Capítulo Único
Se tinha uma coisa que gostava sobre Milton Keynes era o fato da cidade ser cheia de estacionamentos, ela tinha certeza que nenhuma cidade na Inglaterra tinha tantos lugares para estacionar o carro quanto a pequena cidade que ficava ao sudoeste de Londres.
A garota ativou o alarme do carro e correu pela rua sem movimento em direção a casa dos seus avós. evitava o máximo que podia voltar para a Inglaterra, odiava o clima e não tinha as melhores lembranças da cidade, mas o aniversário 60 anos de casamento dos seus avós era um motivo mais do que especial. Já preparada para as inúmeras perguntas que receberia de todos os seus parentes, ela respirou fundo antes de tocar a campainha, e sorriu ao ouvir o latido do poodle de seu avô.
- querida! - Sua tia Rose abriu a porta com um sorriso gigante e a puxou para um abraço apertado que ela retribuiu com o mesmo entusiasmo - Está tão linda! Faz tanto tempo que eu não te vejo!
- Um ano e meio, Rose - Foi Abby que respondeu com as mãos na cintura.
A garota respirou fundo enquanto encarava a sua mãe, e mais uma vez notou o quanto eram parecidas, não na aparência, mas no jeito. Desde pequena dizia que queria ir embora de Milton Keynes, ela nunca gostou da cidade, a violência era um dos principais motivos, mas o principal era que ela se sentia pressionada, sentia pressão da sua família, ela nunca foi a garota modelo e, por ter uma irmã mais velha que era praticamente perfeita, o que não faltava eram comparações. E após um incidente de alguns anos atrás, o relacionamento da sua mãe só piorou. Ela poderia pegar trem durante os fins de semana para ir visitá-los, mas ela nunca o fez. Seu pai era o que mais insistia, mas após um tempo ele entendeu que era melhor daquele jeito.
- Você emagreceu, - Ela continuou enquanto observava sua filha com um olhar julgador.
- Eu ando de bicicleta até o meu trabalho mãe, talvez tenha perdido uns quilinhos - respondeu segurando para não revirar os olhos, era sempre assim, sua mãe nunca fora muito boa em ser carinhosa com ela. Abby era extremamente exigente.
- Uns quilinhos? - Abby riu irônica.
- Não tem problema, Abby! Ela recupera tudo hoje, tem cada comida deliciosa que o seu pai fez, ! - Tia Rose sorriu para a garota que forçou um sorriso e a acompanhou até a sala de visitas, onde a garota foi enchida de beijos e abraços.
- Seu pai está na cozinha - Sua mãe disse, puxando-a de canto - Que corte de cabelo é esse? - A mulher perguntou fazendo uma careta.
- Eu também senti a sua falta, mãe - se aproximou da mais velha e abraçou - Vou dar oi para o pai.
saiu, mas antes pode perceber sua mãe tentando esconder um sorriso. Desde que a garota havia deixado a casa dos seus pais há cinco anos, para ir estudar na universidade de St. Andrews na Escócia, sua mãe a tratava desse jeito, a garota sempre ouvia de seu pai e da sua irmã que Abby estava morrendo de saudades, mas quando se encontravam, ela tratava com indiferença, sabia que sua mãe era péssima em demonstrar sentimentos, porque ela mesma era assim.
- Pai! - A garota gritou enquanto ia na direção do mesmo que sorriu no mesmo instante que viu a garota.
- Minha pequena! - O mais velho disse enquanto a abraçava - Estou todo sujo, tô terminando o bolo de morango que a sua avó gosta. Como vai o trabalho? Está gostando de Eastbourne?
- Está ótimo, a cidade é maravilhosa - A garota sorriu - Precisa de ajuda?
- Já tenho um ajudante querida, o - Seu pai disse abrindo um sorriso.
- Quem? - A garota perguntou confusa.
- .
arrepiou no mesmo instante em que ouviu aquela voz, fazia muito anos que não a ouvia, mas, apesar de mais grossa, ela continuava a mesma. A garota se virou, e se sentiu estúpida por não ter percebido a presença de outra pessoa na cozinha.
Apoiado na geladeira estava , o garoto que costumava tirar o sono de . Em sua opinião ele estava idêntico, apesar de estar bem mais alto e forte, mas a cara de convencido era exatamente a mesma. Ele sorriu para ela, e descruzou os braços, estava com um semblante bravo, mas isso não afetou de se aproximar da garota que tinha a certeza de que ele iria fazer algo horrível, preparou um soco com a mão direita, mas tudo que ele fez foi dar um beijo calmo em sua bochecha.
- Como vai, ? - Perguntou o garoto ainda muito próximo dela.
- Porque se importa? - A garota perguntou cruzando os braços.
- ! - Seu pai a repreendeu.
- Não tem problema, Andrew - disse sorrindo - Eu e nunca fomos muito próximos…
- Que isso, ! Vocês cresceram juntos! - Andrew disse olhando para os dois com a testa franzida.
Era verdade, e haviam crescidos juntos, mas nunca foram amigos. Ambos sempre tiveram personalidades fortes e completamente diferentes, eram raros os dias em que não discutiam e o fato de serem vizinhos não ajudava. O primo da garota era melhor amigo de e foi por meio dele que ela descobriu sobre as dificuldade que o rapaz passava. Por um tempo ela sentiu pena e prometeu a si mesma que seria mais paciente com ele.
Mas o garoto ao perceber que estava sendo tratado de forma diferente pela única pessoa que não se importava com as dificuldades que ele passava, decidiu ser ainda mais irritante, gostava do fato de não se importar com o fato dele ter sido abandonado pelo pai e não ter a melhor mãe do mundo. Muitas vezes se sentia péssimo ao ver os olhares de pena sobre si. E aos 13 anos, quando foi dado para adoção pela sua mãe, ele foi atrás da única pessoa que não se importaria com isso, ele foi atrás de .
Naquele dia, se assustou quando viu pulando a cerca do seu quintal, a garota já sabia da adoção e estava pronta para ser simpática com ele e ajudá-lo, mas não queria isso, ele começou a provocá-la como sempre. E foi naquele dia que percebeu que ela e o jogador de futebol nunca passariam um dia sem irritar um ao outro.
- Vamos filha, porque você e o não vão dar uma volta pela casa? Eu já estou acabando aqui mesmo, e daqui a pouco a sua mãe vai iniciar o karaokê e eu tenho certeza que vocês não querem participar. - Seu pai disse ao perceber a tensão que tomou conta da cozinha.
contrariada voltou a encarar , e com um aceno de cabeça pediu para que ele a seguisse, passaram com velocidade que era característica dos dois pela sala de visitas e de relance a garota pode ver a sua mãe preparando os microfones, agradeceu o seu pai mentalmente por livrá-la dessa. Se tinha uma coisa que não gostava era de cantar na frente de outras pessoas, apesar de gostar, ela não se sentia confiante o bastante.
Indicou a escada para o garoto que a seguia de perto. Quando já estava quase no segundo andar ela parou notando algo estranho.
- Você está encarando a minha bunda, não está? - Ela disse com as mãos apoiadas no corrimão e a cabeça levemente inclinada na direção do garoto.
- Eu culpo o seu jeans. - Ele respondeu segurando o sorriso - Sua bunda sempre me chamou a atenção e você sabe disso, mas nossa senhora, , você está muito gostosa.
A garota estaria mentindo se dissesse que não gostou do que ouviu, afinal quem não gostava de ser elogiada? Mas era que estava a elogiando e isso bastou para ela ficar ainda mais irritada, ela se virou de frente para ele e abriu um sorriso irônico.
- E você continha a mesma coisa horrorosa de sempre. - Ela disse, e não conseguiu encará-lo por muito tempo. Ela estava mentindo e ele sabia disso.
- Não mente, eu sei que também sou gostoso, várias garotas já me disseram. - Ele disse confiante e riu.
- Garotas que você paga para dizer isso não conta, . - A menina não o encarou, mas sabia que ele estava sorrindo, ela abriu a porta do quarto do seus avós e agradeceu por terem sidos os primeiros a chegar lá. Ela tinha a certeza que não seriam os únicos a fugir do Karaokê.
- Ouch! - fingiu-se ofendido, mas o sorriso no seu rosto entregava que ele estava se divertindo - Mal posso esperar pelo dia em que você vai finalmente admitir que está apaixonada por mim, .
- Só fecha a porta! Daqui a pouco eles vão começar a cantar Cyndi Lauper e eu realmente não estou a fim de ouvir “Girls Just Wanna Have Fun”. - pediu o ignorando completamente, ela não queria entrar naquele assunto de maneira alguma, ela observou as costas do jogador enquanto se sentava na cama de casal dos seus avós e se xingou mentalmente por seu fetiche por costas masculinas, ah como ela adorava.
- É um clássico, ! - disse, mas fechou a porta e se aproximou sem pressa da garota, e sorriu convencido mais uma vez antes de se sentar - Me diz, você está casada?
- O que? Claro que não! - A garota se assustou com a pergunta e sentiu o seu rosto esquentar, o medo de voltar a Milton Keynes era exatamente por conta dessa pergunta, e ela odiava que justamente que estava a perguntando.
- Oh, me desculpe! Mas a última vez que te vi você estava noiva. - Ele sorriu de lado, a primeira coisa que ele havia reparado na garota era se ela estava com um anel na mão esquerda, foi quase impossível esconder o sorriso ao ver que não tinha nada ali - Qual era mesmo o nome dele? Eu sei que começava com A…
- Não te interessa!
- Arthur! É claro, você queria continuar com o legado da sua família, todo mundo casado com alguém que o nome começa com a letra A! - Ele sorria de lado, sem dúvidas alguma irritar era uma de suas coisas favoritas.
- Eu vou mandar uma mensagem para a minha mãe e falar que você está muito a fim de cantar Cyndi Lauper. - disse enquanto pegava o celular do bolso traseiro da calça jeans e sorriu ao ver os olhos arregalados de que pediu desculpa para ela no mesmo instante - Porque você está em Milton Keynes? Veio ver a sua mãe? - Ela perguntou desesperadamente tentando mudar de assunto.
- Também - Ele sorriu - Mas foi seus pais que me convidaram, são grandes fãs é claro.
- Fãs de quem? Você? Meu pai torce para o Arsenal! - disse se exaltando um pouco o que fez com que o sorriso de apenas aumentasse.
- Mas é como a canção diz, você conhece ela, não conhece? É assim “We’ve got , , I just don’t think you understand, he only cost five mill, he’s better than Ozil, qe’ve got ”.
No instante seguinte estava em cima do jogador que gargalhava com vontade. Era sempre assim, a conseguia tirar do sério como ninguém, e ela se odiava por ser tão fraca desse jeito perto dele. Ainda em cima dele começou a fazer cócegas no garoto, sabia que era seu ponto fraco, a garota sorriu contente ao vê-lo pedir misericórdia.
não pretendia parar tão cedo, mas foi a porta abrindo bruscamente que a fez entrar em desespero, seu avô estava parado do lado de fora com a mão na boca e parecia tão assustado quanto ela. O senhor pediu desculpas e fechou a porta novamente, apesar dos pedidos de de que ele esperasse. A garota bufou derrotada e se jogou na cama ao lado de que segurava uma risada.
- Você se lembra de quando a sua mãe nos pegou nessa mesma posição e achou que estávamos transando? - Ele perguntou encarando que tinha os olhos fechados.
- Como esquecer, ela me fez limpar o quintal por um ano! - A garota disse segurando o sorriso.
- Eu gostava de você naquela época - disse enquanto apoiava a sua cabeça em seu braço se virando na direção da garota.
- Não gostava não, você me odiava, assim como eu te odiava. - preferiu não encará-lo, odiava quando ele começava com esse papo de que na verdade todo aquele ódio e anos de implicância eram na verdade um amor que o jogador não soube como demonstrar.
Ela lembrava muito bem a última vez que haviam se visto, foi durante o casamento da irmã mais velha de garota, Andrea, havia sido convidado, apesar dos protestos de , e durante a festa após o casamento, ele a chamou de canto, e com uma certa relutância ela foi. E como ela desejava não ter ido, foi assustador, na sua opinião, ver o garoto que ela odiou durante toda a sua infância dizer que estava apaixonada por ela.
Mas a pior parte foi quando ela disse para ele que estava noiva, conseguia entender o choque na cara do garoto, é normal se assustar ao ouvir que uma garota de 18 anos está noiva, ela própria se assustava ao lembrar disso. observou ir embora do casamento cabisbaixo e naquele momento, pela primeira vez ela questionou se não sentia o mesmo por ele. Mas ela decidiu que não voltaria a pensar nisso jamais. Três anos haviam se passado desde aquele ocorrido, agora estava formada e tinha uma vida estabilizada em Easbourne como jornalista, e o mais importante ela não estava noiva de ninguém. Já havia se tornado uns dos jogadores mais badalados de toda Inglaterra e tinha uma vida amorosa bem agitada. Não que procurasse se informar sobre. Claro que não.
- Quer fazer alguma coisa? - Ele perguntou claramente desapontado.
- O que? - A garota se virou para ele e por um momento vacilou, ele não tinha o olhar convencido no rosto e isso a deixou confusa.
- O que você quiser.
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- Estou tão feliz por vocês terem passado um tempo juntos! - Abby disse com um sorriso enorme no rosto, ela era abraçada de lado por , segurou a vontade de vomitar vendo aquela cena.
- Eu não estou feliz por ter passado um tempo com ele. - A garota respondeu após engolir outra garfada de bolo, e segurou a risada ao ver fazer uma careta para ela.
- O que foi que vocês ficaram fazendo? Perderam todo o show! - Abby disse ignorando a teimosia de sua filha. revirou os olhos porque sabia que o show que ela se referia era o karaokê.
- Jogamos baralho e truco. - respondeu sorrindo para a senhora que concordou com a cabeça.
- Eu ganhei todas. - disse confiante enquanto passava o dedo no prato agora vazio de bolo e levava aos lábios.
- Ganhou porque eu deixei. - O jogador disse cruzando os braços.
- Aposto que sim, querido, você sempre foi uma graça. - Abby disse fazendo carinho no braço do garoto que teve que segurar a risada ao ver o olhar de incredulidade de .
- Que é esse que você conhece mãe? Pode me apresentar? - A garota perguntou irônica e teve que fugir do tapa na bunda que vinha na sua direção dado pela sua mãe.
- Você fica na cidade até quando? - Abby perguntou vermelha enquanto encarava a sua filha que ria sem culpa.
- Até a amanhã de manhã. - Ele respondeu encarando com atenção a senhora.
- também! Vocês deviam fazer algo juntos! Por que não vão até o The Kensigton? - Abby perguntou enquanto encarava os jovens que pareceram surpresos com a proposta.
- Ir ao bar? - perguntou incrédula.
- Por o papo em dia! Afinal é um grande jogador, aposto que tem inúmera histórias para contar!
- Mãe, ele joga no Tottenham! - protestou irritada.
- Filha, o importante é o futebol bem jogado.
- Eu adoraria. - respondeu rapidamente ao perceber que sairia um xingamento da boca de - E não precisamos falar apenas de futebol, aposto que tem muita coisa para me contar.
- Você não faz ideia - bufou, e derrotada foi atrás de sua bolsa.
Ela se despediu das pessoas que ainda continuavam na festa e parabenizou mais uma vez seus avós pelo aniversário de casamento. Sentiu uma cutucada em sua cintura quando estava abaixada fazendo carinho no poodle de seu avô, e se irritou ao ver que era chamando-a, ela o seguiu até o lado de fora, e perdeu a conta de quantas vezes revirou os olhos por conta de seus parentes que os encaravam como se fossem ser o próximo casamento da família.
- Você tem um mustang? - perguntou de boca aberta completamente impressionada com o carro do garoto.
- Ser jogador de futebol tem as suas vantagens - sorriu enquanto abria a porta do passageiro para ela, e sentiu pela forma que ele a encarava que aquela noite não terminaria bem.
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- Qual é, , só uma cerveja, que mal pode fazer?
A garota revirou os olhos antes de encarar , que tinha um sorriso esperto em seu rosto, respirou fundo e pegou a Budweiser da mão do garoto. Realmente, uma cerveja não faria mal algum, mas o problema é que com , apenas uma não bastava.
- Você sabe que beber não é o meu forte, não é? - Ela disse enquanto levava a bebida aos lábios.
- Sim, eu sei. - Ele respondeu mais sério dessa vez - Perdi a conta de quantas vezes tive que te buscar em um bar quando você não tinha condição nenhuma de voltar para casa sozinha.
- E o engraçado é que a sua mãe sempre achou que eu era uma boa influência para você.
- É a sua cara de anjo, ela engana muitas pessoas.
sorriu para o rapaz que desviou o olhar e voltou encarar a pista de dança, que estava completamente vazia, com a exceção de um casal de idosos que dançavam abraçados, seu pensamento logo foi parar em novamente e ele se xingou por isso.
Voltando a encará-la pode ver que em apenas três anos ela não havia mudado muito, apesar de seu cabelo estar diferente, mais curto e mais volumoso, era a mesma que ele conhecia desde dos seis anos de idade, e teve a confirmação quando ela riu para o barman, não existia no mundo uma risada melhor do que a dela. Na humilde opinião de .
Quando ele recebeu o convite da família , no começo ele pensou em recusar, que nem já havia feito outras vezes, eles sempre o chamavam para passar o natal com eles, se sentia um intruso e sempre preferiu não ir, mas quando Abby disse que a sua filha mais nova também estava indo, ele não pensou duas vezes. Adiou a sua viagem para Ibiza e preparou o carro para voltar para casa, voltar para Milton Keynes.
Sua infância não foi fácil, e o mundo inteiro sabia disso. Muitas vezes desejou que a sua mãe não fosse a imprensa falar sobre. Quando era criança teve que se acostumar com os olhares de pena que recebia, e não queria que acontecesse o mesmo no futebol, não queria ser assunto dos jornais por conta das inúmeras dificuldades que havia passado, queria ser conhecido por ser um bom jogador de futebol.
- Vamos dançar, ? - Ele ouviu a voz suave de entrar nos seus ouvidos e se arrepiou de imediato.
- Não é possível, ! Quantos copos você já bebeu? - Ele perguntou desconfiado, porém se levantou do banco e deu a mão para garota que o puxava para a pista de dança.
- Apenas dois, dois pints. - A garota fez um biquinho e se aproximou mais do jogador - Mas você sabe que depois um copo e já estou UOU. - e fez uma dancinha ridícula assustando o casal de idosos que os encararam com reprovação - É tão estranho o bar estar vazio desse jeito, né?
- É segunda feira, as pessoas interessantes estão em outro lugar - Ele respondeu sorrindo de lado para garota que fechou os olhos como se estivesse com vergonha - Que foi?
- Eu te acho interessante, - Os olhos da garota brilhavam - Você não me acha interessante?
- Ok, chega de bebidas para você. - Ele disse enquanto pegava com habilidade o copo da mão da menina que não protestou, em vez disso ela o puxou para mais perto, abraçando-o pela cintura - , acho que está na hora de te levar para casa.
- Você não respondeu a minha pergunta. - Ela disse, ignorando-o por completo.
riu desacreditado, ela ainda precisava perguntar? Claro que ele achava interessante, sempre achou. Mesmo quando nova sempre teve muita personalidade e batia de frente com todos, e talvez tenha sido por isso que ela e começaram como inimigos. Com o tempo ele tentou mudar essa visão que ela tinha dele, mas a garota não acreditava nele, sempre achava que ele estava tramando algo.
E com o tempo só foi piorando, ele foi se apaixonando por ela, e o fato dela achar que ele a odiava fez com que os seus sentimentos ficassem retraídos. E quando ela se mudou para Escócia para estudar ele se sentiu um burro por nunca ter confessado o que sentia de verdade.
Durante o casamento de Andrea, irmã de , viu o momento perfeito, não a via há um ano, e estava decidido a não deixar a oportunidade passar. Enquanto ele falava que estava apaixonado por ela, viu nos olhos da garota a desconfiança e a incredulidade, mas após ela dizer que estava noiva quem entrou em choque foi ele. Vê-la erguer a mão e mostrar o anel foi como levar um soco no estômago.
Decidido a esquecer , ele saiu com várias garotas, o status de jogador de futebol ajudava, mas nenhuma chegou a deixá-lo encantado e intrigado como ela. E quando ouviu por meio de amigos que ela havia desistido do casamento, uma chama se acendeu em , uma chama que ele nem sabia que ainda existia.
jamais pensou que esse momento aconteceria. Ele estava dançando, abraçado com , e ela o encarava de uma forma diferente, ela nunca havia olhado para o jogador daquela maneira. Decidido a aumentar o contato entre os dois, ele a puxou para mais perto, a garota não protestou e isso foi o bastante para se sentir o homem mais feliz do mundo. Mal ele sabia que o melhor estava por vir.
aproximou o seu rosto para mais perto do jogador, e com calma juntou os seus lábios, no começo pensou em recuar, afinal ela estava bêbada, e ele tinha quase certeza de que ela não faria isso se não estivesse. Mas ele preferiu ignorar esses pensamentos e retribuiu o beijo com vontade, pediu passagem com a sua língua e cedeu, puxando-o para mais perto, os braços da garota estavam um pouco abaixo de sua cintura e o abraçaram com força. tinhas as mãos na cabeça da garota, hora nas bochechas, hora nos cabelos que insistiam em cair no rosto de . Após um longo tempo eles se afastaram, e para surpresa do jogador, ela tinha um lindo sorriso no rosto, ele se aproximou mais uma vez, mas dessa vez, apenas passou de forma carinhosa o seu nariz pelo rosto dela, enquanto sentia o seu cheiro e tentava guardar aquele momento com todos os detalhes, para nunca mais esquecer.
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Durante a sua adolescência havia aprendido várias coisas, e uma delas é que nunca deveria beber em Milton Keynes, nunca acabava bem. Mas é lógico que ela sempre quebrava essa regrar e de resultado acabava com a cara quebrada também. Quando ela acordou naquele dia de manhã, a primeira coisa que sentiu foi dor de cabeça, e a segunda foi o perfume de .
A garota se desesperou e se levantou da cama num susto, e ao constatar que estava nua, xingou como nunca havia xingado em toda a sua vida, mas fez tudo isso em silêncio, pois ela sabia como o jogador de futebol possuía um sono leve. Ela se levantou da cama, com muito cuidado e parou por um momento para apreciar as belas costas de , como ela o odiava.
começou a procurar as suas roupas e sentiu vergonha ao constatar que cada peça estava em um lugar diferente do quarto. Após longos minutos de procura ela se deu por vencida, sua blusa não estava lá. A garota sem saber o que fazer, sentiu vontade de chorar, mas se controlou, ela não podia acordar , ela tinha que sair daquele quarto de hotel o mais rápido possível.
Ela respirou fundo e pensou no seu próximo ato, ela não podia sair pelas ruas de Milton Keynes apenas de sutiã, não que ela nunca tivesse feito isso antes, mas agora era diferente, após muito esforço a sua fama de garota encrenca havia mudado na cidade, e ela queria preservar isso. E foi por isso que ela decidiu pegar a camiseta do jogador que estava em cima de uma cadeira. vestiu a blusa com rapidez e pegou a sua bolsa do chão, olhou mais uma vez para que continuava a dormir e segurou o sorriso que teimou surgir em seu rosto. Ele estava tão bonito dormindo, e ela estava indo embora sem se despedir e estava roubando a blusa dele. Ela era um monstro.
Parou na recepção do hotel para pagar a conta. Ela estava fugindo, o mínimo que podia fazer era pagar pelo quarto de hotel que eles haviam se hospedado. pensou em pedir um taxi, mas ao se dar conta de que o hotel era próximo da sua casa ela preferiu andar. A garota sorriu aliviada ao lembrar que havia parado o carro longe da casa dos seus pais, assim ela evitaria as perguntas que surgiriam. Após entrar no carro a garota começou a chorar e riu logo em seguida. Milton Keynes continuava a ser um lugar estranho para , e o acontecimento da noite anterior havia sido mais um desses momentos em que ela se questionava se havia sido bom ou ruim, mas como sempre, ela dificilmente iria esquecer.
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- você trouxe protetor solar fator 300, né?
Beth, amiga de longa data de perguntou, e apesar de já estar acostumada com essas piadinhas, a garota não pode evitar revirar os olhos e fazer uma careta para sua amiga, que gargalhou com as outras garotas que estavam na fila esperando para apresentar o passaporte e por fim serem liberadas.
- Estou levando fator 100. - Ela respondeu enquanto mais uma vez verificava a sua carteira para ver se estava tudo certo.
- Caramba! Nem sabia que existia fator 100! - Suzan, a outra amiga de implicou.
- Engraçadinha. - revirou os olhos - E para a informação de vocês, eu estou bem mais morena do que costumava ser, o sol de Eastbourne está me fazendo muito bem…
- O sol de Eastbourne? - Beth perguntou ironicamente - Ah me faça o favor, !
- Bom, eu não trouxe protetor, mas sim bronzeador, quero voltar da Grécia com a cor do pecado. - Mary disse fazendo todas as outras garotas rirem.
estava distraída rindo com as suas amigas e nem havia percebido quando a sua fila tinha andado, após receber um cutucão nada educado de um senhor, ela foi até o oficial mostrar o seu passaporte. Como esperado estava tudo certo, e finalmente ela estava liberada. A garota foi para o banheiro junto a Suzan e logo depois já estava com as suas amigas novamente. Ou amiga, porque apenas Beth estava lá e ela estava estressada.
- Meu Deus, o que foi? Demoramos tanto assim no banheiro? - disse enquanto se ajeitava.
- Não, lógico que não. É a Mary que eu não consigo achar, os garotos já estão aqui no aeroporto.
- O Math está com tantas saudades assim? - Suzan provocou, já que rapaz era o namorado de Beth, e assim como os outros garotos, ele havia chego há alguns dias na Grécia.
- Não foi ele que me mandou a mensagem, foi o . - A garota respondeu ignorando a provocação da amiga.
- , quem? - perguntou sentindo o coração acelerar.
- Como assim, quem? - Beth estranhou a atitude da amiga - O nosso .
- ? - tinha a mão no coração.
- Você conhece outro? - A outra voltou a questionar.
- O que ele está fazendo aqui? - perguntou enquanto sentia o seu rosto esquentar, tinha a impressão que estava próxima de ter um ataque cardíaco.
- Ele é padrinho do casamento, - Dessa vez foi Suzan que respondeu, ela também estava estranhando o comportamento da amiga.
- O QUÊ? - A garota gritou alto, chamando a atenção de muitas pessoas que estavam no aeroporto de Mykonos.
- O que deu nela? - Mary por fim apareceu.
- Eu não faço ideia. - Beth respondeu e voltou a mais uma vez olhar o seu celular - Bom estamos todas aqui, podemos ir…
- Eu não posso ir. - disse quase num choro - Tenho que ir embora…
- Embora? acabamos de chegar! - Suzan segurou a amiga pela mão - O que está acontecendo?
- Ela vai contar o que está acontecendo, mas vai contar no hotel, estamos atrasadas! Vamos!
Beth disse enquanto puxava a sua mala e também a mala de , que era conduzida por Suzan, a garota estava totalmente sem ação. Enquanto caminhava pelo aeroporto, se perguntou como havia sido tão burra. Era lógico que estaria no casamento de Julie e Colin, o jogador era grande amigo do noivo, e assim como era da noiva, eles haviam crescidos juntos.
Quando a garota viu a porta de saída do aeroporto, decidiu que era o momento para se recompor. não podia vê-la naquelas condições, seria ainda mais humilhante. se endireitou e puxou da mão de Beth a sua mala, e começou a caminhar como se nada tivesse acontecido. Suas amigas obviamente estranharam, mas preferiram não comentar.
o reconheceu de longe, ele estava com uma bermuda jeans e uma blusa branca de botões que “ocasionalmente” ele havia deixado aberta para mostrar o peito sarado que ele tinha. A garota vacilou por um momento, mas ao sentir a mão de Mary em suas costas, ela continuou a andar até o carro. Até o encontro do maravilhoso .
- Como vão, garotas? - Ele perguntou sorrindo enquanto tirava os óculos escuros, seus olhos estavam travados em - Por que demoraram tanto?
- A Mary. - Suzan respondeu revirando os olhos.
- Me desculpem, mas eu tinha que aproveitar do freeshop. - A outra respondeu mostrando a língua para a amiga, e logo depois se voltou para o jogador - Como vai, ? Os anos te fizeram muito bem, e o dinheiro também…
- É bom te ver também Mary. - O jogador respondeu sorrindo.
- Não liga para ela, , eu sempre te achei um gato. - Beth sorriu e se aproximou do jogador que a abraçou - Mas você está muito mais forte agora, podia contar o seu segredinho para o Math, hm?
- Com o tanto de cerveja que o seu namorado toma, Beth, ele não vai perder aquela barriga nunca. - Suzan sorriu para amiga e se aproximou do jogador para cumprimentá-lo também. observava tudo de longe, evitava encarar o jogador, mas o mesmo insistia em deixá-la desconfortável. não tirava os olhos dela - , não vai cumprimentar o ? Ou vai me dizer que você continua com aquela birra da época de escola que costumava ter com ele?
- A me viu esses dias Suzan. - O jogador sorriu - Não deu tempo de dar saudades ainda.
- Como assim vocês se viram esses dias? - Mary questionou - Por que não contou para gente, ?
A garota encarou com ódio, e pode ver no olhar do jogador que ele estava se divertindo. Aquilo era um jogo para ele, um jogo que ele adorava jogar. respirou fundo e com um olhar disse para suas amigas que falaria sobre aquilo depois.
Ela se aproximou de jogador, e assim como ele, tirou os óculos escuros e o encarou. se aproximou com calma, e colocou a sua mão esquerda um pouco abaixo da cintura da garota e a puxou para um abraço, um abraço que não correspondeu de imediato. Com a mão direita ele afastou do pescoço os cabelos da garota, e depositou um beijo demorado lá. se afastou um pouco e com um sorriso no rosto disse a ela:
- Aqui você não tem para onde fugir, . - Ele piscou para a garota - E a propósito, a sua blusa está comigo. Eu te devolvo quando você devolver a minha.
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- Eu não estou acreditando que você dormiu com ! - Beth tinha a mão na boca.
- Eu não estou acreditando que você dormiu com ele e depois foi embora sem se despedir! - Suzan disse um pouco mais séria, apesar do sorriso em seu rosto a entregar.
- Uou, , eu não sabia que você fazia o tipo que foge de manhã sem deixar um bilhete. - Mary provocou a amiga que se jogou na cama desesperada.
tentou respirar fundo, para se acalmar, mas não conseguiu. No segundo seguinte estava rindo feito uma maluca, era sempre assim, o corpo da garota reagia da forma contrária esperada. Ela estava chorando por dentro.
- Calma, , não é tão ruim assim… - Suzan disse enquanto se sentava na cama ao lado da garota.
- Todas nós já fizemos algo vergonhoso assim. - Mary sorriu para a sua amiga - A parte vergonhosa no caso é você ter ido embora sem se despedir, porque fazer sexo com o deve ter sido muito bom, ele tá maravilhoso!
- Algumas de nós já fizemos coisas piores. - Beth respondeu, enquanto dava um tapa na cabeça de Mary.
- Tipo fugir no dia do casamento? Ah não, essa fui eu também… - disse enquanto tampava a sua cara com o travesseiro.
- Ei, eu acho isso bem legal - Mary disse se sentando ao lado da amiga - Foi tipo a Rachel fugindo casamento! Pensa assim, você fugiu do Barry para encontrar o seu o Ross!
- Cala boca, Mary! - Suzan disse jogando um travesseiro na cara da amiga - Sabe do que você precisa, do que todas nós precisamos? Ir à piscina e flertar com homens gregos.
- Vocês vão, eu preciso achar a Julie, ela deve estar surtando. - Beth disse enquanto se dirigia até a porta do quarto - , eu se fosse você iria falar com o , vai fazer bem para vocês dois.
Ela observou a garota ir embora do quarto, e respirou fundo mais uma vez antes de se sentar na cama e encarar as suas amigas. Suzan estava certa, tomar sol em Mykonos era uma excelente ideia, e foi por isso que ela deixou as suas amigas escolherem o seu biquíni.
Com os braços cruzados as garotas foram até a piscina do hotel. se separou das suas amigas que foram até o bar, ela decidiu que seria melhor não beber, afinal, da última vez que ela havia bebido as coisas não haviam terminado bem.
Já deitada em sua esteira, a garota estranhou quando uma sombra indesejável roubou o seu sol, e ao abrir os olhos notou que não era uma sombra e sim uma pessoa. estava parado em sua frente, mas não um simples , o garoto estava sem camisa e completamente molhado por conta da piscina. A garota quis morrer.
- Ah ótimo, eu estava querendo falar com você. - Ela disse enquanto se levantava.
- Você quer falar comigo? Pensei que estava fugindo de mim. - Ele disse surpreso.
- Sem piadinhas, - Ela disse séria enquanto amarrava a sua saia em sua cintura - Onde podemos ir para conversar?
- Vamos dar uma volta pela cidade. - O jogador sorriu para ela antes de colocar seus óculos escuros e começar a andar.
o seguiu de perto, mas não muito perto. Era impressionante como o corpo do jogador era tentador, ela perdeu as contas de quantas vezes quis tocar nas costas musculosas de , foi por isso que ela decidiu que seria melhor andar ao seu lado.
Ele estranhou a mudança repentina de comportamento da garota, pois havia percebido que ela fazia de tudo para ficar longe dele, ao contrário dele, ele queria ficar o mais perto dela possível. se controlava para não encarar demais . Mas era como uma tortura para ele, o biquíni que ela usava contrastava de uma forma maravilhosa com a cor de sua pele, e ela chamava atenção por onde passava. Ele sorriu ao ver a careta que ela fez quando ele apontou para as bicicletas que o hotel disponibilizava para os hóspedes, sem esperar por ela, o jogador subiu e começou a andar, alguns segundos depois estava ao seu lado.
Eles andavam lado a lado, cada um olhando para uma paisagem diferente, mas sempre na mesma velocidade, algumas vezes o jogador olhava para o lado, para confirmar que ela ainda estava lá. Foi quando parou a bicicleta bruscamente que ele notou que ela estava nervosa e tinha lágrimas nos olhos.
- Olha, eu preciso falar logo. - Ela começou saltando da bicicleta.
- Tudo bem. - O jogador disse fazendo o mesmo - Mas eu preciso te dizer algo antes.
- Precisa? - Ela perguntou enquanto dava um nó mais forte em sua saia que insistia em cair.
- Eu não fiquei bravo nem nada. - Ele disse se aproximando da garota que não o encarava - Por você ter ido embora de manhã sem se despedir…
- Eu normalmente não faço isso, . - Ela disse ainda sem o encarar - Eu fiquei assustada…
- Por ter feito sexo comigo? - O jogador perguntou confuso.
- Pelo jeito que me senti após ter feito sexo com você. - Ela finalmente o encarou e teve que se controlar para não puxá-lo para um beijo. Ele ficava tão bonito confuso.
- Como você se sentiu, ? - Ele perguntou se aproximando mais, a garota não respondeu, apenas o encarou, mas isso não pareceu incomodar , o jogador passou com as suas mãos pelo corpo da garota, parando em sua cintura. arrepiou ao senti-lo tocar com os dedos a pele de sua cintura e desfazer o nó de sua saia, apenas depois para o seu desapontamento, refazê-lo novamente - Você se lembra de que fui eu que te ensinei a amarrar o cadarço?
- E você prometeu que nunca contaria para ninguém isso, porque eu já era mais velha e já deveria saber. - Ela disse quase sem ar.
- Eu não contei para ninguém. - sorriu para que retribuiu, o jogador ao perceber que a garota estava mais calma, levou a sua mão esquerda para o rosto dela e começou a fazer carinho, ela ficou nas pontas dos pés e puxou o rosto do garoto, porém não passou de um toque nos lábios, pois o celular dela começou a tocar no mesmo instante.
- É a Julie. - Ela disse sem o encarar - Estamos atrasados para o ensaio do casamento.
- Você sabe com quem vai entrar amanhã no casamento, não sabe ? - Ele perguntou com um sorriso convencido no rosto - Comigo.
não respondeu, faltou palavras em sua boca, ela apenas concordou com a cabeça e voltou a subir em sua bicicleta, não esperou o jogador para começar a andar. Ele apenas a observou ir embora, não se importava por ela ainda estar fugindo dele, pois ela já havia confessado que estava sentindo algo diferente por ele. E isso foi o suficiente para deixar um enorme sorriso na cara de pelo o resto do dia.
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- Hoje eu vou dançar até os meus pés começarem a sangrar.
sorriu ao ouvir o comentário de Mary, sabia como a amiga gostava de dançar, e sabia o quanto ela exagerava no drama, por isso deu risada ao ver Suzan revirar os olhos. A garota estava terminando de se arrumar, a maquiagem já estava pronta, faltava apenas o brinco de argolas que Beth havia emprestado, e lógico o vestido.
- Fui só eu, ou mais alguém percebeu que a e o não conseguiam tirar os olhos um do outro durante o ensaio? - Julie perguntou enquanto se aproximava da amiga que sentiu o rosto esquentar.
- Julie, você não está sabendo da novidade, e vão ser o próximo casamento! - Mary disse provocando a amiga que tacou o travesseiro em sua cara.
- Cala a boca. - pediu de mal humor - Eu dormi com o na última vez em que estive em Milton Keynes…
- Sabia que aquela implicância toda tinha algum motivo, vocês eram apaixonados um pelo outro! Só não conseguiam admitir. - Julie disse sorrindo para amiga que revirou os olhos - Agora tudo faz sentindo, o porquê de ter pedido para entrar com você amanhã…
- O quê? - perguntou enquanto se levantava - Eu não ia entrar com ele?
- Não! Você ia entrar com o Steve, mas ele pediu para trocar. - Julie deu de ombros - E nem adianta vir pedir para trocar, já está tudo certo…
não respondeu, ela não ia pedir para trocar, a verdade é que o sorriso em seu rosto entregava tudo, ela estava contente por ter pedido para ser o seu par no casamento de amanhã. A garota se assustou com as batidas na porta, mas logo se tranquilizou, sabia que era o Colin vindo se despedir de Julie antes de ir para a sua despedida de solteiro. Como estava apenas de roupão ela preferiu ir no banheiro para enfim colocar o vestido, mas ela levou um susto ao voltar para o quarto e encontrar sentado na cama com os outros garotos.
- Uau, , estou até pensando em não ir nessa festa de despedida e ficar aqui te admirando. - Math disse sorrindo enquanto se aproximava na garota para lhe dar um beijo da bochecha.
- Você quis dizer admirar a sua namorada, certo? - perguntou enquanto o empurrava e tentava não tremer por conta do olhar que recebia de .
- Você bem que podia emprestar esse vestido para a Beth. - Math respondeu sorrindo enquanto caminhava até a porta - Em falar em Beth, cadê ela?
- Está organizando a festa - Julie respondeu enquanto beijava Colin – Festa a qual já estamos atrasadas, está pronta, Mary?
A garota gritou do banheiro dizendo que ainda não estava, fazendo Suzan revirar os olhos mais uma vez. estava concentrada em mexer em sua nécessaire, queria achar algo, só não sabia o que era. Julie ao perceber o nervosismo da amiga, sorriu provocativa e com a cabeça indicou que estava sentado na cama, bem atrás de . A garota respirou fundo e decidiu que de nada adiantaria ignorá-lo, ela se virou de frente para encará-lo, mas ela não estava pronta para vê-lo daquele jeito.
estava sentado na ponta da cama com as pernas afastadas, era como se ele estivesse fazendo um convite para ela se sentar em seu colo, e ela sentiu vontade de fazer isso, mas se controlou, o jogador a olhava com desejo. Tudo que ela fez foi sorrir para ele, que achou engraçado o quanto a garota estava sem graça. ao perceber que todos estavam encarando os dois, decidiu que já estava na hora de ir embora, mas antes se aproximou da garota e a puxou pela cintura ficando bem próximo a ela e disse:
- Você fica muito bem de vermelho. - O jogador sorriu para garota antes de se afastar e pode notar o sorriso que tomou conta do rosto dela.
- Bom, até amanhã. - Colin disse enquanto mais uma vez puxava Julie para um beijo - Eu te vejo no altar, isso se você não der uma de e fugir antes…
paralisou no mesmo instante. Sabia que Colin estava apenas fazendo uma brincadeira e que não tinha a intenção nenhuma de chateá-la, mas a garota sentiu de repente uma vontade enorme de chorar, mas se controlou ao encontrar o olhar de preso ao seu. O jogador não sabia daquela história, ela podia ver na cara dele que ele não estava entendendo nada, e foi por isso que ela apenas sorriu enquanto pegava a sua bolsa e deixava o quarto sob o olhar de todos.
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estava sentada no bar enquanto assistia as suas amigas dançarem feitos malucas na pista de dança, foram inúmeras as vezes em que elas chamaram a garota para dançar e ela recusou, ela não estava afim. Julie já havia pedido desculpas para ela, logo após de dar uma bronca em Colin por ter sido totalmente sem noção, mas a tranquilizou, não era por isso que ela estava sentada no bar sozinha, ela estava assim porque não conseguia parar de pensar em ..
Foram inúmeras vezes em que ela se pegou encarando a porta do bar em busca de vê-lo entrar, mas em nenhuma das vezes ele apareceu, e nem apareceria. E foi por isso que ela decidiu que seria ela que iria atrás dele. Perguntou ao barman onde era a boate que os rapazes estavam comemorando a última noite de solteiro de Colin, e foi atrás, mas é claro antes pediu desculpas para Julie, e disse que não estava se sentindo muito bem.
Nem o fato do barman ter dito a ela que a boate ficava a quase vinte minutos dali, impediu de tirar os seus saltos e correr até .
Durante o caminho ela acabou rindo sozinha, não conseguia acreditar que estava correndo atrás de , o garoto que ela jurou para sempre odiar. A verdade é que agora, ela estava se questionando se de fato tudo que ela sentia por ele era ódio. Apesar da implicância, ela e o garoto sempre foram muito próximos, no começo ela achava que era por conta de seu primo ser melhor amigo do jogador, mas sempre parecia querer estar próximo dela, ele sempre se importou muito com ela.
Após chegar na porta do bar em que os garotos estavam, ela parou e respirou fundo. pensou em desistir por um momento, porque, afinal, ela não sabia o que estava fazendo ali, sabia apenas que queria estar perto do jogador.
Ela respirou fundo enquanto o segurança pedia o seu nome para autorizar a sua entrada, ela entrou na boate e logo deu de cara com Matt que sorria enquanto tomava um copo de vinho, ele não estranhou quando a viu, tudo que ele fez foi indicar com a cabeça a sacada do bar. então caminhou com calma até lá, já imaginando o que iria encontrar.
estava apoiado pelos cotovelos na mureta que tinha ali, e em suas mãos uma garrafa de cerveja, que notou ainda estar cheia. O garoto usava uma calça preta, um pouco grudada, o que ressaltou os músculos em suas coxas, a blusa era branca e como sempre, tinha alguns botões abertos. Ele encarava o mar a sua frente, mas notou quando a garota se juntou a ele, mas não se moveu.
- Se perdeu, ? - O jogador perguntou enquanto levava a garrafa aos lábios.
- Eu não sei. - Ela respondeu confusa.
- Não sabe, o quê? - finalmente se virou de frente a ela, e sentiu o seu coração derreter enquanto a contemplava. estava descalça e com o cabelo bagunçado por conta do vento, ela estava linda.
- Eu não sei o que estou fazendo aqui - Ela disse enquanto se aproximava dele - O que é isso? Isso que está acontecendo entre nós?
- Você não sabe? - O jogador perguntou confuso.
- Eu não faço ideia.
respirou fundo enquanto a encarava, ele se abaixou para deixar a sua garrafa de cerveja no chão e logo em seguida puxou a garota pelos ombros para um abraço. Ele estava com vontade de fazer isso desde que a viu sair com lágrimas nos olhos do quarto mais cedo naquele dia. Ele sorriu quando a sentiu agarrar com força a sua blusa. Eles ficaram por um tempo assim, foi a garota que se separou, e quando ela a fez, sentiu um vazio dentro si, é como se ela pertencesse ao seu abraço. Ele sentiu que poderia abraçá-la para sempre e nunca se cansaria da sensação.
- Você não quer saber sobre o meu casamento? - Ela perguntou do nada, assustando o jogador que franziu as sobrancelhas. Ele queria sim saber sobre aquela história, mas não se importava, e foi o que ele disse a Colin quando o amigo começou a lhe contar.
- , não é da minha conta. - Ele respondeu enquanto a encarava - Você não precisa me contar se não se sentir à vontade.
- Você sempre foi assim? - Ela perguntou enquanto se abaixava para pegar a cerveja dele - Um amor de pessoa?
- Eu era um pouco chato com você. - O jogador sorriu enquanto a observava tomar um gole da bebida.
- Um pouco? - Ela ergueu a sobrancelha, mas sorriu para ele - Você era a pessoa que mais me irritava, .
- Eu já te disse. - Ele sorriu de lado e se apoiou na mureta - Eu era apaixonado por você, só não sabia demonstrar…
sorriu para ele, para a surpresa do jogador. Toda vez que ele mencionava que, na verdade, durante a sua adolescência foi apaixonado por ela, a garota revirava os olhos ou fazia uma careta, mas dessa vez ela não fez isso.
- Eu conheci ele na faculdade. - disse do nada deixando confuso.
- Quem?
- O Arthur. - Ela disse encarando com firmeza o jogador que apenas assentiu, ela estava contando para ele a história do seu quase casamento - Ele estava cursando medicina, nós tínhamos amigos em comum, e após uma festa acabamos dormindo juntos. - A garota respirou fundo antes de continuar - Namoramos por seis meses, e então ele me pediu em casamento, e eu aceitei. - começou a rir - Ele foi o primeiro garoto que eu acordei ao lado no dia seguinte e não tive vontade de sair correndo - abaixou a cabeça após ouvi-la dizer aquilo, sentindo-se tolo, pois se lembrou que ela havia fugido na noite em que dormiram juntos, o jogador estranhou quando sentiu ela pegar em sua mão e subiu o olhar até encontrar um sorriso na cara da garota - E foi por isso que fugi de você, , porque eu queria ficar, e me assustei, eu queria ter ficado ali, ao lado do cara que me irrita como ninguém.
tinha certeza que parecia um bobo por conta do enorme sorriso que tomou conta do seu rosto, mas não se importou. Durante uma semana ele ficou se remoendo e imaginando o porque de ter ido embora daquele jeito, ainda mais após a noite incrivel que tiveram juntos, ele tinha certeza que a garota havia gostado, mas quando acordou e se deu conta de que ela havia ido embora sem se despedir, ele se sentiu desolado, mas então se lembrou que era assim, dificilmente mostrava o que estava sentindo, e era justamente por isso que ele tinha o sorriso bobo no rosto, ela estava mostrando.
- Nós íamos nos casar no verão daquele ano. - Ela continuou sem o encara-lo - E foi só no dia do casamento que eu me toquei que estava prestes a fazer a maior idiotice da minha vida. - suspirou fundo - Então eu fugi.
- No dia do casamento? - não conseguiu esconder a sua curiosidade o que fez a garota rir. - Vinte minutos antes. - Ela disse, olhando para o jogador que aparentava estar surpreso - Eu pulei a janela do banheiro e depois roubei o jipe dele.
- Você ainda roubou o carro dele? - começou a rir.
- E fui para um bar. - concordou - Foi a minha irmã que me achou, minha mãe ficou sem falar comigo por quase um ano, o que não é tão ruim, porque você sabe como ela é. - O garoto concordou, Abby sempre foi mais exigente com a sua filha mais nova - Eu encontrei o Arthur depois, apesar dele ter mudado de faculdade, ele foi para Cambridge. Ele estava bem, e adivinha?
- Estava noivo novamente? - perguntou rindo.
- Estava, só que de um cara. - respondeu e começou a rir quando viu o jogador se jogar no chão de tanto rir. sempre tivera uma risada extravagante, aquelas que você podia ouvir do outro lado da rua, e ela a amava.
observou enquanto o jogador se recompunha e aproveitou para terminar a garrafa de cerveja que ainda estava nas suas mãos e começou a apreciar o bela noite em Mykonos. sorriu e se aproximou dela, ainda não acreditando que ela tinha vindo atrás dele. Ele a abraçou por trás e ficaram assim por um tempo, o jogador ficou pensando em todas as vezes em que ele imaginou aquele momento. a garota que ela amava irritar, estava finalmente começando se abrir e mostrar os seus sentimentos para ele. Porém, o jogador sabia que aquilo era apenas o início, para conquistar a confiança dela, ele precisava mostrar o quão importante ela era para ele.
- . - Ele chamou baixinho - Eu fiquei muito feliz por você ter vindo me procurar…
- A verdade é que eu não consigo parar de pensar em você desde que te reencontrei em Milton Keynes, e acredite, eu tentei. - Ela disse de uma vez e sentiu um grande peso ser retirado das suas costas.
- Você se lembra de como nos conhecemos? - Ele perguntou virando o corpo da garota para frente do seu - Seu cabelo era muito mais comprido e você tinha aparelho nos dentes. - revirou os olhos, fazendo o jogador sorrir - A primeira coisa que você me disse é que eu tinha as pernas finas.
- Bom, elas não são mais. - Ela sorriu e abaixou as suas mãos que estavam nas costas do jogador em direção a sua bunda o que fez rir nervoso.
- Você também me disse naquele dia que acreditava que um dia eu seria um jogador de futebol. - Ele continuou apesar das mãos da garota passeando pelo seu corpo o distrair, ele tentava focar em seu sorriso.
- Podia estar jogando no Arsenal - Ela disse séria, fazendo rir histericamente.
- Você admite que eu sou melhor que o Ozil? - O jogador perguntou, provocando-a.
- Cala boca, ! - disse mais nervosa, o que fez com que o garoto a apertasse com mais força em seus braços. Não tinha jeito, ela amava irritá-la - Você se apaixonou por mim naquele dia? - Ela perguntou, encarando-o, apesar do nervosismo que sentia.
- Acho que me apaixonei por você gradualmente. - Ele sorriu para ela e levou a sua mão esquerda para o rosto da garota e fez um carinho ali - Foi aos poucos, .
- É sério isso? - Ela perguntou desconfiada. Apesar de confessar que estava se sentindo diferente em relação ao jogador, ela ainda estava muito confusa.
- Quando é que você vai entender que eu tenho sentimentos por você, e que eles são reais? - disse sorrindo e abaixando levemente a sua cabeça para que seus olhos e os da garota ficassem na mesma altura.
- Eu sei! Eu também tenho e é por isso que estou tão assustada, eu nunca imaginei sentir isso pelo garoto que mais me irrita no mundo. - disse um pouco nervosa, se afastando do jogador.
a observou por um momento, antes de puxá-la mais uma vez, dessa vez com mais urgência, juntou os seus lábios em um beijo cheio de sentimentos, e o jogador desejou que aquele beijo enfim mostrasse para o quão importante ela era para ele. Foi a garota que rompeu o beijo, ainda sem o encará-lo, ela o abraçou e sentiu o coração do jogador batendo com uma certa velocidade o que fez com que ela sorrisse.
Os dois ficaram por um tempo assim, intercalando beijos e carinhos enquanto observaram o anoitecer da bela cidade grega, se separam apenas quando sugeriu um mergulho na piscina, apesar de ficar apreensiva no começo, quando ela viu o jogador tirar a sua roupa e ficar apenas de cueca e pular para dentro da piscina, ela sentiu que devia aproveitar aquele momento que estava tendo ao lado de .
a observou durante todo o momento e assobiou para ela quando por fim ela tirou o vestido e ficou apenas de lingerie, ela fez uma careta para ele, mas o seu rosto corado a entregava. se sentou na beirada da piscina e usou os seus pés para jogar água no jogador que nadou até a sua direção e a puxou para dentro da piscina, e lhe beijou. sorriu quando sentiu as mãos do pararem em seu quadril, ele deixou por um momento os lábios da garota e começou a beijar o seu pescoço, ela começou a rir histericamente quando sentiu os beijos molhados sendo distribuídos em seu colo, ela morria de cócegas e ele sabia disso.
- Meu Deus, - disse se separando apenas um pouco para que pudesse ter a visão do rosto da garota - Eu amo demais a sua risada.
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e caminhavam lado a lado, de mãos dados. De vez em quando o jogador implicava com ela a empurrando pelo ombro, e soprando o seu cabelo o que fazia a garota se arrepiar. Ela estava usando a blusa do jogador, já que o seu vestido estava encharcado, por culpa do garoto que em uma brincadeira acabou deixando a peça cair dentro da piscina. Ele pediu desculpas, mas sabia que ele havia feito de propósito, o sorriso dele o entregava, mas pela primeira vez ela não ficou brava, nem se importou. Ela ficou feliz quando o jogador ofereceu a sua própria blusa para que ela não tivesse que voltar para o quarto apenas de calcinha e sutiã. A garota apenas viu vantagem nisso, já que o jogador estava sem camisa, e ela podia o admirar a vontade.
- Mais uma blusa minha que você rouba. - Ele disse após parar na frente do quarto da garota - Para ficarmos empatados você tem que me dar mais uma sua.
- Onde afinal está a minha blusa? - perguntou cruzando os braços. a encarou por um momento e então começou a rir.
- Oh, você não se lembra? - Ele perguntou após se recompor - Você fez um mini showzinho para mim no carro como previa, a sua blusa ficou lá.
A garota sentiu o seu rosto esquentar numa velocidade absurda e foi por isso que tapou a cara com as mãos. A risada do jogador só piorava a vergonha que ela estava sentindo. estava achando adorável toda aquela cena e foi por isso que se aproximou de e abraçou, a garota colocou o rosto no peito do jogador e soltou um gritinho de ódio o que fez o garoto gargalhasse mais alto ainda.
- Ah, são vocês. - Suzan disse ao abrir com velocidade a porta do quarto, assustando os dois.
- Estava esperando alguém? - perguntou se afastando de , um pouco envergonhada.
- A Mary, ela conheceu esse cara ontem e passou a noite com ele; - Suzan explicou enquanto lançava um olhar sugestivo ao jogador, que mexia nos cabelos enquanto tentava disfarçar o sorriso - A safada se deu bem, e pelo jeito você também. - Ela piscou para antes de fechar a porta do quarto novamente.
- Eu acho melhor entrar. - A garota começou - Tentar dormir um pouco antes do casamento.
- Claro! - O jogador sorriu e ela sentiu borboletas invadirem o seu estômago - É melhor eu ir também, mas antes preciso da minha blusa de volta.
- . - o repreendeu, mas isso não o impediu de se aproximar da garota, e com uma lentidão exagerada ele começou a abrir botão por botão a blusa que ela usava, e em todo momento manteve os olhos focados na garota que sentiu que iria desmaiar tamanha a intensidade.
- Pronto. - Ele disse após por fim retirar a blusa da garota que respirou fundo, antes de se afastar, com os dedos da sua mão esquerda ele fez círculos pela barriga de a deixando sem ar.
- ... - Ela o chamou baixinho.
- Sim? - Ele perguntou ainda com a mão no corpo da garota, seus olhos subiram para o rosto de .
- Eu acho que você é o meu Ross. - Ela disse, deixando-o totalmente confuso.
- O quê? - Ele perguntou, mas não respondeu, ela apenas se aproximou e depositou um beijo em sua bochecha, antes de entrar para dentro do quarto.
A garota apoiou as costas na porta fechada e se deixou suspirar, ela ainda pode ouviu o jogador chamar o seu nome, mas ela não abriu a porta, apenas ficou parada ali parecendo uma boba.
- Meu Deus! - Suzan disse após sair do banheiro e dar de cara com a - Eu preciso arranjar um homem para mim.
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- É sério, , eu acho melhor você estar pronta quando eu voltar. - Beth disse após ver a garota sair de roupão de dentro do banheiro.
sorriu torto para amiga que já estava pronta e muito bonita em seu vestido verde de madrinha, já ela não estava nem perto de estar arrumada para o casamento. Julie que estava terminando de ser maquiada por Mary, que havia voltado para o quarto logo após , sorriu para a garota a tranquilizando, ao contrário de Beth, Julie era mais calma.
No exato momento em que Mary anunciou que Julie estava pronta, as garotas ouviram batidas na porta. Suzan abriu a porta e entrou no quarto, o jogador carregava com ele um grande buquê de rosas vermelhas.
- Ah, pronto. - Suzan disse revirando os olhos - Agora que a não fica pronta.
- Na verdade, são para a Julie. - abriu um sorriso enquanto caminhava em direção a noiva - Colin mandou lhe entregar. Você está linda.
- Obrigada, - A noiva disse enquanto abraçava o jogador - O quão bêbado Colin ficou ontem?
- Ele achou que o Matt era a Julia Roberts. - disse fazendo as garotas rirem.
- Vamos Julie, já estamos atrasadas! - Beth disse enquanto puxava a amiga pela mão.
- Relaxa Beth! Eu ainda vou fazer as fotos! - Julie disse fazendo uma careta para a amiga - Depois você reclama quando te chamam de Monica...
- quero você em 20 minutos na praia, está me ouvindo? - Beth continuou ignorando a amiga.
- 30 minutos. - disse fazendo um biquinho enquanto se sentava para começar a maquiagem.
- 25. - Beth disse séria - , ela tem que estar na praia em 25 minutos, está me ouvindo?
- Sim, senhora - O jogador sorriu para a garota que saiu do quarto acompanhada da noiva e das duas outras duas madrinhas - Porque você está tão atrasada?
- Eu dormi na banheira. - Ela disse enquanto separa as suas maquiagens - E você é o culpado.
- Ah, eu? - sorriu enquanto se sentava em uma das camas de casal que havia no quarto.
- Não importa. - respondeu bufando enquanto se levantava da cadeira - Você está vendo uma nécessaire vermelha em algum lugar?
O jogador deu de ombros, mas se levantou da cama para ajudar achar a nécessaire, porém ele não conseguiu controlar os seus olhos, que sempre procuravam por . Apesar de não estar arrumada que nem as outras garotas, na opinião de , ela era a mais bonita, mesmo com um roupão que tinha o dobro do seu tamanho. A garota deu um gritinho de comemoração quando por fim encontrou a nécessaire. Aproveitando que ele estava próxima a ela, se aproximou pegando a garota de surpresa.
- Que cara é essa, ? - perguntou enquanto observava as mãos do jogadores irem até o laço do seu roupão.
- O seu nó ainda é fraquinho . - O jogador disse antes de abrir o roupão da garota, mas para a sua surpresa e alegria, ela estava apenas de calcinha. Ele subiu os seus olhos até o rosto da garota, que estava mordendo o seu lábio inferior enquanto encarava o garoto, mas quando a puxou para mais perto de seu corpo, recebeu um tapa ardido em sua mão – Porra, !
- Não, não e não - A garota disse enquanto voltava a colocar o roupão - Eu tenho que me arrumar.
- Ainda temos tempo. - O jogador protestou, mas conseguiu fugir das mãos de que tentaram a impedir, a garota passou por cima de uma das camas e voltou para a penteadeira - Não me deixe assim, ! - disse enquanto apontava para a sua calça.
- Que mania é esse de ficar tirando a minha roupa? - A garota perguntou enquanto ria da situação do jogador - Você devia estar me ajudando! Vai, pega para mim o meu vestido, é para estar dentro do closet.
xingou baixinho o que só fez com que a garota gargalhasse mais alto, ele entrou no closet e logo deu de cara com um vestido lilás, foi então que ele se deu conta que a sua gravata era da mesma cor. Ele voltou para o quarto, onde com rapidez se maquiava.
- Nós estamos combinando. - Ele disse se aproximando com o vestido em mãos.
- Todos os padrinhos e madrinhas estão - sorriu - Você devia usar mais terno, fica bom em você - A garota disse sorrindo para ele.
- Eu sei. - O jogador respondeu convencido o que fez a garota revirar os olhos. sorriu ao ver essa reação se aproximou de , abraçando-a por trás e deu vários beijinhos no pescoço da garota que começou a se contorcer por conta das cócegas que sentia. O garoto parou e se ajoelhou ao seu lado e sorriu para ela, apesar dela não entender muito bem essa reação, ela sorriu de volta - Você vai tentar pegar o buquê hoje?
- Não força, . - Ela respondeu tentando segurar o sorriso, o que só fez com que o sorriso do jogador aumentasse.
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assistia com atenção o seu amigo de longa data surtar minutos antes do seu casamento, o jogador havia apostado com os outros padrinhos que Colin iria fugir, mas isso não aconteceu. crescera ao lado de Colin e Julie, e sabia o quão apaixonados eles eram um pelo outro, o jogador estava se sentindo mais do que honrado der padrinho no casamento de ambos.
Os garotos se assustaram quando Suzan, em um vestido amarelo, entrou na sala em que o noivo fazia os últimos retoques, e os avisou que estava na hora. O jogador ao lado de Steve que estava em uma gravata azul, que combinava com vestido da mesma cor de Mary, caminharam em direção a praia, onde aconteceria a cerimônia. Chegando lá, notou que uma das madrinhas não estava lá, justamente a que seria o seu par.
O jogador passou os seus olhos pelo local, mas não conseguiu encontrá-la, foi Beth que indicou o banheiro para ele, o garoto pediu licença e foi na direção do toilet feminino, e encontrou sentada no vaso com as mãos na cabeça, a garota se assustou ao vê-lo.
- Eu juro que não vou fugir pela janela. - Ela disse, fazendo o jogador rir, mas ele parou ao notar que ela tinha lágrimas nos olhos.
- O que aconteceu, ? - Ele perguntou enquanto se ajoelhava na frente da garota.
- Um monte de flashbacks. - Ela respondeu e logo entendeu, ela estava se lembrando do próprio casamento - Eu entro em pânico toda vez em que lembro que eu poderia estar casada agora, se eu tivesse me casado , eu teria jogado a minha vida no lixo.
- Mas você não se casou, - Ele disse enquanto levantava com a sua mão o queixo da garota para que pudesse olhá-la nos olhos - E acredite em mim, não tem ninguém nesse mundo que fique mais feliz do que eu por você não ter se casado. - A garota sorriu ao ouvi-lo dizer aquilo - Eu entendo o seu nervosismo, eu fico nervoso toda vez antes de um jogo.
- Você fica? - perguntou surpresa.
- É claro, mas eu fico mais nervoso ao lembrar que eu quase desisti de ser um jogador. - disse e não se surpreendeu com os olhos arregalados da garota - Você sabe, , você sabe que eu não tive uma infância boa. Eu nunca tive dinheiro para comprar boas chuteiras, eu usei a mesma por vários anos. Minha mãe não ia assistir os meus jogos, porque ela estava bêbada demais para isso, muito menos o meu pai, que me abandonou antes de eu nascer. O tanto de preconceito que eu sofri, teve vários momentos em que eu pensei em desistir, mas eu não desisti, sabe por quê?
- Por quê? - A garota perguntou totalmente envolta na história do jogador.
- Porque a garota pela qual eu sou apaixonada disse para mim que acreditaria que eu seria um jogador de futebol, então eu acreditei também.
não conseguiu segurar as lágrimas que saiam dos seus olhos, ela puxou o jogador pelo pescoço e o abraçou com força, quase derrubando-o. sorria enquanto fazia carinho nos cabelos soltos de , que demorou para soltá-lo de seu abraço, o deixou ir apenas quando lembrou que os dois tinham que estar na praia para o casamento.
- Você é um idiota, - disse enquanto limpava os seus olhos, ainda com lágrimas - Me fez borrar a maquiagem.
- Você está linda. - Ele disse enquanto também ajudava a limpar os olhos da garota - ?
- Sim?
- Eu fico muito feliz por você ser a minha Rachel.
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agora mais calma, ajudava Mary a arrumar o vestido de noiva de Julie. O noivo Colin já estava no altar, esperando-a, a garota sentiu que poderia explodir de tanta alegria que estava sentindo. Após conferir pela última vez o vestido. foi em direção a , que passava a mão pelo terno para arrumá-lo.
- Você está lindo. - Ela disse enquanto se colocava ao seu lado - O que é isso? - ela perguntou se referindo a pequena corrente que o jogador tinha em mãos.
- É para você não ficar nervosa. - Ele sorriu se virou de frente para colocar o colar no pescoço de que sorriu tímida - Eu uso ela durante as partidas.
- Droga. - disse revirando os olhos, apesar disso ela tinha um sorriso no rosto - A minha mãe estava certa, você é uma graça de garoto.
começou a gargalhar junto a , e logo depois ele ofereceu o seu braço a ela, e juntos eles se posicionaram atrás de Beth e Matt que lideravam a fila de padrinhos e madrinhas. sentiu um frio invadir a sua barriga e ficou nervosa por um momento, mas ao olhar para ao seu lado ela se sentiu mais calma, o jogador abaixou a cabeça e depositou um beijinho na ponta do nariz dela, antes de dizer:
- Relaxa, , não é o nosso casamento. - Ele piscou para ela - Ainda.
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Há muito tempo não se divertia tanto, ao lado de suas amigas ela dançava ABBA e não se importava se estava pagando mico, cantava com vontade a letra de “Dancing Queen”. Seus saltos já não estavam mais com ela, e para falar a verdade, ela não sabia onde eles estavam exatamente, mas ela não se importou. Com a mão direita ela segurava o seu vestido que era longo, e com a esquerda mexia nos cabelos que insistiam em cair em seu rosto. Foi quando a música acabou, que a garota decidiu que precisava beber algo, suas amigas a acompanharam até o bar, e com um sorriso esperto no rosto Mary cutucou a cintura de .
- Esse colar não combina com o seu vestido. - Ela disse suspeita e em seguida tomou com gole de vinho.
- É do . - A garota respondeu envergonhada e revirou os olhos quando as suas amigas gritaram “own”, apenas Beth olhou de forma desconfiada para a amiga.
- O que deu em você? - Ela disse se aproximando da amiga. – Ele não era irritante?
- Eu também não sei. - respondeu sincera, segurando no colar - Vocês me conhecem, eu não sei o que aconteceu, mas desde que nos reencontramos no aniversário de casamento dos meus avós em Milton Keynes, ele não sai da minha cabeça.
- E agora você finalmente vai acreditar na gente que toda aquela irritação era amor reprimido? - Julie disse sorrindo emocionada para amiga que devolveu uma careta.
- Vocês estão ouvindo os sinos? - Suzan perguntou deixando confusa.
- Que sinos?
- Os sinos do seu casamento e do . - Suzan disse rindo com as suas amigas, mas todas de repente pararam, com as taças de vinho na boca elas sorriram, e Beth com o dedo mindinho indicou algo atrás da garota que se virou com velocidade e deu de cara com o jogador, já sem paletó, segurando um copo de champanhe. Ela sentiu que o seu coração poderia explodir em qualquer momento.
- Se eu casar com ela um dia, vou por seguranças nas janelas dos banheiros. - Ele disse enquanto tomava um gole da bebida.
- Há, há, engraçadinho - disse enquanto dava um tapa forte na barriga do jogador o que o quase fez derrubar o copo da bebida, ele olhou maliciosamente para ela e a puxou para um abraço apertado e começou a distribuir os famosos beijinhos em seu pescoço.
- Pelo amor de Deus. - Mary disse enquanto pegava mais um copo de vinho - Arranjem um quarto.
- Dança comigo, - O jogador pediu, após as garotas se afastarem.
- Você estava ouvindo a nossa conversa, não estava? - perguntou um pouco envergonhada.
- Dança comigo.
A garota concordou com a cabeça e a guiou até a pista de dança, onde se juntaram aos seus amigos. “Take My Breath Away” da banda Berlin era a música da vez, música que ela amava e foi por isso que ela tomou a iniciativa e puxou o jogador para perto enquanto envolvia os seus braços no pescoço dele, o garoto sorria enquanto a observava aos poucos ela ficar mais solta, ele se sentiu muito feliz quando por fim ouviu com a sua voz doce cantar a música baixinho em seu ouvido.
- Você sabia que sempre canta quando está nervosa? - Ele disse enquanto fazia carinho no braço da garota.
- ... - A garota o chamou baixinho, mas mesmo tendo total atenção dele nada disse.
- Vem comigo, .
, que conhecia a garota como poucos, a puxou pela mão e a levou até o bonito jardim que tinha atrás do salão de eventos onde estava acontecendo a festa após o casamento. não disse nada durante o caminho todo, mas isso não o desmotivou, ele a puxou para perto mais uma vez, e apesar da música estar bem mais baixa, eles continuaram a dançar lentamente.
- Eu sou complicada, muito complicada - A garota começou após um tempo de silêncio. - Sempre fui muito fechada, nunca demonstrava nada pra ninguém.
- Me conte uma novidade, – tirou uma mexa de frente do rosto da menina, colocando atrás de sua orelha, quando ela o encarou ele apenas sorriu dando um beijo na ponta de seu nariz.
- Mas desde que voltei pra Milton Keynes, você me faz querer falar, sentir, tudo que eu tento esconder você tira de mim em um segundo. Eu sinto que algo mudou dentro de mim. E agora eu estou muito confusa, - o puxou para mais perto e apoiou a sua cabeça no ombro do jogador - e um tanto quanto assustada.
- , antes mesmo de você se conhecer, eu já te conhecia.
- Se eu confiar em você, você vai me magoar? - a garota finalmente disse o que tanto o que queria dizer, e sentiu um peso ser retirado das suas costas.
- Quando estamos assim juntos, significa algo pra você? – perguntou sério e levantou a cabeça de seu ombro e o encarou profundamente.
- Significa tudo, .
- Você confia em mim? - Ele perguntou após um longo tempo, encarou a intensidade que eram os seus olhos antes de responder.
- Eu confio.
What's the name of the game?
Does it mean anything to you?
What's the name of the game?
Can you feel it the way I do?
A garota ativou o alarme do carro e correu pela rua sem movimento em direção a casa dos seus avós. evitava o máximo que podia voltar para a Inglaterra, odiava o clima e não tinha as melhores lembranças da cidade, mas o aniversário 60 anos de casamento dos seus avós era um motivo mais do que especial. Já preparada para as inúmeras perguntas que receberia de todos os seus parentes, ela respirou fundo antes de tocar a campainha, e sorriu ao ouvir o latido do poodle de seu avô.
- querida! - Sua tia Rose abriu a porta com um sorriso gigante e a puxou para um abraço apertado que ela retribuiu com o mesmo entusiasmo - Está tão linda! Faz tanto tempo que eu não te vejo!
- Um ano e meio, Rose - Foi Abby que respondeu com as mãos na cintura.
A garota respirou fundo enquanto encarava a sua mãe, e mais uma vez notou o quanto eram parecidas, não na aparência, mas no jeito. Desde pequena dizia que queria ir embora de Milton Keynes, ela nunca gostou da cidade, a violência era um dos principais motivos, mas o principal era que ela se sentia pressionada, sentia pressão da sua família, ela nunca foi a garota modelo e, por ter uma irmã mais velha que era praticamente perfeita, o que não faltava eram comparações. E após um incidente de alguns anos atrás, o relacionamento da sua mãe só piorou. Ela poderia pegar trem durante os fins de semana para ir visitá-los, mas ela nunca o fez. Seu pai era o que mais insistia, mas após um tempo ele entendeu que era melhor daquele jeito.
- Você emagreceu, - Ela continuou enquanto observava sua filha com um olhar julgador.
- Eu ando de bicicleta até o meu trabalho mãe, talvez tenha perdido uns quilinhos - respondeu segurando para não revirar os olhos, era sempre assim, sua mãe nunca fora muito boa em ser carinhosa com ela. Abby era extremamente exigente.
- Uns quilinhos? - Abby riu irônica.
- Não tem problema, Abby! Ela recupera tudo hoje, tem cada comida deliciosa que o seu pai fez, ! - Tia Rose sorriu para a garota que forçou um sorriso e a acompanhou até a sala de visitas, onde a garota foi enchida de beijos e abraços.
- Seu pai está na cozinha - Sua mãe disse, puxando-a de canto - Que corte de cabelo é esse? - A mulher perguntou fazendo uma careta.
- Eu também senti a sua falta, mãe - se aproximou da mais velha e abraçou - Vou dar oi para o pai.
saiu, mas antes pode perceber sua mãe tentando esconder um sorriso. Desde que a garota havia deixado a casa dos seus pais há cinco anos, para ir estudar na universidade de St. Andrews na Escócia, sua mãe a tratava desse jeito, a garota sempre ouvia de seu pai e da sua irmã que Abby estava morrendo de saudades, mas quando se encontravam, ela tratava com indiferença, sabia que sua mãe era péssima em demonstrar sentimentos, porque ela mesma era assim.
- Pai! - A garota gritou enquanto ia na direção do mesmo que sorriu no mesmo instante que viu a garota.
- Minha pequena! - O mais velho disse enquanto a abraçava - Estou todo sujo, tô terminando o bolo de morango que a sua avó gosta. Como vai o trabalho? Está gostando de Eastbourne?
- Está ótimo, a cidade é maravilhosa - A garota sorriu - Precisa de ajuda?
- Já tenho um ajudante querida, o - Seu pai disse abrindo um sorriso.
- Quem? - A garota perguntou confusa.
- .
arrepiou no mesmo instante em que ouviu aquela voz, fazia muito anos que não a ouvia, mas, apesar de mais grossa, ela continuava a mesma. A garota se virou, e se sentiu estúpida por não ter percebido a presença de outra pessoa na cozinha.
Apoiado na geladeira estava , o garoto que costumava tirar o sono de . Em sua opinião ele estava idêntico, apesar de estar bem mais alto e forte, mas a cara de convencido era exatamente a mesma. Ele sorriu para ela, e descruzou os braços, estava com um semblante bravo, mas isso não afetou de se aproximar da garota que tinha a certeza de que ele iria fazer algo horrível, preparou um soco com a mão direita, mas tudo que ele fez foi dar um beijo calmo em sua bochecha.
- Como vai, ? - Perguntou o garoto ainda muito próximo dela.
- Porque se importa? - A garota perguntou cruzando os braços.
- ! - Seu pai a repreendeu.
- Não tem problema, Andrew - disse sorrindo - Eu e nunca fomos muito próximos…
- Que isso, ! Vocês cresceram juntos! - Andrew disse olhando para os dois com a testa franzida.
Era verdade, e haviam crescidos juntos, mas nunca foram amigos. Ambos sempre tiveram personalidades fortes e completamente diferentes, eram raros os dias em que não discutiam e o fato de serem vizinhos não ajudava. O primo da garota era melhor amigo de e foi por meio dele que ela descobriu sobre as dificuldade que o rapaz passava. Por um tempo ela sentiu pena e prometeu a si mesma que seria mais paciente com ele.
Mas o garoto ao perceber que estava sendo tratado de forma diferente pela única pessoa que não se importava com as dificuldades que ele passava, decidiu ser ainda mais irritante, gostava do fato de não se importar com o fato dele ter sido abandonado pelo pai e não ter a melhor mãe do mundo. Muitas vezes se sentia péssimo ao ver os olhares de pena sobre si. E aos 13 anos, quando foi dado para adoção pela sua mãe, ele foi atrás da única pessoa que não se importaria com isso, ele foi atrás de .
Naquele dia, se assustou quando viu pulando a cerca do seu quintal, a garota já sabia da adoção e estava pronta para ser simpática com ele e ajudá-lo, mas não queria isso, ele começou a provocá-la como sempre. E foi naquele dia que percebeu que ela e o jogador de futebol nunca passariam um dia sem irritar um ao outro.
- Vamos filha, porque você e o não vão dar uma volta pela casa? Eu já estou acabando aqui mesmo, e daqui a pouco a sua mãe vai iniciar o karaokê e eu tenho certeza que vocês não querem participar. - Seu pai disse ao perceber a tensão que tomou conta da cozinha.
contrariada voltou a encarar , e com um aceno de cabeça pediu para que ele a seguisse, passaram com velocidade que era característica dos dois pela sala de visitas e de relance a garota pode ver a sua mãe preparando os microfones, agradeceu o seu pai mentalmente por livrá-la dessa. Se tinha uma coisa que não gostava era de cantar na frente de outras pessoas, apesar de gostar, ela não se sentia confiante o bastante.
Indicou a escada para o garoto que a seguia de perto. Quando já estava quase no segundo andar ela parou notando algo estranho.
- Você está encarando a minha bunda, não está? - Ela disse com as mãos apoiadas no corrimão e a cabeça levemente inclinada na direção do garoto.
- Eu culpo o seu jeans. - Ele respondeu segurando o sorriso - Sua bunda sempre me chamou a atenção e você sabe disso, mas nossa senhora, , você está muito gostosa.
A garota estaria mentindo se dissesse que não gostou do que ouviu, afinal quem não gostava de ser elogiada? Mas era que estava a elogiando e isso bastou para ela ficar ainda mais irritada, ela se virou de frente para ele e abriu um sorriso irônico.
- E você continha a mesma coisa horrorosa de sempre. - Ela disse, e não conseguiu encará-lo por muito tempo. Ela estava mentindo e ele sabia disso.
- Não mente, eu sei que também sou gostoso, várias garotas já me disseram. - Ele disse confiante e riu.
- Garotas que você paga para dizer isso não conta, . - A menina não o encarou, mas sabia que ele estava sorrindo, ela abriu a porta do quarto do seus avós e agradeceu por terem sidos os primeiros a chegar lá. Ela tinha a certeza que não seriam os únicos a fugir do Karaokê.
- Ouch! - fingiu-se ofendido, mas o sorriso no seu rosto entregava que ele estava se divertindo - Mal posso esperar pelo dia em que você vai finalmente admitir que está apaixonada por mim, .
- Só fecha a porta! Daqui a pouco eles vão começar a cantar Cyndi Lauper e eu realmente não estou a fim de ouvir “Girls Just Wanna Have Fun”. - pediu o ignorando completamente, ela não queria entrar naquele assunto de maneira alguma, ela observou as costas do jogador enquanto se sentava na cama de casal dos seus avós e se xingou mentalmente por seu fetiche por costas masculinas, ah como ela adorava.
- É um clássico, ! - disse, mas fechou a porta e se aproximou sem pressa da garota, e sorriu convencido mais uma vez antes de se sentar - Me diz, você está casada?
- O que? Claro que não! - A garota se assustou com a pergunta e sentiu o seu rosto esquentar, o medo de voltar a Milton Keynes era exatamente por conta dessa pergunta, e ela odiava que justamente que estava a perguntando.
- Oh, me desculpe! Mas a última vez que te vi você estava noiva. - Ele sorriu de lado, a primeira coisa que ele havia reparado na garota era se ela estava com um anel na mão esquerda, foi quase impossível esconder o sorriso ao ver que não tinha nada ali - Qual era mesmo o nome dele? Eu sei que começava com A…
- Não te interessa!
- Arthur! É claro, você queria continuar com o legado da sua família, todo mundo casado com alguém que o nome começa com a letra A! - Ele sorria de lado, sem dúvidas alguma irritar era uma de suas coisas favoritas.
- Eu vou mandar uma mensagem para a minha mãe e falar que você está muito a fim de cantar Cyndi Lauper. - disse enquanto pegava o celular do bolso traseiro da calça jeans e sorriu ao ver os olhos arregalados de que pediu desculpa para ela no mesmo instante - Porque você está em Milton Keynes? Veio ver a sua mãe? - Ela perguntou desesperadamente tentando mudar de assunto.
- Também - Ele sorriu - Mas foi seus pais que me convidaram, são grandes fãs é claro.
- Fãs de quem? Você? Meu pai torce para o Arsenal! - disse se exaltando um pouco o que fez com que o sorriso de apenas aumentasse.
- Mas é como a canção diz, você conhece ela, não conhece? É assim “We’ve got , , I just don’t think you understand, he only cost five mill, he’s better than Ozil, qe’ve got ”.
No instante seguinte estava em cima do jogador que gargalhava com vontade. Era sempre assim, a conseguia tirar do sério como ninguém, e ela se odiava por ser tão fraca desse jeito perto dele. Ainda em cima dele começou a fazer cócegas no garoto, sabia que era seu ponto fraco, a garota sorriu contente ao vê-lo pedir misericórdia.
não pretendia parar tão cedo, mas foi a porta abrindo bruscamente que a fez entrar em desespero, seu avô estava parado do lado de fora com a mão na boca e parecia tão assustado quanto ela. O senhor pediu desculpas e fechou a porta novamente, apesar dos pedidos de de que ele esperasse. A garota bufou derrotada e se jogou na cama ao lado de que segurava uma risada.
- Você se lembra de quando a sua mãe nos pegou nessa mesma posição e achou que estávamos transando? - Ele perguntou encarando que tinha os olhos fechados.
- Como esquecer, ela me fez limpar o quintal por um ano! - A garota disse segurando o sorriso.
- Eu gostava de você naquela época - disse enquanto apoiava a sua cabeça em seu braço se virando na direção da garota.
- Não gostava não, você me odiava, assim como eu te odiava. - preferiu não encará-lo, odiava quando ele começava com esse papo de que na verdade todo aquele ódio e anos de implicância eram na verdade um amor que o jogador não soube como demonstrar.
Ela lembrava muito bem a última vez que haviam se visto, foi durante o casamento da irmã mais velha de garota, Andrea, havia sido convidado, apesar dos protestos de , e durante a festa após o casamento, ele a chamou de canto, e com uma certa relutância ela foi. E como ela desejava não ter ido, foi assustador, na sua opinião, ver o garoto que ela odiou durante toda a sua infância dizer que estava apaixonada por ela.
Mas a pior parte foi quando ela disse para ele que estava noiva, conseguia entender o choque na cara do garoto, é normal se assustar ao ouvir que uma garota de 18 anos está noiva, ela própria se assustava ao lembrar disso. observou ir embora do casamento cabisbaixo e naquele momento, pela primeira vez ela questionou se não sentia o mesmo por ele. Mas ela decidiu que não voltaria a pensar nisso jamais. Três anos haviam se passado desde aquele ocorrido, agora estava formada e tinha uma vida estabilizada em Easbourne como jornalista, e o mais importante ela não estava noiva de ninguém. Já havia se tornado uns dos jogadores mais badalados de toda Inglaterra e tinha uma vida amorosa bem agitada. Não que procurasse se informar sobre. Claro que não.
- Quer fazer alguma coisa? - Ele perguntou claramente desapontado.
- O que? - A garota se virou para ele e por um momento vacilou, ele não tinha o olhar convencido no rosto e isso a deixou confusa.
- O que você quiser.
- Estou tão feliz por vocês terem passado um tempo juntos! - Abby disse com um sorriso enorme no rosto, ela era abraçada de lado por , segurou a vontade de vomitar vendo aquela cena.
- Eu não estou feliz por ter passado um tempo com ele. - A garota respondeu após engolir outra garfada de bolo, e segurou a risada ao ver fazer uma careta para ela.
- O que foi que vocês ficaram fazendo? Perderam todo o show! - Abby disse ignorando a teimosia de sua filha. revirou os olhos porque sabia que o show que ela se referia era o karaokê.
- Jogamos baralho e truco. - respondeu sorrindo para a senhora que concordou com a cabeça.
- Eu ganhei todas. - disse confiante enquanto passava o dedo no prato agora vazio de bolo e levava aos lábios.
- Ganhou porque eu deixei. - O jogador disse cruzando os braços.
- Aposto que sim, querido, você sempre foi uma graça. - Abby disse fazendo carinho no braço do garoto que teve que segurar a risada ao ver o olhar de incredulidade de .
- Que é esse que você conhece mãe? Pode me apresentar? - A garota perguntou irônica e teve que fugir do tapa na bunda que vinha na sua direção dado pela sua mãe.
- Você fica na cidade até quando? - Abby perguntou vermelha enquanto encarava a sua filha que ria sem culpa.
- Até a amanhã de manhã. - Ele respondeu encarando com atenção a senhora.
- também! Vocês deviam fazer algo juntos! Por que não vão até o The Kensigton? - Abby perguntou enquanto encarava os jovens que pareceram surpresos com a proposta.
- Ir ao bar? - perguntou incrédula.
- Por o papo em dia! Afinal é um grande jogador, aposto que tem inúmera histórias para contar!
- Mãe, ele joga no Tottenham! - protestou irritada.
- Filha, o importante é o futebol bem jogado.
- Eu adoraria. - respondeu rapidamente ao perceber que sairia um xingamento da boca de - E não precisamos falar apenas de futebol, aposto que tem muita coisa para me contar.
- Você não faz ideia - bufou, e derrotada foi atrás de sua bolsa.
Ela se despediu das pessoas que ainda continuavam na festa e parabenizou mais uma vez seus avós pelo aniversário de casamento. Sentiu uma cutucada em sua cintura quando estava abaixada fazendo carinho no poodle de seu avô, e se irritou ao ver que era chamando-a, ela o seguiu até o lado de fora, e perdeu a conta de quantas vezes revirou os olhos por conta de seus parentes que os encaravam como se fossem ser o próximo casamento da família.
- Você tem um mustang? - perguntou de boca aberta completamente impressionada com o carro do garoto.
- Ser jogador de futebol tem as suas vantagens - sorriu enquanto abria a porta do passageiro para ela, e sentiu pela forma que ele a encarava que aquela noite não terminaria bem.
- Qual é, , só uma cerveja, que mal pode fazer?
A garota revirou os olhos antes de encarar , que tinha um sorriso esperto em seu rosto, respirou fundo e pegou a Budweiser da mão do garoto. Realmente, uma cerveja não faria mal algum, mas o problema é que com , apenas uma não bastava.
- Você sabe que beber não é o meu forte, não é? - Ela disse enquanto levava a bebida aos lábios.
- Sim, eu sei. - Ele respondeu mais sério dessa vez - Perdi a conta de quantas vezes tive que te buscar em um bar quando você não tinha condição nenhuma de voltar para casa sozinha.
- E o engraçado é que a sua mãe sempre achou que eu era uma boa influência para você.
- É a sua cara de anjo, ela engana muitas pessoas.
sorriu para o rapaz que desviou o olhar e voltou encarar a pista de dança, que estava completamente vazia, com a exceção de um casal de idosos que dançavam abraçados, seu pensamento logo foi parar em novamente e ele se xingou por isso.
Voltando a encará-la pode ver que em apenas três anos ela não havia mudado muito, apesar de seu cabelo estar diferente, mais curto e mais volumoso, era a mesma que ele conhecia desde dos seis anos de idade, e teve a confirmação quando ela riu para o barman, não existia no mundo uma risada melhor do que a dela. Na humilde opinião de .
Quando ele recebeu o convite da família , no começo ele pensou em recusar, que nem já havia feito outras vezes, eles sempre o chamavam para passar o natal com eles, se sentia um intruso e sempre preferiu não ir, mas quando Abby disse que a sua filha mais nova também estava indo, ele não pensou duas vezes. Adiou a sua viagem para Ibiza e preparou o carro para voltar para casa, voltar para Milton Keynes.
Sua infância não foi fácil, e o mundo inteiro sabia disso. Muitas vezes desejou que a sua mãe não fosse a imprensa falar sobre. Quando era criança teve que se acostumar com os olhares de pena que recebia, e não queria que acontecesse o mesmo no futebol, não queria ser assunto dos jornais por conta das inúmeras dificuldades que havia passado, queria ser conhecido por ser um bom jogador de futebol.
- Vamos dançar, ? - Ele ouviu a voz suave de entrar nos seus ouvidos e se arrepiou de imediato.
- Não é possível, ! Quantos copos você já bebeu? - Ele perguntou desconfiado, porém se levantou do banco e deu a mão para garota que o puxava para a pista de dança.
- Apenas dois, dois pints. - A garota fez um biquinho e se aproximou mais do jogador - Mas você sabe que depois um copo e já estou UOU. - e fez uma dancinha ridícula assustando o casal de idosos que os encararam com reprovação - É tão estranho o bar estar vazio desse jeito, né?
- É segunda feira, as pessoas interessantes estão em outro lugar - Ele respondeu sorrindo de lado para garota que fechou os olhos como se estivesse com vergonha - Que foi?
- Eu te acho interessante, - Os olhos da garota brilhavam - Você não me acha interessante?
- Ok, chega de bebidas para você. - Ele disse enquanto pegava com habilidade o copo da mão da menina que não protestou, em vez disso ela o puxou para mais perto, abraçando-o pela cintura - , acho que está na hora de te levar para casa.
- Você não respondeu a minha pergunta. - Ela disse, ignorando-o por completo.
riu desacreditado, ela ainda precisava perguntar? Claro que ele achava interessante, sempre achou. Mesmo quando nova sempre teve muita personalidade e batia de frente com todos, e talvez tenha sido por isso que ela e começaram como inimigos. Com o tempo ele tentou mudar essa visão que ela tinha dele, mas a garota não acreditava nele, sempre achava que ele estava tramando algo.
E com o tempo só foi piorando, ele foi se apaixonando por ela, e o fato dela achar que ele a odiava fez com que os seus sentimentos ficassem retraídos. E quando ela se mudou para Escócia para estudar ele se sentiu um burro por nunca ter confessado o que sentia de verdade.
Durante o casamento de Andrea, irmã de , viu o momento perfeito, não a via há um ano, e estava decidido a não deixar a oportunidade passar. Enquanto ele falava que estava apaixonado por ela, viu nos olhos da garota a desconfiança e a incredulidade, mas após ela dizer que estava noiva quem entrou em choque foi ele. Vê-la erguer a mão e mostrar o anel foi como levar um soco no estômago.
Decidido a esquecer , ele saiu com várias garotas, o status de jogador de futebol ajudava, mas nenhuma chegou a deixá-lo encantado e intrigado como ela. E quando ouviu por meio de amigos que ela havia desistido do casamento, uma chama se acendeu em , uma chama que ele nem sabia que ainda existia.
jamais pensou que esse momento aconteceria. Ele estava dançando, abraçado com , e ela o encarava de uma forma diferente, ela nunca havia olhado para o jogador daquela maneira. Decidido a aumentar o contato entre os dois, ele a puxou para mais perto, a garota não protestou e isso foi o bastante para se sentir o homem mais feliz do mundo. Mal ele sabia que o melhor estava por vir.
aproximou o seu rosto para mais perto do jogador, e com calma juntou os seus lábios, no começo pensou em recuar, afinal ela estava bêbada, e ele tinha quase certeza de que ela não faria isso se não estivesse. Mas ele preferiu ignorar esses pensamentos e retribuiu o beijo com vontade, pediu passagem com a sua língua e cedeu, puxando-o para mais perto, os braços da garota estavam um pouco abaixo de sua cintura e o abraçaram com força. tinhas as mãos na cabeça da garota, hora nas bochechas, hora nos cabelos que insistiam em cair no rosto de . Após um longo tempo eles se afastaram, e para surpresa do jogador, ela tinha um lindo sorriso no rosto, ele se aproximou mais uma vez, mas dessa vez, apenas passou de forma carinhosa o seu nariz pelo rosto dela, enquanto sentia o seu cheiro e tentava guardar aquele momento com todos os detalhes, para nunca mais esquecer.
Durante a sua adolescência havia aprendido várias coisas, e uma delas é que nunca deveria beber em Milton Keynes, nunca acabava bem. Mas é lógico que ela sempre quebrava essa regrar e de resultado acabava com a cara quebrada também. Quando ela acordou naquele dia de manhã, a primeira coisa que sentiu foi dor de cabeça, e a segunda foi o perfume de .
A garota se desesperou e se levantou da cama num susto, e ao constatar que estava nua, xingou como nunca havia xingado em toda a sua vida, mas fez tudo isso em silêncio, pois ela sabia como o jogador de futebol possuía um sono leve. Ela se levantou da cama, com muito cuidado e parou por um momento para apreciar as belas costas de , como ela o odiava.
começou a procurar as suas roupas e sentiu vergonha ao constatar que cada peça estava em um lugar diferente do quarto. Após longos minutos de procura ela se deu por vencida, sua blusa não estava lá. A garota sem saber o que fazer, sentiu vontade de chorar, mas se controlou, ela não podia acordar , ela tinha que sair daquele quarto de hotel o mais rápido possível.
Ela respirou fundo e pensou no seu próximo ato, ela não podia sair pelas ruas de Milton Keynes apenas de sutiã, não que ela nunca tivesse feito isso antes, mas agora era diferente, após muito esforço a sua fama de garota encrenca havia mudado na cidade, e ela queria preservar isso. E foi por isso que ela decidiu pegar a camiseta do jogador que estava em cima de uma cadeira. vestiu a blusa com rapidez e pegou a sua bolsa do chão, olhou mais uma vez para que continuava a dormir e segurou o sorriso que teimou surgir em seu rosto. Ele estava tão bonito dormindo, e ela estava indo embora sem se despedir e estava roubando a blusa dele. Ela era um monstro.
Parou na recepção do hotel para pagar a conta. Ela estava fugindo, o mínimo que podia fazer era pagar pelo quarto de hotel que eles haviam se hospedado. pensou em pedir um taxi, mas ao se dar conta de que o hotel era próximo da sua casa ela preferiu andar. A garota sorriu aliviada ao lembrar que havia parado o carro longe da casa dos seus pais, assim ela evitaria as perguntas que surgiriam. Após entrar no carro a garota começou a chorar e riu logo em seguida. Milton Keynes continuava a ser um lugar estranho para , e o acontecimento da noite anterior havia sido mais um desses momentos em que ela se questionava se havia sido bom ou ruim, mas como sempre, ela dificilmente iria esquecer.
- você trouxe protetor solar fator 300, né?
Beth, amiga de longa data de perguntou, e apesar de já estar acostumada com essas piadinhas, a garota não pode evitar revirar os olhos e fazer uma careta para sua amiga, que gargalhou com as outras garotas que estavam na fila esperando para apresentar o passaporte e por fim serem liberadas.
- Estou levando fator 100. - Ela respondeu enquanto mais uma vez verificava a sua carteira para ver se estava tudo certo.
- Caramba! Nem sabia que existia fator 100! - Suzan, a outra amiga de implicou.
- Engraçadinha. - revirou os olhos - E para a informação de vocês, eu estou bem mais morena do que costumava ser, o sol de Eastbourne está me fazendo muito bem…
- O sol de Eastbourne? - Beth perguntou ironicamente - Ah me faça o favor, !
- Bom, eu não trouxe protetor, mas sim bronzeador, quero voltar da Grécia com a cor do pecado. - Mary disse fazendo todas as outras garotas rirem.
estava distraída rindo com as suas amigas e nem havia percebido quando a sua fila tinha andado, após receber um cutucão nada educado de um senhor, ela foi até o oficial mostrar o seu passaporte. Como esperado estava tudo certo, e finalmente ela estava liberada. A garota foi para o banheiro junto a Suzan e logo depois já estava com as suas amigas novamente. Ou amiga, porque apenas Beth estava lá e ela estava estressada.
- Meu Deus, o que foi? Demoramos tanto assim no banheiro? - disse enquanto se ajeitava.
- Não, lógico que não. É a Mary que eu não consigo achar, os garotos já estão aqui no aeroporto.
- O Math está com tantas saudades assim? - Suzan provocou, já que rapaz era o namorado de Beth, e assim como os outros garotos, ele havia chego há alguns dias na Grécia.
- Não foi ele que me mandou a mensagem, foi o . - A garota respondeu ignorando a provocação da amiga.
- , quem? - perguntou sentindo o coração acelerar.
- Como assim, quem? - Beth estranhou a atitude da amiga - O nosso .
- ? - tinha a mão no coração.
- Você conhece outro? - A outra voltou a questionar.
- O que ele está fazendo aqui? - perguntou enquanto sentia o seu rosto esquentar, tinha a impressão que estava próxima de ter um ataque cardíaco.
- Ele é padrinho do casamento, - Dessa vez foi Suzan que respondeu, ela também estava estranhando o comportamento da amiga.
- O QUÊ? - A garota gritou alto, chamando a atenção de muitas pessoas que estavam no aeroporto de Mykonos.
- O que deu nela? - Mary por fim apareceu.
- Eu não faço ideia. - Beth respondeu e voltou a mais uma vez olhar o seu celular - Bom estamos todas aqui, podemos ir…
- Eu não posso ir. - disse quase num choro - Tenho que ir embora…
- Embora? acabamos de chegar! - Suzan segurou a amiga pela mão - O que está acontecendo?
- Ela vai contar o que está acontecendo, mas vai contar no hotel, estamos atrasadas! Vamos!
Beth disse enquanto puxava a sua mala e também a mala de , que era conduzida por Suzan, a garota estava totalmente sem ação. Enquanto caminhava pelo aeroporto, se perguntou como havia sido tão burra. Era lógico que estaria no casamento de Julie e Colin, o jogador era grande amigo do noivo, e assim como era da noiva, eles haviam crescidos juntos.
Quando a garota viu a porta de saída do aeroporto, decidiu que era o momento para se recompor. não podia vê-la naquelas condições, seria ainda mais humilhante. se endireitou e puxou da mão de Beth a sua mala, e começou a caminhar como se nada tivesse acontecido. Suas amigas obviamente estranharam, mas preferiram não comentar.
o reconheceu de longe, ele estava com uma bermuda jeans e uma blusa branca de botões que “ocasionalmente” ele havia deixado aberta para mostrar o peito sarado que ele tinha. A garota vacilou por um momento, mas ao sentir a mão de Mary em suas costas, ela continuou a andar até o carro. Até o encontro do maravilhoso .
- Como vão, garotas? - Ele perguntou sorrindo enquanto tirava os óculos escuros, seus olhos estavam travados em - Por que demoraram tanto?
- A Mary. - Suzan respondeu revirando os olhos.
- Me desculpem, mas eu tinha que aproveitar do freeshop. - A outra respondeu mostrando a língua para a amiga, e logo depois se voltou para o jogador - Como vai, ? Os anos te fizeram muito bem, e o dinheiro também…
- É bom te ver também Mary. - O jogador respondeu sorrindo.
- Não liga para ela, , eu sempre te achei um gato. - Beth sorriu e se aproximou do jogador que a abraçou - Mas você está muito mais forte agora, podia contar o seu segredinho para o Math, hm?
- Com o tanto de cerveja que o seu namorado toma, Beth, ele não vai perder aquela barriga nunca. - Suzan sorriu para amiga e se aproximou do jogador para cumprimentá-lo também. observava tudo de longe, evitava encarar o jogador, mas o mesmo insistia em deixá-la desconfortável. não tirava os olhos dela - , não vai cumprimentar o ? Ou vai me dizer que você continua com aquela birra da época de escola que costumava ter com ele?
- A me viu esses dias Suzan. - O jogador sorriu - Não deu tempo de dar saudades ainda.
- Como assim vocês se viram esses dias? - Mary questionou - Por que não contou para gente, ?
A garota encarou com ódio, e pode ver no olhar do jogador que ele estava se divertindo. Aquilo era um jogo para ele, um jogo que ele adorava jogar. respirou fundo e com um olhar disse para suas amigas que falaria sobre aquilo depois.
Ela se aproximou de jogador, e assim como ele, tirou os óculos escuros e o encarou. se aproximou com calma, e colocou a sua mão esquerda um pouco abaixo da cintura da garota e a puxou para um abraço, um abraço que não correspondeu de imediato. Com a mão direita ele afastou do pescoço os cabelos da garota, e depositou um beijo demorado lá. se afastou um pouco e com um sorriso no rosto disse a ela:
- Aqui você não tem para onde fugir, . - Ele piscou para a garota - E a propósito, a sua blusa está comigo. Eu te devolvo quando você devolver a minha.
- Eu não estou acreditando que você dormiu com ! - Beth tinha a mão na boca.
- Eu não estou acreditando que você dormiu com ele e depois foi embora sem se despedir! - Suzan disse um pouco mais séria, apesar do sorriso em seu rosto a entregar.
- Uou, , eu não sabia que você fazia o tipo que foge de manhã sem deixar um bilhete. - Mary provocou a amiga que se jogou na cama desesperada.
tentou respirar fundo, para se acalmar, mas não conseguiu. No segundo seguinte estava rindo feito uma maluca, era sempre assim, o corpo da garota reagia da forma contrária esperada. Ela estava chorando por dentro.
- Calma, , não é tão ruim assim… - Suzan disse enquanto se sentava na cama ao lado da garota.
- Todas nós já fizemos algo vergonhoso assim. - Mary sorriu para a sua amiga - A parte vergonhosa no caso é você ter ido embora sem se despedir, porque fazer sexo com o deve ter sido muito bom, ele tá maravilhoso!
- Algumas de nós já fizemos coisas piores. - Beth respondeu, enquanto dava um tapa na cabeça de Mary.
- Tipo fugir no dia do casamento? Ah não, essa fui eu também… - disse enquanto tampava a sua cara com o travesseiro.
- Ei, eu acho isso bem legal - Mary disse se sentando ao lado da amiga - Foi tipo a Rachel fugindo casamento! Pensa assim, você fugiu do Barry para encontrar o seu o Ross!
- Cala boca, Mary! - Suzan disse jogando um travesseiro na cara da amiga - Sabe do que você precisa, do que todas nós precisamos? Ir à piscina e flertar com homens gregos.
- Vocês vão, eu preciso achar a Julie, ela deve estar surtando. - Beth disse enquanto se dirigia até a porta do quarto - , eu se fosse você iria falar com o , vai fazer bem para vocês dois.
Ela observou a garota ir embora do quarto, e respirou fundo mais uma vez antes de se sentar na cama e encarar as suas amigas. Suzan estava certa, tomar sol em Mykonos era uma excelente ideia, e foi por isso que ela deixou as suas amigas escolherem o seu biquíni.
Com os braços cruzados as garotas foram até a piscina do hotel. se separou das suas amigas que foram até o bar, ela decidiu que seria melhor não beber, afinal, da última vez que ela havia bebido as coisas não haviam terminado bem.
Já deitada em sua esteira, a garota estranhou quando uma sombra indesejável roubou o seu sol, e ao abrir os olhos notou que não era uma sombra e sim uma pessoa. estava parado em sua frente, mas não um simples , o garoto estava sem camisa e completamente molhado por conta da piscina. A garota quis morrer.
- Ah ótimo, eu estava querendo falar com você. - Ela disse enquanto se levantava.
- Você quer falar comigo? Pensei que estava fugindo de mim. - Ele disse surpreso.
- Sem piadinhas, - Ela disse séria enquanto amarrava a sua saia em sua cintura - Onde podemos ir para conversar?
- Vamos dar uma volta pela cidade. - O jogador sorriu para ela antes de colocar seus óculos escuros e começar a andar.
o seguiu de perto, mas não muito perto. Era impressionante como o corpo do jogador era tentador, ela perdeu as contas de quantas vezes quis tocar nas costas musculosas de , foi por isso que ela decidiu que seria melhor andar ao seu lado.
Ele estranhou a mudança repentina de comportamento da garota, pois havia percebido que ela fazia de tudo para ficar longe dele, ao contrário dele, ele queria ficar o mais perto dela possível. se controlava para não encarar demais . Mas era como uma tortura para ele, o biquíni que ela usava contrastava de uma forma maravilhosa com a cor de sua pele, e ela chamava atenção por onde passava. Ele sorriu ao ver a careta que ela fez quando ele apontou para as bicicletas que o hotel disponibilizava para os hóspedes, sem esperar por ela, o jogador subiu e começou a andar, alguns segundos depois estava ao seu lado.
Eles andavam lado a lado, cada um olhando para uma paisagem diferente, mas sempre na mesma velocidade, algumas vezes o jogador olhava para o lado, para confirmar que ela ainda estava lá. Foi quando parou a bicicleta bruscamente que ele notou que ela estava nervosa e tinha lágrimas nos olhos.
- Olha, eu preciso falar logo. - Ela começou saltando da bicicleta.
- Tudo bem. - O jogador disse fazendo o mesmo - Mas eu preciso te dizer algo antes.
- Precisa? - Ela perguntou enquanto dava um nó mais forte em sua saia que insistia em cair.
- Eu não fiquei bravo nem nada. - Ele disse se aproximando da garota que não o encarava - Por você ter ido embora de manhã sem se despedir…
- Eu normalmente não faço isso, . - Ela disse ainda sem o encarar - Eu fiquei assustada…
- Por ter feito sexo comigo? - O jogador perguntou confuso.
- Pelo jeito que me senti após ter feito sexo com você. - Ela finalmente o encarou e teve que se controlar para não puxá-lo para um beijo. Ele ficava tão bonito confuso.
- Como você se sentiu, ? - Ele perguntou se aproximando mais, a garota não respondeu, apenas o encarou, mas isso não pareceu incomodar , o jogador passou com as suas mãos pelo corpo da garota, parando em sua cintura. arrepiou ao senti-lo tocar com os dedos a pele de sua cintura e desfazer o nó de sua saia, apenas depois para o seu desapontamento, refazê-lo novamente - Você se lembra de que fui eu que te ensinei a amarrar o cadarço?
- E você prometeu que nunca contaria para ninguém isso, porque eu já era mais velha e já deveria saber. - Ela disse quase sem ar.
- Eu não contei para ninguém. - sorriu para que retribuiu, o jogador ao perceber que a garota estava mais calma, levou a sua mão esquerda para o rosto dela e começou a fazer carinho, ela ficou nas pontas dos pés e puxou o rosto do garoto, porém não passou de um toque nos lábios, pois o celular dela começou a tocar no mesmo instante.
- É a Julie. - Ela disse sem o encarar - Estamos atrasados para o ensaio do casamento.
- Você sabe com quem vai entrar amanhã no casamento, não sabe ? - Ele perguntou com um sorriso convencido no rosto - Comigo.
não respondeu, faltou palavras em sua boca, ela apenas concordou com a cabeça e voltou a subir em sua bicicleta, não esperou o jogador para começar a andar. Ele apenas a observou ir embora, não se importava por ela ainda estar fugindo dele, pois ela já havia confessado que estava sentindo algo diferente por ele. E isso foi o suficiente para deixar um enorme sorriso na cara de pelo o resto do dia.
- Hoje eu vou dançar até os meus pés começarem a sangrar.
sorriu ao ouvir o comentário de Mary, sabia como a amiga gostava de dançar, e sabia o quanto ela exagerava no drama, por isso deu risada ao ver Suzan revirar os olhos. A garota estava terminando de se arrumar, a maquiagem já estava pronta, faltava apenas o brinco de argolas que Beth havia emprestado, e lógico o vestido.
- Fui só eu, ou mais alguém percebeu que a e o não conseguiam tirar os olhos um do outro durante o ensaio? - Julie perguntou enquanto se aproximava da amiga que sentiu o rosto esquentar.
- Julie, você não está sabendo da novidade, e vão ser o próximo casamento! - Mary disse provocando a amiga que tacou o travesseiro em sua cara.
- Cala a boca. - pediu de mal humor - Eu dormi com o na última vez em que estive em Milton Keynes…
- Sabia que aquela implicância toda tinha algum motivo, vocês eram apaixonados um pelo outro! Só não conseguiam admitir. - Julie disse sorrindo para amiga que revirou os olhos - Agora tudo faz sentindo, o porquê de ter pedido para entrar com você amanhã…
- O quê? - perguntou enquanto se levantava - Eu não ia entrar com ele?
- Não! Você ia entrar com o Steve, mas ele pediu para trocar. - Julie deu de ombros - E nem adianta vir pedir para trocar, já está tudo certo…
não respondeu, ela não ia pedir para trocar, a verdade é que o sorriso em seu rosto entregava tudo, ela estava contente por ter pedido para ser o seu par no casamento de amanhã. A garota se assustou com as batidas na porta, mas logo se tranquilizou, sabia que era o Colin vindo se despedir de Julie antes de ir para a sua despedida de solteiro. Como estava apenas de roupão ela preferiu ir no banheiro para enfim colocar o vestido, mas ela levou um susto ao voltar para o quarto e encontrar sentado na cama com os outros garotos.
- Uau, , estou até pensando em não ir nessa festa de despedida e ficar aqui te admirando. - Math disse sorrindo enquanto se aproximava na garota para lhe dar um beijo da bochecha.
- Você quis dizer admirar a sua namorada, certo? - perguntou enquanto o empurrava e tentava não tremer por conta do olhar que recebia de .
- Você bem que podia emprestar esse vestido para a Beth. - Math respondeu sorrindo enquanto caminhava até a porta - Em falar em Beth, cadê ela?
- Está organizando a festa - Julie respondeu enquanto beijava Colin – Festa a qual já estamos atrasadas, está pronta, Mary?
A garota gritou do banheiro dizendo que ainda não estava, fazendo Suzan revirar os olhos mais uma vez. estava concentrada em mexer em sua nécessaire, queria achar algo, só não sabia o que era. Julie ao perceber o nervosismo da amiga, sorriu provocativa e com a cabeça indicou que estava sentado na cama, bem atrás de . A garota respirou fundo e decidiu que de nada adiantaria ignorá-lo, ela se virou de frente para encará-lo, mas ela não estava pronta para vê-lo daquele jeito.
estava sentado na ponta da cama com as pernas afastadas, era como se ele estivesse fazendo um convite para ela se sentar em seu colo, e ela sentiu vontade de fazer isso, mas se controlou, o jogador a olhava com desejo. Tudo que ela fez foi sorrir para ele, que achou engraçado o quanto a garota estava sem graça. ao perceber que todos estavam encarando os dois, decidiu que já estava na hora de ir embora, mas antes se aproximou da garota e a puxou pela cintura ficando bem próximo a ela e disse:
- Você fica muito bem de vermelho. - O jogador sorriu para garota antes de se afastar e pode notar o sorriso que tomou conta do rosto dela.
- Bom, até amanhã. - Colin disse enquanto mais uma vez puxava Julie para um beijo - Eu te vejo no altar, isso se você não der uma de e fugir antes…
paralisou no mesmo instante. Sabia que Colin estava apenas fazendo uma brincadeira e que não tinha a intenção nenhuma de chateá-la, mas a garota sentiu de repente uma vontade enorme de chorar, mas se controlou ao encontrar o olhar de preso ao seu. O jogador não sabia daquela história, ela podia ver na cara dele que ele não estava entendendo nada, e foi por isso que ela apenas sorriu enquanto pegava a sua bolsa e deixava o quarto sob o olhar de todos.
estava sentada no bar enquanto assistia as suas amigas dançarem feitos malucas na pista de dança, foram inúmeras as vezes em que elas chamaram a garota para dançar e ela recusou, ela não estava afim. Julie já havia pedido desculpas para ela, logo após de dar uma bronca em Colin por ter sido totalmente sem noção, mas a tranquilizou, não era por isso que ela estava sentada no bar sozinha, ela estava assim porque não conseguia parar de pensar em ..
Foram inúmeras vezes em que ela se pegou encarando a porta do bar em busca de vê-lo entrar, mas em nenhuma das vezes ele apareceu, e nem apareceria. E foi por isso que ela decidiu que seria ela que iria atrás dele. Perguntou ao barman onde era a boate que os rapazes estavam comemorando a última noite de solteiro de Colin, e foi atrás, mas é claro antes pediu desculpas para Julie, e disse que não estava se sentindo muito bem.
Nem o fato do barman ter dito a ela que a boate ficava a quase vinte minutos dali, impediu de tirar os seus saltos e correr até .
Durante o caminho ela acabou rindo sozinha, não conseguia acreditar que estava correndo atrás de , o garoto que ela jurou para sempre odiar. A verdade é que agora, ela estava se questionando se de fato tudo que ela sentia por ele era ódio. Apesar da implicância, ela e o garoto sempre foram muito próximos, no começo ela achava que era por conta de seu primo ser melhor amigo do jogador, mas sempre parecia querer estar próximo dela, ele sempre se importou muito com ela.
Após chegar na porta do bar em que os garotos estavam, ela parou e respirou fundo. pensou em desistir por um momento, porque, afinal, ela não sabia o que estava fazendo ali, sabia apenas que queria estar perto do jogador.
Ela respirou fundo enquanto o segurança pedia o seu nome para autorizar a sua entrada, ela entrou na boate e logo deu de cara com Matt que sorria enquanto tomava um copo de vinho, ele não estranhou quando a viu, tudo que ele fez foi indicar com a cabeça a sacada do bar. então caminhou com calma até lá, já imaginando o que iria encontrar.
estava apoiado pelos cotovelos na mureta que tinha ali, e em suas mãos uma garrafa de cerveja, que notou ainda estar cheia. O garoto usava uma calça preta, um pouco grudada, o que ressaltou os músculos em suas coxas, a blusa era branca e como sempre, tinha alguns botões abertos. Ele encarava o mar a sua frente, mas notou quando a garota se juntou a ele, mas não se moveu.
- Se perdeu, ? - O jogador perguntou enquanto levava a garrafa aos lábios.
- Eu não sei. - Ela respondeu confusa.
- Não sabe, o quê? - finalmente se virou de frente a ela, e sentiu o seu coração derreter enquanto a contemplava. estava descalça e com o cabelo bagunçado por conta do vento, ela estava linda.
- Eu não sei o que estou fazendo aqui - Ela disse enquanto se aproximava dele - O que é isso? Isso que está acontecendo entre nós?
- Você não sabe? - O jogador perguntou confuso.
- Eu não faço ideia.
respirou fundo enquanto a encarava, ele se abaixou para deixar a sua garrafa de cerveja no chão e logo em seguida puxou a garota pelos ombros para um abraço. Ele estava com vontade de fazer isso desde que a viu sair com lágrimas nos olhos do quarto mais cedo naquele dia. Ele sorriu quando a sentiu agarrar com força a sua blusa. Eles ficaram por um tempo assim, foi a garota que se separou, e quando ela a fez, sentiu um vazio dentro si, é como se ela pertencesse ao seu abraço. Ele sentiu que poderia abraçá-la para sempre e nunca se cansaria da sensação.
- Você não quer saber sobre o meu casamento? - Ela perguntou do nada, assustando o jogador que franziu as sobrancelhas. Ele queria sim saber sobre aquela história, mas não se importava, e foi o que ele disse a Colin quando o amigo começou a lhe contar.
- , não é da minha conta. - Ele respondeu enquanto a encarava - Você não precisa me contar se não se sentir à vontade.
- Você sempre foi assim? - Ela perguntou enquanto se abaixava para pegar a cerveja dele - Um amor de pessoa?
- Eu era um pouco chato com você. - O jogador sorriu enquanto a observava tomar um gole da bebida.
- Um pouco? - Ela ergueu a sobrancelha, mas sorriu para ele - Você era a pessoa que mais me irritava, .
- Eu já te disse. - Ele sorriu de lado e se apoiou na mureta - Eu era apaixonado por você, só não sabia demonstrar…
sorriu para ele, para a surpresa do jogador. Toda vez que ele mencionava que, na verdade, durante a sua adolescência foi apaixonado por ela, a garota revirava os olhos ou fazia uma careta, mas dessa vez ela não fez isso.
- Eu conheci ele na faculdade. - disse do nada deixando confuso.
- Quem?
- O Arthur. - Ela disse encarando com firmeza o jogador que apenas assentiu, ela estava contando para ele a história do seu quase casamento - Ele estava cursando medicina, nós tínhamos amigos em comum, e após uma festa acabamos dormindo juntos. - A garota respirou fundo antes de continuar - Namoramos por seis meses, e então ele me pediu em casamento, e eu aceitei. - começou a rir - Ele foi o primeiro garoto que eu acordei ao lado no dia seguinte e não tive vontade de sair correndo - abaixou a cabeça após ouvi-la dizer aquilo, sentindo-se tolo, pois se lembrou que ela havia fugido na noite em que dormiram juntos, o jogador estranhou quando sentiu ela pegar em sua mão e subiu o olhar até encontrar um sorriso na cara da garota - E foi por isso que fugi de você, , porque eu queria ficar, e me assustei, eu queria ter ficado ali, ao lado do cara que me irrita como ninguém.
tinha certeza que parecia um bobo por conta do enorme sorriso que tomou conta do seu rosto, mas não se importou. Durante uma semana ele ficou se remoendo e imaginando o porque de ter ido embora daquele jeito, ainda mais após a noite incrivel que tiveram juntos, ele tinha certeza que a garota havia gostado, mas quando acordou e se deu conta de que ela havia ido embora sem se despedir, ele se sentiu desolado, mas então se lembrou que era assim, dificilmente mostrava o que estava sentindo, e era justamente por isso que ele tinha o sorriso bobo no rosto, ela estava mostrando.
- Nós íamos nos casar no verão daquele ano. - Ela continuou sem o encara-lo - E foi só no dia do casamento que eu me toquei que estava prestes a fazer a maior idiotice da minha vida. - suspirou fundo - Então eu fugi.
- No dia do casamento? - não conseguiu esconder a sua curiosidade o que fez a garota rir. - Vinte minutos antes. - Ela disse, olhando para o jogador que aparentava estar surpreso - Eu pulei a janela do banheiro e depois roubei o jipe dele.
- Você ainda roubou o carro dele? - começou a rir.
- E fui para um bar. - concordou - Foi a minha irmã que me achou, minha mãe ficou sem falar comigo por quase um ano, o que não é tão ruim, porque você sabe como ela é. - O garoto concordou, Abby sempre foi mais exigente com a sua filha mais nova - Eu encontrei o Arthur depois, apesar dele ter mudado de faculdade, ele foi para Cambridge. Ele estava bem, e adivinha?
- Estava noivo novamente? - perguntou rindo.
- Estava, só que de um cara. - respondeu e começou a rir quando viu o jogador se jogar no chão de tanto rir. sempre tivera uma risada extravagante, aquelas que você podia ouvir do outro lado da rua, e ela a amava.
observou enquanto o jogador se recompunha e aproveitou para terminar a garrafa de cerveja que ainda estava nas suas mãos e começou a apreciar o bela noite em Mykonos. sorriu e se aproximou dela, ainda não acreditando que ela tinha vindo atrás dele. Ele a abraçou por trás e ficaram assim por um tempo, o jogador ficou pensando em todas as vezes em que ele imaginou aquele momento. a garota que ela amava irritar, estava finalmente começando se abrir e mostrar os seus sentimentos para ele. Porém, o jogador sabia que aquilo era apenas o início, para conquistar a confiança dela, ele precisava mostrar o quão importante ela era para ele.
- . - Ele chamou baixinho - Eu fiquei muito feliz por você ter vindo me procurar…
- A verdade é que eu não consigo parar de pensar em você desde que te reencontrei em Milton Keynes, e acredite, eu tentei. - Ela disse de uma vez e sentiu um grande peso ser retirado das suas costas.
- Você se lembra de como nos conhecemos? - Ele perguntou virando o corpo da garota para frente do seu - Seu cabelo era muito mais comprido e você tinha aparelho nos dentes. - revirou os olhos, fazendo o jogador sorrir - A primeira coisa que você me disse é que eu tinha as pernas finas.
- Bom, elas não são mais. - Ela sorriu e abaixou as suas mãos que estavam nas costas do jogador em direção a sua bunda o que fez rir nervoso.
- Você também me disse naquele dia que acreditava que um dia eu seria um jogador de futebol. - Ele continuou apesar das mãos da garota passeando pelo seu corpo o distrair, ele tentava focar em seu sorriso.
- Podia estar jogando no Arsenal - Ela disse séria, fazendo rir histericamente.
- Você admite que eu sou melhor que o Ozil? - O jogador perguntou, provocando-a.
- Cala boca, ! - disse mais nervosa, o que fez com que o garoto a apertasse com mais força em seus braços. Não tinha jeito, ela amava irritá-la - Você se apaixonou por mim naquele dia? - Ela perguntou, encarando-o, apesar do nervosismo que sentia.
- Acho que me apaixonei por você gradualmente. - Ele sorriu para ela e levou a sua mão esquerda para o rosto da garota e fez um carinho ali - Foi aos poucos, .
- É sério isso? - Ela perguntou desconfiada. Apesar de confessar que estava se sentindo diferente em relação ao jogador, ela ainda estava muito confusa.
- Quando é que você vai entender que eu tenho sentimentos por você, e que eles são reais? - disse sorrindo e abaixando levemente a sua cabeça para que seus olhos e os da garota ficassem na mesma altura.
- Eu sei! Eu também tenho e é por isso que estou tão assustada, eu nunca imaginei sentir isso pelo garoto que mais me irrita no mundo. - disse um pouco nervosa, se afastando do jogador.
a observou por um momento, antes de puxá-la mais uma vez, dessa vez com mais urgência, juntou os seus lábios em um beijo cheio de sentimentos, e o jogador desejou que aquele beijo enfim mostrasse para o quão importante ela era para ele. Foi a garota que rompeu o beijo, ainda sem o encará-lo, ela o abraçou e sentiu o coração do jogador batendo com uma certa velocidade o que fez com que ela sorrisse.
Os dois ficaram por um tempo assim, intercalando beijos e carinhos enquanto observaram o anoitecer da bela cidade grega, se separam apenas quando sugeriu um mergulho na piscina, apesar de ficar apreensiva no começo, quando ela viu o jogador tirar a sua roupa e ficar apenas de cueca e pular para dentro da piscina, ela sentiu que devia aproveitar aquele momento que estava tendo ao lado de .
a observou durante todo o momento e assobiou para ela quando por fim ela tirou o vestido e ficou apenas de lingerie, ela fez uma careta para ele, mas o seu rosto corado a entregava. se sentou na beirada da piscina e usou os seus pés para jogar água no jogador que nadou até a sua direção e a puxou para dentro da piscina, e lhe beijou. sorriu quando sentiu as mãos do pararem em seu quadril, ele deixou por um momento os lábios da garota e começou a beijar o seu pescoço, ela começou a rir histericamente quando sentiu os beijos molhados sendo distribuídos em seu colo, ela morria de cócegas e ele sabia disso.
- Meu Deus, - disse se separando apenas um pouco para que pudesse ter a visão do rosto da garota - Eu amo demais a sua risada.
e caminhavam lado a lado, de mãos dados. De vez em quando o jogador implicava com ela a empurrando pelo ombro, e soprando o seu cabelo o que fazia a garota se arrepiar. Ela estava usando a blusa do jogador, já que o seu vestido estava encharcado, por culpa do garoto que em uma brincadeira acabou deixando a peça cair dentro da piscina. Ele pediu desculpas, mas sabia que ele havia feito de propósito, o sorriso dele o entregava, mas pela primeira vez ela não ficou brava, nem se importou. Ela ficou feliz quando o jogador ofereceu a sua própria blusa para que ela não tivesse que voltar para o quarto apenas de calcinha e sutiã. A garota apenas viu vantagem nisso, já que o jogador estava sem camisa, e ela podia o admirar a vontade.
- Mais uma blusa minha que você rouba. - Ele disse após parar na frente do quarto da garota - Para ficarmos empatados você tem que me dar mais uma sua.
- Onde afinal está a minha blusa? - perguntou cruzando os braços. a encarou por um momento e então começou a rir.
- Oh, você não se lembra? - Ele perguntou após se recompor - Você fez um mini showzinho para mim no carro como previa, a sua blusa ficou lá.
A garota sentiu o seu rosto esquentar numa velocidade absurda e foi por isso que tapou a cara com as mãos. A risada do jogador só piorava a vergonha que ela estava sentindo. estava achando adorável toda aquela cena e foi por isso que se aproximou de e abraçou, a garota colocou o rosto no peito do jogador e soltou um gritinho de ódio o que fez o garoto gargalhasse mais alto ainda.
- Ah, são vocês. - Suzan disse ao abrir com velocidade a porta do quarto, assustando os dois.
- Estava esperando alguém? - perguntou se afastando de , um pouco envergonhada.
- A Mary, ela conheceu esse cara ontem e passou a noite com ele; - Suzan explicou enquanto lançava um olhar sugestivo ao jogador, que mexia nos cabelos enquanto tentava disfarçar o sorriso - A safada se deu bem, e pelo jeito você também. - Ela piscou para antes de fechar a porta do quarto novamente.
- Eu acho melhor entrar. - A garota começou - Tentar dormir um pouco antes do casamento.
- Claro! - O jogador sorriu e ela sentiu borboletas invadirem o seu estômago - É melhor eu ir também, mas antes preciso da minha blusa de volta.
- . - o repreendeu, mas isso não o impediu de se aproximar da garota, e com uma lentidão exagerada ele começou a abrir botão por botão a blusa que ela usava, e em todo momento manteve os olhos focados na garota que sentiu que iria desmaiar tamanha a intensidade.
- Pronto. - Ele disse após por fim retirar a blusa da garota que respirou fundo, antes de se afastar, com os dedos da sua mão esquerda ele fez círculos pela barriga de a deixando sem ar.
- ... - Ela o chamou baixinho.
- Sim? - Ele perguntou ainda com a mão no corpo da garota, seus olhos subiram para o rosto de .
- Eu acho que você é o meu Ross. - Ela disse, deixando-o totalmente confuso.
- O quê? - Ele perguntou, mas não respondeu, ela apenas se aproximou e depositou um beijo em sua bochecha, antes de entrar para dentro do quarto.
A garota apoiou as costas na porta fechada e se deixou suspirar, ela ainda pode ouviu o jogador chamar o seu nome, mas ela não abriu a porta, apenas ficou parada ali parecendo uma boba.
- Meu Deus! - Suzan disse após sair do banheiro e dar de cara com a - Eu preciso arranjar um homem para mim.
- É sério, , eu acho melhor você estar pronta quando eu voltar. - Beth disse após ver a garota sair de roupão de dentro do banheiro.
sorriu torto para amiga que já estava pronta e muito bonita em seu vestido verde de madrinha, já ela não estava nem perto de estar arrumada para o casamento. Julie que estava terminando de ser maquiada por Mary, que havia voltado para o quarto logo após , sorriu para a garota a tranquilizando, ao contrário de Beth, Julie era mais calma.
No exato momento em que Mary anunciou que Julie estava pronta, as garotas ouviram batidas na porta. Suzan abriu a porta e entrou no quarto, o jogador carregava com ele um grande buquê de rosas vermelhas.
- Ah, pronto. - Suzan disse revirando os olhos - Agora que a não fica pronta.
- Na verdade, são para a Julie. - abriu um sorriso enquanto caminhava em direção a noiva - Colin mandou lhe entregar. Você está linda.
- Obrigada, - A noiva disse enquanto abraçava o jogador - O quão bêbado Colin ficou ontem?
- Ele achou que o Matt era a Julia Roberts. - disse fazendo as garotas rirem.
- Vamos Julie, já estamos atrasadas! - Beth disse enquanto puxava a amiga pela mão.
- Relaxa Beth! Eu ainda vou fazer as fotos! - Julie disse fazendo uma careta para a amiga - Depois você reclama quando te chamam de Monica...
- quero você em 20 minutos na praia, está me ouvindo? - Beth continuou ignorando a amiga.
- 30 minutos. - disse fazendo um biquinho enquanto se sentava para começar a maquiagem.
- 25. - Beth disse séria - , ela tem que estar na praia em 25 minutos, está me ouvindo?
- Sim, senhora - O jogador sorriu para a garota que saiu do quarto acompanhada da noiva e das duas outras duas madrinhas - Porque você está tão atrasada?
- Eu dormi na banheira. - Ela disse enquanto separa as suas maquiagens - E você é o culpado.
- Ah, eu? - sorriu enquanto se sentava em uma das camas de casal que havia no quarto.
- Não importa. - respondeu bufando enquanto se levantava da cadeira - Você está vendo uma nécessaire vermelha em algum lugar?
O jogador deu de ombros, mas se levantou da cama para ajudar achar a nécessaire, porém ele não conseguiu controlar os seus olhos, que sempre procuravam por . Apesar de não estar arrumada que nem as outras garotas, na opinião de , ela era a mais bonita, mesmo com um roupão que tinha o dobro do seu tamanho. A garota deu um gritinho de comemoração quando por fim encontrou a nécessaire. Aproveitando que ele estava próxima a ela, se aproximou pegando a garota de surpresa.
- Que cara é essa, ? - perguntou enquanto observava as mãos do jogadores irem até o laço do seu roupão.
- O seu nó ainda é fraquinho . - O jogador disse antes de abrir o roupão da garota, mas para a sua surpresa e alegria, ela estava apenas de calcinha. Ele subiu os seus olhos até o rosto da garota, que estava mordendo o seu lábio inferior enquanto encarava o garoto, mas quando a puxou para mais perto de seu corpo, recebeu um tapa ardido em sua mão – Porra, !
- Não, não e não - A garota disse enquanto voltava a colocar o roupão - Eu tenho que me arrumar.
- Ainda temos tempo. - O jogador protestou, mas conseguiu fugir das mãos de que tentaram a impedir, a garota passou por cima de uma das camas e voltou para a penteadeira - Não me deixe assim, ! - disse enquanto apontava para a sua calça.
- Que mania é esse de ficar tirando a minha roupa? - A garota perguntou enquanto ria da situação do jogador - Você devia estar me ajudando! Vai, pega para mim o meu vestido, é para estar dentro do closet.
xingou baixinho o que só fez com que a garota gargalhasse mais alto, ele entrou no closet e logo deu de cara com um vestido lilás, foi então que ele se deu conta que a sua gravata era da mesma cor. Ele voltou para o quarto, onde com rapidez se maquiava.
- Nós estamos combinando. - Ele disse se aproximando com o vestido em mãos.
- Todos os padrinhos e madrinhas estão - sorriu - Você devia usar mais terno, fica bom em você - A garota disse sorrindo para ele.
- Eu sei. - O jogador respondeu convencido o que fez a garota revirar os olhos. sorriu ao ver essa reação se aproximou de , abraçando-a por trás e deu vários beijinhos no pescoço da garota que começou a se contorcer por conta das cócegas que sentia. O garoto parou e se ajoelhou ao seu lado e sorriu para ela, apesar dela não entender muito bem essa reação, ela sorriu de volta - Você vai tentar pegar o buquê hoje?
- Não força, . - Ela respondeu tentando segurar o sorriso, o que só fez com que o sorriso do jogador aumentasse.
assistia com atenção o seu amigo de longa data surtar minutos antes do seu casamento, o jogador havia apostado com os outros padrinhos que Colin iria fugir, mas isso não aconteceu. crescera ao lado de Colin e Julie, e sabia o quão apaixonados eles eram um pelo outro, o jogador estava se sentindo mais do que honrado der padrinho no casamento de ambos.
Os garotos se assustaram quando Suzan, em um vestido amarelo, entrou na sala em que o noivo fazia os últimos retoques, e os avisou que estava na hora. O jogador ao lado de Steve que estava em uma gravata azul, que combinava com vestido da mesma cor de Mary, caminharam em direção a praia, onde aconteceria a cerimônia. Chegando lá, notou que uma das madrinhas não estava lá, justamente a que seria o seu par.
O jogador passou os seus olhos pelo local, mas não conseguiu encontrá-la, foi Beth que indicou o banheiro para ele, o garoto pediu licença e foi na direção do toilet feminino, e encontrou sentada no vaso com as mãos na cabeça, a garota se assustou ao vê-lo.
- Eu juro que não vou fugir pela janela. - Ela disse, fazendo o jogador rir, mas ele parou ao notar que ela tinha lágrimas nos olhos.
- O que aconteceu, ? - Ele perguntou enquanto se ajoelhava na frente da garota.
- Um monte de flashbacks. - Ela respondeu e logo entendeu, ela estava se lembrando do próprio casamento - Eu entro em pânico toda vez em que lembro que eu poderia estar casada agora, se eu tivesse me casado , eu teria jogado a minha vida no lixo.
- Mas você não se casou, - Ele disse enquanto levantava com a sua mão o queixo da garota para que pudesse olhá-la nos olhos - E acredite em mim, não tem ninguém nesse mundo que fique mais feliz do que eu por você não ter se casado. - A garota sorriu ao ouvi-lo dizer aquilo - Eu entendo o seu nervosismo, eu fico nervoso toda vez antes de um jogo.
- Você fica? - perguntou surpresa.
- É claro, mas eu fico mais nervoso ao lembrar que eu quase desisti de ser um jogador. - disse e não se surpreendeu com os olhos arregalados da garota - Você sabe, , você sabe que eu não tive uma infância boa. Eu nunca tive dinheiro para comprar boas chuteiras, eu usei a mesma por vários anos. Minha mãe não ia assistir os meus jogos, porque ela estava bêbada demais para isso, muito menos o meu pai, que me abandonou antes de eu nascer. O tanto de preconceito que eu sofri, teve vários momentos em que eu pensei em desistir, mas eu não desisti, sabe por quê?
- Por quê? - A garota perguntou totalmente envolta na história do jogador.
- Porque a garota pela qual eu sou apaixonada disse para mim que acreditaria que eu seria um jogador de futebol, então eu acreditei também.
não conseguiu segurar as lágrimas que saiam dos seus olhos, ela puxou o jogador pelo pescoço e o abraçou com força, quase derrubando-o. sorria enquanto fazia carinho nos cabelos soltos de , que demorou para soltá-lo de seu abraço, o deixou ir apenas quando lembrou que os dois tinham que estar na praia para o casamento.
- Você é um idiota, - disse enquanto limpava os seus olhos, ainda com lágrimas - Me fez borrar a maquiagem.
- Você está linda. - Ele disse enquanto também ajudava a limpar os olhos da garota - ?
- Sim?
- Eu fico muito feliz por você ser a minha Rachel.
agora mais calma, ajudava Mary a arrumar o vestido de noiva de Julie. O noivo Colin já estava no altar, esperando-a, a garota sentiu que poderia explodir de tanta alegria que estava sentindo. Após conferir pela última vez o vestido. foi em direção a , que passava a mão pelo terno para arrumá-lo.
- Você está lindo. - Ela disse enquanto se colocava ao seu lado - O que é isso? - ela perguntou se referindo a pequena corrente que o jogador tinha em mãos.
- É para você não ficar nervosa. - Ele sorriu se virou de frente para colocar o colar no pescoço de que sorriu tímida - Eu uso ela durante as partidas.
- Droga. - disse revirando os olhos, apesar disso ela tinha um sorriso no rosto - A minha mãe estava certa, você é uma graça de garoto.
começou a gargalhar junto a , e logo depois ele ofereceu o seu braço a ela, e juntos eles se posicionaram atrás de Beth e Matt que lideravam a fila de padrinhos e madrinhas. sentiu um frio invadir a sua barriga e ficou nervosa por um momento, mas ao olhar para ao seu lado ela se sentiu mais calma, o jogador abaixou a cabeça e depositou um beijinho na ponta do nariz dela, antes de dizer:
- Relaxa, , não é o nosso casamento. - Ele piscou para ela - Ainda.
Há muito tempo não se divertia tanto, ao lado de suas amigas ela dançava ABBA e não se importava se estava pagando mico, cantava com vontade a letra de “Dancing Queen”. Seus saltos já não estavam mais com ela, e para falar a verdade, ela não sabia onde eles estavam exatamente, mas ela não se importou. Com a mão direita ela segurava o seu vestido que era longo, e com a esquerda mexia nos cabelos que insistiam em cair em seu rosto. Foi quando a música acabou, que a garota decidiu que precisava beber algo, suas amigas a acompanharam até o bar, e com um sorriso esperto no rosto Mary cutucou a cintura de .
- Esse colar não combina com o seu vestido. - Ela disse suspeita e em seguida tomou com gole de vinho.
- É do . - A garota respondeu envergonhada e revirou os olhos quando as suas amigas gritaram “own”, apenas Beth olhou de forma desconfiada para a amiga.
- O que deu em você? - Ela disse se aproximando da amiga. – Ele não era irritante?
- Eu também não sei. - respondeu sincera, segurando no colar - Vocês me conhecem, eu não sei o que aconteceu, mas desde que nos reencontramos no aniversário de casamento dos meus avós em Milton Keynes, ele não sai da minha cabeça.
- E agora você finalmente vai acreditar na gente que toda aquela irritação era amor reprimido? - Julie disse sorrindo emocionada para amiga que devolveu uma careta.
- Vocês estão ouvindo os sinos? - Suzan perguntou deixando confusa.
- Que sinos?
- Os sinos do seu casamento e do . - Suzan disse rindo com as suas amigas, mas todas de repente pararam, com as taças de vinho na boca elas sorriram, e Beth com o dedo mindinho indicou algo atrás da garota que se virou com velocidade e deu de cara com o jogador, já sem paletó, segurando um copo de champanhe. Ela sentiu que o seu coração poderia explodir em qualquer momento.
- Se eu casar com ela um dia, vou por seguranças nas janelas dos banheiros. - Ele disse enquanto tomava um gole da bebida.
- Há, há, engraçadinho - disse enquanto dava um tapa forte na barriga do jogador o que o quase fez derrubar o copo da bebida, ele olhou maliciosamente para ela e a puxou para um abraço apertado e começou a distribuir os famosos beijinhos em seu pescoço.
- Pelo amor de Deus. - Mary disse enquanto pegava mais um copo de vinho - Arranjem um quarto.
- Dança comigo, - O jogador pediu, após as garotas se afastarem.
- Você estava ouvindo a nossa conversa, não estava? - perguntou um pouco envergonhada.
- Dança comigo.
A garota concordou com a cabeça e a guiou até a pista de dança, onde se juntaram aos seus amigos. “Take My Breath Away” da banda Berlin era a música da vez, música que ela amava e foi por isso que ela tomou a iniciativa e puxou o jogador para perto enquanto envolvia os seus braços no pescoço dele, o garoto sorria enquanto a observava aos poucos ela ficar mais solta, ele se sentiu muito feliz quando por fim ouviu com a sua voz doce cantar a música baixinho em seu ouvido.
- Você sabia que sempre canta quando está nervosa? - Ele disse enquanto fazia carinho no braço da garota.
- ... - A garota o chamou baixinho, mas mesmo tendo total atenção dele nada disse.
- Vem comigo, .
, que conhecia a garota como poucos, a puxou pela mão e a levou até o bonito jardim que tinha atrás do salão de eventos onde estava acontecendo a festa após o casamento. não disse nada durante o caminho todo, mas isso não o desmotivou, ele a puxou para perto mais uma vez, e apesar da música estar bem mais baixa, eles continuaram a dançar lentamente.
- Eu sou complicada, muito complicada - A garota começou após um tempo de silêncio. - Sempre fui muito fechada, nunca demonstrava nada pra ninguém.
- Me conte uma novidade, – tirou uma mexa de frente do rosto da menina, colocando atrás de sua orelha, quando ela o encarou ele apenas sorriu dando um beijo na ponta de seu nariz.
- Mas desde que voltei pra Milton Keynes, você me faz querer falar, sentir, tudo que eu tento esconder você tira de mim em um segundo. Eu sinto que algo mudou dentro de mim. E agora eu estou muito confusa, - o puxou para mais perto e apoiou a sua cabeça no ombro do jogador - e um tanto quanto assustada.
- , antes mesmo de você se conhecer, eu já te conhecia.
- Se eu confiar em você, você vai me magoar? - a garota finalmente disse o que tanto o que queria dizer, e sentiu um peso ser retirado das suas costas.
- Quando estamos assim juntos, significa algo pra você? – perguntou sério e levantou a cabeça de seu ombro e o encarou profundamente.
- Significa tudo, .
- Você confia em mim? - Ele perguntou após um longo tempo, encarou a intensidade que eram os seus olhos antes de responder.
- Eu confio.
Fim
Nota da autora: Olá meninas, espero que tenham gostado dessa história!
Confesso que é a minha história favorita, foi muito bom escrevê-la, a música incrível ajudou tbm hahah.
Me digam nos comentários o que acharam, e fiquem a vontade para entrar no meu grupo de facebook e interagir <3
Nota da beta: Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.