Capítulo Único
null virou outro drink qualquer e passou a observar a pista de dança. Uma garota começou a encará-lo, dançando de maneira provocante. Vestia vermelho, null odiava essa cor. Droga! null, null, null... Será que não conseguia parar de pensar na ex por, pelo menos, uma noite? Não, não conseguia. Pediu uma dose de vodka ao barman e saiu em direção à garota, que sorrira maliciosamente.
There's something ‘bout your body
I'm not in a rush
But girl I'm ready to marry you
Yeah right here in this restaurant
And start on our honeymoon
While you still got your dress on
While you still got your dress on, yeah
Assim que se aproximou, o perfume da garota adentrou em suas narinas. O mesmo perfume, pensou, o perfume dela. null inalou e deixou-se afogar naquele aroma, enquanto perdia-se em memórias.
Lembrou-se de todos os bons momentos que passara ao lado de null. Não era um cara que queria se prender a alguém, muito menos assumir compromisso, mas gostava mesmo daquela garota.
Lembrou-se de seu corpo, sua risada, a pele morena e macia, os cabelos negros sedosos. Era tímida no início, mas tornou-se solta, linda e gostosa. null era o sonho de qualquer rapaz. Havia apenas um aspecto negativo, que logo se tornou um grande defeito: o ciúmes. Não era um ciuminho bobo, mas um ciúme psicopata, era assim que null considerava. null ficara neurótica. Certo que null não era nenhuma flor que se cheire quando solteiro, mas estavam namorando, porra! Seria muito difícil assim de entender? Pelo jeito, era. null não conseguia ver que null não era nenhum filho da puta e, a partir de uns dois meses de namoro, a garota surtou. Começou a dar pequenos chiliques só de ver alguma outra moça olhar para o rapaz, e só foi piorando. Chegaram ao ponto constrangedor onde null armava um barraco onde quer que estivessem, tanto na rua quanto em um shopping center, apenas por desconfiar que estava sendo traída. Brigavam quase todos os dias e null já não aguentava mais. Queria voltar no tempo e nunca ter ido à festa onde conhecera null. Chacoalhou a cabeça, afastando as lembranças. Estava com uma mulher gostosa nos braços e outra neurótica na mente.
Now I ain't tryina offend nobody
But girl don't they see you, school if they don't
Cause hey I only see me and you
That's why I'm all over you
While you still got your dress on
While you still got your dress on, yeah, yeah, yeah
Naquela festa, null havia sido tão doce, tão amorosa. Era uma daquelas garotas sonhadoras, que se encantavam facilmente e, na época, passava despercebida pelos sexo masculino. Do nada, null havia se transformado em um monstro psicótico. null estava cansado, irritado e desiludido quando, em outra festa, bebera além da conta. Uma loira qualquer estava dando mole para ele, que pensou em realmente dar um motivo para as crises de null. Não demorou ao levar a loira para um quarto quando null apareceu, não se sabe de onde, gritando, xingando, fazendo o maior escândalo que null presenciou na vida inteira. Queria bater na loira e em null, que saiu dali arrastando-a pelo braço para que não fizesse nenhum estrago.
“Seu ogro, filho da puta, miserável! Por que você fez isso, por quê?” null perguntara, aos prantos.
“Por quê?” gritou null, transbordando raiva. “Por que eu estou cansado, null. Não aguento mais teus chiliques, tuas crises, tuas loucuras. Você via coisa onde não tinha, pois agora eu te dei o que ver de verdade!”
“Eu sabia! Eu sempre soube, você sempre me traiu. Nunca gostou de mim!”
“Nunca gostei? É, deve ser por isso que eu tentava a todo custo manter aquele... aquela coisa, que nem pode ser chamada de namoro. Deve ser por isso que eu aguentei você infernizando a minha vida durante meses, porque eu nunca gostei de você!” null gritava, com os nervos à flor da pele. “E não, eu nunca fiz nada, null, você que via coisas. Fiz isso hoje porque EU. NÃO. TE. AGUENTO. MAIS.”
null havia ficado em estado de choque, abrira a boca para interromper null, mas não saía som algum. Apenas quando notou que null havia parado de falar e a olhava, recompôs-se, tentando formular alguma frase.
“E eu odeio você! Você é um babaca egoísta e egocêntrico, só pensa em si mesmo!” null gargalhou de maneira estrondosa. “Eu odeio você, null!” null deu as costas e null ficou ali parado, incrédulo, vendo-a dar as costas para si.
Tomou um choque de realidade saindo de seu devaneio e voltou ao presente quando a garota à sua frente aproximou-se mais, mexendo-se de acordo com a música um tanto quanto lenta e o beijou nos lábios. null deixou-se envolver no beijo, ainda embriagado no perfume da moça, imaginando null ali. Queria dar um tiro em sua própria testa; estava com uma garota incrivelmente bonita – não tanto quanto null, teve de admitir – e que estava dando o maior mole para ele e, mesmo assim, seus pensamentos ainda estavam na ex.
Não pode deixar de lembrar o doce gosto que null tinha, nada comparado ao daquela garota. Lembrou-se de quando ainda estavam se conhecendo, de todos os sonhos que a menina tinha, todas as coisas que planejava para o futuro. null via um mundo completamente diferente do qual ela acabou entrando. null queria correr até onde ela se encontrava, estivesse onde estivesse. Ele seria capaz de correr até o Alaska atrás dela. O único problema era que ela estava muito bem sem ele. Ficara sabendo, por meio de terceiros, que null estava normal, se divertindo, frequentando baladas e até foi vista com outros caras, enquanto null não conseguia nem sair de casa direito, por que pensava na garota 24 horas por dia. Sentiu um aperto no peito ao lembrar que null estava com outros caras – sim, mais de um! – e null não conseguia nem prestar atenção na garota à sua frente.
I can't wait, cause girl
As soon as I look in your face
I see your world where a heart never breaks
And to me that means that the whole world could change
But not mine
I can't wait, the way I know your body
I don't really need much
Girl I know where to touch
Just stay where you are
Drop all your worries
And we can leave all the rest on
We can do it, while you still got your dress on, yeah
Num misto de desespero e dor de cotovelo, null voltou a beijar a mulher, que deixou bem claro que estava gostando. Era agora. null não podia se martirizar como uma menininha adolescente enquanto null estava por ai abrindo as pernas para meio mundo. Sem pensar muito no que estava fazendo, começou a apalpar o corpo da mulher, enquanto esta cravava suas unhas em sua nuca. Não demorou muito para saírem dali e, sem saber como, null e a garota já estavam em um quarto de algum hotel barato. Ele havia bebido ainda mais para esquecer a ex e passar a noite com a mulher que o beijava insistentemente. Com os olhos fechados o tempo inteiro, null lembrava-se de quando deitava no colo de null e ela fazia carinhos em seu cabelo; lembrava-se de quando começavam alguma guerra de comida, sempre porque null dizia que null não cozinhava bem. É claro que ela cozinhava deliciosamente bem, tudo que fazia era perfeito. Sem saber se por efeito da bebida, ou por uma peça pregada pela mente, a moça abaixo de si sussurrava seu nome e null ouvia a voz de null. Continuou naquele devaneio quando, por um descuido, abriu os olhos e teve uma decepcionante conclusão: a mulher abaixo de si não era null. Não era quem null amava, sim, amava. Não conseguia parar de pensar em null desde quando terminaram, no dia da briga, e então null percebeu. Percebeu que a amava, com todas as suas loucuras e paranóias. Resolveu ir procurá-la, não importava o quão longe estivesse, ou se estivesse com alguém. Levantou-se abruptamente da cama deixando uma morena nua deitada, em choque, que não entendia o que estava acontecendo. null murmurou um “desculpe” que nem sabia se a moça tinha ouvido, e saiu dali o quanto antes, sem nenhuma satisfação, deixando a moça contrariada e irritada no quarto. Nem um trocado para o táxi ele deixara. Mas não se importava. Não era um egoísta egocêntrico que só pensava em si mesmo? Era assim que null o chamara e naquele momento null realmente não dava a mínima para a garota da balada nem para ninguém. Se querer o seu próprio bem correndo atrás da pessoa que ama era ser egoísta e egocêntrico, pois bem. Era isso o que null era.
Saiu andando pela cidade completamente sem rumo, mas sabia onde queria chegar: iria até null e imploraria se fosse preciso, para voltarem. Sim, null podia estar ficando louco e se rebaixando, mas não aguentava mais ficar sem null. Irônico, riu consigo mesmo. Antes não a suportava ao seu lado e agora não a aguentava longe. Quem sabe a loucura de null havia pegado null... null não sabia. A única coisa que sabia era que encontraria null e tentaria reconquistá-la, e tentar fazer o namoro de maneira correta, desta vez.
I can't wait, cause girl
As soon as I look in your face
I see your world where a heart never breaks
And to me that means that the whole world could change
I'm not in a rush
But girl I'm ready to marry you
Yeah right here in this restaurant
And start on our honeymoon
While you still got your dress on
While you still got your dress on, yeah
Assim que se aproximou, o perfume da garota adentrou em suas narinas. O mesmo perfume, pensou, o perfume dela. null inalou e deixou-se afogar naquele aroma, enquanto perdia-se em memórias.
Lembrou-se de todos os bons momentos que passara ao lado de null. Não era um cara que queria se prender a alguém, muito menos assumir compromisso, mas gostava mesmo daquela garota.
Lembrou-se de seu corpo, sua risada, a pele morena e macia, os cabelos negros sedosos. Era tímida no início, mas tornou-se solta, linda e gostosa. null era o sonho de qualquer rapaz. Havia apenas um aspecto negativo, que logo se tornou um grande defeito: o ciúmes. Não era um ciuminho bobo, mas um ciúme psicopata, era assim que null considerava. null ficara neurótica. Certo que null não era nenhuma flor que se cheire quando solteiro, mas estavam namorando, porra! Seria muito difícil assim de entender? Pelo jeito, era. null não conseguia ver que null não era nenhum filho da puta e, a partir de uns dois meses de namoro, a garota surtou. Começou a dar pequenos chiliques só de ver alguma outra moça olhar para o rapaz, e só foi piorando. Chegaram ao ponto constrangedor onde null armava um barraco onde quer que estivessem, tanto na rua quanto em um shopping center, apenas por desconfiar que estava sendo traída. Brigavam quase todos os dias e null já não aguentava mais. Queria voltar no tempo e nunca ter ido à festa onde conhecera null. Chacoalhou a cabeça, afastando as lembranças. Estava com uma mulher gostosa nos braços e outra neurótica na mente.
But girl don't they see you, school if they don't
Cause hey I only see me and you
That's why I'm all over you
While you still got your dress on
While you still got your dress on, yeah, yeah, yeah
Naquela festa, null havia sido tão doce, tão amorosa. Era uma daquelas garotas sonhadoras, que se encantavam facilmente e, na época, passava despercebida pelos sexo masculino. Do nada, null havia se transformado em um monstro psicótico. null estava cansado, irritado e desiludido quando, em outra festa, bebera além da conta. Uma loira qualquer estava dando mole para ele, que pensou em realmente dar um motivo para as crises de null. Não demorou ao levar a loira para um quarto quando null apareceu, não se sabe de onde, gritando, xingando, fazendo o maior escândalo que null presenciou na vida inteira. Queria bater na loira e em null, que saiu dali arrastando-a pelo braço para que não fizesse nenhum estrago.
“Seu ogro, filho da puta, miserável! Por que você fez isso, por quê?” null perguntara, aos prantos.
“Por quê?” gritou null, transbordando raiva. “Por que eu estou cansado, null. Não aguento mais teus chiliques, tuas crises, tuas loucuras. Você via coisa onde não tinha, pois agora eu te dei o que ver de verdade!”
“Eu sabia! Eu sempre soube, você sempre me traiu. Nunca gostou de mim!”
“Nunca gostei? É, deve ser por isso que eu tentava a todo custo manter aquele... aquela coisa, que nem pode ser chamada de namoro. Deve ser por isso que eu aguentei você infernizando a minha vida durante meses, porque eu nunca gostei de você!” null gritava, com os nervos à flor da pele. “E não, eu nunca fiz nada, null, você que via coisas. Fiz isso hoje porque EU. NÃO. TE. AGUENTO. MAIS.”
null havia ficado em estado de choque, abrira a boca para interromper null, mas não saía som algum. Apenas quando notou que null havia parado de falar e a olhava, recompôs-se, tentando formular alguma frase.
“E eu odeio você! Você é um babaca egoísta e egocêntrico, só pensa em si mesmo!” null gargalhou de maneira estrondosa. “Eu odeio você, null!” null deu as costas e null ficou ali parado, incrédulo, vendo-a dar as costas para si.
Tomou um choque de realidade saindo de seu devaneio e voltou ao presente quando a garota à sua frente aproximou-se mais, mexendo-se de acordo com a música um tanto quanto lenta e o beijou nos lábios. null deixou-se envolver no beijo, ainda embriagado no perfume da moça, imaginando null ali. Queria dar um tiro em sua própria testa; estava com uma garota incrivelmente bonita – não tanto quanto null, teve de admitir – e que estava dando o maior mole para ele e, mesmo assim, seus pensamentos ainda estavam na ex.
Não pode deixar de lembrar o doce gosto que null tinha, nada comparado ao daquela garota. Lembrou-se de quando ainda estavam se conhecendo, de todos os sonhos que a menina tinha, todas as coisas que planejava para o futuro. null via um mundo completamente diferente do qual ela acabou entrando. null queria correr até onde ela se encontrava, estivesse onde estivesse. Ele seria capaz de correr até o Alaska atrás dela. O único problema era que ela estava muito bem sem ele. Ficara sabendo, por meio de terceiros, que null estava normal, se divertindo, frequentando baladas e até foi vista com outros caras, enquanto null não conseguia nem sair de casa direito, por que pensava na garota 24 horas por dia. Sentiu um aperto no peito ao lembrar que null estava com outros caras – sim, mais de um! – e null não conseguia nem prestar atenção na garota à sua frente.
As soon as I look in your face
I see your world where a heart never breaks
And to me that means that the whole world could change
But not mine
I can't wait, the way I know your body
I don't really need much
Girl I know where to touch
Just stay where you are
Drop all your worries
And we can leave all the rest on
We can do it, while you still got your dress on, yeah
Num misto de desespero e dor de cotovelo, null voltou a beijar a mulher, que deixou bem claro que estava gostando. Era agora. null não podia se martirizar como uma menininha adolescente enquanto null estava por ai abrindo as pernas para meio mundo. Sem pensar muito no que estava fazendo, começou a apalpar o corpo da mulher, enquanto esta cravava suas unhas em sua nuca. Não demorou muito para saírem dali e, sem saber como, null e a garota já estavam em um quarto de algum hotel barato. Ele havia bebido ainda mais para esquecer a ex e passar a noite com a mulher que o beijava insistentemente. Com os olhos fechados o tempo inteiro, null lembrava-se de quando deitava no colo de null e ela fazia carinhos em seu cabelo; lembrava-se de quando começavam alguma guerra de comida, sempre porque null dizia que null não cozinhava bem. É claro que ela cozinhava deliciosamente bem, tudo que fazia era perfeito. Sem saber se por efeito da bebida, ou por uma peça pregada pela mente, a moça abaixo de si sussurrava seu nome e null ouvia a voz de null. Continuou naquele devaneio quando, por um descuido, abriu os olhos e teve uma decepcionante conclusão: a mulher abaixo de si não era null. Não era quem null amava, sim, amava. Não conseguia parar de pensar em null desde quando terminaram, no dia da briga, e então null percebeu. Percebeu que a amava, com todas as suas loucuras e paranóias. Resolveu ir procurá-la, não importava o quão longe estivesse, ou se estivesse com alguém. Levantou-se abruptamente da cama deixando uma morena nua deitada, em choque, que não entendia o que estava acontecendo. null murmurou um “desculpe” que nem sabia se a moça tinha ouvido, e saiu dali o quanto antes, sem nenhuma satisfação, deixando a moça contrariada e irritada no quarto. Nem um trocado para o táxi ele deixara. Mas não se importava. Não era um egoísta egocêntrico que só pensava em si mesmo? Era assim que null o chamara e naquele momento null realmente não dava a mínima para a garota da balada nem para ninguém. Se querer o seu próprio bem correndo atrás da pessoa que ama era ser egoísta e egocêntrico, pois bem. Era isso o que null era.
Saiu andando pela cidade completamente sem rumo, mas sabia onde queria chegar: iria até null e imploraria se fosse preciso, para voltarem. Sim, null podia estar ficando louco e se rebaixando, mas não aguentava mais ficar sem null. Irônico, riu consigo mesmo. Antes não a suportava ao seu lado e agora não a aguentava longe. Quem sabe a loucura de null havia pegado null... null não sabia. A única coisa que sabia era que encontraria null e tentaria reconquistá-la, e tentar fazer o namoro de maneira correta, desta vez.
As soon as I look in your face
I see your world where a heart never breaks
And to me that means that the whole world could change
FIM.
Nota da autora: Olá, tchutchucos! Então, não sei se a fic ficou decente, porque fiz meio às pressas para o Ficstape, maaas... Espero que tenham gostado! Comentem aí em baixo, por favor, mesmo se não gostaram. Também podem entrar em contato comigo pelo twitter (@vpthayna). Beijos, e até a próxima!
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.

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