Última atualização: 22/08/2019

Capítulo Único

O salão já estava cheio, mas ainda não havia chegado. Os rapazes conversavam sobre assuntos aleatórios, mas o principal era como as mulheres da empresa estavam bonitas, e honestamente, estavam mesmo.
Eu deveria estar mais feliz, mais alegre, mais empolgado. No último ano, bati praticamente todas as metas que tinha. Cresci em todos os sentidos, profissionalmente nem se fala, mas há um ano também, ela chegou. Totalmente acanhada, na dela, não falava com quase ninguém, mas acredite, nunca me enganou.
Levei quase sete meses pra quebrar todas as suas paredes e ter a certeza de quem ela era. Nada tímida, nada acanhada, nada sem jeito. tinha um poder sem igual dentro de si mesma em absolutamente todos os sentidos e isso foi mostrado na ZOYT logo nos primeiros meses. Sierra, nossa chefe, nos juntou logo no início. me ajudava nos casos, e por mais complicados que fossem, ela os tornavam simples. De longe, a mulher mais inteligente que já conheci na vida.
O começo do jantar foi anunciado e o sentimento fino e agonizante em meu peito foi aumentando. A maioria dos funcionários da ZOYT foram acompanhados e eu estava me sentindo um tremendo bocó por ainda ter esperanças de que ela apareceria.
Óbvio que não ela não daria as caras, mesmo adorando a empresa. disse, semanas antes, que festas de empresa são as mais chatas, e ela não errou. Olhei ao redor e toda a decoração bem pensada, chique e elegante estava me dando coceira. não era disso. No auge de seus 27 anos, nada chamava mais sua atenção do que uma boa festa sem hora pra acabar, em algum pub da cidade. Ela era assim, espírito livre, jovem e dançante o tempo inteiro e mesmo levando o trabalho a sério, nem a festa de 45 anos da empresa seria o suficiente pra fazê-la comparecer.
Acontece que tínhamos combinado. Tudo bem, combinamos antes da nossa discussão, mas combinamos.
Comecei a caminhar até a saída de uma vez, sem pensar mais nenhum minuto. Precisava ajeitar as coisas, precisava vê-la. James tentou conversar comigo no meio do caminho mas não dei tempo pra ele conseguir dizer mais que duas palavras. Afrouxei a gravata, apertando o passo até o estacionamento, entrando no meu carro e dando partida.
6 meses. As coisas desmoronam e em uma parte você se sente distante, e é assim que se sente. Sempre deixei claro que meu trabalho é a coisa mais importante da minha vida - ou era - e por um lado ela sempre compreendeu, até o dia em que a gente se tocou que, de fato, estávamos apaixonados um pelo outro. Ok, isso não faz tempo, foi mês passado. Levamos cinco meses pra isso. Estava tudo bem, um mês atrás estávamos ótimos, sem um drama desnecessário sobre nossos sentimentos, até que chegou o nosso pior caso juntos. Pior porque, porra, até agora não conseguimos resolver, e isso resultou na nossa pior briga.
Engraçado, dizem que é o amor que te bagunça, mas com a gente foi o contrário, ele nos ajeitou, mas o trabalho que nos bagunçou.
Estacionei em frente ao seu prédio, atravessando a rua feito um doido. O porteiro abriu a pequena janela assim que me viu em frente à portaria, me encarando com uma expressão quase que engraçada.
- Ben! - exclamei seu nome, desistindo de apertar o interfone no mesmo segundo em que o vi.
- acabou de sair, rapaz. - ele avisou risonho como sempre, mas entre um olhar de advertência e diversão - E ela estava nervosa.
- Ah sim. - foi só o que saiu da minha boca, mas me permiti rir pela cara do homem.
elogiava a todos, inclusive Ben. O mesmo sempre fora extremamente simpático comigo e quando ele notava algum comportamento diferente em , ele sempre me dava um toque. Homens ajudam homens, não é? Pois bem. Me despedi, entrando no carro novamente e bufei alto, pegando meu celular e ligando pra pela vigésima vez, e novamente, nada dela me atender.
Segui o caminho até o meu apartamento. Não teria saco nenhum pra voltar pra festa da empresa e na minha cabeça eu já podia imaginar dançando do jeito mais solto possível em algum bar por aí com suas amigas.
Saí do carro em direção ao elevador, ainda com o mesmo pensamento. Tentei ligar de novo, mas nada dela atender. Grunhi nervoso, saindo do elevador e abrindo a porta do meu apartamento.
- Quase que a gente chega junto.
Eu quase dei um pulo de susto, e assim que me virei, começou a gargalhar alto.
- Porra, mulher! - ela estava do outro lado do balcão da cozinha, com uma blusinha branca simples, uma taça de vinho ao lado e me olhando de maneira única, do jeitinho dela. Dei um passo pra frente, pronto pra começar a falar também, mas a mulher fez um sinal com a mão pra que eu parasse ali mesmo e eu obedeci no mesmo instante - , eu...
- Eu sei.
- Não, não sabe. - eu continuava parado ali feito besta, na esperança que ela se aproximasse de mim, mas não, ela continuou imóvel - Eu fui um babaca por discutir por conta do caso dos Aldridge. Eu sei que tá foda, mas eu não deveria ter descontado tudo em você, . Você tá trabalhando tanto nisso quanto eu, talvez até mais e eu explodi justo com você. O que eu disse foi injusto e eu quero me desculpar.
- Bem, você foi um ridículo. - ela retrucou de uma vez sem nem pensar, segurando o queixo com as duas mãos, com os cotovelos apoiados no balcão - Mas somos advogados criminais, , a gente sempre soube que teria estresse. Óbvio, eu não mereço ser tratada do jeito que você me tratou, mas eu te desculpo sim. Eu sei que também falei um monte de merda, mas podemos trabalhar nisso, inclusive, eu achei uma pista nova sobre o caso. - ela arqueou as sobrancelhas junto a um sorrisinho que eu conhecia muito bem. O mais convidativo que ela podia dar.
Dei os passos restantes que faltavam até entrar de vez na cozinha, observando só de calcinha. Ela gargalhou sapeca, me chamando com o dedo.
- Mentirosa. - me aproximei de uma vez, puxando sua mão até ela levantar, logo a puxando pela cintura de maneira nada generosa - Não tem nenhum documento por aqui mocinha, ou seja, nenhuma prova, então isso quer dizer que você mentiu. - sussurrei da maneira mais suave possível em seu ouvido, sentindo a mulher passando as unhas pela minha nuca, arrepiando o local de uma vez como um choque.
- Então o que você vai fazer? Me punir por essa grande e imperdoável mentira? - ela usou o melhor tom dramático que podia, rindo no final.
- Você sabe o que eu vou fazer, .
Grudei nossos lábios de uma vez, num beijo intenso e cheio de calor. puxou meu lábio numa mordida de leve e abrimos os olhos no mesmo instante e ela sorriu entre o beijo, e algo mais sexy do que me beijando de um jeito desesperado e excitado, era me beijando de um jeito desesperado, excitado e com um sorriso sem vergonha junto, sorriso que me confirmava como começaríamos e terminaríamos. Eu sempre soube que o jeitinho quieto e tímido de era exatamente ela tentando esconder o contrário. é explosiva, selvagem, cheia de energia pra tudo. Eu sempre fui o mesmo, mas por conta do foco no trabalho eu coloquei esse meu lado pra dormir e ele acordou novamente com da melhor maneira possível.
A gente se encaixava em todos os sentidos.
- Sei, você vai me foder melhor do que da última vez como sempre. - ela sussurrou num falso dengo, entrando no nosso joguinho descarado.
Sorri ao ouvir tal frase, pegando a mulher da minha vida no colo de uma vez, caminhando até o quarto. Éramos assim e sempre seríamos. A gente ficava no meio dos joguinhos, sabíamos brincar até um dos dois não aguentar mais e fodiamos mesmo, da maneira suja e irresistível que era a nossa verdade.
Assim que tocou os pés no chão já no quarto, o desespero pra tirar minhas roupas começou. Pra ser franco, o terno estava mesmo me incomodando. Ajudei a mulher nessa tarefa e puxei sua blusa branca também, girando seu corpo pra ficar de costas pra mim e apertei seus seios ainda por cima do sutiã sem aviso.
Um gemidinho abafado escapou dos lábios dela e eu sorri satisfeito. Abri o sutiã sem delongas e ela tentou virar o corpo mas não permiti. Puxei sua calcinha, a peça final ainda presente em seu corpo pra baixo, e ela se mexeu pra fazer a mesma descer ainda mais rápido, e mais uma vez tentando se virar, mas segurei em seus ombros.
Juntei seus cabelos em minha mão, colocando eles pro lado direito do seu corpo e dando um beijo estalado em seu pescoço. Tirei minha boxer de maneira rápida, abraçando minha mulher por trás do jeito mais sacana, envolvendo minhas mãos em sua cintura e fazendo um carinho provocativo em sua barriga. deu um pulinho por conta de todo o nosso contato, dando um longo suspiro e eu encaixei meu rosto em seu pescoço, observando que seus olhos estavam fechados.
- Reações são instantâneas se as emoções são constantes. Eu amo o jeito que você quase desmancha com o meu toque... - desci uma das minhas mãos um pouco mais, indo ao encontro da sua intimidade, mas girei o corpo dela de uma vez, colando nossos lábios num selinho demorado.
- ... - ela gemeu baixinho, abrindo os olhos com um olhar pidão e irresistível.
Eu juro, basta um olhar dessa mulher e eu faço o que ela quiser, seja no sexo, no trabalho, no lugar que for.
Empurrei na cama e aquele olhar pidão e desesperado permanecia, mas acredite, eu já estava beirando o mesmo desespero. Eu gosto de nós, do jeito que nossas peles se chocam, as palavras aleatórios e desconexas que saem das nossas bocas, da necessidade um pelo outro e pelo tanto de falta de vergonha na cara que tínhamos um com o outro na cama. Segurei em seus seios de maneira delicada, mas fui abaixando minhas mãos pela sua barriga com certa força. Sorri feito besta olhando pra o seu rostinho, levando uma das minhas mãos até sua intimidade de modo ligeiro. Sem delongas, enfiei um dedo de uma vez, sem aviso nenhum. Fiquei com ele estacionado ali dentro durante alguns segundos, sentindo toda a sua umidade. O olhar de me mostrava a mesma pressa de sempre, mas eu adorava brincar, mesmo não aguentando muito tempo também. Enfiei mais um dedo, pressionando o dedão em seu clitóris e um gemido gostoso escapou da sua boca. Sorri satisfeito. Comecei a enfiar pra valer, num ritmo rápido, descompassado e cheio de vontades. Caí de boca ali enquanto trabalhava com meus dedos, sugando seu clitóris e logo sentindo as mãos da minha mulher em minha cabeça, me puxando pelos cabelos com gemidos que eram música para os meus ouvidos.
- Está com pressa, moça? - ergui minha cabeça de uma vez, ainda com meus dedos dentro dela, observando bem as caras e bocas de prazer dela.
- Inferno! Vamos, eu não quero seus dedos, eu quero você dentro de mim. - ela grunhiu no meio dos gemidos e eu me senti mais duro do que já estava.
Saí de dentro dela de uma vez, colocando meus dedos em sua boca, onde ela lambeu cada um me encarando de maneira descarada.
- Eu sei que você prefere o meu pau, mas meus dedos fazem um bom trabalho também, não é mesmo? - me deitei completamente por cima dela, depositando um selinho demorado em seus lábios e ela passou as mãos pelo meu pescoço num carinho rápido.
- Eu te amo, homem. - em meio à tanta sujeira boa do sexo, não deixava de dizer isso. Ela falava enquanto ainda podia, sabendo de tudo o que viria em seguida.
- Eu te amo mais. - encostei nossos narizes e me afastei - Agora fica de quatro pra mim, vai.
me obedeceu no mesmo instante, até porque não tinha outra opção. Ela empinou a bunda da maneira mais sacana e provocativa e uma risadinha escapou da sua boca.
Definitivamente a mulher da minha vida!
Por mais que a boca dela me causasse sensações indescritíveis, eu já estava desesperado pra entrar dentro dela, e na maioria das vezes pulávamos essa parte. Passei a mão pela sua intimidade, encaixando meu membro ali de uma vez, e o mesmo escorregou pra dentro sem dificuldade nenhuma, já que já estava molhada o suficiente. Grunhi em satisfação, me sentindo em casa. Me forcei logo com movimentos rápidos que só foram aumentando, assim como os gemidos dela.
- Porra! - ela gemeu alto, agarrando os lençóis com força enquanto eu agarrava em sua cintura, me forçando dentro dela o máximo que podia.
Desferi um tapa em sua bunda, onde ela se contraiu por inteiro, me arrancando um gemido alto. Porra digo eu! Estoquei freneticamente o mais rápido que pude, e entre um movimento e outro os nossos gemidos se misturavam na mais bagunçada sintonia. O som dos nossos corpos se chocando, nosso cheiro e todo o nosso desejo nos trazia o melhor prazer de nossas vidas.
Dei mais um tapa nela, ouvindo um gemido fino.
- Você gosta, não é? - soltei uma risada fraca em meio a todas as estocadas.
- Eu vou gozar, . Continua... Isso... Aí... Puta que... - era incapaz de concretizar uma frase e eu estoquei ainda mais forte, sem romantismo ou sutileza, sabendo que proporcionaria um orgasmo que a deixaria, literalmente, de pernas bambas.
Não demorou nadinha. desabou, melando meu pau com o seu orgasmo e quando ela se recuperou o suficiente pra ao menos olhar pra trás, eu puxei seu corpo pra baixo, a forçando a deitar de uma vez. Ela sorriu tentando murmurar algo, mas não conseguiu. Ainda com a respiração descompassada ela me puxou, invertendo nossas posições de uma vez, ficando em cima de mim. Agarrei seu quadril e forcei o contato que tanto queria e precisava, e esfregava a intimidade no meu pau de maneira insana e provocativa.
Ela deu uma mordida safada no lábio inferior, abrindo a própria intimidade com as mãos e desceu de uma vez, sentando no meu pau. Ela gritou e eu também. passou a rebolar em mim sem pudor algum, mantendo o contato visual o tempo todo. Ela segurou em meus braços de maneira desesperada, se forçando cada vez mais pra dentro de mim, e caralho, se isso for um pecado, a gente vai queimar no inferno junto.
No meio de um vocabulário chulo, sacanagens e as coisas sujas que adorávamos falar um pro outro durante o sexo, eu gozei ali mesmo, dentro dela. Apertei meus olhos e um grunhido de satisfação saiu da minha boca e rolou o corpo, caindo ao meu lado.
Passamos minutos recuperando nossas respirações. Me ajeitei na cama, puxando seu corpo pra mim e jogando o lençol por cima de nós.
- Por Deus, , eu te amo! - puxei seu rosto, fazendo ela olhar bem nos meus olhos e um sorriso se formou em seus lábios.
- Eu não menti, sabia? Eu realmente tenho uma pista nova sobre o caso dos Aldridge. - ela revelou com um olhar sapeca, como se fosse uma criança escondendo algo da mãe, e o jeito que ela ia de extremamente sexy pra uma garotinha que tinha aprontado me ganhava o tempo inteiro. se encolheu ainda mais em meu peito, me dando um selinho rápido antes de se aninhar de uma vez ali.
- E onde estava essa prova? Dentro da calça que você perdeu ao entrar aqui dentro? Porque você estava só de calcinha, amor.
- ! - ela exclamou em meio as gargalhadas que disparou a dar, pousando uma mão em meu rosto - É sério, os papéis estão na minha bolsa, mas... Você sabe, né? - ela tombou o olhar, querendo dizer o óbvio.
- A gente se acertaria uma hora ou outra, fico feliz que você tenha vindo pra cá.
- Eu sabia que você não aguentaria ficar até o fim da festa da empresa. Te conheço bem, amor, e a propósito, eu te amo também!
, a mulher da minha vida, a que me dá tudo isso. Eu sempre soube que a vida me traria alguém, mas não imaginava que viria alguém assim, mais do que eu esperava e as vezes arrisco dizer que é até mais do que mereço.
Nunca nos importamos se seria a primeira ou a última vez, não importa, parece certo. E é!




FIM.



Nota da autora: Espero que tenham gostado.





Outras Fanfics:
BLINK [FINALIZADA]
PRELUDE [EM ANDAMENTO]



comments powered by Disqus