But I can’t stop loving you!
Por: Bians
Beta: Minn


Capítulo 1.

Cá estou eu, numa sexta feira á noite, esparramada no sofá, vendo filmes de romance [e chorando, claro], e acabando de devorar a minha segunda panela de brigadeiro [okey, se continuar assim, um dia eu ainda viro uma baleia, FATO!]. Broxante, não acha? Pois eu concordo.
Eu poderia ter saído com a null e a null pra um lugar lá que elas me chamaram, não sei direito qual [ótimo, eu indo pra um lugar que eu nem sei onde, pega esse desespero]. Eu realmente tinha cogitado a idéia de ir, até a null me dizer que o null estaria lá, e eu desisti. Preferi ficar aqui, curtindo a minha fossa, do que olhar pra cara dele. Então, deixem-me contar nossa história. Se ele fosse o culpado da história, eu xingaria ele de todos os palavrões que eu me lembrasse, faria doce, e no final estaríamos no mesmo lugar em que todos os casais terminam as brigas. Mas, o grande problema, é que ele não teve culpa. Fui eu que terminei tudo. O motivo? Eu e meu ciúme idiota desconfiamos que ele me traía com a secretária. Baseada em que eu cheguei a essa conclusão? É o que eu me pergunto todos os dias desde que fiz essa cagada. Com medo de ser ‘a corna’ da história e sofrer [cara, eu tô me tornando uma pessoa depressiva], eu inventei um motivo idiota, fui lá e terminei tudo com ele. O null, meu EX-namorado [cacete, ex-namorado é a pior parte disso tudo], que não é besta nem nada, não caiu na minha desculpa sem criatividade e eu acabei contando o real motivo. Ele negou, claro [cafajeste]! Até aí, tudo normal. Normal, entre aspas por que eu quase desintegrei de tanto chorar. O grande problema é que ele acabou provando a sua inocência. E eu? Vocês não imaginam a minha cara de tacho e o meu sorriso amarelo no momento. Quase morri de tanta vergonha. Então eu saí correndo, e desde esse dia eu evito olhar pra ele. Eu deveria pedir desculpa? Sim, eu deveria. Eu deveria deixar orgulho de lado e lutar pelo cara que eu amo? Sim, eu deveria. Eu deveria tomar vergonha na cara? Ô se deveria. O null, ele tem uma banda junto com o null, o null e o null, o McFly. O null e a null namoram, o null e a null, só de pegação, e a null e o null, aqueles são mais empacados que não sei o que, mas todo mundo sabe que eles se gostam. Eu e o null éramos namorados, mas vocês já sabem o resto. Então, o null escreve a maioria das músicas, e todas com aquelas frases de efeito, sabe? E essas músicas mexem comigo, principalmente por saber que uma parte delas foi inspirada em mim. E são nessas frases de efeito que eu tenho pensado muito ultimamente. ‘Sorry’s not good enough’, ‘I can’t stop loving you’, ‘He rocked my world, more than any other guy’, ‘Yes he make my life worthwhile’, ‘I was afraid when you kiss me’, ‘If you need me I’ll be there’, ‘And I’m starting to believe that danger is never near when you are here’, e coisas do tipo. Todas parecem se encaixar perfeitamente na situação, como se o null já soubesse que isso ia acontecer. Claro que ele não sabia, mas que parecem, parecem.


Capítulo 2.

No dia seguinte, mais precisamente às 8 da manhã, a campainha toca. Eu levanto com aquela cara da combinação ‘chorei a noite toda + não dormi direito’, além da maravilhosa dor de barriga depois das duas panelas de brigadeiro.
Então eu levanto querendo pegar um taco de baseball e abrir a porta batendo no(s) indivíduo(s) que me acordaram. Abro a porta e dou de cara com null e null, todas sorridentes. O que elas queriam? Contar as novidades da noite anterior? ‘AMO VOCÊS, AMIGUINHAS! ’
- Ai null, você não sabe o que aconteceu ontem! – disse null com um grande sorriso, entrando sem ser convidada e se jogando no sofá.
- Você perdeu, a noite foi ó-ti-ma! – disse null entrando saltitando logo atrás de null.
- Obrigada por me lembrar, a minha noite também foi ótima, eu chorei que nem uma retardada pensando nas trezentas loiras peitudas que o null pegou ontem, comi duas panelas de brigadeiro que agora estão fazendo efeito na minha dor de barriga e estou com sono, querendo matar vocês! Querem morrer ou voltam mais tarde? – respondi irritada.
- Nenhuma das anteriores! – respondeu null parecendo não se abalar com a minha agressividade.
- null, eufiqueicomonullefoiperfeitoeeleémaravilhosoe, MEEEEU DEEEEUS, COMOEUNÃOPERCEBIQUEELETAMBÉMGOSTAVADEMIM, CACETE!? – null gritou me impedindo de decifrar o que ela disse.
- Eita, fala mais devagar que eu não entendi nada! – respondi desistindo de impedí-las de contar, afinal, seria inútil.
- null, eu fiquei com o null, e foi perfeito, e ele é maravilhoso e, MEEEEU DEEEEUS, COMO EU NÃO PERCEBI QUE ELE TAMBÉM GOSTAVA DE MIM, CACETE!? – ela disse mais pausadamente. Fiquei feliz por ela, afinal, como eu já disse, todo mundo sabia que eles se gostavam.
- Que ótimo null, fico feliz por você! – disse sorrindo amarelo.
- E o null me pediu em namoro! – null sorria bestamente.
- Até que enfim! – tentei sorrir, mais uma vez em vão.
- Ai null, desculpa, eu sei que você tá triste, mas se isso te anima, o null não pegou ninguém! – ela disse com cara de ‘sinto muito’.
- COMO NÃO? COMO ASSIM EU DESCONFIEI DELE, TERMINEI TUDO, NÃO TIVE CORAGEM DE PEDIR DESCULPA, NÃO OLHEI NA CARA DELE, E ELE, AO INVÉS DE SE EMBEBEDAR E PEGAR TODAS AS MULHERES QUE TAVAM NA FRENTE, ELE FICOU NA DELE? – gritei indignada. – Era isso que eu esperava dele!
- Eu sei null, também fiquei surpresa, mas ele mal bebeu, se você quer saber. – respondeu null. – Acho que ele pode te surpreender, honey!
- É, acho que ele pode! – respondi bufando. – Mas sinceramente, eu não sei como ele reagiria se eu fosse falar com ele. O fato é que tentar esquecer ele vai ser inútil.
- Você nunca vai saber se não tentar! – concluiu null, e null concordou com a cabeça.
- Pois é! – concordei, mais confusa ainda. Antes eu tinha certeza que ele ia dizer um belo “NÃO” como em um letreiro colorido piscando. Mas a simples idéia de não ter mais tanta certeza desse ‘não’, me revirava o estômago. ‘Você nunca vai saber se não tentar!’, as palavras de null não saíam da minha cabeça. – Então eu vou tentar!


Capítulo 3.

Saí correndo, não me importando com o fato de estar de pijama, no caso, do Bob Esponja, e todas as pessoas na rua me olharem torto. null morava num prédio a 7 quarteirões da minha casa.
Eu corria o mais rápido que podia e que a minha pantufa do tigrão permitia, não podia perder mais tempo. null e null tentavam me seguir, mais nem eu sabia de onde eu tinha tirado toda aquela agilidade.
Bem, na verdade eu sabia, meu amor pelo null superaria até mesmo as leias da gravidade. Entrei correndo no prédio, acenei para o porteiro que eu já conhecia, entrei no elevador e apertava freneticamente o botão 3, já que ele morava no terceiro andar.
Saí do elevador e empaquei na porta da casa dele. E se ele me xingasse? E se ele dissesse NÃO? E se ele batesse a porta na minha cara?
De repente apareceram null e null no elevador, fizeram um sinal de ‘siga em frente’, um coração com as mãos, mandaram um beijo, e a porta fechou.
Bati na porta e abaixei a cabeça. Mexia as pernas freneticamente e comecei a estalar os dedos depois de já ter roído todas as minhas unhas. Porém, ao ouvir o barulho das chaves, não contive a curiosidade e olhei pra ver a reação dele. Ele abriu a porta, analisou os meus trajes, soltou uma gargalhada e em seguida o sorriso sumiu de seu rosto e ele abaixou a cabeça. Que ótimo, hora de sair correndo e... Hey, ele não bateu a porta na minha cara? ‘null, vá em frente!’ ‘Não, null, e se ele disser não?’ eu ri por dentro ao pensar que talvez aquele anjinho e o diabinho que ficam se contrariando na cabeça das pessoas realmente existissem.
- Oi. – eu disse abaixando a cabeça.
- Oi. – ele respondeu. Tinha como ser mas seco? Não, não tinha.
- Então... – eu disse, mas não sabia como continuar, ou melhor, começar.
- Hum. – null. CACETE, NÃO PODE DIZER ALGUMA COISA NÃO MONOSSILÁBICA, null? Okey, okey, eu não estava no direito de exigir nada. Tomei coragem, respirei fundo e...
- Desculpa null, eu sei que eu não podia ter duvidado de você, na verdade eu nem sei de onde tirei aquela idéia maluca. Eu sei que desculpas não são boas o suficiente e que você pode não querer mais olhar na minha cara. Mas o fato é que eu não posso parar de amar você e tentar te esquecer será inútil... – ele riu ao me ouvir dizer partes das suas músicas como se fossem palavras inéditas.
- Shiiiu! null, esquece tudo, eu realmente não fiquei muito feliz de você ter duvidado de mim, mas...
- null eu...
- Deixa eu terminar. Mas eu realmente também não acho que vou conseguir parar de te amar e muito menos te esquecer. Então eu resolvi te dar uma chance, se você prometer nunca mais duvidar de mim. E prometer me contar qualquer coisa que te atormente ao invés de ficar colocando minhocas na cabeça. Promete? – ele disse com cara de cachorro pidão.
- Sim, eu prometo. Eu te amo, null. – eu disse e o abracei forte, para que ele nunca mais fugisse dos meus braços.
- Eu também te amo, null. – ele disse separando o abraço e me beijando apaixonadamente – Pra sempre.


Capítulo 4.

- Então, foi assim que aconteceu! – null contava para null, null, null, null, null e null toda a história e até mesmo null se surpreendia com algumas partes.
- Ah, que linda a parte que vocês fizeram um coração pra ela! – null comentava.
- Amor, fica em silêncio, please! – null pediu. Como assim depois de toda aquela história, ela vinha dizer que essa era a parte linda? ¬¬’.
- Caraca, até eu fiquei surpreso com algumas partes. – disse null.
- Eu posso te surpreender! – ela disse e piscou para null e null.
- Quero só ver agüentar esses dois daqui pra frente! – Comentou null.
- Ai, amoooooor, diz que você me ama? – null fazia uma voz totalmente gay e apertava as bochechas de null.
- Ai, claro que sim, querida. EU TE AMO! – null respondia gritando e chamando atenção de todos no restaurante. – Tudo o que você quiser!
- Ai meus deus, nós não merecemos namorados assim! – null falava para null e fazia cara de inconformada.
- Não mesmo.
- AAAAAAAH, a verdade é que vocês nos amam.
- Claro que é! – null concordou.
- É, todas nós amamos vocês! – null disse, e deu uma piscadinha pra null.
- Nós também amamos vocês! – ele disse retribuindo a piscadinha.
- Pra sempre! – eles falaram juntos.


FIM.



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