muito dinheiro em jogo.
- Sabe, ele nem é tão bom assim. - Comentou George, que estava com o rosto retraído.
estava em choque. Ela sabia que eles eram apenas amigos, apesar de tudo o que viveram juntos, nunca houve uma afirmação de compromisso ou os dizeres “eu te amo”. Ainda assim, era óbvio que os dois eram apaixonados um pelo outro, mas sempre foram “a pessoa certa, mas na hora errada” em todas as ocasiões. Até a mãe da garota havia feito esse comentário no último Natal, de como eles são o complemento um do outro, e como o destino sempre virava o jogo, mas que um dia tudo se encaixaria.
- EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ CONHECE O KRUM E NÃO NOS FALOU, ! - Rony berrava com a garota. - VOCÊ PRECISA ME APRESENTÁ-LO!
- , você não me disse nada que conhecia esse gato. - Gina a cutucou nas costelas e Hermione dava risadinhas cúmplices.
- E então? Não vai falar nada? - Os gêmeos falaram ao mesmo tempo.
Todos estavam encarando com expectativas. Graças a Merlin, Harry viu o desespero da garota e a socorreu.
- Vocês estão aqui para fazer perguntas ou para ver a partida? Olha lá! Vão liberar o pomo!
O mais novo trocou olhares com que gesticulou um “obrigada”, recebendo uma piscadela do garoto.

-x-

- Arthur, que jogo esplêndido! - Comentou Nikolai quando chegaram na tenda dos Weasleys. - Uma pena que a Bulgária perdeu, mas foi lindo. Olhe para mim! Cinquenta e cinco anos de idade e rouco, Arthur! Rouco de gritar pelo meu time.
- Realmente, foi incrível. E aquele Krum, hein? Que garoto talentoso.
- que o diga, não é? - Provocou Gina, recebendo uma almofada na cara, jogada por George.
- Um doce de menino. - Comentou Diana, distraidamente, enquanto fazia carinho nos cabelos de sua filha. - Ele veio falar com você depois, ?
- Claro que não, mãe. Nem pensei que ele viria falar comigo, para começo de conversa, ele devia ter outros compromissos.
- Ah, sim, bom, em outro momento então. - Diana sorriu para a filha. Sua mãe tinha um dom, assim como sua professora Trelawney, os olhos de sua mãe ficavam perdidos e às vezes dizia coisas que não faziam sentido no momento, mas que aconteceriam no futuro. Suas visões sempre foram relatadas para o avô da garota, pois muitas vezes, ajudava na caça contra a arte das trevas.
também tinha o mesmo dom da mãe, mas a única visão que teve foi quando completara 10 anos de idade e se viu mais velha, caminhando com o braço cruzado ao de seu pai, indo em direção de um rapaz lindo, que sorria emocionado em sua direção, esperando-a no altar.
- Vem dançar, ! - Hermione a puxou pela mão e as duas balançavam seus corpos no ritmo de uma música qualquer que tocava na barraca.
- Nós avisamos que a vitória seria da Irlanda. - Comemorou Fred, cantarolando e dançando para provocar Rony e .
- Será que.. - começou, George enquanto puxava seu gêmeo para longe.
- Ei, nem termine essa frase. Ela ainda não disse nada, fica tranquilo. Eles são búlgaros, talvez estudaram juntos ou algo assim.
- Do que minhas almas gêmeas estão fofocando? - Cantarolou , indo em direção aos ruivos.
- De você e Krum, óbvio. - disse Fred, recebendo um olhar de raiva do irmão.
- Ah sim… - a garota olhou para George, que estava evitando seu olhar. - Bom, Viktor e eu, somos amigos de infância. Nossas famílias são, digamos, importantes na Bulgária e essa amizade vem de milhares de anos.
- E você sabia que ele era o melhor jogador da Copa? - Perguntou Fred.
- Eu sabia que ele jogava quadribol, mas não que ele era do time profissional.
- E você gosta dele? - Perguntou George, sem rodeios e dessa vez, olhando a garota nos olhos.
- Nós, bem, nós ficamos, tivemos algo sim. - respondeu, analisando o rosto do ruivo, que nunca havia perguntado sobre seu passado amoroso. - Mas, não, não gosto dele desse modo. Somos amigos.
- Amigos que se beijam, melhor tipo de amizade. - Disse Fred, piscando e recebendo um tapa no braço da garota e do irmão. Graças a Merlin, Fred tinha o poder de deixar o clima mais leve.
A búlgara sorriu e começou a arrastar os dois pelos braços, formando uma corrente humana em direção ao grupo de amigos.
- Krum, é mais que um atleta. Ele é um artista. - Dizia Rony, quando se aproximaram.
- Acho que você está apaixonado, Rony. - Zombou Gina.
- Cala a boca.
- Viktor, eu te amo, oh, eu te amo sim! - Os gêmeos começaram a provocar Rony.
- Quando estamos distantes, meu coração bate só por você! - Todos começaram a cantar, deixando o mais novo com as pontas das orelhas vermelhas de vergonha.
- Chega, temos que ir embora. - Arthur cortou a brincadeira dos meninos. - Algo está acontecendo. Venham comigo. - Ordenou Arthur ao sair da barraca. - Vamos voltar para a Chave do Portal e fiquem juntos!
Nikolai puxou a filha pelo braço e gritou sob o ombro para Arthur.
- Nós temos que ir, está perigoso demais, tomem cuidado.
cruzou o olhar com o de George em uma promessa silenciosa "não importa o que aconteça, eu vou te encontrar". Haviam muitas pessoas desesperadas, correndo de um lado para o outro e gritando pelas barracas.
- O que está acontecendo? - perguntou, sendo praticamente arrastada pelo seu pai e segurando firmemente a mão de sua mãe.
- São os Comensais da Morte! - Gritou alguém ali próximo e foi quando explosões começaram a acontecer.
- Olhem o céu. - Uma moça gritou, horrorizada e foi quando viu a Marca Negra pela primeira vez. Um símbolo tão aterrorizante que a fez arfar.
- Vamos, antes que seja tarde. - Diana disse, acariciando a mão de , tentando dar algum conforto para a garota, conduzindo-os por mais um corredor para mais um corredor de barracas queimadas, quando escutou uma sequência de feitiços serem lançados sob suas cabeças.
A garota os empurrou para o chão e colocou seu corpo sobre os deles, em uma tentativa de proteção.
- Parem! Eles estão conosco! - Arthur berrou, empurrando pessoas com roupas do ministério e veio em direção aos Baskov que estavam abraçados no chão. - Está tudo bem, vocês se machucaram? Foi tudo tão rápido!
- George e os outros, estão bem? - perguntou para o Sr. Weasley, sem responder o mais velho.
- Sim, minha querida. Eles estão seguros. Não se preocupe, está tudo bem. - E lhe deu um sorriso paternal.
-Vamos para casa. - Disse Nikolai, guiando-os para longe dali. - Arthur, nos falamos depois.
Com isso, cada família seguiu seu próprio caminho, torcendo para que nada grave tivesse acontecido.


II

- Querida, este ano vai ser cheio de aventuras para você, eu posso sentir. - Diana disse, segurando as mãos de , na plataforma 9 ¾ - Faça tudo o que você quer fazer, independente dos julgamentos. - A mulher ergueu o queixo da filha e a garota pôde ver os olhos da mãe enevoados. - A vida pode te levar bem alto, mas você vai subir e descer, para cima e para baixo, para cima e para baixo…
- Está bem, meu amor, acho que ela entendeu. - Nikolai abraçou de lado a mulher, quebrando o contato visual delas. Diana balançou a cabeça um pouco atordoada com sua nova premonição e sorriu docemente para a filha. - Nós te amamos e tome muito cuidado, seu avô nos pediu para que reforçássemos para você não fazer nada estúpido, ou que se arrependa no final. Esse velho sabe de alguma coisa e não quis nos contar. - Finalizou com um resmungo.
- Alma gêmea, vamos? - Os gêmeos Weasleys disseram, fazendo uma reverência para a menina.
- Tchau, mãe. Tchau, pai! Amo vocês! - A garota acenou e seguiu os ruivos para dentro do trem.
Os três seguiram até os vagões do fundo e começaram a conversar animadamente com Angelina e Kate sobre como seria o novo time de quadribol. agradeceu a Merlin quando Cedrico apareceu todo afobado pedindo uma palavrinha com , ela não sabia opinar quando se tratava de quadribol.
- Ok, o que você quer de mim, Ced? - Perguntou a garota.
- Um conselho. Vou chamar Cho para sair. - Disse o garoto, ficando com as bochechas cor de rosa. - Mas não sei para onde ir.
- Bom, primeiramente, parabéns? - Zombou a búlgara. - Em segundo lugar, acho que você pode levá-la para Hogsmeade, fazer uma caminhada e depois mostrar para ela porque chamam aquela casa medonha de “A casa dos Gritos”. - A menina não se conteve e gargalhou da péssima piada que fez.
- , por favor, me ajuda. - Implorou o monitor, com o rosto muito mais vermelho do que antes. - Eu gosto muito dela, sabe?
- Ai, Ced, desculpa. - Disse ainda rindo. - Agora sério, leve-a para fazer uma caminhada, tomar um sorvete, não sei… algo que envolva comida, é certeza de sucesso.
- Você devia parar de andar com aqueles dois, seu cérebro já está ficando derretido com tanta bobagem. - O garoto sorriu e a abraçou, deixando-a sozinha no corredor e indo em direção ao vagão dos monitores.
estava voltando em direção ao seu próprio vagão quando alguém lhe puxou o braço para dentro de um que estava vazio e a porta foi fechada.
- Eu senti tanta sua falta, . - A voz de George era grave e baixa em seu ouvido. Ele estava atrás dela, prendendo-a contra a porta. Com um movimento, ela se virou de frente para ele e o encarou sob os cílios.
- Você não respondeu minhas cartas que enviei depois da Copa... - Disse a menina em um tom chateado.
- Eu sei, minha coruja não é muito prestativa. Desculpa... o que posso fazer para que você me perdoe? - O ruivo disse, pressionando-a contra a porta.
- Acho que você pode começar demonstrando o quanto você sentiu minha falta. - Disse, colocando suas mãos na nuca do rapaz, que sorriu ao encostar os lábios nos dela. Seu beijo era duro e dominador, segurando-a no lugar com uma das mãos e deixando a outra passear pelo corpo da menina que ardia de desejo, ela desceu uma das mãos até o botão da calça de George, mas foi interrompida pela voz de Cedrico pelos corredores. "Atenção, já estamos chegando, coloquem os uniformes".
- Eu ainda mato o senhor Monitor. - Sussurrou George, com a voz trêmula de tesão.
- Eu te ajudo a enterrar. - Completou . - Vamos, senão vamos nos atrasar. - A garota saiu em disparada para seu vagão com George em seu encalço.
Angelina e Kate já estavam prontas e discutindo com Fred sobre alguma pegadinha que o ruivo estava planejando.
- O que aconteceu com vocês? - Katie perguntou, com um ar acusatório.
- Nós, bem, nós estávamos procurando o sapo do Neville, sabe como é, esse garoto vive perdendo o bichinho. - E com um timing incrível, Neville chega no vagão e pergunta se alguém havia visto Trevor e todos negaram com a cabeça.

-x-

Assim que desceram do trem, foram diretamente para a área externa do castelo, onde avistaram Hagrid acenando para uma carruagem conduzida por Abraxans, que sobrevoava o jardim. Todos os alunos estavam curiosos e ainda estavam com as bocas abertas quando uma enorme embarcação surgiu do fundo do lago negro revelando símbolos de uma escola búlgara que conhecia bem.
- Todos para dentro! - Gritou o guarda-caça.
Os buchichos foram presentes o tempo todo, no momento, todos estavam no Salão Principal e estava sentada entre os gêmeos aguardando ansiosamente o pronunciamento de Dumbledore, que foi sobre acolhimento e como a escola foi escolhida para sediar um importante evento: o Torneio Tribruxo.
Assim que o diretor disse essas duas palavras, foi possível ouvir a euforia dos alunos que não estavam acreditando no que estavam ouvindo.
- Brilhante! - Os gêmeos sussurraram.
- ...agora vamos dar as boas-vindas para as moças da Academia de Magia Beauxbatons e sua diretora Madame Maxine!
Todas as cabeças foram em direção às portas duplas do Salão. Várias garotas vestidas de azul pareciam flutuar pelos corredores das mesas, era impossível não se encantar pela beleza e graça delas. Após a breve apresentação, todos começaram a bater palmas animados e assoviar, inclusive os gêmeos, que receberam não só um olhar de reprovação de , mas também um beliscão no braço, que os fez soltar um gritinho de dor.
- E agora, nossos amigos do norte… Queiram receber a delegação de Durmstrang e seu diretor Igor Karkaroff!
Os comentários estavam sendo feitos baixos, mas era possível ouvir a palavra “comensal” sendo repetida diversas vezes. O Salão ficou em completo silêncio quando os alunos búlgaros adentraram o Salão com seus cajados, seus gritos de guerra e passos duros. Hipnotizantes assim como as garotas de Beauxbatons, mas de uma maneira agressiva e primitiva.
Uma coisa era certa, poderiam ter milhares de pessoas naquele lugar, mas os olhos de Krum foram diretamente aos de . A garota perdeu o ar ao vê-lo, como pode um garoto ficar mais bonito a cada dia?
Viktor parecia pensar o mesmo sobre e por tanto, lhe deu um sorriso de lado e uma piscadela que a fez corar, ato que não passou despercebido por Gina, que sorriu cúmplice para a garota.
- Nossa, é ele. Viktor Krum. - Balbuciou Rony para ninguém em específico.
A delegação por fim, se sentou junto com os sonserinos e a academia junto aos lufanos. Krum sentou-se estrategicamente em frente de , mas ele não a olhava diretamente, não sabia como a garota estava digerindo toda aquela informação. Mesmo ele lutando para não encará-la, o búlgaro se pegava dando olhadas de canto de olho, checando seus movimentos, ao contrário de , que o fuzilava com os olhos. Como ele poderia estar ali e não ter contado para ela? Eles eram amigos, não? Por que esconder algo tão importante?
- Eu gostaria de falar algumas palavras… - Começou Dumbledore. - A glória eterna, é o que espera o aluno que vencer o Torneio Tribruxo. - Nesse momento ninguém respirava, o diretor tinha a atenção total dos alunos. - Mas, para isso, esse aluno deve sobreviver a três tarefas. Três tarefas extremamente perigosas.
- Que demais. - Mais um sussurro dos gêmeos, que nem piscavam.
- Por isso, o Ministério achou por bem impor uma nova regra. Para ficar mais claro, o chefe do Departamento de Cooperação Internacional em Magia, Sr. Bartolomeu Crouch irá falar. -Completou o diretor.
Todos os pensamentos dos alunos foram interrompidos quando a porta do salão se escancarou mais uma vez, revelando um senhor com um olho de vidro.
- Alastor Moody. - Murmurou .
Automaticamente, a garota olhou de esguelha para Harry. Se um auror estava em Hogwarts, algo estava errado mesmo. Seria porque Karkaroff estava ali? Ou algo mais tenebroso?
Quando treinava com seu avô, a menina recebia milhares de instruções de como proteger Potter a todo o custo, pois ele era a esperança para o mundo bruxo. Essa “missão” que John a passara desde que Harry entrara em Hogwarts, era a mais difícil de todas, o garoto vivia cercado de problemas.
- Depois de uma severa inspeção, o Ministério concluiu que, por questão de segurança, nem um aluno com menos de 17 anos poderá se candidatar ao torneio. -Informou Crouch.
- ISSO NÃO É JUSTO! - Berrou George, levantando da cadeira.
- NÃO FAZ SENTIDO! - Retrucou Fred, também em pé.
- Silêncio! - Ordenou Dumbledore, fazendo com que se encolhesse na cadeira. - O Cálice de Fogo. Quem quiser se candidatar ao torneio só precisa escrever seu nome em um pedaço de pergaminho e depositá-lo na chama, até quinta à noite. Não se inscrevam se não têm certeza. Quem for escolhido não poderá voltar atrás. A partir deste momento, inicia-se o Torneio Tribruxo.
Os alunos começaram a se dirigir aos dormitórios e não havia mais outro assunto possível que não fosse quem iria se arriscar a colocar o próprio nome nas chamas azuis do cálice.
- A gente precisa descobrir um jeito de burlar essa regra, Fred.
- Talvez uma poção, podemos pegar uns livros na biblioteca… O que acha, ? - Perguntou Fred.
- Eu… Eu encontro vocês lá em cima. - Disse para os gêmeos. Sem esperar um protesto, a garota virou as costas e andou contra o fluxo de pessoas que estavam saindo do Salão. Assim que chegou às portas, já sem fôlego de tanto pedir “com licença” para as pessoas, aguardou do lado de fora a saída de Krum.
Assim que ele a avistou, o sorriso do búlgaro se iluminou.
- Oi, bruxinha. - O rapaz a puxou para um abraço, mas recebeu um forte tapa no braço.
- Como você pôde? - Esbravejou a menina em búlgaro, tentando lutar contra o abraço apertado que ele lhe dera. - Você não me disse nada, nada! Nem que estaria na Inglaterra, Viktor!
- Eu não podia. Assinamos uns papéis de confidência e até mesmo minha carreira estava em jogo. - Disse ele, separando seu corpo do dela, mas ainda segurando as mãos de . - Você não está nem um pouco feliz em me ver?
- Estou, Viktor. Você sabe que sim. - A garota desistiu de qualquer tipo de discussão e aceitou seu abraço. Sentindo seu cheiro de perfume tão envolvente que tinha a certeza que poderia morar ali, nos braços de Krum.
- Você vai se inscrever? - Perguntou ele, esticando o braço para que ela caminhasse junto a ele.
- Não sei, talvez. Meu pai ficaria orgulhoso demais. – Sorriu, olhando para o chão, imaginando a felicidade de seu pai ao vê-la ganhar o torneio.
- Ele já sente muito orgulho de você, . Eu também...- O rapaz sorriu de lado e tocou o nariz da garota.
- Pelo jeito você vai se inscrever, né? - Indagou, mesmo já sabendo a resposta.
- Claro. Quando ouvimos sobre o torneio da delegação, fui o primeiro a me inscrever. , é uma oportunidade e tanto para mim, principalmente agora que perdemos a copa.
- Quem sabe a gente não disputa? - A garota parou e o encarou, lhe dando um sorriso zombeteiro que fazia Krum se derreter.
- Eu nunca aceitaria ir contra você. - Krum passou sua mão pelo braço de e levou a mão da garota até os lábios lentamente. - Mesmo porque, você ganharia de mim, facilmente. Eu sou seu, sempre fui. - Os lábios dele tocaram levemente o dorso de sua mão, mas seus olhos não saíram dos dela, sentiu suas pernas fraquejarem. Mesmo os dois sendo, realmente, apenas amigos, a garota não podia ignorar o fato de Krum mexer com seus sentimentos. Porém, seu coração pertencia à outro.
- Ei, vocês dois. - De repente Cedrico apareceu no corredor. - Vocês já deviam estar em seus aposentos. - Ralhou o menino. - , você conhece seu caminho. Krum, me acompanhe, por favor. Poxa, , me ajuda nessa.
- Sim, senhor monitor.- bateu continência e saiu correndo até a torre da Grifinória, mas a garota perdeu a explicação da senha então ficou conversando com a Mulher Gorda até algum quadro se incomodar com a conversa e chamar alguém lá dentro.
- E aí ele beijou minha mão. - comentou embasbacada.
- Eu acho que ele gosta de você. Mas sabe, você fica muito melhor com aquele menino Weasley. Quando vocês estão juntos, seu sorriso brilha.
- E quem te disse isso?
- Ah, você sabe, nossa vida aqui nas molduras é um pouco parada, então as fofocas são o que alimentam nosso dia. - A Mulher Gorda piscou.
- Agora tudo está explicado, sua fofoqueirinha. - sorriu para a mulher. – Mas, me diz, o que mais vocês bisbilhotam além da vida amorosa dos outros?
- Uh, conversamos depois. - Ela disse.
O quadro se abriu e George saiu de dentro.
- Aí está você, alma gêmea! Entre. - George abriu passagem para a menina, que se despediu da Mulher com um aceno.
- Obrigada, meu grande salvador. - Apesar de já estar dentro do Salão, a menina não fez alusão a se mover. O lugar estava vazio e só estavam os dois ali, trocando olhares à luz das poucas velas que lutavam para iluminar o espaço.
- Por que você demorou? - Perguntou o ruivo, se aproximando da menina e acariciando seus braços.
- Eu precisava conversar com Viktor. Queria saber se ele iria se inscrever…
- Claro que ele vai. Ele é o Viktor Krum, seria um fracassado se não se inscrevesse.
- E vocês vão mesmo burlar as leis, malfeitores? - estava próximo do rapaz que sua respiração balançava seus cabelos compridos.
- Claro, ou não seríamos os Weasleys. - Piscou, colocando as mãos na cintura da menina e colando seus corpos.
arfou ao sentir o volume nas calças de George. O garoto entendeu a reação da menina como um incentivo e a beijou. Não um beijo calmo e apaixonado, mas um beijo intenso e avassalador, as mãos do garoto percorriam o corpo da garota com urgência e necessidade. Eles quebraram o beijo apenas para tomar fôlego e ir em direção ao sofá mais próximo dali, se livrando da capa que a garota ainda usava, George a puxou para seu colo, colocando as pernas da menina abertas, encaixando suas intimidades ao sentar.
- Meu Merlin, como eu quis fazer isso com você. - George disse em uma voz grave, carregada de desejo.
- Shh… eu quero você, George… - Seus lábios se uniram novamente e a garota não conseguia mais controlar sua excitação e esfregou sua intimidade na de George que estava rígida, o ato fez os dois soltarem um gemido. O garoto apertou as coxas de e a puxou para baixo para terem mais contato, fazendo movimentos para frente e para trás. Com um movimento rápido, tirou a camisa por cima da cabeça exibindo seu sutiã preto rendado para o rapaz que não tardou em apertar os seios da garota sem interromper a fricção entre os dois. Ele a puxou para perto e abaixou as alças do sutiã dela, revelando seus seios pesados de desejo. Com uma mão, George mantinha um seio na altura de seus lábios, mordendo e sugando, enquanto sua outra mão beliscava sem dó seu mamilo rígido.
A menina colocou a boca em seu antebraço para evitar que seus gritos de prazer acordassem alguma pessoa, não por medo de alguém ouvir, mas medo de ser interrompida.
- Eu… eu preciso de… de mais… - A menina conseguiu dizer.
O garoto obedientemente soltou os seios da menina e correu suas mãos para debaixo de sua saia, encontrou o ponto de união da meia calça e rasgou, sem se importar com a peça. Seus dedos percorreram a úmida calcinha da búlgara e sentiu o quão sensível ela já estava e começou a estimulá-la, com a outra mão, abriu o zíper de sua calça e colocou seu pau duro para fora. Roçando lentamente na entrada da garota, sem aviso prévio, ele a penetrou, recebendo como resposta um grito abafado.
estava vendo estrelas enquanto cavalgava em George, não conseguiu segurar o gemido mais alto quando ele distribuiu dois tapas em suas nádegas.
- Shh, Shh - George conseguiu dizer, mas o mesmo não conseguiu reprimir seu próprio gemido quando sentiu as paredes de se apertarem contra seu pau, um claro sinal que a menina havia gozado, sem delongas ele também gozou, mas não saiu de dentro dela, esperando seus espasmos acalmarem.
estava mole em seu colo e quando reuniu forças para sair dele, apontou sua varinha para os dois e automaticamente suas roupas e as pernas da menina estavam limpas, sorrindo para o garoto que a acompanhou até as escadas de seu dormitório e lhe deu um beijo de despedida. Neste dia, soube muito bem o porquê de sua mãe dizer que sua vida poderia lhe levar bem alto.

-x-

A semana passou rápido. Todos os dias, saiu para fazer uma leve corrida com Krum e depois do toque de recolher, ela saia de fininho de sua cama e encontrava George para dar uns amassos pelas dependências de Hogwarts.
- E quando você vai me apresentar formalmente para seu namorado? - Perguntou Viktor, enquanto corriam pelas margens do lago negro. - Como é o nome dele mesmo? Fred?
- George… E não, ainda não formalizamos nada. - Respondeu.
- Ah claro, escuta… promete não ficar chateada? - Ele perguntou, cauteloso. - Tem uma garota que estou, bem... interessado. - Comentou lentamente. - E queria saber se você pode me apresentar… Ela está sempre com um livro na mão e é da Grifinória.
- Ah sim, Hermione. Claro, te apresento! Não se preocupe comigo, você vai adorar ela. - Sorriu a garota. Krum parou bruscamente sua corrida e a encarou com um olhar de dúvida. – Ai, Viktor, você não é nada discreto. Nunca abriu um livro na vida e agora vive na biblioteca, você não engana ninguém. - Respondeu a garota, o empurrando pelo braço para que ele continuasse a corrida. - E outra, eu tenho meus informantes. - Piscou, se lembrando das conversas noturnas com a Mulher Gorda.
- Você acha que eu tenho chances?
- Com toda a certeza. Quem não gostaria de ter você como namorado?
- Aparentemente, você. - Provocou o búlgaro.
- Aparentemente, eu. - Repetiu a garota com o tom de voz baixo.
- Ei, ! Vamos, precisamos de você para estudar feitiços. - Gritou Katie ao avistar a menina.
- Estou indo! Eu preciso ir… mas continue indo na biblioteca, faça perguntas sobre livros e pergunte a opinião dela sobre qualquer coisa. Mione gosta de ser ouvida, como todas as pessoas. - Ela se despediu e foi em direção à sua amiga.
-, não sei como você está viva. -Sussurrou a menina. - Todos querem seu crush. - Confidenciou.
- Do que você está falando?
- Ah, você sabe… Viktor Krum é o cara que todas as meninas querem e ele está na sua mão. - Disse. sorriu, mal ela imaginava que ele estava nas mãos de uma certa ratinha de biblioteca.

-x-

estava sentada no Salão Principal assistindo às pessoas colocarem seus nomes no cálice de fogo. Acenou para Cedrico que tinha acabado de ser aplaudido por tomar esse passo tão corajoso e sorria, animado.
Ela terminou de escrever seu próprio nome um pedaço de papiro quando George a abraçou por trás, fazendo a garota pular da cadeira.
- O que passa nessa terrível cabecinha?
- Vou me inscrever. O que você acha? - Perguntou ela, enquanto ele se sentava ao seu lado.
- Eu acho que terei uma competidora à altura. - O garoto sorriu de lado ao ver o rosto confuso. - Você verá, minha alma gêmea. - O ruivo saiu correndo em direção às portas duplas do salão.
Hermione se sentou ao lado de e abriu um livro. A búlgara pensou em perguntar o que a mais nova achava de Krum, quando uma algazarra começou, ela abriu a boca para perguntar do que se tratava, mas se calou quando viu Fred e George entrando e comemorando acenando para os alunos que soltavam “vivas” e batiam palmas, ansiosos para descobrir o que os dois estavam aprontando.
- Bom, pessoal, conseguimos! - George disse, animado.
- Preparamos hoje de manhã! - Completou Fred, balançando dois frascos de poção para todos admirarem.
- Não vai funcionar. - Disseram e Hermione, juntas. Atraindo a atenção dos gêmeos.
- Ah, é? - Os dois perguntaram. - E por quê?
George se posicionou atrás de e colocou as mãos em seus ombros, enquanto Fred agachava e encarava Mione.
- Está vendo isto? - A mais nova apontou para o círculo. - Esta é a Linha Etária. Foi o Dumbledore que desenhou.
- E daí? - George desafiou.
- E aí que um gênio como o diretor não poderia ser enganado pela Poção para Envelhecer, truque pateticamente óbvio… A linha permite apenas os que têm idade suficiente para participar, como e Cedrico…
- Por isso é brilhante, Mione! - Fred disse.
- Por ser pateticamente óbvio. - Completou George.
Os dois se levantaram e começaram a sacudir os frascos.
- Pronto, Fred?
- Pronto, George. - Os dois cruzaram os braços e após beberem a poção, pularam para dentro do círculo. Os alunos aplaudiram entusiasmados quando nada aconteceu, não conseguia acreditar no que estava vendo, não era possível eles conseguirem burlar o cálice.
- Vamos lá. - Os gêmeos esticaram os braços e lançaram os pedaços de papiro nas chamas azuladas. Nada aconteceu e os dois celebraram, mas o alívio foi passageiro, as labaredas cresceram e atingiram os dois que foram lançados pelo ar e caíram com tudo no chão.
Os cabelos que antes eram ruivos, agora estavam brancos, assim como as barbas da mesma cor que cresceram nos meninos.
- Você disse que daria certo. - Os dois falaram ao mesmo tempo e começaram a brigar, rolando no chão, fazendo que todos os presentes dessem gargalhadas da situação.
A diversão foi interrompida quando as portas duplas se abriram com violência, atraindo a atenção de todos. Viktor Krum, um outro rapaz e o diretor de sua escola entraram no salão. O garoto foi em sua direção, mas seu olhar estava em Mione, que corava intensamente.
- , vamos? - subiu o olhar e encontrou Krum com a mão estendida para a menina. - Acho que devemos fazer isso juntos, como tudo.
- Er, claro. - A menina deu uma olhadela para George, mas o rapaz ainda estava brigando com Fred. Ela aceitou a mão de Viktor, que a guiou até o Cálice, recebendo toda a atenção do salão. Os dois passaram o círculo encantado e esticaram as mãos, soltando os papiros ao mesmo tempo e ouvindo o som das chamas os recebendo.
- Não tem mais volta. - Disse ele, abraçando-a de lado.
- Não tem. - Ecoou ela.
Antes de sair do salão, Krum trocou olhares descaradamente com Mione, o que fez sorrir.
- Vamos, vou acompanhar vocês até a Ala Hospitalar.
- Obrigado, alma gêmea. - Disse Fred. - O que seríamos sem você?
- Aparentemente, dois velhos brigões e cabeçudos. - Zombou.

-x-

A anunciação dos campeões começou e os únicos vestígios da Poção para Envelhecer nos gêmeos eram alguns fios brancos nos cabelos, para a sorte deles.
- E agora, o momento que todos estavam esperando. - Disse Dumbledore. - A escolha dos campeões! - As luzes se abaixaram e somente o cálice brilhava. O primeiro nome pulou para as mãos do diretor. - O campeão de Durmstrang é Viktor Krum. - O coração de se apertou.
O búlgaro se levantou e se dirigiu a uma salinha que o diretor havia indicado.
- A campeã de Beauxbatons é Fleur Delacour. - Gritinhos e assovios se ouviram enquanto a loira seguia o mesmo caminho de Krum. - O campeão de Hogwarts é Cedrico Diggory!
Os alunos se levantaram e bateram palmas para o lufano. Com certeza, ele era o mais capaz de vencer todos os desafios.
- Excelente! Agora temos nossos três campeões! - Declarou Dumbledore com os braços abertos. - Mas, no final, apenas um entrará para a História. Apenas um levantará este cálice dos campeões. A taça da vitória… A taça Tribuxo! - Apontou para o cálice que Crouch estava exibindo. E todos aplaudiram ao ver a grandiosidade da taça.
De repente, mais um papel pulou das chamas. O diretor apanhou e gritou com indignação o nome ali escrito…
- HARRY POTTER! - Todos encararam o menino. esticou a mão e apertou a de Harry dando confiança ao garoto para que ele desse um passo à frente.
- Vai logo, Harry. - Hermione o empurrou.
Sem dizer uma palavra, Dumbledore indicou a sala para onde os campeões se dirigiram.
- Todos para seus aposentos! - Os monitores começaram a auxiliar os alunos que ainda estavam atônitos com o que acabara de acontecer.

-x-

Não seria surpresa para ninguém que o tema de todos os dormitórios fosse o garoto.
- Vocês acham que ele colocou o próprio nome? - Perguntou Angel.
- Acho que não, o menino mais tenta ficar fora dos holofotes que outra coisa. - Disse Katie.
- Claro que ele não colocou. Alguém deve ter colocado o nome dele. Vocês viram o que aconteceu com Fred e George. - Argumentou a búlgara, enquanto vestia seu pijama.
- Falando nos gêmeos… Quando você vai contar para gente que está namorando o George, hein? - Perguntou Katie, maliciosa.
- Quando a Angelina assumir que era ela gemendo o nome de Fred no armário de vassouras ontem. - Respondeu , recebendo uma almofada no rosto vinda de Angel.
- O QUE EU PERDI? - Katie berrou, exasperada.
- Ai, Katie do meu coração… Bom, Fred e eu estamos nos conhecendo melhor, vamos dizer assim. - Deu um sorriso safado para a amiga. - No quarto ano, no jogo “verdade ou desafio”, nós nos beijamos pela primeira vez e meio que isso continua acontecendo, só que um pouco mais do que beijos…
- EU NÃO ESTOU ACREDITANDO. - Bell continuou berrando. - E VOCÊ, SUA BULGARAZINHA SAFADA?
- George e eu ficamos pela primeira vez há dois anos, quando a Gina foi salva por Harry na Câmara, mas vocês já sabiam disso. - As duas concordaram. - Depois desse dia, ficamos em uma espécie de amizade colorida… Ele ficava com outras pessoas e bem, eu ficava com Krum. - Katie arregalou os olhos. - George sabia que eu ficava com alguém, mas não quem era.
- Então foi com Viktor sua primeira vez! - Concluiu Angel. - Você tinha me falado que seu primeiro beijo foi com a mesma pessoa que você transou. Cara, isso é muito legal.
- Mas você sente algo por ele? -Perguntou Bell.
- Eu não estou apaixonada por ele, nem nada. Me sinto atraída, claro. Mas somos amigos, ele está afim de uma outra menina e eu estou apaixonada por um certo Weasley… - Ela nunca tinha falado aquela frase em voz alta e gostou de como soou.
- Já eu, tive minha primeira vez com um corvino que eu prefiro esquecer. - As meninas riram. – Mas, meu primeiro orgasmo foi com Fred.
- CHEGA, MUITA INFORMAÇÃO. - Interrompeu aos berros Katie. - Já entendi, obrigada por me deixarem a par. Amo vocês, agora caminha.
- Er, nós vamos na verdade dar uma escapadinha… - Confessou Angel.
- Meu Merlin, eu odeio minha vida. - Resmungou Katie por baixo das cobertas. -Tchau.
Angelina e deram as mãos e saíram do dormitório, encontrando seus pares aguardando no Salão Comunal.


III

A primeira prova já ia começar e todos os alunos foram conduzidos para as arquibancadas, ninguém fazia ideia do que estava prestes a acontecer.
- Aí está você! - correu em direção ao búlgaro e o abraçou. - Boa sorte na tarefa. Fique vivo, por favor.
- Pode deixar, . Eu preciso ir, tenho uma taça para ganhar, mas espere por mim! - Deu um beijo em sua bochecha e rumou para a barraca dos campeões, sem olhar para trás.
- Podemos? - Fred perguntou. - Temos algumas apostas para recolher!
- Tudo bem, alma gêmea? - George perguntou.
- Sim, só um pouco nervosa. Eles são nossos amigos, fica difícil não se preocupar.
George a puxou para um abraço e deu um selinho em seus lábios.
- Vai ficar tudo bem. - A garota assentiu e o trio seguiu para as arquibancadas coletando as apostas. Fred foi para o lado da Lufa-Lufa e da academia Beauxbatons, enquanto George passava na Corvinal e Grifinória. ficou com a Sonserina e os garotos da Durmstrang, ser búlgara e amiga de Viktor, era um bônus para a garota. Muitos dos meninos a conheciam das festas que frequentavam na Bulgária e por um momento, ela sentiu falta de sua casa. Assim que terminou de coletar as apostas, se juntou à Rony e Gina.
- Não consigo acreditar que ele colocou o nome no cálice e não me disse. -Resmungou Rony, emburrado.
- Caramba, Rony! Ainda nisso? É óbvio que ele não colocou, agora você devia estar apoiando-o e dando forças, não ficar remoendo que ele não te contou. - explodiu. - Espero que você peça desculpas para ele depois dessa palhaçada.
- Agora entendi porque George está caidinho por você. - Falou o menino baixinho.
A menina pensou em responder o mais novo, mas foi interrompida pelo som de um canhão, que indicava que o primeiro competidor estava prestes a entrar na arena.
- Quase que não chegamos a tempo. - Fred disse ao se sentar na fileira, ao lado de Angelina, que o olhou, fazendo uma pergunta silenciosa.
- As Veelas são bem distrativas. - Comentou George, que se acomodou ao lado de , colocando uma das mãos em sua coxa e apertando.
- São mesmo. - Concordou Baskov. Atraindo a atenção dos Weasleys ali presentes.
- O que você quer dizer com isso, bulgarazinha? - Cutucou Gina, curiosa. - Você já ficou com meninas? Não acredito. - Concluiu a ruiva.
- Eu não sei de nada. E você, Angel? - trocou olhares conspiratórios com a garota.
George se aproximou e beijou sua têmpora com um sorriso no rosto. Rony estava vermelho ao imaginar o que poderia ter acontecido com as duas mais velhas, mas neste momento Cedrico entrou na arena, fazendo que todos prestassem atenção na primeira tarefa do torneio.
Dragões, quem diria. Um dos animais mais poderosos do mundo bruxo estava ali, protegendo um ovo dourado, enquanto Cedrico corria de um lado para o outro criando distrações para a criatura. O lufano estava muito empenhado em não machucar nem os ovos, nem o dragão, que cuspia fogo e o perseguia sem parar.
começou a ficar um pouco entediada com a performance de Diggory, ela havia pensado que seria algo mais brutal e foi quando decidiu atrair a atenção de George, que mantinha sua mão sob a coxa da garota.
Baskov acariciou a mão do ruivo e preguiçosamente tocou a perna dele e a apertou. Recebendo a total atenção dele, que se aproximou mais da garota e beijou o canto de sua boca.
- O que passa nessa sua terrível cabecinha? - Repetiu em um sussurro a frase que havia dito mais cedo.
- Apenas o quanto eu quero você... - Ela aproximou os lábios da orelha de George. -Dentro de mim. - Completou.
George engoliu seco e sentiu as calças ficarem justas em sua pelve.
- Ouvi dizer que a torre de Astronomia tem uma linda vista. Você devia me levar até lá. - Disse a garota docemente.
Cedrico conseguiu capturar o ovo dourado e o segundo campeão foi enunciado para entrar na arena, mas os dois nem se importaram em descobrir quem era ou para a tarefa que estava acontecendo, só pensavam no que queriam fazer um com o outro e sem precisar dizer duas vezes, o ruivo se levantou e a puxou pelo braço, desesperado para aliviar o desejo que estava sentindo. Desceram das arquibancadas e entraram no castelo cegamente. Hogwarts estava vazia, graças à Merlin, a não ser pelos fantasmas e pelos quadros que perguntavam o que os dois estavam pensando em fazer, mas como se adivinhasse, a pergunta ficou entalada na garganta dos bisbilhoteiros. Os dois andavam rápido, nem perceberam quantos lances de escada subiram e quando viram, já estavam ao lado do telescópio. George não queria perder tempo, seu pênis latejava contra a calça que usava e a pressionou contra a parede da torre, em busca de algum contato.
- Você consegue sentir o que você causa em mim, ? - Roçou sua ereção na barriga da garota. -Você me deixa duro, louco por você.
A búlgara gemeu e o puxou para um beijo. Sua língua era exigente contra a de George, buscando por mais. Os blusões dos dois já estavam no chão quando mais um tiro de canhão foi dado, indicando a entrada do terceiro campeão. Que o torneio fosse para o inferno, nada importava para os dois que estavam se beijando como se dependessem um do outro para viver.
Mais um pouco de roupas foram para o chão, deixando os dois apenas com as peças íntimas. George fez uma trilha de beijos no pescoço de , mordendo e chupando. Com uma das mãos, ele abaixou um lado do sutiã dela e colocou seu seio para fora. O menino prendeu seu mamilo entre o indicador e o polegar, fazendo a menina gemer e se mover para frente, colando mais seus corpos. Com a outra mão, ele desceu lentamente até a calcinha da menina, sentindo que ela já estava úmida, pronta para ele.
George a estimulou por cima da peça, fazendo movimentos circulares e apertando aquele pontinho sensível, ganhando como resposta um gemido mais alto. Ele afastou a calcinha e inseriu um dedo na menina, apenas provocando mais prazer. A menina gemeu alto quando sentiu um segundo dedo a penetrando e mesmo assim ela queria mais dele, queria tudo o que ele poderia dar à ela.
- Por favor. - A menina murmurou.
- O que você quer, , me diz. - Disse, apertando seu mamilo com força e aumentando a velocidade de seus dedos.
- Eu quero você, inteiro, dentro de mim.
Suas palavras de luxúrias foram o suficiente para que ele praticamente arrancasse as pequenas peças que ainda estavam no corpo da menina e a levantasse, entendendo o que o menino planejava, ela cruzou suas pernas nas costas dele e segurou firme, ficando em seu colo, sentindo o pau do garoto roçar em sua intimidade ainda com a cueca, enquanto ele a carregava até o parapeito da janela.
O quarto tiro de canhão foi dado e foi ao mesmo tempo que George a penetrou sem aviso, arrancando gemido dos dois. Ela estava tão excitada que o garoto conseguia ir fundo nela, suas estocadas firmes e ritmadas faziam os olhos de revirarem.
Era como se ela fosse feita para ele e ele para ela. Seu pau a atingia exatamente onde necessitava e em meios aos seus gemidos e arfadas, uma sombra passou pela janela.
- Aquele era…? - George começou a dizer, diminuindo o ritmo e recebendo um resmungo de em desaprovação quando o viu levantando e indo em direção da janela.
- O quê? - A menina se apoiou nos cotovelos para ver melhor e um enorme dragão passou bem próximo a eles. Os dois pularam de susto e viram Harry Potter em sua vassoura voando e tentando escapar do enorme dragão que o perseguia.
-Eu não acredito. Esse menino é maluco. - O ruivo concluiu. - Será que ele nos viu?
A garota se ajeitou sob suas roupas, toda aquela ação que estava acontecendo podia esperar.
- Depois a gente descobre. Agora vem me foder do jeito que eu gosto. - A boca suja de era o que tirava George do sério. Ele se debruçou entre as pernas da garota e se banqueteou. Mesmo com sua ereção dolorida, ele a chupava, lambia e se deliciava com o gosto da garota. Olhando em seus olhos, o ruivo percebeu que ela precisava de mais, como sempre, então penetrou dois dedos na intimidade da menina, fazendo movimentos de vai e vem, sem nunca parar de sugar seu clitóris. se contorcia de prazer segurando os cabelos do menino entre os dedos, forçando-o a ir mais forte. George sentiu as paredes da garota se contraírem em seus dedos e a assistiu gozar em sua mão.
Sem se demorar, ele se ajeitou entre as pernas da garota e roçou a cabeça de seu pau na entrada molhada e pulsante da búlgara. Sua intimidade estava sensível e seu toque a fazia tremer em expectativa.
- Você é gostosa demais, . Quero te fazer gozar de novo, com meu pau em você. - E foi o que ele fez, investindo nela sem piedade. Seus gemidos eram altos, quase gritos de prazer. Ele estocava tão forte que o barulho de seus corpos se chocando ecoava por toda a torre.
Sua intimidade se contraiu no pau de George, mas mesmo ela chegando novamente no clímax, ele não parou. Seu ritmo era duro e profundo, quando a menina começou a gozar pela terceira vez, ele cedeu ao seu próprio orgasmo.
Os dois estavam ofegantes e suados em cima de suas próprias roupas.
- Acho melhor irmos. - A menina disse, como se tivesse forças para andar depois de ter transado intensamente com George.
- Daqui um pouquinho. - Ronronou, puxando-a para um abraço.

-x-

Harry Potter conseguiu capturar o ovo dourado e por isso, o salão comunal da Grifinória estava em festa. Fred e George carregavam o menino nos ombros comemorando e pulavam com ele.
- Harry! Eu sabia que não ia morrer. Perder uma perna, talvez. Mas bater as botas? Nunca! - Os dois cantarolaram.
- Qual é pista, Harry? - berrou entre as mãos, fazendo todos ficarem atentos.
- Querem que eu abra? - O mais novo perguntou para os grifinórios, que gritaram em aprovação.
Assim que o menino abriu o ovo, um guincho extremamente alto saiu de dentro, fazendo todos se encolherem, inclusive os gêmeos que desequilibraram, derrubando Potter que se apressou em fechar para cessar com o barulho ensurdecedor.
- Mas que diabos foi isso? - Perguntou Rony. Recebendo um tapinha na mão de , censurando-o.
- Muito bem, pessoal! Voltem aos seus afazeres. - Fred brandiu. - Já vai ser bem desagradável sem ter um bando de xeretas ouvindo.
- É preciso ser muito maluco para pôr o nome no Cálice de Fogo. - Disse Rony para Harry baixinho, fazendo a búlgara sorrir de lado e ir em direção de Angel que a esperava para terminar o exercício de Feitiços.
- Angel, é super fácil. Você precisa soltar um pouco o pulso, lembra? - Disse a búlgara, subindo as escadas em direção ao seu dormitório.
- Ai, , só você para ter paciência comigo.

-x-

se atrasou para ir tomar café e encontrou todos seus amigos no Salão Principal e se apressou ao ouvir risadas vindas da mesa que atraíram sua atenção, a garota se sentou junto à Hermione que estava vermelha de tanto rir.
- Vestes a rigor para o baile de Inverno. - Conseguiu dizer a menina.
- Mamãe mandou essa roupa horrorosa para Rony, eu amo aquela mulher. - Disse Fred, explicando o que acontecia.
- Todos da Grifinória, por favor, me acompanhem. - Minerva ordenou.
- Mas eu nem comecei a comer… - Choramingou que levantou, desgostosa e guardou bolinhos e uma maçã no bolso de sua capa.
A professora os conduziu para uma sala com um grande gramofone que o Sr. Filch tentava fazer funcionar, mas tudo o que ele estava conseguindo fazer era barulho.
- Muito bem, garotas para um lado e garotos para outro.
Os alunos se separaram obedientemente e aguardavam as novas ordens da professora.
- O Baile de Inverno, é uma tradição do Torneio Tribuxo desde o seu início. - Explicou. - Na noite da véspera de Natal, nós e nossos convidados nos reunimos no Salão Principal para uma noite de diversão bem-comportada. - Os olhares de e George se encontraram, como se eles pensassem nas inúmeras coisas não-comportadas que fariam assim que tivessem a primeira oportunidade.
- Como representantes da escola anfitriã… - Continuou a professora. - Espero que cada um de vocês cause uma boa impressão. E estou falando sério, porque o Baile de Inverno é, antes de mais nada, para dançar.
Um vozerio começou dos dois lados da sala, fazendo com que Minerva pedisse silêncio.
- A casa de Godric Grifinória tem sido respeitada pelo mundo da magia há quase dez séculos. - Disse séria. - Não vou permitir que vocês, em uma única noite, manchem esse nome portando-se como babuínos bobocas balbuciando em bandos.
- Tentem dizer isso cinco vezes rápido. - Fred desafiou.
- Babuínos bobocas balbuciando em bandos - George começou e logo foi acompanhado pelo próprio irmão. Eles olharam do outro lado da sala e leram os lábios de que também diziam “babuínos bobocas balbuciando em bandos”, os três sorriram.
- Bem, dançar é deixar o corpo respirar. - A professora abriu os braços. - Dentro de cada garota, há um cisne secreto, ansioso para desabrochar e levantar voo. E dentro de cada garoto, um leão pomposo pronto para se exibir. Sr. Weasley?
- Sim? - Sua voz tremeu.
- Venha dançar comigo, por favor. - Minerva pediu. esticou a mão e cutucou o ombro de Mione para certificar que ela estava vendo a mesma coisa que a mais velha. - Coloque a mão direita na minha cintura.
- Onde? -Disse o menino, assustado.
- Na minha cintura. - A professora disse firmemente. Rony estava da cor de seus cabelos com os assovios e risadinhas, mas a mais velha parecia não se importar. -Agora estique o braço. O Sr. Filch, por favor. - Música preencheu a sala. - Um, dois, três, um, dois, três. - Cantarolou. - Todos vocês, dançando. Rapazes, já de pé!
Mesmo com os meninos relutantes, deixou a maçã que estava quase terminando no parapeito da janela da sala e foi em direção ao George, se aproximando e balançando o corpo. O garoto se desencostou da parede e caminhou calmamente até a menina.
- Ah, Srta. Baskov! Dance com Potter, por favor. - Indicou Minerva. - Nosso campeão precisa de uma pessoa como a senhorita, sim?
A menina assentiu e esticou a mão para Harry, que ainda estava sentado.
- Você me paga. - George sussurrou para o menino, que balbuciou um “me desculpa”.
- Vem, Harry. Não é tão difícil. - A menina assegurou enquanto o conduzia pela sala, incentivando outros casais a se juntarem na dança.
- Você costumava dançar, ? - O mais novo perguntou, tentando ignorar os olhares fulminantes de George.
- Minha família participa de eventos tradicionais da alta sociedade da Bulgária, então eu aprendi desde criança. Era até divertido, meu par sempre era o Krum. - A garota sussurrou no ouvido de Potter. - Ele é um ótimo dançarino, caso você queira umas aulinhas, posso falar com ele.
- Não tem medo dele te chamar para o baile?
- Não. Tenho quase certeza que ele tem outra pessoa em mente. – Confidenciou, com uma piscadinha.
Depois dessa aula, o dia passou rápido e até os testes pareciam fáceis. Não demorou e George e estavam sozinhos nos corredores das masmorras, cada dia eles acabavam em algum ponto silencioso do castelo, graças aos marotos o ruivo conhecia uma sala que estava inutilizada há anos. Nela só haviam cadeiras empilhadas e mesas empoeiradas, ninguém os encontraria ali.
Após lançar um feitiço silenciador, a garota empurrou George até uma cadeira.
- Agora é sua hora de receber uma dança minha. - A menina ficou de costas e começou a rebolar lentamente, ela erguia os braços e ao abaixar, contornou seu corpo com as mãos. Ele estava hipnotizado pelos movimentos sensuais dela enquanto tirava seu uniforme peça por peça. se virou e encontrou os olhos escuros de desejo do rapaz, que esticou a mão e a puxou para perto, suplicando por seus lábios. Baskov cedeu e o beijou intensamente, mas dessa vez, ela que estava no comando, interrompendo o beijo para se livrar da camisa dele e a jogando no chão de qualquer jeito. Ela se virou de costas novamente e roçou a bunda na ereção já aparente de George e não conseguiu segurar um gemido de antecipação. Enquanto rebolava ainda de costas, ela puxou as mãos dele até seus seios que já estavam rígidos e pesados de tesão, seus movimentos começaram a ser mais fortes e exigentes. Sempre fora assim com eles, fogo e gasolina, a atração que sentiam um pelo outro fazia com que as preliminares fossem quase desnecessárias, com meias palavras os dois já estavam excitados.
Sem conseguir esperar mais, a menina saiu do colo dele e se livrou das roupas dos dois, ele a seguiu até uma mesa que não estava tão suja e obedeceu a todos os comandos silenciosos da garota. A sincronia dos dois era extraordinária, assim que ela se virou para George, o menino a atacou, beijando ferozmente, sugando seu lábio e dando mordidas, quando a mão dela encontrou seu pau, ele perdeu o pouco controle que ainda tinha e a virou de costas, a posicionando com a barriga contra a mesa com a bunda bem empinada, apenas para que ele a admirasse mais. Ele levou a própria mão na boca e a umidificou, em seguida tocou na intimidade de que já estava sensível e começou a masturbá-la com fervor, a menina se contorcia em cima da mesa e urrava de prazer.
- George, p-por favor… - Ela suplicou, como ele amava ouvir suas súplicas por prazer, prazer que ele a proporcionava e vê-la nessa posição, com sua bunda para cima, se oferecendo para ele, fazia seu pau latejar.
Com muito cuidado, ele se posicionou na entrada de e esfregou antes de penetrá-la. Assim que o fez, os dois gemeram alto, como se estivessem aguardando este momento por muito tempo. Seus movimentos eram lentos, descobrindo até onde a posição o deixava ir, mas pelos sons que emitia, daquele jeito, ela estaria gozando em segundos, parecia que o pau dele atingia seu ponto inúmeras vezes, a fazendo revirar os olhos.
- M-mais rápido - exigiu. Ele sabia como ela gostava e começou seu movimento forte e rápido. Pelas barbas de Merlin, ele não iria aguentar muito tempo com ela gemendo e chamando seu nome como se fosse uma prece. George deu dois tapas na bunda dela e enrolou os cabelos de com a mão e a puxou para cima, colando seu peitoral nas costas da garota, que apertava seus seios com força. Ter George ofegante em seu ouvido e xingando baixinho teve como reação um gozo descontrolado da menina, que voltou a se deitar na mesa tremendo com o prazer.
Mesmo a garota já estando satisfeita, ele continuou com as estocadas e só gozou quando sentiu a menina gemer alto de novo. Devagar ele saiu de dentro dela e executou um feitiço de limpeza, bom o suficiente apenas para que conseguisse vestir a menina que estava mole e sorridente.
George voltou a sentar na cadeira que estava e a puxou para o colo, dando beijos em sua têmpora.
- Você me deixa louco, já disse isso para você? - Indagou, recebendo um aceno positivo da garota, sem forças nem para falar e ali eles ficaram até recuperarem as energias.

-x-

- Fica calma, . Até parece que a resposta vai ser “não”. - Katie disse, enquanto copiava a lição de Angelina no Salão Principal, onde estava acontecendo uma sessão de estudo administrada pelo Professor Snape.
- É claro que ele vai aceitar, para de bobagem. Agora shiu, que o Snape está vindo. -Comentou Angel e as três meninas esticaram as costas, fingindo estar super interessadas nos papéis que estavam na mesa.
Katie olhou na direção de Snape que ia para o fundo da sala e voltou o olhar para a búlgara, lhe dando uma piscada. Esse era o sinal. respirou fundo e acendeu um pequeno foguete que ela mesmo havia feito com a ajuda do próprio Zonko, dono da loja de logros.
Ao mesmo tempo, que o foguete alcançava o rosto de George, um outro voou parando próximo ao seu e explodiu em fogos de artifícios que brilhavam escrevendo “Quer ir ao baile comigo, alma gêmea?”, a menina arfou com a surpresa, pois havia escrito exatamente a mesma coisa no de George.
- Caramba, eles são perfeitos um para o outro. - Bell disse apaixonadamente, colocando as mãos no coração.
- Claro que sim! - e George responderam ao mesmo tempo, se levantando em direção um do outro e se beijando no meio da sala, sendo interrompidos pelo professor Snape, que pigarreou e tirou 5 pontos da Grifinória como punição.
Eles voltaram de mãos dadas aos seus lugares e nisso, uma bolinha de papel voou na direção de Angelina.
- Ei, Angelina, você quer ir ao baile comigo? - Fred sussurrou fazendo mímica, tirando um sorriso de todos que estavam vendo aquela cena.
- Ao baile? Tudo bem. - Angelina sorriu. - Não foi tão espalhafatoso, mas foi perfeito. - Disse baixinho para as meninas, que seguravam com toda força uma risada.

-x-

O tão esperado dia do baile chegou e estava linda com sua maquiagem suave e lábios vermelhos, combinando com seu vestido liso vermelho sangue que combinava com a cor da Grifinória e da Bulgária. A menina se sentia linda e acompanhada por Katie e Angelina, andavam na direção das escadas que levavam ao Salão, quando Bell saiu em disparada em direção ao seu par e deixando as duas sozinhas no corredor.
- Nunca vi Katie tão feliz! - Angel disse, sonhadora.
- E você parece bem feliz também! Já sabe onde vai com Fred depois da festa? -Perguntou, com um tom malicioso.
- Ele vai me mostrar o banheiro dos monitores, segundo ele, tem uma banheira enorme lá. - Disse de modo conspiratório. - E você?
- Descobri um lugar novo. Hermione e eu lemos em um livro e tenho quase certeza que sei onde fica. - As duas continuaram andando até a beira da escadaria.
- Ei, . - Viktor correu até a menina. - Podemos conversar? - A menina assentiu para Angelina, num sinal mudo que ela poderia ir na frente e o seguiu até um corredor vazio.
- Ansioso para hoje, campeão? - A menina o abraçou. Krum estava impecável. Ele usava trajes típicos da Bulgária, do mesmo tom de seu vestido. Ele tinha aparado o cabelo e usava uma loção perfumada que fazia a menina se lembrar de seu lar. Tudo nele a fazia ter uma sensação de “estar em casa” e vê-lo com esse traje, fazia sentir borboletas no estômago.
- Demais, Hermione e eu dançamos ontem o dia todo, treinamos até meus pés cansarem. Ganhei até um beijo. - Sussurrou a última parte. - Sentirei muita falta dela, .
- Fico muito feliz por você, Viktor. - A menina sorriu e lhe deu as mãos, olhando-o nos olhos.
Foi nesse momento que teve um vislumbre de seu futuro. A menina de repente viu a si mesma, de luto no Salão Comunal abraçada a Krum, uma névoa cobriu seus olhos e a cena mudou, agora acontecia um funeral na frente do Lago Negro, alguém muito importante havia falecido, concluiu porque juntava tantas pessoas e todos estavam tão tristes encarando um lindo caixão de mármore. Dessa vez, Krum não estava e dava as mãos para Rony e para Harry, mas onde estaria George? O cenário se encheu com o nevoeiro uma terceira vez e Voldemort, pelo menos era o que ela imaginava ser, estava em Hogwarts, havia muitos feridos, George estava com uma faixa na cabeça cobrindo sua orelha e chorava desesperadamente abraçando a menina com muita força. Tudo em sua volta tremeu e a menina teve a mesma visão de quando tinha dez anos, caminhando junto a seu pai, em direção à um homem, mas dessa vez a visão do rosto dele não era nítida como quando era mais nova. A neblina se dissipou e ela finalmente pôde entender o porquê sua mãe insistiu na frase “a vida pode te levar bem alto, mas você vai subir e descer, para cima e para baixo”, quando estavam na plataforma no início do ano letivo. Será que ela iria sofrer tanto assim? Será que apesar de toda essa tristeza, ela conseguiria ter seu final feliz? Ela perderia toda a felicidade que sentia no momento?
- , você está bem? - Krum disse baixinho em um tom preocupado. - Seus olhos… estavam iguais aos de sua mãe. Você viu algo?
Baskov respirou fundo e sorriu. Ela não sabia responder se estava bem. Tinha acabado de descobrir que teria um futuro repleto de perdas. Mesmo assim, ela jogou essa visão no fundo de sua mente e decidiu que contaria ao Dumbledore tudo amanhã, mas hoje… hoje ela estava feliz.
- Só que vamos perder muitas coisas se continuarmos aqui. Vamos, temos um baile para aproveitar.
Eles entrelaçaram os braços e seguiram caminho até a escadaria, chamando a atenção de todos que iam em direção ao Salão. O casal búlgaro exalava poder e beleza, uma conexão que ninguém podia negar, nem mesmo George quando cruzou os olhares com .
O búlgaro deixou a menina frente a frente com o ruivo e o cumprimentou com um aceno de cabeça.
- Você está lindo, George. - A menina disse, sorrindo abertamente. Por Merlin, mesmo depois de vislumbrar seu futuro, ela continuava com os mesmos sentimentos em relação a George. Ver o ruivo com roupas de gala causou um gostoso arrepio e um calor que só ele sabia como apagar. - Madame Noora comeu sua língua?
- Sim, quer dizer, não. , você está maravilhosa. - O garoto a fez dar uma voltinha. - Uau.
- Obrigada… George, precisamos conversar…- A menina precisava contar a ele sobre suas visões.
- Shh… vamos conversar depois. - Ele se aproximou dela, os lábios dele quase tocando a orelha de . - Não vejo a hora de tirar esse vestido e ver você do meu jeito favorito. - Disse em seu ouvido, provocando, deixando-a sem palavras, o que quer que ela tenha visto, poderia muito bem ser deixado definitivamente para depois.
George a pegou pela mão e os dois seguiram para dentro do Salão. Os alunos bateram palmas quando os campeões entraram, Krum piscou para e se posicionou para a primeira valsa junto à Hermione. Todos estavam lindos e dançavam no ritmo, até mesmo Harry que aceitou a indicação de e foi atrás de umas aulas com Krum.
Pouco a pouco os casais se juntaram na pista de dança e George esticou sua mão em direção à búlgara que a tomou com alegria, logo todos estavam balançando de um lado para o outro no ritmo da música que mudou bruscamente quando As Esquisitonas entraram no palco, fazendo todos se animarem. A garota dançou como se não houvesse amanhã junto dos gêmeos, ela erguia os braços e sentia o vestido cada vez mais colado em seu corpo por conta do suor que escorria, mesmo na noite nevosa que estava, mas ela não se importou. Ela se sentia viva e cheia de energia, mesmo quando as músicas lentas voltaram e quase não havia mais ninguém no salão. Se pudesse, seria a última a sair daquele lugar, mas mudou de ideia após bebericar o ponche cor de rosa que George trouxe para ela.
- Quero te levar a um lugar. - Sussurrou , enquanto ele afrouxava a gravata. - Mas você precisa me pegar primeiro.
A menina puxou seu vestido um pouco para cima e correu escada acima com o ruivo em seu encalço. Subiram até chegarem no sétimo andar e pararem sem fôlego na frente da tapeçaria dos Trolls.
- Onde estamos, exatamente? - George disse, ao agarrar a garota de lado, definindo que ele havia ganhado o jogo.
- Quero um lugar para ficar só eu e você. - A menina entoou e se soltou do abraço, andando de um lado para o outro. - Quero um lugar para ficar só eu e você, quero um lugar para ficar só eu e você.
Assim que disse pela terceira vez, uma porta surgiu.
- Você encontrou, . Eu não acredito! - A Sala Precisa era definitivamente o maior mistério para os gêmeos.
Os dois adentraram ao cômodo e para a surpresa da menina, era uma réplica do quarto dela na Bulgária, até as fotos que ela tanto amava estavam ali.
- Bem-vindo ao meu quarto, Weasley. - Ela disse enquanto ele analisava todos os enfeites do lugar. - O que achou?
- Perfeito, igual a você. - George andava pelo centro do quarto. - Mas como?
- Li uma vez em “Hogwarts, uma história” e acabei encontrando um dia desses… Precisei ir ao banheiro, mas estava muito longe.
- Claro, essa Sala se modifica de acordo com o que a pessoa precisa, consegui entrar uma vez apenas e foi num armário de vassouras, nada extravagante. - Ele se aproximou e a puxou pela cintura. - Acho que minha necessidade era escapar do zelador.
- E a minha é estar com você em um dos meus lugares favoritos.
Os corpos dos dois estavam colados, George a beijava com força e com as pontas dos dedos, ele desenroscou as alças do vestido vermelho de e o deixou cair sobre seus pés. O garoto grunhiu ao ver que ela não usava nada por baixo e a levantou sobre o seu colo.
- Perfeita. - Soprou na nuca da garota, fazendo-a arrepiar.
George a colocou sob a cama e sem quebrar o contato visual, tirou peça por peça de seu traje, as pupilas dos dois estavam negras de desejo um pelo o outro. engatinhou até ele e desabotoou sua calça, suspirou ao senti-lo duro em suas mãos, mesmo por cima de sua cueca.
Devagar, a menina segurou o pau de George e o colocou para fora da cueca e aproveitou para baixá-la o máximo que conseguia. Ela pôde sentir as mãos dele em sua cabeça, segurando seus fios enquanto começava a chupá-lo. Ela o lambeu lentamente, torturando-o antes de seguir com seus movimentos de vai e vem, ele puxava seus cabelos com força, buscando o próprio autocontrole, mas era impossível, ele gemia e grunhia com a boca quente e macia de .
Mesmo ela querendo continuar chupando-o, ele a empurrou contra a cama e se livrou de suas peças restantes. George se abaixou e beijou a parte interna da coxa da menina, fazendo-a se contorcer com a expectativa. Sem perder muito tempo, ele deu um beijo na intimidade de , recebendo um gemido grave. A língua de George conhecia aquela parte do corpo de muito bem, sabia onde ela perdia o equilíbrio e por isso demorou, lambendo e sugando aquela parte, deixando cada vez mais impaciente.
- George, p-por favor, preciso de você. - Ela implorou e então, ele a penetrou com um dedo e logo em seguida dois, movimentando-os para frente e para trás, sem nunca parar de lamber aquele pontinho especial.
Ele sentiu que a menina estava quase chegando em seu clímax e retirou os dedos, e se levantou, recebendo um olhar de ira de que estava prestes a gozar.
George se posicionou na entrada da garota e ver sua namorada assim, tão entregue, com as mãos apertando os seios e os lábios entreabertos o fez sentir que era o cara mais sortudo do mundo.
Com um movimento, ele deslizou para dentro dela e os dois arfaram, se equilibrando nos próprios braços, o ruivo impulsionava para frente e para trás, cada vez mais rápido e com mais força.
- Eu quero te foder até você mancar. -Disse entre os dentes.
- Eu amo você toda boca suja. - Com um sorriso malicioso, ele aumentou o ritmo, sentindo a cama bater contra a parede com força e o colchão ranger.
Eles inverteram posições e dessa vez, rebolava em cima de George, segurando com força a cabeceira, enquanto ele sugava seus mamilos rijos. Outra visão do paraíso, era essa: o ruivo gemendo suado e vermelho embaixo da garota enquanto ela estava em cima, balançando seus seios na frente dele.
O garoto se sentou e a puxou para perto, os dois estavam abraçados e os movimentos mais intensos e profundos, a conexão era tão perfeita que os dois chegaram ao clímax ao mesmo tempo. Eles arfaram um contra a boca do outro e sorriam com o prazer que sentiam.
- Acho que podemos ficar aqui.
- Combinado. - concordou e se aninhou no peito dele. - Eu tenho um dom. - Confessou.
- O melhor boquete do mundo. Isso eu sei. - Ela sentia que o garoto sorria ao falar.
- Não! - A búlgara se sentou, sorrindo. - Eu vejo coisas. Às vezes, minha mente me mostra o que vai acontecer.
- E o que você viu, ? - George perguntou, sério, ao se sentar de frente para a menina.
Ela contou tudo, desde como sua mãe previra coisas para ela desde pequena e como esse dom começou a despertar em . Sem hesitar, contou sobre as mortes de pessoas que não conseguiu ver em sua premonição e sobre a guerra iminente.
- Dumbledore pediu para que eu o mantivesse informado de todas as visões que eu tenha. Ah! E eu também previ meu casamento, mas não consegui ver o noivo...
- Tomara que ele seja bem parecido com Fred. - O menino brincou.
- Com toda certeza era o Fred. O melhor gêmeo.
- Você nem comece com esse fetiche de confundir irmãos, acho que não estou pronto para isso. - Ele voltou a se deitar, puxando-a para que a menina voltasse a se deitar em seu peito. - Bom, pelo menos por agora… Quem sabe amanhã, seria como me ver no espelho...
- Dupla diversão para mim, podemos pensar nisso. - Em meio a sorrisos, os dois caíram no sono profundo e sonharam com uma grande festa de casamento.


IV

- Bem-vinda ao banheiro dos monitores, bruxinha. - George sorria maliciosamente.
O lugar era enorme, paredes brancas e detalhes dourados. Totalmente refinado e diferente dos outros banheiros que haviam pelo castelo.
- Fred te convenceu a me mostrar? - Provocou a menina, apoiando-se em uma pia.
- Sim, mas fique tranquila que já está totalmente limpo, sem nenhum resíduo do que pode ter acontecido aqui entre aqueles dois coelhos safados.
Os dois sorriram e George se aproximou da garota.
- Você é linda, . Estou completamente apaixonado por você. - Seus lábios se tocaram calmamente em um breve beijo. Ele a ergueu, fazendo com que a menina sentasse na pia e se posicionou entre suas pernas, aumentando o contato entre seus corpos. Os cabelos de George estavam entre os dedos de , o segurando no lugar, enquanto sua língua pedia passagem entre os lábios dele, que assim que permitiu, o beijo se intensificou.
Com calma, os dois se dirigiram para a banheira, deixando um caminho de roupas pelo chão. George a puxou para o colo e começou a traçar uma trilha de beijos em seu pescoço.
- Perfeita, você é perfeita. - A voz de Krum ressoou em seu ouvido, olhando por cima do ombro, ela o viu atravessando a banheira na direção do casal.
O búlgaro sugou sua orelha e colou seu corpo ao dela. Suas mãos fortes e calejadas apertavam com força os seios de que levantou um dos braços e passou em volta dos ombros largos de Krum, o puxando para um beijo bruto, logo ela se virou para George e o beijou também. Sentia a ereção dos dois em seu corpo e não sabia muito bem o que fazer, sua excitação deixava seus pensamentos desconexos.
George tomou a decisão por ela e a penetrou lentamente, a boca dos dois se entreabriu e Krum esticou uma de suas mãos para masturbar a menina, os movimentos começaram a se intensificar, era quase doloroso o jeito que o búlgaro a tocava, mas era com toda certeza um dolorido bom. Ela ardia de desejo. Com um sinal, George saiu de dentro dela e se sentou na borda da banheira e começou a se tocar. Sem permitir que se virasse, Krum a ergueu e a apoiou ao lado de George, com sua bunda fora d’água. O mais velho a penetrou por trás, arrancando um gemido alto dela, seus movimentos eram fortes e alcançava o ponto de prazer da garota e ela estava quase gozando com a cena de ser fodida por Krum enquanto George assistia, sentia que estava se apertando contra o grosso pau dele.

- Não sei com quem você estava sonhando, mas eu queria muito participar. - Angel disse baixinho quando acordou de um sonho mais do que gostoso.

-x-

Harry, Hermione e Rony estavam discutindo sobre a próxima tarefa quando os gêmeos e chegaram.
- Não sabia que você curtia uns fantasminhas. - Fred disse para Harry, que o olhou com cara de espanto, fechando um livro.
- Banho sempre é bom, independente com quem. - George piscou para o mais novo.
- Do que vocês estão falando, manés? - Perguntou Rony, com um sorriso.
- Bom, um certo quadro ouviu de um poltergeist que o Sr. Potter aqui andou tomando banho nos banheiros dos monitores com a Murta que Geme. - disse tranquilamente, ignorando o fato que havia sonhado com o lugar. - Ela também me contou que O Escolhido tem um grande…
- Acho que não precisamos saber disso, . -Rony disse, ficando vermelho, interrompendo a mais velha.
- Um grande potencial para ganhar essa tarefa. No que vocês estavam pensando? -Disse, com um ar inocente.
- Pensando no porquê que a Murta tem esse nome. - Os gêmeos bateram as mãos, tirando uma risada do bruxo.
- Lamento interromper a discussão, mas a Professora McGonagall quer vê-los na sala dela. -Disse Alastor Moody, que apareceu ofegante no corredor. - Só o mais novo Weasley e Baskov, bom a Granger também.
- Mas a segunda tarefa será daqui a umas horas e… - Começou Mione.
- Exato. Potter deve estar bem preparado a esta altura e precisa de uma boa noite de sono. Vão, agora!
Os três saíram, mas não antes de George fazê-los rir ao comentar que se Harry precisasse relaxar, ele saberia onde tomar o famoso chá.

-x-

Fred e George já haviam recolhido quase todas as apostas e nada de aparecer, Angelina também não a tinha visto no dormitório na noite anterior, o que os deixou mais tensos do que antes. Decidiram seguir o caminho de barco até as arquibancadas e esperar a búlgara lá, torcendo para que ela estivesse bem.
- Bem-vindos à segunda tarefa. Ontem à noite, algo foi roubado de cada um dos nossos campeões. Um tesouro. - A voz do diretor soou. - Esses quatro tesouros, um de cada campeão, estão no fundo do Lago Negro.
- ! - Os gêmeos disseram em um uníssono.
- Algo está errado. - Comentou Angelina, abrindo espaço para Katie participar da conversa. - Rony deve ser o tesouro de Harry, Cho de Cedrico, da Fleur só pode ser a irmã e de Krum?
- Não somente, , mas Hermione também sumiu, se lembra? - Bell disse, pensativa.
- Que palhaçada, ele está com Mione, porque colocar no meio de tudo isso? - Disse George, irritado, passando a mão em seus cabelos.
- Não é segredo para ninguém que é amiga de infância de Krum, McGonagall deve ter escolhido ela por isso. - Angelina disse, pensativa. - Mesmo assim, não faz sentido. O diretor disse que são quatro tesouros, então uma delas deve estar sã e salva no castelo, né? - Angel comentou, se referindo à Baskov e Granger.
- Vamos assistir essa tarefa e depois que ela aparecer, ela nos conta. - Fred disse, apoiando seu braço no ombro da menina.
O som do canhão explodiu e a atenção do grupo foi para a água esperando alguma ação, mas diferente da tarefa com o dragão, eles não estavam vendo nada.
- Que bela tarefa, a gente não consegue enxergar nada! - Fred exclamou. - O que vamos fazer?
- Bom, eu trouxe snaps explosivos, podemos jogar. - apareceu toda molhada ao lado deles balançando o jogo.
- , por Merlin, o que aconteceu? Você está bem? - George a abraçou.
- Sim, estou… McGonagall nos chamou para avisar que seríamos os tesouros dos campeões, mas estávamos em cinco ali e são quatro campeões, certo?
- Exato. - Angelina mostrou a língua para Fred, que lhe deu um selinho.
- Ela nos explicou que ficaríamos embaixo da água e estaríamos desacordados. Ela também disse que eu ou a Mione estaria lá como um coringa. Se um campeão salvasse mais que um tesouro seria duplamente premiado. Nós duas nos damos bem com todos e seria interessante.
- Você e Fleur? - Fred perguntou.
- Sim, nós treinamos feitiços quase todos os dias depois das aulas, enquanto vocês dois ficam na detenção. - Ela olhou, com uma falsa irritação para os gêmeos.
- Mas o que aconteceu? - Katie perguntou.
- Eu tive uma visão quando estava sendo posicionada na água e precisaram me retirar. Essa visão em especial, vem se repetindo, algo grande e perigoso.
- Tipo namorar com meu irmão? - Provocou Fred.
- tem o dom, igual a mãe. Antes do baile, ela teve uma visão muito forte. - George disse, ignorando a brincadeira de Fred. - Ela previu muitas mortes e uma grande guerra bruxa.
- Sabe, acho que não temos que nos preocupar tanto com isso agora. - Interrompeu Katie, nervosa. - As visões falam sobre um possível futuro, que não sabemos quando será. Então vamos parar de sofrer por antecedência e curtir nossa vida. Podemos morrer hoje e estamos perdendo toda a diversão.
- Claro que temos que nos preocupar! As visões podem demorar para acontecer, mas elas acontecem. - Esbravejou a búlgara. - Eu vi o retorno de Você-sabe-quem! Sabe, Harry está certo, ele voltou. Assim que sai da água, contei o que vi para Dumbledore e ele me entregou os snaps explosivos e pediu para que eu subisse imediatamente até vocês para assistir a tarefa e me distrair. Disse que tudo estaria sob controle...
- Desculpa, . Fiquei muito preocupada com você. - Katie a abraçou de lado.
- Tudo bem, agora vamos jogar. - Todos se sentaram e começaram a partida.
Fred estava ganhando pela terceira vez seguida quando alguém gritou, apontando para Fleur que saiu sem ninguém da água.
Mais alguns minutos se passaram e os snaps explosivos foram deixados de lado para que prestassem atenção no lago. Não tardou, Cedrico e Cho que irromperam a água seguidos de Krum com Hermione.
- Você viu a cara medonha de Krum quando saiu da água? - George comentou para o grupo.
- E pensar que já beijou aquela boquinha de tubarão. - Fred provocou, fazendo com que todos rissem com cara de nojo.
- Já passou muito tempo! Onde está Harry? - Angelina perguntou, angustiada, quebrando o clima descontraído. - Ele precisa aparecer.
Rony e uma menininha loira submergiram, mas nada de Potter. Os gêmeos estavam eufóricos ao ver o irmão recebendo beijos e abraços de Fleur. Logo depois, Harry surgiu da água e caiu dentro da plataforma das arquibancadas, tirando um suspiro de alívio de muitos alunos.
- Atenção! - Dumbledore gritou. - O vencedor é Diggory!
- Há, eu disse que seria ele. - George comemorou.
- Mas, como o Sr. Potter teria terminado em primeiro se não fosse sua determinação em salvar o Sr. Weasley e os outros também... - Continuou o diretor. - Nós concordamos em dar a ele, o segundo lugar, por sua incrível fibra moral.
- Fibra moral? - olhou para o grupo, que estava rindo com o novo apelido para Harry. - Ah, não, tadinho. Almas gêmeas, sejam gentis com ele.
- Claro que não. - Os dois disseram antes de descerem rapidamente da arquibancada tentando alcançar Harry antes de embarcar de volta para o castelo.

-x-

Como tradição, os pais dos competidores assistiriam a última prova e os Weasleys foram os primeiros a chegar, eles estavam ali na torcida por Harry, obviamente, e aproveitaram o tempo para ficar junto de seus filhos. Os Diggory chegaram logo em seguida, orgulhosos e animados em saber que Cedrico estava em primeiro lugar junto ao Potter.
estava sentada ao lado de Molly quando avistou seus pais entrando no Salão Principal.
- Meu doce! - Nikolai correu em sua direção e a abraçou com força. - Que saudades!
- Acabaram seus papiros? - Diana perguntou. - Por que não recebi uma carta da senhorita esse mês.
- Er, foi um mês agitado. – Sorriu, culpada. - O que estão fazendo aqui?
- Os pais de Viktor não puderam vir e pediram para que o acompanhássemos. -Seu pai explicou. - Ah, ali está ele!
- Nikolai, Diana. - Viktor os abraçou. - Obrigado por virem, já que estamos aqui na mesa da Grifinória, esta é Hermione Granger.
- Ah, sim, sim. Senhorita Granger, já conhecemos ela! Bom revê-la, está cada vez mais bonita. - Nikolai apertou a mão da menina, que estava vermelha de vergonha.
- Ele escreve cartas para os pais e para nós. Acredita? - Diana debochou baixinho para a filha.
- Obrigada, Sr. Baskov. Bom revê-los também. - A menina tocou a mão de Diana e os olhos da mulher enevoaram, mas rapidamente voltaram ao normal.
- Srta Granger. - A mulher sorriu e olhou de esguelha para Rony, que estava encarando o prato, evitando olhar para a cena que acontecia ali.
- Com licença, temos que ir rapazes. - Cedrico apareceu, chamando Harry e Viktor. -Me desejem sorte.
abraçou o lufano com força, deu um beijo na bochecha de Harry e se virou para Viktor, seu coração estava apertado com medo do que estivesse por vir.
- Tome cuidado. Eu preciso de você inteiro. - A menina disse em sua língua nativa quando o abraçou.
- Espera por mim e eu espero por você. Nada vai acontecer, fica tranquila. - Ele desfez o abraço e seguiu Cedrico. Logo, alguns professores apareceram para guiar o restante até as novas arquibancadas.

-x-

A terceira tarefa, por sua vez, era claramente um labirinto encantado e provavelmente, não iriam ver nada até alguém sair.
- De novo? Vamos ficar encarando a parede de plantas agora? - Fred disse, indignado.
- Pelo menos tem uma banda! - Angelina apontou para o grupinho que se ajeitava para começar a tocar.
- Diz que você trouxe joguinhos, … - Implorou Katie.
- Não trouxe nada! Achei que teria mais emoção nessa, não vim preparada. - Fez um muxoxo.
- Droga, não vamos nem precisar passar para recolher apostas porque passamos durante a semana toda para aproveitarmos a tarefa por completo. - George lamentou, vendo os competidores entrarem no campo.
- Professor Moody pôs a Taça Tribuxo no interior do Labirinto e só ele sabe a localização. - Dumbledore começou a falar. - Bem, como o Sr. Diggory e Sr. Potter estão empatados em primeiro lugar, eles entrarão primeiro, seguidos pelo Sr. Krum e pela Srta. Delacour. O primeiro que conseguir tocar a taça será o vencedor!
“Caso algum competidor queira abandonar a tarefa, precisará disparar faíscas vermelhas com sua varinha.”
O canhão foi disparado. Assim que Harry e Cedrico entraram no labirinto, ficou com seus olhos enevoados e caiu sobre George.
- Rápido, alguém ajude! - O menino estava desesperado. - Volte para mim, . Por favor.
Nessa visão, ela não estava presente. O lugar era assustador, um cemitério e nele estava Harry, machucado, preso contra uma espécie de estátua e gritando por alguém. Quando se virou na direção que o menino gritava, viu um corpo atrás de uma lápide. Um menino caído, ela não conseguia identificar quem, porque só via suas pernas.
De repente, a névoa ficou mais espessa e a atmosfera do lugar ficou mais macabra, quando um vulto negro apareceu atraindo sua atenção.
- Voldemort.
A menina conseguiu dizer, ela sentia seu corpo tremendo, tentando se movimentar, correr para ajudar Harry, mas estava imobilizada no lugar, apenas assistindo. Foi quando percebeu que várias figuras encapuzadas estavam ali, aguardando ordens de seu mestre que se aproximava perigosamente do menino, ele esticou sua mão inumana e tocou a testa de Harry, como se tivesse sido puxada, a menina foi trazida para o presente.
- , , minha filha. O que aconteceu? - Nikolai a abraçava, enquanto ela soluçava e olhava a seu redor. Os Weasleys a olhavam com preocupação.
- Ela viu Você-Sabe-Quem. - Diana disse, aérea.
- Eu preciso falar com Dumbledore. - Como se tivesse escutado, o diretor apareceu e ouviu pacientemente o relato da jovem, mesmo depois de tudo, ele não parecia surpreso. Apenas infeliz.
- Você sabe o que fazer, certo, Srta. Baskov. Se prepare e prepare os outros. - O mais velho disse. - Fique com eles. - Ordenou e voltou para seu posto imediatamente quando uma faísca vermelha surgiu no céu, indicando a saída de um participante.
- Toma aqui. - George esticou uma garrafinha. - Do nosso estoque pessoal de cerveja amanteigada. Você se sentirá melhor. - Disse, beijando os olhos da menina e secando suas lágrimas.
Enquanto os professores acolhiam Fleur que fora a primeira a sair do labirinto, uma moedinha apareceu no colo de . Fred a cutucou e gesticulou para o relógio com um “você acertou, ela iria sair em menos de vinte minutos”, fazendo a menina dar um sorrisinho, mas seu estômago continuava embrulhado de nervoso.
Mais alguns minutos se passaram e Krum também havia abandonado a competição, ele estava transtornado, por isso, os Baskov saíram em direção ao rapaz, pedindo para que ela ficasse com os Weasleys.
A banda estava cada vez mais animada na expectativa de Cedrico ou Harry saírem do labirinto, os alunos de Hogwarts estavam incontroláveis, afinal, o campeão seria de Hogwarts.
Com um estampido, os dois caíram ao chão, Cedrico não se movia e Harry soluçava sobre o lufano, porém ninguém pareceu notar, até que soltou um grito e a música foi interrompida. De imediato, a garota entendeu que o corpo que viu no cemitério era de Diggory.
- Ele voltou! Ele voltou. - Harry berrava. - Voldemort voltou! Cedrico me pediu para trazer seu corpo de volta. Eu não podia deixá-lo naquele lugar.
- Tudo bem, Harry. - Dumbledore dizia tranquilizando-o. - Ele está em casa. Vocês dois estão.
Os pais de Diggory atravessaram a multidão até o corpo do filho e apesar dos cochichos dos alunos, só se ouvia os gritos e choro dos pais que acabavam de perder a coisa mais preciosa deles. Com um consenso silencioso, os alunos se retiraram do local e seguiram para o castelo, deixando-os a sós.

-x-

Na manhã seguinte, ninguém ainda acreditava no que havia acontecido, nem mesmo quando estavam sentados no Salão Principal ouvindo o diretor anunciar a morte de Cedrico Diggory.
Mais cedo, Krum buscou no Salão da Grifinória e tomou café junto à garota, mesmo sem trocar uma palavra, os dois sabiam que precisavam um do outro e George também soube, por isso, não se sentiu incomodado quando a menina permaneceu ao lado do búlgaro no funeral.
- Hoje, nós reconhecemos uma perda muito grande. - Viktor apertou a mão da garota, que lutava contra a vontade de chorar. - Cedrico Diggory era, como todos sabem, excepcionalmente esforçado, infinitamente justo e, o mais importante, um amigo muito leal. Por isso, vocês têm o direito de saber exatamente como ele morreu. - segurou a respiração. - Cedrico Diggory foi assassinado pelo Lorde Voldemort!
Dessa vez, a menina não conseguiu impedir que suas lágrimas caíssem copiosamente.
- O Ministério da Magia não queria que eu contasse. - Continuou o diretor. - Mas não fazer isso seria um insulto à sua memória. -Dessa vez seu olhar encontrou o de . - Sabem, a dor que todos sentimos por essa terrível perda me faz lembrar, nos faz lembrar que embora falemos línguas diferentes e venhamos de lugares diferentes nossos corações batem como um só. Em face dos recentes acontecimentos, os vínculos de amizade que fizemos este ano serão mais importantes do que nunca. Lembrem-se disso e Cedrico Diggory não terá morrido em vão e iremos honrar um rapaz que foi gentil, honesto, corajoso e leal até o último momento.

-x-

Os alunos estavam reunidos no Pátio, se abraçando e trocando promessas de reencontro.
- , salut! - Fleur cortou a multidão, flutuando em direção ao grupo. - Obrigada pelas aulas, espero vê-la em breve, oui? - As garotas se abraçaram.
- Foi um prazer, Fleur.
Antes de voltar para os alunos de Beauxbatons, a francesa beijou a bochecha de Harry e Rony, agradecendo novamente por terem ajudado sua irmã durante a segunda tarefa.
- Então é verdade, alma gêmea. Você realmente deu aulas para ela. - George comentou, abraçando-a por trás e apoiando seu queixo no ombro da menina.
- Claro, eu ficava muito entediada esperando vocês do lado de fora da Sala do Filch e decidi ajudar no Clube de Duelos do Snape.
- Acho que você não é uma boa professora. - Começou Fred. - Poxa, ela perdeu em todas!
- Cala a boca. - respondeu.
Hermione ria da provocação de Fred quando Krum a puxou de canto, lhe entregando algo que a deixou vermelha.
- Te vejo depois, bruxinha. - Krum piscou para , que acenou de volta. - Vou te esperar. Você também, George.
O garoto enrubesceu.
- Não acredito. Não basta um irmão, agora eu tenho dois irmãos apaixonados por Krum! - Fred gritou em choque. - Gina, Gina, por favor, diz que você não é doida por ele também. - O menino estava de joelhos.
- Fred, sinto lhe dizer, mas eu sou louquinha por ele. - A menina zombou.
- Pelas barbas de Merlin, estou sentindo algo. Oh, não. - Ele estava quase se deitando no chão. - Angelina, meu amor, desculpa, não podemos seguir juntos, estou me sentindo atraído por ele, tem algo naquele sotaque, naqueles braços enormes…
- Chega de besteira! - Rony o cortou, mas sem conter uma gargalhada. - Eles estão embarcando.
O mais novo apontou para a água, mostrando o grande navio de Durmstrang afundando e sumindo de vista. Em seguida, os alunos de Beauxbatons passaram pelo corredor de pessoas e entraram na grande carruagem.
- Que pena, não teve as borboletinhas… - A Professora Trelawney lamentou ao lado de , que não tinha notado sua presença.
- Ah, oi Professora. Uma pena mesmo… - Sorriu em compaixão.
- Minha querida, preciso que você me procure nas férias, temos muito o que conversar. Dumbledore lhe dará as instruções dos nossos encontrinhos. - Ela pegou na mão da búlgara e apertou. - Vamos aprender mais sobre suas visões, você será muito importante para o mundo bruxo, mesmo sua vida indo para cima e para baixo, para cima e para baixo.


V

POV

Nem consigo acreditar que mesmo depois do que aconteceu no último Torneio Tribruxo, há tantos anos, eles aceitem fazer um novo campeonato.
Minerva está tão brava quanto eu, mas está de mãos atadas. O Ministério aprovou e aqui estamos nós novamente, na mesa dos professores, ouvindo a diretora explicar como será este novo Torneio para os alunos.
É impossível não sorrir ao olhar as cabecinhas ruivas na mesa da Grifinória. Rony e Hermione tiveram lindas crianças sapecas, mas neste momento, estão sentados ouvindo atentamente o discurso da diretora. Talvez, se tudo fosse diferente, eu estaria olhando atentamente para meus filhos ruivinhos, prevendo quantos pontos eles perderiam para a Grifinória. Mas as coisas mudaram desde a batalha de Hogwarts, quando uma das minhas almas gêmeas morreu lutando, Fred Weasley, como eu sinto falta de você.
Por Merlin, como dói pensar que eu havia previsto algo tão ruim, mas não sabia que seria você. Eu queria tanto poder voltar no tempo e explorar meu dom naquela época, só para tentar mudar seu destino, evitar que você nos deixasse tão cedo. E em um minuto, me sinto péssima e no outro me lembro de você, aparecendo em meu sonho, dizendo o quão foda eu sou e que eu deveria falar para o George parar de chorar em sua cama porque o colchão já estava criando bolor. Me desculpa por falhar com você.
- Está tudo bem, querida? - Sussurrou Trelawney, dando pequenos tapinhas na minha mão.
- Sim, só não concordo em realizarmos esse torneio. - Desconversei.
- Você sabe do que estou falando, meu bem. - Disse, ainda baixinho. - George se casou mês passado e você está se perguntando quando será a sua vez de ser feliz.
- Eu sei, eu estava lá. A comida estava ótima, Molly faz uma torta de frango impecável. - Ela olhou, me encarou com um sorriso torto. - Eu não tenho nada a dizer, Tre. Angelina é minha amiga e ele também. E eu estou feliz, para com isso.
- Eu sei que está, mas estará completa em breve, em breve. – Repetiu, olhando para a multidão.
Faz quatro anos que George e eu terminamos. Durante quase seis anos tive dois empregos. Um junto a ele e Rony na loja de logros pela manhã e outro à noite com meu avô. George até nomeou um dos itens mais vendidos do lugar, um ioiô faiscante que soltavam mini fogos de artifícios, uma eterna lembrança do Baile de Inverno, mesmo assim, ali não era meu lugar e ele sabia.
Nosso relacionamento sempre foi intenso, isso eu não tenho dúvidas, mas nós não estávamos mais na mesma página. Durante todos esses anos, me mantive inquieta, sedenta por mais. Depois de tudo o que ocorreu após o Torneio Tribruxo, minhas visões se tornaram diárias e acabei fazendo parte da Ordem da Fênix e lutado contra Voldemort, era impossível negar a minha vontade de ir atrás dos bruxos das trevas e buscar justiça por Fred. Por isso, me juntei a meu avô, que me aceitou de braços abertos a seu grupo de Aurores, ainda mais por conseguir prever o próximo movimento dos bruxos das trevas, ganhando bastante tempo para nossa equipe.
Em uma das vezes que voltei de uma patrulha, encontrei George acordado, esperando por mim e foi quando percebi que nosso amor não havia acabado, mas sim nosso relacionamento. Nosso término foi a coisa mais madura que fizemos em toda a nossa vida, não brigamos, nem discutimos, só seguimos com nossos sonhos e mesmo eu ainda não tendo muitas certezas do meu futuro tão cheio de altos e baixos, decidi que não iria mais ser uma Auror e me inscrevi para ser professora em Hogwarts e já estou há quatro anos dando aulas de Feitiços, mas não vejo a hora de voltar para a Bulgária.
Desde minha formatura, meu avô me proibiu de voltar para minha terra natal, afinal, uma guerra estava acontecendo e eu era um dos novos Aurores, o risco era enorme, por isso fiquei até o final da ameaça de Voldemort, no entanto, eu ainda não voltei para lá depois que a guerra acabou.
- Vamos dar boas-vindas à delegação de Durmstrang e seu diretor Viktor Krum! - Minerva disse, aplaudindo, cortando meus pensamentos.
Não era possível, eu não falava com Viktor há mais de oito anos e ele estava ali, Trelawney me puxou para baixo com delicadeza e foi então que eu percebi que estava em pé.
Senti a mulher apertando minha mão com força, mas tudo o que eu via era ele, igual à minha premonição durante o Baile de Inverno, de smoking esperando por mim no altar, seu sorriso aberto e seus olhos brilhantes só tinham atenção para mim.
- Querida, volte. Faça a névoa abaixar, . -Uma voz calma surgiu em minha mente. - Você consegue, querida.
Eu não queria voltar. Todos estavam me olhando enquanto eu andava em direção ao meu noivo, isso era o que ele era. Meu noivo. Meu vestido se arrastava pelo caminho de flores e meu pai enxugava suas lágrimas em um lencinho enquanto segurava meu braço
- , preciso de você aqui. - A voz de Krum invadiu meus pensamentos e comecei a sentir a espessa neblina descendo e me trazendo de volta ao presente. Quando abri meus olhos, vi que estava na sala da Minerva, a professora Trelawney estava fazendo carinho em meu rosto, para me acalmar e Viktor segurava minha mão.
- Assim que percebemos que você estava tendo uma visão, te trouxemos para cá. -Explicou a professora. - Uma pena, você perdeu as borboletinhas das Beauxbatons. - Lamentou, ela soltou meu rosto e saiu quase flutuando da sala.
- Então as borboletinhas foram a parte mais importante das apresentações, hein. -Brincou Krum, se sentando junto a mim no sofá.
- Sempre é. - Sorri. - Então quer dizer que você some e volta como diretor…
- Em minha defesa, seu avô fez questão de devolver todas as cartas que enviei para você, porque ele tinha certeza que eu iria te convencer a voltar para a Bulgária. Mas felizmente, estou com todas elas aqui. - Ele apontou para sua mala. - Você pode se atualizar, fique à vontade.
- Se eu não leio nem os textos dos meus alunos, quem dirá de você. - Impliquei.
- Como você se sente? Ficamos preocupados quando sua visão demorou para terminar. - Viktor esticou a mão e tocou meu cabelo, colocando-o atrás de minha orelha.
- Eu não queria voltar. - Confessei. - Estava tão completa lá.
- O que você viu? - Perguntou.
- Eu vi meus familiares e meus amigos felizes. - Sorri, pensando na minha visão. -Você estava lá. - Olhei para o rosto dele, seus traços estavam mais fortes do que antes, haviam algumas cicatrizes, mas ele continuava lindo.
- E o que eu fazia? - Viktor se aproximou, colocando uma de suas mãos em minha bochecha, acariciando-a.
- Você me esperava. - A respiração dele tocava gentilmente meu rosto.
- , eu sempre esperei por você. - Ele me beijou e tudo pareceu certo. Viktor Krum sempre foi meu começo, meio e fim.
- Hm hm. - Pigarreou Minerva, que entrou na sala sem percebermos. - Que bom que a senhora já se sente melhor... Sr. Krum, amanhã faremos o sorteio dos campeões, vamos fazer diferente dessa vez. Sem dar tempo aos erros. - Ela virou de costas para nós e olhou por cima do ombro. - Sabe, se você ainda fosse minha aluna, eu daria cinco pontos para a Grifinória pelo beijo.
A professora saiu, nos deixando atônitos. Viktor quebrou o silêncio com uma gargalhada e se levantou, me puxando junto a ele.
- Vamos, temos um torneio para vigiar.
- Ou, posso te mostrar alguns lugares que conheci enquanto você estava com a cabeça de um tubarão. - Pisquei e coloquei meus braços nos ombros dele.
- Ahá! Eu sabia que você não assistiu nenhuma das tarefas até o fim! Ai, bruxinha, você me mata. - Sem dar tempo para que eu respondesse, ele me beijou mais uma vez. - Eu sempre quis você, .
- Se você quiser conhecer um lugar agora, eu posso te levar para um chamado “meus aposentos”. - Brinquei ao separar os lábios dos dele.
- Acho que “seus aposentos” é uma ótima ideia. - Segurei sua mão e o guiei de volta para minha vida e se dependesse da minha visão, seria por um longo tempo. Finalmente, me sinto viva e completa.




Fim!



Nota da autora: Esta é minha primeira fanfic e ficstape pelo FFOBS e estou muito contente em poder escrever com uma PP tão espírito livre como Baskov. Ela é meu xodó e espero conseguir trazer um pouco mais das experiências dela para cá.

Conta para mim o que você está achando e suas ideias do que pode acontecer, vou amar conversar com vocês. Um beijo!

Me procure nas redes: @giiicoco





Qualquer erro nessa atualização ou reclamações somente no e-mail.


Caixinha de comentários: A caixinha de comentários pode não estar aparecendo para vocês, pois o Disqus está instável ultimamente. Caso queira deixar um comentário, é só clicar AQUI.



comments powered by Disqus