Bonus Track: Titanium

Finalizada em: 01/05/2015

Capítulo Único

You shout it loud
But I can't hear a word you say
I'm talking loud not saying much
I'm criticized but all your bullets ricochet
You shoot me down, but I get up


This is a story of boy meets girl. But you should know up front, this is not a love story, this is a story about love. (500 days of Summer)

A noite estava fria, o vento gelado assoviava entre as árvores e suas folhas na pequena floresta. assistiu uma folha fazer o seu caminho desde o galho até o chão e quando seu olhar alcançou a terra, notou a sombra de uma silhueta. Não sabia que possuía companhia. Se soubesse, teria limpado as lágrimas. Ergueu o olhar na direção oposta à sombra. Um sorriso tímido e muitos cachos embolados por debaixo de uma touca lhe fitavam. Conhecia muito bem aquele belo par, apenas não sabia o que fazia ali lhe observando.
A fogueira continuava a crepitar há poucos metros atrás deles, constatou após erguer o olhar. As pessoas continuavam ingerindo álcool e trocando salivas. O que ela estava fazendo ali?
O farfalhar das folhas chamou a atenção de . A garota andava a passos calmos até ele. Apressou-se em limpar as lágrimas quentes da bochecha e ensaiou um sorriso acanhado. Sentiu os cachos baterem levemente em seu rosto enquanto a garota se sentava ao seu lado e sentiu-se feliz pela proximidade. Ela lhe entregou um copo vermelho que, ao pegá-lo, constatou que estava quente. Era café.
- Você não precisa ficar aqui comigo, sabe. Está perdendo toda a diversão, .
Os ombros de empurraram casualmente os do rapaz e ela sorriu docemente.
- Soube o que aconteceu. – usou um tom de voz cuidadoso e leve, mas agora o sorriso era triste. Os olhos de arderam ao segurar o choro. – Se precisar conversar, meu quarto é o 207. Sou .
Eu sei quem você é, pensou , a surpresa é você saber quem eu sou.
- Obrigado, . – bebericou o café quente, disfarçando a surpresa e a timidez.
- está ótimo.
se virou para fitá-la. Ela sorria, gentil e... leve. Fora impossível não abrir um sorriso junto.
- Obrigado, . – se corrigiu. O sorriso dela se abriu ainda mais e o coração de se aqueceu. E definitivamente o café não era o responsável por isso.
Os cachos de escorregaram pelos seus ombros e logo em seguida, ele sentiu o peso de sua cabeça em seus ombros. Não sabia como ela sabia seu nome, onde havia descoberto sobre o falecimento do seu irmão ou o porquê de estar ali, com ele, mas sabia de uma coisa: Estava infinitamente grato por ter alguém ao seu lado. E por alguém se importar.

XxxX


- Eu posso saber por onde você andou ontem à noite? – a porta se abrira com um estrondo, irrompendo dela, e seus cabelos longos completamente amassados naquela manhã. As bolas arroxeadas ao redor dos olhos indicavam que havia ficado acordada a noite inteira e os olhos avermelhados, que havia bebido também. soltou um suspiro, largando a caneta na escrivaninha e virando-se para a garota. Porque era isso o que ela era, uma garotinha.
- Teve festa da Irmandade, pensei que soubesse, . – respondeu calmamente, o que apenas a irritou ainda mais.
- E por que você foi a essa festa? – quis saber, fechando a porta atrás de si e cruzando os braços. – Por que não me avisou?
não iria comprar uma briga com . Não valia a pena piorar a sua ressaca por culpa dela. Então ele apenas abriu um sorriso de canto, piscando seus grandes olhos verdes para ela.
- Com quem você esteve essa noite, ? – se levantou, ajeitando a cadeira e copiando os movimentos dela, cruzando os braços. Ela o encarou, engolindo a culpa e deixando transparecer o gosto amargo em suas expressões.
- Onde você passou a noite, ? – reforçou a pergunta, fazendo a virar os olhos. Umedecendo os lábios com a língua e soltando o segundo suspiro cansado daquela conversa, continuou: - Está vendo? Você tem o direito de sair com quem você quiser e eu tenho o direito de ir para uma festa e ficar bêbado e me esquecer de que estou apaixonado por você.
Uma gargalhada irônica saiu da garganta de .
- Se diz tão apaixonado, mas não se digna a me dizer onde está. – rebateu, ácida.
- Com todo respeito, , mas eu não te devo mais satisfações desde o dia em que você decidiu que cada pinto nessa faculdade é melhor do que eu. – não queria ser rude, mas era evidente a mágoa em sua voz. Suas mãos começaram a ficar trêmulas e o acúmulo de lágrimas em seus olhos os fazia arder.
- Você é tão injusto, .
- Injusto? – ele aumentou um pouco o tom de voz.
- Não grite comigo! – gritou ainda mais. – É injusto sim, age como se fosse o santo dessa história.
deu uma breve risada triste, balançando a cabeça em negação.
- Nomeie uma garota com quem eu fiquei depois de você e nós poderemos conversar, .
não respondeu por que simplesmente não havia resposta para aquilo.
- Está vendo? Quem é injusto agora?
- Escute aqui, . Esse é o meu jogo e eu dito as regras! – ela ergueu o dedo em riste em seu rosto. apenas a fitou, lutando contra as lágrimas de ódio que queriam sair.
balançou a cabeça em negação, recusando-se a respondê-la. saiu bufando, batendo a porta do dormitório.
- Então jogue sozinha, .

XxxX


O celular silencioso na cômoda era quase a presença física de uma pessoa inconveniente e enfadonha. havia prometido a si mesmo que não verificaria pela décima vez se havia alguma mensagem. Não haveria... não havia atingido esse nível de sensatez. Talvez nunca atingisse. Fatigado, escorregou para fora da cama, observando a tempestade do lado de fora da janela criar vida própria a cada raio que cortava o céu. Infelizes aqueles que estivessem na rua aquele horário. Reparou na cama vazia do seu colega de quarto e imaginou se ele estaria seguro, a salvo daquela tempestade. Pensou em mandar uma mensagem perguntando se ele precisaria de uma carona mais tarde, mas se absteve. Era apenas uma desculpa esfarrapada criada pelo seu subconsciente para verificar o celular. E enviar uma mensagem para . Seu colega de quarto estava bem. Na pior das hipóteses estava preso na casa dos sogros, com uma namorada fiel, doce e atenciosa.
Diferente dele que estava sozinho, magoado e esperando uma ligação de uma namorada imprudente e leviana.
Um forte raio cortou o céu escuro, deixando-o rosa e roxo e decidiu que era hora de parar de se lamentar e arrastar-se até a mais próxima máquina de snacks e café da faculdade. Os corredores estavam vazios, como todo sábado à noite, e voltou rapidamente com um copo de café preto forte e um lanche natural de um sabor duvidoso. Ligou a TV, deitou-se na cama e apertou um botão qualquer do celular. Nenhuma notificação. Deu um gole no café amargo no instante em que ouviu uma batida na porta.
O café subiu pela garganta e seu estômago se revirou. Caminhou a passos largos até a porta e a destrancou com as mãos trêmulas.
encolhida, com os braços cruzados, molhada dos pés à cabeça; os cachos pingando e o corpo trêmulo de frio.
- O que você quer? – a voz de vacilou. Queria abraçá-la, esquentá-la e conversar, mas a decepção ainda estava viva. E voraz.
- Posso entrar? – encostou-se ao batente da porta; os olhos vermelhos fitando-o, suplicantes.
- Você pode dizer o que tem pra falar daqui. – engoliu suas vontades involuntárias de, naturalmente, amá-la.
deu uma fungada, abaixou o olhar e estremeceu ao soprar de uma brisa gelada. Restou-lhe a dúvida se sua alma havia congelado pelo vento ou pelas palavras do namorado.
- Me desculpa. – sibilou.
cruzou os braços em frente ao peito. Revirou os olhos, mas os sentia arder.
- Me desculpa, . Eu fui idiota e impulsiva. – seus ombros subiam e desciam. Estava chorando. Os cabelos acobreados do rapaz já eram puxados ferozmente pelas suas mãos. Queria se afastar dela, queria bater a porta em sua cara, mas via-se cada vez mais próximo a ela. As mãos tremendo para envolvê-la em um abraço.
- De novo, você quis dizer? De novo, ? Porra! – quis gritar, mas sua voz não passou de um sussurro.
- Eu prometo, eu prometo que nunca mais faço... Isso. – as mãos geladas de agarraram os braços de . Implorando por qualquer indício de carinho. Mas não tinha. retesou o braço.
- Dois anos, . Não duas semanas, não dois meses. Dois anos. – à última palavra, o choro correu livre. E o desespero percorreu cada centímetro da garota. Seu corpo molhado se chocou com o quente e reconfortante de , abraçando-o desconfortavelmente. Quase como abraçar um poste. Mas não desistiu. Alisou seus braços e levou as mãos até o seu rosto, forçando-o a olhá-la nos olhos.
- Eu errei, eu sei que errei. Mas me dá uma chance. Uma chance pra eu te mostrar que posso mudar. Eu te amo, .
riu sem qualquer humor. apertou as mãos em seu rosto, forçando uma aproximação e colando sua testa à dele.
- Por favor. – implorou num sussurro sôfrego. – Por favor. Aquilo não significou nada, nada. Eu te amo, eu te amo.
O corpo inteiro de tremia de vontade de corresponder às falas e afagos de , mas o gosto acre da traição em seu estômago não lhe permitia se mexer. O silêncio caiu entre os dois.
- … - choramingou. – Eu te amo.
arriscou beijá-lo, mas não correspondeu. Não podia, embora seu coração estivesse se despedaçando aos poucos por não tê-lo feito.
- Eu acho melhor você ir embora. – falou, por fim, afastando-se dela com cuidando, abaixando seus braços com delicadeza.
abriu a boca para contestar, mas se afastou e empurrou a porta, fechando-a quando teve certeza de que não a machucaria.
Sentou-se encostado à porta, escutando o choro ressentido de . Enfiou o rosto nas mãos. Era muito mais difícil vê-la. Uma mensagem teria sido mais fácil.
Quando o silêncio acometeu os dois lados da porta, sentiu seu coração se apertar como um nó de escoteiro.
Abriu a porta desesperadamente. estava do outro lado do corredor. Um copo de café em mãos.
- Acho que o seu já esfriou.
sorriu.
XxxX


Cut me down
But it's you who'd have further to fall
Ghost town, haunted love
Raise your voice, sticks and stones may break my bones
I'm talking loud not saying much



A solidão é necessária para o autoconhecimento. Mas para o conhecimento dos nossos limites, relacionamentos são essenciais.

O tiquetaquear do relógio estava sincronizado com as pernas ansiosas de . Faltava um minuto, mas fora o um minuto mais demorado de sua vida. Chegou a pensar que todos os segundos de um ano bissexto caberiam naquele longo instante que durou aquele um minuto.
Meia noite, apontou o relógio. E saiu em disparada para o dormitório de .
O frio era visível na fumaça que saía pela sua boca, mas suas mãos suavam. Ensaiou mentalmente a sua fala o máximo de vezes que o pequeno percurso lhe permitiu e conferiu o cabelo uma última vez no reflexo da janela do andar do quarto da namorada.
Antes de bater na porta, sentiu-se nervoso por não ter uma rosa em mãos, mas flores realmente não era o tipo de . Deu dois toques sutis na madeira e as risadas do outro lado cessaram.
- Oi, bonitão. – sorriu ao vê-lo ali, embora já o esperasse.
- Oi, aniversariante. – riu quando fez uma careta, mordendo o lábio.
- Pensei que você fosse deixar passar... – fingiu uma chateação, fazendo beicinho. aproveitou a deixa e lhe deu um beijo rápido.
- Nunca, princesa. Agora vem comigo. – com as suas mãos trêmulas, puxou-a escadaria a cima. não se importou de vestir apenas shorts e moletom. Achava excitante e apaixonante a personalidade espontânea e surpreendente de .
Quando alcançaram o telhado da faculdade, cobertores jogados no chão, luzes brancas natalinas, champanhe e um violão já os esperavam. deixou a mão de e correu até o violão.
- Eu sei que você não suporta aniversário. Sei que você preferiria estar se afogando em tequila e sei também que você não gosta que eu gaste meu dinheiro com você, mas...
- ! – ela o interrompeu, dando um passo a frente.
- Sh... Mas eu te amo demais pra deixar hoje passar, então eu... Eu escrevi uma música pra você.
As mãos foram para boca, em surpresa, e seus olhos se encheram de lágrimas.
era bom demais para ela. Ela não o merecia.
Mas sentou-se nos cobertores, vendo-o tocar com as mãos trêmulas e a voz rouca e gostosa...

You will never know just how beautiful you are to me
But maybe I’m just in love when you wake me up

And I think you hate the smell of smoke, you always try and get me to stop
You drink as much as me and I get drunk a lot

So I take you to the beach and walk along the sand
And I’ll make you a heart pendant with a pebble held in my hand

And I’ll carve it like a necklace so the heart falls where your chest is
And now a piece of me is a piece of the beach, and it falls just where it needs to be
And rests peacefully so you just need to breathe to feel my heart against yours now
Against yours now…


Ao final do último acorde, já estava sentado ao lado de . Deixou o violão de lado e ela não hesitou em beijá-lo. Estava impressionada. Era novo o sentimento de se sentir, de fato, importante para alguém a ponto de ser inspiração musical. Era novo que alguém se entregasse tanto a ela quando, na verdade, ela mesma não conseguia confiar em si.
acariciou suas mãos trêmulas e lhe deu um beijo na testa antes de procurar o pequeno presente perdido em seu bolso. Era um colar simples, com uma pedra azul claro e rosa, com o nome dela gravado.
Deslizou seus cachos para os ombros, deixando a nuca livre para colocar o colar. Assim que o pingente gelado entrou em contato com a pele gelada de , ela soube. Soube que nunca seria merecedora do amor de , soube que nunca valeria nem um terço do sentimento que ele nutria por ela.
Uma lágrima morreu solitária em sua bochecha e antes mesmo que pudesse preocupar o namorado, fez o que mais sabia naquela relação: fingiu.

XxxX


This is a modern fairytale. No happy ending, no wind in ourselves...” (The Heart Wants What It Wants – Selena Gomez)


Até que ponto o traído é culpado pela traição? Dizem que se alguém trai uma vez, a culpa é dele. Se trair duas vezes, a culpa é sua. Mas até que ponto podemos ser culpados por simplesmente... Amar? E não é sobre isso que é o amor? Perdoar e acreditar? Aliás, não é esse mesmo amor que tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta? Não podemos ser culpados por apenas acreditar.
acreditou. Não uma, não duas, não três vezes. Acreditou porque mesmo após sete anos, seu coração ainda disparava quando ia se encontrar com . Acreditou porque mesmo após sete anos, era ela quem povoava seus pensamentos quando deitava a cabeça no travesseiro (mesmo que ela estivesse deitada ao seu lado). Acreditou porque, mesmo sendo cego de amores, acreditava em .
O único problema foi que não acreditou nela mesma. Não acreditou que ela saberia amar. Não acreditou que, acima do seu orgulho e dos seus vícios, havia uma mulher que amava. Mas, acima de tudo, não acreditou que podia ajudá-la, mesmo com todos os esforços durante os sete anos.
Apesar de tudo, nunca a culpou. , por outro lado, se culpara por não ter sido forte o bastante para deixá-lo ir.
Sete anos e um dia. Esse foi o limite. Um flagra e uma carta e então, apenas uma história sobre o amor a ser contada.


XxxX



You shoot me down but I won't fall
I am titanium

,

Está muito claro que nós não somos bons com palavras, certo? Hoje completa um mês desde a última vez em que nos falamos e eu, honestamente, não me sinto pronto para te ver pessoalmente. Nós tentamos três vezes e nas três tentativas, foram apenas gritos, choros e nenhuma solução. E honestamente, de novo, eu estou cansado. Não me entenda mal, eu nunca estarei cansado de você. Afinal, são sete anos que estamos juntos e se a questão fosse me cansar de conviver contigo, eu não teria arrastado por tantos anos... Estou cansado da nossa relação tóxica. Ela exige muito mais de mim do que eu realmente estou podendo aguentar e eu já não sei mais como resistir ou de onde retirar forças. Você foi quem sempre me deu apoio (quando meu irmão morreu, quando meus pais se mudaram, quando quase repeti um ano da faculdade, quando minha irmã sofreu um acidente), mas... Ninguém pode me oferecer o apoio que eu preciso quando o assunto é você. O amor que sinto por ti foi o que sempre me manteve firme para insistir em nós, mas depois do que vi... Depois do que eu ouvi, , eu entendi que amor não é tudo. Ou pelo menos, o amor não sobrevive a uma relação unilateral.
Eu sei que você me ama... Eu sei porque eu conheço você, eu sei que você não hesita e não gagueja em desistir ou largar mão do que não faz diferença pra você. E embora a sua alma seja de passarinho, eu me tornei a sua gaiola com a porta aberta. Seu coração sempre esteve “preso” comigo, mas com a liberdade para ir embora à hora que quisesse... Mas você não quis. Por um tempo, achei que fosse amor, por outro pensei que fosse apenas egoísmo seu. Para o meu próprio bem e por acreditar em quem você é, eu aposto em amor.
Então o unilateral da nossa relação não são os sentimentos. É unilateral quando somente eu abri mão da minha cidade para morar com você, mas você não pôde abrir mão de uma hora do seu dia no trabalho para conversar comigo. É unilateral quando, ainda na faculdade, eu regrava todos meus horários para baterem com os seus e, no final do dia, você não estava disponível pra mim, mas estava completamente livre para beber. É unilateral quando eu abri mão de ser tudo o que sempre prezei e achei certo, só para poder te agradar e te fazer feliz. Só pra poder te fazer ficar. Mas você... Bom, você não conseguiu abrir mão das suas noites de imprudências. Eu te dei tantas chances, , para viver a sua vida do jeitinho que você sempre quis e te garanti que estaria aqui te esperando caso você quisesse voltar (porque eu sei que você voltaria) e mesmo assim, você preferiu brincar com os meus sentimentos. Preferiu brincar de ter um relacionamento sério comigo. Eu nunca te pedi nada além da sua fidelidade e do seu carinho e eu ouvi da sua boca que você estava disposta a mudar por mim.
Mas eu não queria que você mudasse por mim, eu queria que você mudasse por você. Queria que mudasse porque você havia percebido que queria mudar. E por isso eu sempre te deixei livre, . Eu nunca limitei suas amizades, suas saídas, suas roupas, suas palavras. Eu nunca te limitei a nada, nunca te impus nada. Eu só queria que você quisesse ser minha e foi sempre, sempre o que te pedi. Fidelidade e nada mais. Mas parece que quanto mais valorizamos algo, mais difícil ele se torna.
Acho que esse foi o meu maior erro.
Foram sete anos, , te dando espaço para entender a si mesma e entender o que é amar, mas eu esqueci totalmente de dar espaço a mim para eu aprender a me amar... E eu cansei, . Cansei porque você não vai mudar nunca porque o que você ama em mim é o que represento na sua vida, é a imagem que você construiu de mim... É apenas o reflexo egoísta da sua concepção de amor.
Você foi o grande amor da minha vida durante esses sete anos e eu realmente achei que você seria o amor da minha vida pro resto dela, mas... Você não é e esse nosso amor titânico apenas me dá a certeza de que se eu te amei tanto, será impossível amar menos.
Hoje eu te deixo livre, . Eu te liberto da prisão que foi ser intitulada “minha” por esses sete anos. É a decisão mais difícil que já tive que tomar durante minha vida, mas é a única que faço com a certeza de que é a certa.
Meu coração vai ter sempre um espaço pra você e se um dia você ainda quiser alguém que te conheça como a palma da mão para conversar, eu vou estar aqui. Porque, como eu disse, eu nunca vou me cansar de você, , apenas estou envenenado pela nossa relação.

Algumas pessoas nos fazem amar como nunca imaginamos que pudéssemos amar antes. Amores antigos ficam ridículos e então passamos a pensar que nunca mais amaremos outra pessoa na vida. A verdade é que esses amores titânicos nos ensinam uma coisa apenas: depois deles, será impossível amar menos.” (J Castro)

Eu te amei de todas as formas mais livres que consegui, mas hoje preciso me libertar de você.

Seu sempre,

.


FIM!



Nota da autora: Sem nota.



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Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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