Capítulo Único
ajustou seus óculos enquanto escaneava o escritório da Arch Life Designs, um espaço iluminado pelas vastas janelas que mostravam outros edifícios tão altos quanto o que estava.
Ela sempre acreditou que as linhas retas e precisas dos seus desenhos eram uma metáfora perfeita para sua vida.
Dedicava–se a seus projetos com uma paixão que só era superada pela sua determinação em se destacar em sua carreira. Como uma arquiteta emergente, ela era a imagem da competência e da dedicação.
construiu sua carreira sobre a base sólida de regras e expectativas claras. O escritório, com suas paredes de vidro e espaços meticulosamente organizados, era um universo de ordem e excelência, onde sentimentos e atrações pessoais eram considerados excessos desnecessários.
Mas nem mesmo ela, que sempre prezou por seguir as regras, conseguiu evitar quebrar uma das principais normas do escritório.
Seu olhar encontrou , que estava mergulhado em seus desenhos, a luz do fim de tarde desenhando sombras em seus cabelos loiros. Sua mandíbula tensa, o olhar concentrado no que ele estava fazendo.
era como um esboço inesperado em uma prancheta de ; linhas que desafiavam a ordem estabelecida, trazendo vida e cor aos espaços rígidos ao seu redor.
Ele era a personificação da inovação e do charme. Loiro, de olhos azuis e estatura que impunha presença, ele trazia um ar de frescor ao ambiente estrito do escritório. Sua habilidade em mesclar funcionalidade e estética em seus projetos o tornava notável, assim como a maneira como ele navegava pelas regras do escritório com uma facilidade que fazia parecer que elas mal existiam para ele.
Quando foram escolhidos para colaborar em um projeto ambicioso, um que poderia definir suas carreiras, o ar entre eles chispava com a promessa de algo mais. No início, suas interações eram estritamente profissionais, mas a admiração mútua não demorou a se transformar em algo mais profundo.
Percebendo os riscos, eles começaram a se comunicar através de bilhetes, escondendo suas verdadeiras intenções sob o véu de discussões sobre o projeto. Cada bilhete, cada encontro furtivo, elevava a tensão, um lembrete constante do que estava em jogo.
As regras do escritório eram claras: nenhum relacionamento entre os funcionários, uma política projetada para manter a objetividade e a produtividade. Mas entre noites trabalhando até mais tarde e caronas para casa, se apaixonar se tornou inevitável
No escritório, começaram trocando bilhetes de forma inocente: pequenas consultas sobre projetos, escondidas em dobras de papel. Com o tempo, porém, as palavras começaram a carregar um peso diferente, mensagens codificadas que só os dois entendiam.
Os encontros furtivos eram ainda mais arriscados. Um café esquecido levado ao outro se tornava uma desculpa para dedos se tocarem brevemente; um arquivo "perdido" se transformava em um encontro às escondidas na sala de materiais.
sentia a dualidade de seu desejo e responsabilidade pesar sobre, a possibilidade de serem descobertos era uma ameaça constante, mas ela estava disposta a correr o risco.
– Para de encarar o – Sophie a cutucou.
pulou da cadeira, soltando um gemido inconformado por ter sido pega. Sophie sorriu, muito satisfeita pelo susto.
– Não estava encarando – mentiu, recebendo um revirar de olhos da amiga.
– Ah, me poupe – Sophie bufou, colocando uma pasta na mesa dela. – O briefing da reunião de amanhã.
abriu a pasta, sentindo o corpo vibrar com a possibilidade de ser uma das responsáveis pelo enorme projeto de revitalização do parque da cidade. A reunião de amanhã definiria quem seriam os arquitetos responsáveis de acordo com as propostas apresentadas.
– Obrigada, Sophie – ela sorriu, soprando um beijo para a gestora de projetos. – Você é a melhor.
– Estou torcendo por você – Sophie piscou para ela e continuou a distribuir pastas para os outros colegas.
Voltando sua atenção para as informações da reunião, mal notou quando alguém se aproximou da sua mesa até sentir o perfume amadeirado e familiar que agora vivia impregnado em seus lençóis.
Ela olhou para cima, encontrando a expressão séria, mas os olhos brilhantes de . Seu estômago agitou como era normal de acontecer quando ele se aproximava no escritório.
– Pode dar uma olhada no desenho da página 10? – pediu, colocando outra pasta por cima da dela.
sabia que o que encontraria ali não era um desenho, mas assentiu e passou as páginas até chegar na 10. Precisou se esforçar muito para não sorrir para o post it azul colado no papel.
Era o que estava escrito. Ela adorava a comunicação que eles tinham criado. Como uma grande fã de cartas de amor, para ela, seus recados em posts its eram a versão deles de cartas de amor.
– Claro – respondeu, arrancando o post it sutilmente. – Por mim está ótimo.
– E você tá precisando de ajuda? – com um brilho provocador no olhar, ele se inclinou por trás dela com a desculpa de olhar para o computador.
– ... – sussurrou, o alertando.
– ... – ele sorriu discretamente, mantendo os olhos na tela. – Eu posso ver você me observando, sabia? Você não é tão discreta quanto pensa que é.
– A Sophie também viu – resmungou, passando o mouse para descer a tela como se estivesse mostrando o projeto aberto para ele. – Mas você veio com o blazer azul, . Sabe como ele me distrai.
riu gostosamente, enviando arrepios pelo corpo de pela proximidade.
– Você quer tirar meu blazer daqui a pouco? – propôs, com um quê de malícia na voz. – Posso te esperar no fim do corredor antes de subir para o happy hour.
estremeceu, conseguindo imaginar claramente, porque já fizeram isso antes. O quartinho da limpeza virou o refúgio dos dois. Era escondido perto da escada de incêndio e ninguém nunca ia lá perto do happy hour. Era apertado, mas tinha espaço o suficiente para os dois.
– Estou morrendo de saudade, – continuou, escorregando suavemente os dedos pelo braço dela. – Vou enlouquecer se só puder te tocar quando chegar em casa.
A semana tinha sido tão corrida que mal tiveram tempo pra se ver fora do trabalho, então os encontros escondidos no escritório tinham se tornado mais frequentes ainda. Ela estava louca de vontade dele e conseguia vê-slo a pressionando contra a parede, subindo sua saia, beijando tão profundamente que...
– Tá bom – disse, se rendendo. – Vou subir quando o escritório esvaziar.
sorriu e se afastou, dando uma olhada ao redor. Poucas pessoas ainda estavam trabalhando essa hora e pela movimentação que podia ver, a maioria estava se preparando para ir curtir a cerveja de graça no terraço.
– Fico esperando seu retorno então, – ele disse, caminhando de volta para a própria mesa.
O som distante das risadas e conversas animadas dos colegas indo para o happy hour da empresa flutuava pelo corredor, enquanto terminava de organizar as coisas. De canto de olho, ela viu se esgueirar minutos depois, quando o escritório ficou praticamente vazio.
Com um suspiro nervoso, ajustou sua saia e alisou os cabelos antes de se encaminhar para o armário. A adrenalina pulsava em suas veias enquanto ela olhava para os lados, se certificando que ninguém estava vendo ela pegar a direção da área de serviços, direção contrária do elevador.
Ao abrir a porta do armário, ela encontrou já à sua espera, seus olhos ardendo de desejo. Um sorriso travesso brincava em seus lábios enquanto ele estendia a mão para puxá-la para perto, seu toque enviando um arrepio por sua espinha
– Você demorou... – murmurou . – Já estava começando a me preocupar que você tivesse desistido de mim.
riu e fechou a porta com o pé, se deixando ser puxada por .
–Você sabe que nunca desistiria de você, – ela sussurrou.
– Sentia falta de te tocar – ele confessou, sua voz baixa e rouca de desejo. – Por Deus, , fingir que eu não quero te tocar quando isso é tudo que eu penso é a porra de uma tortura.
– Então me toque agora – ela pediu, segurando o rosto dele entre as mãos. – Prometo não fazer barulho.
Seus olhares se encontraram, faíscas de desejo reluzindo nos olhos de ao entender o que ela estava sugerindo.
– ... – murmurou , sua voz rouca carregada de desejo e alerta. – E se alguém nos descobrir?
abriu um sorriso inebriado.
– E se não fizermos barulho? – ela sugeriu, beijando o queixo dele. – Eu prometo que não vou gemer tão alto.
Com um grunhido faminto, os lábios de encontraram os dela em um beijo desesperado. As mãos dele deslizaram pelas curvas do corpo de , enviando ondas de prazer através dela. Com um movimento rápido, ela arrancou a jaqueta de e a jogou no chão, seus dedos ágeis desabotoando sua camisa enquanto ele a pressionava contra a parede.
levantou a saia de , suas mãos fortes agarrando suas coxas enquanto ele a erguia com facilidade, envolvendo suas pernas ao redor de sua cintura. Um arrepio de excitação percorreu o corpo de enquanto ela se rendia ao calor de seu toque, seus lábios encontrando o pescoço de em um frenesi de desejo.
– Mais tarde vamos para minha casa ou para a sua? – perguntou, a voz rouca de prazer.
estremeceu com antecipação, seu corpo ansiando por mais dele. Ela mordeu o pescoço dele antes de erguer o olhar para seus olhos, uma chama de desejo queimando entre eles.
– Na minha. Ficamos na sua da última vez.
– Na sua então, amor.
O coração dela martelou no peito ao ouvir ele chamá-la assim, e calor entre as pernas aumentando a cada momento. Ela o queria tanto que doía.
Eles não tinham muito tempo, então as mãos dele encontraram a blusa dela, deslizando-a pelos ombros, revelando a pele macia e convidativa.
ofegou quando se inclinou para beijar seus seios por cima do sutiã de renda fina, cada toque enviando ondas de prazer por todo o seu corpo. Ela reagiu instantaneamente à provocação de , suas mãos ágeis desabotoando a calça dele enquanto ele chupava seu mamilo, apertando o outro seio na mão.
– Quero você – ela sussurrou, seus olhos nublados e a boceta pulsando de excitação.
arfou quando a mão de adentrou sua cueca e libertou sua ereção. Sem hesitar, afastou a calcinha de para o lado e ela deslizou a cabeça do pau dele por sua boceta molhada, arrancando gemidos dos dois.
– Porra, ... – revirou os olhos, olhando para o espaço entre eles, admirando como seu pau escorregava fácil por ela.
Os gemidos abafados ecoaram no pequeno espaço quando a penetrou com força e urgência, seus corpos se movendo em perfeita sincronia, os lábios perdidos em um beijo desesperado na tentativa de abafar os sons.
se agarrava nele como se dependesse disso, a ponta dos saltos pressionando na bunda de enquanto ele continuava a penetrar forte e rápido, deixando os dois cobertos de suor.
Corações acelerados, mãos ansiosas explorando cada centímetro, enquanto eles sucumbiam ao desejo que vinham reprimindo nos últimas dias, totalmente incapazes de se conter.
Ela mordeu o pescoço dele para conter um grito quando o orgasmo varreu seu corpo, fazendo sua boceta apertar ao redor do pau dele e o prazer se alastrar como fogo em seu corpo. a segurou com mais firmeza, estocando mais algumas vezes antes de gozar dentro dela.
Ainda se recuperando, com a respiração ofegante e os olhos sem foco, encostou sua testa na dela, seus corpos ainda tremendo com a intensidade do momento.
– Eu realmente senti sua falta, – brincou, um sorriso satisfeito curvando seus lábios.
Com um sorriso inebriado, as bochechas vermelhas e os lábios inchados, concordou.
– Também senti sua falta.
Com um último beijo apaixonado, eles se arrumaram rapidamente. a ajudou a arrumar o cabelo e retocar o batom, enquanto ajustou a camisa dele para disfarçar a marca vermelha no pescoço.
Trocaram sorrisos cúmplices antes de saírem do armário, seguindo para o happy hour como se nada tivesse acontecido e se separando como se mal interagissem, prontos para enfrentar o resto da noite como se fossem apenas colegas de trabalho, guardando o caso proibido como um segredo precioso entre eles.
Fim
Nota da autora: Espero que gostem da história e não deixem de comentar o que acharam! Beijos.
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