andava de um lado para o outro sem parar no parque de estacionamento em frente do seu apartamento, um cigarro pendendo de seus lábios.
Ele voltou a fazer o mesmo. Ele voltou a fazer o mesmo, de novo.
Oh não, espere.
Espere.
Ela voltou a fazer o mesmo.
Ela já devia saber.
Ele sempre fazia isso com ela.
Como se ela fosse o seu pequeno brinquedo.
Como se ela estivesse sempre lá para ele.
Ela estava sempre lá para ele.
Mas isso tinha de mudar.
Tem de mudar.
precisa mudar.
Todas as vezes ela volta para ele, qualquer dia ele irá arruinar sua vida. Ele sempre arranja uma maneira de bater onde dói mais. Eles entram numa briga. Ele liga para ela. Eles se reconciliam.
Mas não mais dessa vez.
Oh não.
Ele não a iria encontrar ou persuadir.
desligara o seu celular há horas.
Desertos não seriam desertos se ela colecionasse todas as lágrimas que derramou por ele.
Ele não a conseguia suportar.
Ela não conseguia suportar o fato de ele não a conseguir suportar. “Baby… Você se esqueceu de tomar sua medicação?”
passou metade da sua vida em clínicas depois de sua mãe morrer.
Suicídio.
Distúrbio Bipolar.
Depressão maníaca.
No fim tudo vai dar no mesmo.
No entanto, hereditariedade já era outra coisa.
Significava que também adquiriu a “maldição”.
Mesmo assim, ele nunca lhe disse que não a amava.
Ele nunca a traiu.
Ele nunca a insultou.
Ele nunca em situação alguma a julgou por isso.
Mas o olhar nos seus olhos era inexplicável.
A incerteza.
As dúvidas.
As questões.
Ele tinha medo.
Dela.
Como podia ela estar apaixonada por alguém que a receava?
Ela se sentia um monstro cada vez que ele a olhava daquela maneira.
E todas as vezes ela fugia dele.
Ele nunca entendia a razão de ela fugir.
Ele culpava os seus episódios maníacos por cada vez que ela esquecia a medicação.
Todas essas vezes ela achava que nunca mais iria conseguir enfrentá-lo.
Porém, no final, ela sempre conseguia.
Apenas para eles poderem começar de novo.
Contudo, dessa vez tudo seria diferente.
Dessa vez ela não iria voltar para ele.
Dessa vez ela deixou um bilhete.
Explicando tudo.
subiu as escadas de seu apartamento e abriu a porta.
O inesperado aconteceu.
Ela o ouviu chamar o seu nome.
Ela se virou e olhou-o nos olhos.
Entrou em pânico.
Não sabia o que fazer.
Então ela apenas ficou ali, parada.
Apesar de ela querer fugir.
Ela nunca mais o queria ver.
Mas tudo o que ela fez foi ficar ali, paralisada.
Olhou para baixo.
Olhou para cima.
Olhou-o diretamente nos olhos.
Ele se ajoelhou.
Ela deu os últimos passos e ficou de frente a ele.
Ele olhou para cima, para ela.
E ali estava ele.
Ian Watkins.
Vulnerável como jamais.
Exceto que desta vez algo estava diferente.
Ele parecia cansado, quase como gasto.
Mas ele olhou para ela.
Confiante.
Ele estava certo do seu caso.
Ele estava certo do que procurava.
E ele estava certo que ia conseguir alcançar.
, você casa comigo?
Fim
N/A:A fic é muito pequena e um pouco estranha. Foi algo que surgiu muito espontaneamente na minha cabeça e mesmo assim decidi enviar ela aqui para o FFOBS.