Capítulo Único
sempre foi uma menina independente, conquistou tudo sozinha, lutou sozinha pelos seus requisitos. Saiu da casa dos pais com vinte anos, afinal foi preciso trabalhar para comprar uma pequena casa com apenas, quarto sala e cozinha. Dividia o tempo em, trabalhar em uma empresa de arquitetura, fazer sua faculdade de arquitetura e algumas vezes sair para curtir a noite e o ar mais lindo de sua cidade.
A verdade é que sempre assustava por onde ela passava, não era por conta dos seus cabelos rosa, do seu carro não ser renovado a cada ano mas sim pelas suas atitudes. não gostava de receber ordens, gostava de tudo do jeito que desejava. Gostava de ser livre, de ser ela mesma intensa e expressiva... Claramente, ela seguia a lei, a verdade é que ela gostava da liberdade e respeitava tudo que não podia ser desviolado, pode ser meio complexo para poder compreendê-la.
Estava saindo da faculdade às onze horas da noite, cansada, com sono e morrendo de vontade de comer uma pizza naquela sexta e passar o final de semana mofando em casa, apenas estudando, entretanto:
— Você vai à festa da Rafa?
— Não decidi ainda.
— É uma pena se você não for, sentirei tanta sua falta.
— Um drama assim é quase impossível falar que vou pensar.
— Então você vai? – Viu a alegria da amiga.
— Não Quel. – Ria. – Porém ainda estou decidindo vou.
— Vou torcer para você decidir que vai, e de quebra vou enviar a foto novamente da festa.
— Não desiste né? Mas você me conhece.
— A cinco anos amiga, desde o começo desse curso quando seus cabelos eram loiros ainda.
— Bom assim você não se decepcionar comigo, vou indo, não esqueça de enviar as fotos da aula que eu faltei?
— Não vou, envio ainda hoje ou amanhã.
— Sem pressa quero para final de semana mesmo.
— Agradeço, beijo até segunda.
— Até amiga.
Dirigia para a casa com seu pensamento longe, mas sempre atenta aos sinais e movimento do trânsito. Fazia tempo que não ia em festas, mas também não gostava muito das festas da Rafa, sempre tinha brincadeiras desnecessárias, outras que dava vontade até de jogar fora os itens da brincadeira. Chegou, tomou banho cuidou bem dos seus fios rosas e comeu algo qualquer. Iria pensar melhor amanhã, afinal teria o sábado inteiro para mofa no sofá assistindo Netflix.
A manhã toda foi maratonando Sex Education, passou para alguns filmes clichê e por fim, pegou suas folhas de fichário. Estava no seu último ano da faculdade, seu TCC era para daqui alguns meses e o estágio foi a melhor coisa que havia acontecido naquela semana, depois de Nikki ter aprovado todo o desempenho da garota, ela a efetivou; Deu a ela cargo temporário de auxiliar de arquitetura, já que se formava logo e iria seguir corretamente com .
Passou o tempo e ela recebeu um áudio de sua amiga, o produziu e era referente a foto da matéria que ia enviar.
"Agradeço salvou meu sábado de estudos."
"Não precisa agradecer, vou mandar a foto do convite da Rafa porque acho que você não tem mais."
"Aí, tava ocupado espaço no celular, obrigada, agora vou voltar a estudar."
"Beijos monamour até!"
Estudou as fotos que recebeu de e passou para suas folhas de fichário. Mas aquela foto da festa, ela brilhava para si, era um convite que estava mexendo com as possibilidades de trocar a ideia de ficar em casa.
— Bom, isso não vai fazer tanta diferença agora. – Deu de ombro. Olhou para convite e enviou para o seu e-mail, assim podia apagar do celular.
Sábado passou assim como domingo, um dia de sol lindo com os pássaros cantando. Ajeitou o material do dia seguinte e se preparou para uma noite de sono.
•
— Bom dia Nikki. – Entrou no escritório. – Como você está?
— Bom dia , bem, pronta para pedido?
— Claro, sorriu, vamos? – Ajeitou a alça da mochila.
— Aqui. – Entregou uma pasta verde. – Seu projeto, análise, refaça o desenho se quiser e traga-o até aqui para poder avaliar e chamar a proprietária da casa.
— P-Projeto? – Gaguejou sem desejar. – Eu vou fazê-lo e entrego ainda hoje.
— Obrigada, Nikki.
Sua chefe sorriu e atendeu o celular que acabava de tocar. Mesmo não gostando de receber ordem era fundamental para seu desenvolvimento no estágio e pode conquistar seu pequeno escritório para ser sua própria chefe – mas odiava saber que precisava ficar ali ainda seguindo a risca as ordens. Horas naquele projeto que decidiu desenhar um outro, colocou tudo da forma como a cliente queria e depois levou até Nikki.
— Perfeito, vamos fazer a reunião com a cliente e com a aprovação dela eu envio a equipe para poder começar.
— Mas já? – Estranhou a rapidez da mulher.
— Sim, ela deseja para agora, antes de um evento que ela tem para fazer na casa dela.
— Hm, então tá, estarei na minha mesa ajudando outros arquitetos.
— Certo, depois eu te chamo.
Esperou, e esperou e esperou. Ajudou quem a precisava, almoçou e tirou algumas fotos no seu horário de almoço, também aproveitou para estudar alguma matéria do dia, afinal nunca se sabe quando o professor vai passar uma prova surpresa.
— ...Eu vou falar. – Dialogava com um funcionário. – Ah, , podemos conversar?
— Claro.
Estranhou a urgência nas palavras, e isso só piorava com a conversa que ela viu Nikki ter antes de se dirigir a ela.
— Com licença. – Adentrou. – O que posso ajudar? – Realmente não se sentia muito confortável dizendo aquelas palavras.
— A nossa cliente retornou, ela aprovou seu projeto, está vindo para cá hoje você poderia ficar mais um pouco antes de ir até a faculdade? Eu dou carona para você até metade do caminho, só que é meu percurso.
— Claro, sem problemas, eu vou então arrumar minhas coisas para fazer a apresentação pra ela.
— Se quiser posso fazer isso, e preciso saber se está tudo bem para você se eu assinar o projeto já que você não tem seu CAU? Você vai receber a mais já que o projeto foi todo seu.
— Não, tudo bem eu compreendo. – Viu sua chefa concordar com a cabeça.
— Quando ela chegar eu te chamo.
Tomava sua água, conversava com um colega de trabalho, e olhava alguns escritórios para poder comprar ou até mesmo alugar. Como sua mesa era de frente para o corredor principal ela tinha a visão do mesmo, foi quando viu Rafaela passando com sua bolsa grande e chamativa. Não podia ser que ela, sua colega de classe fez o pedido exatamente no lugar que ela estagia.
— ... Com isso o seu projeto ficou assim, vai conversar sempre com os fornecedores, apressar a equipe e conseguir entregar em dia.
— Eu agradeço, você e a sei que vão fazer um bom trabalho. – Lançou um olhar para a colega de turma, como se fosse cobrar ela a cada instante.
— Com certeza, ficará pronto em duas semanas.
— Assim fico mais aliviada, agradeço as duas. – Comprimentou com um aperto de mão as duas.
Dito isso, ela se retirou da sala. e Nikki terminam seus expedientes e como prometido a mulher levou sua funcionaria até metade do caminho, o que ajudou muito com as com a passagem, e por mera coincidência ela não tinha ido de carro aquela manhã.
•
Como sempre era passou a semana toda trabalhando e estudando. Vire e mexe Rafa a perguntava sempre sobre o progresso da reforma da casa – senhora casa – que ela tinha ganhado de seus pais por ter entrado em uma faculdade estadual. Aquilo realmente estava a deixando perturbada, no começo até respondeu as perguntas mas depois quando passou a ser apenas por pura irritação, com sua educação deixou bem claro que ela passaria responder todas as dúvidas delas quando a mesma estivesse no horário de trabalho dela, e isso não deixou um ar muito bom entre as duas.
— Fiquei sabendo que você tá fazendo o projeto da Rafa.
— Pois é. – Sentaram no banco de fora da faculdade. – Ela coincidentemente fez o projeto onde eu faço o estágio. – Olhou para a amiga.
— Casos do destino.
— Pior caso fala sério, ela literalmente quer saber de tudo quando eu quero estudar!
— Seria cômico ela chegar em você e pedir de última hora para mudar tudo.
— Pelo amor de Zeus, nem pense por favor!
— Não, eu vou torcer para você não ter essa mudança.
— . – Escutou Rafaela lhe chamar.
— Oi.
— Eu queria saber se você pode passar o número da sua chefe, fui olhar o contrato e o contato dela e vi que não tinha o mesmo.
— Claro.
Rafaela já estava preparada para anotar no celular quando recebeu o cartão de .
— Ai tem tudo, ela só não responde depois do horário de atendimento.
— Compreendo, obrigada .
— Por nada.
esperou a garota se afastar para iniciar a conversa.
— O que será que ela quer?
— Espero que não seja algo que Nikki surte. – Mexeu no cabelo. – Já basta ela me perturbando sempre.
— Nunca achei que uma estudante de arquitetura fosse ser tão complicada assim.
— Tem gente pra tudo Quel. Vamos? A aula logo começa.
A amiga concordou e voltaram para a aula.
No dia seguinte, recebeu a informação que o projeto de reforma da casa da Rafaela ia ser prolongado pois ela – a Rafa – havia conseguido uma reserva em uma casa na praia, o que logo ela relacionou com a festa que ironicamente seu celular tocou avisando que uma mensagem havia chego.
E claro, a festa havia um novo lugar, agora interessou mais ainda a menina em ir a festa, mesmo sendo com sua blusa larga e o shorts curto.
•
Escolhia um novo biquini na loja do shopping e um novo shorts para poder usar quando se cansasse de desfilar com seu corpo pela praia. Tudo comprado e o protetor solar também.
Estava bem ansiosa, sabia que a festa seria justamente no feriado, por isso a empolgação de Rafaela para poder fazer a party, que agora o nome fazia mais sentido "Sea & Sun"; Ía para casa se preparar para a aula, iria fazer uma pequena surpresa para a sua amiga que mal sabia que ela ia junto.
Pronta, de banho tomado e com o material correto na mochila e dirigiu rumo a faculdade.
— Olha quem chegou cedo. – disse ao vê-la na entrada.
— Para você ver, o que um dia de folga não faz. Oi amiga.
— Oi, escolheu um bom tempo então.
— Aí nem fala, olha essa noite quente, da vontade de viver em uma piscina.
— Bem sua cara. Você viu onde vai ser a festa da Rafa né? Ela fez alguma coisa agora ou não? Ela cancelou o projeto?
— Calma com as perguntas. – Ela riu. – Não lembra que eu falei que ela não cancelou só disse que não tinha mais pressa?
-— Ah é verdade. – Bateu de leve na testa.
— Prosseguindo, eu vi sim, eu até pensei em comprar algo como um maiô, mas vou ficar no biquíni.
— Você vai? – Olhou para a amiga.
— Terei que ir, o mar me chama.
— Amém! Não creio que você vai! Vamos ter fotinho juntas.
— Encher o feed das pessoas com nossa beleza.
— Total apoio. – Sentaram uma na frente da outra. – Queria avisar que eu não trouxe meu livro. – olhou para . – Sabe, não quero dividir comigo não?
— Eu não, se virá. – Brincou. – Senta junto do Mike. – Provocou.
— Isso é na hora certa, eu não vou sentar com ele por um livro.
— Por um livro não né, mas pelo o que ele tem de baixo do moletom sim não é? – Ria.
— Meu Deus. – Não conseguia conter a risada. – Eu não vou negar isso não.
— Viu, eu sabia, agora temos que ficar quietas. – Revirou os olhos. – O professor mala chegou.
— Ai que bela noite para se ter aula.
Aula chata, horas passando e a vontade de ir para a praia só aumentava. Em uma pequena roda que foi feito no pátio. Rafaela contou para aqueles que estavam ali, que teria atração para luau, algumas brincadeiras, muita bebida e comida, além de pessoas bonitas e só de roupa de praia.
Ia ser a festa de verão, isso não podia negar! E estava mais do que ansiosa para participar.
•
Seu celular despertou exatamente seis horas, entretanto já estava acordada estava arrumando tudo, esperava o momento que avisasse que já podia buscá-la, o que demorou duas horas. Com um vestido liso e bem soltinho, seu cabelo rosa em uma trança frouxa ela buscou a amiga; Cantaram e tirava as fotos, todas iam para um álbum para serem editadas mais tardes e envias ao Instagram.
— Chegamos. – Estacionou o carro na vaga ao lado de um Jeep.
— Um sonho passar o feriado na praia.
— Temos exatamente quatro dias para viver bem, por favor, fique com Mike antes que eu faça ele chegar em você. – Desciam do carro.
— Vejo que não tenho saída.
— Não claro que não.
— Esse lugar é grande. – Olhou para a casa segurando sua bolsa. – Será que é um quarto para cada um?
— Não, claro que não, deve ser só metade que a Rafa alugou.
— Estamos falando dela, não esquece. – Se referiu a aquisição financeira da garota. – Vamos entrar e ver como as coisas vão ficar.
— Está bem. – Quel suspirou apaixonada pela casa.
Entraram olhando todos os lados, era uma senhora casa, o piso branco de porcelanato todo bem cuidado, tinha alguns empregados andando pela casa, sem contar uma mulher bem vestida que foi na direção das garotas.
— Boa tarde. – Ela iniciou a conversa. – Sejam bem vindas ao Sea & Sun.
— Obrigada.
— Vocês terem seus respectivos quartos, qual o nome das senhoritas?
— .
— .
— Certo. – Olhava a lista. – Bem, venham vou mostrar o quarto de vocês. – Começaram subir as escadas. Passaram por algumas portas até parar em frente de uma. – Esse é o seu . – Entregou a chave. – E esse o seu. – Deu alguns passos com ao seu lado e entregou a chave para ela.
— Obrigada. O meu carro está estacionado em um lugar apropriado?
— Qual seria ele?
— Honda Civic V, Prata, o do lado do Jeep.
— Irei verificar, caso queira pode entregar a chave que o manobrista faz isso para você, quando descer pode pegá-la.
— Não irei recusar. – Pegou e entregou a chave. – Muito obrigada.
— Magina, e sinta-se em casa. – Olhou para as duas e desceu a escada.
— Isso não é real. – falou ao abrir a porta.
— E imaginar que quase hesitei em vim. – falou baixinho.
Os quartos eram grandes, não extremamente grandes mas maiores que o das meninas, a decoram sutil e bonita bem temática com a cor do mar e do pôr do sol, nada muito infantil, tudo na medida certa. Elas tiram um banheiro apenas para elas, com direito a banheira, que também era decorado com o tema da festa. E o closet, essa era uma aquisição memorável para , sempre deixou suas roupas na arara, porque era sua decisão, mas ela amou ter um closet apenas para ela. Um banho relaxante, roupa limpa por cima do novo biquíni e ela bateu na porta do quarto de .
— Desculpa eu me perdi na beleza do quarto.
— Realmente está perfeito, digno de trazer o Mike né?
— Você quer mesmo isso, sou sua vizinha de quarto.
— Relaxa que até lá eu não vou estar no meu quarto.
— Hmm. – Riram. – Eu nunca vi nada tão lindo assim na minha vida.
— Um dia você vai ter, vai ser uma arquitetura de sucesso e irá conquistar tudo.
— Assim espero.
Depois de pegar a chave e ter a certeza que o carro estava no lugar certo. As amigas foram para fora da casa, uma música baixa tocava na área de lazer. Ainda não tinham chegado muita gente, apenas um grupinho de meninos que ela não conhecia, a anfitriã da festa, e Mike e Lucca, todos perto da mesa onde estava os café da manhã ainda. A piscina estava com bóias coloridas. O sol, o som do mar ao fundo tudo estava maravilhoso!
— Sejam bem vindas. – Rafaela se aproximou das garotas com um copo na mão. – Como foi a viagem? Foi difícil chegar aqui?
— Obrigada. – agradeceu. – Tranquilo, costumava muito vim nessa praia com meus pais quando era mais nova.
— Sim, foi bem tranquilo não precisei dirigir. – As mulheres riram. – Agradeço pelo o convite.
— Não precisa agradecer. – Tomou seu Drink. – Sinta-se a vontade aqui em casa, com licença.
— Acho que está na hora. – Olhou para . – Anda vai conversar com ele.
— Não, sério agora não, deixa a festa começar que eu converso.
— Deixar ele ficar bêbado para conversar com ele. – Pegava o suco. – Acho prático pois assim se ele falar “não” ele não vai se lembrar. – Deu de ombro.
— Não é isso, é que.
— É que nada.
— entenda. – Deixou o copo na mesa e segurou ela pelos ombros. – Você precisa ir até ele e falar o que sente, já são cinco anos suprindo esse amor, o problema não é você ter seus lances, encontros ou como queira chamar ou um dia que passa com garotos, mas sim deixar esse amor nascer a cada segundo no seu coração e você não fazer nada por ele, mesmo que a queda do penhasco que você tem por ele seja bem grande.
— você está certa. – Sentiu a coragem tomando conta do seu corpo. – Eu vou sim falar com mas na festa, mas calma. – Via o olhar a amiga sobre si. – Vou me arrumar como nunca, mesmo se eu receber um não vou curtir a festa como nunca, e quem sabe com outro garoto.
— É assim que se fala Quel! Agora come um pouco para você não desmaiar vai. – Brincou com a amiga.
— Você vai ficar com alguém?
— Não sei, se eu ver alguém que me interesse, mas não vem falar de namoro.
— Eu sei, eu sei, não fico “forçando” mais isso. – Fez aspas com os dedos. – Acho que temos que ter um código.
— Como assim? – Sentaram perto do grupinho de desconhecidos. – Estamos lado a lado não quero ouvir seus gemidos com um homem.
— Meu Deus . – Ria gostosamente, os fios rosas dançavam com o vento e isso despertou a atenção de um dos garotos daquele mesmo grupo. – Você está pensando nisso?
— É claro, e quem não estaria?
— Eu é claro. – Riu docemente.
— Vai, quer pensar em que?
— Não sei... Uma levantada de copo junto de uma piscadinha?
— Aceito, por favor não esqueça de fazer isso.
— E você com aquele moço que vem vindo.
— , oi. – Mike sorriu para a loira.
Sentaram-se juntos e começaram a conversar. Aos poucos a casa ia deixando de ser silenciosa, dando espaço para as vozes, risadas e o som alto do DJ que foi contratado para a festa. Arrumadas e prontas para curtir elas brindaram o começo da noite com um bom copo de bebida.
O vento refrescante do mar ajudava naquele calor intenso; Ao longe viu se aproximar de Mike, torceu pela amiga e que ela conseguisse o que desejava por cinco longos anos e o beijo dos dois bem caloroso respondeu a torcida dela; Quel fez o sinal, levantou a bebida e deu uma piscadinha para e simplesmente desapareceu no meio daquele mar de gente.
Com seu body pde alças finas e a saia mais bonita que tinha, ela dançava ao som de alguma música que não conhecia porém era bem agradável para escutar e dançar. De relance via o mesmo garoto que olhou naquela manhã, ou melhor, naquele começo de tarde, ele a olhava de cima a baixo como se estivesse vendo pela primeira vez uma mulher livre.
era forte, com o cabelo penteado e ao mesmo tempo bagunçado com o vento, tinha um sorriso muito bonito e nitidamente os olhos brilhantes pela a garota de cabelo rosa. Não tinha tomado coragem de ir até ela, porém devagar e desviando das pessoas viu a garota se aproximar.
— Oi.
— Oi.
— . – Se apresentou enquanto dançava devagar para poder conversar.
— , eu nunca te vi pela faculdade.
— Ia dizer o mesmo, você estuda em outro período?
— Não, a noite. – Ela refletiu.
— Então acho que não somos da mesma faculdade. – Riu. – Você deve ser um amigo da antiga faculdade da Rafa.
— Amigos de colegial, explicado por não nos conhecemos.
— Acho tão incrível quem tem amizade desde o colegial.
— Você não tem? – Caminharam para perto da sacada.
— Não, ninguém era legal. – Disse sem desdém. – Mas pelo menos conheci a que a essa altura deve estar no oitavo delírio.
— Oitavo delírio.
— É. – Ela riu por não compreender. – Depois você vai entender, e a Rafa também, mas ficamos apenas no “colegas de classe”.
— Ela é bem legal, fazia tempo que não nos víamos e ela me convidou.
— Eu me perguntou por que não convidar você.
— Brigamos um tempo atrás, mas o assunto.
— Não tudo bem. – O interrompeu. – O importante é que tudo está bem.
— Estava vendo você de longe, e impossível não se encanta por você.
— São seus olhos, mas sim sou bem encantadora, você também é bem sedutor.
— Acho que qualquer um com roupa de praia fica sedutor.
— Vou ter que concordar com você.
— Um bom exemplo é você, está muito sedutora. – Tirou uma risada gostosa dela. – Não sei se você aceita. – Pedia permissão desde já. – Mas eu não consigo deixar de desejar de beijar esses lábios.
— Sinta-se a vontade para isso.
tirou os fios dela que estava grudado no Gloss, e a beijou, intensamente; Cheio de desejo dos dois, não por amor, mas atração sexual. Era para isso que eles estavam lá.
Soltaram do beijos sentindo seus corpos roçavam um no outro, o fôlego havia acabado mas o desejo não. Os beijos que eram colocados nos lábios de , passaram a ser depositados entre a mandíbula e o pescoço dela.
Já não se aguentavam mais, com isso, deixaram os copos de qualquer jeito em qualquer lugar e foram para o quadro de , talvez lá seria uma boa opção.
Trancou a porta tirou seu calçado de qualquer jeito é a levou para a cama devagar, os beijos eram intenso e cheio de emergência, como se ambos não aguentasse mais ficar com aquelas poucas peças de roupas. Sem dificuldade ele conseguiu tirar a roupa dela e o mesmo com ele. Fazia tempo que não sentia um sexo tão caloroso como aquele, se a brisa do mar fresca estivesse assim para todos lá fora, seria nítido dizer que para aquele quarto era nada para apagar o calor entre eles.
•
A manhã amanheceu tão maravilhosa que era impossível comprar a qualquer outro dia.
já estava em seu quarto terminando de cuidar do cabelo, até porque fios rosas não ficam perfeitos para sempre; Verificou o celular para ver se continha uma mensagem de , porém nada ainda. Não ia se preocupar só se ela não aparecesse depois de vinte quatro horas.
Saiu do quarto e se deparou com ele, . O homem tinha um sorriso grande nos lábios e uma pequena marca no pescoço.
— Bom dia. – Disse o homem, com um sorriso de lado.
— Bom dia, . Como foi a noite? – Retribuiu o sorriso com um pouco de malícia.
— Foi boa, quente, com muitos beijos. – Médio as palavras pois estavam em público. – E a sua?
Ela parou na frente dele, o abraçou e cochichou ao pé do ouvido:
— Daria tudo por um second round.
— Podemos fazer isso quando quiser.
— Veremos, quero ir a praia hoje. – Voltaram a andar. – Vou ver se a vai junto.
— a sua amiga, certo?
— Melhor amiga, ela é metade de mim já.
— Tudo isso em cinco anos. – Estava surpreso.
— Meia década . – Olhou para ele. – Isso é muito para uma amizade já.
— Meia década é muita coisa, mas se ela não quiser ir eu vou com você.
— Ou eu posso ir sozinha, ela só iria porque gosta de tirar fotos, deixar o feed bem bonito. – Falou isso pois sabia que ela não ia perder mais tempo com Mike.
— Não acha meio, perigoso?
— Não. – Sentaram-se a mesa. – Não vejo perigo, posso ser muito perfeita como um cristal mas frágil igual não sou.
Deixou ele sem respostas, não estava acostumado com uma garota tão empoderada, via muitas se alto elogiar, dizer que conseguia se proteger mas ela, ela era única.
— Ela é assim, você se acostuma. – se aproximou. – Bom dia flor do dia!
— Bom dia Quel.
— Passou a noite bebendo?
— Ah sim, um drink maravilhoso. – Ouviu rir e logo percebeu o duplo sentido. – Não nesse sentido, mas foi uma noite maravilhosa.
— Quanto mais você arruma pior fica. – ria.
— Vou tomar meu café, cadê Mike?
— Ali.
— Bom dia.
— Mike, esse é , ele vai tomar café da manhã conosco. – mudou de assunto completamente.
— Ótimo, seja bem vindo.
— Obrigado.
— Vai a praia hoje ?
— Vou sim, vamos? – Olhou para seu amor.
— Se você quiser, vou aonde você for.
— Nossa pior que doce bem açucarado, vem também ou quer ficar com seus amigos?
— Eu alcanço vocês.
— É fácil achar a gente. – zoou a amiga.
— Nossa engraçadinha. – Eles riram.
•
e subiram para colocar suas roupas de praia. Passou protetor no corpo e levou junto da bolsa; Eles desceram para a praia através de uma portinha que tinha no fundos da casa, a mesma estava aberta e com um segurança de prontidão – Com roupas finas é claro, desceram os três, as meninas ficaram juntas, tiraram fotos e entraram no mar, Mike se aproximou depois delas sendo assim tendo apenas para ele.
E deitada sobre sua toalha de praia, ela se bronzeava, não esperava que aparecesse lá junto a eles.
— Oi, desculpa a demora. – A voz dele a surpreendeu.
— Não esperava você vim. – Sentou. – Vem juntar-se a mim. – Bateu na toalha para ele sentar.
— Você é tão diferente, no bom sentido.
— Eu gosto, apesar que assusta algumas pessoas porém já me acostumei com isso, se você não se sentir muito a vontade pode se afastar não tem problema. – Foi sincera. – Da mesma forma que não gosto que forcem comigo não vou forçar você.
— Não, não é isso... – Pensou brevemente nas palavras. – Você chamou mais atenção por ser assim, independe, direta, dizer o que pensa mas com respeito, a sua personalidade que me encantou.
— Em poucos dias? – Ela sorriu alegre.
— Sim, sei que pode ser meio estranho.
— Não acho, a gente do nada tá vendo um filme e fala: "Nossa eu pegava muito olha que lindx." – Disse tirando um riso baixo dele e falando a palavra com xis.
— É. – Já não sabia mais o que falar, mas a ansiedade de continuar um assunto era maior que o silêncio sendo tomando pelo o som do mar. – Você já foi no pequeno pier que tem aqui?
Ela pensou torcendo a boca.
— Não, não lembro do papai levando a gente ao pequeno pier.
— Posso te levar se quiser.
— Conhece aqui também?
— Quem não conhece aqui?
Era meio óbvio, lá era a melhor praia da cidade, além de ser linda, uma pintura divina, levava a fama de onde as coisas mais surreais que você já desejou fazer acontecesse.
— Acredite, a . – Se levantou e com a ajuda dele dobrou a toalha que o vento não deixava. – Ela nunca veio para esse lado, só na outras praias, não sei se os pais não deixam por causa da reputação da praia ou por falta de oportunidade.
— Isso é novidade para mim. – Andavam lado a lado. – Ela veio com você então, imagino que entre as duas é a única que dirige.
— Exatamente.
Um tempo depois de andar ao lado dele.
— Chegamos.
—Realmente não vim aqui mais nova.
— Eu vinha com meus amigos do colégio, fazíamos competição de salto. – Apontou para o fim do pier.
— Você ganhava?
— Não sempre, mas eu tinha uns saltos bonitos.
— Devo imaginar. – Falava com um sorriso nos lábios.
— Eu vou nadar, quer ir comigo?
— Vamos!
Colocou tudo no chão e foi correndo pelo pequeno pier, ela se jogou na água e logo foi com ela. Nadavam juntamente porém com pouco tempo por conta do oxigênio, ao subirem, ela já estava com os braços envolta do pescoço dele.
— Você acredita que os desejos mais surreais acontecem aqui? – Ele a questionou enquanto fazia carinho no rosto dela.
— Mas é claro, acho que depende muito da pessoa. Você tem um?
— Tenho.
— Qual? – Ela estava curiosa.
Ele olhou para as pedras que tinham ali perto, e voltou o olhar para a garota. Puxou para mais perto de seu corpo, cochichou ao pé do ouvido a fazendo arrepiar, a voz com tom malicioso despertou o interesse de fazer ser real.
— Vamos.
— Você tem certeza?
— É claro, vou fazer seu desejo surreal ser o meu agora. – Saíram da água.
— Eu ainda não acredito.
— Você vai achar muitas garotas legais. – Pegou suas coisas e voltaram a andar. – Mas acredite amor, você nunca vai achar uma garota como eu. – Mordiscou os lábios.
•
Um tempo depois, eles voltaram para onde deixaram e Mike. Bobos e voando na nuvem depois do maravilhoso momento.
Ainda naquele dia haveria uma festa, com um outro DJ; Desta vez, as duas se arrumaram no quarto de , estava bem ansiosa para saber o que Mike tinha a dizer, seu maior medo era nitidamente que aquele um dia ao lado desse fosse apenas mentira para saciar ela.
— Respira, se fosse isso ele não ia esperar que a festa onde vamos estar cem por cento só de biquíni para dizer que ele não quer você.
— Eu espero.
— Olha aqui. – Colocou o batom em cima da penteadeira. – Eu não passei cinco anos falando de empedramento à toa viu garota. – A fez rir muxoxo. – Então pare, você vai ficar bem mesmo se ele terminar com você. – Tomou cuidado nas palavras, não queria machucá-la. – Mas sinceramente e sem querer dar falsa esperança pois não sou assim, eu tenho quase que certeza que não vai ser isso.
— É, prometo tentar.
— Certo, então vamos, chega de remoer as ideias negativas.
— E você e ?
— Ele é legal. – Parou perto da porta. – Mas você sabe que só haverá um relacionamento se despertar o amor em mim.
— Torço para que isso aconteça com você, e não falei quando.
— Obrigada, não preciso de mais nada com suas torcidas. – Elas riram.
Faltava mais dois dias para acabar aquele feriado, e aquele mar de maravilhosidade que era a casa e tudo mais. revezada a atenção para os amigos e para . Com tudo isso acontecendo, o jeito único dela, o sorriso, os olhos que lembrava o mar, tudo era perfeito e fascinante. Se falar para ela que, provavelmente um sentimento por ela nasceu em seu coração, as coisas poderiam desandar, ou não.
— . – Ela disse se aproximando, e o abraçou.
— Oi . – Se afastaram da rodinha. – Tudo bem, parece meio preocupada.
— Você viu a ?
— Não.
— Agora realmente preocupada.
— Quer ajuda para encontrá-la? – Ele perguntou olhando em meio a multidão.
— Não, precisa eu já a achei.
olhava em direção da praia, ela estava com Mike, jogando água um no outro.
— Mais calma?
— Sim, achei que ela ia ter um infarto, ele queria falar seriamente com a e claro fiquei preocupada.
— É isso que me faz querer ficar, mas perto de você. – Selou seus lábios brevemente.
sabia que aquilo não era bom, a entonação na voz dele demonstrava afeto, um que ela nunca quis saber por um bom tempo por livre espontânea escolha. Mas esperava que fosse efeito de ficarem juntos, ela também se sentia bem perto dele – não queria dizer que o amava ou criava um sentimento em seu coração pois isso não existia – retribuiu o beijo agora deixando o copo encima da mesa.
— Vamos dançar? – convidou, e ela concordou.
Eles dançaram, perto da piscina, onde todo mundo – ou quase, se jogava para se refrescar daquele calor. Beijos, bebidas e pegadas com segundas intenções descrevia tudo entre os dois casais, principalmente e .
•
Dias passaram, e fez questão de sempre mostrar que não havia mais nada do que os quatro dias de puro prazer e um lance entre eles, e aquela noite de luau seria o último para eles ficarem juntos.
bateu na porta de e a esperou, o vestido azul dela tinha um contraste tão bem com os olhos dela quanto os fios rosa. Segurou a mão dela depois de um selinho e desceram para o luau; Todos estavam envolta da fogueira, guardou um lugar para o casal se sentarem por perto.
— Antes da dupla começar a tocar, queria agradecer todos que vieram aqui e fizeram parte, foi bem especial, divertido e incrível receber todos vocês, eu espero que tenham gostado desse feriado. – Rafaela recebeu uma salva contagiante e se retirou do pequeno palco.
— Você acha que ela vai fazer outro? – perguntou.
— Pode ser que sim, foi um sucesso esse, o que você acha? – olhou para .
— Vai sim só que garanto que não vai ser aqui.
— Pronto, mas um momento para você desfrutar. – disse a .
— Mereço. – riu.
E quem disse que ficaria apenas na calmaria do luau? Um tempo depois da dupla se retirar a música eletrônica começou a tocar, copos coloridos por todo lado a mesa de comida era colocada pela a equipe contratada; só queria dançar, beber tirar fotos e curtir as últimas horas com .
Malas prontas, e tinham entregado suas chaves para a moça e se despedido de Rafa, agora era rumo a realidade.
Descendo as escadas, procurava e a amiga dela, também Mike já que depois daqueles quatro dias os dois começaram a namorar, entretanto apenas avistou Rafa com uma taça de suco na mão.
— Rafa. – Chamou.
— , bom dia.
— Bom dia. – Estava apressado nas palavras. – Onde está ?
— Ela já foi, junto de você queria alguma coisa?
— O telefone dela.
Então a conversa de não querer se relacionar era verdade, agora tudo para ele fazia sentido, mas pensou em tentar algo a mais depois daqueles dias, para ele que não a conhecia muito bem, pensou que se tentar alguns encontros fora da Sea & Sun, as coisas poderiam acontecer.
— Aqui. – Entregou o celular dela. – Pode anotar. – Passou inocentemente.
— Obrigado Rafa, já vou indo.
— Eu que agradeço , espero te ver na próxima festa.
— Claro que virei, você sabe disso.
pegou a chave de seu Jeep e saiu rumo a sua casa, esperava que a ligação não assustasse ela, e que fosse deixar o clima deles ainda mais vivo.
•
Em casa, com sua roupa surrada, editava as fotos para colocar no Instagram, outras enviava para sua amiga, assim o feed dela ficava na perfeição de bloguerinha. Quando mandava a última seu telefone tocou, o número desconhecido a fez atende normalmente, cobrança sabia que não era.
— ?
— Sim sou eu, quem fala?
— .
— Como você pegou meu número? – Quase surtava. – Eu não te passei.
— Eu me esqueci de pedir, queria saber se você... – Ela o interrompeu.
— Calma, eu realmente acho que você não entendeu, eu não estou interessada em namorar, não sinto a necessidade de ter um homem para compartilhar quase tudo. Eu deixei bem claro isso na última noite que ficamos.
— Mas isso pode mudar.
— Não! – Andava de um lado para o outro. – Eu deixei isso bem claro, não muda assim de repente, você precisa entender, eu não sou igual as outras, o relacionamento para mim não é o mais importante. Eu vou desligar tenho coisas a fazer.
E da mesma forma que a ligação começou ela terminou, o garoto ficou no escuro sem entender o porquê insistir em deixar o namoro para segundo plano.
A noite passou e ela foi dormir bem tranquila, esperava que mesmo com as palavras um pouco histérica no telefone ele tinha entendido tudo.
•
De costume chegou quase em cima da hora, guardou o lugar para a amiga e ficaram esperando o professor chegar, mas nada dele afinal o homem nunca era de se atrasar.
— Boa noite. – A moça da secretaria surgiu. – O professor não vai poder vim hoje, então quero pedir que vocês fiquem na sala no período da aula dele, que depois a próxima aula irá ser aqui.
— Obrigada. – agradeceu. – Dá para acreditar, me ligou ontem a noite querendo dar continuidade com o que aconteceu.
— Você falou que não é sua prioridade namorar?
— Sim, é claro que falei isso, mas acho que ele está literalmente apaixonado por mim.
— E quem não estaria.
— Não é para estar amiga você sabe disso. – Batinha as unhas na mesa.
— Olha, escuta com calma, não estou dando ordem nem nada, mas conselho de amiga irmã ok? – Viu concordar. – Converse com ele, não são todas mulheres que são como você, personalidade super forte, conversar é uma boa opção mesmo com sua tamanha sinceridade.
Aquele pequeno silencio ficou entre as duas até responder.
— Vou marcar com ele, espero que entenda.
— E se der vontade das noites vocês se reencontram.
— Depois eu que faço essas coisas de provocações não é dona . – Elas riram.
deixou conversando e enviou uma mensagem para , ele respondeu todo animado e ansioso para o próximo final de semana, na expectativa que tinha mudado de ideia. Porque não?
•
Ela o esperava no parque, ia pensar bem nas palavras, sabia que elas doíam bem mais que um “não”.
— Oi .
— Oi.
— Tudo bem?
— Tudo. – Respirou fundo. – Eu vou ser bem direta ao assunto sei que me exaltei no telefone mas queria pedir desculpas por isso. Deve ser bem difícil para você entender meu conceito, porém no momento o que eu mais dou valor é o ar da liberdade, não tive ainda e não desejo por enquanto em namorar não sinto que estou na hora.
— Então eu fiz tudo errado. – Se ajeitou. – Eu me apaixonei por você.
— Em quatro dias? – Arregalou os olhos.
— É. – Sorriu muxoxo.
— Só queria deixar uma coisa bem clara que desde que minha amiga falou eu estou pensando nisso.
— O que?
— Quando você quiser ir para a praia, onde todos seus sonhos surreais aconteça.
— Claro, claro. – Eles riram.
se formou, conquistou seu escritório e buscava uma casa na praia para então, viver da forma que mais gostava livre.
A verdade é que sempre assustava por onde ela passava, não era por conta dos seus cabelos rosa, do seu carro não ser renovado a cada ano mas sim pelas suas atitudes. não gostava de receber ordens, gostava de tudo do jeito que desejava. Gostava de ser livre, de ser ela mesma intensa e expressiva... Claramente, ela seguia a lei, a verdade é que ela gostava da liberdade e respeitava tudo que não podia ser desviolado, pode ser meio complexo para poder compreendê-la.
Estava saindo da faculdade às onze horas da noite, cansada, com sono e morrendo de vontade de comer uma pizza naquela sexta e passar o final de semana mofando em casa, apenas estudando, entretanto:
— Você vai à festa da Rafa?
— Não decidi ainda.
— É uma pena se você não for, sentirei tanta sua falta.
— Um drama assim é quase impossível falar que vou pensar.
— Então você vai? – Viu a alegria da amiga.
— Não Quel. – Ria. – Porém ainda estou decidindo vou.
— Vou torcer para você decidir que vai, e de quebra vou enviar a foto novamente da festa.
— Não desiste né? Mas você me conhece.
— A cinco anos amiga, desde o começo desse curso quando seus cabelos eram loiros ainda.
— Bom assim você não se decepcionar comigo, vou indo, não esqueça de enviar as fotos da aula que eu faltei?
— Não vou, envio ainda hoje ou amanhã.
— Sem pressa quero para final de semana mesmo.
— Agradeço, beijo até segunda.
— Até amiga.
Dirigia para a casa com seu pensamento longe, mas sempre atenta aos sinais e movimento do trânsito. Fazia tempo que não ia em festas, mas também não gostava muito das festas da Rafa, sempre tinha brincadeiras desnecessárias, outras que dava vontade até de jogar fora os itens da brincadeira. Chegou, tomou banho cuidou bem dos seus fios rosas e comeu algo qualquer. Iria pensar melhor amanhã, afinal teria o sábado inteiro para mofa no sofá assistindo Netflix.
A manhã toda foi maratonando Sex Education, passou para alguns filmes clichê e por fim, pegou suas folhas de fichário. Estava no seu último ano da faculdade, seu TCC era para daqui alguns meses e o estágio foi a melhor coisa que havia acontecido naquela semana, depois de Nikki ter aprovado todo o desempenho da garota, ela a efetivou; Deu a ela cargo temporário de auxiliar de arquitetura, já que se formava logo e iria seguir corretamente com .
Passou o tempo e ela recebeu um áudio de sua amiga, o produziu e era referente a foto da matéria que ia enviar.
"Agradeço salvou meu sábado de estudos."
"Não precisa agradecer, vou mandar a foto do convite da Rafa porque acho que você não tem mais."
"Aí, tava ocupado espaço no celular, obrigada, agora vou voltar a estudar."
"Beijos monamour até!"
Estudou as fotos que recebeu de e passou para suas folhas de fichário. Mas aquela foto da festa, ela brilhava para si, era um convite que estava mexendo com as possibilidades de trocar a ideia de ficar em casa.
— Bom, isso não vai fazer tanta diferença agora. – Deu de ombro. Olhou para convite e enviou para o seu e-mail, assim podia apagar do celular.
Sábado passou assim como domingo, um dia de sol lindo com os pássaros cantando. Ajeitou o material do dia seguinte e se preparou para uma noite de sono.
— Bom dia Nikki. – Entrou no escritório. – Como você está?
— Bom dia , bem, pronta para pedido?
— Claro, sorriu, vamos? – Ajeitou a alça da mochila.
— Aqui. – Entregou uma pasta verde. – Seu projeto, análise, refaça o desenho se quiser e traga-o até aqui para poder avaliar e chamar a proprietária da casa.
— P-Projeto? – Gaguejou sem desejar. – Eu vou fazê-lo e entrego ainda hoje.
— Obrigada, Nikki.
Sua chefe sorriu e atendeu o celular que acabava de tocar. Mesmo não gostando de receber ordem era fundamental para seu desenvolvimento no estágio e pode conquistar seu pequeno escritório para ser sua própria chefe – mas odiava saber que precisava ficar ali ainda seguindo a risca as ordens. Horas naquele projeto que decidiu desenhar um outro, colocou tudo da forma como a cliente queria e depois levou até Nikki.
— Perfeito, vamos fazer a reunião com a cliente e com a aprovação dela eu envio a equipe para poder começar.
— Mas já? – Estranhou a rapidez da mulher.
— Sim, ela deseja para agora, antes de um evento que ela tem para fazer na casa dela.
— Hm, então tá, estarei na minha mesa ajudando outros arquitetos.
— Certo, depois eu te chamo.
Esperou, e esperou e esperou. Ajudou quem a precisava, almoçou e tirou algumas fotos no seu horário de almoço, também aproveitou para estudar alguma matéria do dia, afinal nunca se sabe quando o professor vai passar uma prova surpresa.
— ...Eu vou falar. – Dialogava com um funcionário. – Ah, , podemos conversar?
— Claro.
Estranhou a urgência nas palavras, e isso só piorava com a conversa que ela viu Nikki ter antes de se dirigir a ela.
— Com licença. – Adentrou. – O que posso ajudar? – Realmente não se sentia muito confortável dizendo aquelas palavras.
— A nossa cliente retornou, ela aprovou seu projeto, está vindo para cá hoje você poderia ficar mais um pouco antes de ir até a faculdade? Eu dou carona para você até metade do caminho, só que é meu percurso.
— Claro, sem problemas, eu vou então arrumar minhas coisas para fazer a apresentação pra ela.
— Se quiser posso fazer isso, e preciso saber se está tudo bem para você se eu assinar o projeto já que você não tem seu CAU? Você vai receber a mais já que o projeto foi todo seu.
— Não, tudo bem eu compreendo. – Viu sua chefa concordar com a cabeça.
— Quando ela chegar eu te chamo.
Tomava sua água, conversava com um colega de trabalho, e olhava alguns escritórios para poder comprar ou até mesmo alugar. Como sua mesa era de frente para o corredor principal ela tinha a visão do mesmo, foi quando viu Rafaela passando com sua bolsa grande e chamativa. Não podia ser que ela, sua colega de classe fez o pedido exatamente no lugar que ela estagia.
— ... Com isso o seu projeto ficou assim, vai conversar sempre com os fornecedores, apressar a equipe e conseguir entregar em dia.
— Eu agradeço, você e a sei que vão fazer um bom trabalho. – Lançou um olhar para a colega de turma, como se fosse cobrar ela a cada instante.
— Com certeza, ficará pronto em duas semanas.
— Assim fico mais aliviada, agradeço as duas. – Comprimentou com um aperto de mão as duas.
Dito isso, ela se retirou da sala. e Nikki terminam seus expedientes e como prometido a mulher levou sua funcionaria até metade do caminho, o que ajudou muito com as com a passagem, e por mera coincidência ela não tinha ido de carro aquela manhã.
Como sempre era passou a semana toda trabalhando e estudando. Vire e mexe Rafa a perguntava sempre sobre o progresso da reforma da casa – senhora casa – que ela tinha ganhado de seus pais por ter entrado em uma faculdade estadual. Aquilo realmente estava a deixando perturbada, no começo até respondeu as perguntas mas depois quando passou a ser apenas por pura irritação, com sua educação deixou bem claro que ela passaria responder todas as dúvidas delas quando a mesma estivesse no horário de trabalho dela, e isso não deixou um ar muito bom entre as duas.
— Fiquei sabendo que você tá fazendo o projeto da Rafa.
— Pois é. – Sentaram no banco de fora da faculdade. – Ela coincidentemente fez o projeto onde eu faço o estágio. – Olhou para a amiga.
— Casos do destino.
— Pior caso fala sério, ela literalmente quer saber de tudo quando eu quero estudar!
— Seria cômico ela chegar em você e pedir de última hora para mudar tudo.
— Pelo amor de Zeus, nem pense por favor!
— Não, eu vou torcer para você não ter essa mudança.
— . – Escutou Rafaela lhe chamar.
— Oi.
— Eu queria saber se você pode passar o número da sua chefe, fui olhar o contrato e o contato dela e vi que não tinha o mesmo.
— Claro.
Rafaela já estava preparada para anotar no celular quando recebeu o cartão de .
— Ai tem tudo, ela só não responde depois do horário de atendimento.
— Compreendo, obrigada .
— Por nada.
esperou a garota se afastar para iniciar a conversa.
— O que será que ela quer?
— Espero que não seja algo que Nikki surte. – Mexeu no cabelo. – Já basta ela me perturbando sempre.
— Nunca achei que uma estudante de arquitetura fosse ser tão complicada assim.
— Tem gente pra tudo Quel. Vamos? A aula logo começa.
A amiga concordou e voltaram para a aula.
No dia seguinte, recebeu a informação que o projeto de reforma da casa da Rafaela ia ser prolongado pois ela – a Rafa – havia conseguido uma reserva em uma casa na praia, o que logo ela relacionou com a festa que ironicamente seu celular tocou avisando que uma mensagem havia chego.
E claro, a festa havia um novo lugar, agora interessou mais ainda a menina em ir a festa, mesmo sendo com sua blusa larga e o shorts curto.
Escolhia um novo biquini na loja do shopping e um novo shorts para poder usar quando se cansasse de desfilar com seu corpo pela praia. Tudo comprado e o protetor solar também.
Estava bem ansiosa, sabia que a festa seria justamente no feriado, por isso a empolgação de Rafaela para poder fazer a party, que agora o nome fazia mais sentido "Sea & Sun"; Ía para casa se preparar para a aula, iria fazer uma pequena surpresa para a sua amiga que mal sabia que ela ia junto.
Pronta, de banho tomado e com o material correto na mochila e dirigiu rumo a faculdade.
— Olha quem chegou cedo. – disse ao vê-la na entrada.
— Para você ver, o que um dia de folga não faz. Oi amiga.
— Oi, escolheu um bom tempo então.
— Aí nem fala, olha essa noite quente, da vontade de viver em uma piscina.
— Bem sua cara. Você viu onde vai ser a festa da Rafa né? Ela fez alguma coisa agora ou não? Ela cancelou o projeto?
— Calma com as perguntas. – Ela riu. – Não lembra que eu falei que ela não cancelou só disse que não tinha mais pressa?
-— Ah é verdade. – Bateu de leve na testa.
— Prosseguindo, eu vi sim, eu até pensei em comprar algo como um maiô, mas vou ficar no biquíni.
— Você vai? – Olhou para a amiga.
— Terei que ir, o mar me chama.
— Amém! Não creio que você vai! Vamos ter fotinho juntas.
— Encher o feed das pessoas com nossa beleza.
— Total apoio. – Sentaram uma na frente da outra. – Queria avisar que eu não trouxe meu livro. – olhou para . – Sabe, não quero dividir comigo não?
— Eu não, se virá. – Brincou. – Senta junto do Mike. – Provocou.
— Isso é na hora certa, eu não vou sentar com ele por um livro.
— Por um livro não né, mas pelo o que ele tem de baixo do moletom sim não é? – Ria.
— Meu Deus. – Não conseguia conter a risada. – Eu não vou negar isso não.
— Viu, eu sabia, agora temos que ficar quietas. – Revirou os olhos. – O professor mala chegou.
— Ai que bela noite para se ter aula.
Aula chata, horas passando e a vontade de ir para a praia só aumentava. Em uma pequena roda que foi feito no pátio. Rafaela contou para aqueles que estavam ali, que teria atração para luau, algumas brincadeiras, muita bebida e comida, além de pessoas bonitas e só de roupa de praia.
Ia ser a festa de verão, isso não podia negar! E estava mais do que ansiosa para participar.
Seu celular despertou exatamente seis horas, entretanto já estava acordada estava arrumando tudo, esperava o momento que avisasse que já podia buscá-la, o que demorou duas horas. Com um vestido liso e bem soltinho, seu cabelo rosa em uma trança frouxa ela buscou a amiga; Cantaram e tirava as fotos, todas iam para um álbum para serem editadas mais tardes e envias ao Instagram.
— Chegamos. – Estacionou o carro na vaga ao lado de um Jeep.
— Um sonho passar o feriado na praia.
— Temos exatamente quatro dias para viver bem, por favor, fique com Mike antes que eu faça ele chegar em você. – Desciam do carro.
— Vejo que não tenho saída.
— Não claro que não.
— Esse lugar é grande. – Olhou para a casa segurando sua bolsa. – Será que é um quarto para cada um?
— Não, claro que não, deve ser só metade que a Rafa alugou.
— Estamos falando dela, não esquece. – Se referiu a aquisição financeira da garota. – Vamos entrar e ver como as coisas vão ficar.
— Está bem. – Quel suspirou apaixonada pela casa.
Entraram olhando todos os lados, era uma senhora casa, o piso branco de porcelanato todo bem cuidado, tinha alguns empregados andando pela casa, sem contar uma mulher bem vestida que foi na direção das garotas.
— Boa tarde. – Ela iniciou a conversa. – Sejam bem vindas ao Sea & Sun.
— Obrigada.
— Vocês terem seus respectivos quartos, qual o nome das senhoritas?
— .
— .
— Certo. – Olhava a lista. – Bem, venham vou mostrar o quarto de vocês. – Começaram subir as escadas. Passaram por algumas portas até parar em frente de uma. – Esse é o seu . – Entregou a chave. – E esse o seu. – Deu alguns passos com ao seu lado e entregou a chave para ela.
— Obrigada. O meu carro está estacionado em um lugar apropriado?
— Qual seria ele?
— Honda Civic V, Prata, o do lado do Jeep.
— Irei verificar, caso queira pode entregar a chave que o manobrista faz isso para você, quando descer pode pegá-la.
— Não irei recusar. – Pegou e entregou a chave. – Muito obrigada.
— Magina, e sinta-se em casa. – Olhou para as duas e desceu a escada.
— Isso não é real. – falou ao abrir a porta.
— E imaginar que quase hesitei em vim. – falou baixinho.
Os quartos eram grandes, não extremamente grandes mas maiores que o das meninas, a decoram sutil e bonita bem temática com a cor do mar e do pôr do sol, nada muito infantil, tudo na medida certa. Elas tiram um banheiro apenas para elas, com direito a banheira, que também era decorado com o tema da festa. E o closet, essa era uma aquisição memorável para , sempre deixou suas roupas na arara, porque era sua decisão, mas ela amou ter um closet apenas para ela. Um banho relaxante, roupa limpa por cima do novo biquíni e ela bateu na porta do quarto de .
— Desculpa eu me perdi na beleza do quarto.
— Realmente está perfeito, digno de trazer o Mike né?
— Você quer mesmo isso, sou sua vizinha de quarto.
— Relaxa que até lá eu não vou estar no meu quarto.
— Hmm. – Riram. – Eu nunca vi nada tão lindo assim na minha vida.
— Um dia você vai ter, vai ser uma arquitetura de sucesso e irá conquistar tudo.
— Assim espero.
Depois de pegar a chave e ter a certeza que o carro estava no lugar certo. As amigas foram para fora da casa, uma música baixa tocava na área de lazer. Ainda não tinham chegado muita gente, apenas um grupinho de meninos que ela não conhecia, a anfitriã da festa, e Mike e Lucca, todos perto da mesa onde estava os café da manhã ainda. A piscina estava com bóias coloridas. O sol, o som do mar ao fundo tudo estava maravilhoso!
— Sejam bem vindas. – Rafaela se aproximou das garotas com um copo na mão. – Como foi a viagem? Foi difícil chegar aqui?
— Obrigada. – agradeceu. – Tranquilo, costumava muito vim nessa praia com meus pais quando era mais nova.
— Sim, foi bem tranquilo não precisei dirigir. – As mulheres riram. – Agradeço pelo o convite.
— Não precisa agradecer. – Tomou seu Drink. – Sinta-se a vontade aqui em casa, com licença.
— Acho que está na hora. – Olhou para . – Anda vai conversar com ele.
— Não, sério agora não, deixa a festa começar que eu converso.
— Deixar ele ficar bêbado para conversar com ele. – Pegava o suco. – Acho prático pois assim se ele falar “não” ele não vai se lembrar. – Deu de ombro.
— Não é isso, é que.
— É que nada.
— entenda. – Deixou o copo na mesa e segurou ela pelos ombros. – Você precisa ir até ele e falar o que sente, já são cinco anos suprindo esse amor, o problema não é você ter seus lances, encontros ou como queira chamar ou um dia que passa com garotos, mas sim deixar esse amor nascer a cada segundo no seu coração e você não fazer nada por ele, mesmo que a queda do penhasco que você tem por ele seja bem grande.
— você está certa. – Sentiu a coragem tomando conta do seu corpo. – Eu vou sim falar com mas na festa, mas calma. – Via o olhar a amiga sobre si. – Vou me arrumar como nunca, mesmo se eu receber um não vou curtir a festa como nunca, e quem sabe com outro garoto.
— É assim que se fala Quel! Agora come um pouco para você não desmaiar vai. – Brincou com a amiga.
— Você vai ficar com alguém?
— Não sei, se eu ver alguém que me interesse, mas não vem falar de namoro.
— Eu sei, eu sei, não fico “forçando” mais isso. – Fez aspas com os dedos. – Acho que temos que ter um código.
— Como assim? – Sentaram perto do grupinho de desconhecidos. – Estamos lado a lado não quero ouvir seus gemidos com um homem.
— Meu Deus . – Ria gostosamente, os fios rosas dançavam com o vento e isso despertou a atenção de um dos garotos daquele mesmo grupo. – Você está pensando nisso?
— É claro, e quem não estaria?
— Eu é claro. – Riu docemente.
— Vai, quer pensar em que?
— Não sei... Uma levantada de copo junto de uma piscadinha?
— Aceito, por favor não esqueça de fazer isso.
— E você com aquele moço que vem vindo.
— , oi. – Mike sorriu para a loira.
Sentaram-se juntos e começaram a conversar. Aos poucos a casa ia deixando de ser silenciosa, dando espaço para as vozes, risadas e o som alto do DJ que foi contratado para a festa. Arrumadas e prontas para curtir elas brindaram o começo da noite com um bom copo de bebida.
O vento refrescante do mar ajudava naquele calor intenso; Ao longe viu se aproximar de Mike, torceu pela amiga e que ela conseguisse o que desejava por cinco longos anos e o beijo dos dois bem caloroso respondeu a torcida dela; Quel fez o sinal, levantou a bebida e deu uma piscadinha para e simplesmente desapareceu no meio daquele mar de gente.
Com seu body pde alças finas e a saia mais bonita que tinha, ela dançava ao som de alguma música que não conhecia porém era bem agradável para escutar e dançar. De relance via o mesmo garoto que olhou naquela manhã, ou melhor, naquele começo de tarde, ele a olhava de cima a baixo como se estivesse vendo pela primeira vez uma mulher livre.
era forte, com o cabelo penteado e ao mesmo tempo bagunçado com o vento, tinha um sorriso muito bonito e nitidamente os olhos brilhantes pela a garota de cabelo rosa. Não tinha tomado coragem de ir até ela, porém devagar e desviando das pessoas viu a garota se aproximar.
— Oi.
— Oi.
— . – Se apresentou enquanto dançava devagar para poder conversar.
— , eu nunca te vi pela faculdade.
— Ia dizer o mesmo, você estuda em outro período?
— Não, a noite. – Ela refletiu.
— Então acho que não somos da mesma faculdade. – Riu. – Você deve ser um amigo da antiga faculdade da Rafa.
— Amigos de colegial, explicado por não nos conhecemos.
— Acho tão incrível quem tem amizade desde o colegial.
— Você não tem? – Caminharam para perto da sacada.
— Não, ninguém era legal. – Disse sem desdém. – Mas pelo menos conheci a que a essa altura deve estar no oitavo delírio.
— Oitavo delírio.
— É. – Ela riu por não compreender. – Depois você vai entender, e a Rafa também, mas ficamos apenas no “colegas de classe”.
— Ela é bem legal, fazia tempo que não nos víamos e ela me convidou.
— Eu me perguntou por que não convidar você.
— Brigamos um tempo atrás, mas o assunto.
— Não tudo bem. – O interrompeu. – O importante é que tudo está bem.
— Estava vendo você de longe, e impossível não se encanta por você.
— São seus olhos, mas sim sou bem encantadora, você também é bem sedutor.
— Acho que qualquer um com roupa de praia fica sedutor.
— Vou ter que concordar com você.
— Um bom exemplo é você, está muito sedutora. – Tirou uma risada gostosa dela. – Não sei se você aceita. – Pedia permissão desde já. – Mas eu não consigo deixar de desejar de beijar esses lábios.
— Sinta-se a vontade para isso.
tirou os fios dela que estava grudado no Gloss, e a beijou, intensamente; Cheio de desejo dos dois, não por amor, mas atração sexual. Era para isso que eles estavam lá.
Soltaram do beijos sentindo seus corpos roçavam um no outro, o fôlego havia acabado mas o desejo não. Os beijos que eram colocados nos lábios de , passaram a ser depositados entre a mandíbula e o pescoço dela.
Já não se aguentavam mais, com isso, deixaram os copos de qualquer jeito em qualquer lugar e foram para o quadro de , talvez lá seria uma boa opção.
Trancou a porta tirou seu calçado de qualquer jeito é a levou para a cama devagar, os beijos eram intenso e cheio de emergência, como se ambos não aguentasse mais ficar com aquelas poucas peças de roupas. Sem dificuldade ele conseguiu tirar a roupa dela e o mesmo com ele. Fazia tempo que não sentia um sexo tão caloroso como aquele, se a brisa do mar fresca estivesse assim para todos lá fora, seria nítido dizer que para aquele quarto era nada para apagar o calor entre eles.
A manhã amanheceu tão maravilhosa que era impossível comprar a qualquer outro dia.
já estava em seu quarto terminando de cuidar do cabelo, até porque fios rosas não ficam perfeitos para sempre; Verificou o celular para ver se continha uma mensagem de , porém nada ainda. Não ia se preocupar só se ela não aparecesse depois de vinte quatro horas.
Saiu do quarto e se deparou com ele, . O homem tinha um sorriso grande nos lábios e uma pequena marca no pescoço.
— Bom dia. – Disse o homem, com um sorriso de lado.
— Bom dia, . Como foi a noite? – Retribuiu o sorriso com um pouco de malícia.
— Foi boa, quente, com muitos beijos. – Médio as palavras pois estavam em público. – E a sua?
Ela parou na frente dele, o abraçou e cochichou ao pé do ouvido:
— Daria tudo por um second round.
— Podemos fazer isso quando quiser.
— Veremos, quero ir a praia hoje. – Voltaram a andar. – Vou ver se a vai junto.
— a sua amiga, certo?
— Melhor amiga, ela é metade de mim já.
— Tudo isso em cinco anos. – Estava surpreso.
— Meia década . – Olhou para ele. – Isso é muito para uma amizade já.
— Meia década é muita coisa, mas se ela não quiser ir eu vou com você.
— Ou eu posso ir sozinha, ela só iria porque gosta de tirar fotos, deixar o feed bem bonito. – Falou isso pois sabia que ela não ia perder mais tempo com Mike.
— Não acha meio, perigoso?
— Não. – Sentaram-se a mesa. – Não vejo perigo, posso ser muito perfeita como um cristal mas frágil igual não sou.
Deixou ele sem respostas, não estava acostumado com uma garota tão empoderada, via muitas se alto elogiar, dizer que conseguia se proteger mas ela, ela era única.
— Ela é assim, você se acostuma. – se aproximou. – Bom dia flor do dia!
— Bom dia Quel.
— Passou a noite bebendo?
— Ah sim, um drink maravilhoso. – Ouviu rir e logo percebeu o duplo sentido. – Não nesse sentido, mas foi uma noite maravilhosa.
— Quanto mais você arruma pior fica. – ria.
— Vou tomar meu café, cadê Mike?
— Ali.
— Bom dia.
— Mike, esse é , ele vai tomar café da manhã conosco. – mudou de assunto completamente.
— Ótimo, seja bem vindo.
— Obrigado.
— Vai a praia hoje ?
— Vou sim, vamos? – Olhou para seu amor.
— Se você quiser, vou aonde você for.
— Nossa pior que doce bem açucarado, vem também ou quer ficar com seus amigos?
— Eu alcanço vocês.
— É fácil achar a gente. – zoou a amiga.
— Nossa engraçadinha. – Eles riram.
e subiram para colocar suas roupas de praia. Passou protetor no corpo e levou junto da bolsa; Eles desceram para a praia através de uma portinha que tinha no fundos da casa, a mesma estava aberta e com um segurança de prontidão – Com roupas finas é claro, desceram os três, as meninas ficaram juntas, tiraram fotos e entraram no mar, Mike se aproximou depois delas sendo assim tendo apenas para ele.
E deitada sobre sua toalha de praia, ela se bronzeava, não esperava que aparecesse lá junto a eles.
— Oi, desculpa a demora. – A voz dele a surpreendeu.
— Não esperava você vim. – Sentou. – Vem juntar-se a mim. – Bateu na toalha para ele sentar.
— Você é tão diferente, no bom sentido.
— Eu gosto, apesar que assusta algumas pessoas porém já me acostumei com isso, se você não se sentir muito a vontade pode se afastar não tem problema. – Foi sincera. – Da mesma forma que não gosto que forcem comigo não vou forçar você.
— Não, não é isso... – Pensou brevemente nas palavras. – Você chamou mais atenção por ser assim, independe, direta, dizer o que pensa mas com respeito, a sua personalidade que me encantou.
— Em poucos dias? – Ela sorriu alegre.
— Sim, sei que pode ser meio estranho.
— Não acho, a gente do nada tá vendo um filme e fala: "Nossa eu pegava muito olha que lindx." – Disse tirando um riso baixo dele e falando a palavra com xis.
— É. – Já não sabia mais o que falar, mas a ansiedade de continuar um assunto era maior que o silêncio sendo tomando pelo o som do mar. – Você já foi no pequeno pier que tem aqui?
Ela pensou torcendo a boca.
— Não, não lembro do papai levando a gente ao pequeno pier.
— Posso te levar se quiser.
— Conhece aqui também?
— Quem não conhece aqui?
Era meio óbvio, lá era a melhor praia da cidade, além de ser linda, uma pintura divina, levava a fama de onde as coisas mais surreais que você já desejou fazer acontecesse.
— Acredite, a . – Se levantou e com a ajuda dele dobrou a toalha que o vento não deixava. – Ela nunca veio para esse lado, só na outras praias, não sei se os pais não deixam por causa da reputação da praia ou por falta de oportunidade.
— Isso é novidade para mim. – Andavam lado a lado. – Ela veio com você então, imagino que entre as duas é a única que dirige.
— Exatamente.
Um tempo depois de andar ao lado dele.
— Chegamos.
—Realmente não vim aqui mais nova.
— Eu vinha com meus amigos do colégio, fazíamos competição de salto. – Apontou para o fim do pier.
— Você ganhava?
— Não sempre, mas eu tinha uns saltos bonitos.
— Devo imaginar. – Falava com um sorriso nos lábios.
— Eu vou nadar, quer ir comigo?
— Vamos!
Colocou tudo no chão e foi correndo pelo pequeno pier, ela se jogou na água e logo foi com ela. Nadavam juntamente porém com pouco tempo por conta do oxigênio, ao subirem, ela já estava com os braços envolta do pescoço dele.
— Você acredita que os desejos mais surreais acontecem aqui? – Ele a questionou enquanto fazia carinho no rosto dela.
— Mas é claro, acho que depende muito da pessoa. Você tem um?
— Tenho.
— Qual? – Ela estava curiosa.
Ele olhou para as pedras que tinham ali perto, e voltou o olhar para a garota. Puxou para mais perto de seu corpo, cochichou ao pé do ouvido a fazendo arrepiar, a voz com tom malicioso despertou o interesse de fazer ser real.
— Vamos.
— Você tem certeza?
— É claro, vou fazer seu desejo surreal ser o meu agora. – Saíram da água.
— Eu ainda não acredito.
— Você vai achar muitas garotas legais. – Pegou suas coisas e voltaram a andar. – Mas acredite amor, você nunca vai achar uma garota como eu. – Mordiscou os lábios.
Um tempo depois, eles voltaram para onde deixaram e Mike. Bobos e voando na nuvem depois do maravilhoso momento.
Ainda naquele dia haveria uma festa, com um outro DJ; Desta vez, as duas se arrumaram no quarto de , estava bem ansiosa para saber o que Mike tinha a dizer, seu maior medo era nitidamente que aquele um dia ao lado desse fosse apenas mentira para saciar ela.
— Respira, se fosse isso ele não ia esperar que a festa onde vamos estar cem por cento só de biquíni para dizer que ele não quer você.
— Eu espero.
— Olha aqui. – Colocou o batom em cima da penteadeira. – Eu não passei cinco anos falando de empedramento à toa viu garota. – A fez rir muxoxo. – Então pare, você vai ficar bem mesmo se ele terminar com você. – Tomou cuidado nas palavras, não queria machucá-la. – Mas sinceramente e sem querer dar falsa esperança pois não sou assim, eu tenho quase que certeza que não vai ser isso.
— É, prometo tentar.
— Certo, então vamos, chega de remoer as ideias negativas.
— E você e ?
— Ele é legal. – Parou perto da porta. – Mas você sabe que só haverá um relacionamento se despertar o amor em mim.
— Torço para que isso aconteça com você, e não falei quando.
— Obrigada, não preciso de mais nada com suas torcidas. – Elas riram.
Faltava mais dois dias para acabar aquele feriado, e aquele mar de maravilhosidade que era a casa e tudo mais. revezada a atenção para os amigos e para . Com tudo isso acontecendo, o jeito único dela, o sorriso, os olhos que lembrava o mar, tudo era perfeito e fascinante. Se falar para ela que, provavelmente um sentimento por ela nasceu em seu coração, as coisas poderiam desandar, ou não.
— . – Ela disse se aproximando, e o abraçou.
— Oi . – Se afastaram da rodinha. – Tudo bem, parece meio preocupada.
— Você viu a ?
— Não.
— Agora realmente preocupada.
— Quer ajuda para encontrá-la? – Ele perguntou olhando em meio a multidão.
— Não, precisa eu já a achei.
olhava em direção da praia, ela estava com Mike, jogando água um no outro.
— Mais calma?
— Sim, achei que ela ia ter um infarto, ele queria falar seriamente com a e claro fiquei preocupada.
— É isso que me faz querer ficar, mas perto de você. – Selou seus lábios brevemente.
sabia que aquilo não era bom, a entonação na voz dele demonstrava afeto, um que ela nunca quis saber por um bom tempo por livre espontânea escolha. Mas esperava que fosse efeito de ficarem juntos, ela também se sentia bem perto dele – não queria dizer que o amava ou criava um sentimento em seu coração pois isso não existia – retribuiu o beijo agora deixando o copo encima da mesa.
— Vamos dançar? – convidou, e ela concordou.
Eles dançaram, perto da piscina, onde todo mundo – ou quase, se jogava para se refrescar daquele calor. Beijos, bebidas e pegadas com segundas intenções descrevia tudo entre os dois casais, principalmente e .
Dias passaram, e fez questão de sempre mostrar que não havia mais nada do que os quatro dias de puro prazer e um lance entre eles, e aquela noite de luau seria o último para eles ficarem juntos.
bateu na porta de e a esperou, o vestido azul dela tinha um contraste tão bem com os olhos dela quanto os fios rosa. Segurou a mão dela depois de um selinho e desceram para o luau; Todos estavam envolta da fogueira, guardou um lugar para o casal se sentarem por perto.
— Antes da dupla começar a tocar, queria agradecer todos que vieram aqui e fizeram parte, foi bem especial, divertido e incrível receber todos vocês, eu espero que tenham gostado desse feriado. – Rafaela recebeu uma salva contagiante e se retirou do pequeno palco.
— Você acha que ela vai fazer outro? – perguntou.
— Pode ser que sim, foi um sucesso esse, o que você acha? – olhou para .
— Vai sim só que garanto que não vai ser aqui.
— Pronto, mas um momento para você desfrutar. – disse a .
— Mereço. – riu.
E quem disse que ficaria apenas na calmaria do luau? Um tempo depois da dupla se retirar a música eletrônica começou a tocar, copos coloridos por todo lado a mesa de comida era colocada pela a equipe contratada; só queria dançar, beber tirar fotos e curtir as últimas horas com .
Malas prontas, e tinham entregado suas chaves para a moça e se despedido de Rafa, agora era rumo a realidade.
Descendo as escadas, procurava e a amiga dela, também Mike já que depois daqueles quatro dias os dois começaram a namorar, entretanto apenas avistou Rafa com uma taça de suco na mão.
— Rafa. – Chamou.
— , bom dia.
— Bom dia. – Estava apressado nas palavras. – Onde está ?
— Ela já foi, junto de você queria alguma coisa?
— O telefone dela.
Então a conversa de não querer se relacionar era verdade, agora tudo para ele fazia sentido, mas pensou em tentar algo a mais depois daqueles dias, para ele que não a conhecia muito bem, pensou que se tentar alguns encontros fora da Sea & Sun, as coisas poderiam acontecer.
— Aqui. – Entregou o celular dela. – Pode anotar. – Passou inocentemente.
— Obrigado Rafa, já vou indo.
— Eu que agradeço , espero te ver na próxima festa.
— Claro que virei, você sabe disso.
pegou a chave de seu Jeep e saiu rumo a sua casa, esperava que a ligação não assustasse ela, e que fosse deixar o clima deles ainda mais vivo.
Em casa, com sua roupa surrada, editava as fotos para colocar no Instagram, outras enviava para sua amiga, assim o feed dela ficava na perfeição de bloguerinha. Quando mandava a última seu telefone tocou, o número desconhecido a fez atende normalmente, cobrança sabia que não era.
— ?
— Sim sou eu, quem fala?
— .
— Como você pegou meu número? – Quase surtava. – Eu não te passei.
— Eu me esqueci de pedir, queria saber se você... – Ela o interrompeu.
— Calma, eu realmente acho que você não entendeu, eu não estou interessada em namorar, não sinto a necessidade de ter um homem para compartilhar quase tudo. Eu deixei bem claro isso na última noite que ficamos.
— Mas isso pode mudar.
— Não! – Andava de um lado para o outro. – Eu deixei isso bem claro, não muda assim de repente, você precisa entender, eu não sou igual as outras, o relacionamento para mim não é o mais importante. Eu vou desligar tenho coisas a fazer.
E da mesma forma que a ligação começou ela terminou, o garoto ficou no escuro sem entender o porquê insistir em deixar o namoro para segundo plano.
A noite passou e ela foi dormir bem tranquila, esperava que mesmo com as palavras um pouco histérica no telefone ele tinha entendido tudo.
De costume chegou quase em cima da hora, guardou o lugar para a amiga e ficaram esperando o professor chegar, mas nada dele afinal o homem nunca era de se atrasar.
— Boa noite. – A moça da secretaria surgiu. – O professor não vai poder vim hoje, então quero pedir que vocês fiquem na sala no período da aula dele, que depois a próxima aula irá ser aqui.
— Obrigada. – agradeceu. – Dá para acreditar, me ligou ontem a noite querendo dar continuidade com o que aconteceu.
— Você falou que não é sua prioridade namorar?
— Sim, é claro que falei isso, mas acho que ele está literalmente apaixonado por mim.
— E quem não estaria.
— Não é para estar amiga você sabe disso. – Batinha as unhas na mesa.
— Olha, escuta com calma, não estou dando ordem nem nada, mas conselho de amiga irmã ok? – Viu concordar. – Converse com ele, não são todas mulheres que são como você, personalidade super forte, conversar é uma boa opção mesmo com sua tamanha sinceridade.
Aquele pequeno silencio ficou entre as duas até responder.
— Vou marcar com ele, espero que entenda.
— E se der vontade das noites vocês se reencontram.
— Depois eu que faço essas coisas de provocações não é dona . – Elas riram.
deixou conversando e enviou uma mensagem para , ele respondeu todo animado e ansioso para o próximo final de semana, na expectativa que tinha mudado de ideia. Porque não?
Ela o esperava no parque, ia pensar bem nas palavras, sabia que elas doíam bem mais que um “não”.
— Oi .
— Oi.
— Tudo bem?
— Tudo. – Respirou fundo. – Eu vou ser bem direta ao assunto sei que me exaltei no telefone mas queria pedir desculpas por isso. Deve ser bem difícil para você entender meu conceito, porém no momento o que eu mais dou valor é o ar da liberdade, não tive ainda e não desejo por enquanto em namorar não sinto que estou na hora.
— Então eu fiz tudo errado. – Se ajeitou. – Eu me apaixonei por você.
— Em quatro dias? – Arregalou os olhos.
— É. – Sorriu muxoxo.
— Só queria deixar uma coisa bem clara que desde que minha amiga falou eu estou pensando nisso.
— O que?
— Quando você quiser ir para a praia, onde todos seus sonhos surreais aconteça.
— Claro, claro. – Eles riram.
se formou, conquistou seu escritório e buscava uma casa na praia para então, viver da forma que mais gostava livre.
Fim
Nota da autora: Bom amores, eu realmente espero que tenham gostado da fanfic ❤
“Comentem o que acharam, obrigada pelo seu gostei, e nos vemos no próximo capítulo” – Alanzoka.
❤
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
“Comentem o que acharam, obrigada pelo seu gostei, e nos vemos no próximo capítulo” – Alanzoka.
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