Capítulo Único
Antes
- Você já soube algo do aluno novo? – Meg perguntou animada.
- Não, soube que talvez vá ter prova surpresa hoje na aula de matemática – falei encarando meu caderno.
- Isso é sério? – ela questionou e eu a encarei.
- Sim, eu ouvi a professora...
- Você sabe que todos precisam de vida social, né? E que você está no ultimo ano do ensino médio e você só sabe estudar desde o primeiro, certo?
- Meu grande objetivo é entrar em uma faculdade de medicina, todos sabem disso!
- Todos sabem também que você é a pessoa mais chata da escola, só estuda – dei de ombros, ela revirou os olhos – Vou tentar descobrir algo sobre o novato – eu assenti.
Megan saiu e eu revirei os olhos. Me sentei nos pés da árvore que estava encostada e voltei a estudar. Depois de alguns minutos o sinal tocou, levantei, arrumei minhas coisas e fui para a sala de aula. Sentei no meu lugar na primeira fila, onde nunca ninguém era minha dupla. Peguei meu caderno e voltei a estudar. A sala começou a encher e o segundo sinal tocou. A professora entrou
- Bom dia, turma! – ela começou.
- Bom dia! – falamos meio baixo.
- Hoje vamos aprender como as reações químicas da... – bateram na porta – Entre – o diretor apareceu.
- Bom dia, professora, eu vim apresentar o novo aluno da classe – ele entrou na sala junto com um garoto, os burburinhos começaram – Esse é – o menino assentiu – Ele e sua família tiveram que mudar para nossa cidade, ele vai acompanhar vocês o resto do ano.
Ele era bonito, tão bonito que quando olhei para trás, Megan e seu grupo estavam comentando sobre. Era o tipo de garoto que dava até uma vontade de ser menos antissocial e mais comunicativa.
- Bom dia, , eu sou sua professora de química – ela sorriu.
- Quem vê pensa que é simpática – um dos meninos que sentam atrás de mim comentou, o outro riu.
- Escolha um lugar, – o diretor falou.
- Aqui! – uma das meninas falou lá de trás.
Ele olhou em volta da sala e parou os olhos em mim, depois na cadeira vazia ao meu lado, ele veio em minha direção.
- Posso? – ele apontou para carteira. Eu assenti.
- Espero que todos tenham uma boa aula – o diretor falou.
Ele acenou e a professora o levou até a porta, ela saiu e fechou a porta atrás dela para que provavelmente conversasse com o diretor. A sala começou a fazer piadinhas sobre ter sentado do meu lado, enquanto eu fiquei vermelha, ele sorria e fazia gestos de negação com a cabeça.
- Eles são sempre assim? – perguntou.
- Na maioria das vezes eles estão mais mortos e dormindo em aulas.
- E você?
- Eu sou a nerd da sala, por isso a cadeira vazia – dei de ombros.
- Então parece que eu já encontrei minha dupla dinâmica – falou. Eu o encarei e ele deu um sorriso, retribui – A propósito, qual seu nome?
Depois
- Verdade ou desafio? – ele perguntou.
- Verdade!
- É verdade que você não saia de casa antes de me conhecer?
- , como meu melhor e único amigo, você já sabe que eu não sou uma das mais sociáveis, então é claro, podia ter gasto a verdade com outra coisa – dei de ombros.
- Posso então fazer outra?
- Não – eu sorri – Minha vez.
- Ok, mas deixe esse jogo mais interessante – ele revirou os olhos.
- Verdade ou desafio?
- Verdade.
- Olha, que milagre – ele riu – Deixa eu pensar... É verdade que você quer ficar com alguém da nossa sala?
- Sim!
- Sério? Quem? – perguntei curiosa.
- Minha vez – ele riu – Verdade ou desafio?
- Por você ter escolhido verdade, eu vou escolher desafio – ele bateu palmas.
- Nem sei o que te desafiar... Te desafio a contar alguém segredo seu.
- Eu vou contar algo que eu tenho muita vergonha – ele arqueou a sobrancelha – Lembra quando te contei como que foi meu primeiro beijo?
- Dentro da piscina da sua casa, no caso aqui, em uma festinha, com um menino que você gosta e blá, blá, o que tem?
- Eu menti – senti meu rosto queimar.
- Não me diga que você estava bêbada e foi um mendigo desacordado?
- Não – fiz careta – Era algo idealizado, isso não aconteceu, eu menti.
- Por que mentiu? – ele franziu o cenho.
- Porque talvez eu nunca tenha beijado – ele abriu a boca – Minha vez.
- Isso é sério?
- O que esperava de alguém que só estuda a vida inteira? Eu te falei que meus pais colocam a maior pressão – ele arregalou os olhos – Minha vez.
- E eu querendo perguntar se era verdade que você não era mais virgem – ele pensou alto, eu gargalhei.
- Verdade ou desafio?
- Desafio, vai!
- Desafio você dizer quem é a pessoa que você quer ficar da sala – eu sorri.
- Você não quer essa resposta.
- Quero sim, se eu estou perguntando.
- Você! – ele falou e eu comecei a rir.
- É sério, , quem? – eu o encarei.
- Eu também falei sério, você! – ele me encarou.
Ele definitivamente não estava brincando e eu definitivamente não sabia onde enfiar minha cara. Minha boca secou, meu coração acelerou, meu pulmão parecia precisar de mais oxigênio do que eu estava respirando e minha cabeça começou a gritar “eu também”.
- Fala alguma coisa, por favor – ele suplicou – Ok, talvez eu tenha falado demais – ele abaixou a cabeça.
- Eu... Eu... É... – comecei – Não... Eu... Eu não...
- Você não quer isso, tô ligado, você gosta de outro – ele pareceu meio frustrado.
- Não... É... Quer dizer... Quê? – eu fechei os olhos e respirei fundo – Você é meu melhor amigo.
Ele me encarou e eu soube que eu disse a coisa errada para a pessoa errada na hora errada. Por sorte o celular dele começou a tocar.
- É minha mãe, vou atender – eu assenti.
Ele levantou e eu encarei a água da piscina. Bom, pelo menos o jogo tinha ficado interessante, fazia pouco mais de quatro meses que nos conhecíamos e que eu tinha um crush nele em segredo e eu tinha acabado de ferrar com tudo.
- Eu tenho que ir, ela está brava – ele falou.
- Ah sim, deve estar tarde.
- É – ele encarou a água, eu levantei – Te vejo na escola.
- Ok.
Eu dei um passo para dar um abraço, mas ele virou e foi embora, só escutei o sussurro do “tchau”.
(...)
Eu e não conversamos sobre aquela noite, houve até boatos de que ele tinha ficado com uma menina de outra sala, mas já havia se passado três semanas e como o baile de formatura estava chegando queria dar uma festa de final de ano, ele perguntou se podia ser na minha casa. Meus pais concordaram e ele ficou responsável pelos convidados, as comidas e afins também iria se responsabilizar. Eu gostava da ideia da festa, era o anfitrião e se eu cansasse eu poderia simplesmente ir pro meu quarto. Convencemos meus pais de deixar a casa para nós, afinal, eu era uma pessoa muito responsável, então naquela noite de sexta eles ficariam em um hotel bem longe. O traje da festa era de banho. Eu e estávamos arrumando tudo e os convidados tinham começado a chegar.
- Quantas pessoas você chamou? – perguntei.
- Todos do terceiro ano – ele respondeu sorrindo.
- Meu Deus!
- Quer ir se trocar? Eu termino aqui.
- Vou fazer isso! Qualquer coisa me grita – ele assentiu e eu fui para meu quarto.
Coloquei um biquíni que eu usei poucas vezes e um vestido próprio para piscina, amarrei meu cabelo em um coque e sai do quarto. Nesse meio tempo mais gente tinha chegado e a música já estava ligada.
- Que demora – apareceu – Vem, os anfitriões merecem ser os primeiros a pular na piscina – ele riu e segurou na minha cintura me guiando.
Quando chegamos perto da piscina tirei o vestido e joguei na espreguiçadeira que tinha por perto.
- No três! – ele anunciou e segurou minha mão – Um...
- Dois! – gritei.
- Três! – ele pulou e me levou junto.
- YEAH! – eu ouvi as pessoas gritando, algumas pularam em seguida.
- Até que não é tão ruim ser anfitriã – falei rindo.
- Ter vida social é legal – ele também falou rindo.
- Obrigada por não desistir de me fazer ter uma – eu sorri.
Ele retribuiu o sorriso e ficamos nos encarando até ele começar a se aproximar devagar e me beijar. Eu tive que lembrar de todos os tutoriais de como beijar eu tinha visto na internet, e todos os testes com metade da laranja ou gelo no copo de água. Costumam dizer que o primeiro beijo é terrível, o meu não foi. Alguns coleguinhas perceberam a cena que estava acontecendo e quem estava dentro da piscina começou a jogar água pra cima e gritar.
- Vem, vamos sair daqui! – falou sorrindo.
Eu assenti e saímos da piscina. Eu me vesti e fomos para o meu quarto.
- Acho que aqui ninguém entra – comentei.
- É mais por segurança – ele trancou meu quarto – Espero que tenha tranco o quarto dos seus pais, se não aquilo vai virar motel.
- Tranquei sim – eu ri.
- Então... – ele começou.
- Senta – falei me sentando e ele se sentou do meu lado.
- Nem parecia que você nunca tinha beijado – eu ri – Mentiu pra mim, né?
- Eu vi muitos tutoriais – ele gargalhou – Ei, eu queria que fosse perfeito.
- E como foi?
- Mais do que isso – eu sorri.
Agora
- Você tem certeza que vai fazer isso? – eu assenti.
- Tenho mãe! Eu quero conhecer o mundo antes de morrer estudando.
- Filha, você tinha o sonho de ser médica, era até um orgulho meu falar o quão esforçada você era – revirei os olhos.
- Vou ser médica, mas antes, eu vou pirar um pouco, sair da rotina e conhecer algumas culturas, pode ter orgulho de mim por isso.
- Você mudou bastante! – ela ponderou.
- É, eu descobri que eu estou viva. Eu não posso ignorar o que acendeu dentro de mim –sorri.
Eu terminei de arrumar minhas coisas e chegou para me buscar. Meus pais me deram trinta e sete sermões diferentes e o mesmo para . Demoramos mais de meia hora para conseguir sair de casa. Mas finalmente me despedi deles, coloquei minhas malas no carro e sai de casa com toda a economia que antes era para pagar minha faculdade
- Para onde vamos agora? – questionei.
- Ganhar um pouco do mundo – ele sorriu enquanto dirigia – Fiquei sabendo que no México também e outono, porém mais quente.
(...)
Depois de dois meses de viagem, agora estamos no Hawaii. Eu fiz subir um penhasco enorme, porque eu tinha certeza que lá daria ótimas fotos e a vista seria linda.
- Tudo bem, eu concordo com você, a subida valeu a pena.
- Eu disse! – mandei um beijo no ar e me aproximei da beirado do penhasco.
- Cuidado, pelo amor de Jesus! – ele segurou minha mão.
- Eu sei que estou segura – eu sorri, ele retribuiu.
Eu me inclinei um pouco para frente para olhar para baixo, era muito alto e muito lindo.
- Ei, olhe aqui – ele me chamou, eu virei a cabeça.
Ele estava tirando foto, então eu sorri, como o sol batia nos meus olhos eu não consegui mantê-los abertos.
- A modelo e a paisagem deram uma dupla perfeita! – ele me puxou.
- O fotografo ajuda com o ângulo! – coloquei meus braços em volta de seu pescoço.
- Eu te amo, pequena! – ele sorriu.
- Eu te amo, babe! – eu sorri e o beijei!
Num piscar de olhos
Eu estava caindo do céu
Na névoa, você roubou o meu fôlego
E meu coração começa a bater
E meus pulmões começam a respirar
E a voz na minha cabeça começa a gritar
Eu estou vivo![...]
Você me faz sentir bem
Você me faz sentir segura
Você me faz sentir como se eu pudesse viver mais um dia
Você me faz sentir bem
Você me faz sentir segura
Você sabe que eu não faria de outra maneira.
* A história se passa nos Estados Unidos, por isso o baile de formatura é citado.
- Você já soube algo do aluno novo? – Meg perguntou animada.
- Não, soube que talvez vá ter prova surpresa hoje na aula de matemática – falei encarando meu caderno.
- Isso é sério? – ela questionou e eu a encarei.
- Sim, eu ouvi a professora...
- Você sabe que todos precisam de vida social, né? E que você está no ultimo ano do ensino médio e você só sabe estudar desde o primeiro, certo?
- Meu grande objetivo é entrar em uma faculdade de medicina, todos sabem disso!
- Todos sabem também que você é a pessoa mais chata da escola, só estuda – dei de ombros, ela revirou os olhos – Vou tentar descobrir algo sobre o novato – eu assenti.
Megan saiu e eu revirei os olhos. Me sentei nos pés da árvore que estava encostada e voltei a estudar. Depois de alguns minutos o sinal tocou, levantei, arrumei minhas coisas e fui para a sala de aula. Sentei no meu lugar na primeira fila, onde nunca ninguém era minha dupla. Peguei meu caderno e voltei a estudar. A sala começou a encher e o segundo sinal tocou. A professora entrou
- Bom dia, turma! – ela começou.
- Bom dia! – falamos meio baixo.
- Hoje vamos aprender como as reações químicas da... – bateram na porta – Entre – o diretor apareceu.
- Bom dia, professora, eu vim apresentar o novo aluno da classe – ele entrou na sala junto com um garoto, os burburinhos começaram – Esse é – o menino assentiu – Ele e sua família tiveram que mudar para nossa cidade, ele vai acompanhar vocês o resto do ano.
Ele era bonito, tão bonito que quando olhei para trás, Megan e seu grupo estavam comentando sobre. Era o tipo de garoto que dava até uma vontade de ser menos antissocial e mais comunicativa.
- Bom dia, , eu sou sua professora de química – ela sorriu.
- Quem vê pensa que é simpática – um dos meninos que sentam atrás de mim comentou, o outro riu.
- Escolha um lugar, – o diretor falou.
- Aqui! – uma das meninas falou lá de trás.
Ele olhou em volta da sala e parou os olhos em mim, depois na cadeira vazia ao meu lado, ele veio em minha direção.
- Posso? – ele apontou para carteira. Eu assenti.
- Espero que todos tenham uma boa aula – o diretor falou.
Ele acenou e a professora o levou até a porta, ela saiu e fechou a porta atrás dela para que provavelmente conversasse com o diretor. A sala começou a fazer piadinhas sobre ter sentado do meu lado, enquanto eu fiquei vermelha, ele sorria e fazia gestos de negação com a cabeça.
- Eles são sempre assim? – perguntou.
- Na maioria das vezes eles estão mais mortos e dormindo em aulas.
- E você?
- Eu sou a nerd da sala, por isso a cadeira vazia – dei de ombros.
- Então parece que eu já encontrei minha dupla dinâmica – falou. Eu o encarei e ele deu um sorriso, retribui – A propósito, qual seu nome?
Depois
- Verdade ou desafio? – ele perguntou.
- Verdade!
- É verdade que você não saia de casa antes de me conhecer?
- , como meu melhor e único amigo, você já sabe que eu não sou uma das mais sociáveis, então é claro, podia ter gasto a verdade com outra coisa – dei de ombros.
- Posso então fazer outra?
- Não – eu sorri – Minha vez.
- Ok, mas deixe esse jogo mais interessante – ele revirou os olhos.
- Verdade ou desafio?
- Verdade.
- Olha, que milagre – ele riu – Deixa eu pensar... É verdade que você quer ficar com alguém da nossa sala?
- Sim!
- Sério? Quem? – perguntei curiosa.
- Minha vez – ele riu – Verdade ou desafio?
- Por você ter escolhido verdade, eu vou escolher desafio – ele bateu palmas.
- Nem sei o que te desafiar... Te desafio a contar alguém segredo seu.
- Eu vou contar algo que eu tenho muita vergonha – ele arqueou a sobrancelha – Lembra quando te contei como que foi meu primeiro beijo?
- Dentro da piscina da sua casa, no caso aqui, em uma festinha, com um menino que você gosta e blá, blá, o que tem?
- Eu menti – senti meu rosto queimar.
- Não me diga que você estava bêbada e foi um mendigo desacordado?
- Não – fiz careta – Era algo idealizado, isso não aconteceu, eu menti.
- Por que mentiu? – ele franziu o cenho.
- Porque talvez eu nunca tenha beijado – ele abriu a boca – Minha vez.
- Isso é sério?
- O que esperava de alguém que só estuda a vida inteira? Eu te falei que meus pais colocam a maior pressão – ele arregalou os olhos – Minha vez.
- E eu querendo perguntar se era verdade que você não era mais virgem – ele pensou alto, eu gargalhei.
- Verdade ou desafio?
- Desafio, vai!
- Desafio você dizer quem é a pessoa que você quer ficar da sala – eu sorri.
- Você não quer essa resposta.
- Quero sim, se eu estou perguntando.
- Você! – ele falou e eu comecei a rir.
- É sério, , quem? – eu o encarei.
- Eu também falei sério, você! – ele me encarou.
Ele definitivamente não estava brincando e eu definitivamente não sabia onde enfiar minha cara. Minha boca secou, meu coração acelerou, meu pulmão parecia precisar de mais oxigênio do que eu estava respirando e minha cabeça começou a gritar “eu também”.
- Fala alguma coisa, por favor – ele suplicou – Ok, talvez eu tenha falado demais – ele abaixou a cabeça.
- Eu... Eu... É... – comecei – Não... Eu... Eu não...
- Você não quer isso, tô ligado, você gosta de outro – ele pareceu meio frustrado.
- Não... É... Quer dizer... Quê? – eu fechei os olhos e respirei fundo – Você é meu melhor amigo.
Ele me encarou e eu soube que eu disse a coisa errada para a pessoa errada na hora errada. Por sorte o celular dele começou a tocar.
- É minha mãe, vou atender – eu assenti.
Ele levantou e eu encarei a água da piscina. Bom, pelo menos o jogo tinha ficado interessante, fazia pouco mais de quatro meses que nos conhecíamos e que eu tinha um crush nele em segredo e eu tinha acabado de ferrar com tudo.
- Eu tenho que ir, ela está brava – ele falou.
- Ah sim, deve estar tarde.
- É – ele encarou a água, eu levantei – Te vejo na escola.
- Ok.
Eu dei um passo para dar um abraço, mas ele virou e foi embora, só escutei o sussurro do “tchau”.
- Quantas pessoas você chamou? – perguntei.
- Todos do terceiro ano – ele respondeu sorrindo.
- Meu Deus!
- Quer ir se trocar? Eu termino aqui.
- Vou fazer isso! Qualquer coisa me grita – ele assentiu e eu fui para meu quarto.
Coloquei um biquíni que eu usei poucas vezes e um vestido próprio para piscina, amarrei meu cabelo em um coque e sai do quarto. Nesse meio tempo mais gente tinha chegado e a música já estava ligada.
- Que demora – apareceu – Vem, os anfitriões merecem ser os primeiros a pular na piscina – ele riu e segurou na minha cintura me guiando.
Quando chegamos perto da piscina tirei o vestido e joguei na espreguiçadeira que tinha por perto.
- No três! – ele anunciou e segurou minha mão – Um...
- Dois! – gritei.
- Três! – ele pulou e me levou junto.
- YEAH! – eu ouvi as pessoas gritando, algumas pularam em seguida.
- Até que não é tão ruim ser anfitriã – falei rindo.
- Ter vida social é legal – ele também falou rindo.
- Obrigada por não desistir de me fazer ter uma – eu sorri.
Ele retribuiu o sorriso e ficamos nos encarando até ele começar a se aproximar devagar e me beijar. Eu tive que lembrar de todos os tutoriais de como beijar eu tinha visto na internet, e todos os testes com metade da laranja ou gelo no copo de água. Costumam dizer que o primeiro beijo é terrível, o meu não foi. Alguns coleguinhas perceberam a cena que estava acontecendo e quem estava dentro da piscina começou a jogar água pra cima e gritar.
- Vem, vamos sair daqui! – falou sorrindo.
Eu assenti e saímos da piscina. Eu me vesti e fomos para o meu quarto.
- Acho que aqui ninguém entra – comentei.
- É mais por segurança – ele trancou meu quarto – Espero que tenha tranco o quarto dos seus pais, se não aquilo vai virar motel.
- Tranquei sim – eu ri.
- Então... – ele começou.
- Senta – falei me sentando e ele se sentou do meu lado.
- Nem parecia que você nunca tinha beijado – eu ri – Mentiu pra mim, né?
- Eu vi muitos tutoriais – ele gargalhou – Ei, eu queria que fosse perfeito.
- E como foi?
- Mais do que isso – eu sorri.
Agora
- Você tem certeza que vai fazer isso? – eu assenti.
- Tenho mãe! Eu quero conhecer o mundo antes de morrer estudando.
- Filha, você tinha o sonho de ser médica, era até um orgulho meu falar o quão esforçada você era – revirei os olhos.
- Vou ser médica, mas antes, eu vou pirar um pouco, sair da rotina e conhecer algumas culturas, pode ter orgulho de mim por isso.
- Você mudou bastante! – ela ponderou.
- É, eu descobri que eu estou viva. Eu não posso ignorar o que acendeu dentro de mim –sorri.
Eu terminei de arrumar minhas coisas e chegou para me buscar. Meus pais me deram trinta e sete sermões diferentes e o mesmo para . Demoramos mais de meia hora para conseguir sair de casa. Mas finalmente me despedi deles, coloquei minhas malas no carro e sai de casa com toda a economia que antes era para pagar minha faculdade
- Para onde vamos agora? – questionei.
- Ganhar um pouco do mundo – ele sorriu enquanto dirigia – Fiquei sabendo que no México também e outono, porém mais quente.
- Tudo bem, eu concordo com você, a subida valeu a pena.
- Eu disse! – mandei um beijo no ar e me aproximei da beirado do penhasco.
- Cuidado, pelo amor de Jesus! – ele segurou minha mão.
- Eu sei que estou segura – eu sorri, ele retribuiu.
Eu me inclinei um pouco para frente para olhar para baixo, era muito alto e muito lindo.
- Ei, olhe aqui – ele me chamou, eu virei a cabeça.
Ele estava tirando foto, então eu sorri, como o sol batia nos meus olhos eu não consegui mantê-los abertos.
- A modelo e a paisagem deram uma dupla perfeita! – ele me puxou.
- O fotografo ajuda com o ângulo! – coloquei meus braços em volta de seu pescoço.
- Eu te amo, pequena! – ele sorriu.
- Eu te amo, babe! – eu sorri e o beijei!
Eu estava caindo do céu
Na névoa, você roubou o meu fôlego
E meu coração começa a bater
E meus pulmões começam a respirar
E a voz na minha cabeça começa a gritar
Eu estou vivo![...]
Você me faz sentir bem
Você me faz sentir segura
Você me faz sentir como se eu pudesse viver mais um dia
Você me faz sentir bem
Você me faz sentir segura
Você sabe que eu não faria de outra maneira.
FIM!
Nota da autora: Gente, eu estou muito amorzinha, só escrevo ficstape que os casais são fofinhos. Espero que tenham gostado e que tenha feito jus a musica <3. Xx, Nathy
Nota da beta:
Lembrando que qualquer erro nessa atualização e reclamações somente no e-mail.