Destination Choices
Autora: Bia Guimarães
Beta- Reader: Amy Moore
Prólogo
"Estava me dando conta de que era verdade, eu estava mesmo lá, em meu sonho. Nunca o tinha visto tão real; estava acostumada a meus sonhos se realizarem, mas não com tanta realidade, e era sim pura realidade. Não estava sonhando.
Damon me abraçava sob o olhar da cachoeira. Pulamos e nos molhamos, enquanto Stefan, ah... Stefan, ele estava se divertindo, apesar de estar com Caroline, e era isto que importava. Não estávamos juntos, mas eu ainda sentia algo profundo por ele. Mas, afinal ele estava feliz e eu também."
Capítulo 1
Crazy crazy, dream love.
- Bom dia, ! - Stefan me acordou, sentado ao lado da minha cama, me enchendo de beijos.
- Stefan, o que diabos você está fazendo aqui? Alguém lhe viu?
- Claro que não. O que seus pais iriam pensar ao ver o seu namorado de 17 anos (aparência de 17, porque a idade é muito maior) com os hormônios aflorando, em seu quarto às cinco da manhã? - Ele fez uma expressão de questionamento.
- Stefan, cala a boca! - murmurei, apertando sua mão com força.
- Bem que poderia ser realidade o tal pensamento deles, não é mesmo? - Ele fez a expressão de inocência que eu amava.
- Stefan, para com essas besteiras e me espera lá em baixo. Vou me trocar e já desço. Mas para onde você vai me levar?
- Você irá se surpreender! - Stefan me deu um beijo na testa, desceu as escadas e foi em direção a sala em um tempo sobrenatural, desaparecendo da minha vista antes que eu percebesse.
Eu ainda não queria deixar tão sério meu relacionamento com Stefan, até porque só fazia um mês do nosso namoro. Quero dizer, o nosso relacionamento sério, depois que ele me contou a verdade sobre ele. Nós estávamos indo comemorar nosso um mês de namoro às cinco da manhã, uma coisa bem normal, comparando a Stefan.
Não sabia que roupa usar; eu não sabia nem para onde estávamos indo, então optei por uma regatinha branca por debaixo de um blazer preto e um jeans, com medo de fazer frio. Porque estava realmente fazendo muito frio. Pensei em Stefan com aquela calça verde e uma camisa verde fina, o que com certeza faria frio, mas lembrei que Stefan não sente frio. Ele é frio, o que me agradava muito nele.
Desci as escadas fazendo o máximo para não fazer barulho e não acordar ninguém, mas também desci correndo - não tanto quanto Stefan, mas numa velocidade normal para quem está prestes a comemorar o aniversário de um mês de namoro com o cara mais gato da escola e quem sabe do mundo.
- Stefan, eu já estou pronta! - disse, super ansiosa.
- Está mesmo preparada?! - Stefan fez uma expressão de matar qualquer menina de amor.
- Extremamente preparada...
Capítulo 2
Fly with the blood.
Stefan cobriu meus olhos com um lenço de seda, depois entramos em um carro, e pensei que provavelmente era o dele. Eu não tinha como ver, também não queria, apesar de estar ansiosa que aquele momento acabasse. Eu confiava em Stefan, e só isso já bastava.
Durante toda a viagem segurei a mão dele, a mão fria e dura, porém aconchegante. De repente percebi que o carro tinha parado.
- Já chegamos? - perguntei, demonstrando entusiasmo.
- Não, amor, eu parei para dar o seu presente.
Comecei a gelar. Apesar de eu gostar muito de presentes, eu já tinha ganhado o mais importante. Stefan me chamou de "amor". Meu coração começou a bater mais forte, quase descolando. Stefan retirou o lenço que atrapalhava a minha visão e me deu uma sacola da Madison's. não que eu não tenha gostado, mas Madison's é muito caro. E não tinha necessidade de um presente tão caro.
- "Amor", não precisava! - Fiquei feliz em poder chamá-lo de "amor".
- Não é o homem que tem que dar o presente?
- Sim, tecnicamente sim, mas o meu maior presente é poder ficar com você.
- Vamos, . Não enrola; abre logo.
Abri a sacola da Madison's e lá dentro tinha um biquíni, mas... O que fazer com um biquíni em uma cidade tremendamente fria?
- Stefan, eu adorei, mas... – ele me interrompeu.
- É para você vesti-lo agora .
- Como assim? Agora? Neste frio?
- Sim, está vendo aquela cabana no meio do mato?
- Sim, mas...
- Vá lá veste o biquíni e veste o casaco e o short que está na sua bolsinha de couro no porta-malas do carro.
Não quis saber como minha bolsinha estava no carro, não quis saber pra quê vestir o biquíni ou sobre aquela cabana no mato; fiz o que Stefan pediu, porque pra mim o mais importante era que eu estava mesmo com ele, e não iria mesmo negar um pedido de Stefan. Abri a mala de seu carro e peguei minha bolsa de couro. Fui em direção à cabana. A porta desta estava aberta. Entrei, me troquei e quando terminei vi Stefan encostado na porta.
- , pode deixar suas coisas aí. Aluguei esta cabana.
- O quê? Stefan, você é um namorado louco que me acorda às cinco da manhã, me manda vestir um biquíni neste frio, dentro de uma cabana que você alugou no meio do mato de uma estrada de algum lugar a uns 300 km de casa...
Mal terminei de falar quando senti Stefan me envolvendo.
- Te amo, ! - sussurrou em meu ouvido.
Não estava acreditando. Era mesmo Stefan me envolvendo em seus braços e dizendo que me amava. Fiquei sem reação.
- , está pronta para viajar?
Deixei tudo em suas mãos, Stefan colocou o lenço em meus olhos e me tomou em seu colo. Em pouco tempo tínhamos sumido dali. Eu estava nos braços do “meu” vampiro que corria em direção a algum lugar, que não importava; eu estava com ele porque meu amor era maior que o meu medo.
Capítulo 3
Wake up girl
Estava tudo muito bom, quando de repente...
- , acorde; você vai se atrasar para a aula - sussurrou minha tia em meu ouvido, me fazendo acordar.
- Ah... Não era verdade? Cara, que droga! Tia, por que me acordou? Eu estava tendo o sonho mais lindo do mundo!
- O que não era verdade?! ! - Nunca era uma coisa boa quando minha tia me chamava pelos dois nomes. - Você vai perder a aula.
Pensei em Stefan, pensei se aquilo tudo tinha sido realidade. A cabana, o "amor", o "eu te amo", e pensei se aquele sonho não tinha sido uma previsão do futuro, o meu futuro com Stefan, tudo envolvido por amor e uma paixão inacabável... Eu estava louca; previsão do futuro? Não, com certeza não, absolutamente não! Então pensei que poderia não ser uma "previsão", mas sim um aviso, então tudo ficou bem melhor. Preferi pensar em mim como uma ganhadora de avisos, apesar de ser meio excêntrico, mas é melhor ser uma beneficiada dos deuses a ser uma louca médium. Sim, o aviso era uma ótima opção, então decidi seguir o "aviso" e me encontrar com Stefan o mais cedo possível.
Antes de terminar de pensar, já tinha levantado da cama aos pulos. Só porque foi um sonho não quer dizer que não poderia virar realidade.
- Quer saber, tia Jenna? Hoje você não vai ter problemas para me levantar da cama - eu disse após pular da cama.
- Hum... Eu queria que todos os dias fossem assim - murmurou tia Jen enquanto saía do meu quarto.
Troquei-me e desci cantarolando para tomar café. Jeremy, meu irmão mais novo, estava na mesa e Jenna estava preparando panquecas. Sentei e comecei a comer umas panquecas que já estavam prontas na mesa. Ao tomar meu primeiro gole de café, fui atrapalhada pelo som de uma buzina de carro.
- Quem será? - perguntou Jeremy.
- Não tenho a mínima ideia. , tá esperando alguém? - Tia Jenna direcionou o olhar a mim.
- Não, mas...
Levantei e fui em direção a porta. Um cara de mais ou menos uns 17 anos, com cabelos cor de mel, músculos evidentes por baixo de uma camisa branca, cílios longos e aparência meio pálida, estava encostado em uma Lamborghini vermelha. Ele era lindo, e seu sorriso também.
- Stefan... – Chamei seu nome enquanto corria em sua direção e o abraçava.
- E aí? Vamos pro colégio? - perguntou Stefan com a sua voz extremamente agradável.
- Sim, eu só preciso terminar de comer e pegar o meu casaco. Quer entrar?
Era a primeira vez que eu convidava Stefan a entrar em casa, pois só estávamos "ficando" há três dias. Eu o convidei, pois sabia que ele só poderia entrar se fosse convidado. E eu comecei a confiar muito em Stefan depois que ele me contou seu segredo, há exatamente dez horas.
- Hum... Tem certeza que quer que eu entre?
Balancei a cabeça afirmando que sim.
Capítulo 4
I missy you
Stefan entrou suavemente e cumprimentou Jeremy com um aceno.
- Você é o...? - perguntou tia Jenna, para minha vergonha.
- Stefan - respondemos eu e ele ao mesmo tempo.
- Ah... Você é o famoso Stefan, de que não para de falar, como eu poderia esquecer...
- Tia Jenna! – Eu a interrompi. – Já chega. Stefan, vamos subir; eu perdi a fome. – O que eu mais queria naquela hora era sair daquela situação constrangedora.
Subimos as escadas para eu cair na realidade. Stefan estava indo em direção ao meu quarto, e nessa hora só pude pensar se estava bagunçado, se tinha alguma roupa íntima jogada em cima dos móveis, mas, para o meu alívio, lembrei que Tia Jenna pegou as roupas sujas que estavam espalhadas em meu quarto.
Stefan ficou olhando algumas fotos no corredor do primeiro andar, enquanto eu escovava meus dentes. Quando entramos no meu quarto, foi tanto constrangedor quanto na cozinha; nós ficamos sem assunto. Pensei em um assunto que iria salvar nossa conversa.
- Stefan? – Chamei sua atenção, enquanto ele olhava meu quarto curiosamente.
- Sim? – Olhou para mim, ainda concentrado nos mínimos detalhes do meu quarto.
- O que foi? - perguntei.
- Não é nada, é só que... O seu quarto é exatamente como eu imaginei.
- E como foi que você imaginou que seria meu quarto?
- Pela sua personalidade, eu imaginei que teria fotos nas paredes, fotos de momentos especiais com Caroline, Bonnie e Matt... Um momento. Fiquei com ciúmes dessa sua foto no colo de Matt – disse Stefan, sorrindo.
- Ciúmes de mim? Mas só estamos namorando mesmo de verdade há um dia e ficando a três. E já está com ciúmes de mim?
- Sim, tenho ciúmes de você desde que te vi pela primeira vez. - Stefan me abraçou, encostando a cabeça na minha e me olhando nos olhos. – Principalmente do Matt – completou, rindo.
Stefan me beijou.
- Não precisa ter ciúme do Matt – retruquei.
- Eu não tenho, estou só brincando com você. –Stefan me zombou.
- Idiota. – Beijei-o mais uma vez.
- Que tal nós irmos logo? Ou podemos perder a escola?
- Stefan... – Reclamei.
- Não se preocupe, nós não vamos nos atrasar.
Peguei meu casaco e descemos a escada de mãos dadas.
- Tia Jen! Já estou indo.
- Tchau, ! Tchau, Stefan!
Nós entramos no surpreendente carro vermelho de Stefan e fomos para a escola. Como eram aulas diferentes, comecei a ter saudade no pouco que passamos afastados. A saudade significava muito para mim.
Capítulo 5
I don’t know
Nós ficamos no maior amor na primeira semana. Éramos delicados e românticos um com o outro, como se aquela fosse uma convivência de uma vida toda, uma vida serena e sem preocupações, uma vida de conto de fadas, mas como infelizmente conto de fadas não existem...
Nós tínhamos acabado de completar uma semana de namoro e saímos para jantar.
Stefan me deu um colar que, segundo ele, iria me proteger de "demônios da noite". Eu não gostava quando ele chamava os vampiros de demônios. Porque para mim ele era o príncipe, e não um demônio. Eu não imaginava ver Stefan como um demônio.
Depois do jantar, ele quis me levar em casa, mas eu preferi ir andando sozinha, já que Stefan tinha "coisas a fazer", e eu também não o questionei; eu precisava pensar. Desde a morte de meus pais, eu não havia me divertido tanto, e precisava colocar minha cabeça no lugar e tentar desvendar se aqueles sonhos – meus sonhos com Stefan eram mesmo reais ou eram sonhos de uma adolescente frustrada com a morte dos pais, a garota que vê o garoto perfeito olhando para ela e se pergunta, por que não? Por que não tentar? Será que a base da minha relação com Stefan era só atração e solidão, ou será que eu o realmente o amava? Não sabia de onde tinha tirado esses questionamentos. Minha semana com ele tinha sido perfeita, e eu realmente o queria, mas eu estava mesmo com muitas dúvidas e teria que resolvê-las.
Capítulo 6
The kiss
Eu estava indo para casa depois do nosso jantar, quando tropecei e caí.
- Merda – sussurrei.
- Quer ajuda? - Escutei uma voz, uma voz grossa, porém aconchegante.
- Não, obrigada! - falei, enquanto levantava, mas a queda me deixou meio tonta e caí de novo.
Senti uma mão em meus ombros, provavelmente a mão do dono da voz aconchegante. Ele me ajudou a levantar, e de pé ficou me encarando. Ele era muito bonito, muito mesmo, tanto quanto Stefan. Era um pouco mais alto que Stefan, e seu olhar era o mais intrigante que já tinha visto. Por um momento, passou pela minha cabeça que ele era mais bonito que Stefan, mas como era possível?
- Prazer, Damon. – Ele se apresentou.
- – eu disse, sem conseguir parar de encarar aqueles olhos verdes.
Os olhos dele eram hipnotizantes.
- O que uma moça como você faz por essas ruas uma hora dessas?
- E-eu estou indo para minha casa.
- Você está com sorte! Estou livre e vou lhe acompanhar.
Sem pensar, saí andando ao lado de Damon. Apesar de ser um estranho para mim, ainda estava encantada pelo seu olhar. Enquanto caminhávamos, não falamos nada. Acredito que estávamos sem jeito; tanto eu quanto ele.
- Chegamos! – eu disse, enquanto olhávamos para minha casa. – Tchau Damon!
Enquanto ia em direção a porta, senti uma mão passar pela minha cintura. A mesma mão que minutos atrás estava no meu ombro. Virei e fui surpreendida. Damon me beijou. Eu retribui, pois no fundo, era o meu maior desejo. Era como se tivesse um tipo de ligação entre eu e ele.
Terminei de beijá-lo, mas quando abri os olhos, ele não estava mais ali. Entrei em casa e subi as escadas correndo, deixando para pensar no dia seguinte na burrada que tinha feito e fui dormir. Aquela noite foi diferente, não tive mais sonhos com Stefan, não tive pesadelos por ter traído Stefan. Naquela noite, sonhei com Damon.
Capítulo 7
Don’t cry
Eu estava mais confusa do que antes. Eu havia beijado um homem chamado Damon e tinha sido o melhor beijo da minha vida, e era só isso que eu sabia. O jeito que ele me beijou foi além do meu amor por Stefan, e tinha chegado a uma conclusão: eu realmente amava Stefan, eu me sentia uma pessoa melhor perto dele, e não iria aguentar mentir para ele. Também não aguentaria ficar sem ele, porque eu havia traído-o, e tinha gostado.
Mas como amar a duas pessoas? O amor de Stefan me deixava com chão; era minha base. Já Damon me levou às alturas. Pensei que não devia pensar em Damon, porque não sabia nem o seu sobrenome, não sabia onde morava, não sabia se o veria de novo. E pensei que se o encontrasse de novo iria me controlar, porque já tinha Stefan. Mas era sábado e teria muito tempo para pensar.
Estava atolada de pensamentos quando meu celular tocou. Era Stefan.
- Stefan... – eu disse, meio desconfortável.
- . Eu terei que fazer uma viagem.
- Como assim? Para onde?
- Eu tenho alguns assuntos pendentes, e tenho que resolvê-los.
- E quando você volta?
- Em mais ou menos duas semanas.
- Tá, tudo bem. Quando você viaja?
- Hoje mesmo. Posso passar aí?
- Sim.
Quando menos espero, Stefan entrou pela minha janela.
- Stefan... - eu falei, assustada.
Ele veio em minha direção e me abraçou.
- , eu quero que saiba que eu te amo.
Sem me conter, comecei a chorar.
- Stefan... Eu tenho que lhe contar uma coisa.
Ele pôs o dedo em meus lábios, bloqueando a minha confissão.
- Não, você não precisa.
Ele me beijou. Eu o beijei de novo.
- Tenho que ir - disse Stefan.
- Tchau, Stefan.
- Tchau, – disse e saiu pelo mesmo lugar que entrou.
Capítulo 8
Shock
Depois que Stefan saiu, eu me debrucei em lágrimas. O jeito que ele falou comigo, como se soubesse de algo e como se não fosse mais voltar.
Mas então pensei que não tinha como ele saber de nada, e que eu não tinha errado; foi aquele homem que me beijou. Apesar de ter retribuído, ele não precisaria saber desse detalhe. Eu estava decidida. Iria esquecer a noite passada.
No sábado à noite, fui encontrar Bonnie, Caroline e Matt. Bonnie era a minha melhor amiga desde o acidente com meus pais. E Caroline, tinha o jeito Caroline de ser. Ela me animava.
A noite foi como eu pretendia: divertida, animada... foi até engraçada. Nós nos divertimos até tarde, assistimos filmes, pedimos pizza e até zoamos do namoro de Caroline e de Matt. Naquela noite, eu percebi que estar com os meus amigos sem historias bizarras de vampiros, e sem me preocupar se iria me machucar para não sangrar e meu namorado me atacar, era muito bom.
No domingo tinha planos para ir fazer um piquenique com Jenna e Jery. Cheguei na hora marcada, mas eles ainda não tinham chegado. Lá sozinha, as lembranças do meu namorado saindo pela minha janela vieram em minha cabeça e comecei a ter saudades.
Depois de horas esperando, resolvi ir embora. Peguei a cesta e fui para o meu carro. De repente, escutei uma pequena batidinha na janela do meu carro. Eu olhei e me assustei.
Capítulo 9
When the stories invide reality
Olhei e vi seu sensacional rosto. Penetrei em seu olhar. Senti uma paz infiltrada em minhas veias, uma paz tão grande que logo me esqueci do susto, esqueci de onde estava, e esqueci de... Stefan Salvatore.
- Você! – eu disse, demonstrando ao mesmo tempo surpresa e arrogância.
Ele deu um sorriso. Abalou minha estrutura.
- Sim, eu mesmo – ele respondeu, olhando profundamente em meus olhos.
- Você tem que se explicar. Como pôde fazer isso comigo? Depois daquela cena ridícula em que me beijou, você fugiu. Por que você fugiu? Por que me beijou? Responda.
- , eu queria responder a tudo, mas não posso.
Ele estava diferente.
- Co-mo assim? Quem você pensa que é? Você me acompanhou até minha casa e depois me beijou, e sem dizer nada SUMIU! Não passou pela sua cabeça que eu posso ter namorado? Ou... Ou... Você é simplesmente sem noção. E depois vem com essa conversa que não pode me explicar, e sim, você não só pode como TEM que me explicar.
Tentei recuperar o fôlego.
- Tudo bem. Eu prometo lhe contar tudo, mas primeiro temos que ir para outro lugar.
Deixei que ele me guiasse. Saí do carro e fui atrás dele. Nós andamos até que chegamos a um local mais afastado das outras pessoas.
- , eu preciso que confie em mim – disse Damon.
Assenti.
- Naquela noite, eu estava andando, com fome, e de repente a vi. Caída no chão, você parecia uma boa opção, já que eu estava com muita fome. Então lhe ofereci ajuda. – Apesar de não entender, relaxei e o deixei me explicar. - Você estava tão fácil, e eu estava com tanta fome. Quando você se virou, todos os meus planos mudaram, eu decidi que eu a queria, mas não como o meu jantar, mas sim como “minha”. Eu a queria de um jeito diferente, e não sabia como, porque eu nunca tinha sentido aquela sensação, de proteção, de querer lhe abraçar, de amor...
- Damon – eu disse, tentando o interromper. Ele continuou.
- E então a levei até sua casa sem lhe direcionar nenhuma palavra e fiquei com medo de lhe deixar e queria lhe abraçar ao mesmo tempo. Então a beijei, mas logo eu vi que poderia ser uma ameaça a você, poderia te machucar dando um só movimento brusco. E então corri. Nesses dias eu não parei de pensar em você. E em como eu a queria perto de mim, mas eu estava na cidade só de passagem. E é meio complicado para mim poder andar livremente por essa cidade, mas então eu decidi voltar. Para tê-la.
Eu fiquei sem reação.
- Damon? Você é mesmo o que eu estou pensando? – perguntei, incrédula. – Um...
- Vampiro – respondeu claramente. – Você sabe sobre nós?
Não me interessei em responder.
- O que estava fazendo aqui, na noite em que me beijou? - perguntei, pensativa.
- Estava tentando resolver uns problemas com meu irmão. Ele mora aqui há alguns dias e nós não somos o que pode chamar de irmãos unidos, e eu estava querendo uma coisa que estava com ele e que me pertence. Então vim atrás.
Então tudo clareou em minha mente, mas não podia ser o que eu estava pensando. Era pura coincidência? Não, não podia ser. Stefan também era um vampiro. E na noite do nosso aniversário ele disse que tinha coisas para fazer. As histórias se entrelaçavam. Então, ainda perplexa...
- Damon, qual o seu nome completo?
- Damon Thomas Salvatore.
Meu corpo congelou.
Capítulo 10
Stefan
Querido diário,
Esse fim de semana sem está sendo difícil, mas eu tenho que encontrá-lo; ele pode ser uma ameaça se descobrir que está comigo. Pode querer feri-la, tudo por mágoas de Katherine. Estou procurando-o loucamente, mas até agora não consegui achá-lo. Estou morrendo de saudades de , mas prefiro não ligar para não ficar com mais saudades ainda. Minha despedida com ela foi muito difícil. Tive de me esforçar e tentar dizer um adeus, para o caso de não conseguir sair vivo do meu encontro com Damon, que é muito mais forte que eu.
Stefan.
Capítulo 11
Sometimes love is difficult?
- Damon, o que você quer de mim? - perguntei, mas já sabia a resposta.
- , fique comigo - ele respondeu, enquanto olhava em meus olhos.
- Damon, eu não posso. - Recusei, apesar da grande proposta.
- Por quê? Eu já lhe contei tudo. Tudo o que eu sou.
- Porque... porque... Damon, eu já tenho namorado!
- Namorado - repetiu.
- Sim, e eu acho que você o conhece.
- Conheço? - ele perguntou, incrédulo.
- Eu estou namorando Stefan Salvatore.
- Meu irmão?! Já deveria saber, ele sempre se mete no meio de todas que amo - disse, quase gritando.
O que me chamou mais atenção não foi a forma que ele falou comigo, mas sim o que ele disse, que me amava. Stefan já tinha falado isso, mas ouvir aquilo de Damon era diferente.
Ele continuou a falar.
- , como pode gostar de Stefan? Ele é um mariquinha. Ele é covarde.
- Não fale assim dele, você acha que ele é fraco só por não beber sangue humano?! Quer saber? Isso é uma das coisas que mais admiro nele. - Depois da sua beleza, pensei.
- Admira?! - Ele se exaltou.
- Damon, pare. Se acalme, senão eu irei embora.
- Não, por favor, fique. – Ele relaxou. – Mas como você pode gostar dele, o que ele tem que eu não tenho, ? Você não acredita que eu a amo? - Se exaltou novamente.
- Damon, já basta. – Eu não queria ficar ali, mas não por ele estar exaltado, mas por ficar insistindo que me amava, eu tinha medo de ter uma recaída.
Saí rapidamente em direção ao meu carro, e de repente percebi que já estava anoitecendo. Ele fez a mesma coisa que fez no dia que o conheci. Puxou-me pela cintura e me beijou. Mas dessa vez, ele não fugiu. Ele simplesmente estava lá enquanto eu correspondia. Ainda comigo em seus braços, ele repetiu a pergunta.
- Você não acredita que a amo?
- Acredito.
Capítulo 12
Pink cheeks
- Damon, eu tenho que ir para casa - eu disse, acariciando suas bochechas rosadas.
- Só mais um pouquinho, . Só me abraça mais uma vez.
Respondi com um abraço.
- Damon, isso está sendo tão surreal para mim.
Estávamos no parque e já era muito tarde, muito mesmo. Minha tia devia estar preocupada, e no outro dia tinha aula. Own... Tinha esquecido que era domingo.
Damon riu, pensei que era pelo meu comentário.
- Damon, por que está rindo?
- Porque também está sendo surreal para mim. Eu estou no parque, de noite, com uma adolescente, que por acaso é namorada do meu irmão. Há algo mais surreal que isso?
- Não - respondi, sorrindo. - Espera, você me chamou de adolescente? Se você quer saber, eu tenho 17 anos, já sou quase uma adulta. E você tem o que? 20 anos?
- Longe, muito longe de acertar.
- Oh, esqueci o que você é.
Ambos rimos.
- E aí, como está encarando estar com um vampiro?
- Nenhuma surpresa.
- Ah, esqueci, Stefan - disse Damon.
- Sim, ele mesmo. Mas qual a sua idade mesmo, contando com os anos desde que você era humano?
- 169 anos.
- Hum... E quando você faz 170?
- Amanhã.
- Sério? Sério mesmo? - perguntei com entusiasmo.
- Sim.
- Ah, então temos que comemorar.
- Comemoraremos - disse, se aproximando e me beijando.
Nós saímos do parque e fomos logo para o carro de Damon. Ele dirigiu e eu fui ao lado. Ele me deixou em casa, entrei e tive que escutar minha tia brigando comigo por mais de uma hora, mas estava cansada e fui dormir.
Apesar de o dia ter sido cheio e eu ter muitos motivos para passar a noite em claro, eu dormi rápido.
Capítulo 13
Sunflower and Sunshine
Damon estava ao meu lado, a mão entrelaçada nas minhas, enquanto corríamos pelo campo de girassóis. O sol estava magnificamente quente e frio ao mesmo tempo. Eu vestia um vestido branco e longo, o que não me atrapalhava de correr. Damon usava terno preto, com uma blusa branca desabotoada por dentro. Quando chegamos ao fim do campo, avistamos uma figura desconhecida; parecia uma estátua branca, parada a poucos metros de nós. Poucos segundos depois, percebi que não estávamos mais no campo, estávamos em uma floresta, e a única coisa em comum era a estátua branca que tínhamos visto anteriormente, que aos poucos foi se tornando reconhecível, era... Stefan.
Estava sonhando quando derrepente acordei e logo reconheci meu quarto. Levantei e fui em direção ao meu banheiro. Voltei para a cama e dei uma olhada no relógio; eram sete horas. E minhas aulas começavam de oito e meia.
Abri o travesseiro à procura do meu diário, peguei, abri o cadeado com a chave em meu pescoço, peguei uma caneta que estava na cabeceira e comecei a escrever.
“Querido diário,
Tenho muitas novidades para contar, já faz um bom tempo que não escrevo, mas nesses dias aconteceram muitas coisas, muitas mesmo. Vou listar, para ser mais direta, okay? Acho que a última vez que escrevi foi quando eu descobri sobre Stefan, o meu namorado vampiro, quer dizer, acho que depois de hoje o meu ex-namorado.
1) Completamos uma semana de namoro. (Com Stefan)
2) Fui beijada por Damon.
3) Damon é irmão de Stefan.
4) Stefan está viajando, para meu alívio.
5) Apaixonei-me por Damon.
6) Mas ainda amo Stefan.
7) Sei que só vou poder ficar com um deles.
8) Mas, qual?
Seria muito bom se você falasse, se você pudesse me dar conselhos, mas a verdade é que não tenho ninguém além de você para contar minha situação, porque Bonnie não sabe da historia de vampiros. Mas talvez possa falar com ela, não tudo, mas a parte que interessa. É isso que eu vou fazer, vou contar a Bonnie, e vou agora mesmo.
.”
Rapidamente me troquei para passar na casa de Bonnie cedo e ver se ela queria ir comigo para a escola. Saí ao comer um pedaço de bolo que tia Jenna tinha feito no dia anterior. E por sorte ela não estava mais brava comigo.
Ao sair de casa me lembrei de como tinha voltado, com Damon, no carro dele. O que me fez pensar onde estaria o meu carro. Fui em direção à garagem para ver se o carro de Jeremy estava disponível, mas lá estava o meu carro. E não sabia como ele tinha ido parar lá, mas eu já imaginava.
Capítulo 14
Stefan (2)
Querido diário,
Estou ficando louco de tanto procurar por Damon; já rodei todo o território por onde ele disse que estaria na sexta, ah... Meu encontro com ele na sexta foi terrível. Foi ao completar uma semana de namoro com , e para não botá-la em perigo, deixei que ela fosse sozinha para casa enquanto procurava por ele, que havia me ameaçado de estar na cidade. Não precisei encontrá-lo, ele foi até mim, até a minha casa, ele estava um pouco atordoado, quer dizer, um pouco não, muito atordoado. Estou contando os minutos para reencontrar . Eu a amo tanto, mas vou fazer de tudo para que Damon não chegue perto dela, como disse anteriormente, ele pode ser uma ameaça. Se não o encontrar até mais tarde voltarei amanhã. Como hoje é segunda, eu vou ter que tomar mais cuidado, pois as ruas estão super movimentadas. Principalmente aqui, em Chicago.
PS: Hoje é aniversário de Damon. Sei bem onde posso encontrá-lo. Tomara que eu esteja realmente certo.
Stefan.
Capítulo 15
Find the right Guy.
- Sério, , você tá ferrada - disse Bonnie.
- Me ajuda, pelo amor de Deus - implorei.
- Para que serve as melhores amigas? Mas é claro que eu vou te ajudar.
Estávamos andando em direção aos armários. Eu já tinha contado tudo para Bonnie. Quer dizer, não tudo, mas o bastante. Contei que Damon apareceu e me beijou, contei como eu me senti, como eu estava me sentido em relação a Stefan. E contei da noite passada.
- Obrigada. Não sei o que eu faria sem você. - Abracei-a.
- , você não tem o que agradecer, isso não é nada a mais que o meu dever de melhor amiga, mas vamos deixar para conversar depois da aula, será melhor.
- Tudo bem – respondi.
- , você já sabe da nova? – perguntou ela, mudando do estilo melhor amiga confiável para fofoqueira nata.
- Não, o que aconteceu?
- Caroline e Matt. Eles terminaram.
- Nossa, que pena. Eu adorava ver os dois juntos. Era engraçado - disse, sentindo mesmo muita pena.
- E estranho.
- Não, acho que estranho não.
- , vamos lá, você não acha estranho ver Caroline enfiando a língua na boca do Matt, que é seu ex.
- Bonnie, eu já disse que eu só vejo o Matt como amigo. - E era pura verdade.
- Sim, sim.
- Sério, Bonnie.
Nós rimos.
- Mas também, , com dois caras lindos atrás de você...
Olhei para ela como se estivesse a fuzilando. Mas não deu para fuzilá-la, porque ouvimos o toque. Fomos para a aula de Espanhol, mas a professora tinha faltado, e não teve aula. Então tive tempo bastante para conversar com Bonnie.
- E aí? - chegou Bonnie, perguntando, enquanto eu falava com uma menina estranha que nunca tinha visto antes.
- E aí o que, Bonnie? - perguntei, sem entender.
- E aí, qual dos dois você vai escolher?
Rapidamente me toquei no que ela estava falando, dei tchau para a albina estranha e saí andando ao lado de Bonnie.
- Qual você escolheria? - perguntei.
- , isso só você pode saber, mas eu tenho uma ideia, que tal você sair com os dois?
- Os dois? Você é louca? - perguntei, sem acreditar que ela tinha dito isso.
- , pense. Você tem que escolher com qual ficar, então é só testar. Você sai com Damon, e como você já saiu muito com Stefan, depois você escolhe um que ganhe em vários aspectos. Eu tava procurando um site aqui no celular, que é para como descobrir qual dos caras é o certo, e achei a sua cara. Então eu copiei os tópicos. Estão aqui deixa só eu procurar.
- Bonnie, sites de escolher o cara certo? Antes eu tinha dúvidas, mais agora eu sei. Você é doida.
- Achei, estão anotados bem aqui - disse com entusiasmo, sem se interessar em meu comentário.
Ela me mostrou o caderno que tinha anotado 5 tópicos.
1) Quando estiver com ele, você não conseguirá pensar em outros caras.
2) Ele será tudo o que você sonhou para ser o seu par perfeito.
3) Quando ele a beija, você sente arrepios.
4) E quando ele não a beija você não se importa, porque o que vale mesmo é estar com ele.
5) Você vai querer passar o resto da vida ao lado dele, e a ideia de perdê-lo, é como um chute na barriga depois de passar o dia inteiro malhando.
Li e comecei a rir.
- Bonnie, você é única.
- Eu sei, , mas vamos ao que importa. Qual dos dois se encaixou em mais tópicos?
Não tive tempo de responder, porque derrepente, quase toda a escola parou, quer dizer, não toda a escola, mas pelo menos as meninas da minha turma. Nós estávamos no pátio do colégio, quando avistamos uma Mercedes entrando no estacionamento. Em seguida, uma figura saindo do carro de luxo. Derrepente passou pela minha cabeça que ele preenchia todos os tópicos do site idiota de Bonnie. Lembrei que perto dele não conseguia pensar mais em ninguém, nem em Stefan, que tinha sido o maior assunto dentro da minha mente na semana anterior. Ele demonstrou ser tudo que eu desejava para ser o meu par perfeito, enquanto vinha em direção a mim, levando todos os olhares com ele. Lembrei de quando ele me beijou e me arrancou mais do que arrepios.
E de quando eu fiquei abraçada com ele sob a luz do luar.
E naquela hora vi; não suportava a ideia de perdê-lo, e não iria deixar isso acontecer, de jeito nenhum.
Capítulo 16
“Bitch”
- Damon! - disse entusiasmada, sem deixar de perceber que além das meninas, os meninos também olhavam.
- – disse Damon, vindo em direção para me dar um abraço.
Não pude deixar de ouvir alguns comentários, do tipo “ela já está com outro”, ou “que vadia”. As meninas desse colégio sempre tiveram inveja de mim; acho que por eu ser chefe das líderes de torcida e meu ex-namorado, ser capitão do time de futebol. Mas eu nunca me deixei levar por nenhum comentário.
Damon estava começando a desviar a cabeça para me beijar, quando eu o interrompi.
- Damon, aqui não.
- Tudo bem - respondeu, sorrindo, com aqueles olhos viciantes brilhando mais do que o normal.
- Damon, essa é Bonnie. – Apresentei-o à minha melhor amiga.
- Olá, Damon. me falou muito de você, e feliz aniversário.
Oh meu deus. O aniversário de Damon.
- Oi, Bonnie. Obrigado – disse Damon.
- Bonnie, se importa de eu falar um pouco com ele a sós?
- De jeito nenhum, vou ali ao meu armário deixar umas coisas.
- Obrigada - agradeci.
Bonnie sorriu com malícia e saiu.
- Que tal nós sairmos para comemorar o seu aniversário? - perguntei.
- Hum... Pode ser. Quando?
- Agora – falei, sem nem acreditar.
- Agora?-Perguntou.
- Sim, podemos sair escondidos e ninguém vai notar que eu não estou.
Era mentira, pois sabia que todos eles notariam.
- Tem certeza que quer perder aula?
- Sim – respondi.
- Tudo bem, vamos, então.
Percebi que quase não tinha mais ninguém ali. Já deveria ter tocado o sinal para a próxima aula. O que facilitaria mais ainda nossa “fuga”.
Capítulo 17
Chicago
Fomos em direção ao carro dele. Entramos e ele pôs o pé no acelerador.
- E aí, para onde você quer ir? - perguntou.
- É seu aniversário; você escolhe.
Deixei que ele escolhesse.
No caminho, senti meu celular vibrando. Era uma mensagem.
, onde você está?
Todos estão perguntando, e não sei o que falar. Bonnie.
Respondi a mensagem.
Estou bem. Saí com Damon para comemorar o aniversário dele. Inventa alguma coisa, tipo: tava se sentindo mal e foi para casa. Só não deixa cair no ouvido do Sr. Jake, senão ele vai acabar ligando para minha casa. Eu resolvi tomar suas dicas e vou tentar com Damon. Mas tenho quase certeza de que ele se encaixa em todos os tópicos. Deseje-me sorte. Beijo. Te amo. .
- Damon, para onde estamos indo?
- Sabe que eu não tenho ideia? Geralmente iria beber em algum lugar tipo LA, mas você não pode. Então, você vai ter de me ajudar a escolher.
- Damon, pelo amor de Deus, você acha que eu não bebo? E não só bebo como fico bêbada. Teve uma vez, quando eu ainda estava namorando Matt, que ele me levou pra um bar em uma cidade perto daqui e nós fomos num dia e só voltamos dois dias depois. Fiquei de ressaca, com certeza, mas eu admirava Matt; ele estava tão acostumado a beber que nem parecia que tinha tido um final de semana daqueles. Passei um dia inteiro vomitando e lamentando por ter bebido. Até porque nem lembro as coisas que fiz lá...
Terminei de contar a historia. Nós começamos a rir.
Meu celular vibrou. Era Bonnie de novo.
Boa sorte. P.S: Vai fundo. Xoxo. Bonnie.
- Não sabia que você bebia.
- Quer saber, já tive uma ideia.
- Qual?
- Nós podemos ir para algum lugar, para conversar e contar um pouco mais sobre o outro.
- Excelente.
- Para onde vamos? – perguntei.
- Podemos ir para o meu apartamento. Fica em Chicago. Assim você poderia conhecer onde moro.
- Não sei. Chicago é meio longe daqui, não acha?
- Não se você namorar um vampiro.
- Ok – respondi.
Ele parou o carro em um estacionamento e perguntou se podia me pegar nos braços. Respondi que sim. Comecei a rir, lembrando do meu sonho que tive dias antes. Stefan me pegando no colo.
Ele me pegou no colo como no sonho, a única diferença era que não era Stefan, e sim Damon. E não estávamos indo para uma praia, estávamos indo para Chicago.
Fechei os olhos.
Capítulo 18
Crazy and Love
Ao abrir os olhos, vi que estávamos em frente a uma rua muito movimentada, diferente de antes. Logo reconheci Chicago, porque já tinha ido muitas vezes com Matt e com Bonnie. Ele me perguntou se eu estava bem e respondi que sim. Então ele entrelaçou as mãos nas minhas e saímos andando por Chicago.
- Falta muito? – perguntei.
- Não. Quer dizer, já chegamos.
Ele apontou para um prédio de luxo. Nós entramos e subimos. O apartamento dele era maravilhoso, extraordinário; não existe palavras para descrever. Nós entramos e ele me serviu um uísque. Apesar de não gostar, eu estava precisando.
- E aí? O que achou? – perguntou.
- Maravilhoso.
Ele sorriu.
- Achei que você iria gostar mais desse do que dos outros.
Pensei na palavra “outros”. Então pensei nos 170 anos que ele teve para ganhar dinheiro. O que explicava a palavra “outros”.
- Lindo – falei.
- Achei que era esse que você queria para nós morarmos quando nos casarmos.
Fiquei sem reação.
- . – Ele se aproximou. – Eu quero me casar com você e viver com você por todos os dias da minha vida. Essa conexão que nós temos...
- Damon – falei, ainda perplexa.
Ele sorriu.
- Eu sei que é muito precipitado, mas eu espero você completar dezoito anos; espero quanto tempo for preciso. Eu só a quero, quero lhe proteger, pois eu a amo. Nós podemos namorar uns cinco meses e noivar, depois de algum tempo, nós casamos. E então eu a transformo...
Fiquei calada, mas no fundo era isso que eu queria, era isso mesmo, viver com ele, durante a eternidade. Mas então uma palavra que ele disse voltou em minha mente: “transformo”. Eu iria ver a todos que amo morrer, quer dizer, não todos, porque Damon estaria ao meu lado para me ajudar. Comecei a ver todos os aspectos negativos, mas nenhum deles era suficiente para eu não aceitar a proposta.
Damon ainda estava falando quando eu o interrompi.
- Eu aceito – eu disse.
Em todo o meu corpo parecia que estava passando por uma barreira de eletricidade. Eu sentia minha barriga gelar e minhas pernas começaram a tremer, sentia ansiedade, loucura, amor, um misto de estados emocionais.
Ele avançou para me beijar, mas eu e ele queríamos mais. E não teria nada que pudesse nos impedir.
Capítulo 19
I love you
Ele me envolvia com muita facilidade em seus braços. Enquanto me tinha, fazia eu me apaixonar ainda mais a cada minuto que passava. A ternura com que ele me amava era infinita. Enquanto acontecia, eu só conseguia pensar que poderia passar toda minha vida ao lado dele, e não tinha mais dúvidas que era isso que eu queria: viver ao lado de Damon, para todo o sempre, para todo o infinito, sem que a intensidade acabasse.
Estava deitada ao seu lado na cama de cor madeira e lençóis de seda, quando ele repetiu o que havia falado enquanto estávamos no parque.
- Eu te amo - ele disse, acariciando meus cabelos.
- Eu te amo - repeti, enquanto continuávamos aquela linda noite de amor.
Capítulo 20
Stefan (3)
Querido diário,
Como disse hoje de manhã, estou em Chicago. Neste momento, estou bebendo em um bar. O que carrego em meu peito é angústia por não ter encontrado Damon. Acho que só vou procurar mais uma vez, em um dos prédios de luxo dele. Quem sabe eu não o encontro. Tomara que eu tenha sorte. Mas estou decidido, voltarei de qualquer jeito para hoje à noite. Mas como estou muito fraco e aqui em Chicago, não tem muitas florestas para caçar, eu não vou poder voltar correndo, voltarei de avião. O que demorará e chegarei a Mystic Falls só amanhã. Farei uma surpresa para , logo que chegar.
Capítulo 21
Courtship, engagement, marriage.
- , vamos.
- Já estou terminando de me trocar.
- Okay.
Damon estava na sala do apartamento, enquanto eu terminava de me trocar.
- Já estou pronta – eu disse.
Ele estava novamente com um copo de uísque na mão. Botou o copo na mesinha ao lado dos sofás e veio em minha direção.
- Não sei se vou conseguir passar esse tempo todo sem casar com você.
- Damon, esse é o trato. Namoraremos, noivaremos e casaremos.
- Sim, esse é o trato. Mas mesmo assim, vai ser difícil.
Ele me abraçou e me beijou.
- Você é linda – ele disse.
Eu sorri com o elogio.
- Você é suspeito para falar isso. Você é mais que lindo; é extraordinário.
Ele me beijou mais vezes.
- Agora, temos que ir, senão eu vou acabar não deixando você ir mais. – Damon ameaçou, rindo.
- Vamos, então – falei, enquanto pegava minha bolsa que estava em cima de uma das mesinhas.
Damon segurou minha mão enquanto descíamos no elevador, e depois fomos para um beco e ele me colocou nos braços de novo e demos partida.
Capítulo 22
Stefan (4)
Querido diário,
Ele esteve aqui, ele esteve aqui. Estou em um apartamento de Damon, e ele esteve aqui. Tem copos de uísque usados, a cama está desforrada, como se tivesse passado um redemoinho. Bem típico dele, trazer alguma vadia para passar a tarde com ele. Bem no dia do aniversário dele. Eu errei, devia ter chegado antes. Apesar de ser muito bom ter achado indícios dele, não prova nada. O melhor que posso fazer agora é voltar para proteger . E me alimentar para ficar forte. Quanto mais forte, melhor, para acabar com Damon.
Capítulo 23
But it would have to choose, and it would be Damon.
- Chegamos - disse Damon.
Nós estávamos em frente à minha casa.
- Damon, eu não queria que você fosse embora.
- Eu não preciso ir. Vou ficar por aqui por Mystic Falls. Enquanto você prepara sua família, para conhecer seu novo namorado.
- Tudo bem, mas tem um detalhe. Para todos na cidade, eu já estou namorando. Então nós vamos ter que começar a namorar oficialmente depois de uma semana que eu terminar com Stefan.
Eu teria que terminar com Stefan. Isso não seria nada bom.
Ele assentiu, me dando um beijo na testa, e se foi. Eu abri a porta com minha chave reserva e entrei. Fui à cozinha comer alguma coisa; aliás, meu namorado era vampiro e não precisava comer, mas eu ainda tinha necessidades. Depois de comer alguma coisa, subi para o meu quarto, e percebi que não tinha ninguém em casa. Tia Jenna deveria estar no trabalho e Jer deveria ter saído. Eu estava sozinha para pensar.
Ter de terminar o namoro com Stefan me amedrontava, pois eu o amava também. Mas teria de escolher, e seria Damon.
Capítulo 24
Is He hot?
Minha tia estava no seu quarto, e não tinha ido trabalhar ainda. Ela não me perguntou nada, pois eu já tinha costume de dormir fora de casa. Só se preocupou com a escola.
- , você sabe que sua mãe não gostaria que você ficasse faltando a escola, não é?
- Tia Jen, não se preocupe, vou conseguir pegar o segundo horário. Só vou tomar um banho e vou rapidinho.
- Tudo bem, só vá rápido, que eu não quero receber reclamações dos professores.
- Já estou subindo - disse, enquanto subia pelas escadas.
Fui para o meu quarto, tomei um banho de dez minutos e me troquei. Desci as escadas e dei um olhada no relógio. Ainda dava tempo. Comi a salada de frutas magnífica da tia Jen e fui pegar meu carro para ir para a escola.
Cheguei lá e consegui pegar o segundo horário. A aula era da Magda, professora de trigonometria. Infelizmente, Bonnie não tinha todos os horários iguais aos meus e não pude lhe contar logo sobre a noite mais extraordinária da minha vida. Mas logo que a encontrei, na quarta aula, contei tudo, menos a parte que foi em Chicago, porque não teria como explicar como cheguei tão cedo lá e voltei tão rápido.
- E aí, ele é gostoso?
- Bonnie! - reclamei.
- Qual o seu problema, ? É só uma simples pergunta.
- Simples?
- Sim – ela disse, sorrindo maliciosamente.
- Sim, ele é. – Nós começamos a rir.
- , você tem que escolher agora. Qual dos dois?
- Já escolhi.
- Quem?
- Damon.
- Deus, você tá ferrada agora – disse, enquanto olhava para trás de mim.
- O que foi? – perguntei, direcionando meu olhar para trás.
Ele estava vindo com um buquê de flores, flores coloridas. Com um sorriso esplêndido no rosto, e então lembrei porque o amava. Ele era romântico, amoroso, carinhoso, simpático, divertido...
- ! - Ele me agarrou no corredor da escola como se ninguém estivesse olhando.
Ele me beijou tão rápido que não tive tempo de pará-lo. Beijou-me com uma enorme intensidade, com as duas mãos em meu rosto, como se estivesse me reencontrando depois de muitos anos.
Quando o beijo acabou, eu fiquei em choque; pude notar Bonnie boquiaberta, enquanto ele ainda me abraçava, e cheirava meu cabelo.
- Stefan. Você voltou. - Tentei ser simpática e agradável.
- Sim, meu amor. Voltei para você. Você não sabe o aperto que estava em meu coração esse tempo que passei sem você.
- Stefan. - Não sabia o que dizer.
- O que foi, ? Estou notando você um pouco diferente comigo.
- Stefan, eu preciso lhe contar uma coisa.
- Pra mim?
- Sim. - Comecei a chorar, e o abracei. - Onde podemos conversar?
- Podemos ir ao meu carro, ou para minha casa.
- Vamos, por favor.
- Vamos.
Ele foi para o carro, enquanto eu terminava de falar com Bonnie.
- E agora? – ela perguntou.
- E agora eu vou contar tudo.
- Tudo?
- Toda a verdade. - Procurei consolo em seu abraço, e depois fui em direção ao carro.
Capítulo 25
Yes, It’s true.
Meu coração palpitava muito rápido, minhas mãos tremiam e suavam ao mesmo tempo. Eu não estava preparada para aquela conversa, e nunca estaria. Mas eu iria ter de fazer isso, então quanto mais rápido melhor.
Entrei no carro.
- , você quer ir a outro lugar?
- Sim.
- Para onde? – perguntou.
- Não sei.
Ele ligou o carro e pressionou o pé no acelerador.
Nós não falamos nada. O silêncio dominou todo o ambiente do carro.
Enquanto ele dirigia. Rompi o silêncio.
- Stefan! Naquele dia que você viajou, que eu lhe disse que queria contar uma coisa...
- Sim. – Ele assentiu. – Eu lembro.
Continuei falando.
- O que eu tinha para contar era que... Naquela noite, eu beijei um homem.
Ele continuou dirigindo, sem expressão no rosto.
- Continue. – Ele pediu.
- Depois, ele voltou e...
- Continue – repetiu.
- E eu me apaixonei por ele. – Fui direta.
- , eu não acredito nisso. Me diz que é brincadeira.
Segurei-me para não chorar. Com uma expressão de culpa no rosto.
- Desculpe.
O silêncio se abriu de novo sobre nós. Enquanto ele diminuía a velocidade e parava o carro.
Passamos muito tempo calados, muito mesmo.
Pude perceber que estávamos perto da ponte, aquela que tempos atrás tinha sido o lugar do acidente. Em que meus pais morreram. Aquela ponte me trazia tristeza. Exatamente enquanto eu observava a ponte, um carro em alta velocidade derrapou. Eu reconhecia aquele carro, como não reconhecer? O único carro rosa bebê da cidade.
Rapidamente olhei para Stefan, ele estava saindo da posição que estava antes, com a cabeça apoiada nas mãos, e ficou na posição de alerta.
Saímos do carro, e fomos até a ponte. Atrás do carro rosa bebê.
O carro estava destroçado, e havia uma pessoa lá. Eu reconheci aquele corpo jogado sob as pedras.
- Stefan! – Ele não olhou para mim. – Stefan! – Desta vez eu gritei.
Ele olhou para mim, seu olho estava vermelho, ele tinha chorado.
- É Caroline que está ali. Stefan, Caroline que está ali! Caroline! – eu disse chorando e gritando ao mesmo tempo.
Capítulo 26
I need help here.
Eu desci correndo pelo pequeno morro em direção a Caroline. Eu precisava salvá-la. Stefan vinha atrás de mim. Percebi que ele estava cuidadoso para que eu não caísse.
Ela estava estirada no chão, com um corte na lateral do pescoço, e a perna sangrando. Tentei acordá-la.
- Caroline, por favor, acorde. Acorde. Você não pode desistir.
Ela abriu os olhos, ainda tonta.
- – ela disse, quase sussurrando.
- Caroline! Você está viva – eu disse, ainda chorando.
Ela desmaiou de novo.
Stefan estava parado atrás de mim, como uma estátua.
- Stefan – eu disse. – Eu sei o que estava acontecendo, mas nós temos que ajudar Caroline.
Ele concordou, ainda sem dar uma palavra. Pegou-a nos braços e a levou para um lugar plano.
Nós estávamos esperando ela acordar, o que logo aconteceu.
- ! Matt, Matt.
- Matt? – Stefan deu a primeira palavra.
- Sim, ele estava no carro comigo.
Eu corri para o pequeno rio embaixo da ponte, enquanto Stefan via se estava tudo bem com Caroline.
Não tinha ninguém ali além de Caroline, era no que eu queria acreditar.
Estava desesperada.
Tentei me acalmar para procurar. Olhei com atenção para dentro do rio, e não via nada além da forte correnteza. Pensei que a correnteza poderia ter levado Matt para longe, e saí correndo atrás.
Avistei alguma coisa dentro do rio. Não pensei em nada e entrei na água.
Era tudo muito escuro, não conseguia ver nada. Levantei e respirei. Depois de respirar, voltei a mergulhar. Eu estava bem perto de chegar ao destino, quando percebi que era um galho enrolado em uma camisa. Angustiei-me por não ser Matt, mas mesmo assim eu tinha de voltar à superfície para procurá-lo. Procurei impulso para sair da água. Logo teria que respirar, mas eu não conseguia sair da água. Algo estava me prendendo, prendendo meu pé. Comecei a engolir água enquanto esperneava. Pensei que Stefan tinha uma audição muito boa e poderia me salvar, mas eu estava dentro da água. Ela abafaria meu aperreio. Logo desisti. Parei de tentar me salvar, o que logicamente era impossível. O que estava preso ao meu pé era muito forte, e não se partiu com meu impulso. A única coisa que tinha a fazer era esperar a morte. Eu só queria que ela fosse rápida. Por um rápido momento passou todo aquele fim de semana na minha cabeça. A noite com Damon.
Já estava adormecendo, quando eu sentir uma mão segurando a minha e me salvando. Cheguei à superfície quando finalmente adormeci.
Capítulo 27
Beautiful face.
Eu abri os olhos lentamente. Podia sentir as pressões em minha barriga enquanto a água que tinha engolido saia pela minha boca.
Vi um rosto conhecido, o único que eu queria ver naquele momento. Ele conseguiu tirar a água que estava em meu pulmão. Depois eu sentei.
Eu estava sentada nas mesmas pedras que antes estava ocupada por Caroline.
Lembrei do motivo que tinha me feito entrar na água. Matt. Onde ele poderia estar?
Ainda com meu corpo todo doído, levantei.
- Matt! Eu estava procurando por Matt.
- Calma, . Ele está bem. – Ele olhou para o outro lado do rio e eu acompanhei o olhar dele.
Matt estava deitado, adormecido.
Damon me abraçou.
- Tudo vai ficar bem. – Ele me acalmou.
- Damon! Stefan, onde está Stefan?
- Stefan? – perguntou.
- Sim, ele estava aqui. Ele me ajudou a tirar Caroline.
- Caroline? – perguntou, com a mesma expressão de antes.
- Sim.
- Ele estava aqui? Com você?
- Sim; depois eu explico.
Subi a montanha na procura de Stefan. O lugar que Caroline estava antes estava vazio.
Sem querer perder tempo, fui atrás de Matt. Cheguei perto dele e me abaixei.
- Ele está bem. – Stefan apareceu atrás de nós.
- Stefan! – eu disse, assustada.
Ele não olhou para mim. Estava encarando Damon, e Damon estava devolvendo.
- Você sabe o que está fazendo? – disse Stefan a Damon, de um modo que eu nunca tinha visto antes.
- Me diga. – Damon provocou.
- Só podia ser você mesmo, para chegar e acabar com a minha felicidade, você sempre fez isso.
Damon ainda olhando para ele.
- Você não sabe o que é ser feliz e vem sempre me atormentar.
Matt estava deitado como um anjo; não tinha como acreditar que ele não estava bem.
Avistei ao redor. Tudo estava normal, a não ser pelos dois irmãos prestes a entrar em uma briga mortal, e seria tudo por minha causa. Quando olhei para o carro de Stefan, vi algo se mexendo. Reconheci pelos cabelos loiros. Mesmo um pouco de longe, dava para ver Caroline se contorcendo.
Interrompi a discussão entre os dois irmãos.
- O que está acontecendo com ela? – perguntei.
- Ela está se transformando – respondeu Stefan, com uma voz fria. A voz do outro Stefan, não do meu namorado, quer dizer, ex-namorado.
Capiítulo 28
"Your choices, your own mistakes"
- Stefan, como isso é possível?
- Ele a transformou – disse Damon.
Olhei perplexa para os dois irmãos.
- Stefan, é verdade? – perguntei.
- Sim, é verdade – respondeu, muito calmo.
- Como pôde? Caroline! Você não se lembra dela?
- Ela estava morrendo. Estava com ferimentos no pulso, tinha perdido muito sangue – disse, com frieza.
Sentei ao lado de Matt, que estava deitado, e apoiei a cabeça nas mãos.
- E agora? – perguntei depois de algum tempo.
- Ela precisa de sangue para completar a transformação – disse Damon e em seguida sentou ao meu lado, pondo as mãos em volta de mim.
Stefan ficou olhando, enojado.
Quanto mais tempo passava mais barulho ouvíamos. Caroline se contorcia cada vez mais.
- Vou ajudá-la – disse Stefan.
- Não, deixe comigo. – Damon tirou as mãos dos meus ombros e sussurrou no meu ouvido. "Vocês precisam conversar, se lembre: Eu te amo e confio em você."
- Eu também confiava – disse Stefan, um pouco longe de nós.
Damon se levantou e foi em direção a Stefan.
- Cuidado, ela está comigo agora – disse Damon a ele, em um tom meio baixo.
Ele saiu na velocidade normal e foi para o carro de Stefan, ajudar Caroline.
- Stefan – eu disse, quando estávamos a sós.
- Sim. – Ele olhou para mim.
- Desculpa.
- Você já se desculpou.
- Eu sei, mas você ainda não aceitou.
Ele não falou nada.
- Por favor, sente aqui. Nós precisamos conversar.
Ele veio em minha direção e sentou onde Damon havia sentado antes.
- O que aconteceu? Eu fiz algo de errado? – perguntou.
- Não. De jeito nenhum.
- Você não gosta mais de mim?
- Stefan! – eu disse com intensidade. – Eu o amo.
Ele me abraçou por um curto tempo.
- Eu não a entendo – disse.
- Eu não me entendo, como você pode me entender?
Ficamos calados.
- Eu não acho seguro você estar com ele.
- Stefan, eu também o amo.
- Mas... – Tentou me interromper.
- E eu sei que ele também me ama – continuei.
- Você que sabe, suas escolhas, seus próprios erros.
Capítulo 29
Smile
- Eu vou ficar bem – falei, sorrindo, esperando que ele devolvesse.
Ele deu um sorriso para mim, ele voltara a ser o Stefan que eu amava.
- , me desculpa.
- Quem lhe deve desculpas sou eu – disse.
- Não, agora que pensei, cheguei à conclusão que fui muito rude com você. Eu a tratei com sarcasmo. E me dói o que fiz. Desculpas. Eu a amo tanto que quero que você seja feliz, mesmo se tiver que ser ao lado de Damon. Se você ficar feliz, eu também fico. Mesmo se eu precisar conviver com ele, eu farei por você. E saiba de uma coisa, eu nunca vou deixar de te amar, mesmo que seja ponderadamente, se ele vacilar com você, eu estarei aqui, para tudo que precisar, seja um ombro amigo, ou algo a mais.
- Obrigada – eu disse e em seguida o abracei novamente.
- Mas agora nós temos que salvar Caroline – ele disse.
Ele se levantou e me deu a mão. Eu aceitei e me levantei, deixando Matt, adormecido.
Nós chegamos perto do carro, quando Damon disse:
- Ela está melhorando.
Eu sorri; aliás, ela estava viva. Não totalmente viva, mas ainda respirava.
Caroline foi ficando mais desperta enquanto a dor acabava. Depois de algum tempo ela se levantou, como se nada tivesse acontecido.
- O que está acontecendo? – perguntou.
Ela me olhou nos olhos.
- Seu carro derrapou, Matt está bem, você também não morreu, mas está um pouco diferente. – Damon foi direto.
- Diferente? – perguntou.
Damon apontou para o espelho do carro. Ela foi em direção ao espelho. Ela estava com bolsas nos olhos, e com uma aparência cansada.
- Eu estou parecendo uma velha. O que está acontecendo? – perguntou.
- Stefan vai explicar a você – disse Damon, olhando para Stefan com um olhar de pedido.
Stefan assentiu, com um sorriso breve.
- , vamos! Stefan vai cuidar de tudo. Senão ela vão acabar voando no seu pescoço.
Eu concordei.
Damon foi em direção a Stefan, que não estava muito longe de mim, e disse-lhe algo, muito baixo.
Depois ele me chamou, para me segurar nos braços e me levar como em Chicago. Eu já estava perto dele, quando eu voltei em direção a Stefan e lhe dei um abraço, aproveitando para sussurrar em seu ouvido. "Cuide dela, e não se esqueça, eu te amo." Ele balançou a cabeça, afirmando.
Fui para os braços de Damon. E saímos dali na velocidade inumana.
Damon me levou para casa. Eu pedi que ele entrasse, afinal, estava na hora de ele conhecer minha tia.
Ela ficou encantada com ele. O modo como ele se demonstrou responsável e culto, a maravilhou. No começo, quando ele chegou, ela ficou um pouco desconfiada, por pensar que eu ainda estava com Stefan. Eu aproveitei enquanto ela estava na cozinha e contei que tinha terminado com ele, mas que ainda era amiga dele. Ela adorou, pois também adorava Stefan.
Nós estávamos sentados na minha cama quando Damon quando perguntei o que iria acontecer com Caroline, e com Matt. Ele disse que Stefan iria chamar a emergência para Matt, e iria falar que Caroline estava havia emprestado seu carro a Matt, e ele tinha derrapado na ponte, quando Stefan, estava passando pela ponte no carro dele com Caroline, que eles viram se assustaram e chamaram a emergência.
- Mas Matt vai se lembrar! – eu disse.
- Não, Stefan vai controlar a mente dele.
- Ah... E se alguém soubesse que Caroline estava com Matt?
- Quando eu fiquei a sós com ela, eu perguntei. Ela disse que estava dirigindo e viu Matt, que estava sem carro, e perguntou se ele queria carona.
Eu sorri para ele, aliviada.
- Não se preocupe, . Nós vamos fazer com que tudo dê certo.
- "Nós"? – perguntei.
- Sim, eu e Stefan.
Eu sorri para ele mais uma vez. Tudo que eu queria era que Damon e Stefan fizessem as pazes.
Ele me abraçou, e depois de algum tempo, adormeci. Sonhando como todas as noites, um sonho bom, em que estávamos felizes, tanto eu como Caroline, Stefan e Damon.
Capítulo 30
You and me
As semanas se passaram...
Eu não havia visto mais nem Stefan nem Caroline, só recebia as notícias por Damon. Que estava com Stefan, ajudando Caroline.
Ele sempre chegara com novidades boas, dizia que Caroline estava se adaptando a caçar como Stefan, e que ela estava achando um máximo toda aquela novidade. Dizia que ela estava melhorando cada vez mais, conseguindo controlar os poderes.
Na escola, todos pensavam que Caroline tinha viajado para fazer intercâmbio. E Matt estava bem, como Damon disse que ele iria ficar. Eu estava namorando Damon, e estava pretendendo noivar logo que o ano terminasse, e não faltava muito. Minha vida estava voltando ao normal...
Capítulo 31
Meet
Só vim reencontrar Stefan e Caroline três meses depois do acidente.
Caroline estava extraordinária, mais bonita do que antes.
- Stefan! – eu disse, enquanto corria para abraçá-lo.
Estávamos em uma reserva ecológica, perto da cachoeira mais bonita da região. Damon, que havia feito as pazes com o irmão, combinou de fazer um encontro de casais, porque Stefan estava meio que namorando Caroline. Eu fiquei com ciúmes ao saber, mas passou ao ver a felicidade dos dois. Acho que fiquei sentindo a mesma coisa que Stefan sentiu a me ver com Damon. Não era bom, mas teria se superar.
Nosso abraço foi interrompido por Caroline.
- , que saudades. Stefan me contou tudo; vou ficar muito feliz quando você se transformar também.
Eu comecei a rir. Essa era Caroline, sempre animada. Iria fazer bem a Stefan.
- Caroline! – eu disse apertando-a.
- E aí, vamos dar um mergulho? –Damon propôs, pondo a mão em minha cintura.
- Vamos! – Eu estava explodindo de felicidade.
Estava me dando conta que era verdade, eu estava lá mesmo, em meu sonho, nunca tinha o visto tão real, estava acostumada a meus sonhos se realizarem mas não com tanta realidade, e era sim pura realidade, não estava mesmo sonhando. Damon me abraçava sob o olhar da cachoeira, pulamos e nos molhamos, enquanto Stefan, ah... Stefan, ele estava se divertindo, apesar de estar com Caroline, e era isto que importava. Não estávamos juntos, mas eu ainda sentia algo profundo por ele, mas afinal, ele estava feliz e eu também. E era isso que importava.
Depois que saímos da cachoeira, nós sentamos em uma toalha. Ao lado de Caroline e Stefan, que estavam abraçados.
Eu comecei a rir. Lembrei de quando Caroline viu Stefan pela primeira vez no colégio e disse: “ele vai ser meu”. Ela tinha mesmo conseguido, Stefan era mesmo dela. Antes eu não acreditava em destino, mas agora acho que tudo na vida acontece por um motivo, em direção ao destino. Talvez conheci Stefan para conhecer Damon, que é o amor da minha vida.
- Ah, meu deus. Tive uma ideia – disse Caroline, exageradamente. – Stefan disse que vocês vão se casar. Que tal a gente se casar no mesmo dia? – disse, entusiasmada.
Nós três ficamos boquiabertos.
Então ela começou a rir.
- Meu deus, pensei que vocês dois como vampiros conseguiam perceber as coisas mais rápido, não é. Eu estou brincando. Dã! Vocês acham que eu sendo vampira e podendo fazer tudo que eu quiser, vou me casar?
Nós começamos a gargalhar. Todos. Inclusive Stefan. De um jeito que eu nunca tinha visto antes. Caroline iria mesmo fazer bem a ele.
- Você me assustou, agora – disse Stefan, dando o primeiro beijo que eu havia visto entre ele e Caroline.
- Mas e aí? Quando será o noivado? – Caroline perguntou.
- Logo depois da formatura.
- Hum... Então é mesmo sério – disse Caroline.
Continuamos aquela tarde maravilhosa.
Quando já estava anoitecendo, fomos para a casa de Stefan, que era um pouco longe da cidade.
Damon e Stefan estavam na sala e eu estava com Caroline em seu novo quarto.
- , eu precisava ficar a sós com você – ela disse, sentada na penteadeira. – Você sabe que eu estou com Stefan, não é?
Afirmei com a cabeça.
- Eu preciso do seu consentimento. Afinal, você era namorada dele.
- Caroline, se eu não estou mais com ele, é porque eu não o vejo com os mesmos olhos de antes. Eu ainda o amo. Mas é de um modo diferente de antes.
Ela sorriu e veio em minha direção, para me abraçar.
- Obrigada – ela disse.
Eu sorri. Stefan entrou no quarto pouco tempo depois.
- Posso falar com ela? – perguntou a Caroline.
- Sim, vou ver alguma coisa para pedir. Aliás, eu não sei cozinhar.
Ela deu um beijo na bochecha de Stefan e saiu.
Ele sentou ao meu lado.
- E aí, como está encarando tudo?
- Eu estou feliz – respondi.
- Eu também. Não sei por que, mas sinto que tudo está no seu devido lugar – ele disse.
- Eu também.
Nós ouvimos Caroline nos chamar.
- O jantar está na mesa! – ela gritou.
- Meu deus! Nunca pensei que ouviria essa frase de Caroline – eu disse, rindo.
- É melhor a gente descer logo – disse Stefan.
- Com certeza.
Capítulo 32
Stefan (5)
Querido diário,
Como disse semanas atrás, vai se casar com Damon, e ontem foi o dia o noivado deles. Fiquei triste por não poder ter ido. Estou cada vez mais próximo de Caroline, ela é diferente de como eu pensava. Ela é uma boa pessoa, me diverte, é carinhosa, e não quer compromisso sério. Nós não estamos “apaixonados”, mas estamos curtindo, como parceiros. Caçamos juntos, moramos juntos, fazemos muitas coisas juntos. ainda ocupa um grande espaço em meu coração, mas estou percebendo que não é a mesma parte de antes. Agora ela é como parte da minha família. Eu não a desejo mais. Voltei a falar com Damon; ele está realmente muito mudado. O amor pode realmente mudar. Caroline e eu estamos pensando em sair daqui. Vamos morar em outro lugar. Caroline está reclamando que quer lugares para fazer “compras”, e segundo ela, não tem aqui em Mystic Falls. Tudo está correndo bem.
Capítulo 33
My life
Nós não esperamos muito para casar depois do nosso noivado. Casamos depois de seis meses. Foi o dia mais feliz da minha vida.
Na noite da lua-de-mel, foi feito como prometido. Damon me deu seu sangue para beber e quebrou meu pescoço. Eu acordei com meu corpo queimando, cheia de dor. Damon estava comigo o tempo todo durante a transformação. Ele já tinha feito tudo, tinha pego sangue no hospital para eu completar a transformação. Não foi fácil me adaptar. Mas eu consegui. É tudo muito maravilhoso. Os poderes e a certeza de que vou passar a vida ao lado de quem eu amo...
Nós nos encontramos com Stefan e Caroline em Paris seis meses depois que eu virei vampira, e começamos a ver eles com muita frequência, porque nós quatro fomos morar no Canadá, em casas diferente, claro. Eu e Caroline nos matriculamos na mesma faculdade.
Damon parou de matar as pessoas. Só bebia sangue que era pego do banco de sangue, como eu. Quando nos formamos na faculdade, nos separamos por um tempo. Eu e meu marido fomos para o Chile, Caroline e Stefan foram viajar pela Europa. Passamos vinte anos nos vendo de vez em quando. Era bom, porque quando nos víamos, nós saíamos para matar as saudades, e era muito bom mesmo.
Nós moramos em muitos lugares. Conhecemos o mundo inteiro, nos encontrando, às vezes morando no mesmo lugar, às vezes em lugares diferentes.
A pior parte de ser vampira foi ver a todos que gosto envelhecerem. Bonnie se casou e teve três filhos. Tia Jenna também se casou, Jeremy aproveitou muito a vida, todos na escola envelheceram, se casaram, tiveram filhos, e eu não pude participar da vida de nenhum deles. Eu ia visitar minha tia só até 15 anos de casada, porque dava para disfarçar, mas depois eu só pude falar com eles por telefone e acompanhar a vida deles de longe.
Capítulo 34
I’ll be with you again
- Stefan, tem certeza que e Damon não estão aqui? – Caroline perguntou, desconfiada.
- Caroline, eu já lhe disse. Eles voltaram a Paris para comemorar os cem anos de casados.
- Certeza mesmo?
- Sim, e os próximo vamos ser nós. Só faltam quarenta anos para a nossa comemoração de cem anos de casados – disse Stefan, beijando a testa de Caroline.
Caroline e Stefan estavam deitados na cama do quarto deles, no apartamento que estavam dividindo com e Damon.
- O tempo passa muito rápido – disse Caroline.
- Sim, rápido mesmo – disse Stefan. - Mas porque você está perguntando isso? – questionou.
- Deixa para lá.
- Tá. Que tal irmos tomar um banho?
Ela assentiu.
Os dois foram para o banheiro, Caroline foi a primeira a sair da banheira.
Ela estava de toalha, e olhou pela janela do décimo quinto andar.
Ela estava vendo mesmo, agora não era da imaginação dela. estava do outro lado da rua. E ao vê-la, acenou. Ela estava com o cabelo um pouco mais cacheado que o normal e com uma roupa preta.
Caroline gritou por Stefan, que em segundos estava ao seu lado.
- Está vendo agora? está ali. – Ela apontou, mas não havia nada ali.
Stefan estava de toalha como ela. Ele sentou na beirada da cama com uma expressão muito assustada
- O que foi, Stefan? – Caroline perguntou, também assustada.
- Não era – ele disse.
- An? Como, não era ela? Eu vi, Stefan. Você acha que estou mentindo?
- Não é isso, meu amor.
Ela sentou ao lado dele enquanto ele contava toda a história. A história do passado dos irmãos Salvatore. Em seguida pegou o telefone e apertou na discagem rápida.
Capítulo 35
“Hello brother”
Estávamos deitados na cama do hotel maravilhoso de Paris na nossa centésima lua-de-mel. Quando o telefone de Damon tocou. Ele atendeu.
A minha nova audição, me permitia de ouvir.
- Damon. – Escutei a voz de Stefan.
- Olá, irmão. Como estão coisas?
- Eu acho que Katherine está de volta.
- Katherine? – perguntou.
- Sim, Caroline a viu, rondando pela rua.
- E agora? – perguntou Damon.
- Vocês precisam vir para cá. Se ela resolver aparecer para nós, é melhor estarmos juntos. Os quatro.
- Sim, sei. Vamos fazer as malas. Estaremos aí em duas horas.
- Ok. Nós estamos esperando.
- Tchau.
Nós voltamos para Nova Zelândia o mais rápido possível.
Nós ficamos juntos, os quatro vampiros, para se Katherine aparecesse.
As únicas coisas que eu sabia sobre ela, era que ela era praticamente idêntica a mim. E nesses anos, nós chegamos a conclusão que eu poderia ser sua parente. Nós quatro sempre estaremos preparados para recebê-la. Até agora, ela não chegou. Creio que ela estava vigiando, para a qualquer momento atacar. Seja o que for, estaremos prontos, vivendo durante a eternidade. Eu já tenho mais de trezentos anos de vida, e aprendi muitas coisas, uma delas é que eu tenho que viver o minuto, o momento, porque nunca se sabe quando as complicações vão aparecer, e quando elas aparecerem, temos que estar a postos, prontos para qualquer coisa, como uma vampira sedenta pelo seu sangue e principalmente pelo sangue de quem você ama. Seja o que for acontecer, não deixarei ninguém tocar na minha família, meu marido, meu cunhado, que é meu ex-namorado, e a esposa do meu cunhado, que agora é minha melhor amiga. Posso enfrentar qualquer coisa tendo o amor deles, porque com amor você é capaz de tudo. Você sente quando o amado está em perigo, como quando Damon me salvou no rio.
- . No que está pensando?
Eu sorri.
- Na vida.
- Você se arrepende dela?
- Nunca – eu disse, com uma extrema intensidade, olhando em seus olhos.
- Vem deitar.
Eu me deitei ao lado dele.
- Damon, eu te amo mais do que tudo – falei.
Ele sorriu, e me beijou.
Continuamos aquela noite.
Meu nome é . Eu sou uma vampira. Essa é minha história.
Epílogo
White dress
- , que tal este aqui? – ela perguntou, apontando para um vestido que estava na arara.
- Hum... Achei melhor o primeiro. – Dei minha opinião.
- Eu acho que esse vai valorizar mais o meu corpo.
- Caroline! Você é louca, quer casar ou ir para uma boate?
- Pelo amor de Deus, CASAR! – disse, saindo de perto da arara.
- Vou este provar. – Ela me avisou. Depois que pegou o que eu escolhi, me deu a bolsa e entrou no provador.
- ! – Chamou minha atenção.
- Sim? – perguntei, distraída com umas tiaras.
- Como está sendo para você? – ela perguntou, desconfortável.
- O quê? – Quis saber sobre o que ela estava falando.
- Sua tia.
- Ah... – Estremeci ao lembrar.
- Não sei. Está sendo estranho, mas eu estou superando.
- Até que ela viveu muito. Morreu com o que, cem anos?
Eu ri com o comentário.
- Não, noventa.
- Ah... – ela disse, ainda meio desconfortável.
- E Jeremy? – perguntou, curiosa.
- Ele tá ficando mais doente a cada dia que passa. Mas a família dele vai o ajudar a superar. Ele é forte, vai viver muito ainda. Mas afinal, tenho que estar preparada; você estava quando a sua mãe, que era sua única família, morreu, por que eu não estaria?
Ela ficou calada.
- ! – Chamou minha atenção mais uma vez.
- Sim, Caroline?
- Como é estar casada? – disse, botando a cabeça entre as brechas do provador para me olhar.
- É... Bom. Dependendo do caso. Pelo menos no meu eu tive sorte. Damon é o homem da minha vida.
- Eu fiquei muito surpresa por Stefan ter me pedido em casamento.
- Surpresa? Isso iria acontecer a qualquer hora.
Ela sorriu. Em seguida saiu do provador.
- E aí, como estou? – perguntou.
- Maravilhosa.
- Então... Será este mesmo.
Fim
Nota da Autora: Own, vou ficar com saudade de Dc. ;/ Espero que tenham gostado tanto quanto eu. Beijos.
Nota da Beta: Comentem. Não demora, faz a autora feliz e evita possíveis sequestros - só um toque. Qualquer erro encontrado nesta fanfiction é meu. Por favor, me avise por email ou Twitter. Obrigada. Amy Moore xx