- Vamos, Melissa! Falta pouco para tocar o sinal! - Gritei para que ela saísse logo do carro.
- Tá! Já to indo! - Ela guardou o batom na bolsa.
Isso que dá ficar de buscar a namorada em casa. Ela demora pra sair do quarto porque não sabe que bolsa usar. Imagina se não usássemos esse uniforme? Ela teria que acordar horas antes pra poder se arrumar.
Assim que colocamos o pé na escola, o sinal tocou. Ainda bem que era uma música enorme, porque nossa sala fica no último bloco, no terceiro andar.
- , vou ao banheiro. Pode ir subindo logo. - Melissa falou.
- Tudo bem. - Dei um selinho nela.
Subi aquelas malditas escadas e fui para a minha sala, 304. Ainda não tinha nenhum professor na sala, eles costumam atrasar um pouco.
Reparei que tinham um grupo meio grande em volta de uma mesa. Me estiquei um pouco, mas nada, até que alguém abriu uma brechinha, e eu pude vê-la.
tinha voltado. Ela estava linda! Um pouco diferente de quando nos vimos pela última vez, há dois anos, quando ela foi para o intercâmbio. Ela estava com os cabelos ENORMES, passando um pouco do meio de suas costas - antes da viagem, eles estavam bem na altura dos ombros -, e estavam um pouco mais claros, e sua pele estava um pouco bronzeada.
- ? - Ela finalmente me viu. – ! - Ela já estava de pé, correndo em minha direção.
- ! - Ela pulou em meus braços, e eu a levantei do chão.
- Que saudades! - E então, ela me deu um selinho.
Eu não tinha me importado com isso, já que a gente sempre fazia isso, mas parecia que Melissa sim. Ela ficou parada na porta, apenas observando.
- , aquela ali é a minha namorada, Melissa.
- Namorada? Você tem uma namorada? - Ela falou meio animada, indo na direção de Melissa. - Prazer, sou .
- Pra... prazer, Melissa.
- Ela é uma amiga minha muito antiga, Mel. - Expliquei.
- De 12 anos, pra ser mais exata. - falou.
- Bom dia, alunos! Vamos sentar. - Sra. Bingley, professora de estudos sociais, entrou na sala.
Cara, acho que não vou prestar muita atenção na aula com a aqui - já não prestava muito mesmo.
Depois de 15 minutos de aula, me mandou um bilhete.
"Se você souber me responder... Eu perdi muita coisa? De matéria?"
Respondi para ela.
"Não, só um pouquinho... As aulas começaram semana passada, então não foi muita coisa."
Ela pegou o papel, leu e me olhou, dando um sorriso. Depois voltou a prestar atenção na aula. Sentir o olhar de Melissa nas minhas costas.
Mas o que eu podia fazer? é a minha melhor amiga, mesmo que ela tenha ficado dois anos longe.
Ela tinha ido fazer intercâmbio para o Brasil. A mãe dela é de lá.
A história dessa minha amada amiguinha é tão legal! É assim: a mãe dela era modelo, isso há anos atrás, e o pai dela é daqui de Londres mesmo. Uma vez, ele foi ao Brasil, de férias, e ele viu a mãe dela na praia. Foi amor a primeira vista, segundo a . E então, eles estavam apaixonados, e a mãe de ficou grávida. E com a mistura deles dois, nasceu a , que está aqui hoje, com 15 anos não completos.
Quando tinha 6 anos - ela é um ano adiantada na escola, um ano mais nova do que eu, e o seu aniversário ainda está chegando - e eu 7, ela se mudou para a casa ao lado da minha. E pronto! Bastou para que dois pentelhos, que eram filhos únicos - hoje não sou mais, tenho uma irmã, Jamie, de 5 anos - ficassem amigos.
Ela sempre foi minha amiga. Mas é claro que eu tinha meus amigos homens, - , e - já ao contrário dela, que também tinha os meus amigos como delas, mas ela me disse que tinha 3 amigas consideradas irmãs, mas preferia ter a companhia dos homens, já que eram menos complicados.
Antes dela viajar, e antes da Melissa, a gente namorou, não por muito tempo, mas namoramos.
# Flashback on #
- ...?
- Oi . - Estávamos na minha casa, assistindo filme. - O que foi?
- Acho que a gente precisa conversar. - Ela me olhou com uma cara meio triste.
- O que foi? - Dei pause no filme.
- Daqui a alguns dias, eu vou tá indo pro Brasil...
- Siiiim...?
- E eu queria saber como a gente vai ficar.
- O que você acha ? Qualquer escolha que você decidir, vou estar com você.
- EU acho que a gente deveria voltar a ser amigos. - Ela falou. - Porque prefiro ir pra lá pensando como um amigo que vai estar aqui quando eu voltar, do que como um namorado que eu vou ter saudades. E também acho que você vai querer sair com outras pessoas...
- Ok, . - Toquei em seu rosto.
- Mas fique sabendo que eu te amo muuuito! Que você é o melhor namorado e melhor amigo que pode existir!
- Você também. - E depois, demos o nosso último beijo como namorados.
# Flashback off #
Depois de uma de aula de matemática e uma de história, era intervalo.
- ! Me espera!
- Cara, pode passar milhares de anos que você sempre vai demorar pra sair da sala. - Ela me deu aquele sorriso de criança que apronta.
Quando estávamos fora da sala, 6 pessoas gritaram.
- !!!!!
- PESSOAL!!
saiu correndo em direção a eles, e recebeu um grande abraço grupal de , , , , e . Ela sempre foi muito querida por todos.
- !
- ! – Então eles começaram a fazer um aperto de mão que só eles sabiam fazer, e olha que já tentamos.
- E meu? - falou.
- Não sei se posso me aproximar muito de você. - Todos olharam com uma cara de dúvida para ela. - É porque eu não sei se a vai me atacar!
- Idiota! - a abraçou.
- Pois é, vocês me contam que estão namorando, ao contrário de certas pessoas.
- Eeuuu? Você está se referindo a mim, dona ?
- Estou mesmo, !
- E por falar na Melissa, cadê ela? - perguntou.
- Foi passar o intervalo com as amigas. - Respondi.
- Ué?! Ela não passa o intervalo com vocês? - .
- Não. - .
- Ela não gosta muito da gente. - .
- Por quê? - .
- Porque ela acha que a gente tira a atenção do quando ele está perto de nós. - .
- Então eu acho que ela vai me odiar! - falou e todos riram. - Ei! Mais uma coisa... Por que todos vocês ficaram juntos em uma sala, e o ficou separado?
- Bem... Nós não estamos na mesma sala. - .
- Eu, e estamos em uma sala. - .
- E eu, e estamos em outra. - .
- E agora você tá comigo, pirralha. - Fiz cafuné na .
- Sim... Mas por que ele ficou separado de vocês? E você sabe que eu odeio esse apelido! - A última parte ela falou para mim.
- É porque a coordenadora do ano passado achava que era o que nos atrapalhava! - falou rindo.
- Mas não era?! - falou, e todos riram, exceto eu.
Depois daquele intervalo, que foi muito divertido, voltamos para sala e encaramos uma aula de literatura, e duas de biologia. Após isso, estávamos saindo da escola. Já reunidos, na frente da escola, estava apenas eu, Melissa, e , estávamos esperando a sua mãe, já que os outros dois iam comigo.
- Pessoal, minha mãe tá ali. - falou. - Tchau Melissa, foi um prazer.
- O prazer foi meu. - E elas se abraçaram.
- Tchau, !
- Tchau, pirralha! - E eles se abraçaram.
- Tchau, !
- Tchau, . - Ela me abraçou bem, e depois ela me deu um selinho e entrou no carro da mãe.
- Ei, . - Melissa me chamou. - Ela não é aquela modelo da marca Brazilian's?
- É sim. - respondeu por mim.
- A mãe dela é a dona da marca. - Falei para Melissa - É que a mãe dela é brasileira, e quando mais nova, ela era modelo, e a é totalmente a mãe dela quando mais nova – menos o nariz, a única parte que ela puxou do pai. Agora ela é gerente de uma revista de moda e dona da marca, e a é a sua modelo principal.
- Legal. - Melissa falou.
- Mas não é isso que ela quer. - Melissa me olhou com uma cara de dúvida. - Ela quer ser médica, ou advogada, ou engenheira...
- Nossa, nem parece. – Ela ficou meio surpresa com isso.
Deixei Melissa e em suas casas, e depois fui para a minha. Chegando lá, minha irmã e minha mãe estavam me esperando para almoçar.
- Mãe, você nem sabe. - Ela me olhou. - A voltou. - Ela abriu um sorriso enorme.
- O QUE?!?! - Jamie ficou de pé na cadeira. Ela ama a .
- Isso mesmo Jamie, a voltou.
- Traz ela aqui hoje à noite! Por favor?! - Jamie estava quase pulando na cadeira.
- Traga ela aqui hoje à noite, . - Olhei para mamãe. - Que foi? Também sinto saudades dela.
Como eu já disse, a era amada por todos. Subi para o meu quarto, e fui logo ligar para ela.
- ?
- Fala meu doce de maracujá! - Adora esses apelidos.
- Quer vir pra cá hoje à noite?
- Deixa-me adivinhar... Falou pra tua irmã e pra tua mãe que eu tinha voltado, aí a Jamie começou a gritar pedindo pra eu ir aí à tua casa hoje á noite?
- Aham.
- Tá bom, umas 18 horas eu to aí!
- Ok, até...
- Até! - E ela desligou a telefone.
Tomei um banho, e depois decidi tirar uma soneca. Eram apenas 15:18, dava tempo de descansar até a chegar aqui.
Capítulo 2
- Ei! Ei! - Senti algo me cutucando. – Acorda, dorminhoco!
Quando tirei a minha cara do travesseiro, vi uma toda sorridente sentada ao meu lado na cama.
- Que anfitrião você é, hein? Chama a visita para ir à sua casa, e quando ela chega, você tá dormindo! - Ela falou, já de pé. - Ainda bem que tinha Jamie pra me receber!
- Mas eu mandei você chegar as 18:00. - Falei com a voz meio arrastada.
- E são 18:45. - Olhei no relógio, e era verdade. - Até a Melissa ligou, mas sua mãe falou que você tava dormindo.
- Tá, deixa só eu me trocar. - Fui empurrando-a para fora do quarto.
Fui escovar meu dente e arrumar o cabelo. Depois vestir uma bermuda bege e uma blusa vermelha. Sai do quarto, e nenhum sinal da .
- ! - Gritei.
- Aqui no quarto da Jamie! - Ela colocou a cabeça para fora.
Quando entrei no quarto, as duas estavam brincando de bonecas.
- , esse aqui é o seu boneco, o senhor Bubbles. - Jamie me entregou algo meio perecido com um palhaço.
- Francamente, Jamie... Você acha que eu vou brincar com isso? - Olhei meio que indignado com aquilo.
- Ah, ! - Ela fez uma carinha.
- É, ! - Até a ? - Bora logo brincar com ela! Ela vai ter que dormir daqui a pouco.
Olhei para as duas, até que sentei no chão com elas, e elas comemoraram.
Passamos um bom tempo naquele quarto, brincando, e realmente foi bem divertido. Até que deu 20:30, e mamãe mandou Jamie ir dormir. Depois, eu e fomos para o meu quarto.
- Não acredito que você e a Jamie me fizeram brincar de bonecas! - Deitei em minha cama.
- É porque você nos ama! - Ela sentou no puff.
- Só pode...
- Mas sim, senhor . - Olhei para ela. - Você ainda não me contou que estava namorando!
- Por acaso você é cega?
- Não, seu idiota! Não foi isso que eu quis dizer! Quis dizer... Como foi pra isso rolar?
- Ah... Não é muito interessante... - Ela me olhou com uma cara de "conta!". - Bem, depois que você foi embora, eu fiquei meio deprê, porque uma amiga, mais antiga que o , estava indo "embora" por dois anos! Fiquei com os caras e tals, mas não era o mesmo sem você... Até que a Melissa apareceu, e ela fez com que ficasse um pouco pra cima...
- Um pouco?
- Sim, ela nunca iria conseguir preencher todo o seu espaço. - Ela deu um sorriso. - Mas sim... Ai teve uma festa, a gente ficou, e depois disso, estamos namorando a quase 1 ano.
- Nossa! Mais tempo do que nós dois!
- Mas em compensação, nós somos amigos há 12 anos.
- Verdade... Mas quem foi a sua melhor namorada? A Terry, eu ou a Melissa?
- , você quer mesmo que eu responda isso?
- Siiiim! - Ela deu um sorrisão.
- Tá bom... Foi. - Hesitei em falar. - Foi... você.
- UHU! Eu sabia!
- Então por que perguntou?
- Curiosidade.
- Mas sim... - Queria sair daquele assunto. - Você continua muito bonita. - E não era mentira, ela parecia a mãe dela quando era modelo.
- Continuo a mesma coisa de antes, só o cabelo cresceu.
- Sua mãe deve ter amado.
- Nem me diga, ela já até marcou uma sessão.
- Hum... E como foi a vida lá no Brasil?
- Aaah! Foi tão bom! Tipo, eu disse pra mamãe que eu não queria ficar na casa de ninguém da nossa família, e sim de alguém estranho. Então eu fui para São Luiz, uma cidade que fica no Maranhão, no nordeste, na casa de uma menina que o nome era Laura.
- Legal... Mas você não arranjou nenhum namorado lá?
- Olha, eu arranjei, que durou apenas 2 meses, porque ele só ficava pensando em sexo, e tava fazendo muita pressão, então a gente terminou.
- Que bom.
- Mas eu fiquei com uns 15 meninos durante aqueles 2 anos.
- Sua safada!
- Que?! Foi menos que tu!
- Verdade...
- Quantas são agora?
- 43.
- Tá vendo?
Alguém bateu na porta.
- Pode entrar!
- . - Minha mãe abriu a porta. - Sua mãe tá aí embaixo, lhe esperando.
- Ah, obrigada tia. Já to descendo. - respondeu.
- Ok. - Mamãe fechou a porta.
- Bem, parece que o "destino" está me esperando lá em baixo.
- Hehe, não fala isso mulher! - Nós estávamos saindo do quarto.
- Mas não é verdade? - Descendo a escada.
- Tchau, minha linda!
- Tchau, meu doce de coco! - Ela me deu um selinho, e já ia saindo.
- Só uma coisa: - ela parou no meio do caminho e me olhou - tenta não me beijar mais, pelo menos na frente da Mel.
- Mas a gente sempre fez isso, mesmo quando você namorava a Terry, e ela não se importava.
- Mas a Terry já tinha visto como era a nossa amizade antes da gente namorar, já a Mel não, então...
- Tá bom, vou tentar. Beijos e até amanhã! - Ela entrou no carro e foi embora.
Entrei em casa, disse boa noite para a minha mãe, e subir para o meu quarto. Tirei a blusa e fiquei apenas de boxer. Deitei na cama, e involuntariamente, comecei a pensar na , na época em que namoramos, e assim, dormi.
Capítulo 3
You would not believe your eyes
If ten-million fireflies
Lit up the world
As I fell asleep
Meu celular começou a tocar, e isso não era o alarme, e sim alguém me ligando.
- Alô? - Falei com a voz arrastada.
- Credo Moleque! Acorda! - falou do outro lado da linha.
- Não... Quero dormir...
- Pode vir me buscar? Mamãe e papai saíram pra trabalhar, e o motorista tá doente.
- Tá... Só vou pegar a Mel antes.
- Ok, to te esperando. - Ela desligou. Dizer tchau é bom de vez em quando.
Me arrastei para fora daquela cama em direção ao banheiro. Uma água gelada caiu na minha cabeça, e acordei na hora. Voltei para o quarto e vesti aquele maldito uniforme. Desci e fui para a cozinha.
- Bom dia, . - Mamãe.
- Bom dia, mano! - Jamie.
- Bom dia, povo. - Apoiei minha cabeça na mesa.
Depois de comer um delicioso waffle da minha mãe, fui para o carro. Primeiramente, pegar a Melissa.
Quando cheguei em frente da sua casa, dei uma buzinada. E em 5 minutos, ela apareceu.
- Oi, amor!
- Oi, Mel. - Nos beijamos.
Já a caminho da casa da , Mel me perguntou para aonde estávamos indo, e eu lhe respondi. Chegando lá, nem precisei buzinar, pois estava sentada no banco da frente de sua mansão, escutando seu Ipod. Ela veio correndo em nossa direção.
- Oi, ! - Ela beijou a minha bochecha, pelo visto ela entendeu o recado. – Oi, Melissa!
- Oi, . - Mel respondeu.
A caminho da escola, tentou conversar com Melissa, para tentar conhecê-la melhor, mas essa não parecia muito a vontade com isso, então e eu ficamos conversando, tendo pouca participação de Melissa. E finalmente, chegamos na escola.
- , vou ao banheiro. - Mel me falou.
- Ok. - A gente se beijou.
- Ai , ainda acho estranho te ver namorando. - falou.
- E eu te acho estranho te ver com os cabelos grandes.
- Empate.
- Mas até parece que você nunca me viu namorando.
- Ah... É que faz um tempo que eu te VI namorar.
- Haha. - Entendi o que ela tinha falado. Logo vimos um grande grupo de pessoas na frente da nossa sala. – Oi, gente!
- Oi, ! Oi, ! - Eles falaram em coro.
- Oi, gente! - respondeu rindo. - Só vou guardar as minhas coisas e já volto aqui com vocês.
- Tá. - .
Ela voltou e logo depois Mel chegou, ficamos mais um pouco na frente da sala, até que o sinal tocou e o fiscal chato mandou todo mundo ir pra suas salas.
Na sala, Melissa sentou na minha frente e ao meu lado. A gente não conversou durante nenhuma aula, só durante a troca de professores. Duas aulas de física e uma de química, na minha cabeça não estava entrando praticamente nada, já a reagia ao contrário. Sempre perguntava quando não entendia e sempre anotava algo importante. Ainda bem que eu a tinha para me ensinar depois. Esses dois anos sem ela foi difícil para mim, já que ela era a mais inteligente do grupo. Eu só aprendia perto das provas, e por osmose - como se eu soubesse o que era isso. Bateu o sinal do intervalo.
- Genteee! Química Orgânica não é legal? - falou toda feliz. Eu e Mel olhamos para ela com uma cara nada feliz. - Ai credo, vocês não precisavam me olhar assim... E , depois eu te ensino, porque pela tua cara, vejo que não aprendeu nada.
Tá vendo como ela me conhece? Só olhar na minha cara e ela percebe! E por isso que eu gosto de ter uma amiga inteligente, pra me ensinar depois. Epa, o pessoal tá ali nos esperando, e eles não tão parecendo nada felizes.
- Tchau, . - Mel me beijou e foi andar com as amigas.
- E aí, povo? Tudo bem? - perguntou.
- , fala pro que a cor do cabelo da é loiro-dourado, e não loiro-acastanhado! - .
Na sincera... Não acredito que eles estavam discutindo isso.
- Mas é claro que não, ! É acastanhado!
- Dourado!
- Acastanhado!
- Caras, por que vocês estão com essas caras? - Falei para os outros que não estavam no meio daquela discussão.
- Porque a gente tem que ouvi-los discutindo essa besteira... - .
- E olha que o cabelo é meu e nem tô nesse meio. - .
- , você tá errado... - .
- Aha! - .
- ...E você também minha querida! - falou. fez uma carinha triste e mandou língua. - É loiro-mel o cabelo dela.
- Até que enfim! Eu não aguentava mais esses dois discutindo sobre a cor do cabelo da ! - falou, e todos riram, menos e .
E o nosso intervalo foi de novo só besteira. Até que tocou o sinal e tivemos que voltar cada um para sua sala.
Essa vez, como seriam aulas de geografia, literatura e estudos sociais, eu resolvi dormir um pouco. Mas com uma ao seu lado, você não consegue. Mandei um bilhete para ela.
"O que é? Eu não preciso assistir aula! Já disse que eu vou ser músico!"
Ela leu, deu uma risada baixa, e respondeu.
", isso era de quando nós éramos crianças!"
"E quem disse que só porque eu cresci eu não posso mais sonhar? Eu e os caras temos até uma banda!"
"O QUE?! VOCÊS TÊM UMA BANDA E NEM ME CONTAM?! Vocês me deixaram bem desinformada!"
"Quer ver a gente tocar?"
"Claro, né?!"
"Então eu te pego as 16:00 na tua casa e depois a gente vai pra casa do . A gente vai ensaiar lá hoje."
"Ok então, agora vou prestar atenção na aula."
E depois não aconteceu mais nada. Encostei minha cabeça na mochila e dormi.
- Ei cabeça oca, acorda, você tá babando! - falou.
- Eca, ! - Mel.
E realmente, eu estava babando.
- Ei galera, simbora! A gente tem mais o que fazer. - apareceu abraçado na porta da sala com .
- Credo , tua cara tá inchada! - .
- Também, depois de dormir 3 aulas seguidas. - .
Na frente da escola, cada um pegou seu carro - menos a , que ainda não pode dirigir, e a Mel - e cada um foi pra sua casa. Só tinha que levar essas duas pra suas devidas casas.
- Tchau , tchau Mel. - E saiu do carro.
Um silêncio desconfortável.
- ...
- Oi, amor.
- Você e a namoraram, não é? - Não estava esperando por isso.
- Bem, namorar a gente namorou, mas foi só durante 3 meses.
- Mas vocês eram amigos de muitos anos antes disso, não é?
- Sim... - É meio desconfortável falar disso com sua namorada.
- E como foi pra vocês concluírem que estavam apaixonados? - Olhei para ela com uma cara de "eu tenho mesmo que te contar?" – Bora, ! Me conta!
- Tá, foi assim...
# Flashback on #
- , paraaaaa!!! - corria de mim.
- Só se você pedir penico!
- Nunca!
Ela correu mais ainda, até que tropeçou e caiu, e como eu não tive tempo para parar, cai em cima dela. Naquela posição, a gente começou a rir, e rir muuuito! Até que os nossos olhares se encontraram, e a risada passou a diminuir.
Aquela não era a mesma que eu conheci há muitos anos atrás, agora ela estava mais adulta, mais mulher, mesmo tendo apenas 14 anos.
- ?
- O que foi? - Eu estava com uma vontade de matar a distância entre nossas bocas.
- Você tá sentido isso?
- Isso o que?
- Isso. - Então ela me beijou. [n/a: desculpa não descrever muito o beijo, é também porque ele ta contando isso pra namorada]
# Flashback off #
- ...e foi assim que descobrimos que estávamos apaixonados.
- Uau!
- Mas, por favor, não fique com ciúmes. Nós somos apenas amigos agora. Quando ela me deu aquele selinho, é porque a gente já se cumprimentava assim, antes mesmo de namorar.
- Ah... Tudo bem, só fiquei com um pouquinho de ciúmes. – E finalmente chegamos na casa da Mel. - Vai entrar?
- Não, tenho ensaio hoje.
- Ok, tchau. - Ela me beijou e saiu do carro.
Não acredito que eu contei pra minha namorada que eu namorei a minha melhor amiga! Mas é claro que ela vai ter ciúmes! A age como se eu não tivesse namorada. Lembro até que uma vez, uma menina não quis namorar comigo porque achava que a era minha namorada, mesmo falando que não éramos. Ai... Essa pirralha só me traz problemas, mas eu a amo.
16:00. Na frente da casa da . Cadê ela? Ela não costuma atrasar. E olha só quem tá me ligando.
- Cadê você, mulher?
- , é que eu sai do banho agora. Se quiser entrar pra me esperar, tudo bem.
- To entrando então!
- Tá, vem pro meu quarto. - Ela desligou.
Andei até a grande entrada da sua mansão. Toquei a campainha. Georgia, a empregada da , abriu a porta [n/a: essa foi especial mesmo pra namorada do Danny!!! Eu sou Jones, galera, me entendam].
- Senhor ! Há quanto tempo!
- Olá Georgia, tudo bem? - Fui entrando.
- Tudo sim. A está no quarto lhe esperando.
- Ok, tchau, Georgia. - Fui subindo as escadas, e logo cheguei em frente àquela conhecida porta. Bati.
- Pode entrar.
Quando entrei, vi a só de sutiã e calça, com duas blusas na mão.
- Qual?
- A... a branca. - Essa menina é louca?
- Ok. - Ela vestiu a blusa. - Vamos?
- Deixe me ver... Você me mandou subir só para te ajudar a escolher uma blusa?
- Isso mesmo! - Olhei feio para ela. - Agora vamos!
A casa de não era tão longe da dela, só sete quarteirões. Em 8 minutos estávamos na frente de sua casa.
- Cara, há quanto tempo não venho aqui... - comentou. Apertei a campainha.
- Bora ! Você tá atrasado! - Um que estava tentando parecer bravo abriu a porta.
- Culpe a princesa aqui do lado. - Apontei para .
- Ah ... Você não vai ficar com raiva de mim, não é?
- E alguém consegue? - .
- Só mamãe e papai. - Rimos.
Descemos para o porão, o lugar que a mãe de tinha nos concedido para ensaiarmos.
- Oi, meu povo lindo! - .
- Oi, ! Oi, ! - Eles falaram em coro.
- Oi. - Respondi.
- Tá fazendo o que aqui, ? - .
- Plantando batata, não tá vendo? - .
- Grossa... - .
- Own, linda! Vim assistir o ensaio também! - respondeu, olhando para . percebeu isso também.
- Tá, galera! Bora começar! - gritou, já no seu lugar.
Fui pro meu lugar e anunciamos.
- Senhoras e senhoras, agora com vocês: MCFLY!! - gritou.
- Peraí... McFly? - perguntou.
- Sim... Algum problema, madame? - Perguntei.
- Não, só lembrei do filme De Volta Para o Futuro.
- Foi daí que tiramos o nome.
- Que legal!
- Com licença. - . - As senhoritas vão querer um chá com biscoitos também?
- Foi mals ae. - Falei.
Então, começamos a tocar. [n/a: pra quem quiser colocar música 1]
Hey, I'm looking up for my star girl
I guess I'm stuck in this mad world
The things that I wanna say
But you're a million miles away
And I was afraid when you kissed me
On your intergalactical frisbee
I wonder why, I wonder why
You never asked me to stay
Ooh
So wouldn't you like to come with me?
Ooh
Go surfing the sun as it starts to rise
Ooh
Woah, your gravity's make me dizzy
Girl I gotta tell ya I feel much better
Make a little love in the moonlight
Hey, there's nothing on Earth that can save us
When I fell in love with Uranus
I don't wanna give you away
'Cause it makes no sense at all
And Houston, we've got a problem
The ground control couldn't stop them
I wonder why, I wonder why
You never asked me to stay, yeah
Ooh
So wouldn't you like to come with me?
Ooh
Go surfing the sun as it starts to rise
Ooh
Woah, your gravity's make me dizzy
Girl I gotta tell ya I feel much better
Make a little love in the moonlight
Enquanto tocávamos, e ficavam cochichando e rindo. Deviam está falando mal de nós.
Fly away, watch the night turn into day
Dance on the Milky-Way
Melt me with your eyes, my Star Girl rules the sky
One, two
One, two, three, four!
Looking up for my star girl
I guess I'm stuck in this mad, mad world
The things that I wanna say, but you're a million miles away
Ooh
So wouldn't you like to come with me?
Ooh
Go surfing the sun as it starts to rise
Ooh
Yeah, wouldn't you like to come with me?
Yeah
Girl I gotta tell ya I feel much better
I can't get enough of you
Galaxy defenders, stay forever
Never get enough of you
- WOOOOW!! - As duas gritaram!
- Eu quero um autógrafo do ! - .
- E um pedaço do cabelo do ! - .
- E a cueca do ! - . Ri dessa.
- E um beijo do ! - . ficou vermelhinho.
- Você gostou, ? - .
- O QUE? TÁ BRINCANDO? AMEI!!
- Sério?! - Perguntei todo animado.
- Não... Só falei aquilo pra não acabar com a felicidade de vocês...
Nós quatro ficamos com cara de tacho. E as duas começaram a rir.
- HAHAHA! Vocês tinham que ver a cara de vocês! - ria mais do que falava.
- Ta ferrada, ... - Então eu, e pulamos na .
- PAREM! PAREM!
O resto da tarde foi divertido. Tocamos mais um pouco, assistimos filmes, pedimos pizza, e tiramos com a cara do e , porque quando estávamos assistindo ao filme, deitou no colo de e ela começou a fazer carinhos em sua cabeça, e ficávamos dizendo que eles formavam um belo casal. Eles ficaram vermelhinhos.
- Tchau, gente! - se despediu.
- Tchau, povo! - Me despedi.
- Tchau, ! Tchau, ! - Eles gritaram.
Fui levá-la para casa.
- Tchau, ...
- Tchau, ... - Ela já estava saindo do carro.
- Posso? - Soube o que ela quis dizer.
- Bem... Melissa não está aqui.
- Ok! - E ela me deu um selinho. Um costume que não se perde. - Tchau! - Ela saiu do carro.
Capítulo 4
Passou-se 2 meses desde que ela voltou. Nosso dia-a-dia era praticamente o mesmo. Escola, alguns intervalos com os amigos, outros com a namorada, nas sextas as meninas iam aos nossos ensaios, e nos fins de semanas íamos para o nosso "grupo de estudos". Ah! E e estão namorando.
Agora estamos na véspera das férias de primavera - viva! 10 dias sem aula - e não está entrando mais nada na nossa cabeça – pelo menos na minha.
O sinal tocou. Todos saíram meio que correndo das salas.
- Ai, graças a Deus! Não entrava mais nada na minha cabeça! - Reclamei.
- E por acaso alguma vez entrou? - idiota. Olhei feio para ela, e rimos.
- Geeeente! Gente! Vocês nem sabem! - veio correndo em nossa direção, e o resto do povo logo atrás.
- O que foi?! - e eu perguntamos juntos.
- Sabe aquela minha prima, Ana Luiza? - Concordamos com a cabeça. - Pois é... Ela tá vindo pra cá! - fez uma cara, que podemos dizer, não muito feliz.
Eu e nos olhamos. Não gostávamos muito daquela menina, pra falar a verdade, ninguém gostava, mas nós dois éramos os que não gostavam mais.
- Pois é... Reagimos também da mesma maneira que vocês. - comentou.
- Quando? - .
- Daqui a 3 dias... - .
- Ufa... Pelo menos ela não vai estar aqui pra atrapalhar os meus planos... - .
- Que planos?! - Todos falamos juntos.
- Tipo... Mamãe e papai vão viajar hoje à noite. - Todos sorrimos. - Vou ter a casa toda pra mim esse fim de semana!
- Festa! - Eu, , e gritamos.
- Não... Isso não vai poder rolar... - Olhamos para ela. - Larry...
Bastou para entendermos. Larry é tipo que o segurança da quando os pais dela viajavam. Ele não ligava muito quando apenas nós estávamos na casa dela e fazíamos a maior bagunça, mas uma coisa ele deixava clara: Nada de festas.
- Então - ela continuou -, vocês podem passar o fim de semana lá em casa!
- Saudades dessas noites. - .
- Chama a Mel também . - .
- Não vai rolar... Ela vai passar 6 dias com a família na França.
- Ok, então vejo vocês amanhã. - Ela entrou no carro do pai. - Tchau!
Acenamos para ela, e logo depois nos despedimos também. Esse fim de semana ia ser ótimo!
'No outro dia...'
- Bora, !
Estávamos eu e no carro de , faltava apenas o , e esse era uma noiva pra se arrumar.
- To indo! - Ele correu e entrou no carro. - Simbora!
Em 10 minutos, estávamos na frente da casa da . Andamos até a porta, peguei a minha chave...
- Ei, ! - Olhei para . – Por que você tem a chave da casa da ?
- Para caso de emergências. - Abri a porta.
Quando estávamos indo para os fundos da casa, só eu havia passado pela porta, apenas olhei - e olhei bem - e fui empurrando os caras pra dentro da casa.
- Voltem. - Falei baixo para eles.
- Mas o que foi? - .
- Venham aqui. - Fui a uma janela. - Olhem!
Assim que eles olharam, esbugalharam os olhos.
As meninas estavam deitadas de bruços, na beira da piscina. Mas o detalhe é que elas estavam usando aqueles biquínis brasileiros - aqueles bem pequenininhos - e a parte de trás da parte de cima estava aberta!
Como homens, mesmo sendo nossas amigas - ou namoradas, no caso do e do - ficamos olhando. Na minha opinião, o corpo da era o melhor - também, porque a família dela é metade brasileira, e elas tem fama de ter um corpo perfeito.
Só não esperávamos que a gritasse.
- SEUS TARADOS!!
Todas as outras olharam para nós. Rapidamente, elas se ajeitaram.
- ! - .
- ! - .
- ! - .
- ! - .
- Desculpe... - falou com a cabeça baixa. Já estávamos na parte de fora.
- Não temos culpa... - .
- Somos apenas... - .
- ...homens - Completei.
Não adiantou. Elas deram um coque em cada um de nós.
Tirando isso, o resto da tarde foi ótimo. Fizemos churrasco, jogamos bola, e perdemos - também, com a no time delas, ela era do time da escola - e quando anoiteceu, fomos para a sala de cinema assistir um filme.
Íamos assistir Todo Mundo em Pânico 4. Mas eu e não esperávamos que só nós dois íamos assistir, já que todos eles começaram a se agarrar, até a e o ! Eu e ela ficamos olhando para aqueles dois, até os outros dois casais pararam de se beijar para olhar para aqueles dois! Ninguém imaginava aquilo.
- . - Ela me olhou. - Você não quer ficar aqui mesmo, não é?
Ela me olhou, depois olhou para os outros - que estavam bem ocupados - e negou com a cabeça. Nos levantamos e fomos para o telhado, que dava pra sair pela janela do quarto dela, e deitamos lá.
- ...
- Oi, . - Olhei para ela. Ela estava deitada no meu braço.
- Você me ama?
- O que? Mas é claro que sim, você é tudo pra mim nesse mundo, a coisa mais importante! Por que a pergunta?
- Simplesmente senti saudades sua.
- Mas eu estou aqui do seu lado.
- Eu quis dizer de quando eu estava no Brasil... Por que você quase nunca respondia os meus e-mails?
- Que?
- Por quê?
- Quer mesmo saber a resposta? - Ela afirmou com a cabeça. - Porque eu estava meio que tentando te esquecer...
- Por quê? - Ela parecia triste.
- Não foi fácil pra mim... Quando terminamos, quando você foi embora. Me senti sozinho, o pessoal tentava me animar, às vezes eles conseguiam, mas na maioria das vezes não, você era a pessoa que eu mais amava. Quando você me mandava aqueles e-mails falando que estava tudo bem, eu queria estar lá para poder te fazer mais feliz. Foi aí que Melissa apareceu... Ela me fez esquecer você, mas não totalmente. Agora, eu a amo, mas não tanto quanto você - ela ficou um tempo em silêncio.
- Desculpe. - Ela falou um tempo depois, com uma voz de choro.
- Não chore, por favor...
Eu a abracei, e fui beijar sua bochecha. Mas quando fiz isso, ela - sem querer ou não - se virou e nossas bocas se tocaram. Mas não foi como se fosse aquele nosso cumprimento. Primeiramente, senti um choque, era algo bom. Deus! Como senti saudades disso! Logo sua língua pediu passagem, e eu concedi. Foi um beijo doce, nada muito apressado, estávamos relembrando daquele momento de quando namorávamos. Era como se fosse algo novo para mim, e sinceramente, eu não sentia isso com a Melissa. Esse foi o melhor beijo da minha vida.
- Ai meu Deus, ! Desculpe-me! - Ela se afastou um pouco. Estávamos ofegantes.
- Não... Eu é quem devo me desculpar.
- Isso não vai acontecer de novo. - E simplesmente, ela se apoiou no meu braço, como se nada tivesse acontecido.
Bem , eu esperava pelo contrário.
Capitulo 5
- Ai, ! Não acredito que você fez a gente vim aqui - falou meio estressada, algo que não é muito normal dela.
- Ai gente, vocês são meus amigos! - falou com uma voz de perdão - Mas é que eu precisava de companhia para sofrer! - Todos riram dela.
Pois bem, agora estávamos no aeroporto, esperando pela prima chata de .
Não ocorreu nada demais depois daquele acontecimento no telhado.
Fomos dormir - algo que quase não acontece, já que o e começaram a correr e gritar pela casa só de cuecas - e no domingo fizemos a mesma coisa de sábado, só que de noite os pais da chegaram, e depois todos fomos embora.
- Ai... Ela tá lá... - comentou.
Logo todos avistamos a Ana Luiza. Ela não era feia. Um corpo bonito - mas nada parecido com o da -, cabelos pretos na altura dos ombros, olhos cinza, os traços de seu rosto fazia com que ela parecesse uma criança, mesmo tendo a nossa idade, e também não se vestia mal, estava usando um jeans, blusa rosa, sapatos rosas e óculos escuros.
- Oi minha gente linda e maravilhosa! - ela chegou gritando.
- Oi...! - todos falamos tentando parecer animados, um bando de falsos.
- E como vai o meu casal preferido?! - referia-se a mim e a .
- Er... - eu.
- A gente não namora mais... - falou.
- Sério?! - Ana "parecia" surpreendida.
- E faz já um bom tempo - completou.
- Então quer dizer que o aqui ta solteiro, é? - Ana veio se jogando para cima de mim.
- Não! - falei meio que me escondendo entre a e o .
- Só se a Melissa mudou o seu nome para solteiro - tentou fazer uma piada.
- Que pena... - que falsa... - E você ? - essa menina é apressada.
- Tá acompanhado - colocou-se rapidamente ao lado de .
- ? - Ana, você é realmente uma galinha! E o não falou nada, só agarrou a - E quanto a você ?
- Bem... que eu saiba, to solteiro... - Como tu é burro! Deveria ter ido pro lado da só pra disfarçar.
- Bom saber... - Ana já estava se atirando para cima de . Meio que se pôde ver faíscas saindo dos olhos de .
- ! - gritou, e olhou para ela - Eu tinha me esquecido completamente! A gente tem quer pegar o Bruce e a Flea na pet!
- Que?! - e logo ele entendeu o recado - É mesmo! Como eu pude esquecer a Flea! - e depois todos entenderam, menos a Ana.
- Vamos , se não vai fechar - me lançou um olhar.
- Tá, vamos. Tchau, pessoal - falei.
- Tchau, gente - .
- Tchau! - .
- Até! - o resto gritou.
Quando estávamos no meu carro, onde era seguro, falou.
- Valeu, .
- O que seria de vocês sem mim? - exibida...
- Se eu ficasse lá mais um pouco, ia acabar falando o que não devia... - comentei, e os dois concordaram.
A Ana Luiza só parece ser uma pessoa boa, mas não era. Ela tinha inveja da nossa amizade, principalmente da minha com a . Ela é meio que caidinha por mim, e quando eu e a começamos a namorar, ela ficou com muita raiva. Fez de tudo para nos separar, tudo mesmo! Chegou até a me beijar! Foi uma coisa muito nojenta - não que o beijo tenha sido nojento, mas é que ela é uma pessoa nojenta - mas ainda bem que a não ligou, já que ela sabia que a Ana só queria nos separar.
- Han... gente? - .
- Que foi coisa linda do meu coração? - .
- Pra onde é que a gente ta indo?
- Verdade! - falei - eu só to dirigindo sem rumo nenhum.
- Bora pra casa! - falou.
- Ta bom - dei a volta e dirigi até a casa da .
Chegamos lá, e Georgia abriu a porta para nós. Os pais da estavam na sala, demos um oi, e quando já estávamos subindo, a mãe de a chamou.
- Podem ir... Só vou falar com a mamãe e já subo! - .
Eu e fomos para o quarto de , que não um quarto típico de uma garota mimada - e graças a Deus que ela não é. As paredes são brancas, mas a parede da janela é azul-esverdeado. Uma cama de casal enorme, com dois criados mudos ao lado, também tinha um sofá branco de 3 lugares, uma TV de 42 polegadas. Guarda-roupa? Que nada... Ela tinha um closet que era maior que o seu banheiro - e olha que tem uma banheira enorme lá.
Mas o mais legal do quarto da são as paredes. Elas não eram "nuas", eram cheias de fotos, dela e com os amigos, família, e pôsteres de suas bandas preferidas, e uma das paredes era daquele tipo que se pode escrever e apagar, e a gente escrevia um bando de coisas lá, mas ela tinha dito que queria uma frase de cada um de nós para nunca apagar. A minha era "Não importa o que aconteça, eu sempre vou te amar!". Opa, a chegou.
- Gente, o que vocês acham dessa roupa? - ela entrou no quarto com uma blusa rosa decote V que ia até a metade de seu tronco, e ficou muito bem preenchido aquele decote - Gente... os meus olhos são aqui em cima - bem, não tinha como não olhar.
- Está ótima... - eu e o falamos como se fossemos robôs.
- Ok, peraí... Mãe! Eles gostaram, eu vou tirar! - ela gritou para a mãe - esperem um pouco meninos, só vou tirar essa blusa.
Ela entrou no closet. Eu e fomos para a parede de escrever e começamos a rabiscar umas besteiras. Eu escrevi "o que a vaca foi fazer no espaço? Ela foi ver o vácuo!" e o escreveu "o pintinho não tinha bunda, foi peidar e explodiu". Já to até vendo a cara da de quando ela ver isso.
- Pronto, galer... - ela olhou para a parede - vocês são mesmo uns idiotas - eu e sorrimos como criancinhas.
O resto da tarde a gente não fez absolutamente nada, só jogamos vídeo game, e ficamos deitados na cama da só falando merda.
- Gente, to com pena da ... - .
- Oooown! Ta com pena da namorada é? - apertou a bochecha dele.
- Ela não é minha namorada... - ele ficou vermelhinho.
- Mas porque você ficou com pena dela? - perguntei.
- Porque a Ana vai ficar na casa dela enquanto ela estiver aqui... - .
- Verdade - .
- Eu fiquei com pena do resto que abandonamos com ela lá hoje - olhei para .
- Mas não dava pra trazer todo mundo! - ela se defendeu - Se não ela ia perceber! E os meninos que ficaram lá estavam protegidos por suas namoradas.
- Mas eu tenho namorada... - falei.
- Ela tava lá pra te proteger? - ela perguntou e eu neguei com a cabeça - Então fica quieto aí.
Alguém bateu na porta.
- Entra! - falou.
- Filha - tia Suzie entrou no quarto - amanhã você vai passar a manhã no salão, porque de tarde você vai tirar as fotos...
- Ta bom, mãe!
- Já vou dormir... Boa noite filha, , .
- Boa noite, tia - falamos juntos. Ela saiu do quarto.
- Me sequestrem! - afundou a cabeça no travesseiro, e rimos dela.
- Pensei que vocês garotas gostavam disso - .
- Gostar eu gosto, mas eu não quero mais isso! Vejo a minha "vida de modelo" como um hobbie, e não como um emprego que a minha mãe já vê.
- Você sabe que pode parar quando quiser - comentei.
- Mas não quero deixar a mamãe triste - ela falou meio chorosa.
- Mas você também não tem que ser triste - falei.
Ela começou a chorar, não muito, mas chorou. Eu e a abraçamos, e parece que isso fez com que ela chorasse mais, mas aos poucos foi acalmando. Ela pediu que a gente dormisse lá, então eu e fomos pegar os nossos pijamas que já ficavam aqui, e dormimos com ela.
Quando estávamos deitados, e só eu acordado, a me agarrou, e começou a me acariciar. Minha pequena, por favor, não faça isso, senão vou acabar me apaixonando por você, o que esta quase acontecendo.
Capítulo 6
Acordei e vi que horas eram. 08:27. Que droga! Ainda era muito cedo, e o e a ainda estavam dormindo. Me levantei.
- , vamos embora. A vai passar o dia fora hoje e a gente não vai poder ficar aqui - sussurrei em sua orelha.
- Ta... - ele que estava dormindo com a cabeça nos ombros dela, voltou para lá.
- Bora, idiota! - eu o puxei da cama – Tchau, - beijei sua bochecha.
- Tchau, boneca - também beijou sua bochecha.
- Tchau... - ela murmurou e voltou a dormir.
Descemos as escadas meio sonolentos. Lá em baixo, encontramos o pai da .
- Bom dia, meninos.
- Bom dia, seu - eu e falamos juntos.
- Não vão tomar café?
- Bem... Já estávamos de saída, e o ainda esta meio que dormindo - falei.
- Ok. Eu já estou de saída também, querem carona?
- Não, não, obrigado. Estou de carro.
- Ok... Até logo - ele saiu.
- Até - falei. Vi o dormindo em pé, babando - Vamo logo! - dei um pedala nele e ele acordou.
Entramos no carro, e fui deixar . Assim que chegamos a sua casa, tive que dá outro pedala nele, pois já estava dormindo de novo.
Fui para minha casa. Apenas minha mãe estava acordada. Disse bom dia e fui para meu quarto. Me joguei na cama, e como estava foi como fiquei.
You would not believe your eyes
If ten-million fireflies
Lit up the world
As I fell asleep
Ai! Esse meu toque vive me acordando! Ta mais pra despertador do que pra toque.
- Alô?! - falei com a voz arrastada.
- Credo, menino! - tinha que ser essa criatura - Vocês me abandonam de manhã cedo na cama, e quando te ligo, tas dormindo de novo!
- , são 10:41 da manhã e a gente ta meio que de ferias... Mas por que me ligou?
- Ah, é que aqui ta tão sem graça...
- Já ta no salão?
- To.
- Fez o que já?
- Bem... meio que eu fiz o cabelo, mas eu vou ter que fazer de novo mais tarde, e agora vou fazer as unhas!
- Hum...
- Você não quer vir pra cá?
- Pra um salão, ?!
- Só pra me fazer companhia!
- Tá... Vou me vestir e já to indo...
- É aquele que é um spa que fica do lado do shopping perto da casa do .
- Tá bom. Beijos. Te amo.
- Beijos. Te amo também.
Só ela mesmo pra me fazer ir a um spa fazer companhia para ela. Nem pra Melissa eu faço isso. Fui ao banheiro e tomei um banho rápido. Vesti uma bermuda bege, uma blusa pólo branca e uma crocs branca, depois desci.
- Meu filho - mamãe se assustou - já levantou de novo?
- Já...
- ? - ela perguntou com uma cara de quem já sabia a resposta.
- Aham...
- Sabia. Vai tomar café?
- Vou sim... E cadê a Jamie? - perguntei.
- Dormindo...
Tomei o café bem rápido, depois me despedi de mamãe e fui logo para aquele spa. Estacionei e entrei.
- - já me esperava na entrada - eu só tava te esperando - ela me deu um selinho.
- Pra que?
- Pra fazer as unhas - ela respondeu me puxando pra um lugar.
- Ta brincando, né? Eu só vim aqui te fazer companhia!
- E quem disse que você fazendo as unhas não vai está me fazendo companhia? - ela me sentou em uma cadeira - Ele vai fazer as unhas, e passa uma base por cima, ok? - ela falou pra uma mulher.
- Mas - ela, que estava sentada na cadeira ao meu lado, me olhou - comé que eu vou pagar isso aqui?
- Ah... não se preocupe. Eu coloquei o seu nome na lista de modelos. Esta tudo por conta da agencia.
- Você planejou tudo isso então?
- Mas é claaaaro! - ela estava escolhendo a cor do esmalte - Você acha mesmo que eu ia ficar sozinha aqui com aquelas modelos chatas? E os modelos que estão aqui... bem, prefiro não comentar...
- Eu, hein.
Ficamos batendo o maior papo enquanto fazíamos as unhas - isso ficou meio gay. Tinha horas que não falávamos nada, apenas ficávamos-nos olhando. Mas como essa menina é linda.
- Então, o que você acha? - ela me mostrou as unhas, que estavam numa cor tipo vermelho-sangue.
- Amiga, ta d-i-v-i-n-o! - falei com uma voz afetada.
- Ai , se eu não te conhecesse. Agora bora fazer o cabelo.
Cara, o pessoal daquele salão deve ter pensado que eu era no mínimo o amigo gay dela. Ela me fez fazer uma hidratação!
- E agora, madame? - falei.
- Fazer massagem - ela falou com uma voz de criancinha.
- Pra que?
- Sabe naquelas fotos em que parece que estamos bronzeadas? - assenti com a cabeça - Pois é... não tem nada a ver, eles passam um óleo pra isso, mas é porque eu quero fazer uma massagem mesmo - ela deu um sorrisão.
Fomos para a sala de massagem. Tirei a minha roupa, ficando só de boxer. Notei que ela não tirou a roupa e ficou me encarando.
- Não vai tirar a roupa? - perguntei.
- Vou, só que você é muito gostoso e eu acho que se eu tirar a roupa, não vou conseguir me segurar...
- É mesmo? - fui chegando perto dela e a agarrei pela cintura.
- É... - ela falou perto do meu ouvido.
A puxei para mais próximo de mim. Ela colocou a mão na minha nuca, e coloquei minha cabeça na curva de seu pescoço, e comecei a beijá-lo.
Ela ficou a arranhando as minhas costas enquanto eu beijava seu pescoço.
- Isso é injusto - falei.
- O que é injusto? - ela falou bem próximo ao meu ouvido.
- Eu só de cueca e você vestida... - puxei seu vestido para cima.
- Problema resolvido - ela falou. Eu apenas fiquei admirando seu corpo com apenas um sutiã branco e uma calcinha preta, e logo, voltei a agarrá-la.
Eu ficava beijando seu pescoço enquanto ela arranhava as minhas costas e a minha nuca.
- ... Isso é errado...
- E daí?
- Que você tem namorada? E que você já traiu ela? - eu a olhei com uma cara de duvida, mas logo depois, alguém bateu na porta e nos separamos rapidamente. Eu estava na minha maca, e ela na dela. Eu estava respirando rapidamente, olhei para ela, e ela estava do mesmo jeito, e nós nem tínhamos nos beijado. O que estava acontecendo comigo? Será que eu estava me apaixonando pela ? DE NOVO?
Terminamos de fazer a massagem. Me sentei na maca e olhei para ela, que estava dormindo. Olhei mais um pouco pra ela e depois fui lá e dei um beijo estalado no seu ouvido.
- ! Seu idiota! - ela se sentou - Isso dói! - ela me bateu no braço.
- HAHA! Não resisti! - fiquei rindo.
Wake up in the morning feeling like P Diddy (Hey, what up girl?)
Put my glasses on, I'm out the door - I'm gonna hit this city (Let's go)
Before I leave, brush my teeth with a bottle of Jack
Cause when I leave for the night, I ain't coming back
- Pera, é a mamãe... - ela atendeu – Alô?! Fala, mulher... Ta, já to indo... O me leva... Ta, tchau - ela desligou – Vamos, criatura de Deus!
- Já te disse que adoro os apelidos que você fala? - perguntei, e ela só riu.
No carro, ela colocou o cd do All Time Low e começou a cantar toda empolgada. Teve uma hora em que paramos em um semáforo, e tinha 2 caras no carro do lado, ela abaixou o vidro e cantou pra eles, eu só me abaixei no banco e tentei me esconder, até que ela gritou ", POR QUE VOCE TA SE ESCONDENDO? TA COM VERGONHA DE MIM?" o sinal ficou logo verde e arranquei de lá. Ela só ficou rindo.
- , é ali na próxima esquina - ela apontou.
- Ta - e estacionei na frente - é pra eu entrar?
- Não... Não, você não pode entrar lá - ela me deu um beijo – Tchau - e saiu do carro.
Eu fiquei olhando para ela, entrando naquele prédio, onde ela provavelmente vai tirar foto com alguns caras, e como eu queria ser um deles, só pra ta lá com ela, e também ficar de olho.
Assim que ela sumiu, eu liguei o carro e fui embora, sem rumo, não sabia para onde eu estava indo. Até que me dei conta e estava em uma praia. Sai do carro e fui me sentar na areia, pensar um pouco. Então, me dei conta de uma coisa, eu estava me apaixonando pela , de novo.
Capítulo 7
Finalmente, segunda feira! Ta... Até parece que eu to tão feliz assim por terminar as nossas ferias de primavera. Lado bom é que vou encontrar o pessoal todo o dia, e não vou ter que ficar em casa sem fazer nada. Espera! Eu já fazia isso mesmo...
- Olá, meu garotão favorito! - pulou nas minhas costas.
- Oi, ! - a segurei para que ela não caísse.
- Oi, Melissa! Como foram as suas férias? - .
- Oi, . Foi tudo ótimo! A França estava maravilhosa! Pena que os meus pais quiseram ficar até o final das férias de primavera e não pude vir pra cá com vocês... - Melissa fez uma cara meio tristonha no final.
- Tudo bem, você deve ter se divertido muito por lá mesmo - falou.
- Sim, sim - Melissa concordou, e depois ela apertou os olhos como se estivesse tentando enxergar algo - Ei, quem é aquela lá em cima que esta do lado da e do ? De cabelo preto curto?
Eu e a nos olhamos primeiramente, e depois olhamos para cima.
- OI ! OI ! – ela acenou para nós de uma forma frenética.
- A-i m-e-u D-e-u-s! - eu e a falamos juntos.
- Que foi, gente? - Melissa perguntou.
- Aquela lá é a Ana Luiza, prima da - falei.
- Ela é uma megera, cuidado com ela - falou, e logo depois disso, estávamos chegando perto daquelas 7 pessoas.
- Geente, vocês nem sabem! - foi chegando perto, dando um sorriso meio que forçado.
- A Ana Luiza vai morar comigo e estudar com a gente durante esse ano! - falou em um tom falso-animado.
- Sério?! - falou, e depois me olhou com um sorriso que não parecia forcado. Ela era uma boa atriz.
- Ééé! Papai e mamãe acharam melhor eu terminar a escola aqui em Londres do que naquela cidadezinha chata! Eles conversaram com os pais da , e deixaram eu morar com eles até o fim do ano! E sabe o que é o melhor?
- O que? - você vai morrer logo? Pensei.
- Eu vou ficar na sala de vocês! - ela começou a dar pulinhos de felicidade.
Os caras, e a , que estavam mais atrás da Ana, começaram a rir da nossa cara e fazer sinais do tipo "se deram mal". Eu e a apenas ficamos sorrindo, enquanto a pobre da Melissa olhava para tudo aquilo e não fazia idéia do que esperava.
O sinal tocou e todos foram para suas salas, a Ana nos seguiu. Na parede, sentou eu e na minha frente a , do meu lado a Melissa, e atrás dela a Ana.
Aula de estudos sociais. Que sorte! A estava sentada de lado na sua carteira, então coloquei minha mochila em cima da mesa e deitei a minha cabeça na mochila, começou a fazer carinho na minha cabeça. A Ana Luiza só ficava nos olhando, ela começou a conversar com a Melissa, e parece que elas se deram bem.
Terminou a aula de estudos sociais, e iam ser 2 de biologia, continuei na posição em que estava, e com o carinho da na minha cabeça, dormi.
- Acorda, , já é o intervalo! - me chacoalhava.
- É sempre assim? - Ana perguntou.
- Aham - Melissa respondeu - Ana, você não quer passar o intervalo comigo? Pra você conhecer a escola e outras pessoas?
- Por mim tudo bem! Tchau pra vocês! - Ana saiu.
- Tchau, - Mel me deu um beijo – Tchau, !
- Tchau - falamos juntos.
Lá fora, encontramos o resto da nossa gangue.
- Ué?! Cadê o ser que eu chamo de prima? - .
- Foi passar o intervalo com a Melissa - a respondeu.
- Ufa... Pelo menos não vamos ter que ficar com ela hoje - falou.
- AI GENTE! - gritou - ESQUECI DE FALAR PRA VOCES!!
- Credo, mulher! O que foi hein? - falou.
- Vocês lembram que tinham dias que eu não saia com vocês?
- Aham - todos falaram juntos.
- Pois é... É porque a mamãe tava levando as modelos em um hospital pra fazer uma campanha, e nesse hospital eram de crianças com leucemia.
- Sim...? - .
- E...? - .
- E lá tinha uma garotinha chamada Hannah, que não muito recente e não muito tempo atrás, os pais morreram, e os avós não estão com tantas condições de pagar o hospital. E eu me dei tão bem com ela... Enfim, meus pais resolveram adotar ela!
Nós não respondemos, apenas ficamos olhando para ela, absorvendo a noticia.
- Então... Você vai ter uma irmã?! - perguntou.
- É! Mamãe disse que quer ajudar ela, e viu que a gente se deu tão bem! Ela não vai nem precisar ficar no hospital! Vai ser tratada lá em casa, só nos casos mais extremos que ela vai pro hospital, é claro. - respondeu.
- E quando é que a gente vai conhecer ela? - perguntou.
- Só na semana que vem, eu acho. Eles ainda tão vendo os papéis da adoção.
- Espera... Falando em semana que vem, lembrei de uma coisa... - falei.
- O que?! - me encarou.
- Esse fim de semana... - comecei.
- ...é o teu... - se tocou e continuou a minha frase.
- ...aniversário! - terminou.
- É mesmo! - o resto gritou.
- Então, o que a gente vai fazer? - começou.
- Noite das garotas? - .
- Festa? - .
- Calma, gente! Calma! - acalmou todos - Vai ter festa, sim! Os convites estão até prontos.
- E vai ser aonde? - perguntou.
- Lá em casa, e vou contar uma coisa pra vocês, MAS SÓ VOCÊS VÃO SABER, além dos meus pais, é claro.
- O que?! - todos formaram uma rodinha ao redor dela e chegaram mais perto.
- All Time Low vai tocar lá! - Ela falou se segurando para não gritar.
As meninas iam gritar, então cada um tapou a boca de cada uma com suas mãos, e elas morderam as mãos deles. Depois, elas morderam nossas mãos.
- Ai! - .
- Isso doeu! - chacoalhava a mão.
- E muito! - massageava a mão.
- Bem feito! - deu língua pra , esse a agarrou pelo pescoço e lhe deu um beijo - Tá perdoado!
- E eu, ? - olhou para ela com cara de gatinho do Shrek.
- Que?! Não adianta fazer essa carinha! - e então a agarrou e começou a morder seu pescoço - TA! TÁ PERDOADO!
- Ok , nem vem que não tem... - falou e ele foi se aproximando dela - ...porque você ta perdoado - fez uma carinha triste.
- Me dá a tua mão, - pegou a dele e a beijou - Pronto... Agora vai sarar - e deu um sorriso.
- Mas sim, dona - falou - Como foi que a senhorita conseguiu o All Time Low na sua festa?!
- Meus contatos - e depois, ela só deu uma risada.
Não aconteceu nada demais depois. Elas ficaram falando de como ia ser a festa, e a gente só ficou ouvindo. Depois tocou o sinal e voltamos para a sala, onde encontramos a Mel e a Ana, e elas pareciam mesmo ter se dado bem. Pelo menos a gente não ia sofrer tanto agora.
Passou-se uma aula de Literatura, uma de Inglês, e depois CASA! Deixei a Melissa em sua casa, depois fui para a minha. Chegando lá, não tinha ninguém. Subi para o meu quarto e peguei um álbum que a tinha me dado de presente antes dela viajar.
Eram fotos com os caras, com as meninas, e com ela, é claro. Tinha uma foto lá, que para mim, era a mais especial de todas. É no meu aniversario de 15 anos, estávamos em uma pizzaria, então a gritou pra pizzaria inteira falando que era o meu aniversario. Depois TODOS ficaram em pé e começaram a cantar parabéns para mim. Bem, eu acompanhei a maré. Fiquei de pé, bati palma junto, mas teve uma hora em que eu fiquei com vergonha e escondi meu rosto em minhas mãos, então a puxou elas, apertou as minhas bochechas e me deu um beijo, e foi nesse momento que tiraram a foto. Ela ficou tão fofa! - tá... isso foi gay - A segurando meu rosto avermelhado nas suas mãos e me dando um beijo. Foi um dos melhores dias da minha vida. E com esse pensamento, adormeci.
Capítulo 8
- Melissa! Vamos! A gente vai chegar atrasado! - falei para ela enquanto ela, de novo, passava o batom, não sei pra que, já que eu vou tirar ele todinho.
- Ta! Ta bom - ela o guardou na bolsa e saiu do carro.
Fomos de mãos dadas até a nossa sala. Quando entramos nela, estranhei logo, pois a bolsa da não estava lá. Sai da sala e fui encontrar os caras.
- Ei, galera.
- Fala, brother - chegou perto de mim e deu um aperto de mãos todo doido.
- O que foi, cara? - perguntou.
- E cadê a ? - chegou já perguntando.
- É o que eu ia perguntar pra vocês... - falei.
- Acho que ela ta no banheiro com a - falou.
- Não - chegou e foi para o lado do - acabei de vim de lá e ela não ta lá.
- O que se passa aqui? - chegou.
- Sabe aonde a ta? - perguntei.
- Quem costuma perguntar isso somos nós, e você quem responde - ela falou e todos concordaram.
- Vou ligar pra ela - me afastei deles um pouco e liguei pra - Alô?! ?
- Oi, - ela falou com a voz baixa.
- O que aconteceu? Por que você não veio hoje?
- Porque eu to cansada, fui dormir só às 4 da manhã, tive que fazer outra sessão de fotos ontem à noite, porque tinha lua cheia e a mamãe queria usar ela pras fotos, e como fui dormir tarde, ela me deixou faltar hoje.
- Claro... Queria que a minha mãe me deixasse faltar só porque eu fui dormir tarde...
- Hum... - ela parecia querer dormir - Olha... Vamo hoje à tarde lá no shopping pra eu comprar a minha roupa da aniversario.
- Mas isso não é você e as meninas?
- Preciso de opinião masculina... Mas faz assim, vem me buscar as 15:00 e diz pras meninas nos encontrar lá as 17:00.
- Por que eu tenho que ir mais cedo com você?
- Porque eu quero dá uma olhada antes das meninas. Agora me deixa dormir que eu to morrendo de sono...
- Ta... Beijos e te amo.
- Te amo também - e ela desligou.
Voltei para o meio do povo.
- E aí?! - perguntou - Cadê ela?!
- Na casa dela - respondi.
- E por que ela não veio? - perguntou.
- Porque ela tava com sono.
- Tudo bem... - falou - ela é cdf e nem precisa vir pra aula pra tirar uma nota boa.
Todos riram e, logo depois, o sinal tocou e tivemos que ir cada um para sua sala. Quando voltei para sala, só Melissa estava lá, e nenhum sinal da Ana Luiza, será que ela vem hoje? Tomara que não...
- Ué?! Cadê a Ana? Ela faltou hoje? - perguntei com certa esperança.
- Não... - ela simplesmente falou e veio me agarrar - ela só está ocupada com uma coisa, que eu acho que a gente deveria se ocupar também... - ela veio se aproximando da minha boca.
- Bom dia, turma. Desculpe pelo atraso - Sr. Terrison entrou na sala - e por favor, Sr. e Srta. Gilbert, queiram se afastar um do outro e sentar cada um em sua carteira?
- Sim, Sr. Terrison - falamos juntos e sentamos em nossas mesas.
Passaram-se apenas 10 minutos de aula - o qual eu não estava prestando atenção - e Ana apareceu na porta.
- Desculpe pelo atraso, professor - Ana entrou na sala.
- Tudo bem, Srta. Standford, pode entrar na sala, mas só dessa vez! - Sr. Terrison falou.
- Foi mal pelo atraso, gente - Ana cochichou para mim e para Mel - mas é que eu estava ocupada com uma coisinha... - ela e Mel riram.
E então eu reparei que ela estava com o cabelo bagunçado, marcas no pescoço e lábios bem vermelhos. Ela não perde tempo mesmo, e olha que é o segundo dia dela aqui.
Nem sei que aulas eu tive hoje, porque ou eu estava escrevendo alguma música, ou estava dormindo. No intervalo eu fiquei com a Melissa, fazia um tempo que não ficávamos juntos durante o intervalo, mas uma parte de mim preferia que fosse a .
Quando voltei para casa, encontrei a peste da minha irmã e minha mãe. Almocei e fui para o meu quarto, onde eu tirei um cochilo - não sei por que eu durmo muito - e quando eram 14:24 fui me arrumar para buscar .
Coloquei uma calça jeans, uma blusa gola V listrada e um tênis totalmente branco. Desci, disse para minha mãe aonde ia, e minha irmã perguntou se eu podia trazer a quando voltasse pra casa. Disse que ia perguntar para ela, e depois fui para o carro.
15 minutos depois - por causa de um trânsito - já estava na frente da casa de . E ela já estava lá me esperando - como sempre. Assim que ela me viu, deu um sorriso tímido, se levantou do banco de onde estava sentada e veio correndo em minha direção.
Ela parecia um anjo, sério. Ela usava um vestido - um pouco acima do joelho - creme, de alcinha e decote V - que é claro, não pude deixar de reparar - e uma sandália baixa estilo gladiador - por que eu sei o nome do modelo dessa sandália?
- Oi, meu floco de neve! - ela entrou no carro e me deu um beijo, e eu, sem querer, aprofundei um pouco o beijo.
- Ai, meu Deus! Me desculpa! - falei para ela.
- Tudo bem...
- Mas então... Oi.
- E aí? Como foi a escola hoje?
- Olha pra quem você ta perguntando - olhei para ela.
- É. Você tem razão.
- Eu só sei que a Ana já tava se agarrando com alguém hoje de manhã.
- Mas já?! Hoje foi só o segundo dia de aula!
- Pois é... Ela não perde tempo.
- Tadinha da ... Será que a Ana irrita ela?
- Não sei.
Quando percebi, já estávamos na frente do shopping, procurando por uma vaga. Estacionei perto da porta. Andamos por cinco minutos, estava olhando a vitrine de uma loja segurando a minha mão - para eu não me perder -, quando um casal de turistas veio falar conosco.
- Com licença... - a mulher falou - será que vocês podem-nos informar onde é a praça de alimentação?
- Estamos meio que perdidos - o homem falou meio sem graça.
- Tudo bem - se aproximou deles, ainda segurando a minha mão - Você tem que subir aquela escada rolante bem ali, depois você vai andar direto, e vocês vão chegar na frente da loja da Gucci, que é de esquina, e vão virar para a direita, e podem seguir reto que no final do corredor vai ser a praça de alimentação.
- Ah querida, muito obrigada - a mulher falou.
- De nada - agradeceu.
- Que vocês sejam um casal bem feliz - o homem falou.
- Er... Nós não somos... - começou.
- ...Um casal - eu completei.
- Bem - a mulher falou, olhando para as nossas mãos - que vocês sejam felizes de qualquer forma - depois disso, eles saíram.
Eu e nos olhamos, e começamos a rir.
- Isso foi meio estranho - ela falou.
- Verdade - concordei.
- ! Vamos logo nessa loja aqui! - e ela me puxou para dentro de uma loja, que eu acho que era a Prada. [n/a: pessoas com dinheiro é foda mesmo]
Ela pegou algumas roupas, entre blusas, vestidos e calças. Cada vez que ela vestia uma roupa, ela abria a cortina do provador para eu ver como tinha ficado e se tinha gostado. Algumas eu gostava, outras não, mas teve um vestido que ela ficou linda.
Ela ainda não ia comprar nada, só estava experimentando, ela avisou para vendedora que só estava dando uma olhada, que qualquer coisa ela voltava, e essa nem se preocupou, pois sabia quem a era.
- , bora passar lá na Marc Jacobs! Eles estão com coleção nova! - ela falou toda empolgada.
- Ta. Eu vou aonde você for - e então, ela me puxou em direção da loja.
Chegamos lá, e foi falar com a vendedora que já era amiga dela. Ela nos mostrou a nova coleção, e a pegou várias roupas para experimentar.
O provador era em um corredor, com algumas cabines. A vendedora disse que eu não podia ficar lá dentro, então esperava ela vestir uma roupa e vir mostrar pra mim. Quando ela estava experimentando, entraram algumas garotas, que deram em cima de mim, mas logo depois, a apareceu com uma roupa linda, puxou minha mão para que eu me levantasse, deu uma volta e perguntou se eu tinha gostado. Até tinha esquecido que tinham outras garotas ali - que estavam olhando feio para a - na loja.
As garotas devem ter pensado que a era minha namorada, pois quando ela voltou pra experimentar outra roupa, elas pararam de mexer comigo.
- ! Vem cá! - apareceu só pra mim, numa brechinha da cabine.
- Que foi?
- Entra aqui! Não to conseguindo fechar esse vestido!
- Mas eu não posso entrar aí!
- Vem logo!
- Ta, ta - e fui caminhando em direção a cabine - Ta, deixa eu entrar.
Quando entrei, estava segurando a parte da frente de um vestido que elas chamam de tomara-que-caia.
- Ele fecha aqui do lado - ela apontou para o zíper.
Fui fechar o vestido, e como o zíper era na lateral, e ela estava sem sutiã, deu pra ver apenas a lateral de seu peito.
- Quer parar de olhar, por favor? - ela me olhou com uma cara que me fez rir.
Então ela começou a rir também, e ficamos igual a dois idiotas rindo baixinho um da cara do outro, e eu nem tinha terminado de fechar o zíper. Nessa de rir-enquanto-tenta-fechar-um-vestido, nós nos desequilibramos e tropeçamos para trás, me fazendo prender a nos meus braços, entre a parede e eu.
A distância entre as nossas bocas era tão pouca, que quase não dava para escapar, mas eu me aguentei. Quando eu ia me afastando, a me puxou para ela, fazendo com que as nossas bocas se tocassem. Na sincera, aquele não era um beijo calminho não, nós - literalmente - estávamos comendo um ao outro ali. Parar para respirar? Que é isso... A coisa tava tão boa que nem lembrávamos que precisávamos de oxigênio para a nossa sobrevivência. Não agüentei, e apertei a bunda dela, e isso foi meio que um incentivo, porque ela cruzou suas pernas no meu quadril.
Eu a carreguei e imprensei ela contra o espelho e, sem querer, o espelho saiu de onde tava encaixado e ia cair e quebrar, se não fosse eu ter soltado uma mão da e segurado o espelho. Ela desceu do meu colo e me ajudou a colocar o espelho no lugar.
- Não vou dizer me desculpe porque eu não me arrependo nem um pouco - ela falou enquanto tentava encaixar um canto do espelho.
- Que bom... Porque eu também não me arrependo nem um pouco - e dei um sorriso para ela - Sabe o que é estranho?
- O que?
- A vendedora não reparou que eu vim pra cá pra dentro.
- Verdade - terminamos de arrumar o espelho - Mas sim, o que você achou desse vestido?
- Espera - terminei de fechar o zíper - Agora sim! E você ficou linda!
- Obrigada. Agora só vou esperar as meninas chegarem pra perguntar qual ficou melhor... - assim que ela terminou de falar isso, o celular dela tocou - Ah, deve ser elas... Alô?! Ta, só vou vestir minha roupa e já estamos indo. Na frente do McDonald's? Tá. Beijos.
- Elas já estão lá?
- Já! Agora sai daqui pra eu me vestir! - ela me empurrou para fora da cabine.
Voltei para onde eu estava sentado antes, e ninguém tinha percebido que eu tinha sumido.
Para minha surpresa, Ana Luiza estava na loja, e ela estava vindo falar comigo.
- Oi, ! O que você esta fazendo aqui nessa loja? A Melissa ta aqui?
- Não, eu to com a , e eu já ia te perguntar se você tava com a Melissa.
- Não, não, estou com um amigo, fazendo compras - e eu vi atrás dela, John, capitão do time de basquete.
- É o mesmo de hoje de manhã? - perguntei curioso.
- Que nada, . Você acha que eu pegaria o mesmo cara de hoje de manhã? Aquele era o de terça de manhã! - e ela deu uma risada - E esse daqui é o de tarde.
- Ah tá - e também dei uma risada, meio que falsa.
- Mas vem cá, você estava lá dentro, não é?
Ai, meu Deus! Ela me viu sair de lá! Rápido, pensa numa desculpa.
- Aham. A pediu pra eu ir ver a roupa lá, porque ela não queria que ninguém olhasse.
- Ah ta...
- Por quê?
- Nada, só curiosidade.
Nesse momento, a pulou na minha costa.
- Vamo, cara. Já falei com a vendedora... - olhou para Ana - Ah! Oi, Ana. [n/a: atoron uma falsa empolgação]
- Oi, .
- Sim, , vamos que elas estão esperando.
- Ta. Tchau, Ana.
- Tchau pra vocês - Ana falou.
Saímos da loja, só que dessa vez nós não estávamos de mãos dadas porque a estava nas minhas costas! Imagina os que as pessoas devem estar pensando de nós. Que provavelmente somos dois doidos. Ufa! Finalmente vimos as meninas... e o ?
- Oi, galera! - eu e falamos juntos.
- Oi, gente!
- , não que eu não te ame, mas o que você ta fazendo aqui? - perguntou.
- Elas estavam lá em casa estudando, e como ninguém estava com o carro, tive que trazer o povo pra cá, e aproveitei e fiquei aqui.
- Mentira! - gritou - A gente tava vagabundando na casa do e falamos que tínhamos que vir pra cá pra ajudar a você a escolher a roupa do seu aniversario, aí o falou "Eu quero ir! Posso ir? Por favooooor!!!". E então ele ficou irritando a nossa paciência e deixamos.
- Ah, entendi - falou.
- E o ? Por que ele ta aqui? - perguntou.
- Não sei por que você pergunta isso se já sabe a resposta - falou.
- É , ela tem razão - falei - E cadê o e o ?
- O tá ajudando a mãe dele lá na casa deles. Parece que eles vão receber visita hoje. Ou seja, não vou poder ver o meu namoradinho hoje – falou e fez uma cara triste.
- E o tá dormindo. Não quis acordar ele, já que ele tava tão fofo! – fez uma cara engraçada.
- E como ele tava? – perguntou.
- Ele tava com um pijama, que era um macacão, todo azul com o desenho dos ursinhos carinhosos, e um tigrão de pelúcia! Ah! Ainda tava chupando o dedão! Tava muito fofo! – falou.
Começamos a rir imaginando essa cena. O ia ser muito avacalhado amanhã.
- Ei, ! – falou – Aquele ali não é o Christopher Ford?! Aquele modelo que uma vez você teve que tirar foto junto?
- É o Chris sim. Por quê? – .
- Porque ele é lindo! Minha nossa Senhora! – começou a se abanar, e reparei que olhou feio para ela.
- Quer conhecer ele? – perguntou, e a nem respondeu nada, só ficou parada – Então espera só um pouquinho! E , vem comigo.
Me levantei e fui com a em direção ao tal de Chris. Ela tirou da bolsa um caderninho e uma caneta, rabiscou algumas coisas, e foi falar com ele.
- Chris! Tudo bem? Lembra de mim? – .
- ? Claro que me lembro de você! Tudo bem? – Chris a abraçou.
- Tudo sim! – ela retribuiu o abraço – Esse aqui é o meu amigo, .
- Fala, cara – ele apertou minha mão.
- De boa – falei.
- Bem Chris... a gente tá aqui porque eu to fazendo uma pesquisa. Tudo bem pra você?
- Claro! Pode mandar.
- Bem, é que eu quero saber que tipo de mulher os homens preferem. Você prefere as do tipo que nem eu? Ou que nem aquela ali de blusa rosa – apontou para –, ou aquela de blusa preta e branca – apontou para -, ou aquela de blusa azul? – apontou para .
- Hum... Aquela ali de blusa preta e branca.
- Mas que sorte! – fingiu anotar no caderno.
- Por quê? – Chris perguntou.
- É que ela gostou de você – ainda fingia escrever no caderno.
- Sério?
- Aham!
- Será que você podia arranjar o telefone dela pra mim?
- Mas é claro! – arrancou um pedacinho de folha – Tá aqui. O nome dela é .
- Valeu, – ele olhou para o papel.
- Faz assim: – tocou no ombro dele – quando eu for lá pra mesa, vou fazer ela olhar para você, aí você vai tá olhando o número, depois olha pra ela, dá um piscadinha e manda um tchauzinho, ok?
- Tudo bem! – ele se animou.
Quando estávamos voltando para a mesa, falei para a que ela era má e que ia fazer a morrer de vergonha, e ela só riu.
- E aí?
- Dá uma olhada pro seu gatinho – falou. E quando todos olharam, ele fez exatamente o que a falou. Olhou para o papel com o telefone, olhou para , deu uma piscadinha e um tchauzinho para ela.
- AI, MEU DEUS, , VOCÊ DEU O MEU TELEFONE PARA ELE! – estava vermelha.
- Mas foi ele quem pediu – se defendeu.
Depois disso, todas elas ficaram falando sobre o menino, e não parava de ficar falando para que ela era má. E o coitado do que teve que aguentar ouvir que o Chris ia ligar pra ela e chamar ela pra sair. estava conseguindo se controlar bem.
Logo nos levantamos e fomos olhar mais roupas para a festa da .
Capítulo 9
Quinta à tarde, na casa da . Estamos estudando - bem, ela está tentando me explicar alguma coisa sobre botânica, mas eu não tô entendendo muito bem, então ela pegou uma flor e tá tentando me explicar com ela.
- ... - Peguei a flor da mão dela e coloquei na mesa. - Desiste!
- Qual é?! Você vai ter que aprender pra fazer a prova!
- Mas a gente terá uma banda famosa! Eu não preciso saber esse negócio de flor...
- Mas você precisa concluir o Ensino Médio...
- Mas eu não quero estudar isso - falei, com uma voz manhosa.
- E se o futuro da humanidade dependesse de sua resposta para a seguinte pergunta: o que ajudou as flores a serem independentes da água para a reprodução?
- A humanidade teria que achar outro herói... - falei e nós dois começamos a rir.
- Tá... Não adianta mais estudar aqui com você. - Ela fechou o seu livro. - Você não ia prestar atenção mesmo.
- Ei! Eu prestei atenção naquela parte sobre o sexo das primeiras plantas!
- Briófitas... E nisso você presta atenção, né?
- Mas é claro! - Me levantei e fui até a janela. - Bora pro telhado? Tá uma tarde tão boa.
- Tá. - Ela se levantou da cadeira e andou até a janela, onde ela saiu. - Tá esperando o quê?
- Pensava que a gente pro outro telhado.
- Tô com preguiça de andar até lá! Bora nesse aqui.
Saí pela janela e andamos um pouco, onde ficamos um pouco de frente para a área da piscina e para a casa do vizinho.
Deitamos no telhado e não falamos nada, ficamos apenas sentindo a presença um do outro ali. Bateu uma brisa e senti o perfume da , era tão gostoso. De repente, ela virou de frente para mim.
- Que foi? – falei, me deitando de frente para ela.
- Nada – ela falou. – Só queria olhar para os seus olhos... Esqueci-me que eles eram tão azuis...
- É mesmo? – fui me aproximando dela.
- Aham... – Ela fechou os olhos quando eu encostei a minha testa na dela.
- Esqueceu de mais alguma coisa?
- Se eu esqueci me lembrei há uns dias atrás...
- E você quer se lembrar agora? – falei e encostei o meu nariz no dela, quase encostando as nossas bocas.
- – ela falou e se sentou. – Isso é errado!
- O que é errado? – Me sentei também, fiquei ao seu lado.
- Nós dois... Isso é errado...
- Como pode ser errado duas pessoas que se amam ficarem juntas?
- Não é por isso que você está com a Melissa? – ela me olhou.
- Eu queria estar com você – falei baixinho, olhando para o horizonte.
- . – Olhei para ela. – Eu te amo também, e muito! Nunca deixei de te amar – ela colocou a mão no meu rosto, fazendo carinho.
- Eu também não! – Olhei para ela. – Não foi fácil quando a gente terminou pra mim. Não foi fácil ficar longe de você durante dois anos. E quase sem nenhuma notícia sua; só as que os seus pais me falavam.
- Você não entende. – Uma lágrima caiu de seu olho.
- Não entendo mesmo.
- Pra mim foi muito difícil mesmo! Esse intercâmbio, não foi fácil... E eu não estou pronta para conversar sobre isso agora – ela estava chorando.
- Calma, ! Calma! Não chora. – Eu a abracei. – Quando você quiser conversar sobre isso, a gente conversa, okay? – Ela só balançou a cabeça.
Nos deitamos e ficamos um bom tempo lá. Pode ter sido um tempão, mas não me importava. Ficamos assim até que ela apoiou seu queixo em meu peito e me olhou nos olhos.
- Só me promete uma coisa.
- O quê?
- Você não vai terminar com a Melissa só para ficar comigo.
- Mas a gent...
- E que você não vai mais traí-la. Só me promete isso.
- Prometo.
- Tá! – Ela se levantou. – Agora vem comigo! - Ela entrou de novo na casa.
- Pra onde? – Fui atrás dela.
- Surpresa!
Descemos as escadas e ela me disse pra esperar um pouco na sala. Ela entrou na sala do pai dela e ficou um pouco lá. Depois ela voltou e gritou pelo Terry, e esse apareceu rápido lá. Ela falou algo em seu ouvido e ele só concordou.
- <, dá as tuas chaves pro Terry! – falou ela.
- Por quê? Nada contra você, Terry, mas por que eu não posso dirigir? – Coloquei as chaves na mão de Terry.
- Porque você não você vai descobrir aonde a gente tá indo!
Entramos no meu carro. Terry foi à frente, dirigindo, e eu e fomos atrás, e assim que entramos no carro, ela colocou uma venda em meus olhos. Reclamei um pouco, mas ela disse que se eu tirasse, iria sofrer as consequências.
Eu não tinha a mínima ideia de para onde estava indo; nem senso de direção eu tinha. Só sabia que eu estava sendo sequestrado pela , e cara, não era muito agradável ter uma venda nos seus olhos.
- Tá, , já chegamos, mas você ainda não pode tirar a venda de seus olhos.
- Por quê?
- Se não vai estragar a surpresa!
Ela caminhou ao meu lado, me guiando. Senti que entramos em algum lugar, porque ouvi o barulho da porta automática e porque o cheiro era outro; era mais limpo. Mas onde nós estávamos?!
Ela me mandou ficar parado onde eu estava e disse que não era para espionar. Então ela me soltou; foi em algum lugar e um tempinho depois voltou.
- Tá! Você está preparado? – perguntou, abrindo uma porta.
- Sim! Posso tirar isso logo?
- Só mais uma coisa. – Ela deu uma pausa e senti de novo a mudança de cheiro. – Não fale muito alto.
Tirei a venda dos olhos, e logo percebi onde estava. Era um quarto deu hospital. Ele era de um verde bem clarinho, com algumas fotos, um sofá, um móvel que servia como guarda roupa, um sofá-cama e uma maca. Nessa maca havia uma garotinha deitada, bem branquinha. Ela parecia ter uns 9 anos, cabelos bem curtinhos loiros, e estava dormindo.
- É a...
- Hannah - se aproximou da garotinha e começou a fazer carinho em sua cabeça. – Hannah, Hannah, acorda, docinho. – A garotinha se mexeu. – Quero te apresentar alguém.
- Quem? – perguntou Hannah, de olhos fechados.
- Alguém muito especial para mim. - Assim que falou isso, a garotinha abriu os olhos e se sentou.
- O ? Ele é o ?
- Aham! – balançou a cabeça. – Venha aqui, . – Me aproximei. – Hannah, esse é o . , essa é a Hannah.
- Oi, Hannah.
- Oi, ! – falou ela, toda animada. – Finalmente te conheci!
- Sou tão famoso assim? – perguntei.
- Ela fala todo dia de você. – Hannah apontou para .
- Todo dia? – Olhei para .
- Venho aqui todo dia visitar essa criaturinha; às vezes passo o dia aqui, e fico estudando um pouco. E o que eu falo de você é que você não estuda nada.
- Mentira! Não é só isso! – falou Hannah. – Ela fala que você é bobo e lindo ao mesmo tempo!
- Eu sei que eu sou lindo, . Não precisa ficar falando por aí. É só as pessoas me olharam que elas percebem.
- E também digo para Hannah que você se acha muito – falou .
Ficamos conversando e brincando com Hannah, e ela disse para eu vir junto com a quando ela voltar a visitá-la. Até que o meu celular começou a tocar. Era de casa. Atendi.
- Alô?
- Só uma coisinha antes – era Jamie – Problema pra você! – Logo depois ela saiu e ouvir uma voz no fundo falando: "ele já atendeu?"
- Alô? ? - Oi, Melissa! O que você está fazendo aí em casa? – Fui saindo do quarto.
- Eu é que pergunto por que você não está aqui! Nós tínhamos combinado de passar a noite juntos hoje!
- Ai, meu Deus, Mel! Eu tinha me esquecido completamente! Desculpe-me... É que eu tava com a e a gente veio...
- Mas é claro que você estava com a ! – ela nem me deixou completar a frase – Quando você não está SÓ comigo, você está com ela e com os garotos, ou só com ela! Nem me lembro a última vez em que ficamos juntos, ! - Mel, me desculpe... É que...
- É o que, ? Uma amiga sua que você sentiu muita saudades e agora tá tentando acabar com toda ela? E esqueceu que tem uma namorada? - Eu já tô indo pra casa. - Não a deixei falar. – Tchau! – Desliguei em sua cara.
Que raiva, cara! Muita mesmo! Nunca tinha ficado tão bravo com Mel como eu estou agora. Ela simplesmente não sabe como foi difícil ficar longe da por 2 anos! E ainda por cima, somos amigos de infância! Não é fácil nos separar assim.
Entrei no quarto, e estava deitada na maca com Hannah, lendo um livro.
- Já tenho que ir. - Elas me olharam. - Melissa.
- Ah. Entendi. - Hannah olhou para , não entendendo. - A namorada dele. - E Hannah assentiu com a cabeça.
- E como você vai embora? Já que a gente veio no meu carro...
- Pode ir, . É só eu pedi pro Terry ligar lá pra casa que já vem um motorista nos pegar. Não se preocupe comigo.
- Ok. - Me aproximei delas. - Tchau, Hannah.
- Tchau, ! Foi muito legal te conhecer!
- Também gostei de te conhecer, pequenininha. - Dei um beijo em sua cabeça. - Tchau, .
- Tchau, . E não se esquece da promessa! - Ela apontou o dedo no meu rosto com um pequeno sorriso.
- Pode deixar. - Dei um beijo em sua testa e saí do quarto.
Além de ter feito essa promessa pra , vou ter uma briga com a Melissa quando chegar em casa. Já não bastava ter só um problema, e agora tenho dois?
No outro dia...
- Hey. - Ouvi algo no meu ouvido. - Hey - falou de novo. - HEY! - Agora, além de gritar no meu ouvido, estava me chacoalhando.
- OI! Tô aqui! - Levantei, assustado.
- E aí? Tudo bem? - perguntou-me ela, e eu sabia do que ela estava falando. Só levantei as sobrancelhas para ela e voltei a me deitar na mesa. - Qual é?! Vamos, ! Animação! Amanhã é o meu aniversario! Vai ser um festão!
- Você nem imagina como foi ontem quando eu cheguei em casa... - falei, ainda de cabeça baixa.
Bem... Quando eu cheguei em casa ontem, a Melissa estava sentada no balanço que fica nos fundos. Fui em sua direção e tentei lhe dar um beijo, mas ela virou o rosto. Perguntei o que ela tinha e ela começou a falar que eu estava passando muito mais tempo com a do que com ela, que eu era o namorado DELA, e não da , que a gente já pode ter namorado antes, mas agora eu estava com ELA. Ela conseguiu me deixar bravo. Disse pra ela que a era minha amiga desde que a gente era criança, que ela estava sendo muito ciumenta. Discussão pra lá, discussão pra cá; ela foi embora de casa com um mal humor, e eu não estava tão diferente.
- Se você quiser conversar, eu tô aqui, ok? - falou e fez carinho em minha cabeça.
- Ok. - Encostei a cabeça na mesa e ela ficou brincando com os meus cabelos.
Melissa e Ana haviam chegado na sala. Mel nem olhou pra mim, e sentou-se do outro lado da sala. A Ana deu um tchauzinho, e pra disfarçar, retribuímos. Ah, foi outra que eu briguei com Mel ontem, eu disse que não gostava da amizade dela com a Ana Luiza e que eu não gostava dela. Falei poucas e boas pra ela. Mel tentou defender a amiga, mas eu nem liguei. Eu dormi as três aulas que se passaram, que nem sei quais eram. Senti um dedo me cutucando, depois dois, três, vários. Aaah! Tão fazendo cócegas em mim!
- PAREM - falei, rindo. - PELO O AMOR DE DEUS! PAREM!
Os idiotas dos meus amigos pararam e ficaram rindo de mim. Não aguentei e comecei a rir com eles. Parecíamos oito retardados numa sala de aula.
Fomos para o intervalo e sentamos no lugar de sempre, na mesa próxima ao gramado.
- Amanhã será tão legal - falou .
- All Time Low só pra gente - falou .
- Ahn... Por que vocês falaram "pra gente"? - .
- Porque nós somos suas amigas - disse . - E você vai nos apresentar pra eles!
- HAHAHA! Sonhem com isso, amigas! Eles serão todinhos meus! - falou . Eu não curti muito.
- E vem cá - falou e olhou para ele. - Por que você não nos chamou pra tocar na sua festa?
- Ora, , você acha mesmo que eu ia chamar uma bandinha que nem é conhecida ao invés de uma banda famosa? - falou .
Eu, , e ficamos olhando para ela com uma cara de patetas. Elas ficaram rindo.
- Own, meus docinhos de coco! Eu amo muito vocês! Mas não posso responder essa pergunta de vocês...
- E por que não? - perguntamos, todos juntos.
- Vocês vão ver. - E ela deu uma risadinha.
- ... - Ouvi uma voz conhecida atrás de mim.
- Que foi? - falei em um tom normal, mas ainda de costas para Melissa.
- A gente pode conversar agora? Por favor? - Olhei para ela, que estava com uma cara meio que de choro. Levantei-me e ela me seguiu, indo para um lugar mais afastado.
- Que foi, Melissa?
- ... É que eu... Eu... Eu fiquei com ciúmes dela, okay? Às vezes parece que você passa mais tempo com ela do que comigo, e eu sei que ela é sua amiga desde que vocês eram pequenos, e que...
- Hey. – Segurei os seus pulsos. – Tudo bem, Mel. – Envolvi seus braços na minha cintura, e nos abraçamos. – É normal uma namorada senti ciúmes do namorado com alguma amiga dele. – Beijei a sua cabeça.
- Mas eu não sentia ciúmes de você com a , e .
- Por favor. – Eu olhei para ela, que logo me encarou. – Não estraga esse momento – falei, com uma cara brincalhona.
- Tudo bem. – Ela se esticou e me beijou.
Falei para o pessoal que ia passar o resto do intervalo com a Melissa. Bem, ela merecia.
Depois o sinal tocou, voltamos para a sala, onde a Mel se sentou próxima de nós de novo, junto com a Ana Luiza, e falou normalmente com a , até pediu desculpas pelo jeito de como ela a tratou hoje cedo. nem ligou.
Dessa vez, eu prestei atenção nas aulas que se passaram – Estudos Sociais, Matemática e Inglês –, só não posso dizer se entendi algo. O sinal bateu e fomos todo para fora de sala.
- Hey, . – Eu, que estava de mãos dadas com Melissa e com , falei com ela. – Vais visitar a Hannah hoje?
- Não, quer dizer, não sei. A mamãe marcou um compromisso pra hoje e não sei o tempo que vai levar. Por quê? Você queria visitá-la hoje?
- Aham.
- Quem é Hannah? – perguntou Melissa.
- É a minha irmãzinha adotiva – respondeu .
- ! Até amanhã! – gritou , de dentro do carro do , onde esse só mandou um tchau.
- É! Até amanhã! – o resto gritou de dentro do carro do .
- TCHAU! – gritou , acenando para todos eles.
- Vai querer carona? – perguntei para .
- Não. A mamãe vem me buscar. Ela já até tá aí. – Ela apontou para o uma Land Rover preta na frente da escola. – Tchau, gente, até amanhã! – Ela me deu um beijo na bochecha, abraçou a Mel e entrou no carro da mãe.
Fui para o meu carro, junto com Melissa, e a levei para sua casa, depois fui para a minha. Quando cheguei lá, almocei com mamãe e Jamie. Subi para o meu quarto e me senti bem, então peguei o meu violão e comecei a compor algo. A vai gostar do presente dela.
Capítulo 10
# 's POV on #
Eu estava sentada com Zack na namoradeira, um em cada ponta, e Rian, Jack e Alex estavam sentados nas espreguiçadeiras a nossa frente. estava rindo de uma piada que eles tinham me contado.
- Cara - falou Rian -, ela achou engraçado mesmo.
- Mas foi! - falei.
- Dude... Sua casa é grande! - falou Zack.
- Eu sei! Às vezes eu me perco aqui! - eu.
- Sério? Que doido... - disse Alex.
Wake up in the morning feeling like P Diddy (Hey, what up girl?)
Put my glasses on, I'm out the door - I'm gonna hit this city (Let's go)
Before I leave, brush my teeth with a bottle of Jack
Cause when I leave for the night, I ain't coming back
- Quem tá me ligando? - Olhei para o celular; era a . - Ah, é a ... Licença, garotos! - Me afastei um pouco deles. - Fala, doida!
- Hey, ! Tudo bem? Está fazendo o quê?
- Nada demais... Só descansando um pouco para o grande dia. - Olhei para onde os meninos estavam; eles estavam me olhando.
- Ah, claro! Pelo jeito a gente só vai te ver amanhã à noite.
- Aham! Mas eu sei que não foi por isso que você me ligou. O que você quer, meu docinho de coco?
- Hum, docinho de coco, é? - gritou Jack e eles riram.
- Tem alguém aí com você, ?
- Não, não tem ninguém. - Movi os meus lábios para eles, dizendo "silêncio". - É só o papai gritando pra mim.
- Ah, tá... Mas sim! É que ontem eu fui ao Greek's com o Chris, e ele é demais! Obrigada por ter dado o meu número pra ele!
- De nada.
- E tipo, a gente queria sair de novo e perguntei se dava pra ser hoje à noite, só que ele disse que hoje não dava porque tinha uma sessão de fotos, então ele propôs de ser amanhã à noite, só que eu disse que ia ver se ia rolar e ia ligar pra ele.
- Traduzindo: você tá me perguntando se eu vou ficar brava com você se sair com o Chris e não for pro meu aniversário? É isso?
- NÃO! Claro que não! Eu queria saber se o Chris pode ir pra sua festa amanhã comigo, pra gente ficar lá... E então? Pode?
- Claro, ! Não tem problema.
- Ai, ! Valeu! Te amo! Ate amanhã.
- Tchau. Te amo também. Ate amanhã. - Desliguei.
Voltei para perto dos meninos, e eles acompanhavam todos os meus movimentos. Parei no meio do caminho, olhei para eles, depois tirei o meu vestido - e eles só abriram mais os olhos - e pulei na piscina.
- Você é louca! - falou Zack.
- Quê?! Só estava com calor e queria me refrescar... - falei e fui nadando até a borda.
- E quem era no telefone? - perguntou Alex.
- Minha amiga .
- Por que elas não estão aqui? - perguntou Jack.
- E por que não podemos conhecê-las? - perguntou Rian.
- Porque eu não as chamei aqui hoje e porque elas não sabem que vocês estão aqui - falei, enquanto saía da piscina.
- Você tá é com medo de que a gente fique olhando para elas - disse Alex.
- HA HA! Claro que não. - Fui andando em direção a toalha, e eles só ficaram me olhando. - Elas têm NAMORADOS, por isso elas não dariam bola pra vocês. E hoje vocês são meus! - Já com a toalha, me joguei na namoradeira.
- É, né, fazer o quê? - Alex veio se sentar ao meu lado.
- Pra falar a verdade, hoje é o único dia que eu tenho pra ficar com vocês, porque amanhã todas as meninas da minha festa vão ficar em cima de vocês.
- Own! - Eles vieram fazer cócegas em mim, e de repente a campainha tocou. Quem seria?
# 's POV off #
Tomara que a esteja em casa. Quero perguntar uma coisa pra ela. Tô ouvindo passos. Deve ser a Georgia.
- Oi, G... - Ia falar "oi, Georgia", mas quem abriu a porta foi a , e logo atrás dele vinham quatro caras. Detalhe: ela estava de biquíni com uma toalha na cintura.
- ! - Ela me abraçou e me deu um selinho. - O que você tá fazendo aqui? Achei que você estaria com a Melissa.
- Não, não... - Eu ainda estava meio confuso. Eu conheço aqueles quatro caras de algum lugar. - Só vou sair com ela hoje à noite.
- Ah, tá. Opa, quase ia esquecendo... , esses aqui são o Alex, Zack, Jack e Rian. Meninos, esse aqui é o meu melhor amigo, !
- Oi, . - Os quatro falaram juntos.
- Oi. - Acenei para eles.
- Eles são o All Time Low - falou pra mim. - Ah, meninos, é dele aqui que eu tava falando, quem tem uma banda com mais três amigos - ela falou para eles.
- Ah! Aquela banda que tem o nome de um personagem de um filme? - perguntou Jack.
- Como é mesmo? McFLY? - perguntou Alex.
- Isso mesmo - conformei. - Por falar nisso, - ela me olhou e falei só para ela -, eu fiz uma música nova.
- Sério? - Ela deu um pulinho.
- Canta pra gente aí, cara - falou Zack.
- Não dá ainda. Ela não tá totalmente finalizada. Ainda faltam algumas coisinhas - falei. Pra falar a verdade, a música era o presente da .
- Qual é, ! Toca aí pra gente ouvir! - foi me puxando para dentro de sua casa.
- , eu só vim aqui pra perguntar qual é o hospital que a Hannah. - Paramos próximos a escada.
- Ah, é o St. Mary. Você vai visitá-la? - perguntou .
- Aham. Mas não vou demorar muito não.
- Espera um pouco. Tenho uma coisa pra ela. Leva pra mim? - conformei com a cabeça. - Tá, só deixe-me pegar lá no meu quarto e já volto. - Ela saiu correndo pela escada.
- Então - falou Alex e eu olhei para ele -, vocês são namorados?
- O quê? Não, não! Somos melhores amigos.
- Amizade colorida? - falou Rian, eles riram e eu também.
- Não, só melhores amigos mesmo.
- E o que foi aquele beijo? - Zack.
- Ah... A gente se cumprimenta assim.
- E quem é Melissa? Sua Namorada? - perguntou Jack.
- É.
- Ela não fica incomodada com isso?
- Bem, no início sim. A gente não faz isso na frente dela, mas ela sabe disso. E ela não se incomodada tanto também pelo caso de que a gente já era assim antes da minha ex-namorada - falei.
- Tá aqui! - voltou correndo com um pacote grande.
- Uau! Que eu saiba, amanhã é o seu aniversário. - Mantive meu olhar no pacote grande que ela tinha na mão.
- É só um presentinho pra ela, pra começar a se adaptar. Ela vem segunda pra cá! - deu pulinhos e batia palmas enquanto falava.
- Quem é Hanna? - perguntou Jack.
- Minha irmã adotiva que tem leucemia. Ela tá no hospital agora, mas a gente conseguiu um médico pra atendê-la aqui em casa - disse .
- Legal... - Zack.
- Bom, preciso ir... Ainda vou sair com a Mel de noite - falei.
- Tudo bem. Até amanhã!
- Até... - Ela me deu um selinho. - Tchau, pessoal, foi um prazer.
- Tchau. - Os quatro falaram juntos.
Fui para o carro e dirigi até o St. Mary. Demorou um pouco, já que era quase do outro lado da cidade e ainda tinha um pouco de trânsito. Enfim, cheguei.
Desci com o violão e o pacote nas mãos. Falei com uma enfermeira, que me fez assinar um bando de papéis e depois me levou ate o quarto.
- ! - Hannah sorriu ao me ver entrar no quarto.
- E aí, Hannah? Como tá? - falei.
- Tô melhor, me sentindo forte. E você?
- Indo com a vida.
- Cadê a ? Você veio sozinho?
- Aham... Ah! Ela te mandou isso aqui. - Dei o pacote para ela.
- Nossa! É grande! O que é?
- Abra e vamos descobrir. - Ela começou a rasgar o embrulho.
- Uau! Que lindo! - Era um globo, daqueles que a gente mexe e cai neve, e tinha uma casa enorme no meio.
- Parece com a sua nova casa.
- É mesmo?
- Sim. Ela é enorme! Tem um jardim enorme, e atrás tem uma piscina, e dá pra andar no teto. É muito legal.
- Acho que eu vou gostar. – Ela sorriu pra mim.
- Vai sim. Principalmente porque eu estou praticamente lá todo dia!
- Você nem se acha, não é? – ela falou, enquanto colocava o globo no criado mudo.
- Até você fala isso? Minha moral tá baixa... – Ela deu uma risada. – Quero mostrar uma coisa pra você. É o presente da . – Tirei o violão da capa.
- É uma música? Que legal! Toca aí!
Comecei a tocar os acordes inicias e depois a cantar. As palavras vinham facilmente na minha cabeça. Tudo aquilo tinha sido escrito com o coração. Terminei a música e Hannah começou a bater palmas.
- Linda! Linda! Amei!
- Obrigado, Hannah.
- Tenho um presente pra ela! Mas só dá pra ela amanhã! Viu?
- Tudo bem, baixinha. Já vou indo, pequena.
- Tá! Tchau, , obrigada pela visita; ela vai amar o presente.
- De nada. É um prazer ver você. Tchau.
Saí de lá e fui buscar Mel em sua casa. Ela ia comprar o presente da , mas não sabia o que comprar pra ela, por isso tava me levando junto. Liguei pra ela e disse que já estava a caminho; ela só falou que já estava pronta, mas conhecendo ela, ia demorar mais uns trinta minutos.
Cheguei lá e ela já estava na porta me esperando. Milagres acontecem. Não demorou muito e chegamos ao shopping.
- Tá. O que eu compro pra ela? – perguntou Melissa.
- Vamos andar um pouco primeiro e olhar as coisas.
- É melhor mesmo. Mas você não tem ideia do que comprar?
- Vamos andar, Melissa. – Puxei-a para dentro do shopping.
Andávamos pelas lojas, olhando as coisas. Melissa já tinha perguntado por um colar de pérolas, ou uma bolsa Louis Vuitton ou um sapato Gucci, e eu só dizia que uma coisa mais simples ela ia gostar mais. Quando estávamos parados na frente de alguma loja, onde Melissa estava olhando uma bota, vi , , e Ana Luiza andando.
- Ei, pessoal! – gritei.
- Olha o ali. – falou .
- Oi, ! – e falaram juntas. – Oi, Melissa.
- Oi, gente – disse Mel.
- O que vocês estão fazendo aqui? – .
- A Melissa tá procurando um presente pra . – falei.
- É! Mas o não gostou de nada do que eu escolhi. – Mel.
- E o que você escolheu? – e falaram juntos, depois riram.
- Um colar de pérolas, uma bolsa Louis Vuitton e um sapato Gucci.
- É... O tá certo. Ela vai querer algo mais simples. – Foi estranho, mas os três falaram juntos.
- E você, Ana? Já comprou algo pra ?
- Ah... Comprei, só que parece que não é muito simples. – Ana finalmente se pronunciou.
- E o que foi? – perguntei.
- Foi um óculos da Fossil.
- Ah, ela vai gostar – falei e logo depois olhei para os outros três, onde percebi que nenhum deles ajudou ela a escolher um presente. – E vocês? O que vocês compraram?
- O meu é muito fofo! – tirou um ursinho com um coração que tinha escrito “eu amo a ”.
- E o meu é esse aqui! – mostrou uma camisa que tinha “eu só amo a ! Os meus outros amigos não são nada perto dela!”.
- Nem se acha essa... – comentou. – O meu é isso aqui. – mostrou um porta-retrato que tinha ao seu redor a palavra “amizade” em várias línguas, e tinha uma foto nossa antes da ir para o intercâmbio, em uma sorveteria, onde cada um estava com um sorvete na mão e a ponta do nariz sujo dele, e todo fazendo uma careta.
- CARAMBA! Essa foto! É antiga! – falei.
- Eu sei. Por isso a escolhi – disse .
- Vem, Mel. A gente te ajuda. – puxou a Mel pelo braço, a e a Ana foram juntas.
- O que você comprou pra ela? – perguntou .
- Eu fiz uma música.
- Sobre o quê? O passado de vocês?
- De certa forma, sim, mas nada do namoro, só da amizade.
- A Melissa não vai ficar com ciúmes por você ter feito uma música pra e nunca ter feito uma pra ela?
- Espero que não. Agora vamos lá com elas.
Capítulo 11 [n/a: coloquem essas músicas pra carregarem logo: música 1 e música 2.]
# ’s POV on #
Checar mais uma vez. Cabelos soltos com cachos, ok. Vestido que eu fiz a me ajudar escolher – e que ajuda –, ok. Brincos de argola pequenos de ouro branco, ok. Sapato peep toe preto com salto branco, ok. Maquiagem destacando os olhos, ok. Pulseira combinando com o brinco, ok. É. Acho que estou pronta.
Toc Toc.
- Pode entrar – falei, enquanto ajeitava um cacho que estava saindo.
- Uau! Olha como ela tá gata! – Zack me olhou dos pés a cabeça quando entrou no meu camarim.
- E vocês quatro aí? – Olhei para eles, que estavam se sentando no sofá.
- Nada, não. Só ainda estamos tentando colocar a ideia na nossa cabeça de que vamos ter que nos apresentar com essas roupas! – Alex falou.
Dei uma risada e continuei arrumando os cachos que estavam fracos. Os meninos estavam meio que uniformizados. Todos estavam usando calça e sapatos sociais pretos, blusas sociais com a manga dobrada até o cotovelo, só que cada um estava usando de uma cor – Alex de branco, Zack de rosa, Jack de azul claro e Rian de verde –, e um colete preto. Estavam parecendo garçons, e esse era o propósito.
Meu aniversário estava sendo em um dos hotéis mais chiques de Londres, uma coisa que eu não me importava. Por mim poderia ser na minha casa, com os amigos, vestindo uma calça jeans, blusa simples e um Converse, mas nããão... Minha mãe disse que era ótimo para conseguir mais publicidade. Como se eu quisesse.
- Que horas começa o seu aniversário? – Rian perguntou.
- Às dez horas – falei, terminando de arrumar os cachos.
- E vai ter muitas gatinhas? – Jack perguntou, cutucando os outros com o cotovelo e fazendo uma cara safada.
- Não... Só tenho amigas horrorosas! E pior que todas elas têm namorados. Que estranho, né? – falei e eles ficaram me olhando, assustados. Eu ri. – Tô de brinks! Vai ter um bando de gatas sim! Só não estava brincando quando falei dos namorados.
- A gente dá um jeito nisso – Alex falou e deu uma piscadinha. Fiquei vermelha.
- Ei, , tem algo vibrando em cima dessa mesinha aqui – Zack falou, olhando para a mesinha que estava ao seu lado. – Ah! É o seu celular. E é uma tal de ligando. – Ele estava quase clicando no botão de atender.
- NÃO! POR FAVOR! NÃO ATENDE! – Fui correndo em sua direção, tentando pegar o celular, mas ele jogou para o Rian, onde também ameaçou. – Sério! Não atendam! – Fui pegar dele, que jogou para Alex e depois para Jack, onde riram mais um pouco e depois me deram o celular. – Idiotas... – comentei e atendi o celular. – Fala, sua vaca!
- Vaca aqui é você! Nos manda chegar meia hora antes da festa começar e não diz pros caras quem nós somos, e diz que ainda não podemos entrar, só a partir das nove! – falou, tentando parecer com raiva.
- Sua loira burra! Pede pro cara olhar o nome de vocês na lista e vai ter algo a mais escrito.
- Pera aí... - Ela afastou o celular um pouco da orelha. – Ô moço, ela tá dizendo pro senhor olhar na lista que vai ter os nossos nomes aí e que ainda vai ter algo a mais escrito. – Ficou um pouco em silêncio depois a começou a rir, junto com outras risadas que eram da e da . – Adorei o que estava escrito lá! – Ri também. Tinha mandado escrever do lado do nome delas e de seus namorados “SÃO MEUS MELHORES AMIGOS! DEIXE-OS ENTRAR E SAIR A HORA QUE ELES QUISEREM!”
- Vou esperar vocês na porta daqui do salão. Beijos.
- Beijos, sua vaca! E parabéns! – Ouvi três vozes gritando no telefone e depois desligaram. Amo essas garotas.
- Opa! Já tem gatinhas chegando! – Rian falou, esfregando as mãos.
- Infelizmente são aquelas amigas gatas que tem namorados. Então não! – falei e fui saindo do camarim.
- Podemos ir também? – Zack perguntou.
- Não. Temos coisas de garotas para resolver. – Pisquei e saí de lá.
Andei pelo corredor, até que cheguei ao grande salão, onde seria a festa. Estava tudo decorado com as cores preto e dourado. A pista de dança era bem grande, onde muita gente poderia dançar. A mesa do DJ estava num ótimo lugar, onde todos poderiam vê-la. No outro canto havia o Buffet e mesas, e também tinha o meu bolo, que era de três camadas, quadrado, preto com alguns detalhes dourados, e em cima tinha aquelas velas que pareciam foguetes de tanto fogo que soltavam. Ia ser uma bela festa de 15 anos. Do jeito que a minha mãe queria.
E ainda teria a valsa, com aquele vestido enorme e pesado. Ai, ai mãe. Eu te disse que podia ser uma pequena festa lá em casa só com os amigos mais íntimos, mas não, tinha que ser uma festa de 15 anos normal – como a do Brasil. Mas pensando bem, foi até bom ter essa festa. Se não fosse por ela, eu não conheceria aqueles quatro que estão lá no meu camarim.
Cara, até a entrada da minha festa tá bonita. Um arco gigante, com algumas flores, realmente lindo...
- HEY! – Três pessoas gritaram na minha cara.
- Acorda pra realidade, querida! – estalou os dedos na minha cara.
- Ahn?! Já voltei! Calma! – Comecei a me abanar, pois elas tinham me dado um susto.
- PARABÉNS, AMIGA! – pulou em cima de mim.
- É mesmo! Parabéns, sua vaca! – me abraçou.
- Que você fique velha, com muitas rugas, pés de galinha, com tudo caído... – foi me abraçar, me desejando “tudo de bom”.
- Poxa, obrigada! E que isso venha pra mim e volte em dobro pra você! – ela falou e me deu um tapinha. – Agora cadê os presentes?
- Eles estão aqui, mas a senhorita não vai abrir nenhum agora. – falou e cada uma escondeu seu presente.
- Ok, suas chatas! Agora vamos. Eu não queria ficar sozinha aqui, por isso mandei vocês chegarem logo – falei, com uma cara de sapeca e elas me fuzilaram com os olhos. - Agora me sigam! - Começamos a tomar o mesmo caminho por onde vim. Elas olhavam para tudo, comentando "uau" ou "que lindo" ou ", seu aniversário vai ser perfeito".
- Hey - me chamou e a olhei -, o que é aquilo lá em cima? - Olhei para cima e vi do que ela estava falando.
- Ah. Aquilo é um espaço que apenas os VIP's vão poder entrar.
- Como assim? - perguntou.
- Apenas os meus melhores amigos e alguns outros que minha mãe convidou vão entrar lá, com uma pulseirinha que depois vou dar pra vocês. E tipo, o bacana de lá é que podemos ver tudo o que esta acontecendo aqui em baixo, mas eles não vão poder nos ver - expliquei para elas.
- É meio que tipo a área VIP de uma boate, não é? - perguntou, quando voltamos a andar.
- Sim, como se fosse isso - falei e a olhei. - Vem cá, só agora eu reparei como vocês tão gatas.
- Mas é claro. - As três falaram juntas e deram uma voltinha para que eu olhasse melhor.
estava usando um tubinho preto, um palmo e meio acima do joelho, os cabelos presos num rabo de cavalo alto com aquele topete, brincos grandes, sapato de salto alto fino preto, maquiagem destacando os olhos. estava com um vestido vinho de alcinhas onde atrás tinha um decote em V que ia até o meio das costas, cabelos soltos, sapato scarpin preto, maquiagem leve e brincos pequenos. Já estava com um vestido tomara-que-caia bege, cabelos soltos, maquiagem leve com um batom rosa destacando e um sapato de salto fino branco. Andamos mais um pouco e logo chegamos em frente à porta do meu camarim.
- Ok, meninas, é o seguinte - falei e elas me olharam com bastante atenção. – Eu, como uma ótima amiga, decidi lhe conceder esse resto de tempo que ainda não é minha festa para que vocês o aproveitassem.
- E como? – perguntou.
- E com o quê? – completou.
- Jogando conversa fora com essas pessoas – falei isso e abrir a porta.
As três arregalaram os olhos e abriram a boca. Os quatro estavam sentados no sofá, conversando entre si, até que eles nos viram na porta e ficaram de pé, alinhados.
- Meninas, esperem só um pouquinho aí. Não se mecham. – Me afastei delas, que ficaram estátuas, e me aproximei deles. – Meninos, conhecendo elas, elas querem gritar, então, por favor, não se assustem, ok?! – Eles assentiram e esperaram. Virei-me para elas. – Tudo bem. Vocês têm 20 segundos para gritar.
- AI, MEU DEUS! NÃO ACREDITO NISSO! – começou.
- É O ALL TIME LOW! EU TAMBÉM NÃO TÔ ACREDITANDO! – gritou.
- EU AMO VOCÊS! AS SUAS MÚSICAS SÃO PERFEITAS! – gritou.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – as três gritaram, juntas.
- E acabou – falei e elas calaram a boca, voltando ao normal. – Ok. Agora vou apresentar vocês oficialmente. Garotas, esses aqui, como vocês já sabem, são o Alex, Zack, Jack e Rian. Meninos, essas são as minhas amigas gatas , e .
- Oi – eles falaram e acenaram para elas.
- Oiii. – Elas também acenaram, meio que se derretendo.
Sentamos e começamos a conversar, sobre tudo. Música, cinema, roupa, bandas. Até que vi os presentes num canto e fui em sua direção.
- Não! – me puxou.
- Qual é?! Eles são meus! Eu quero ver! – Dei uma de criancinha e comecei a fingir chorar.
- Mas você só vai abri-los amanhã – falou. – Por isso que eu vou guardá-los aqui nes... – Ela olhou para o que estava atrás daquela porta. – AI MEU DEUS! É esse, ?!
- O quê? – e perguntaram.
- O vestido dela. – saiu da frente da porta, onde todos podiam ver o meu vestido de valsa.
Ele era branco, meio que tomara-que-caia. Uma de suas pontas parecia estar presa à cintura, onde havia uma flor e outro tecido puxava para uma alça. Tinha algumas pedrinhas nele, dando um toque. Havia também a luva, que ia até o cotovelo, o acompanhando.
- Ele é lindo. – o tocou.
- Agora entendi porque estamos usando essas roupas. – Rian comentou, me fazendo rir.
Sentamos e conversamos mais um pouco, só aguardando para que a festa começasse.
# ’s POV off #
Eu estava pronto, esperando na sala de Melissa, enquanto ela terminava de se arrumar. A festa já tinha começando, uns trinta minutos atrás, e eu queria chegar cedo lá, mas como sempre, a minha namorada estava demorando.
Eu estava usando uma calça jeans preta – disse que eu não precisava usar calça social –, uma blusa social branca, onde a manga estava dobrada, sapato social preto e para completar um paletó preto, que estava pendurado no closet de casacos daqui da casa. Meu cabelo estava arrumadinho, mas nada muito organizado. Eu estava simplesmente... eu.
Meu violão já estava no carro, Sam – onde foi a que deu o nome, pois na época ela era apaixonada pelo Sam de Supernatural e decidiu dar esse nome para o violão – onde nele eu tocaria a música que eu escrevi para ela. Só uma pessoa a tinha ouvido, e era Hannah, a irmã adotiva de que ia para sua nova casa na segunda. O presente de Melissa estava na mesa de entrada, para que ela não esquecesse. Era uma pelúcia de pinguim, com os olhos bem esbugalhados, era fofo – isso foi gay. Disse para ela que a ia adorar ganhar isso.
- , estou pronta – Mel falou, e quando me virei, ela estava no pé da escada, me esperando.
- Você não acha que está linda demais? Outros caras podem olhar pra você – comentei, enquanto me aproximava dela. Ainda bem que seus pais não estavam em casa.
- Que nada. Estou linda apenas para você – ela beijou meu nariz depois se afastou para pegar seu casaco.
Ela estava usando um vestido preto, de frente única, onde havia um belo decote na frente e aquele espaço estava preenchido. Um sapato de salto alto prata e cabelos lisos soltos. Maquiagem que destaca seus olhos verdes. Simplesmente linda.
- Vamos. Estamos atrasados - falei.
- , são apenas dez e meia - ela comentou, rindo, enquanto pegava sua bolsa e seu presente.
- Eu sei, mas é a , então...
- Entendi. Agora vamos antes que você tenha um troço.
Ri e saímos de sua casa. O hotel onde ia ser o aniversário era do outro lado da cidade, ou seja, ia demorar um pouco pra chegar lá. Durante o caminho, Mel não parava de se olhar no espelho, completando uma coisa ou outra da maquiagem e arrumando seus cabelos. Eu falava que ela estava linda, mas era como se não fosse nada. Ela não parava de se arrumar.
Trinta minutos depois, estávamos em frente ao hotel. Um manobrista pegou meu carro e o estacionou. Peguei Mel pela mão e caminhamos até o salão de festa.
- Uau! - Mel e eu falamos juntos.
Simplesmente estava tudo lindo - que gay. A decoração toda em preto e dourado. O bolo. O DJ. É... A Sra. nunca foi exagerada, mas conhecendo sua filha, sei que ela preferia uma reunião na sua casa. Ela é uma pessoa simples, que não gosta de ficar aparecendo.
- ! - Por falar na criatura, lá estava ela, correndo em minha direção com aquele vestido que eu a "ajudei" a escolher.
- ! - Ela chegou e me abraçou. - Parabéns, meu pequeno polegar!
- Ai! Não acredito que você me chamou assim! Você sabe que odeio! - Ela me de um tapa no braço e ri. - Oi, Melissa!
- Oi, ! Parabéns. Tudo de bom pra você. - Melissa abraçou a .
- Muito obrigada. - Ela retribuiu o abraço. - Você pode colocar o presente naquela mesa. - Ela apontou para uma mesa onde já tinham bastantes presentes. - E outra. Eu tenho uma coisinha pra vocês. Falem com a minha mãe que ela tem uma pulseira que é pra entrar na área lá de cima. O pessoal já ta lá. Agora preciso ir que já chegou mais gente. - logo ela saiu e foi falar com um casal e seu filho que acabaram de chegar.
- Agora cadê a mãe dela aqui nesse meio? - perguntei.
- Espera, espera. - Eu olhava pelo recinto até que encontrei a mulher o qual era parecida. - Está ali. Vamos lá. - Puxei Melissa e fomos andando em sua direção. - Olá, Sra. - falei, e ela, que estava de costa para mim, se virou.
- ! Meu querido. Que bom que você chegou. - Ela me abraçou. - Já estava achando estranho aqui sem sua presença aqui.
- Que é isso, tia. - Rimos. - Ah! Tia, essa aqui é a minha namorada, Melissa, e Melissa, essa é a mãe da , Suzie . - Apresentei as duas, e quando falei a palavra "namorada", tia Suzie me olhou rápido e depois sorriu para Mel.
- Olá, Sra. . É um prazer conhecê-la. - Mel apertou sua mão. - As suas roupas são realmente lindas!
- Obrigada, querida. Prazer em conhecê-la também. Agora, se me dão licença, preciso resolver uma coisa com o fotógrafo. - A Sra. falou e depois saiu.
Puxei Melissa pela mão e fomos andando pelo salão, até chegar a porta onde estava escrito “Área VIP”. Meu único obstáculo era Terry, que estava na porta. Comecei a rir e fui passando por ele, mas como ele é um segurança tão bom, ele segurou meu braço e pediu para mostrar a pulseira. Olhei com uma cara de “você acha que a sua chefe, que é a minha melhor amiga, não vai me deixar ir pra área VIP?”, ele só falou que tinha que ver as pulseiras e que não podia deixar ninguém subir lá sem mostrar as pulseiras além de , sua mãe e seu pai. Tirei as pulseiras do bolso e coloquei no pulso de Melissa e no meu. Terry deu um sorriso e nos deixou entrar.
Lá estava mais escuro que a área de baixo. A decoração estava a mesma, tinha um Open Bar, com uns caras servindo. Melissa deu uma boa olhada para eles e eu apenas apertei sua mão, ela deu uma risadinha e me deu um selinho. Poucas pessoas estavam lá, inclusive , , , , e , que estavam num canto.
- Olha só quem chegou – falou.
- O nosso caro e sua namorada Melissa. – , após tirar sua língua da garganta de , falou.
- E aí, povo? Qual é o papo? – me sentei com Melissa em outro sofá que tinha lá.
- Esperando o meu par chegar. – comentou. deu uma olhada para ela, demonstrando ciúmes.
- E eu só estou esperando essa festa realmente começar – falou esfregando as mãos e fazendo uma cara safada. só bufou.
- Cadê a ? – perguntou.
- Ela falou com a gente de depois foi falar com os outros convidados – respondi.
- E eu não estava mais aguentando. – se jogou em uma poltrona.
- CARAMBA, CRIATURA! – gritou.
- O que foi? – olhou para ela.
- Eu simplesmente ODEIO quando você chega do nada! – falou, ainda retomando o fôlego enquanto riamos.
- Sério, cara. Isso aqui já tá me cansando. Tenho que falar com todo convidado que chega! E tem gente que eu nem conheço! – .
- Te conhecendo como a gente te conhece, sabemos que você está pensando em nós em volta de sua piscina, comendo um churrasco e bebendo refrigerante, já que seus pais iriam estar lá – falei.
- Adoro quando vocês prestam bastante atenção em mim.
- Mas pensa pelo lado positivo. – . – Se você não fizesse essa festa, não teríamos o All Time Low na festa!
- É verdade... Sabe que agora essa festa começou a valer a pena?! – Rimos da rápida mudança de ideia da . – Amiga, você não está vendo que o seu celular está tocando?
- Hã? Como assim, tocando? – pegou seu celular e olhou. – É o Chris!! E é uma mensagem, por isso não ouvi tocar. Ele falou que está lá na porta. Vou lá buscá-lo.
- E eu vou com você, já que eu sou a aniversariante e vou ter que falar com ele. – e se levantaram e saíram de lá.
- Affe... A tinha que trazer esse tal de Chris pra cá? – comentou.
- Tá com ciúme! – Todos falaram e ficou vermelho.
- Não estou não, só não vou com a cara dele.
- Não vai porque você não gosta dele – Melissa falou.
- Você tirou as palavras da minha boca, Mel. – .
- Calma, . Você vai ter a Ana Luiza pra agarrar aqui – falou e fez uma cara de medo.
- E por falar nisso, cadê essa criatura? – perguntei.
- Amor, sei que você não gosta dela, e nenhum deles também, mas tenta não falar assim dela. Ela só está tentando fazer amigos – Mel falou. Sim, eu falei para ela que eu e meus amigos não gostávamos nem um pouco de sua nova amiguinha, mas não contei nenhuma das historias pra ela.
- Ok. Vou reformular a frase. Cadê a Ana? – falei e Melissa aprovou.
- nos falou que ela tinha ido ao salão fazer o cabelo e as unhas com uma amiga dela que também tinha sido convidada – falou.
- E aquela vaca não me chamou?! Isso que é amiga... – Melissa.
- E você me pediu para não chamá-la de criatura... – comentei e ela me deu um soquinho.
- Voltamos! – falou e logo atrás dela vinha , e ao seu lado, Chris.
- Oi, gente – Chris nos cumprimentou.
- Oi. – todos falaram, menos , que estava com uma cara feia. deu um leve chute em seu pé e ele murmurou um “oi”.
- Pela lista de convidado, não falta mais ninguém, só uns tios aí que eu não preciso falar. – se jogou de novo naquela poltrona.
- Esqueci de comentar. Bonito, o seu vestido – falei.
- Obrigada, – ela falou. – A pessoa que me ajudou a escolher esse vestido tem um bom gosto.
- É mesmo? Alguém a ajudou escolher essa fabulosa obra de arte? E quem foi essa pessoa fantástica?
- Foi o idiota do meu melhor amigo. – Ela pegou um objeto, o qual não consegui identificar, e jogou em mim.
- Eu, hein. Vocês são estranhos – comentou. e eu nos olhamos e seguramos uma risada. Se eles realmente soubessem a historia por trás desse vestido...
- Ok, . Venha aqui comigo. Eu e você estamos sozinhos essa noite. Somos as velas essa noite. – falou e se levantou e sentou-se no seu colo.
- Por enquanto, minha cara – falou e eles dois fizeram uma cara safada.
- Ei, ! – me chamou. – Esqueci de perguntar. A sua mãe e sua irmã vão vir?
- Não. Jamie passou mal e mamãe ficou em casa cuidando dela. Ela mandou dizer que sente muito – respondi.
- Ah, Ok. Só quero que a Jamie melhore. – Ela deu um sorriso.
- Que horas são? – perguntou.
- São onze e dez, meu amor – respondeu e deu um selinho nela.
- Vamos descer e interagir um pouco com o pessoal lá em baixo? – comentou, dando um tapa em para que ele levantasse.
Todos foram com ela lá para baixo. Falamos com alguns conhecidos, mas não nos separamos. Éramos um grupo enorme. A festa realmente estava boa – isso porque ainda não tinha passado da meia-noite. se afastou um pouco, indo em direção de sua mãe. Quando me virei para falar com , uma pessoa apareceu lá no fundo, entrando na festa.
Era Ana Luiza. Cara, se eu não conhecesse esse garota, com certeza iria agarrar ela. Cutuquei os outros dois e a apontei com a cabeça. Eles também olharam para ela do mesmo jeito que eu. Jane Park, que era uma das garotas mais bonitas e gostosas da escola, estava uma mosca ao lado da Ana. Ela estava usando um vestido preto curtíssimo, fechado na frente, deixando aparecer apenas os ossos da clavícula, e tinham ombros estilo baloné. Quando ela virou para falar com alguém, vi a parte de trás do vestido – e nem sei que parte de trás, já que ele era totalmente costa-nua até o final de suas costas. Ela estava com um daqueles sapatos de ponta fina – acho que o nome é scarpin -, seu cabelo curto estava liso com um franjão, e sua maquiagem estava totalmente destacando seus olhos cinza. Ela olhou na nossa direção e caminhou até aqui.
- Olá, gente! – ela falou, toda entusiasmada.
- Nossa, Ana! Você tá uma gata! – Mel a abraçou. As meninas apenas ficaram olhando para ela.
- Que isso, amiga?! Você é que está uma gata, mostrando esses seus gêmeos aí! – Ana elogiou Melissa, que ficou vermelha.
- Voltei. – apareceu e viu que Ana estava ali, dando uma bela olhada no seu modelito. – Oi, Ana! Você está linda! – Conheço essa falsidade.
- Eu simplesmente não posso estar linda, pois hoje a noite é sua. – Ana deu de ombros.
- Obrigad... – foi interrompida por um som de uma guitarra que vinha do palco.
- BOA NOITE, GALERA! – Alex e sua banda estavam no palco improvisado.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – Um bando de meninas gritou.
- Como vocês estão essa noite? Espero que bem. Essa primeira música é especial para a nossa querida aniversariante, ! Chama-se “Lost In Stereo”. – Eles começaram a tocar a música.
- , sua vaca! Não sabíamos que eles iam tocar agora! – gritou.
- Eu sei disso! Foi tudo planejado, minha cara amiga. – respondeu, dançando ao som da música.
Elas realmente estavam curtindo aquilo ali, até Melissa. Olhei para ela, que gritou “Qual é?! Eu gosto das músicas do All Time Low, ok?! Agora me deixa curti!” e foi para frente do palco com as meninas. Quando elas chegaram lá, Zack e Jack viram lá na frente, onde desceram do palco e tocaram diretamente para ela, levando muitas meninas à loucura.
- Essas meninas são loucas. - , , , Chris e eu olhamos para trás. Ana estava parada bem ali. – Elas ficam loucas por esses meninos, sendo que nem podem ficar com eles.
- E você? Não fica louco por eles? – perguntou.
- Eu não, mas eu consigo muito bem ficar com qualquer um deles.
- E por que você não fica? – Chris, que até então estava quieto, perguntou.
- Porque não é com nenhum deles que eu quero ficar essa noite. – ela comentou e dei uma olhada para , que estava enrijecido.
- Meninos! Venham! Lá na frente está bem mais divertido que aqui! Vamos. – apareceu nos puxando lá para frente.
Realmente, lá estava mais divertido, não que a festa estivesse chata, mas aqui o pessoal estava dançando, curtindo a música.
- Bem, gente, agora nos vamos dar uma pausa – Alex falou no microfone.
- Mas daqui a pouco estamos de volta! – Zack gritou no microfone, a galera gritou aqui em baixo e eles saíram do palco.
- Agora que percebi – falei e todos me olharam. – Cadê a ?
- Ela foi ali a algum lugar, falar com a mãe. – comentou, depois olhou para as meninas, e elas deram uma risadinha.
De repente, as luzes apagaram e apenas uma, que era um refletor acendeu, indo na direção de , que estava no topo de uma escada de mãos dadas com Jack e Rian. Ela estava linda. Usava um vestido branco enorme, que parecia de noiva, cabelos presos num meio rabo de cavalo e uma tiara de diamantes.
As meninas aqui ficaram fazendo barulhos tipo “oown” e deixaram uma lágrima cair. Sim, a nossa garotinha estava crescendo. Quando ela chegou ao final da escada, Zack e Alex pegaram suas mãos e a levaram até seu pai, onde a guiou para o centro do salão e começaram a dançar valsa.
As pessoas fizeram uma volta em volta dos dois e quem quisesse ir dançar com ela, tinha que ir para uma fila que estava perto da mãe de . Logo depois de seu pai, foram os familiares – como sempre, com privilégio – dançar com ela. Nossos olhos se encontraram e ela mexeu os lábios e falou a palavra “socorro” e ri. Depois da família, foi o Rian e dançou um pouco com ela, e nem parou quando a passou para Zack, que fez um passo lá com ela, lhe entregou uma rosa e todo mundo fez aquele barulho de coisa fofa e depois a passou com Jack, que ficou girando com ela. Quando foi a vez de Alex, ela estava parada no meio da pista e ele ia a sua direção, e quando chegou perto dela, se ajoelhou e estendeu a mão, esperando ela aceitar. Ela ficou vermelha e aceitou, e ele se levantou e começaram a dançar. Algumas pessoas gritaram “Beija! Beija!” e deu um beijo na sua bochecha e encostou a cabeça em seu ombro, escondendo seu rosto. Depois começaram ir os amigos.
- Vamos ser os últimos, mas eu quero ser o último, ouviram? – falei e eles concordaram.
- Mas nos deixem ir antes de vocês! Estamos ansiosas! – falou.
- É! Quero falar no ouvido dela os pensamentos que estou tendo. – fez uma cara safada e rimos.
- Se você não fosse minha namorada, iria estranhar. – a abraçou.
- Vocês vão dançar com ela? – Chris perguntou.
- Claro! Até você vai dançar com ela. – o pegou pelo braço e o empurrou, pois ele “seria” o próximo.
- Tia – falei com a mãe de , que estava ali perto. – Posso ser o último?
- Claro. Vocês vão encerrar isso e você é o último – ela falou e assenti.
foi a primeira. começou a rir desde que ela entrou para dançar com ela. Como tinha dito, cochichou umas coisas no seu ouvido enquanto dançavam e deu uma gargalhada. Depois . Elas até que normal, mas no final as duas deram um giro. Logo entrou a , e essa sim foi normal na dança, mas na saída não, já que elas fizeram como se fossem um casal se separando. entrou fazendo uma dançinha e o acompanhou. O que será que as pessoas deveriam estar pensando de nós. Eles dançaram parecendo duas pessoas da corte, pois estavam com a cabeça erguida e se olhavam de uma forma séria. No final eles riram e saiu de lá, entrando , que como sempre, os dois não davam certos. Eu nem sei dizer o que foi aquilo. entrou e dançou normalmente com ela. Pelo menos um normal aqui nessa história toda. Olhei para Melissa, que só ria da situação. [n/a: coloquem a música 1]
Quando eu estava entrando, certa música começou a tocar. Parei e olhei para , que também estava me olhando do mesmo jeito. Começamos a rir. Arrumei-me, ficando sério e com uma postura elegante. Cheguei perto dela, coloquei uma mão atrás das costa e estendi a outra, inclinando um pouco o corpo pra frente. Ela me olhou séria – entrando na personagem – e me deu sua mão. Começamos a dançar.
- Não acredito que essa música começou a tocar na hora em que entrei – comentei.
- Cara, nem eu. Eu não tinha a mínima ideia.
Essa música toca na parte da valsa da Cinderela com o Príncipe Encantado no filme “A Nova Cinderela” – um dos filmes favoritos da , o qual ela me fez assistir. Acontece que estávamos vendo esse filme pela sétima vez e ela falou que essa música era linda e que queria um dia estar com um daqueles vestidões e o cara estivesse todo arrumado também e começassem a dançar valsa. Eu virei pra ela e disse “eu vou dançar essa música numa valsa com você”, e ela sorriu pra mim.
- Só faltava uma máscara – ela falou.
- Naquele dia você não disse nada de máscara.
- Eu sei, mas ia ficar mais perfeito. – Ela encostou sua testa no meu ombro.
- Você deve tá adorando.
- Nem me fale... E esse vestido? Mamãe que fez. Ela queria exibi-lo.
- Então tá aí o real motivo dessa festa.
- É. Ela no início tinha deixado ser lá em casa, só com vocês, mas ela disse que no Brasil era normal fazer uma festa de 15 anos, com uma valsa da meia-noite e todas essas coisas aí. Mas qualquer coisa, amanhã de noite vocês aparecem lá em casa e a gente faz um churrasco.
- Pode crer.
A música estava para acabar, então a levei até seu pai, onde dançaram mais um pouco de valsa. Fui para perto dos meus amigos, onde ainda observavam dançar. As meninas - incluindo Melissa - estavam encantadas com o seu vestido, pois não paravam de falar nele. Fiquei observando . Sei que essa festa não era o que ela queria de verdade, mais pude ver que ela deixou uma lágrima cair enquanto dançava com seu pai. Ela nunca ia deixar de ser sentimental.
Depois que acabou a valsa, ela se dirigiu até o bolo. Estava na hora dos parabéns. Ela ficou entre seu pai e sua mãe. Quando já ia começar ela pediu pra esperarem um pouco e acenou para nós, para que ficássemos mais perto. Quando chegamos lá, ela me puxou, me fazendo ficar ao lado de sua mãe. Claro que eu tinha que ficar perto dessa criatura.
Assim que terminamos de cantar, ela teve que tirar várias fotos. Quando foi com a gente, elas não ficaram nem um pouco normais. O fotógrafo implorou por uma foto normal, só uma normal mesmo, e como ficamos com pena dele, atendemos seu pedido.
- Gente, o papo é o seguinte. – nos chamou. – Vou tirar mais algumas fotos, vai rolar mais um pouco da banda, mas ao mesmo tempo vai tá rolando a boate, tanto aqui em baixo como lá em cima. Assim que a mamãe me liberar aqui, vou andar com vocês. Não aguento mais essa loucura! – ela gritou o final e rimos.
- Okay, gata. A gente vai dar um role por aí – falou, ela só concordou e depois saiu.
- AI, MEU DEUS! – falei, assim que tinha saído.
- O que foi, cara? – perguntou, preocupado.
- Eu já ia esquecendo o presente da ! – Coloquei a mão na testa.
- Vai falar com os caras.= – falou. Eu sabia de quem eram esses “caras”. Eram o Alex, Jack, Rian e Zack.
- Tô indo lá. Eu encontro vocês lá em cima – falei e fui até o palco. – Hey, Alex! – gritei.
- Oi, . E aí, cara? – Demos um aperto de mão.
- É o seguinte. Lembra que eu disse que tinha escrito uma música?
- Sim. Por acaso você quer tocá-la?
- É! Ela é o presente da .
- Que massa! Quer tocar agora ou depois?
- Depois. Vocês tocam umas três ou quatro músicas e eu vou esperar no backstage. Tudo bem?
- Tudo bem. Vou falar algo pra você saber quando entrar.
- Ok. Valeu, cara. – Já estava saindo quando ele me chamou.
- Ei, ! Rapidola. Posso te perguntar algo?
- Pode mandar cara.
- Por acaso você não tem alguma amiga aí solteira?
- Hum, deixa eu pensar. – Pensei na Ana, só que lembrei o que ela tinha falado a poucos minutos atrás e também eu teria pena desse cara. – Tem uma, mas como fui com a sua cara, aconselho a não chegar perto dela.
- Hehehe! Valeu cara, mas nenhuma daquelas lá que estavam com vocês...
- Não. Todas têm namorado e uma tá ficando com um moleque lá. As únicas solteiras são a Ana, que é essa que te falei, e tem a , só que...
- Ela é a aniversariante e tals. Entendi. Valeu, cara. – Ele bateu no meu ombro e foi pegar sua guitarra.
Saí de lá e fui para a área VIP. Quando cheguei lá em cima, tinha algumas pessoas que eu não conhecia e os caras, sozinhos, sentados nos mesmos sofás de antes.
- Cadê as meninas? – perguntei, me sentando ao lado de .
- Estão numa área que dá pra ver o palco. – apontou para as cinco garotas.
- Gente, estou ficando louco ou tem cinco garotas ali? Você já agarrou uma, ? – perguntei e ele fez cara de assustado.
- Eu não! – ele gritou.
- Você não tá louco. É a Ana que está lá com elas. A mãe da a obrigou dar uma pulseira para ela, já que é prima da – respondeu.
- Por que vocês não gostam dessa menina? Ela é bonita, não parece ser assim – disse Chris.
- Chris, meu caro. – virou em sua direção – Nunca ouviu falar que a beleza engana?
- É verdade. – concordou. – Olha só essas loucas que estamos namorando. – Começamos a rir, depois exclamou um “ai!” Era .
- Eu ouvi isso. – Ela deu um pedala nele. – Só vim buscar a câmera. – Ela já estava saindo quando a chamei de novo.
- Ei, ! Por acaso eles já começaram a tocar?
- Sim. Já até estão terminando a primeira música. – Ela saiu.
- Bem, galera, tô indo buscar o violão. – Me levantei.
- Já, já estamos descendo – falou.
- Mas sim! Por que vocês não gostam dela? – Chris retomou sua pergunta, onde os meninos começaram a explicar.
A segunda música já tinha começado. Olhei para o palco e vi Alex acenar com a cabeça para mim. Corri até meu carro, peguei o violão e voltei. Estava a caminho do backstage, olhei para o lado e vi . Corri para que ela não me visse. Já no backstage, enquanto esperava, fiquei dedilhando a música no violão. Eles já estavam no meio da terceira música. Só tinha que esperar o Alex me dar um aviso.
- Bem, pessoas – Alex falou e fui espiar o palco -, gostaria agora de um pouco mais de atenção do que já estamos tendo. – Vi que as pessoas que antes não estavam lhe dando atenção pararam e ficaram lhe observando. Vi também meus amigos ali, bem em frente ao palco. – ! Cadê você?
- Aqui! – ouvi o grito dela.
- Você pode levantar a mão, por favor? Só para que possamos lhe encontrar.
- Aqui, ó! – Ela levantou a mão e começou a pular. Ela estava no meio do povo. – Tá vendo agora?
- Sim! Já lhe vi. Pode parar de pular agora. – Risos. – Vem pra cá pra frente. Sua presença é muito especial agora.
- A minha presença é SEMPRE especial – ela falou, já em frente ao palco, entre e .
- Mas é claro que sim. Bem, o , melhor amigo dela, pediu pra vir aqui no palco. Pode vir, – Alex falou e acenou pra mim.
Confesso que quando pisei no palco fiquei nervoso, mas assim que olhei para os meus amigos e para , que estava com uma cara de “o que você vai aprontar?”, me acalmei.
- Pode falar, cara, e boa sorte – Alex falou, só pra mim, e depois saiu do palco.
- Oi, gente. Desculpa aí por parar a banda um pouco. É que esse momento agora é muito especial para mim e espero que também seja especial para , o que acho difícil, já que ela não fica impressionada muito fácil – falei e eles riram.
- Olha lá o que vai falar, hein, ! – gritou pra mim.
- Nada que vá te matar – falei e ela me mandou um beijo. – Bem, eu não tinha a mínima ideia do que dá de presente pra essa menina, já que ela é muito difícil. Até que algumas palavras vieram e comecei a compor uma música. Uma música só pra você. – falei olhando nos seus olhos, que tinham algumas lágrimas. Comecei a dedilhar a música. [n/a: coloquem a música 2].
When you're down and troubled
And you need a helping hand
And nothing, Oh nothing is going right
Close your eyes and think of me
And soon I will be there
To brighten up even your darkest night
You just call out my name
And you know wherever I am
I'll come running (yeh) to see you again
Winter, spring, summer or fall
All you got to do is call
And I'll be there, yeah, yeah, yeah.
You've got a friend (ooh)
Ela não parava de me encarar. As meninas me olhavam também, com o mesmo olhar. O de Mel já parecia estar um pouco triste, já que eu nunca lhe escrevi uma música.
If the sky above you
Should turn dark and full of clouds
And that old north wind should begin to blow
Keep your head together
And call my name out loud, yeah
Soon I'll be knocking upon your door
You just call out my name
And you know wherever I am
I'll come running, oh yes I will
To see you again
Winter, spring, summer or fall
All you got to do is call
And I'll be there, yeah, yeah, yeah.
Hey, ain't it good to know that you've got a friend
people can be so cold
They'll hurt you, and desert you
well they'll take your soul if you let them
Oh yeah, but don't you let them
You just call out my name
And you know wherever I am
I'll come running to see you again
(Oh baby don't you know about)
Winter, spring, summer or fall
Hey Now! All you got to do is call
Lord, I'll be there yes I will.
You've got a friend
Oh, you've got a friend.
Ain't it good to know you've got a friend?
Ain't it good to know you've got a friend?
You've got a friend.
Assim que terminei, todos começaram a aplaudir. subiu a escada e foi correndo em minha direção, onde me deu um abraço muito apertado.
- Ei! Eu não to respirando! – falei.
- Não tô nem aí. Te amo, seu desgraçado. Odeio quando você me faz chorar. – Ela não me soltou, e senti minha camisa um pouco úmida no ombro.
- Não chora, mulher. Vai estragar toda a sua maquiagem. – Comecei a passar a mão pela sua cabeça.
- Não ligo! – Ela se afastou e vi seu rosto. Não tinha borrado nadinha. – Obrigada. Eu adorei. Foi o meu melhor presente.
- De nada – falei e nos abraçamos.
- Hey, meninos! – ela gritou para Zack, Jack, Rian e Alex, que estavam nos observando. – Toquem mais um pouco e depois vão curtir a festa! Eu tô indo dançar! Beijos pra vocês! – falou, me puxando pela mão e chamando o resto do povo.
- Pelo amor de Deus. Não me sequestra agora. Tô na sua festa de aniversário – falei.
- Credo, garoto, só estou te puxando pra pista de dança.
A pista não estava cheia, mas não estávamos nem aí. Éramos um grande grupo de amigos se divertindo. Dançávamos como loucos, mas percebi que Melissa estava meio quieta. Puxei-a para um pouco distante deles, para conversamos.
- O que foi? – perguntei.
- Nada. – Ela deu de ombros e desviou seus olhos.
- Qual é? Eu te conheço. Sei que tem algo te incomodando.
- Sério, . Esquece, deixa pra lá.
- É a música? – Ela hesitou, mas depois balançou a cabeça, confirmando. – Amor, não fica assim. Eu sei que nunca escrevi uma música pra você, mas foi do nada. Não parei e falei “vou escrever uma música pra ”.
- Eu sei, . É só um ciúme bobo. Sei que vocês são amigos desde que vocês se entendem por gente.
- Ok, amor, só não fica assim, tá? – ela confirmou. – Agora vamos voltar pra lá.
Quando voltamos, a pista já estava mais cheia. Só os achei por causa do vestido de , que era tão grande que não tinha como não vê-lo. Assim que ela me viu, ela moveu os lábios falando “o que aconteceu?”, respondi “ciúmes” e ela só balançou a cabeça e se aproximou de Melissa, passando um braço pelos seus ombros.
- Vamos lá, Melissa! Solta essa mulher louca que eu sei que existe dentro de você! – gritou em seu ouvido, e ela só ria. – Sei que o não deixa você dar uma de louca, porque a dele já basta, não é verdade?
- É sim!
- Garota, deixa eu te falar uma coisa. – Mel a olhou. – Se você não estivesse namorando esse garoto, eu juraria que ele era gay! Olha só pra cara dele! – Mel me olhou e começou a rir.
- Ah, mona! Não ri de mim não porque senão eu fico magoadinha! – falei, com uma voz afetada e uma pose. Elas não paravam de rir.
- Tô te falando – falou para Mel. Uma música começou a tocar, assim como eu e ela, , , , , e reconheceram a música.
- NÃO ACREDITO! – As meninas gritaram. Com as primeiras batidas, elas começaram a dançar a coreografia.
Era a música Shut Up and Let Me Go do The Ting Tings. Um dia, quando estávamos na casa de , sem fazer nada, essa música começou a tocar e começamos a dançar, até que inventamos uma coreografia.
- Vamos lá, meninos! – gritava.
- Não vai ter graça sem vocês. – .
- Vão começando aí. Já vamos. – .
O pessoal da boate parou de dançar e ficou observando aquelas doidas. Era por isso que não queríamos dançar. Até que ficou falando com os lábios "por favor!", e olhei para os caras.
- Tá. Nós vamos ter que dançar – falei.
- Como é que é? – .
- Bateu a cabeça, por acaso? – .
- Olha, gente, é o aniversário da . Ela está nos pedindo pra dançar. E nunca tivemos vergonha antes – falei.
- Tá. Só quero me lembrar quem era o par de quem. – .
- Você com a , com a , com e eu com a , mas acho que vamos ter que trocar – falei.
- Por quê? – perguntou.
- Porque a Melissa, ainda agorinha, tinha dado um pequeno ataque de ciúmes por causa da música.
- Ah, entendi. Você era na frente ou atrás?
- Na frente.
- Então troque com o...
- Comigo! – falou. – Eu também era da frente.
- Não acredito que vamos fazer isso - falei.
- Bem, vamos ter que fazer, já que é aniversário dessa criatura aí - falou apontando para .
Entramos na pista e começamos a dançar aquela coreografia. Sério, eu não acredito que estava fazendo aquilo, só estava lá porque é o aniversário da minha melhor amiga. Olhei para Mel e ela só ria. Que desgraçada. me olhou estranho quando viu que eu não fui dançar com ela e eu apenas mexi meus lábios falando "Melissa" e ela entendeu.
A dança acabou e todo mundo começou a bater palmas. Nunca fiquei tão vermelho quanto fiquei agora.
- . - Ela me olhou. - A senhorita está morta. - Ela gargalhou.
- Ah, ! É o meu aniversário! Não faça nada que me desaponte hoje - ela falou, fazendo uma cara de cachorro sem dono.
- Pode deixar. - Beijei sua testa.
- Gente! - Melissa chegou, rindo. - O que foi aquilo?
- Amor, dá pra parar de rir? - falei para ela.
- Foi legal. - Chris comentou e piscou para , que ficou vermelha e fez rolar os olhos.
- Uma bela performance. - Alex chegou, e logo atrás dele vinham seus parceiros.
- Ai, meu Deus! Vocês viram aquilo? - .
- Claro - Zack respondeu.
- Valeu, . - .
- Você nos fez passar vergonha. - .
- E pior, na frente deles! - apontou para o Jack, Rian, Zack e Alex.
- Ah! Vão todos se ferrar. - falou em português.
- O que foi que você falou? - todos perguntamos.
- Nada, só que estou com vontade de dançar. Vamos! - Ela os puxou para pista de dança e fomos atrás.
Já devia ser umas duas horas da manhã e estávamos na pista de dança. Não ficamos esse tempo todo aqui. Fomos à pista VIP, bebemos um pouco, tirou algumas fotos - agora com o outro vestido, o preto - e voltamos para cá.
e e e estavam fazendo o que qualquer casal de namorados estaria fazendo, se comendo em algum lugar por aí. Eu também estava fazendo, mas não em um lugar escondido, só estava afastado um pouco. e Chris trocavam uns beijos de vez em quando e ficava com um pouco de raiva (lê-se: ciúme). Ele puxava para dançar um pouco, já que tinham mais quatro caras lá com ela. Opa! Agora só tem três. O Rian sumiu. Deve tá se agarrando com alguém. Mas sim! não aguentava mais ficar sozinho e puxou uma menina, que não reclamou nem um pouco. , quando viu aquela cena, puxou Chris pela mão e sumiu. Não temos a mínima ideia de onde ela está. Tomara que não seja um dos quartos que a mãe da deu para nós.
- - Mel murmurou entre o beijo -, tem algo vibrando aí em baixo.
- Sério?! - Ri. - Mas eu não tô sentindo nada.
- Mas eu tô. - Ela encerrou o beijo com um selinho e pegou seu celular que estava no meu bolso.
- Então era isso? Já estava começando a ficar assustado achando que não conseguia mais sentir.
- Engraçadinho. - Ela bateu em meu braço. - Vou atender ali no banheiro. É a mamãe. - Ela saiu de lá e entrou no banheiro.
Fiquei ali, encostado na parede, olhando a festa. dançava com Alex. e já tinham voltado para a pista. estava no bar com . Nenhum sinal de e Chris. E , bem, ainda está se agarrando com aquela garota.
- Sai, Chris! Me solta! - Ouvi a voz de .
- Qual é, ? Não vai doer nada. Ao contrário. É muito bom. - Dessa vez ouvi Chris. Olhei em volta e os achei num corredor escuro e bem escondido. tentava sair de lá enquanto Chris a puxava pra dentro. Andei em direção a .
- , vem. tá com problemas - falei em seu ouvido, para que não ouvisse. Ele assentiu.
- Amor, vou ali ao banheiro com o , ok? - falou para ela. - Fica lá com a , segurando vela.
- Idiota. - Ela o bateu. - Não demora. - Deu um selinho e foi indo em direção a . Eu e fomos andando em direção a .
- E aí, pessoal? – falou ao chegar.
- Só bebendo um pouquinho. – .
- E qual é o papo? – tomou um gole de sua cerveja.
- Nada. Só viemos avisar que a está chamando a – falei.
- Sério?! – perguntou e eu e balançamos a cabeça, afirmando. – , vou lá com a e já volto, ok? Não precisa chorar, pois eu ainda vou estar no mesmo recinto que você.
- Vai logo, vai, mulher. – a empurrou, mas ela conseguiu roubar um beijo e sair de lá, – Tá, o que tá acontecendo? Sei que vocês não viriam aqui só pra falar isso.
- A . – .
- Ela tá com um problema. – Eu.
- Vamos procurar . – se levantou do banco do bar e foi à frente. O seguimos, procurando por .
Quando o achamos, ele estava perto da mesa do DJ, se agarrando com uma garota.
- Ei, cara. – tocou no ombro de , onde esse parou de beijar a garota na hora. - Não querendo ser empata foda, mas já sendo...
- Fala logo, cara! Você me interrompeu aqui! – o apressou, meio irritado.
- está com um... – Antes que terminasse, saiu de lá, procurando-a.
- Ei, dude – o cutuquei. – Ela tá pra cá. Venham.
Os guiei até aquele corredor em que havia visto os dois. Lá estava vazio, tendo apenas a porta da escada de incêndio. Não sabia se tinha algum corredor no final. Olhamo-nos, preocupados.
- Sério, Chris! Eu não quero isso agora! – Ouvimos a voz de . – Esse é o nosso quarto encontro!
- Você nunca ouviu falar que isso costuma rolar no terceiro encontro? Eu acho que estamos um pouquinho atrasados. – Chris estava com a voz um pouco alterada.
saiu andando a passos largos, em direção aos dois. Fomos atrás dele, mas uma voz bem conhecida nos impediu.
- Ei, meninos, o que tá peg... – Não deixei que terminasse, colocando a minha mão em sua boca. Fiz um sinal de silêncio com a outra e tirei minha mão de sua boca. – O que tá acontecendo? – ela falou baixo. – A aparece do nada, a diz que eu a chamei, a Mel disse que você sumiu. O que tá acontecendo? – Levantei o olhar e vi as três atrás dela.
- A tá ali com o Chris, e ele está tentando forçá-la a fazer uma coisa que ela não quer – falei. – Agora preciso que vocês fiquem quietinhas.
Elas ficaram quietas e depois vieram atrás de nós. Vimos Chris agarrando , que estava na parede e tentava fugir dos seus braços.
- Chris! – gritou, chamando sua atenção. – Solta ela AGORA e você não terá problemas.
- O papo aqui é entre eu e ela. Agora saiam! Vocês estão nos atrapalhando. – Chris não soltou os pulsos de .
- Você não vai querer que eu chame o Terry aqui, não é? – falou. – Vamos logo, Chris! Solta a minha amiga e não vamos criar problemas.
- Já disse que isso é entre nós dois! – Chris gritou. conseguiu se soltar de suas mãos e correu até . – Solte ela!
- Não! – ficou em frente à . – Isso aqui é por você não saber tratar bem uma dama! – lhe deu um soco. – E esse aqui por essa dama ser a garota que eu gosto! – Outro soco. Terry apareceu, não dando a chance de Chris revidar. Ele o tirou de lá.
- Ai, amiga, tá tudo bem? – .
- Mil desculpas! Eu não sabia que ele era assim. – .
- Ele não fez nada, não é?! – .
- Fica calma, tá? – Mel. Elas estavam falando todas juntas.
- Tô bem, gente. Ele não fez nada! E não foi sua culpa por ele ficar assim. – falava, limpando algumas lágrimas, depois veio em minha direção. – Obrigada, . Sei que você me viu aqui, pois eu tinha te visto. – Ela deu um beijo na minha bochecha. – e , muito obrigada. Vocês são pessoas com quem sempre podemos contar. – Ele deu um beijo na bochecha de cada um. – E você...
- Não precisa agradecer. Foi um prazer – falou e ela o abraçou. Afastaram-se um pouco e ficaram se encarando.
- Ah! Qual é?! – .
- Se beijem logo! – .
- Parem de ficar fazendo doce! – .
Os dois nos olharam e voltaram a se encarar, dando uma risada tímida. Depois começaram a se beijar e nós aplaudimos. Estávamos saindo de lá, quando Melissa me puxou pela mão.
- , o meu pai tá passando mal, por isso a mamãe me ligou.
- Você já vai embora?
- Sim. Ela tá indo pro hospital com ele. Ela me mandou me pegar um táxi.
- Vem. Vou com você até lá fora.
Primeiro ela foi se despedir de e depois fomos lá para fora. Esperamos um pouco até que o táxi chegou.
- Tchau. – Lhe dei um beijo. – Melhoras para o seu pai. – O táxi foi embora.
Voltei para a festa e lembrei que agora era o único que estava sozinho. e , e e o nosso novo casal, e . Espera! A também está sem ninguém aqui, e como a minha namorada foi embora, vou poder agir como louco. Haha. Quer dizer, eu e a vamos nos divertir sem nenhuma outra intenção. Acho.
- Ei, , . – Vi os dois num sofá. – Vocês viram a ?
- Eu não sei pra onde ela foi. – .
- Ela tá na pista de dança. – .
- Ah... Obrigado. – Agradeci e saí de lá, já que eles voltaram para as carícias.
Fui para a pista de dança. Aquilo lá estava cheio, mas consegui ver algumas pessoas conhecidas, inclusive a Ana Luiza, que eu não via desde a parte em que toquei a música para .
Consegui achar , mas fiquei meio em choque ao encontrá-la. Ela e Alex estavam se beijando, mas não era um beijo qualquer. Era um beijo que estava, bem... muito sensual. Eles estavam se comendo.
Fiquei parado ali, encarando aquela cena. Sim, fiquei com ciúmes. Mas é claro que ela tinha direito de estar ficando com um cara na minha frente, já que eu tinha uma namorada e ela nos via juntos praticamente todos os dias.
Fui para o bar, sozinho. Pedi um uísque duplo sem gelo; não queria pegar leve. Vi duas pernas se sentando no banco ao meu lado. Levantei os olhos e lá estava Ana Luiza.
- Olá, . – Ela bebericou um pouco da bebida que tinha nas mãos.
- Oi, Ana – falei, não dando muita atenção. – Você sumiu, hein.
- Eu estava meio ocupada, se é que você me entende. – Ela piscou e colocou o copo no balcão. – Outro, por favor.
- Hum, entendi.
- Cadê a Melissa? Pensei em ir dançar um pouco com ela agora.
- A Mel? – Olhei para a Ana e não pude deixar de encarar o seu corpo. – Ela foi embora. O pai dela começou a passar mal.
- Poxa, eu tava a fim de dançar agora. – Ela apoiou o cotovelo esquerdo no balcão, mostrando parte de sua costa nua, devido ao vestido. Que corpo maravilhoso. – Já sei! Vamos dançar! – Ela me puxou pelas mãos para a pista de dança.
O uísque, mesmo sendo apenas uma dose dupla, começou a agir. Tinha um garçom passando por ali com uns copinhos que tinha tequila. Peguei uma pra mim e pra Ana, e virei o copo de uma vez só. Tudo começou a ficar um pouco embaçado, mas eu ainda estava em mim, pelo menos eu acho.
Eu estava dançando bem coladinho com a Ana, que estava cada vez mais me tentando. Coloquei uma das minhas mãos em sua cintura e deixei a outra solta. Nos movíamos ao som de SexyBack de Justin Timberlake. Eu não devia estar mesmo em mim.
- Vou ali ao bar pegar uma bebida para nós dois e já volto – ela falou bem no meu ouvido, o que me fez tremer.
Continuei dançando sozinho na pista. Eu estava elétrico. Não vi os meus amigos depois disso, eles deveriam estar se agarrando por aí ou dançando com a . Vi Ana – ou não – voltando com duas bebidas na sua mão. Pra falar a verdade, eu não sabia quem estava ali parada com as bebidas. Via a Ana e a . Assim que ela me entregou a bebida e a tomei de uma vez só, reconheci a pessoa. Era a .
Fiquei feliz por ela estar ali comigo e não mais com Alex. Um garçom passou por ali e coloquei meu copo em sua bandeja. Botei uma das minhas mãos na nuca e na cintura dela e juntei mais nossos corpos. Ela parecia estar curtindo isso. Acabei com todo o espaço que tinham entre nós dois e comecei a mordiscar seu pescoço. Ela dava algumas risadas, o que me fazia aprontar mais com ela. Tentei beijá-la, mas ela não deixou.
- Aqui não – ela murmurou. – Vamos subir e ter um pouco mais de privacidade.
Ela pegou minha mão e foi me puxando pelas pessoas. Olhei para o lado e vi os meus amigos ali longe, mas nenhum tinha me visto. Olhei para o outro lado e JURO que vi a e o Alex, ainda se beijando. Mas não era possível, pois ela estava bem ali, na minha frente, me puxando para um quarto.
- Você está com a chave do quarto? – ela me perguntou, na porta do elevador.
- Tá bem aqui. – Tirei o cartão, que era a chave, do bolso.
Assim que a porta do elevador abriu, ela me empurrou para dentro e me prendeu na parede. Começou a beijar meu pescoço. Coloquei minhas mãos em sua cintura e consegui trocar nossas posições, e dessa vez, não fui para o seu pescoço, e sim para a sua boca. Ela pareceu um pouco surpresa com isso, mas logo se recuperou.
Chegamos ao quinto andar, onde ficava a suíte. Fomo praticamente correndo para o quarto. Quando abrir a porta, pressionei-a contra a parede, não dando a oportunidade para que ela escapasse. Ainda nos beijando, fomos para a cama, onde eu já estava quase sem camisa.
Ela deitou sobre mim e já tinha tirado a minha camisa e o meu sapato, agora ela estava concentrada tirando minhas calças. Sentei-me na cama e passei a mão pelas suas costas. Tirar seu vestido foi fácil, já que ele era costa nua. Eu estava só de boxer e ela de calcinha. O corpo dela era sensacional. Ela pegou minha carteira e tirou a camisinha de lá e colocando no criado mudo.
Eu já estava animado, dava para ver isso. Ela tirou minha cueca e tirei sua calcinha. Ela pegou o preservativo e rasgou o pacote com a boca, o que foi bem sexy. Ela o colocou em mim e a deitei na cama. Não quis ser muito rápido, pois era a primeira vez que nós dois estávamos juntos desse jeito – e não que eu nunca tivesse transado com outra garota.
Fui devagar no início, querendo aproveitar cada momento. Ela gemia bem baixinho e murmurava “mais rápido”. Ela parecia ser bem experiente naquilo. Também, com esse corpo e um namorado, quem iria negar? Eu já tinha aumentado a velocidade e nós gemíamos, e alto. Comecei a beijá-la e morder seu lábio inferior, até que nós dois chegamos juntos ao ponto máximo de prazer. Diminui um pouco a velocidade e saí de cima dela, deitando ao seu lado. Ela se aninhou em mim, apoiando sua cabeça no meu ombro. Ela dormiu. Foi um dos melhores momentos da minha vida.
# ’s POV on #
Eu estava sentada no sofá com Alex, onde estávamos nos beijando. Cara, como ele beija bem. O lado ruim é que ele está com um pouco de hálito de bebida, o que meus pais não vão gostar muito. E droga! Preciso ir lá com eles pra vê se tem algum parente que vai embora.
- Alex – falei contra seus lábios.
- O que foi?
- Preciso ir lá em cima rapidola. Só escovar os dentes para que meus pais não sintam o hálito da bebida e me despedir de alguns parentes. Depois vou estar aqui com você e vamos retornar de onde paramos.
- Ok. – Ele me deu um selinho. – Vai lá. Vou esperar aqui ou vou estar com algum dos caras.
Me levantei e fui em direção ao elevador, mas não antes de falar com os meus amigos.
- Oi, gente!
- Fala, . – Eles falaram juntos. Eles estavam perto da mesa do bolo, num sofá.
- Ué? Cadê o ? – perguntei.
- A última vez que eu o vi ele estava no bar. – .
- Deve estar no bar. – deu de ombros.
- Ok. Vou ter que ir lá no quarto escovar os dentes, pois meu hálito estar uma delícia. – Eles riram. – Será que um de vocês poderiam me emprestar a chave do quarto? A minha estar com o meu pai e não quero que ele sinta o meu hálito.
- Tá aqui. – me deu seu cartão. – Vai lá.
- Valeu. Já volto.
Fui andando até o elevador, que por sorte, já estava lá. Apertei no botão número cinco e esperei chegar ao andar. Quando chegou, fui andando bem devagar, procurando o quarto, que por sinal era no final do corredor. Peguei a chave.
# ’s POV off #
Eu estava ali deitado, ainda acordado, com ela deitada adormecida no meu ombro. Estava pensando nos últimos acontecimentos.
Eu quebrei a sua promessa.
E o pior, quebrei a promessa dela COM ela. Acho que ela vai me perdoar. Isso vai ficar entre nós dois.
To ficando doido ou eu ouvir a porta abrir?
Virei minha cabeça e fiquei chocado. estava parada bem ali, me encarando. Mas se ela estava parada ali na porta, me olhando, quem estava aqui deitada ao meu lado? Virei novamente o rosto e consegui identificar a pessoa, e tomei um grande susto. Era a Ana Luiza.
Assim que voltei a encarar , o meu porre passou na hora, esperando o que ela ia fazer.
Capítulo 12
PUTA MERDA! O QUE FOI QUE EU FIZ?
Eu já tinha me afastado da Ana, ficando em pé com um lençol na minha cintura. continuava parada na porta me encarando de boca aberta.
- Calma! Eu posso explicar isso tudo. – Tentei me aproximar dela, mas ela deu um passo para trás.
- Explicar o que, ? Pelo o que estou vendo, não preciso de uma justificativa para o que aconteceu aqui. – Ela chutou uma peça de roupa, que era a minha calça.
- Pera lá, . – Andei rápido até ela e a segurei pelos ombros. – Eu não estava em mim. Eu tava de porre e não percebi o que estav... – Senti o lençol, que estava na minha cintura, afrouxar e cair no chão.
- ... – Ela olhou para baixo no mesmo tempo que olhei. – Você tá nu. – Rapidamente baixei minhas mãos e me cobri.
- É, percebi. – Me abaixei e peguei o lençol. – ... – Ela voltou a me encarar, já com lágrimas acumuladas. - Sério! Não é nada do que você pensa!
- Eu não tô com cabeça pra conversar sobre isso agora e também não quero falar contigo tão cedo.
Ela se afastou de mim e fechou a porta. O pior era que eu não podia correr atrás dela, pois estava apenas com um lençol. Rapidamente fui recolhendo minhas roupas. Fui ao banheiro. Precisava tirar o cheiro da Ana de meu corpo. Como eu pude fazer isso? Como pude quebrar a promessa da pessoa mais importante da minha vida? Será que ela vai continuar confiando em mim? Eu precisava falar com a .
Já vestido, abri a porta do quarto, mas não pude sair antes de ouvir um murmúrio.
- Ué? Tomou banho e nem me chamou? – Ela se sentou na cama. – A gente podia ter ido pro segundo round. – Ela estava com um sorriso sacana no rosto.
- Sua... – Fechei a porta. – Sua vaca! Você se aproveitou de mim. Você traiu uma amiga! Me fez trair minha namorada! Que também é sua amiga! E me fez trair a confiança da minha melhor amiga! – Gritei com ela, apontando um dedo em sua direção.
- Como se isso me importasse... – Ela deu de ombros.
- Como assim "como se isso me importasse"? Você não acabou de perceber quantos problemas atraiu? Não só pra você como pra mim também?
- Eu não vou ter problemas.
- COMO NÃO?!
- Porque, ao contrário de você, eu tenho um grande poder de persuasão.
- Como se alguém fosse acreditar em você. Meus amigos nunca acreditariam em você!
- Como se os seus amigos também me importassem. Tenho outras mentes que posso controlar e fazer com que eu seja a inocente da historia e você o "bandido". – Ela se levantou, sem ao menos pegar o lençol para se cobrir. Automaticamente, virei a cabeça. – Qual é o problema, ? Algum tempo atrás você admirava meu corpo e passava a mão por todo ele.
- Simplesmente porque você me embebedou e eu não estava em mim. – A empurrei de leve para longe de mim e rápido saí do quarto.
Fui para o elevador e o aguardei sua chegada. O que diabos eu tinha feito? Como pude deixar isso acontecer? Eu sou tão idiota! Assim que aquela porta abriu, fui correndo para o local da festa. Achei apenas os meus amigos. Todos os três estavam me olhando sério.
- Gente, pela cara de vocês, já sabem o que aconteceu – falei.
- Pois é... – falou.
- Simplesmente não deu pra ignorar quando ela passou por aqui chorando e falando "o idiota do tava com a Ana". – Essa vez foi o .
- Cara, o que aconteceu? – me perguntou com uma cara preocupada.
- Ela simplesmente me embebedou com algo forte e me fez pensar que ela era a . E bem que parecia, pois pelo que eu me lembro uma hora a Ana saiu e foi em direção ao lugar que a estava e a perdi de vista, logo depois JURO que vi a vindo na minha direção, daquele mesmo lugar de antes, por isso mesmo achei que era ela.
- Não sei o porquê, mas acredito em você – falou.
- Eu realmente acredito em você. – . – Aquela garota é doida.
- Bem, eu também acredito. – me olhou e dei um sorriso. Meus amigos acreditavam em mim. – Mas acho que você ainda não deve ir conversar com ela. Ela realmente ficou afetada.
- Dá um tempo. – .
- Eu vou fazer isso mesmo. Sei que ela precisa. – Eles balançaram a cabeça, confirmando. – Agora vou pra casa, ela não vai querer me olhar aqui.
Fui em direção aos pais da e me despedi deles. Despedi-me de mais algumas pessoas e depois fui para a porta. Peguei meu carro e fui para minha casa, onde não consegui tirar os últimos acontecimentos da minha cabeça.
O fim de semana passou como se tivesse se passado um ano. Lento. Não quis sair de casa, por isso que os caras vieram aqui. Pegamos os violões e ficamos cantando músicas sem sentido. Por aquele instante, eles me fizeram esquecer o que tinha acontecido.
Hoje cheguei na escola sem a e também sem a Melissa, já que seu pai estava mesmo passando mal, até tiveram que colocá-lo no coma induzido, então ela ficou com ele. Depois de tanto tempo com alguém me fazendo companhia no carro para ir à escola, era estranho chegar sozinho.
Estavam ali , e parados em frente ao bloco que ficam as nossas salas. O resto deveria estar com a , já que ela chega cedo.
- Oi, gente. – Cheguei, cumprimentando cada um deles.
- Olá, . – me olhou, séria.
- Ei, , não foi minha culpa... – Eu fiquei assustado com esse comportamento dela.
- Eu sei. – Ela riu. – Só queria fazer isso. Os meninos me explicaram e sendo aquela criatura insana, a prima da , acredito em qualquer coisa má que ela faça. – Ela fez uma cara de nojo.
- E por falar no demônio... – apontou com a cabeça e todos olharam.
Lá estava aquela criatura andando por ali com algumas amigas da Mel. Ela nós viu e mandou um tchau bem falso e depois deu uma risada – que parecia maléfica.
- Cara, ela é muito... Muito... – não conseguia completar a frase.
- Não existe uma palavra só para defini-la, meu caro , por isso nem tente completar essa frase. – o calou com um selinho.
O sinal tocou. Fomos subindo as escadas.
- Caras, hoje vai ser um clima muito tenso lá na sala – falei.
- Por quê? – Os três perguntaram juntos.
- Porque na sala vão estar eu, a e a Ana Luiza. – Assim que disse isso, eles balançaram a cabeça confirmando.
Me separei deles e fui para minha sala. já estava lá. Ela me olhou rápido e virou a cabeça. Estava sentada lá na frente, próxima à mesa do professor. Ana também já estava lá e essa parecia querer me atormentar.
- Olá, . Guardei um lugar para você, no de sempre, só que dessa vez eu estou ao seu lado, já que a Mel não veio hoje, e por que ela não veio?
Eu nem me dei ao trabalho de responder. Simplesmente fui para um lugar onde não tinha como ela se aproximar de mim, e ao mesmo tempo, não era tão perto da .
Eu geralmente não presto atenção nas aulas, mas nesse dia eu fui além disso. Não percebi quando teve a troca de professores, que passaram algumas atividades e outras coisas. A única coisa que fiz foi ficar escrevendo no meu caderno "desculpe", "eu nunca iria te magoar desse jeito" e também "ela me enganou, foi tudo um plano dela". Foi só isso. Também fiquei pensando num jeito de pedir desculpas pra ela, mas não consegui.
O sinal do intervalo tocou e fui o último a sair. Para a minha surpresa, todos estavam ali me esperando, até ela. Um sorriso involuntário surgiu no meu rosto, mas não recebi nenhuma retribuição. Ela foi à frente com as meninas, onde e me deram um beijo na bochecha, e fui atrás com os caras.
- Ela falou de mim? – Perguntei.
- Sim. E quando ela falava, geralmente havia as palavras "canalha", "idiota", "nojento", "infiel" e algumas outras no meio. – .
- Ela tá realmente muito chateada com você. – me olhou. – Pelo que ela conversou comigo, eu conclui que ela não vai querer te perdoar, mas foi o que eu pensei.
Como assim?! Ela não ia querer me perdoar? Eu aceitei ela ir pra aquele intercâmbio idiota, me abandonar durante dois meses e SEM ME DAR UMA MALDITA NOTÍCIA DE COMO ELA ESTAVA! E agora ela volta, eu sou todo amores com ela. Sei que o que eu fiz foi horrível, pelo menos eu não a abandonei. Tentei conversar com ela de alguma forma ou de outra. Mandava e-mails, mensagens, ligava, mas perguntem se recebi alguma resposta. Não, nenhuma. Agora eu fiquei bravo.
Andei rápido e cheguei perto dela. Agarrei seu braço e a puxei para um lugar escondido. Ela tentou fugir na hora em que me viu, mas eu estava realmente a segurando com força, acho que até a machuquei.
- ! Me larga! – Ela esperneava. – Você está me machucando! – Assim que ela falou isso, soltei-a. Ficamos nos encarando. – O que é? Quer me mostrar outra "surpresa" aqui? Quer fazer outra promessa para depois quebrá-la?
- , para com isso.
- Com o que, , eu não estou fazendo nada. Você quer que eu fale mais rápido ou devagar? – Ela me olhou com desdém. Sabia o que ela queria dizer com aquilo.
- PARA! Por acaso você é uma criança pra ficar "tirando sarro" desse jeito? Me poupe garota.
- Eu sou a criança?! Eu? Ah, , vê se me erra. Você me chamou aqui pra isso? Só pra dizer que eu sou uma criança? Ótimo. Agora que acabou, vou voltar pro "recreio" e aproveitá-lo com os MEUS amiguinhos. – Ela ia saindo, mas segurei seu braço de novo.
- Não mesmo. Não acabei aqui. – Ela ficou me olhando, esperando continuar. – ... , você entendeu errado o que aconteceu. Eu não fiz aquilo porque eu quis.
- Não, ? Sério? Porque eu juro que vi você nu numa cama com aquela coisa que não quero falar o nome.
- Mas aí que está, eu não pensava que era ela. Jurava que era você.
- Então você transou com ela pensando em mim? Que nojo!
- Não, não é isso! Não foi isso mesmo! – Eu segurava seus ombros. Também me segurava pra não chorar.
- Então o que foi, ? – Ela já tinha deixado umas lágrimas caírem.
- Eu estava no bar bebendo, pois estava sem a minha namorada e tinha acabado de ver você e aquele Alex juntos e não foi muito agradável. Eu já estava meio alto, vendo um pouco borrado, até que ela apareceu me puxando para dançar e eu não estava em mim. Tinha um garçom passando e peguei a bebida que ele estava levando e era algo forte, foi quando eu não via mais direito. Ela saiu andando em direção ao local em que você estava e a perdi de vista, e quando olhei de novo, era você que estava vindo e eu tinha ficado muito feliz por você ter deixado o Alex para ficar comigo. – Ela chorava e eu deixei cair algumas lágrimas. – Você dançou comigo, eu tentei te beijar, mas você disse para irmos para um lugar mais privado e fomos para o quarto, e bem... O resto você deve imaginar e a outra parte você sabe o que aconteceu. – Ela estava de cabeça baixa – Por favor, , fala alguma coisa! Não consigo ficar assim com você.
- Mesmo tendo feito uma promessa com você, você achava que eu a quebraria? – Ela falou baixo, ainda sem levantar a cabeça. – E você pensava que eu ia transar com você bêbado?! – Agora ela me olhava. – Se eu tivesse que fazer isso, faria direito e não magoando os outros.
- Você fala isso, mas e quando você foi para aquele intercâmbio e me deixou aqui? Eu não recebi nenhuma notícia sua! O que eu sabia era porque eu perguntava para os seus pais! Eu mandava cartas, e-mails, mensagens, te ligava E NADA! NENHUMA RESPOSTA! NEM UM MÍSERO "OI"! COMO VOCÊ ACHA QUE EU ME SENTI?
- Eu não fiz aquilo porque quis! – As lágrimas não paravam de cair.
- SÉRIO?! ENTÃO VOCÊ PODERIA TER FEITO ALGO, PORQUE O BABACA AQUI, QUE TE AMAVA E AINDA TE AMA, FICOU TE ESPERANDO E QUANDO PERCEBI QUE NÃO RECEBERIA NENHUMA RESPOSTA, NÃO DESISTI DE VOCÊ, MAS TAMBÉM PAREI DE MAGOAR OS OUTROS.
- E AGORA VOCÊ ME MAGOOU, NÃO É? E QUE TIPO DE AMOR É ESSE? SE FOR ISSO, EU NÃO QUERO!
- Você não faz ideia de como eu te amo. De como é triste te ver assim. De como é horrível pensar que não era você ali comigo. – Dessa vez eu falava baixo, fazendo carinho no seu rosto.
- Um dia você vai saber o motivo pelas coisas que eu fiz, mas acho que eu ainda não estou preparada pra sofrer desse jeito por amor. Tô indo, .
Ela saiu correndo dali e nem tive a chance de segurá-la. Eu nem conseguia me mexer, o máximo que fiz foi me virar e vê-la correr para longe.
E lá estava ela, o amor da minha vida indo embora.
Capítulo 13
Os dias se passavam lentamente.
continuava sem me dar atenção – mesmo que de vez em quando eu percebia seu olhar. Ana ainda ficava dando algumas, han... como podemos dizer? Facadas. Melissa já tinha voltado para a escola – seu pai estava bem de novo, mas ainda estava sob cuidados médicos. Ela estranhou o meu afastamento com a e quando ela perguntou, eu disse que foi apenas um mal entendido e que ela não estava a fim de discutir, e o papo parou por aí mesmo.
Mas sabe o que é pior? Ver a minha namorada – a qual ainda amo, mas não parece ser o suficiente para enganar o mesmo sentimento que sinto por outra pessoa – andando com aquela garota. Ela sabia tão bem interpretar o papel de garota boazinha, a Ana.
Nos intervalos pareciam que eles faziam um rodízio conosco. Alguns dias os caras ficavam comigo, outros ficavam alguns deles e algumas delas, e nos outros, eu ficava com a Mel. Pior foi um dia, em que eu tiver que ficar com a Mel e alguns dos outros amigos, e um deles eram a Ana Luiza. Sério, parecia que às vezes eu me sentia, sei lá, imundo! – Isso foi meio gay. – Quando a Mel não estava prestando atenção em nós dois, ela dava aqueles olhares, e eles me assustaram.
Finalmente sexta-feira. Estava sentado de baixo de uma árvore, na sua sombra, com Mel ao meu lado. Apenas nós dois. Não estávamos nos beijando nem nada, não estávamos no momento namoro, e sim, estávamos conversando.
- Sabe, ... – ok. Quando ela me chama assim, é porque é algo sério – Você está sem falar com a desde quando? Desde segunda?
- Não. Sábado. – eu estava sério, olhando para frente.
- Ok, desde sábado. Isso já vai fazer uma semana! – ela parecia incrédula – Sei que vocês são amigos de infância, e mesmo eu sentindo ciúmes dela – olhei para ela –, o que é normal num namoro, sinto que você tem que conversar com ela, explicar pra ela tudo, seja lá o que for!
- Cara, é a Melissa aí mesmo? – sacudi seus ombros.
- , é sério. – agora ela estava rindo – Vai falar com ela.
- Bom... Vai ter que esperar mais um pouco, pois ela faltou hoje.
- Tá. Não precisa ser aqui na escola. Você sabe onde ela mora – olhava para Melissa -, então mais tarde você pode fazer uma pequena visita para ela.
- Puxa, Mel, estou impressionado com você.
- Eu só quero o seu bem. – ela deu um sorriso meigo – Eu te amo.
- Eu também te amo. – dei um selinho nela.
A abracei pelo ombro e ela se ajeitou lá e ficamos assim até o final do intervalo. Voltamos de mãos dadas para a sala, e durante o seu caminho eu ficava pensando se eu não estava usando a Mel para poder esquecer a , porque se eu estivesse fazendo isso, eu estaria sacaneando-a. Ela é uma garoto muito legal, um doce, era realmente difícil ficar com raiva dela, e a é assim mesmo. Tá vendo? Mais uma confusão se formando na minha cabeça. É tão difícil ser eu!
As mesmas aulas chatas de sempre se passaram, até que finalmente bateu o sinal da última aula, e com isso, o grito de alívio dos alunos pelo último fim de semana livre do semestre, pois no próximo vão todos estar estudando para as provas.
Me despedi do pessoal e fui levar Melissa para casa. Ela pediu para que eu almoçasse com ela, então liguei para minha mãe e disse que não ia almoçar em casa. Foi tudo agradável e tals, fiquei um pouco com ela, depois fui pra casa. Tinha que me preparar para a missão que a Mel me colocou.
- ! Você chegou! – Jamie me abraçou pelas pernas.
- E aí criança? O que foi? – me abaixei e a abracei, depois a carreguei.
- Nada. Só queria te ver! – ela tinha sorriso enorme no rosto.
- Olá, filho. – mamãe se aproximou e deu um beijo em minha testa – Como foi seu dia?
- Normal.
- Sabia que é tão lindo olhar pra vocês dois assim? – minha mãe, que estava secando um prato, olhava admirada pra mim e para Jamie.
- Claro, mamãe! Comigo aqui, é certeza que tudo fica lindo. – assim que terminei de falar isso, Jamie me deu um soquinho.
- Seu pateta. – e logo depois, me abraçou. Amo minha irmãzinha.
- Ok. Agora preciso tomar um banho e dar uma descansada.
- Ei! – quando tinha botado o pé na escada, minha mãe me chama – A Melissa ligou e disse pra você não se esquecer de fazer uma coisa hoje à noite.
- Ah tá! É que eu disse pra ela que eu ia pra casa da estudar uma matéria que eu não to entendendo bem e ela manja.
- Ok, então. – ela voltou para a cozinha.
Finalmente com um banho bem tomado, fui para o meu quarto. Deitado na cama, fiquei pensando em como conversar com a . Claro que a minha mãe não tinha nem idéia de que estávamos brigados, e é assim que vai ficar.
Não conseguindo elaborar nada, me virei na cama e rápido adormeci.
To aqui, na frente da casa dela, dentro do carro ainda, sem nenhum pingo de coragem de descer.
Alguma hora vou ter que ir lá, não é? Então antes tarde do que nunca. Desci do carro e de repente, comecei a me tremer, e não era por causa do frio de Londres. Apertei a campainha e fiquei lá parado, esperando alguém abrir aquela porta, e tomara que não fosse ela.
- Olha só quem apareceu! – Georgia tinha um sorriso no rosto – Senhor ! Não veio aqui nenhuma vez essa semana.
- Por favor, Georgia, me chame de , ou melhor, mesmo, e eu não pude vir porque estava ocupado, mas hoje arranjei um tempinho.
- Que bom, mas também uma pena, pois a não está. – ela fez uma cara triste.
- E onde ela está?
- Se não me engano, parece que ela foi com a mãe a um desfile.
- Ah... Tudo bem, então. Acho que vou passar aqui aman... – não pude terminar a frase, pois alguém apareceu.
- Com quem está falando, Georgia? – Hannah apareceu, mas não tinha me visto, depois me olhou e deu um sorrisão – ! Você aqui! – ela veio até mim e abraçou minhas pernas. Que estranho isso.
- Oi, Hannah! Não te vejo faz um tempão! – me abaixei e a abracei – Você está aqui desde quando?
- Desde sábado! Agora entre! – Hannah foi puxando minha mão. Georgia ria de nós dois.
- Eer... Hannah? – ele me olhou enquanto íamos a caminho da escada – Não era pra você estar, sei lá, numa maca com todos aqueles negócios?
- Me poupe, ! Sou um ser humano assim como você e quando estou bem e saudável posso ficar assim por aí. Só fico daquele jeito quando passo mal, sacou?
- Sim. – ri do jeito que ela falava comigo.
Finalmente lá em cima, o pai da – e agora também da Hannah – saiu de seu quarto.
- ! Que surpresa você por aqui! – ele me cumprimentou.
- Olá, senhor .
- A não está aqui hoje. – ele me olhou com um pouco de dúvida.
- Eu sei...
- Eu que o chamei, papai! – Hannah se apressou.
- Ah tá. – ele assentiu e fez um carinho na cabeça da nova filha – Bem... comportem-se, crianças. – ele desceu.
Hannah continuou me puxando para algum lugar, e quando vi, já estava em seu quarto. Era um quarto típico de uma criança, mas o dela tinha bastante coisa. Pra começar: o quarto dela parecia o mundo cor de rosa! A parede da janela era de um rosa forte enquanto as outras eram de um rosa fraquinho. Ainda próximo à janela, havia um palco, que na verdade não era um, e sim a cama dela, e era bem grande. Em outro canto tinha uma mesinha que parecia ser pra brincar de chazinho ou casinha, essas coisas aí. Ali também tinha um sofázinho – rosa – e bem em frente à ele tinha uma TV – que por sinal, também era grande. Mas o que mais me chamou atenção naquele quarto foi a casa de bonecas, bem GIGANTE! A Jamie ia amar isso aqui.
- Vem cá – ela me olhou –, você tem quantos anos mesmo?
- Onze. – ela deu de ombros e assenti. Ela parecia um pouco mais nova, tipo nove – Venha cá, . – ela me puxou para sentar na cama enquanto pegava uma coisa no armário. Ela tirou de lá uma câmera Polaroid.
- Nossa! Que legal!
- É, não é? Ganhei do papai e da mamãe. Agora faz uma careta aí que eu preciso de uma foto sua. – coloquei a língua pra fora e fiquei vesgo. Logo depois a foto saiu – Você ficou engraçado!
- É mesmo. E por que a senhorita quer uma foto minha?
- Porque eu não tenho nenhuma sua! Olhe para a parede. – quando vi, lá estava a parede cheia daquelas fotos instantâneas. A maioria era com a , algumas com os pais, outras com os funcionários.
- Venha cá. Vamos tirar uma de nós dois. – peguei a câmera da mão de Hannah e essa veio para o meu lado. Tiramos uma foto sorrindo.
- Ficou bonita! Vou colocá-la aqui onde são as minhas favoritas. – ela a colocou do lado de uma que era a e ela rindo, uma coisa espontânea. Fiquei olhando para aquela foto – Sabe, ela fala de você todo o dia. – olhei para Hannah, que estava encarando a foto e logo depois olhou pra mim.
- Sério?
- Sim. – ela foi se sentar na cama.
- E o que ela falou? – me sentei no chão.
- Ela falou que você é um idiota, que parece que não dá valor às coisas certas, que no dia em que você abrir seus olhos pode ser tarde demais... coisas assim.
- Ah... – não consegui falar nada.
- Ela realmente ficou com raiva de você.
- E ela te contou por quê?
- Ela me contou tudo, mas disse que teve que omitir umas coisas. – Já imaginava o que ela tinha omitido.
- Não fiz aquilo porque quis. Foi sem querer... – falei baixo, mas ela ouviu.
- Sabe o que eu acho?
- Acho que está meio tarde e a senhorita precisa descansar. – senhor entrou no quarto. Pela sua cara, ele não tinha ouvido nada.
- Ok, papai, já vou dormir. – ela deu um sorriso para ele, que saiu do quarto – Faz o seguinte: vem aqui amanhã, só que um pouco mais cedo.
- Mas e a ? – eu já estava em pé.
- Ela não vai estar aqui.
- Como você sabe?
- Porque o desfile é em outra cidade, não muito longe daqui, e é um evento que vai durar o fim de semana inteiro, por isso. – ela deu um sorrisinho.
- Ok. Passo aqui amanhã. – dei um beijo em sua testa – Tchau, Hannah, até amanhã.
- Tchau, , até!
Saí de seu quarto e fui para o corredor, nele estava o senhor . Tomei um susto.
- Obrigado por fazer companhia pra Hannah. – ele estava encostado na parede.
- Que isso, senhor ? Ela é um doce. Gostei muito dela.
- Pelo jeito você se dá bem com as minhas filhas. – ele riu e eu o acompanhei, assentindo com a cabeça. Ele parou de rir, mas ainda tinha um sorriso nos lábios – , sei que você e a estão brigados. – eu já ia lhe perguntou como ele sabia, mas ele não deixou – E eu sei apenas pelo jeito que a minha filha é. Fica de cara fechada, não quer conversar, e quando ia era com a Hannah, conosco eram apenas poucas palavras.
- Bem, desculpe se isso está afetando aqui na sua casa. – eu estava sem jeito.
- Não precisa se desculpar, . Ela sempre foi assim quando estava brigada com alguém, sendo você, uma das amigas, ou conosco mesmo. – ele estava com uma das mãos nos meus ombros – O que eu sei é que você vão se resolver, pois bem, conhecendo minha filha, ela pode se afastar, mas não consegue viver longe de quem ela gosta. – ele estava com um sorriso estampando no rosto.
- Obrigado. É muito bom ouvir isso do senhor.
- De nada, filho. Boa noite. – ele me deu meio que um abraço e depois foi para o seu quarto.
Desci as escadas, me despedi de Georgia e fui para o meu carro.
Mesmo a não estando aí hoje, senti que uma parte do peso que eu carregava sobre meus ombros tinha desaparecido.
Capítulo 14
Hoje eu tive um sonho. Nele todos nós já éramos grandes. Tom e Gio estavam casados e com duas crianças, meninas gêmeas, tendo uma ótima mistura dos dois. e também estavam casados, mas eles não tinham nenhum filho, ainda, pois estava grávida. Dougie e estavam noivos e super felizes – sempre os achei dois perfeitos um para o outro. e eu estávamos lá também e nós estávamos juntos. Tínhamos já uma criança e estávamos esperando mais duas – não me perguntem como eu sabia que eram duas; apenas sabia.
Nossa filha brincava com as filhas de Tom. e conversavam sobre a gravidez que as duas estavam passando juntas. Giovanna e conversavam sobre coisas de casamento. Dougie e eu também conversávamos, principalmente de como não nos separamos e estávamos felizes.
Não sabia de dizer de quem era a casa do meu sonho, mas sei que ela era linda. Estávamos no quintal, onde havia uma churrasqueira e uma piscina.
De repente, eu não prestava atenção no que Dougie dizia, pois os meus olhos ficaram presos nela. Ela estava de biquíni com uma saída que era uma saia, mostrando o seu barrigão. Os cabelos, ainda grandes, estavam soltos, fazendo com que o vento o assoprasse. Ela estava parecendo uma deusa para mim.
Ela olhou para mim e deu um sorriso. Retribuí o sorriso. Ela se virou de frente pra mim e lentamente ela veio andando em minha direção, ainda com aquele sorriso. Quando ela chegou perto, ela me abraçou pelo pescoço e coloquei as mãos em cima de sua barriga. Nossos olhares não se descruzaram. Ela ainda tinha aquele sorriso meigo estampado. Abaixei-me e beijei aquela barriga, de onde viriam mais duas miniaturas nossas.
De repente senti algo puxando meu short. Olhei para baixo e lá estava a nossa filha, me olhando com aqueles grandes olhos azuis. Sim, ela tinha pegou os meus olhos, mas no resto, era totalmente a . Abaixei-me e a carreguei. Ela abraçou-me no pescoço e me deu um beijo. aproximou e nos abraçou. Éramos a família perfeita, algo que todos desejam.
- ! Cuidado! - ouvi Dougie gritar.
Virei-me e uma bola vinha em minha direção, direto no meu rosto. Faltando poucos centímetros para me atingir, acordei.
Estava sentado na cama, arfando. Sério, eu levei um susto! E com uma coisa boboca! Uma bolada! Não acredito que isso me acordou daquele maravilhoso sonho.
Olhei para o relógio; eram onze e meia. Ainda bem que era sábado, senão minha mãe me mataria. Peguei meu celular e tinha uma mensagem de Melissa, perguntando se eu tinha conversado com a . Respondi que não, pois ela não estava em casa ontem e que ia lá hoje.
Tudo bem que eu sabia que ela não estaria lá, mas eu iria porque a Hannah me pediu. Era estranho isso, pois eu estava me abrindo pra uma criança! Criança!
Acontece que ela não é uma criança qualquer. Além de ser irmã adotiva da , era uma criança doente. Ela não sabe até quando pode viver, mesmo quando está saudável. Ela tenta aproveitar o máximo, fazendo tudo possível. Acho que isso faz com que há madureça um pouco, por isso ela entende certas coisas. Ela também não quer ninguém triste ao seu lado.
Hannah é uma lição de vida e quero aprender com ela.
Saí daquela cama e fui tomar um banho. Deixei a água morna cair em meus cabelos e meu corpo, sentindo-me todo relaxado. Nessas horas esquecemos tudo, é apenas você e a água. Pena que quando você fecha o registro tudo volte.
Coloquei uma bermuda, uma blusa branca e um tênis branco. Tentei arrumar o cabelo, mas com o tempo ele mesmo se arruma. Desci e não encontrei ninguém, apenas um bilhete falando ", fui com a sua irmã a uma festa de aniversário. Como era de criança, resolvi lhe deixar dormindo. Beijos de sua mãe.".
Valeu, mãe.
Escrevi na parte de trás que estava na casa da . Pelo menos ela não ficaria perguntando. Amizade de infância é igual entrar na família sem casar, pois cria uma intimidade que ninguém liga.
No carro, fiz aquele curso tão conhecido. Acho que se eu tirar minha mão do volante, ele vai até sozinho. Ok, não irei fazer isso. Alguns minutos depois, estava em frente à casa da família . Toquei a campainha e Georgia, acompanhada de Hannah, abriu a porta.
- Olá, ! – Hannah me abraçou.
- Oi, criaturinha! – retribui o abraço. – Oi, Georgia.
- Olá, Senhor . – Olhei feio e ela corrigiu. – ! – Sorri para ela. – Você irá almoçar aqui? – eu ia responder, mas Hannah foi mais rápida que eu.
- É claro que ele vai, G! Agora, com licença.
Ela pegou minha mão e foi me puxando andar a cima. Já dentro de seu quarto, ela fechou a porta e – isso é muito estranho – ela tirou seu cabelo, quer dizer, sua peruca. Eu não sabia disso.
- Isso é uma peruca?
- É claro. – Ela deu de ombros, passando as mãos pela sua cabeça careca.
- Mas ontem você tinha cabelo! Eu lembro! – Eu estava meio assustado.
- Me poupe, . Aquilo era outra peruca, só mudei o modelo hoje, mas ela coça muito. – Ela colocou a peruca dentro do armário, onde vi outras.
- Quer dizer que você...?
- É. Estou fazendo quimioterapia. – Hannah sentou-se na cama e fui para seu lado.
- Faz muito tempo?
- Não. Só não se importe se eu me retirar do recinto para ir ao banheiro e vomitar – ela falou aquilo rindo. Como assim?
- Mas ontem você estava tão bem. – Eu olhava-a, preocupado.
- Eu te disse, ontem, que eu estava bem, mas hoje amanheci meio assim. E por favor, pare de me olhar desse jeito. Não preciso de ninguém com pena de mim. – Ela deitou-se na cama.
- Tudo bem. – Me deitei ao seu lado.
Estávamos os dois com a barriga para cima, encarando o teto. Sua respiração era calma e tranquila. Nunca diria que ela estava doente. De repente, Hannah virou-se de lado e me encarou. Apenas virei meu rosto em sua direção.
- Ela ligou ontem à noite.
- Hum... E aí?
- Disse que você veio aqui. – Esbugalhei meus olhos para ela. – Mas claro que não falei pra ela nadinha do que conversamos ontem. Você pensa que sou burra? – Ela riu e voltou-se a deitar com a barriga para cima.
- Mas ela não perguntou mais nada? – estava curioso.
- Ela só queria saber o que você veio fazer aqui. Falei que você veio procurá-la, mas como ela não estava, convenci você a ficar e assistir um filme comigo.
- Você realmente é bem espertinha para a sua idade. – Ri dela.
- Nunca ouviu falar que garotas amadurecem mais rápido do que garotos?
- Tá, sabichona! – Rimos. – Ela falou quando volta?
- Ela disse que amanhã.
Assenti com a cabeça e ficamos calados mais algum tempo. Minutos depois Georgia apareceu ali e disse que o almoço estava servido.
O almoço com Hannah foi normal, a não ser por algumas comidas que eram estranhas – pelo menos para mim – que ela tinha que comer. Ela ria das minhas caras.
Depois do almoço, ela disse que estava a fim de ver um filme. Concordei com ela, só que eu não imaginava que ela iria escolher “O Diário de uma Paixão”! Hannah dormiu no meio do filme, com a cabeça em meu colo, e eu assisti ao filme TODO! E admito: chorei igual a uma garotinha!
Hannah acordou e me viu naquele estado. Claro que ela começou a rir. Não deixei por quieto e comecei a fazer cosquinhas nela. Riamos tanto que a Georgia apareceu aqui, espantada, pra ver o que estava acontecendo. Rimos da cara dela.
Já estava começando a anoitecer. Eu conversava com Hannah sobre um assunto qualquer. Meu celular começou a tocar. Era Tom.
- O que é, seu viadinho? – atendi rindo, pois estava um barulho estranho no fundo.
- E aí, ? Como é que você tá? E onde você tá? – Tom falava com uma voz meio puxada.
- Por acaso você tá bêbado?
- Não! Não estamos! – ouvi dois gritos. – Isso foi o Dougie e a respondendo a sua pergunta. Mas sim! Onde você est... – A sua voz foi diminuindo, depois houve uma pequena briga pelo celular.
- , é a Gio. Você pode vir pra cá? O Tom, o Dougie e a estão um pouquinhos bêbados... - Percebi. – Ri dela, pois sua voz demonstrava desespero.
- Sim... Você vai vir ou não? - Tô indo!
- E se você puder trazer e , vai ser melhor. Esses três estão ficando loucos! – ouvi o barulho de algo quebrando, depois ouvi a Gio gritando com um deles e o telefone desligou.
Virei-me. Hannah me observava de sua cama.
- Algum problema?
- Vou ter que ir socorrer uns amigos bêbados.
- Mas não são nem sete horas! – ela estava surpresa.
- Hoje é sábado e também é o nosso último fim de semana de folga antes das provas. Eles estão apenas aproveitando. – Fiz carinho em sua cabeça.
- Ah, tá... Apenas uma desculpa para se alcoolizarem, mas tudo bem. – Ela deu um sorriso. – Eu te acompanho até a porta. – Hannah saiu de sua cama e veio para meu lado.
Ela desceu e me acompanhou até a porta. Dei um beijo em sua cabeça e, quando coloquei minha mão na maçaneta, a campainha tocou. Olhei assustado para Hannah, então essa tirou minha mão da maçaneta e abriu a porta.
Foi uma surpresa aquela ao abrir a porta. estava lá, abraçada com um garoto, trocando carícias. Quando seus olhos bateram em mim, ela se se assustou, afastando-se do garoto.
Apenas dei um sorriso fraco e fui embora.
Capítulo 15
Digo uma coisa: esse fim de semana foi tenso.
Aquela imagem não saía da minha cabeça. Alguns devem até pensar que sou hipócrita, pois tenho uma namorada e não paro de pensar numa garota – que é minha melhor amiga e já foi minha namorada. Acontece que ela tinha feito um baita drama, não estava falando comigo e de repente ela me aparece com um cara! Isso realmente me deixou meio irritado.
Depois que saí de sua casa, fui direto para casa de Tom. Bebi apenas uma cerveja, pois tinha que ficar ajudando a Giovanna – e não estavam atendendo ao telefone, deviam estar “ocupados” –, mas a minha vontade era de ficar mais bêbado do que aqueles três estavam.
Três pessoas apenas conseguiram esvaziar a minha mente disso. Hannah, que me ligou assim que eu cheguei em casa e me distraiu; Jamie, que no meio da noite – eu ainda estava acordado – pediu-me para ir deitar com ela em seu quarto. Como tenho um coração mole para minha irmã caçula, fui com ela. E por último foi Melissa, no qual passei o dia com ela.
- ! ! – Melissa gritava comigo, até que ela deu um fraco tapa em meu rosto.
- Oi! Tô aqui! – Levantei-me, assustado. – O que aconteceu? Eu dormir?
- Não... – ela me olhava, rindo do meu espanto. – Você tava parado aí, olhando para algum ponto fixo no quadro. Tocou o sinal e você continuou aí!
- Ah, tá. – Passei a mão pelos meus cabelos.
- Mel! Vamos! Não temos todo o tempo do mundo! – Ana estava na porta da sala. – E , seus amigos estão te esperando aqui fora. – Apenas balancei com a cabeça.
- Ok! Já tô indo. – Mel foi me puxando para fora da sala, mas logo se afastou e foi com Ana, onde essa virou um pouco a cabeça, me olhou e piscou.
Esperavam-me ali Tom, Dougie, e . Os três primeiros estavam com cara de acabados.
- Que cara é essa, pessoal? – cheguei, fazendo graça.
- Também não sei, cara! Eles ficaram assim basicamente desde cedo. – me acompanhou.
- Vão se ferrar. – Tom e Dougie falaram, com a voz baixa.
- Cadê as outras? – perguntei.
- Estão com a , provavelmente fofocando, já que elas estavam tão alegres quando se encontraram. – respondeu.
- E por que a tá aqui?
- Porque eu não estou com um pingo de humor e vontade para isso hoje... – ela encolheu-se mais ainda em seu casaco preto. O clima em Londres já estava ficando frio.
- Ela tá de TPM? – perguntei baixo para .
- Que nada! É ressaca mesmo. Se fosse isso, nós já teríamos levado alguns socos. – ria da desgraça deles.
Nos acomodamos numa das mesas próximas ao campo. Deixamos os três ressacados na mesa enquanto e eu comprávamos nossos lanches.
- O Tom não me paga o jantar, não me compra sorvete e não me agarra. Por que eu tenho que cuidar dele? – falava enquanto entregava o refrigerante e o salgado de Tom.
- Cala essa boca, ! – Tom exclamou, mas logo se arrependeu, pois aquilo com certeza doeu tanto em sua cabeça que ele fechou bem os olhos e apoiou-se na mesa. e eu rimos.
- Bom, galera, vamos a um assunto muito importante. – falei e todos os olhares voltaram-se para mim. – A banda.
- Verdade! Cara, nós temos que tentar conseguir algo, nem que seja uma festa infantil! – Dougie de repente despertou.
- E , nem venha nos dizer que aquela apresentação no aniversário da foi um show. – Tom me interrompeu quando percebeu sobre o que eu ia falar. Fechei a boca.
- E não é só de um show que precisamos. Também precisamos que as pessoas certas estejam lá, ou seja, produtores! – falou.
- Será que a não conhece ninguém? – Assim que Dougie terminou sua fala, os olhares caíram sobre a minha pessoa.
- Eu não sei se ela conhece, okay?! – Levantei meus braços. – Não estou falando com ela ainda...
- Eu sei de uma pessoa que conhece... – , que antes estava quieta, pronunciou-se. – Mas acho que vocês não vão gostar muito.
- Quem?! – Nós quatro falamos juntos.
- A Ana. – Imaginem agora quatro alegres sorrisos virando caras sérias. – Bem, eu também conheço, pois meus tios são donos de uma gravadora.
- Como eu não sabia disso? – Dougie perguntou para a namorada.
- Você nunca perguntou. – Ela deu de ombros.
- Por que então que ela se mudou para Londres? Já que com certeza ela devia ter uma ótima vida lá. – Tom estava com uma expressão de dúvida.
- Nunca perguntei. Não converso muito com a Ana, só em casos extremos, tipo quando nossos pais estão por perto e tentamos mostrar que nos damos bem. Se bem que a vida dela lá em Glasgow era uma maravilha. – explicou.
- Então vamos falar com a Ana? – perguntou. Meio nervoso.
- Será que a não poderia fazer isso? – eu que indaguei essa vez.
- De qualquer forma, ela vai saber, não acha? – me respondeu.
- Então só vamos falar com a Ana apenas se o descobrir que a não conhece ninguém desse ramo. – Tom me encarava.
- Mas como se eu nem estou faland... – ia questionar, mas me interrompeu.
- Olha, , acho melhor você e a conversarem logo pra que aquela amizade melosa e complicada de vocês volte logo, porque, sério, você não faz ideia de como ela está por não te ter por perto! – jogou tudo de uma vez só.
- Mas parece que ela não ficou assim quando estava no intercâmbio – respondi.
- Você realmente não sabe, não é? Não faz nem ideia. Depois diz que é o melhor amigo – ela falou aquilo e eu não entendi. – Aprendam uma coisa: nós, garotas, somos complicadas, ok?! – Ela, que estava com as mãos apoiadas na mesa e em pé, sentou-se em sua cadeira e bufou. – Será que vocês poderiam me arrumar um analgésico? – Ela agora estava com uma voz baixa. Incrível como ela muda da água para o vinho.
- ! – ouvimos um grito e viramo-nos na direção de onde veio. Era .
- O que foi, amor da minha vida, meu cascão de ferida, minha privada entupida? – abraçou a namorada assim que ela se aproximou.
- Nossa! Como você é romântico. – Ela deu um selinho nele. – Oi, ! Não tinha te visto ainda.
- E aí, ? – a cumprimentei.
- Bem, galera, com licença que eu só vim aqui porque eu e as meninas precisamos um pouco desse garotão aqui! – puxou e o levou para onde as outras estavam.
Os segui com o olhar e vi Giovanna, que acenou para mim e mandou um beijo para Tom. Ao seu lado estava , que estava muito ocupada, falando no celular. Devia ser alguém interessante, já que ela sorria e ria.
Estava já em meu carro, levando Melissa para casa.
- Obrigada pela carona, amor. – Melissa me deu um selinho e abriu a porta.
- De nada. Até amanhã ou até mais tarde mesmo. – Eu estava para sair, mas Mel bateu no vidro e o abaixei.
- Não se esquece de falar com a .
- Mas... Mas como você sabe que eu ainda não conversei com ela?
- , além de eu ter visto que hoje vocês não se falaram, também tenho amigas que são suas amigas.
- Ahn?!
- A me contou, pedindo-me para forçar a você falar com ela. – Ela revirou os olhos, provavelmente pela minha lerdice.
- Ah, tá. – Balancei a cabeça.
- Se você não fizer isso hoje, então eu vou ter que resolver isso. – Ela estava séria, mas acabou piscando.
- Ok. Vou passar lá na casa dela agora. – Dei um sorriso.
- Bom mesmo. Tchau! – Ela se afastou do carro e entrou em sua casa.
Saí de lá e, bem, fui em direção à casa da . Resolvi ir pelo caminho mais longo, para pensar um pouco. Esse caminho mais longo levou 45 minutos a mais do que geralmente levo – que são apenas 15 minutos.
Estava virando em sua rua. Sua casa era uma das últimas do quarteirão. Fui bem devagar, pois havia um carro parado em frente a sua casa e não era nenhum conhecido. Mais perto percebi que estava sentada na escada da entrada junto com o garoto de sábado. Ela ainda estava de uniforme.
Eu não ia parar para conversar agora sabendo que aquele moleque estava ali. Uma raiva repentina surgiu em meu corpo. Agarrei o volante e meti o pé no acelerador.
Eu estava rápido. Tive sorte de pegar várias sequências de sinais verdes e não ter ninguém atravessando a rua. Já um pouco mais calmo, diminui a velocidade, mas ainda estava rápido.
Uma pessoa – retardada – resolveu atravessar a rua quando o meu carro estava próximo. Por reflexo, desviei, infelizmente para a outra mão. Tentei desviar de novo, mas um carro bateu na lateral traseira do meu e bati com muita força num poste.
Coloquei a mão na cabeça e tirei logo, pois doeu. Vi o líquido vermelho em minha mão e fiquei assustado. Minha visão começou a ficar turva e eu estava tonto, até que tudo ficou preto e eu não estava mais consciente.
Capítulo 16
Estava tudo preto, tudo escuro. Ao mesmo tempo em que eu me sentia consciente, também estava inconsciente. Conseguia ouvir vários barulhos, vozes, mas nenhuma reação minha vinha à tona.
- (...) Mas ela não quis nem ouvir! A tentou me ajudar, o que só piorou as coisas. A coordenadora nos mandou para a diretoria! Pelo menos a diretora entendeu a nossa situação e não fez nada... Bem, ela riu. – Algumas risadas. – Ela nos mandou ir para casa. – Era a voz de .
- Mas viemos direto para cá, sabe, fazer companhia para o . – Agora era a voz da .
- Caiu a ficha agora da razão de eu ter que vir a pé pra cá – falou.
- Espera... – falei, com uma voz bem fraca e, devagar, fui abrindo os olhos. – e foram para a diretoria?
- ! – os três falaram em coro e vieram em minha direção.
Antes que eles se jogassem em cima de mim, pararam e, cuidadosamente, me abraçaram. foi a que me abraçou por mais tempo, enchendo minha cara de beijos. Quando ela se afastou, vi algumas lágrimas acumuladas em seus olhos.
- Ainda bem que você acordou, cara! – apertou minha mão. – Estávamos com saudades.
- Estávamos ficando desesperados, também. Sabe, não saberíamos por quanto tempo você ficaria desacordado e íamos ter que ir atrás de um novo membro pra banda – falou e olhei feio para ele. – Brincadeirinha, cara. Nós te amamos. Você é insubstituível.
- Bom saber. – Dei um sorriso para . – Cadê minha mãe?
- Tá ali, dormindo. – apontou para uma poltrona no canto esquerdo do quarto. Minha mãe dormia ali. – Vamos acordá-la e deixá-los a sós.
foi em direção a minha mãe. Cuidadosamente acordou-a, falou algo em seu ouvido e depois minha mãe olhou pra mim, com uma expressão surpresa. Logo depois os três acenaram para mim e saíram do quarto.
- Filho? – Agora minha mãe estava sentada.
- Olá, mamãe. – Assim que terminei de falar, ela veio em minha direção, segurou minha mão e começou a beijá-la. Encostava sua testa e murmurava “obrigada, obrigada” com uma voz chorosa.
- Ai, meu filinho! Estava tão preocupada com você! Estava morrendo de medo de que você não acordasse!
- E deixar você e a Jamie sozinhas? Nunca! – Agora ela passava uma mão em meu rosto e a outra em meus cabelos.
- Eu sei disso... – Ela beijou minha testa.
- Por falar da pestinha, onde ela está?
- Ela está na casa da . Ela ficou lá essas três semanas em que você estava desacordado.
- Apaguei durante três semanas?! – assustado era a palavra que defina meu estado de espírito. Pra mim tinha sido apenas um dia.
- Foi. Seu carro estava muito batido. Você teve muita sorte. – Ela me olhava, preocupada. – Seu estado estaria pior se os airbags não tivessem funcionado. Eles te tiraram de lá e vieram às pressas para o hospital, pois você estava com uma hemorragia interna. Ainda não estava tão intensificada, por isso que eles tiveram que correr. – Agora havia lágrimas acumuladas nos olhos dela. – Eles pararam com a hemorragia, mas falaram que você tinha entrado em coma e não sabiam quando você ia acordar. – Agora minha mãe chorava.
- Calma mãe. – Apertei sua mão. – Eu estou aqui agora. – Dei um sorriso sincero.
- Ainda bem... Agora só temos que cuidar dos seus outros ferimentos. – Olhei-o com certa dúvida. – Você fraturou a clavícula e o pé direito e torceu o tornozelo e pulso esquerdo.
- Nossa! E eu poderia ter ficado em estado pior? – Ela apenas balançou a cabeça. – Então ainda bem que foi só isso. – Ri e ela me acompanhou. – Os outros vieram me visitar?
- Todos os dias! Dentro daquele armário... – Ela apontou para o armário ao lado da poltrona. – Está cheio de presentes, fora os que já estão em casa. As milhares de flores que lhe mandavam também já estão em casa. Todo santo dia seus amigos chegavam com presentes que eram mandados pelos seus colegas da escola.
- Minha nossa...
- Os mais importantes eu deixei aqui perto de você. – Ela pegou uma folha de papel. – Esse desenho aqui foi feito pela Jamie e pela Hannah.
- Que bonitinho! – Era um desenho onde duas garotinhas seguravam uma grande faixa escrita “melhoras!”
- Esse aqui foi os seus amigos que fizeram, ou tentaram. – Era uma miniatura de metal, mal feita, de uma banda.
- Isso deve ter sido algo muito complexo para eles. – Ri, imaginando a cena deles construindo isso.
- Eles entregaram isso com muito orgulho. – Mamãe ria. – Essas aqui foram das meninas. – Eram três flores de origami. A rosa deve ter sido a quem fez, a tulipa deve ter sido a e a flor de canudinho deve ter sido da . – Esse aqui foi da Melissa.
- Tinha que ser. – Era um enorme origami de coração, feito com cartolina, e nele tinha escrito “saudades”.
- E, por fim, esse aqui é da . – Era foto nossa, antes dela viajar, onde segurávamos objetos que simbolizavam o nosso primeiro ano junto, cada um representando uma estação do ano. O floco de neve que mandamos envidraçar; a pétala da primeira rosa que desabrochou. A folha amarela que tinha acabado de cair da árvore um potezinho de areia.
- Ela veio aqui? Me visitar? – perguntei para minha mãe, ainda olhando para a foto.
- Uma vez... – Olhei para mamãe e ela me olhou de volta. – Mas ela nem conseguiu passar da porta.
- Por quê?
- Segundo os seus amigos, ela se sentia culpada e não queria te ver naquele estado. Ela queria te ver acordado. – Ela colocou a mão em meu queixo.
- Hum... – Deixei a foto de lado.
- Calma que agora ela vai vir te ver. – Ela beijou minha testa. – Agora vou lá chamar o médico e pedir para trazerem a Jamie para cá.
Mamãe saiu do quarto e fiquei ali sozinho, olhando para aquela foto e esperando pelo médico.
O médico veio e falou que eu teria que ficar pelo menos mais uns dois dias ali antes de receber alta, pois tinha que fazer mais alguns exames e ver se estava tudo bem. O lado bom é que eu faltaria a escola, e o lado ruim é que eu não poderia tocar e que mesmo quando sair daqui e estiver sarado também não poderia, pois teria a fisioterapia.
Assim que o médico saiu do quarto, um monstrinho chamado Jamie veio correndo e deitou-se na maca, me abraçando pelo lado esquerdo. Aguentei um pouco a dor e abracei minha irmã. Logo depois veio Melissa, , , e Hannah. , e ficaram na porta enquanto o resto me dava as “boas-vindas”.
Igual aos três primeiros que me viram acordar, esses outros – principalmente as meninas – me abraçaram, me beijaram o rosto, o braço, a mão e choraram. A coisa estava ficando muito sentimental naquele quarto. Procurei pelo resto do quarto, na porta, mas não a achei. Claro que ela já devia saber que eu estava acordado, pois Jamie e Hannah estavam em sua casa e agora estão aqui.
- Desculpa aí, criançada - Minha mãe apareceu na porta e todos olharam pra ela. Ela não perdia esse costume de nos chamar de crianças. –, mas o precisa descansar um pouco. Não deve nem ter feito duas horas desde que ele acordou.
- Tudo bem. – Todos falaram em coro.
Cada um veio até mim e se despediu, logo deixando apenas eu, Jamie e minha mãe no quarto. Jamie me deu um beijo na bochecha e foi se sentar na poltrona. Minha mãe me deu um beijo na testa, sussurrou “descanse um pouco” e ajeitou meu lençol. Uma enfermeira entrou no quarto e colocou algum remédio no soro. Ele começou a fazer efeito e logo meus olhos estavam pesados, me fazendo adormecer.
Não tenho ideia de quanto tempo fiquei dormindo, apenas sei que já era de noite, pois quando olhei à janela estava escuro lá fora. Vi a lua. Ela estava linda, cheia de estrelas ao seu redor. Era raro ver o céu na cidade grande.
Senti uma pequena movimentação do outro lado da maca. Virei o rosto e estava ali, com os braços debruçados e cabeça apoiada na maca. Uma de suas mãos segurava a minha mão esquerda, não sei como não senti. Ela estava dormindo. Não resisti e, com a outra mão, mesmo com a clavícula fraturada daquele lado, passei a mão em sua cabeça, fazendo carinho. Lentamente ela foi abrindo os olhos, com um leve sorriso no rosto, mas logo sua expressão mudou para uma assustada e abraçou o meu braço, começando a chorar. Nem vou comentar como doeu, pois aquele pulso estava torcido.
- ! – Sentia suas lágrimas em meu braço – Me perdoa, ! Por favor!
- Hey, calma... – Fui tentando acalmá-la, fazendo ainda mais carinho em sua cabeça. – Calma, . Eu estou aqui...
- Por favor! Diz que me desculpa!
O seu choro estava forte. Não adiantava em nada falar algo, por isso fiquei calado, apenas ouvindo seu choro. Conhecia muito bem essa garota. Já sacava como as coisas funcionavam com essa criaturinha.
Com o tempo seu choro foi diminuindo, ficando apenas algumas lágrimas e soluços. Mais um pouco ela já havia parado de soluçar, apenas deixando poucas lágrimas caírem, o suficiente para ter molhado meu braço e a colcha da maca.
Aguentei um pouco a dor e arredei meu corpo na maca, deixando um espaço para deitar ali. Ela deitou-se ao meu lado e aninhou-se em mim. Ainda bem que era o lado menos dolorido, pois senão teria soltado um grito – gay. Fiquei fazendo carinho em sua cabeça e ela colocou seu rosto na dobra do meu pescoço.
- Senti sua falta – ela falou, contra minha pele.
- Também senti... – Passei a mão em seu braço e virei a cabeça, tentando ver seu rosto. Ela se virou um pouco e pude vê-la.
- Você vai me perdoar? – ela sussurrou.
- Eu sempre te perdôo, fofa. – Dei um peteleco no seu nariz.
Ficamos mais um tempo ali, quietinhos, apenas sentindo a presença um do outro. Era bom estar com a minha amiga novamente. Olhei para o resto do quarto e percebi que estávamos sós.
- Cadê minha mãe?
- Ela foi tomar um banho e também parece que foi ver, resolver umas coisas aí... Eu disse que ficaria aqui com você. – deu um sorriso.
- Que bom que você está aqui pra cuidar de mim. – Dei um beijo em sua testa.
- Mas é claro! Quem mais faria isso? Sua mãe não confiaria nunca daquelas outras criaturas pra cuidar do meu garotão aqui. – Ela apertou meu nariz.
- ... – Ela me olhou. – Sobre aquele fato...
- Não, . Esquece. – Ela colocou um dedo na minha boca – ele nunca aconteceu.
- Você tem certeza? – perguntei, levantando as sobrancelhas – Até mesmo daquela briga lá nas escadas no colégio?
- Nunca aconteceu, . Pra que ficar nos remoendo por alguém que sempre quis prejudicar a nossa amizade? Pela sua atitude que só vai nos machucar? Além do que foi um ato idiota. – Ela deu de ombros e riu. Não entendi. – Ela precisou te embebedar pra te levar pra cama! Eu não preciso fazer tanto esforço...
- A minha idiotinha e metidinha voltou! – Fiz cócegas nela, mas não durou muito, pois meus movimentos são limitados.
Ficamos mais um pouco quieto, mas havia uma pergunta que estava coçando a minha garganta para sair. Não aguentando mais, perguntei:
- , quem é ele? – Ela me olhou.
- Ele...? – Ela parecia meio em dúvida. – Ah! Ele...
- Sim. Quem é?
- Como você sabe?
- Não sou idiota. Agora fala!
- O nome dele é Mike. Pra falar a verdade, é Michael, mas prefere ser chamado de Mike. Mas não se preocupe. Ele é um cara legal. Jamais sairia com alguém panaca além de você e dos meninos. – Olhei feio e ela riu.
- Por acaso eu sou teu pai pra aprovar com quem você sai? – Ela riu mais ainda e me deu um leve soco.
- Não, idiota, mas você é o !
- E isso importa?
- Muito! – Ela me abraçou e soltei um grito. Ela apertou todas as áreas doídas. – Desculpa... – Ela se afastou.
- Agora, dona , queira me contar sobre o tal Mike antes que eu te expulse dessa maca? – Olhei de maneira ameaçadora e ela se ajeitou, deitando de lado e se apoiando num cotovelo.
- Ele tem um irmão gêmeo, o Cole, que é um modelo também. Na semana dos preparativos pro desfile que tivermos que viajar, Cole apareceu na loja da mamãe pra ajustar uma das roupas e Mike foi com ele.
- Tá... Agora me explica, por que o Mike e não o Cole, já que você já o conhecia? E eles não são gêmeos?
- Valeu por atrapalhar, pateta, mas eu já ia chegar nessa parte. – Ela deu um peteleco em minha testa. – Voltando à historia... Acontece que o Mike é diferente do Cole ao mesmo tempo em que eles são parecidos. – Ela viu a minha cara de dúvida. – Os dois são gêmeos idênticos, mas a personalidade deles é diferente. O Mike de um jeito e o Cole é de outro.
- Ah... Então o Mike é mais feminino que o Cole? – Ri de minha piada e percebi que ela queria me esganar, mas não podia devido a todos os meus machucados.
- Não! Idiota! Ai, , tinha que ser você. – Ela voltou a deitar na cama, fazendo uma cara emburrada.
- Ai, amiga! Você não vai me contar sobre o Mike não? – Fiz uma foz afeminada. – Vou ficar muito chateada com você!
- Por isso que eu te amo, seu idiota! – Ela apertou minhas bochechas e logo depois puxou meu rosto e me deu um beijo. Eu já estava tão desacostumado disso que me assustei. Claro que não podia demonstrar nenhum sinal de fraqueza, por isso tinha que disfarçar.
- Mas me diz aí se não beijo melhor do que esse tal de Mike e do que o Alex, hein? – Apertei sua barriga.
- Nossa! Tinha até esquecido desse detalhe. – Ela ficou nas nuvens. – Cara, ele beija muito bem... – Ela falava consigo mesma.
- Terra para ! – Estalei os dedos em sua cara.
- Foi mal... tava lembrando os bons momentos... – Ela fez uma cara safada.
- Você não presta mesmo. – Fiz um não com a cabeça e ela só ria.
Alguém bateu na porta. e eu nos levantamos um pouco para ver quem era. Era mamãe e Jamie.
- Oi, filhão! – Ela deu um beijo em minha testa – Está acordado faz muito tempo?
- Olha, nem sei... – Fiquei procurando por um relógio.
- Faz uma hora já que ele acordou – respondeu por mim. Nossa, ficamos conversando só durante esse pouco tempo?
- Ah, ok. Obrigada, , por ficar aqui com ele.
- De nada, Sra. .
- Jamie está quase dormindo em pé aqui – mamãe falou, olhando para Jamie. – Filha, vai lá dar um beijo no seu irmão antes de você ir.
Jamie parecia um zumbizinho andando. Ela subiu na cadeira em que antes estava sentada, ficou por cima da mesma, e deu um beijo em minha bochecha. Logo ela encostou sua cabecinha em meu ombro, ajeitou seu corpo por cima do de e começou a dormir.
- Acho que isso é sinal de que já devo ir pra casa – falou, fazendo carinho na cabeça de Jamie.
Mamãe carregou minha irmã para que pudesse sair da maca. Ela virou em minha direção e me abraçou.
- Você precisa de mim, por isso estarei aqui pra você – ela sussurrou no meu ouvido.
- Assim como você precisa de mim e sempre estaria aqui pra você.
Ela beijou minha bochecha e se afastou. Pude ver o sorriso em seu rosto. Ela pegou Jamie do colo de minha mãe e se despediu dela, logo depois indo embora. Agora era somente eu e minha mãe.
É, eu vou estar aqui pra você, pra sempre.
Continua...?
Nota da Autora: Olá leitoras lindas e maravilhosas! Desculpem-me pelo atraso da att. Estava sem muita criatividade, mas está aí!
Antes de qualquer coisa: QUEM FOI AO SHOW DO MCFLY? QUE É PIONEER E FOI NO M&G?? AAAAAAH! Gente, foi um dos melhores dias da minha vida! Não acredito quem conversei com o Tom (até do Círio de Nazaré falei com ele), com o Harry, que eu carreguei o Dougie *-* e que eu falei “I Love you pro Danny” e ele “Own! I Love you too!”!! Nem morri né?? Cara, o Tom lendo a minha blusa “Hey! That’s bullshit and you know it!” e eu “yeaah!” HSAUHSAUAS foi demais! Sem falar no show né?
Pra quem não foi ou não conseguiu conhecê-los, apenas digo calma. A vez de vocês vai chegar. A minha chegou depois de 2 anos e valeu MUITO a penas esperar!
E alguém também foi no show do Paul McCartney?? Cara, foi maravilhoso *-*. Ele é muito lindo!
Enfim, vou parar de expressar minhas fortes emoções do melhor fim de semana da minha vida de deixar vocês comentar sobre a fic aí em baixo. Enjoy it!
Beijos galera do mal!