Se ele sentia muito por não ter aparecido em sua festa de aniversário e também comemoração de natal, você também sentia muito. Mas, por si mesma e não por ele não ter aparecido, afinal, novos caminhos seriam trilhados dali em adiante.
Capítulo Único
Encostada à parede no meio da própria festa de aniversário se sentindo uma completa idiota era como eu me encontrava no momento que eu me dei conta. Meus olhos estavam prontos para soltar as lágrimas presas, mas, eu insistia em descontar nas taças de vinho que magicamente paravam em minhas mãos.
De longe algumas pessoas me olhavam com medo de se aproximarem, outras sorriam e me desejavam feliz aniversário conforme iam chegando e acabavam recebendo sorrisos mais falsos que qualquer outra coisa.
O parabéns já havia passado, todos estavam se divertindo e eu não podia sequer pensar em outra coisa que não fosse no quanto eu era idiota por estar fazendo vinte e quatro anos e não estar aproveitando, em troca da minha diversão, eu estava quebrando a minha cabeça por esperar que realmente aparecesse.
Eu esperei por horas que ele entrasse pela porta principal da casa, talvez com falta de fôlego porque realmente se apressou para estar comigo naquela noite como havia prometido. Mas como uma cena em Slow Motion, lentamente eu notei que a noite só ficava cada vez mais escura e sempre que a porta se abria, nunca era ele entrando por ela com um sorriso nos lábios dizendo “amor, cheguei desculpa pelo atraso".
Eu estaria tão feliz, era como se eu esperasse que milhares de estrelas brilhassem só para mim com um momento daquele.
Mas, nada aconteceu.
Meu batom vermelho continuava intacto, meu vestido continuava impecável, mas a esse ponto, eu sabia que mesmo ele tendo dito que estaria ali, não havia ninguém para impressionar.
Errada estava eu em querer me vestir e sentir bem para o impressionar, afinal, esse também foi um dos pensamentos que me mostraram o quanto eu estava errada sobre esperar muito dele.
“Ele já deveria ter chegado” foi fácil de ouvir um dos amigos inseparáveis de infância de , comentar enquanto eu passava despercebida, pronta para pegar outra taça de vinho.
Até ele sabia sobre o quão errado aquilo parecia conforme trocava de olhar entre a minha pessoa e o relógio em seu pulso, com pesar no olhar toda a festa, o que era irônico, já que ele era contra o começo de tudo. Talvez ele soubesse desde o começo o que era bom para mim ou não, talvez eu devesse tê-lo escutado quando me avisou que aquilo não funcionaria.
Minha respiração descompassou de pouco em pouco conforme meu passos pararam ao lado do grupo de amigos que ainda não havia percebido minha presença. Minha cabeça explodiria a qualquer momento de tantas lágrimas que eu segurava, todos ao meu redor riam e eu olhava pela última vez pelo lugar para ter certeza do que estava acontecendo.
E eu me dei conta de que a única coisa que faltava era ele.
Eu queria ficar sozinha, queria que todos se fossem mas não seria certo, por isso fui até o final do corredor com pressa, em direção a porta do meu quarto. Já com as lágrimas saindo, ouvi meu nome ser chamado, era óbvio que não me deixariam ficar sozinha.
“”
A voz é conhecida, mas não a dele, de quem eu esperava.
— ? — minha voz rouca e meus olhos vermelhos com lágrimas já rolando, não saíram mais palavras além do nome e um soluço.
— Ei, Ei vem aqui — ele se aproximou em um abraço carinhoso e protetor.
— Ele sequer se — mais um soluço — ele sequer se prestou a mandar uma mensagem avisando que não poderia vir , o que eu sou para ele? alguém de finais de semana? Uma baita idiota isso sim.
— Eu disse que acabaria com ele se ele fizesse algo assim com você — ele me disse ainda no abraço, seu afago em minha cabeça era cuidadoso, ele queria me consolar da melhor forma possível — é seu aniversário e natal, você não deveria estar assim por alguém como ele.
— Eu sei! — eu disse em um tom mais forte, saindo de seu abraço — eu sou uma idiota, quando foi que eu fiquei assim?
— Vem — ele disse me puxando para o banheiro à nossa direita assim que viu movimentação próxima.
Ele trancou a porta assim que entramos, por alguma razão me conhecia bem, sabia de como eu estava nervosa naquele momento então apenas pegou em minha mão e se sentou de frente a mim no chão do banheiro mesmo.
— Suas mãos estavam muito trêmulas então achei melhor nós entrarmos aqui e conversarmos até que você se sinta melhor — ele disse respirando pesado.
— Você sabia que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde, não sabia? — perguntei entre soluços.
— Eu tentei te avisar que ele não te merecia, ) — ele respondeu sério — eu realmente tentei.
— Eu deveria ter te escutado — disse enxugando minhas lágrimas.
— Você pode sempre ser a última palavra — ele me disse sorrindo fraco — lembra o que eu te disse aquela vez?
— Não ame demais, alguém que te ama te menos — respondi lembrando de uma conversa que tivemos alguns meses atrás.
— Mesmo que tenham sido anos ou séculos de relação, se alguém que você amou demais te ama de menos, não te merece — ele me disse sendo sincero — procurei alguém que te ame demais assim como você faz.
— Obrigado — respondi, observando o mesmo que enxugava minhas lágrimas por mim.
— Estou sempre a seu dispor — Ele disse — agora, deveríamos descer e acabar com todos doces da mesa enquanto tomamos um porre.
— Brindes especiais? — sugeri fazendo com que ele soltasse uma risada abafada.
— Preparados por mim em pessoa ainda — ele sorriu segurando minha mão para que levantássemos do chão juntos — mas primeiro lava esse rosto, enxuga essas lágrimas que você chorou e agora tá com o nariz todo vermelhinho — ele tocou a ponta do meu nariz sorrindo fraco — te espero lá fora, tudo bem?
Eu assenti sorrindo fraco para ele enquanto ele saia pela porta.
— Lembre-se , você merece muito mais do que acha — ele disse antes de fechar a porta atrás de si.
Horas passaram e o gosto amargo continuava na ponta da minha língua junto do sentimento amargurado em meu peito. Mas, com um pouco mais de ânimo.
Mesmo com todos me perguntando se estava tudo bem e eu assentia com um sorriso fraco, ainda era incansavelmente triste lembrar que havia prometido aparecer. Então quando eu vi sua ligação, assim que me despedia das últimas pessoas ignorei de primeira.
Na terceira chamada foi quando decidi atender.
“”
Ele me chamou com o mesmo tom de “desculpa” de sempre e eu não emiti um som sequer na ligação.
“Eu sinto muito, eu não consegui sair a tempo”
Meu suspiro foi pesado e a risada irônica que veio em seguida foi meu único som desde que havia atendido.
“, Eu disse que sinto muito”
Ele reforçou me fazendo revirar os olhos.
“É, eu também ”
Respondi secamente.
“Passarei para deixar suas coisas que estão na minha casa na terça-feira depois do meu expediente, faça o favor de colocar as minhas em uma caixa para que eu possa levá-las.”
Aquela era a melhor decisão, ele e eu querendo ou não. Não tinha mais isso de talvez, porque se não existia mais o talvez, então já não existia mais nois os dois também.
Essa noite havia sido minha gota d’água.
“o que?”
Perguntou fingindo não entender.
“Você entendeu”
A chamada foi desligada por mim mesma, já não querendo mais ouvir desculpas.
Colocando um fim em todo tipo de insegurança a mais que poderia ser criada dali para frente.
De longe algumas pessoas me olhavam com medo de se aproximarem, outras sorriam e me desejavam feliz aniversário conforme iam chegando e acabavam recebendo sorrisos mais falsos que qualquer outra coisa.
O parabéns já havia passado, todos estavam se divertindo e eu não podia sequer pensar em outra coisa que não fosse no quanto eu era idiota por estar fazendo vinte e quatro anos e não estar aproveitando, em troca da minha diversão, eu estava quebrando a minha cabeça por esperar que realmente aparecesse.
Eu esperei por horas que ele entrasse pela porta principal da casa, talvez com falta de fôlego porque realmente se apressou para estar comigo naquela noite como havia prometido. Mas como uma cena em Slow Motion, lentamente eu notei que a noite só ficava cada vez mais escura e sempre que a porta se abria, nunca era ele entrando por ela com um sorriso nos lábios dizendo “amor, cheguei desculpa pelo atraso".
Eu estaria tão feliz, era como se eu esperasse que milhares de estrelas brilhassem só para mim com um momento daquele.
Mas, nada aconteceu.
Meu batom vermelho continuava intacto, meu vestido continuava impecável, mas a esse ponto, eu sabia que mesmo ele tendo dito que estaria ali, não havia ninguém para impressionar.
Errada estava eu em querer me vestir e sentir bem para o impressionar, afinal, esse também foi um dos pensamentos que me mostraram o quanto eu estava errada sobre esperar muito dele.
“Ele já deveria ter chegado” foi fácil de ouvir um dos amigos inseparáveis de infância de , comentar enquanto eu passava despercebida, pronta para pegar outra taça de vinho.
Até ele sabia sobre o quão errado aquilo parecia conforme trocava de olhar entre a minha pessoa e o relógio em seu pulso, com pesar no olhar toda a festa, o que era irônico, já que ele era contra o começo de tudo. Talvez ele soubesse desde o começo o que era bom para mim ou não, talvez eu devesse tê-lo escutado quando me avisou que aquilo não funcionaria.
Minha respiração descompassou de pouco em pouco conforme meu passos pararam ao lado do grupo de amigos que ainda não havia percebido minha presença. Minha cabeça explodiria a qualquer momento de tantas lágrimas que eu segurava, todos ao meu redor riam e eu olhava pela última vez pelo lugar para ter certeza do que estava acontecendo.
E eu me dei conta de que a única coisa que faltava era ele.
Eu queria ficar sozinha, queria que todos se fossem mas não seria certo, por isso fui até o final do corredor com pressa, em direção a porta do meu quarto. Já com as lágrimas saindo, ouvi meu nome ser chamado, era óbvio que não me deixariam ficar sozinha.
“”
A voz é conhecida, mas não a dele, de quem eu esperava.
— ? — minha voz rouca e meus olhos vermelhos com lágrimas já rolando, não saíram mais palavras além do nome e um soluço.
— Ei, Ei vem aqui — ele se aproximou em um abraço carinhoso e protetor.
— Ele sequer se — mais um soluço — ele sequer se prestou a mandar uma mensagem avisando que não poderia vir , o que eu sou para ele? alguém de finais de semana? Uma baita idiota isso sim.
— Eu disse que acabaria com ele se ele fizesse algo assim com você — ele me disse ainda no abraço, seu afago em minha cabeça era cuidadoso, ele queria me consolar da melhor forma possível — é seu aniversário e natal, você não deveria estar assim por alguém como ele.
— Eu sei! — eu disse em um tom mais forte, saindo de seu abraço — eu sou uma idiota, quando foi que eu fiquei assim?
— Vem — ele disse me puxando para o banheiro à nossa direita assim que viu movimentação próxima.
Ele trancou a porta assim que entramos, por alguma razão me conhecia bem, sabia de como eu estava nervosa naquele momento então apenas pegou em minha mão e se sentou de frente a mim no chão do banheiro mesmo.
— Suas mãos estavam muito trêmulas então achei melhor nós entrarmos aqui e conversarmos até que você se sinta melhor — ele disse respirando pesado.
— Você sabia que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde, não sabia? — perguntei entre soluços.
— Eu tentei te avisar que ele não te merecia, ) — ele respondeu sério — eu realmente tentei.
— Eu deveria ter te escutado — disse enxugando minhas lágrimas.
— Você pode sempre ser a última palavra — ele me disse sorrindo fraco — lembra o que eu te disse aquela vez?
— Não ame demais, alguém que te ama te menos — respondi lembrando de uma conversa que tivemos alguns meses atrás.
— Mesmo que tenham sido anos ou séculos de relação, se alguém que você amou demais te ama de menos, não te merece — ele me disse sendo sincero — procurei alguém que te ame demais assim como você faz.
— Obrigado — respondi, observando o mesmo que enxugava minhas lágrimas por mim.
— Estou sempre a seu dispor — Ele disse — agora, deveríamos descer e acabar com todos doces da mesa enquanto tomamos um porre.
— Brindes especiais? — sugeri fazendo com que ele soltasse uma risada abafada.
— Preparados por mim em pessoa ainda — ele sorriu segurando minha mão para que levantássemos do chão juntos — mas primeiro lava esse rosto, enxuga essas lágrimas que você chorou e agora tá com o nariz todo vermelhinho — ele tocou a ponta do meu nariz sorrindo fraco — te espero lá fora, tudo bem?
Eu assenti sorrindo fraco para ele enquanto ele saia pela porta.
— Lembre-se , você merece muito mais do que acha — ele disse antes de fechar a porta atrás de si.
Horas passaram e o gosto amargo continuava na ponta da minha língua junto do sentimento amargurado em meu peito. Mas, com um pouco mais de ânimo.
Mesmo com todos me perguntando se estava tudo bem e eu assentia com um sorriso fraco, ainda era incansavelmente triste lembrar que havia prometido aparecer. Então quando eu vi sua ligação, assim que me despedia das últimas pessoas ignorei de primeira.
Na terceira chamada foi quando decidi atender.
“”
Ele me chamou com o mesmo tom de “desculpa” de sempre e eu não emiti um som sequer na ligação.
“Eu sinto muito, eu não consegui sair a tempo”
Meu suspiro foi pesado e a risada irônica que veio em seguida foi meu único som desde que havia atendido.
“, Eu disse que sinto muito”
Ele reforçou me fazendo revirar os olhos.
“É, eu também ”
Respondi secamente.
“Passarei para deixar suas coisas que estão na minha casa na terça-feira depois do meu expediente, faça o favor de colocar as minhas em uma caixa para que eu possa levá-las.”
Aquela era a melhor decisão, ele e eu querendo ou não. Não tinha mais isso de talvez, porque se não existia mais o talvez, então já não existia mais nois os dois também.
Essa noite havia sido minha gota d’água.
“o que?”
Perguntou fingindo não entender.
“Você entendeu”
A chamada foi desligada por mim mesma, já não querendo mais ouvir desculpas.
Colocando um fim em todo tipo de insegurança a mais que poderia ser criada dali para frente.
Prólogo
— Eu disse que você merecia coisa melhor — sussurrou em meu ouvido enquanto dançávamos a música ensaiada por meses.
— Você só esqueceu de me contar que era você, né — respondi rindo do mesmo.
— Eu contei, você só estava bêbada demais para se lembrar — ele me disse sorrindo fraco.
apertava minhas mãos contra as dele gentilmente, como se não quisesse nunca mais soltá-la, ele suspirou e eu ainda o olhava surpresa.
— O que? — perguntei confusa.
— Eu te contei — ele respondeu sério — na noite em que eu me dei conta.
— E que noite foi essa? — Perguntei chocada.
me girou e encostou seu peito em minhas costas, me dando um abraço por trás.
— Na primeira festa depois do primeiro campeonato regional em que eu participei — Ele sussurrou em meu ouvido.
— Impossível, o seu primeiro campeonato regional foi no dia em que nos conhecemos através do seu ex melhor amigo — disse ainda confusa.
me olhou de lado com um sorriso nos lábios e eu finalmente pude entender o que significava.
— Oh! — exclamei sem palavras a acrescentar.
Ele riu da minha expressão, me deu um beijo na bochecha e sorriu.
— Eu soube desde o começo que você acabaria comigo mais cedo ou mais tarde — ele disse me trazendo para si — Eu só não sabia se seria de amor ou por ter o coração partido.
— Você só esqueceu de me contar que era você, né — respondi rindo do mesmo.
— Eu contei, você só estava bêbada demais para se lembrar — ele me disse sorrindo fraco.
apertava minhas mãos contra as dele gentilmente, como se não quisesse nunca mais soltá-la, ele suspirou e eu ainda o olhava surpresa.
— O que? — perguntei confusa.
— Eu te contei — ele respondeu sério — na noite em que eu me dei conta.
— E que noite foi essa? — Perguntei chocada.
me girou e encostou seu peito em minhas costas, me dando um abraço por trás.
— Na primeira festa depois do primeiro campeonato regional em que eu participei — Ele sussurrou em meu ouvido.
— Impossível, o seu primeiro campeonato regional foi no dia em que nos conhecemos através do seu ex melhor amigo — disse ainda confusa.
me olhou de lado com um sorriso nos lábios e eu finalmente pude entender o que significava.
— Oh! — exclamei sem palavras a acrescentar.
Ele riu da minha expressão, me deu um beijo na bochecha e sorriu.
— Eu soube desde o começo que você acabaria comigo mais cedo ou mais tarde — ele disse me trazendo para si — Eu só não sabia se seria de amor ou por ter o coração partido.
FIM!
Nota da autora: Galera essa foi curtíssima mas foi gostosinha. A gente pensou mais em como a pp ia sofrer por um namorado babaca do que no depois, até porque, tava doendo no agora para ela, certo? Quem sabe não acabamos fazendo algo sobre a história dela e do segundo pp hahaha
Não esqueça de deixar um comentário no link da caixinha!!!!
Xoxo Caleonis e Jinie G
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