caminhava meio sem rumo. Tentava por tudo segurar as lágrimas, afinal seus pais haviam brigado novamente, e sua casa novamente estava num clima terrível. Ela se sentia simplesmente sem chão, porque seus pais ficavam descontando nela, e agora ela se sentia totalmente sozinha, como se a culpa de tudo estar tão errado fosse dela. parou um pouco e sentou-se em um banquinho, e então percebeu que estava perto da praia. Lembrou-se de seu melhor amigo desde sempre, . Ela já passara momentos maravilhosos com ele ali. e namoraram por quase dois anos, mas depois de brigas e desentendimentos, resolveram continuar só sendo melhores amigos. Repentinamente, sentiu que precisava dele agora. Pegou o seu celular do bolso e nem precisou digitar o número dele - era o último chamado. Mal começou a chamar e logo atendeu:
'Fofa?' a chamava assim desde que namoravam.
'! Onde você está?'
'Em casa... Fazendo nada...' ele riu. Só de ouvir a risada dele ela já se sentiu melhor.
'Escuta, ... eu tô aqui na praia, vem se encontrar comigo?' ela pediu com seu jeitinho de convencê-lo.
'Ahn, linda, aconteceu alguma coisa?'
'Nada não, , é que... meus pais brigaram, e como sempre, eu preciso de você.'
'Tudo bem, fofa... em cinco minutos eu tô aí... Qualquer coisa me liga, oks?'
'Claro, .'
'Então tá... até...'
'Espera' ela interrompeu ele.
'Que foi, linda?' ela não entendia como alguém podia ser tão atencioso o quanto ele.
'Eu te amo, viu? Muito, muito mesmo, lindo!'
'Ah, fofa, eu te amo muito, sempre' ele desligou e ela ficou sorrindo sozinha. Por um instante até esqueceu de todos os seus problemas.
continuou esperando no banquinho, e logo surgiu. ficou observando ele procurá-la, olhando para todos os lados, menos para onde ela estava. Ele estava lindo, com um jeans, uma camiseta branca e um all star preto. Era incrível como conseguia ficar lindo com as roupas mais simples. atravessou a rua e o abraçou por trás, rindo. Ele riu também e se virou para ela:
'Fofa... tudo bem?' ele passou a mão no rosto dela lentamente, fazendo carinho.
'Tô bem sim, ... na medida do possível' ela riu e ele pegou na mão dela. 'Você sabe, meus pais brigaram de novo, nunca é fácil...'
não falou nada, apenas a abraçou bem forte. fechou os olhos, simplesmente sentindo o corpo dele perto do dela, o cheiro tão gostoso do pescoço dele, e o quanto isso era bom pra ela. Na verdade, sempre fora a melhor coisa no mundo dela, mas ela nunca contara a ele, nem a ninguém. Era como se fosse um segredinho só dela, que a dava forças pra acordar cedo todos os dias.
se afastou e olhou nos olhos dela.
'Por que a gente não deita na areia, e fica conversando? Vamos aproveitar que a praia tá quase vazia...'
'Claro, ... vai ser bom, tô precisando realmente falar com você...'
'Ah não, não me diz que a Julie me quer de volta... Não, você não quer falar sobre isso, né?' ele a olhou com uma cara de dor e ela riu.
'Nah, se a Julie ainda te quisesse ela que corresse atrás, ué' ela se fingiu de indignada e deitou-se na areia, bem perto de . Ele se virou para ela e disse, sério:
'Agora... Conte-me todos os seus segredos, Srta. , pois só assim você vai ficar melhor...' ela riu e ele parou de falar.
'Ah, , acho que você daria um ótimo psicólogo, mas você já sabe quase tudo de mim e acho que não é de um psicólogo que eu preciso...'
'Eu sei, fofa, eu tava brincando, totals' ele riu e a beijou na testa, carinhosamente. 'Qual foi o problema dessa vez? Ela abriu sem querer a conta de luz que tava no nome dele?'
'Não, não...' riu, e ele sorriu junto. 'Foi algo mais do tipo... que eles nem sabem mais porque se casaram.'
'Ahh... entendo' ficou sério e olhou para o céu. 'As coisas não têm sido fáceis pra nós, não é mesmo, fofa?'
'É... parece que minha vida tá sendo terrível, sei lá, desde março...'
'Desde que terminamos?' perguntou inocentemente, mas ele tinha razão, eles tinham terminado em março, e desde então nada pra dava muito certo.
'É... talvez, ' ela corou ao pensar que ele podia achar que ela ainda o amava se continuasse falando assim. 'É só que, nada mais têm sido o mesmo... há tanto tempo...'
'Nada mais foi o mesmo desde que o entrou pra nossas vidas, sejamos sinceros' deu um soco no ar e riu.
'Ah, , não me diz que você ainda tem ciúmes de eu amar o ...'
'E como não ia ter?' ele se virou e encarou , sério. Ela parou de rir. 'Como você sempre soube, eu gosto de você desde que descobri que essa coisa de se apaixonar existe, aí o chegou do nada, todo perfeitinho e você simplesmente se apaixonou por ele, e toda a vez que eu te ouvia chamar "" logo eu sabia que eu ouviria algo com no meio.'
'Huuum' ela não sabia o que dizer. Era verdade, mesmo que na época ela não soubesse que a amava, ela se apaixonou por perdidamente. 'Mas ... Esquece' ela não ia dizer que não tinha culpa de não saber que a amava, mas desistiu.
'Fala, ... você sabe que eu odeio quando fazem isso.'
'Eu também' ela riu e passou as mãos pelos cabelos. 'Mas realmente não importava, não faz diferença.'
'Tá bem, faz de conta que eu não me importo' ele respirou fundo, e continuou. 'Afinal, por que diabos você gosta tanto do ?'
'Não sei... talvez porque ele seja gentil e lindo...' tossiu forte e ela riu. 'Oks, talvez pelo fato de ele ser totalmente gostoso e ter um cheiro muito bom... enfim, ele é incrível!'
'Juro que se eu ouvir você falando mais uma vez que o é incrível eu me mato com o cadarço do meu all star.'
'Que deve estar cheio de areia, se você não percebeu...'
'Ah , você é terrível, sabia?' os dois riram juntos. 'Era pra eu estar bravo com você, mas agora você me fez rir e...'
'E tudo ficou bem, não é mesmo?'
'Aham... como sempre' ele se virou para ela e sorriu. 'Às vezes eu sinto como se... as coisas só ficassem bem com você... argh, eu não quis dizer isso...'
riu, e ficou sem jeito. Ele tinha falado aquilo sem querer, mas ela tinha gostado. E muito.
'Tudo bem, , eu sei que você realmente não queria falar isso...' ela segurou-se para não rir, porque sabia que não falaria algo assim em vão.
'Ahh... você se lembra de como era bom passar os domingos aqui quando éramos pequenos?'
'Claro... era tão maravilhoso...' ela sorriu com as lembranças de muito tempo atrás.
* FLASHBACK *
', VOCÊ NÃO VAI... HAHAHA... NÃO... HAHAH... NÃO VAI ME JOGAR NA... HAHAH... ÁGUA... HAHA' ria enquanto a levava no colo pra perto da água e fazia cócegas nela.
'AGORA VOCÊ VAI VEEEEER...'
se jogou na água e os dois caíram na água que estava incrivelmente morna, gostosa mesmo. levantou-se e olhou para , que já tinha se levantado, e ela percebeu que ele estava realmente bonito, mesmo com o cabelo molhado todo bagunçado.
'...'
'Fala, .'
'Você tá boniiito...' ela riu e ele ficou vermelho. 'É sério, .'
'Não disse que não era... erm... é só que...' ele coçou a cabeça, sem jeito. 'Você nunca me disse algo assim...'
'Por favor, ' ela revirou os olhos. 'Nós temos só 12 anos... Você acha que eu tinha capacidade de notar alguma coisa antes disso?'
'Haan... sei' ele apertou os olhos, desconfiado, e ela riu mais ainda. 'Eu te achava linda quando você colocava aquele vestido rosa rodado...'
'! Eu só tinha quatro anos!'
'Eu seei...' ele riu e atirou água nela, que fez careta. 'É por isso que eu tô dizendo que a gente vê as coisas antes dos 12...'
'Não, eu não via nada a não ser que eu queria que você brincasse comigo o dia todo, todos os dias...'
'Ahá, eu sabia que você me amava desde esses tempos...'
'Seu convencido' ela riu e bateu nele. 'Eu neem sabia que amava alguém, só sabia que amava sorvete de morango...'
'Haa, mas admita, amava principalmente quando tomava sorvete comigo... ahaam, pode admitir, .'
'Tá, , você torna qualquer sorvete mais gostoso.'
'Uuui, tô podendo!' ela riu e ele se jogou por cima dela, e os dois caíram na água de novo.
* FIM DE FLASHBACK *
'Criiiis... acorda, fofa.'
'Ah, nem vem, eu não tava dormindo' fez careta e ele sorriu. 'Eu só tava lembrando de uma vez que viemos aqui, oks?'
'Mas tem tantas, dá pra especificar?'
'Aqueela... quando tínhamos 12 anos, e eu disse que você estava bonito, pela primeira vez.'
'Primeira vez de muitas, admita, ' ele riu e ela concordou.
', lembra aquela vez que eu te tranquei dentro do meu closet?' perguntou , do nada, sorrindo.
'Lembro sim, e às vezes eu acho que você é meio maníaca por isso...'
'Ah , eu tinha meus motivos, juro...' ela riu lembrando do que sentia quando fez isso. Ela tinha só 5 anos.
'E que motivo era bom o bastante para me trancar em seu closet? Até hoje eu tenho medo de pegar roupas pra você...' e riram juntos.
'Eu queria que você estivesse sempre perto de mim, então... achei que se te trancasse no closet poderia ter você sempre perto.'
'Quem ouve você falando isso acha que eu morava do outro lado da cidade' ele revirou os olhos e se mexeu, ficando de frente para ela.
'Mas pra mim parecia... Pelo menos quando eu estava de castigo e não tinha como te chamar para brincar...'
'Ah , sério que você sentia isso?'
'Uhum' ela concordou, arrumando sua blusa, e a observava, mas não percebeu.
'E , o que você sentia quando eu namorava com a Julie?'
'Ah não, ' ela gemeu. Não queria responder a essa pergunta. Aquela garota se fingiu de amiga dela apenas para se aproximar do , e depois ficava falando nele o tempo todo, contando tudo em detalhes para - e isso foi alguns meses depois de eles terem terminado o namoro. Era um inferno total pra .
'Por favor, ... vamos lá' pegou na mão dela e acariciou, mas puxou de volta e deitou-se de barriga para cima.
'Tá bem, ' ela bufou e cruzou os braços. 'Era um inferno total... ela ficava falando de cada coisinha mínima sua, e eu tinha que aturar, e tipo... ah, admito, eu estava sentindo a sua falta, e ela ficava falando o tempo todo em o quanto você era perfeito, e sinceramente, eu não precisava de ninguém pra ficar me lembrando disso.'
E então riu. se sentiu indignada - então ela se abria pra ele e ele... ria? Ria do que tinha sido um inferno pra ela?
'Desculpa, ... mas é que eu não tava nem aí pra Julie, e eu ainda amo você, então...'
O mundo dela parou totalmente. Ela tinha ouvido direito? disse 'ainda amo você?' Jesus, ela precisava respirar. Porque na verdade, ela ainda o amava - e mais do que isso. Havia esquecido , e o amava. amava , absolutamente, mais que tudo mesmo.
'Bem, erm...' ele se deu por conta do que tinha dito. 'Nunca gostei de Julie, e nem vou...'
'Eu ainda te amo, ' ela disse, assim, do nada. Nem mesmo ela esperava interrompê-lo e dizer isso, mas simplesmente... disse.
'Que... que... ah, meu Deus, sério, ?' a olhou, sem reação.
'Quando chegou, todos diziam, "nossa, como a e o combinam", mas mesmo assim, quando eu olhava pra você, eu sentia uma fisgadinha por dentro, e não sabia por que...'
* FLASHBACK *
', você está... totalmente linda!'
desceu as escadas em direção à , sorrindo. Quando chegou ao patamar, ele lhe beijou de leve e os dois entraram no carro de , indo em direção ao baile de primavera. estava nervosa, afinal era a primeira vez que ia ao baile de primavera realmente acompanhada (nos outros anos tinha ido com , mas eles iam juntos apenas porque não tinham par). Logo e chegaram à escola, e entraram, de mãos dadas no salão. Sentaram-se à uma mesa e ficaram bem perto um do outro. fazia cafuné nela, e ela sorria.
'Amoor...' chamou.
'Hm?'
'Eu te amo, sabia? Muito, muito.'
Ela sorriu e o beijou, era um beijo romântico, carinhoso.
'Também te amo, .'
deu um selinho em , e quando olhou para frente, o seu queixo caiu, literalmente, e seu coração disparou. estava lá - lindíssimo, de terno, com o cabelo ajeitadinho, todo arrumado - e o pior, com um par.
'...!' ela exclamou, surpresa. 'Jurei que você não vinha...'
'Ah, eu também achava que não vinha' ele riu e pegou na mão de seu par. ', a Julie concordou em vir comigo...'
'Ah, que legal' ela disse, emburrada. 'Eu e estamos nos divertindo muito, não é amor?' ela olhou para , que estava calado.
'Ahaam... o baile tá ótimo, não é mesmo, ?'
'Claro, Judd... uma maravilha' percebeu a forma que olhava para . E se ela fosse , estaria com medo. ', posso conversar com você um instante?'
'Claro, pode falar, ' ela estava totalmente aborrecida, e não sabia o porquê. Estava totalmente feliz há cinco minutos.
'À sós, por favor...' estendeu a mão para ela, e ela pegou, ainda que de má vontade, e os dois saíram para fora do ginásio.
'Que foi, ? Quer me contar o quanto Julie beija bem ou o quê?' se escorou na parede e cruzou os braços, bufando. riu.
'Não, eu não ia falar sobre a Julie, e a propósito, foi ela quem me convidou...'
'Sério? Que comovente!' disse, sarcástica.
'Ei , por que diabos você tá assim? Até ontem você estava insuportável falando nesse vestido e no quanto seria perfeita essa noite com o ...'
'Ah , não cutuca a ferida, você sabe que não é mais o mesmo desde que me largou do nada para ir naquelas festas e depois voltou...'
'E até hoje não sei porque você voltou para ele' disse , parecendo pela primeira vez bravo. 'Você não percebe? , você tá dando a chance ao cara errado!'
'Chega, ! Primeiro você aparece com a Julie, e depois fica me dizendo que o não é pra mim, qual é a sua, ?'
passou a mão pelos cabelos e então olhou para . Aqueles olhos azuis nunca tinham parecido tão intensos à ela.
'Talvez eu estar apaixonado por você seja uma boa razão' o coração de disparou como nunca. 'Talvez isso seja um bom motivo para tentar fazer com que você me perceba vindo ao baile com a Julie, para te mostrar que é um cafajeste, e também para o que eu vou fazer agora' a respiração de estava fraca, e de alguma forma, parecia bom demais para ser real. 'Se você não quiser, você vai poder me impedir, eu vou contar até cinco... 1... 2... 3... 4...'
se aproximou de e encostou os lábios nos dela. pressionou de leve seus lábios contra os dele, como sinal que queria. se afastou um pouquinho, e a olhou nos olhos. tentou, mesmo que fosse apenas pelo olhar, demonstrar o quanto gostava dele. se aproximou dela novamente, e então a beijou, verdadeiramente. Ela jamais havia sentido algo igual - o beijo dele era o melhor que ela já tinha provado. Seus lábios eram perfeitamente macios, e ele sabia exatamente cada movimento que fazia. E nunca as coisas haviam parecido tão certas para ela...
* FIM DE FLASHBACK *
'E na verdade, agora eu sei, ' ela prosseguiu, olhando para o céu. 'É porque eu te amei a vida toda, e fui tola demais para perceber, mas agora eu sei, sei de todos os meus erros e...' estava com um nó na garganta. A cada palavra se tornava mais claro para ela que era quem ela amava, mais que tudo.
'Shh, pequena... eu entendo' e sem dizer mais nada, se aproximou dela, e a beijou. o beijou ainda mais intensamente, como havia sentido falta do beijo dele, daqueles lábios... de tudo. Os dois se afastaram e se olharam sorrindo.
'Agora... pode ser pra sempre?' perguntou , com um enorme sorriso.
'Pode sim... e poderemos ter 10 filhos, como você queria, Sr. ...' se aproximou dele e o beijou de leve, carinhosamente.
'Queem disse que ainda quero casar com você?' perguntou ele, quase rindo, segurando a mão dela.
'Talvez porque você tenha perguntado se dessa vez é pra sempre...'
'Ok pequena, você venceu...' ele disse, selando os lábios dela. 'Vamos pra casa? Para a minha, pra você esquecer dos problemas...'
'E eu lá tenho problemas? Que eu saiba, a única coisa que eu tenho é você...'
se aproximou dela e a beijou carinhosamente. Sussurrou bem próximo dela:
'Eu te amo mais que tudo, pequena...'
'Posso te contar um segredo, amor?' ela perguntou, abrindo os olhos. Ele também a encarou.
'Fala, linda...'
'Você é a melhor coisa em meu mundo, sempre foi... mas não conta pra ninguém, ok?'
'Pode deixar, fofa, fica entre nós...' ele sorriu e a beijou mais uma vez, esquecendo do tempo e de tudo.
Fim
Nota da Autora: AEAE galere! Então, mais uma fic, parabéns (?) pra mim o/
Desculpem pelo final meio sem noção, mas é que eu acho que esse casal não precisa de muita coisa pra se resolver né *-*
Enfim, não sei o que escrever aqui.Obrigada Rafaella Jones , por me agüentar sempre, não vivo sem você melhor amiga :)
Obrigada a todas que leram, e por favor, comentem!