Última atualização: Fanfic Finalizada

Capítulo 1

120 km/h.
Essa era a velocidade que o velocímetro no painel do carro marcava. A estrada, às três da manhã, encontrava-se completamente vazia naquele horário.
As lágrimas corriam livremente pelo meu rosto, fazendo com que a maquiagem tão bem preparada se tornasse apenas um borrão preto.
Nada poderia piorar naquele momento... O som alto de um trovão preencheu todo aquele espaço silencioso, assustando-me.
Retire o que pensei anteriormente.
Foram apenas mais dez minutos de calmaria, antes que gotas grossas de água caíssem daquelas espessas nuvens, chocando-se contra o para-brisa do carro.
Continuei mantendo a velocidade de 120 quilômetros por hora, sem me importar com aquela tempestade que caía do lado de fora, ou com a pista que, cada vez mais, tornava-se escorregadia. Uma verdadeira estrada mortal.
Droga de vida!
Eu não merecia nada disso... Não merecia ter sido apunhalada pelas costas. Não pelo homem cujo qual foi o único a quem eu disse: “Eu te amo!”.
!
O homem dos sonhos e um perfeito mentiroso.

“Verão.
A brisa refrescante daquele dia batia livremente contra o meu rosto e cabelos, enquanto eu dirigia o Porsche 918 Spyder de meu pai pela lindíssima California Route State 1 (Ou apenas Highway 1) em direção à Santa Mônica, afinal eu precisava deixar de só visitar San Francisco nas férias.
A música alta que ecoava das caixas de som do automóvel deixava tudo mais animado... Pelos céus! É verão.
Observei o painel daquele belo carro e a imagem de um pequeno tanque de abastecimento de gasolina piscava em vermelho. Eu precisava parar e abastecer o carro logo.
Por sorte eu encontrei um posto de gasolina alguns metros de distância à frente. Parei o carro em frente a um tanque de abastecimento e abaixei o rádio. Saí do carro pulando a porta e fui até a mangueira, dando a volta pela frente do automóvel.
Abri o lugar onde eu deveria inserir a gasolina e conectei a mangueira ali. Digitei o valor de cinquenta dólares e ativei a máquina, voltei ao carro e peguei a minha carteira, caminhando calmamente até a loja de conveniências que havia ali para pagar pela gasolina.
Assim que abri a porta daquela loja pude ouvir o som agudo de um pequeno sino, olhei rapidamente para cima e consegui ver o objeto. Comecei a caminhar pelos quatro corredores da loja, pegando alguns doces e salgados para comer, além de pegar algumas garrafas de água e de refrigerante, logo indo em direção ao caixa, pagar pelas coisas.
Foram cem dólares perdidos!
Despedi-me do atendente bonitinho e gentil antes de voltar a caminhar despreocupadamente para fora da loja, com cinco sacolas em mãos, de volta para o meu carro. Coloquei as sacolas de qualquer jeito no banco do carona e fui tirar a mangueira do carro, colocando-a em seu devido lugar. Fechei a tampa do tanque do combustível e voltei para o interior do carro, sentando-me confortavelmente no banco do motorista e colocando o cinto.
Em instantes, eu estava novamente sentindo a brisa fresca daquele dia ouvindo altas músicas.
[...]
Verão... Época da curtição!
Claro que isto era apenas uma questão de ponto de vista.
Parei o carro na garagem da casa de praia, desligando o rádio e o automóvel, saí do carro e abri a porta principal da casa, voltando correndo para o carro e pegando as cinco sacolas, juntamente das minhas duas mochilas.
Deixei as mochilas jogadas nos sofá e caminhei até a cozinha, deixando as sacolas por ali, logo voltando para o carro para pegar as outras três malas e então, voltando para a casa após bloquear o carro.
Rapidamente, deixei as malas no sofá e abri as janelas da casa, fazendo com que o ar circulasse por ali, respirei fundo e voltei para a cozinha, guardando aquelas guloseimas em seus devidos lugares.

Horas depois...
Nunca pensei que o tédio poderia fazer-se presente na minha vida, enquanto eu estivesse nessa casa de praia.
Olhando ao meu redor eu conseguia relembrar de cada momento incrível que eu consegui criar aqui nas férias escolares... Depois de tanto tempo, finalmente voltei ao lugar ao qual eu sempre amei.
Bufei entediada e saí daquele sofá, subindo as escadas correndo em direção ao meu quarto. Tirei as roupas que vestia, colocando um biquíni qualquer e vestindo um vestido branco solto com estampas de pequenas flores por todo o seu tecido, que não passava dos joelhos.
Sorri para o meu reflexo no espelho e saí rumo à praia.
Caminhava há algum tempo pela orla, relembrando os velhos tempos e observando cada novo detalhe ou pessoa que o lugar havia adquirido com os anos. Gargalhei ao ver uma garota completamente irritada com algo jogar uma bebida, que parecia manchar na cabeça de um homem, sujando toda a sua blusa antes branca, sem contar que os cabelos dele logo ficaram molhados e aparentemente grudentos. Emocionei-me assim que vi um homem pedir uma bela em casamento, aquilo foi tão lindo e simples que eu fiquei contente pelos dois estarem juntos e desejei com todas as forças para que eles fossem cada vez mais felizes. Quase mandei um grupo de garotos, que me cercaram e tentaram me puxar para um quiosque muito suspeito, para não dizer algo pior, à merda. E, literalmente, fui de encontro ao corpo de alguém após tropeçar em meus próprios pés.
- Desculpa! – Pedi sem olhar para a pessoa, arrumando meu vestido em meu corpo e tirando meus cabelos da frente dos olhos.
- Sem problemas! – Ouvi aquela voz rouca e grave dizer, senti todo o meu corpo se arrepiar e assim que levantei o meu olhar, surpreendi-me com aquele homem.”


Se eu soubesse antes o que sei agora... Teria me poupado tantas decepções, tantas dores de cabeça, tantas lágrimas.
Pisquei rapidamente, trazendo meus pensamentos e atenção de volta à realidade, porém isso não impediu que algo batesse contra o lado em que eu estava do carro.
Em instantes, tudo começou a girar e quando o carro quicou pela primeira vez naquele asfalto molhado, eu soube que estava capotando e que não seria a última volta de trezentos e sessenta graus que o automóvel faria.

"Seis longas semanas já haviam se passado e cada dia foi muito bem aproveitado, toda aquela calma e paz que a praia poderia oferecer estavam dando-me animo para poder voltar a cidade e continuar a cuidar de meus negócios. Também faziam apenas quatro semanas eu havia conhecido .
Despois daquele "encontro" na orla, tornamo-nos bons conhecidos.
Tudo bem que ele é um homem e tanto, mas não seria por isso que nos tornaríamos melhores amigos ou algo do gênero, não de um dia para o outro.
Era um dia extremamente belo... O céu estava limpo, sem nenhum rastro de nuvens, deixando apenas que o Sol tomasse conta da área. Pela varanda de casa podia-se observar as ondas quebrando quase que gentilmente, sem toda aquela fúria de praxe que sempre existiu, apesar de morar de frente com o mar, preferia andar pela orla.
Afinal era um ótimo jeito de se entreter e conhecer novas pessoas.
{...}
O dia passou voando e quando tomei noção da realidade, percebi que logo ele estaria aqui e eu iria me atrasar para o nosso "encontro", nem arrumada estava.
Havia passado o dia apenas com uma blusa maior que eu e uma calcinha com a estampa de ursos, sendo mais detalhista, eram os três ursos da história da "Cachinhos Dourados".
Vergonhoso? Provavelmente sim.
Quem se importa? Eu não!
Corri até o banheiro do meu quarto e me despi, tomando o banho mais rápido da minha vida. De banho tomado e enrolada em uma toalha, voltei para o meu quarto e peguei na gaveta da cômoda um conjunto de lingerie pretas com bordados em dourado, vestindo-as em seguida. Joguei a toalha em cima da cama e ouvi o som da campainha ecoar pelos cômodos da casa.
Esqueci do fato de estar seminua e desci as escadas correndo, parando apenas em frente a porta principal, onde respirei fundo e a abri.
estava lindo naquelas calças jeans escuras com alguns rasgos na altura de seus joelhos e uma camisa azul marinho. Porém, logo toda a admiração passou ao vê-lo me olhar de cima a baixo, não precisei de muito para lembrar-me o que vestia (ou a falta do que vestia), sentindo imediatamente minhas bochechas esquentarem.
- Nunca viu uma mulher seminua? - Perguntei debochada com uma das sobrancelhas arqueadas, apesar de ainda me sentir envergonhada não poderia (em hipótese alguma) baixar a guarda.
Ele abriu e fechou a boca três vezes, mas por fim não disse nada, fazendo-me sorrir de lado.
- Entre, por favor! - Pedi deixando a porta aberta e voltando a correr escada acima, voltando para o quarto.
"Boa, ! Muito bom mesmo...", ouvi minha consciência berrar sarcástica, até podia imaginá-la batendo as mãos uma contra a outra demoradamente.
Respirei fundo antes de vestir um shorts jeans e colocar uma blusa preta com o símbolo dos Rolling Stones como estampa na frente. Vesti um par de meias "soquetes" brancas para então colocar meus amados All Stars pretos... Como eu sentia falta de vesti-los. Dei uma escovada em meus cabelos, passando as mãos por eles em seguida, bagunçando-os. Com os cabelos ordenadamente desordenado, passei nos lábios meu inseparável batom vermelho escarlate.
Saí calmamente do quarto, indo direto para a sala, encontrando olhando atentamente para algumas fotos antigas, que estavam penduradas próximas à entrada do corredor, que levava até a cozinha.
- Você era uma criança adorável. - Comentou ele sem se virar em minha direção, mantendo seus braços para trás de seu corpo, uma mão segurando a outra.
- Vou levar isso como um elogio. - Retruquei divertida, parando ao lado dele.
- Mas foi um elogio. - Disse ele me olhando pelo canto dos olhos.
- Sei... - Comentei, duvidando de suas palavras. - Vamos? – Perguntei, curiosa para saber o destino do passeio para aquela noite, mudando claramente de assunto.
- Vamos! - Respondeu ele, virando-se para mim, esperando que eu o guiasse.
Sorri gentilmente e caminhei na frente dele até a porta, pegando uma bolsa pequena que cabia apenas meu celular, carteira e as chaves da casa, conferindo se tudo estava ali dentro antes de abrir a porta e passar por ela, trancando-a após a saída de .
{...}
Já faziam três horas em que estávamos naquele parque de diversões, nos divertindo.
Segurei na mão dele, inconscientemente, puxando-o para a fila da roda gigante que por algum milagre estava quase vazia, com apenas oito pessoas a nossa frente.
Olhei para ele, animada, e o vi com um sorriso de lado, fodidamente atraente, em seu belo rosto.
- Que foi? - Perguntei sem jeito.
- Acho que isso transforma oficialmente o nosso passeio em um encontro. - Respondeu ele com aquele mesmo sorriso, belo e irritante, nos lábios. Já eu o olhava, agora, confusa.
- Isso? - Perguntei confusa. - Isso o quê? - Tornei a perguntar, saindo daquele estado ridículo de contemplação.
- Isso... - Respondeu ele vagamente antes de posicionar sua mão direita sobre o lado esquerdo de meu rosto, massageando com o polegar a maçã de minha bochecha, enquanto sentia sua mão direita em minha cintura, tocando com seus dedos médio e indicador a parte exposta de minha pele.
olhava no fundo de meus olhos como se enxergasse além do meu ser, quase como se ele visse a minha alma.
Vi ele se aproximar lentamente, diminuindo gradativamente a distância que existia entre nós, do meu rosto, sempre mantendo nossos olhares.
Fechei meus olhos e logo senti seus lábios macios tocarem os meus em um selinho demorado. A sensação de frio na boca do estômago se fez presente. passou sua língua gentilmente por meus lábios, pedindo autorização em um gesto mudo para aprofundar aquele beijo, o que eu cedi rapidamente, assim que abri meus lábios.
"Deus! Eu estou parecendo a adolescente inexperiente que já fui um dia.", pensei perplexa com aquela situação inusitada.
iniciou um beijo de língua calmo e gentil, guiando meus movimentos, afinal eu estava em êxtase demais para saber o que fazer ao certo.
Aquele beijo durou tempo o suficiente para que eu começasse a sentir meus pulmões queimarem, pedindo por oxigênio.
Senti meu lábio inferior ser mordido levemente, tendo o beijo se encerrado deste modo, logo a testa de encontrava-se encostada na minha. Abri meus olhos, sentindo minha respiração ofegante, encontrando os olhos dele me estudarem atenciosamente.
- Ok! Isso é um encontro. - Falei impressionada, quebrando o silêncio entre nós dois, ouvindo a gargalhada dele para então vê-lo sorrir abertamente."


Se eu soubesse que aceitar aquele encontro, me machucaria no futuro, jamais teria cedido tão facilmente.
O carro parou de capotar ficando de ponta cabeça. Eu sentia todo o sangue do meu corpo vir rapidamente na direção de meu cérebro, além de também sentir algo escorrendo da minha testa para o início de meus cabelos.
Minha visão estava começando a ficar turva e um cansaço avassalador me encontrou. Pisquei uma, duas, três vezes, tentando manter-me acordada, mas no final a escuridão venceu e eu me entreguei sem resistir.

"Oito semanas!
Longas oito semanas sem ver , afinal eu havia voltado para casa e, consequentemente, para a liderança da minha empresa.
Suspirei cansada e aliviada assim que aquela reunião acabou. Despedi-me de cada pessoa ali dentro e voltei para a sala da presidência, minha ilustre sala.
Tomei um susto quando abri a porta e visualizei as belas costas largas de que olhava algo além das janelas enormes daquela sala.
- A que devo a honra desta visita? - Perguntei calmamente, enquanto me aproximava de minha mesa, sorrindo discretamente.
Ele virou-se em minha direção com um sorriso tão lindo emoldurando seus lábios. Encostei-me na beirada daquela mesa de madeira escura e apoiei minhas mãos sobre o tampo da mesa, colocando-as por trás de meu corpo.
se aproximou de mim e tocou meu rosto gentilmente com suas mãos, olhando-me atentamente. Parecia que ele estava tentando gravar cada detalhe de meu rosto e aquilo era fascinante.
Abri minha boca para falar algo, porém ele rapidamente colocou seu polegar direito sobre meus lábios, encarei seus olhos minunciosamente, procurando por alguma resposta, mas naquele exato momento seus olhos demonstravam apenas uma certa admiração e mistério.
- Senti a sua falta, pequena. - Confessou ele carinhosamente, sorrindo gentil antes de aproximar seu rosto lentamente do meu, grudando nossos lábios.
Suspirei assim que senti sua boca contra a minha, em um simples encostar de lábios. Senti a língua dele passar sobre meus lábios, pedindo em uma autorização muda para que o beijo fosse aprofundado. Sorri com aquele ato e abri meus lábios levemente, sentindo a língua dele invadir minha boca, iniciando um beijo repleto de saudades, desejo e, principalmente, de urgência.
Rapidamente as mãos de saíram de meu rosto e foram parar em minha cintura, segurando-a firmemente antes de levantar e sentar-me sobre a mesa. Arfei quando senti minha bunda se chocar contra a mesa sem delicadeza alguma, fazendo com que eu separasse nossos lábios, agora, inchados e vermelhos.
Levei minha mão esquerda até os cabelos próximos à nuca de e segurei-os com certa brutalidade, vendo ele suspirar e sorrir divertido, puxei-o rapidamente contra mim, colando nossos lábios novamente.
abriu minhas pernas e segurou em minhas coxas, perto de meus joelhos, puxando meu corpo para frente, deixando-me sentada na beirada da mesa e com ele no meio de minhas pernas.
Logo eu consegui sentir seu membro, já duro e rígido roçar contra a minha intimidade, ainda coberta. Uma sensação incrível, que me rendeu a quebra do beijo ardente para que um gemido baixo escapasse por entre meus lábios, levemente abertos.
- Espero que você tenha uma secretária discreta. - Desejou ele calmamente, tentando manter sua respiração em um ritmo regular, enquanto olhava no fundo de meus olhos e movia seu membro lentamente e provocativamente contra a minha intimidade que dava sinais de umidade.
- Por quê? - Perguntei confusa e entorpecida com seus movimentos, enquanto respirava ofegante e retribuía seu olhar intenso e incisivo da melhor maneira que consegui.
- Porque eu irei te foder gostoso em cima dessa mesa, ouvindo seus gritos de prazer, pedindo por mais. - Respondeu ele, simples, firme e convicto de suas palavras, usando um tom de voz baixo, rouco e sensual que arrepiou todo o meu corpo e umedeceu de vez o forro de minha calcinha.
Eu estava muito, mas muito fodida e dessa vez era um fodido bom.
olhava em meus olhos atentamente e eu fazia questão de retribuir do mesmo modo. Entretanto, eu quebrei aquela troca de olhares assim que eu o vi sorrir maliciosamente.
Eu não estava entendendo aquele sorriso e nem tive tempo de o fazer, pois ele ganhou minha total atenção assim que levou suas mãos aos botões quase transparentes de minha camisa social branca de mangas, porém estas eu dobrei até a altura de meus cotovelos minutos antes da reunião anterior se iniciar. Ele fez questão de abrir botão por botão em uma calma surpreendente, principalmente pelo fato de eu conseguir ver e sentir perfeitamente bem o quão animado ele estava.
Com a mesma calma, deslizou minha blusa por meus ombros e braços, retirando-a de meu corpo e a jogando no chão ao lado de seus pés e da minha cadeira de couro preta, revelando o meu sutiã branco de rendas.
Suspirei em expectativa assim que ele levou uma de suas mãos até meus seios e encheu sua mão com ele, mas logo sua mão saiu dali, fazendo com que eu resmungasse algo contrariado e que um sorriso prepotente surgisse em seus lábios.
Desgraçado... Babaca... Gostoso... Meu!
Seu olhar voltou-se para os meus olhos, tendo sua mão e atenção totalmente voltadas para o fecho lateral de minha saia preta social. abriu o único botão que havia ali antes de descer o zíper dela.
Suas mãos foram imediatamente para o cós da saia e a puxou demoradamente para baixo, juntamente com a meia calça que eu vestia, porém ele precisou que eu apoiasse meu corpo sobre minhas mãos e me erguesse.
parou de abaixar aquelas peças assim que chegou aos meus pés, onde meus sapatos de saltos altos pretos o impediu de continuar tal ação. Um a um, primeiro o direito depois o esquerdo, os sapatos foram retirados de meus pés e então as vestimentas restantes foram parar ao lado da blusa, jogadas ao chão.
Ele sorriu de lado ao ver a minha quase minúscula calcinha branca rendada, conjunto do sutiã. se levantou e aproximou seu rosto do meu. Contudo, seus lábios não chegaram a tocar os meus, pois eu o impedi.
Tão logo a confusão estampou seu belo rosto fazendo com que um sorriso maroto surgisse em meus lábios.
- Você ainda está muito vestido. - Expliquei calmamente, era como se eu estivesse explicando algo muito importante a uma criança.
Tranquilamente eu retirei a gravata vermelha que ele vestia, após ter desfeito aquele nó eu a joguei no chão, próximo a mesa. Passei a mão lentamente pelo abdômen e peitoral definidos de ainda cobertos pela blusa social branca bem passada, levando minhas mãos até seus ombros e a deslizando pelo local, descendo pelos seus braços fortes, juntamente com seu caro paletó, fazendo com que aquelas peças fossem ao chão.
Eu sentia o olhar atento de sobre mim e isso fazia com que meu ego se mantivesse nas alturas, além de me dar mais coragem para continuar.
Minha mão direita recaiu sobre seu membro já excitado, coberto pelos tecidos de sua boxer e calça social preta, fazendo com que ele suspirasse pesado e fechasse seus olhos momentaneamente. Direcionei minhas mãos até a fivela prata do cinto que segurava aquela calça e a abri, retirando aquele item desnecessário para o momento. Calmamente abri o botão da calça e desci seu zíper, tocando novamente o membro de , podendo ver ele apertar seus olhos fechados e morder o lábio inferior.
Comecei a massagear seu membro sensível, por cima daquelas peças de roupas, de maneira lenta e firme. gemeu baixo e abriu seus olhos, encarando-me atentamente, tentando controlar inutilmente sua respiração já ofegante. Ele estreitou seus olhos para mim e eu sorri o mais ingenuamente possível, antes de parar com minhas carícias e ser surpreendida com os lábios desesperados de contra os meus.
Retribui o beijo urgente que se iniciou, aproveitando aquela distração para desabotoar habilmente botão por botão daquela camisa social. Em instantes, o beijo foi encerrado e o corpo de se afastou do meu. Observei atenciosamente cada movimento que ele realizava, arregalei meus olhos assim que suas mãos foram colocadas sobre o cós daquela calça e a abaixou, revelando sua boxer branca.
Pude ver o quão excitado ele estava. Rapidamente, retirou seus sapatos e calça, porém meu coração parou assim que ele levou suas mãos até cós de sua boxer e a abaixou."


Os incontáveis pedaços de vidro no asfalto, pareciam com o céu estrelado da noite anterior, brilhavam vez ou outra graças as pequenas gotas de água da chuva – que havia parado em algum momento -, quando eu mudava o foco da minha visão para um ângulo diferente.
Logo as luzes de brancas tornaram-se azuis e vermelhas. Demorou alguns segundos até eu reconhecer tais luzes como sendo de algum carro policial ou dos socorristas.
Vi uma silhueta masculina se aproximar, pisquei algumas vezes tentando me manter acordada, e então a silhueta apareceu ajoelhada próxima aos estilhaços. Tentei fechar meus olhos quando aquela luz forte e branca foi direcionada para os meus olhos, cegando-me momentaneamente.
O homem falou algo, mas eu não consegui responder. Era como se algo estivesse tampando a minha boca, deixando-me sufocada.
Ele rapidamente colocou seu dedo indicador e médio em meu pescoço tentando ver o ritmo de meus batimentos cardíacos, porem quando eu não consegui sentir os dedos dele em minha pele, soube que havia algo errado. Muito errado!
- Ela está com pulso, mas não responde ao teste básico do reflexo ocular. - Falou ele, passando novamente aquela luz frente aos meus olhos.
- Ela, provavelmente, está com alguma fratura interna craniana. - Comentou um outro, ajoelhando-se e me olhando também.
- Vamos salvar você! - Garantiu o primeiro antes de esticar suas mãos na direção de meus olhos.
"Por favor! Não me deixe no escuro.", pedi desesperada, mas ele não me ouviu, pois fechou meus olhos e então a escuridão me acolheu novamente.
{...}
Minha cabeça doía, meu corpo reclamava e implorava por um pouco de alívio daquela dor e qualquer movimento era quase letal, a dificuldade para respirar era grandiosa demais.
Abri meus olhos com certa dificuldade e tornei a fechá-los quando o forte branco daquele lugar me cegou momentaneamente. Respirei fundo e aquilo doeu internamente, fazendo com que eu soltasse um gemido baixo de dor.
Ouvi o som de uma cadeira, ao meu lado esquerdo, ranger. Abri meus olhos e ignorei toda aquela luminosidade, piscando algumas vezes até conseguir enxergar claramente, sem aquele embaçado de antes.
Senti minha mão ser segurada e rapidamente olhei para ela, podendo ver uma mão maior que a minha sobre ela.
Fiquei olhando para a união de ambas as mãos, até decidir procurar pelo rosto da pessoa, porém eu não estava conseguindo mexer o meu pescoço, pois ali havia um imobilizador cervical. Minha respiração falhou por um momento, fazendo com que a sensação de estar sendo sufocada se fizesse presente.
Então eu finalmente consegui ouvir o som ambiente ao meu redor e aquilo não me agradou. Os bips da máquina que monitorava o ritmo das minhas frequências cardíacas estavam rápidas e audíveis.
Logo, a mão que segurava a minha sumiu, e novamente uma luz forte branca foi direcionada até minhas íris oculares. Foram exatos dez segundos com aquilo cegando-me e quando a luz sumiu, minha consciência foi levada consigo, me restando a escuridão.

"Aquela noite de sexta-feira estava terrivelmente estranha. As nuvens acima de toda a cidade estavam prontas para descarregar uma enorme quantidade de água. Todos ao meu redor estavam andando apressados e com certo medo da tempestade que viria.
Parei em frente ao tal novo escritório do contador da indústrias e respirei fundo antes de finalmente adentrar o lugar.
Rapidamente a recepcionista me atendeu e guiou-me até o final do segundo andar, batendo levemente em uma porta, retirando-se em seguida. Observei a garota sumir pela direção em que viemos, logo ouvindo a porta à minha frente ser destrancada e aberta, saindo de lá uma mulher loira com seus cabelos totalmente desajeitados, sem contar suas roupas fora do lugar.
- ... - Saudou meu amigo, dando espaço para que eu entrasse na sala.
- Você precisa urgentemente de um lugar menos profissional para trazer seus casos, Oliver. - Falei séria assim que entrei na sala e olhei o lugar, com receio de encostar em algum lugar já estreado por meu amigo e alguma mulher.
- Não seja tão estraga prazeres, . - Pediu ele, revirando os olhos e caminhando até uma mesa com diversas bebidas de tons escuros. - Você sabe que elas não resistem a um escritório. - Acrescentou ele, sorrindo maliciosamente, fazendo com que eu revirasse meus olhos ao ouvir tais palavras antes de sorrir divertida. - Mas não se preocupe, pois você é única dona do meu coração. - Brincou ele, tomando um gole de sua bebida, pegando outro copo e enchendo de gelo. - Quer beber algo? - Perguntou ele cortês depois de ter enchido o outro copo com algo que deduzi ser uísque.
- Poupe-me dos detalhes sórdidos. - Pedi aproximando-me de uma cadeira de frente para a mesa dedicada aos clientes, porém parei instantaneamente assim que pensei em me sentar, fazendo careta e olhando para Oliver.
- Não fiz nada nessa cadeira. - Disse ele, revirando os olhos, pegando os dois copos e caminhando até mim, deixando com que um sorriso de lado surgisse em seus lábios, divertido. - Bebida? - Tornou ele a perguntar, tomando outro gole de sua bebida.
- Não, obrigada. - Respondi educadamente, sentando-me logo em seguida, cruzei minhas pernas e coloquei minha bolsa na cadeira vazia ao meu lado.
- Aposto que depois do que lhe direi, você irá querer beber. - Murmurou ele, terminando sua bebida e colocando o copo ainda cheio em minha mão. - Por garantia. - Avisou ele, sentando-se na beirada de sua mesa a minha frente, olhando em meus olhos atenciosamente. - ... - Começou ele, temeroso.
- Seja breve, meu amigo. - Aconselhei calmamente.
-Alguém zerou as contas de suas indústrias. - Falou ele de uma única vez.
- O que disse? - Perguntei atônita.
- Que as suas indústrias estão no vermelho. - Respondeu ele de outra maneira, dando-me a mesma notícia, analisando-me.
Minhas indústrias... O quê?
O baque daquela notícia me pegou tão despreparada e desprevenida que a única reação que tive foi tomar um gole daquele uísque, sentindo-o descer queimando por minha garganta.
- ? - Chamou-me Oli preocupado, uni minhas sobrancelhas um pouco e o olhei perplexa demais para saber o que dizer. - Como isso foi acontecer? - Perguntou ele, baixo, tão confuso quanto eu.
- Eu não sei. - Respondi sincera.
- Quem possuía acesso as contas? - Perguntou ele sério, travando seu maxilar, enquanto pensava em algo. Ele havia chegado em alguma conclusão e esperava que eu fizesse o mesmo, mas como eu faria isso agora?
Minha mente estava trabalhando desesperadamente em uma forma de não deixar a ir para o buraco e arrastar o sobrenome de minha família junto, além de estar atrás dos nomes de quem tinha acesso livre as contas, mas eu confiava cegamente nelas, então seria impossível elas me apunhalarem, certo?
- ? Quem possuía o acesso? - Tornou ele a perguntar seriamente, olhei-o confusa, mas logo respirei fundo, tomando toda a minha bebida de uma única vez e levantando-me, caminhei até a mesa de bebidas, pegando a garrafa e tomando seu conteúdo direto do gargalo.
- Apenas cinco pessoas além de nós dois. - Respondi pensativa, vendo Oliver se aproximar e parar a minha frente. - Tessa Hitchens, Beatriz Campbell, Carolina Woorlock, Dominique Petrova e... - Comecei a listar o nome de cada um até chegar ao último e travar, parando bruscamente assim que tudo fez sentido.
Senti o chão aos meus pés sumirem e a minha vontade de chorar e gritar se intensificaram, mas ao mesmo tempo, eu estava com raiva o suficiente para socar intensamente alguém... Um alguém específico.
- Quem mais, ? - Perguntou ele segurando meu rosto fazendo com que o olhasse nos olhos.
- . - Respondi entre dentes, travando meu maxilar."


O completo silencio é algo completamente raro e inalcançável enquanto estivermos vivos, por isso que eu conseguia ouvir o som baixo da TV transmitindo algum jogo audivelmente importante. Também conseguia ouvir o som calmo daqueles bips que aceleravam minimamente assim que eu abri meus olhos.
A pouca luz naquele ambiente fez com que a minha visão se acostumasse melhor com tudo, apesar de toda aquela cor clara e irritante das paredes e de alguns móveis.
Respirei fundo e pesadamente, sentindo alguns músculos, ossos e afins doerem ou latejarem no processo. Olhei ao meu redor e reconheci o lugar onde eu estava, Hospital St. James. Reconheceria os quartos e salas daquele hospital sempre que o vissem em qualquer lugar não importava o tempo que passasse, afinal foi em um desses quartos que eu disse "Adeus!" Ao meu irmão mais velho, Mark.
Imediatamente senti meus olhos se encherem de lágrimas e minha garganta parecia ter fechado por um instante, respirei fundo e engoli aquelas lágrimas. Lewis não chora, não mais.
Mexi minha cabeça, para a direita e depois para a esquerda, o máximo que aquele imobilizador cervical em meu pescoço permitiu. Surpreendi-me assim que vi dormindo extremamente torto e desajeitado naquela poltrona minúscula para ele, porém apenas os sentimentos ruins permaneceram intactos.
O que ele faz aqui? Com certeza não é pelo fato dele estar arrependido, porque isso é algo impossível de se acontecer, especialmente quando tratamos de , um alguém cujo o qual eu achava conhecer, mas que no final foi apenas a minha maior decepção.
Meus devaneios foram interrompidos assim que a porta daquele quarto foi aberta, quase que bruscamente e de lá surgisse um Oliver totalmente acabado.
- ... - Disse ele cansado e surpreso, aproximando-se imediatamente da cama. - Tive tanto medo de lhe perder. - Confessou ele, pude ver os olhos de Oliver se encherem de lágrimas para então vê-las rolarem livremente pelo rosto dele.
- Oli... - Sussurrei cansada, sentindo minha garganta arder.
- Não diga nada, ok? - Pediu ele, apertando um botão próximo a minha mão.
- O que... Houve? - Perguntei serenamente após ter parado no meio da questão para respirar longamente, colocando alguma pouca ordem nas perguntas que se formavam a todo o instante em minha mente.
Ele abriu a boca para dizer algo, mas eu acabei desviando nossos olhares assim que vi parado em pé, próximo a cama. Ele estava péssimo!
Sua barba precisava ser feita imediatamente e abaixo de seus olhos existiam bolsas enormes e escuras, ressaltando as prováveis noites mal dormidas dele. Seus cabelos estavam um perfeito caos assim como suas vestes relaxadas. Contudo, apesar de toda essa lastimável aparência o desgraçado continuava irresistível, como pode?
- É só você dizer... - Relembrou Oliver. Uma vez ele havia me dito que se eu precisasse que ele retirasse qualquer pessoa que eu não gostasse de perto ou que já tivesse me magoado, ele o faria com prazer de qualquer modo.
Olhei para ele e sorri sem mostrar os dentes, tentando dizer que estava tudo bem ou que tudo logo estaria bem... Minha mente ainda estava coberta por uma densa névoa.
Senti minha mão esquerda ser segurada gentilmente, olhei para ela e vi meus dedos serem entrelaçados com os de .
- Eu nunca fui muito bom com as palavras, mas sei que um "desculpa" ou "sinto muito" jamais mudará ou apagará o que lhe fiz. - Ele começou a falar, soltando um suspiro que demonstrava o quão cansado ele estava. Eu o ouvia atenciosamente e mantinha meu olhar imparcial sobre ele, mesmo estando com medo, receio e ansiedade para saber o que viria a seguir. - Quando eu te vi pela primeira vez naquela praia soube que dali em diante estaria completamente ferrado. - Disse ele pensativo, sorrindo de lado com alguma lembrança, voltando sua atenção que estava em nossas mãos unidas para os meus olhos. - Então eu resolvi que deveria lhe conhecer melhor antes de tomar alguma decisão medíocre, afinal você sempre foi uma verdadeira "Lady" e deveria ser tratada como tal. - Ele sorriu debochado. - Contudo, tudo o que eu mais temia e evitava aconteceu... - Disse vagamente, respirando fundo e levando sua mão livre até seu rosto, passando a mão pelo local antes de subir para seus cabelos, arrumando-os para trás. - Eu me apaixonei louca e intensamente por você. - Concluiu ele, sorrindo sarcástico com aquilo.
- Continue. - Pedi baixo, querendo saber mais sobre o ponto de vista dele sobre tudo, fazendo com que o olhar perdido dele se encontrasse com os meus confusos. Devo acrescentar que as palavras de haviam conseguido mexer comigo... Então ele era apaixonado por mim? Por que ele me apunhalou se sentia tal sentimento?
- Dia após dia eu me encantava e me apaixonava por você. - Continuou após ter respirado longamente. - Cada dia que passávamos naquela praia eram únicos e maravilhosos. - Confessou, sorrindo fraco. - Conforme nos aproximávamos aquela paixão ia aumentando até que dela surgiu o amor. - Suspirou, desviando nossos olhares. Ele olhou Oliver e parece que recebeu alguma autorização, pois logo voltou a me olhar. - Tão forte... Tão intenso... Tão raro... Tão nosso! - acrescentou ele, sorrindo lindamente, fazendo-me sorrir junto.
- Então por que você fez o que fez? - Perguntou Oliver friamente, mas eu sabia que ele só estava tentando me proteger e eu o agradecia por isso.
- Eu jamais poderei responder isso... - Disse ele sincero. - Sabe?! - Perguntou ele retoricamente. - Eu não consigo esquecer aquele olhar de decepção que você me lançou quando entrou no meu apartamento e me viu beijando outra. - Comentou ele, amargo, relembrando-me daquilo e fazendo com que eu soltasse sua mão no mesmo instante, olhando na direção de Oliver que retribuía o meu olhar, mas eu conseguia ver sua confusão e curiosidade sobre aquela parte da história a qual ele jamais soube, afinal o acidente aconteceu antes que eu pudesse sequer chegar a sua casa. - Quando eu beijei ela, ... Sabia que tudo o que existia entre nós dois terminaria ali. - Confessou ele, atraindo meu olhar para si. A raiva estava de volta e minha vontade de socá-lo permanecia intacta. - Mas para te proteger, tudo vale a pena. - Acrescentou ele, deixando-me confusa. - Será que um dia você irá me perdoar?



Fim



Nota da autora: Hey loves! Espero que tenham gostado deste super spoiler de uma história que estou desenvolvendo e que em breve postarei aqui no site. Bom, até mais e muito obrigada por ter lido. Beijos xXx

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