De ti nunca me esquecerei.
Uma bela tarde de verão, a areia de uma praia tocando na minha pele sensível, a brisa do mar fazendo a franja e um pouco dos meus cabelos esvoaçarem, o cheiro refrescante do mar entrar livremente pelos meus pulmões, o som do mar entrando para dentro do meu cérebro como uma melodia, um sol brilhante e quente, como nunca se tinha visto antes, que ajudava em manter os olhos fechados, secando as lágrimas que há horas insistiam em cair pelo rosto que agora estava seco e as bochechas que ardiam um pouco quando tento movimentar. Deitada como se não tivesse forças, completamente estendida, era como se tivesse morrido. O que era praticamente verdade, o meu exterior continuava, com dificuldade mas continuava a funcionar, mas o meu interior esse estava morto, quebrado, vazio.
Tudo isto por uma simples amizade de infância quebrada por um beijo apaixonado e delicado, um amor inesperado no coração, uma sensação nova a pairar dentro de dois seres, mãos unidas como um puzzle que necessitava ser completado. Todo o verdadeiro amor que nos unia quebrado por uma visita inesperada. O príncipe encantado dos meus sonhos simplesmente partiu no seu cavalo deixando-me aqui nesta praia sem forças para continuar a viver.
Agora perguntam-se vocês o que realmente aconteceu a este pobre ser que parece uma morta totalmente lamechas e fútil que ainda acredita em contos de fadas. Hora muito bem, a este ser deram o nome neste momento com 18 anos e moro em Londres, e realmente eu tinha o meu príncipe chamado o ser mais perfeito deste mundo, o dono de todo o vazio dentro de mim do aperto no coração ao relembrar das palavras que me disse e que ainda consigo ouvir no meu cérebro, do olhar furioso e frio que consigo ver de olhos fechados e da sua partida não desejada por mim.
Lembro-me tão bem como tudo isto começou no dia 15 de Agosto de 2009, depois de ter chegado das minhas férias em Bahamas, simplesmente vi o correio e vi que tinha recebido um convite para uma festa da pessoa de quem eu mais sentia falta, do meu suposto melhor amigo de infância.
# Flashback #
“Ainda não acredito eu vou realmente reencontrar o e os amigos dele e meus claro (, e ), ainda nem estou em mim. Afinal ele não se esqueceu de mim e eu realmente pensava que com toda aquela fama ele quereria esquecer-se do passado simples e de todos os momentos com uma pessoa como eu. Mas pelos vistos ele não mudou nada e eu enganei-me.
Depois desta inesperada surpresa vou mesmo esmerar e ficar linda, para que ele nunca mais me chame: uglyone. Okay, tive uma má infância talvez, mas a minha mãe sempre dizia que ele só me queria provocar e eu realmente esquecia a possibilidade de ser assim tão feia quando a mãe dele o puxava pela a orelha e o avisava outra e outra e outra vez que era super indelicado e mal criado chamar isso a uma menina. Mas por detrás de todos os chamados “provocamentos” do nós sempre parecíamos irmãos, ele sempre me defendia dos “grandalhões” desde o infantário até ao décimo. Mas ele e os meninos gostavam bastante de cantar e tocar os seus devidos instrumentos, então tentaram a sua sorte numa editora, e não é que conseguiram? E assim eles formaram a famosa banda intitulada de McFly. Começaram a viajar imenso e desde então nunca mais tive tempo de estar com eles e puder ser protegida novamente pelo .
- ? O que estás a fazer? – Ouvi a voz já tão conhecida na porta do meu quarto. Só então me apercebi da maneira estúpida em que me encontrava. Com o convite na mão sentada na cama e um sorriso estupidamente “apaixonado” no rosto. – Recebes-te uma carta de amor?
- Haaa não comeces com as tuas invenções menina – Ela entrou sem que a convidasse e sentou-se ao meu lado. Ela era a minha melhor amiga conhecemo-nos na primária, e sim ela também era amiga dos McFly. Desde então éramos como irmãs. – Isto é um convite para hoje a noite.
- Han? De quem? – Ela tirou-me da mão curiosa.
- Para a festa do .
- ? – Ela dizia surpreendida e com um brilho de felicidade nos olhos.
- Esse mesmo. E diz ai que tu também estás convidada.
- Eu não acredito, eles não se esqueceram de nós como tu pensavas – Ela olhava para a carta, mas não a lia, só olhava surpreendida e feliz.
- Pois não, sabes eu sempre disse mas tu és muito teimosa – Disse ironicamente, pois isso acontecia ao contrário. Ela olhou-me assustadoramente de lado, e desatámos a rir.”
Se eu soubesse o que aconteceria mais tarde, nunca teria ido aquela estúpida festa nem me tinha dado ao trabalho para parecer uma verdadeira diva.
“ Olhei uma última vez para o espelho e meio que ajeitei o cabelo cheio de caracóis (estava com um vestido simples azul um tanto escuro e com desenhos pretos, dava-me pelos joelhos e não tinha alças, tinha a acompanhar um colar prateado e um casaco pela cintura de cabedal preto tal como os colans e os sapatos). De seguida caminhei até a janela do meu quarto que permitia-me a vista para a casa do lado, ou seja a casa do . Avistei uma sombra na janela de uma das divisões da ENORME casa dele, e apercebi-me que era o , sorri e subitamente ouvi a a cumprimentar a minha mãe e a mesma a chamar-me para que descesse. Obedeci rapidamente e quando as avistei a porta de minha casa dei uma enorme abraço a (com um vestido prateado não muito exagerado com uma fita a volta rosa, uns sapatos prateados e uma fita a volta do cabelo rosa), ambas sorrimos e despedimo-nos da minha mãe. Enquanto caminhávamos até a casa do lado recordamos da época em que o fez os seus 14 anos e nós entornamos todo o seu bolo na cara do , um dos motivos pelo qual ele me “odiava”. Entre os risos reparei que alguém correu em nossa direcção no quintal da casa dos .
- Vocês sempre são as primeiras a chegar aos nossos aniversários não é? – Ri-mos e vimos o a abrir o portão dando-nos passagem.
- Já é de nós. Temos essa prioridade – A respondeu.
- Como vocês estão … incrivelmente lindas. Que orgulho que eu tenho nas minhas meninas. – Abraçou nos as duas como nunca antes o tinha feito, como se quisesse libertar todas as saudades naquela abraço. Não sei se a conseguiu reparar mas o perfume cheiroso e “sexy” dele que combinava perfeitamente com a sua personalidade. Separei-me deles, e vi-o sussurrar alguma coisa ao ouvido dela, que a fez corar ligeiramente e sorrir timidamente, algo que eu terei de descobrir depois mas agora estou mais interessada em ver dos “meus” meninos.
- Bem, posso entrar ? Quero ver o , o e o . – Disse interrompendo os olhares (estranhos) deles.
- Claro, estás completamente a vontade, embora a casa não seja minha, tu sabes o que os costumam dizer…
- “ Mi casa es su casa” – Repetimos os três e rimos. Resolvi não interromper mais e caminhei até a porta, ouvi alguém a falar no jardim atrás da casa, virei-me para perguntar ao se por acaso o resto da família e os meninos estava na piscina mas ele já lá não estava e muito menos a , sorri, eles sempre se deram bem, as vezes até de mais. Fui investigar e quando estava a virar para o jardim alguém me agarra pela mão e dá-me um enorme abraço, retribui fechando os olhos e deitei a cabeça no seu ombro.
-Parabéns – Disse suspirando e dando-lhe um beijo na bochecha enquanto me afastava. Sorriu-me, como eu tinha saudades daquele sorriso.
- Obrigada – Olhou-me de cima abaixo ainda com as mãos na minha cintura – Se eu soubesse que mais tarde estarias assim nunca te teria chamado aquela alcunha horrível – Corou um pouco.
- Nem me digas nada, era giro ver-te ser “castigado” pela tua mãe – Ri gozando.
- As minhas ricas orelhas.
- Aaah, a minha rica auto-estima.
- Por que? Agora és linda. – Olhou-me nos olhos.
-Obrigada – Corei ligeiramente – Bem vamos ver do resto da cambada. – Dei-lhe a mão e seguimos para a piscina onde o tentava “afogar” o , e a mãe e mais a irmã do estavam sentadas em umas cadeiras assistindo a diversão deles. Cumprimentei-as e ficamos ali a conversar animadamente sobre os velhos tempos e também de algumas coisas pelas quais os McFly tinham passado ultimamente. O e a acabaram por chegar de mãos dadas e divertidos, estava curiosa, mas mais tarde certamente ela me contaria. Os convidados foram chegando e claro algumas fãs que faziam questão de invadir a casa, mas os seguranças não deixavam. Foi uma festa bem animada fartamo-nos de dançar e rir, como era bom divertir-me novamente com os McFly. Os amigos deles, famosos ou não, eram muito simpáticos e consegui perfeitamente socializar-me. O DJ tinha acabado de meter uma balada para que os casais pudessem dançar romanticamente, então decidi descansar um pouco no baloiço do jardim olhando pensativa para a piscina.”
Tudo o que aconteceu permanece tão vivamente na minha cabeça, como se tivesse sido apenas ontem.
“- Então em que pensas princesa? – Alguém tinha sussurrado ao meu ouvido, fazendo-me estremecer, e ao perceber-se suspirou sorrindo e sentando-se ao meu lado, retribui o sorriso. Era o , com o seu maravilhoso cabelo esvoaçando um pouco.
- Não vais querer ouvir…
- Claro que não – Olhei confusa para ele, que olhava para a linda lua daquela noite, reparei no seu olhar tão doce e com um certo brilho especial que em todos estes anos de amizade nunca tinha reparado. – Não me olhes assim que não penso dar-te. – Ri.
- A única coisa que eu queria agora tu nunca me poderias dar, acredita em mim. – Olhei também para a Lua pensando em “nós” não que existisse mas era estranho estar novamente junto ao meu tão adorado , que me conhecia melhor que ninguém, afinal éramos amigos desde que nasci.
- Só não te poderei dar se não descobrir o que é. – Os nossos olhares cruzaram-se, e permanecemos assim, eu tentava entender o brilho dos seus olhos, e parecia que ele só tentava decorar cada traço da minha cara. Comecei a sentir-me constrangida e desviei o meu olhar para a piscina a nossa frente.
- Nem eu própria sei bem o que seja… - Ainda o sentia olhar-me, e um calafrio percorreu o meu corpo. Ele aproximou-se de mim e passou o seu braço pelo meu ombro encostando-me ao corpo dele, fazendo-me sentir muito mais quente, mas ao mesmo tempo… Protegida. – A vida é tão estranha, por vezes não sei que caminho seguir, que decisão tomar. – Ele acariciava o meu braço, e eu deitei a minha cabeça no seu ombro fechando os olhos para puder sentir melhor o perfume e o seu toque. Sabia que ele deveria estar confuso, tentando entender o que eu quereria dizer com aquilo. Eu queria dizer tudo o que realmente sentia, mas parecia-me tão confuso e complicado… tão errado, que limitei-me a tentar faze-lo entender sem que eu dissesse diretamente – Sabes eu cresci juntamente com vocês, sempre recebi todos os carinhos de que precisei, tanto da vossa parte como da tua mãe e da minha. Nunca consegui dizer que era infeliz pois nunca o fui… - Fiz um pausa, suspirei e abri o olhos – Mas desde que vocês se tornaram famosos, e começaram a afastar-se cada vez mais de mim, eu comecei a sentir-me cada vez mais sozinha. Parecia que sem vocês andava desorientada, sem saber como tomar as minhas próprias decisões, parecia que uma parte de mim tivesse desaparecido. Sentia-me vazia por dentro. – Levantei a cabeça e olhei-o nos olhos – Especialmente quando te despedis-te de mim naquele dia que iria começar a tournée. Porque a minha felicidade só reinava dentro de mim com a tua presença.
- Sim, afinal eu queria ouvir – Ele olhava-me, mas de uma forma diferente e ao mesmo tempo especial. Aproximou-se e sussurrou-me ao ouvido. – Acho que certamente te poderei dar o que tu queres… “
- Oh tudo o que eu queria agora, era ter-te aqui ao meu lado. – Prenunciei como um sussurro e mais uma lágrima escorreu pelo meu rosto, mais uma lágrima cheia de dor pelas lembranças.
“ Certamente ele tinha entendido, e agora eu ficava ligeiramente vermelha de vergonha juntamente com o nervosismo daquele olhar constrangedor. Não aguentaria nem mais um pouco, então desviei o meu olhar do dele, olhando novamente para a piscina. Ele delicadamente virou o meu rosto para que o olhasse nos olhos. Aproximou-se lentamente, fazendo-me sentir a sua respiração perto dos meus lábios, e as malditas borboletas de que toda a gente fala reinarem no meu estômago, vi-o fechar os olhos tal como eu e encostar delicadamente os seus lábios nos meus, passando a sua mão que estava na minha bochecha para a minha cintura, entrelacei os meus braços a volta do seu pescoço, abriu a sua boca aos poucos, o que me fez fazer o mesmo dando passagem a sua língua que parecia tentar decorar cada detalhe da minha. Passado um tempo ele parou o beijo, encostando a sua testa a minha sorrindo como nunca o tinha visto sorrir, olhei-o confusa mais ao mesmo tempo feliz por o que tinha acabo de acontecer e por mero impulso trinquei o meu próprio lábio inferior.
- , eu só quero saber se tu me dás permissão de te fazer feliz – Afastou-se um pouco pegando na minha mão. – Quero ser o teu príncipe, pelo qual tu sempre dizias que esperarias. – Sorri como nunca, como eu tinha dito antes, a sua presença fazia a felicidade reinar dentro de mim.
- Pensei que nunca conseguirias entender todo o amor que eu sinto por ti. Eu quero sim ser feliz a teu lado. – Ele sorriu e beijou-me novamente, mas desta vez simplesmente encostando os nossos lábios. E ficámos ali abraços ao luar ouvindo a música do DJ”
Por muito que eu queira não consigo odiar aquele dia, muito menos aquele momento. Aquele foi o melhor de todos os dias da minha vida, o começo de um conto de fadas que eu pensei que não teria fim. Um conto de fadas que me trás tão boas recordações.
“Fazíamos 8 meses de namoro, e ele preparara-me um surpresa magnifica, um jantar a luz das velas numa cabana na nossa praia. Que rapariga não gostaria disso? Só se fosse completamente doida.
- Por favor, não digas que a comida está horrível ou ao menos finge que está deliciosa – Dizia-me ele envergonhado, metendo a comida na mesa e servindo-me.
- Estás a brincar? O meu namorado só pode ser um ótimo cozinheiro, afinal ele é perfeito. – Ri, o que pareceu faze-lo descontrair um pouco.
- Uau! Diz-me quem é ele, eu preciso mesmo de aprender umas coisinhas. – Beijou-me a testa e sentou-se. Sorri olhando para o meu prato, era a minha comida preferida: Arroz de Marisco, aaaah que apetite. Provei com um certo receio e ele observava-me. Arregalei os olhos, não por estar péssimo, nada disso, estava realmente bom, delicioso. – Está assim tão mau? – Ele perguntou nervoso.
- Nada disso amor – Ri do seu nervosismo – Está delicioso, e eu não estou a fingir como me pedis-te, estou a falar a verdade. Nem acredito que tu ainda tives-te espaço nessa cabecinha para decorar a minha comida predileta.
- Sim, porque a minha cabeça está um pouco ocupada contigo, tal como o meu coração. – Sorrimos, e eu certamente devo ter ficado vermelha.”
Por que que tudo teve que acabar assim? Por que? Eu tenho que ser infeliz é isso? Porque sem ele ao meu lado é isso que eu sou, uma rapariga sem rumo na vida, aliás sem ele eu nunca serei ninguém, sem ele prefiro morrer.
“ Depois do maravilhoso jantar que eu me apercebi que tivera sido feito por ele mas com a receita e um pouco da ajuda da sua mãe, ele convidou-me para um passeio pela praia. Caminhamos a beira mar de mãos dadas e falando de coisas sem sentido algum, até que eu tive uma ideia para animar todo aquele romance.
- Sabes uma coisa que tu nunca irias conseguir fazer? – Parei e disse-lhe com um sorriso divertido.
- Não, mas tu vais-me dizer. – Como sempre tinha o seu sorriso que iluminava todos os meus dias, e com o qual eu sempre sonhava a noite e relembrava com um sorriso apaixonado no rosto.
- Apanhar-me – Comecei a correr fazendo o meu vestido de praia esvoaçar tal como o meu cabelo, percebi que ele tinha alinhado na minha brincadeira e corria atrás de mim. Admito estava a ficar um pouco cansada, pois ria ao mesmo tempo que corria e o provocava, e reparei que ele se divertia tanto quanto eu. – hahahaha, eu sabia tu nunca conseguirias apanhar-me.
- Não digas isso mais duas vezes, . – Estávamos a andar a volta de uma rocha.
- Não conseguirás – Afastei-me da rocha e corri para a beira mar novamente – NÃO conseguirás. – Ria como uma criança, até que sem eu reparar ele alcançou-me e pegou-me ao colo, gritei com o susto ainda entre risos meus e dele. Ele rodava comigo no colo, e parecíamos agora duas crianças felizes por estar na praia. Ele parou e deixou-me sentir o chão novamente. Abracei-o ao sentir a água gelada passar nos meus pés. Ele apercebeu-se do acontecido, e começou a molhar-me dando “chutes” na água, eu fugia tentando proteger-me, riamos não só como namorados mas sim como amigos (sim porque um namorado também tem de ser amigo) que estavam a divertisse imenso. Cansei-me e fui deitar-me um pouco molhada, na areia fria. Ele aproximou-se de mim e deitou-se ao meu lado.
- A água estava tão boa. – Disse ainda rindo-se, eu sorri respirando fundo e fechando os olhos.
- Sim, e se eu te empurra-se para dentro de água também iria ser ótimo – Disse ironicamente. Senti uma respiração quente perto da minha bochecha esquerda e consegui perceber que era ele. Quando ia abrir os olhos para poder encarar os seus olhos brilhantes ele beijou-me apaixonadamente como sempre, acariciando-me. Quando terminou o beijo, a última coisas que eu ouvi num sussurro foi “Amo-te minha princesa”, então ele puxou-me para perto dele e eu pude ficar deitada no seu peito ouvindo o batimento do seu coração. Como sempre sentia-me protegida, completa por o ter ao meu lado. Nos seus braços eu poderia adormecer, era confortável o calor do seu corpo e as carícias no meu braço passando para o meu cabelo. Cantando-me ao meu ouvido parte das músicas da sua banda.”
# The End of Flashback #
Momentos tão perfeitos nesta mesma praia. Neste mesmo sítio onde me encontro deitada com os olhos vermelhos de tanto chorar e as bochechas secas pelas lágrimas já derramadas. Por mero impulso acabei de me levantar, olhando o mar, sentindo a brisa que horas tem secado as minhas lágrimas. Sinto um ritmo dentro de mim, como uma canção que irá aliviar toda a dor do meu coração.
“Como é que é possível eu esquecer-me de ti?
Esta praia traz-me tantas recordações
Boas ou más ilusões
Convertidas em apaixonados corações
Quebrados
Explica-me o porquê de isto acontecer
Será para me fazeres sofrer?
Dizes-me para eu te esquecer
Tu não sabes daquilo que estás a falar”
Lágrimas insistiam em cair, enquanto eu caminhava a beira mar, a cantar aquela música que de dentro de mim saia, dizendo tudo o que sentia.
“Com o nosso amor
As ondas do mar eram calmas
Eram o espelho das nossas almas
Os nossos sorrisos felicidade
Faziam o Sol florescer
O nosso namoro era uma novidade (para nós)
Os teus braços faziam-me adormecer
Sorria a toda hora ao pensar
Que nada disto ia acabar”
Cada vez mais fraca fico, a cada passo que dou, mas sinto-me aliviada a cada estrofe que canto.
“Refrão:
De ti nunca me esquecerei
É do teu sorriso
Que preciso
Para continuar em frente (estás no meu coração, na minha mente)
Quando é necessário esquecer um amor
É amá-lo cada vez mais
Tornando tudo na nossa vida maior
Não é fácil esquecer
Aquilo que o nosso coração soube escrever
De ti nunca me esquecerei
Na areia cada pegada deixada (por ti)
Ilustra uma pedra preciosa
Um grão de areia convertido numa pequena rosa
Deixando-me ainda mais apaixonada”
Lembro-me de cada momento passado ao seu lado, toda a nossa felicidade em estarmos juntos, as promessas que para sempre ficaríamos unidos neste sentimento tão forte, permanecem no meu coração.
“A areia era tão suave, agora
Sem ti aqui
É áspera pelo caminho fora
Cantavas-me doces canções
Ao meu ouvido
Coisas sem nexo mas com sentido
Entre nós haviam imensas diversões
E neste momento gritas para eu as esquecer
(Repetir o Refrão)
Persigo os teus passos até ao meu destino
À espera de ser amada
À espera de ser protegida
Sem nunca haver uma despedida
Cravaste-te como uma faca no meu coração
É uma injustiça ao pedires-me para te esquecer
Ao não aceitares o meu perdão
Porquê que queres que eu sofra a solidão? …”
Antes de puder terminar a melodia, senti as minhas pernas bambas, o meu corpo totalmente mole, a sensação que iria desmaiar pairou no meu corpo e deixei-me levar. Afinal de contas, sem ele nada fazia sentido, não poderei continuar a caminhar sem rumo, porque sem ele eu não sou ninguém. O meu fim seria a solução para todos os problemas.
- a narrar –
Tinha acabado de levar a minha namorada a sua casa e caminhava feliz até a minha casa. Até ver aquela horrível cena na praia, a chamada praia do e da minha amiga, antes namorada dele, . Esta mesma tinha acabado de perder os sentidos e cair na areia. Assustado corri em seu auxílio, e quando cheguei perto percebi que tinha desmaiado e felizmente não morrera. Levantei-a segurando-lhe nas costas e tentando acordá-la. Deitei-a novamente, depois de várias tentativas, peguei no meu telemóvel e disquei o número para uma ambulância a pudesse socorrer, de seguida mandei uma mensagem para o que avisaria os meninos e certamente a namorada de e melhor amiga da , a , para que viessem ter comigo ao hospital. A ambulância rapidamente chegou, e eu acompanhei a até ao hospital. Chegamos, e olhei-a uma última vez antes que ela entrasse para as urgências, tinha os olhos vermelhos como se tivesse chorado imenso, e o seu rosto parecia triste como nunca a tinha visto antes, certamente por o meu irmão ter acabado com ela. Sentei-me num banco a espera dos meus amigos (incluindo ), enquanto recordava o seu desmaio e o seu rosto. Eles acabaram por chegar, preocupados e ansiosos por saber alguma coisa sobre .
- a narrar –
“Como assim a tinha desmaiado?” Eu teimava em perguntar-me ali sentado no banco do Hospital, devastado e preocupado. Não sei como depois de tudo o que ela me fez eu continuo a amá-la tanto. Como me preocupo? Como é que consigo estar inquieto por não saber se ela está bem? Como consigo chorar todas as noites por não a ter ao meu lado? Eu sei, eu amo-a de verdade, mas ela magoou-me tanto. Afinal de contas, ela traiu-me depois de me dizer que me amava.
# Flashback #
“Mais uma vez, estava a caminho do apartamento onde a minha namorada morava. Estava feliz por os concertos terem acabado, e agora que estava de férias poderia voltar a ter os meus momentos com ela. Tinha imensas saudades, ela é completamente a minha vida. Estamos juntos a 1 ano, e quero ficar com ela para sempre. Entrei em sua casa, pois tenho a chave suplente que ela me deu. Silenciosamente fui até o seu quarto, abri a porta …
- – deixei cair a chave no chão juntamente com as flores que lhe trazia, e a porta bateu na parede, as lágrimas estavam a insistir para escorregar pelo meu rosto que a minutos atrás estava repleto de ansiedade e felicidade por ir ter com Ela. Não podia mais ver aqueles dois agarrados, um rapaz estava agora atrás dele e sorria maleficamente, pelo beijo que lhe tinha “arrancado” (pois, ela tentava empurrá-lo enquanto lhe dava chapadas no peito) e certamente saberia que eu era o namorado dela. Corri para a porta por onde entrei e ouvi ela a correr atrás de mim.
- … por favor! Olha para mim, aquilo tudo não passou de um mal-entendido. Por Favor ouve-me! – Dizia enquanto corria atrás de mim, parei e olhei para trás.
- Eu sei o que vi , e não preciso de explicações para o que vejo. Todas dizem o mesmo, e pelos vistos tu és como todas as outras. A fama e o dinheiro são ótimos, não é? Pois, mas ACABOU! Esquece-me, Esquece-se tudo o que passamos juntos, Esquece tudo o que te disse. – Corri para o meu carro e arranquei chorando.”
# The End of Flashback #
“Não acredito, como pude ser tão cego? Ela não me traiu, ela estava sim a debater-se contra aquele beijo.” Pensei, arregalando os olhos.
- O que se passa ? – Disse , assustado com aquela minha reação repentina. estava deitada no seu ombro e tinha adormecido.
- Como eu posso ser tão estúpido ? – Olhei para a rua reparando que já era de noite.
- Sim e a está em coma. Agora que dissemos o óbvio podes dizer-me o que se passou? – Disse o , que estava sentado do meu outro lado. Mais tarde eu me preocuparia com aquele insulto, mas agora precisava ver a .
- Preciso ver a . – Levantei-me e fui de encontro ao médico. Depois de muito insistir ele deixou-me ir até ao “quarto” onde ela estava, sentei-me ao seu lado acariciando o seu rosto.
- Desculpa – Eu disse começando a chorar. – Desculpa-me por ter sido tão cego de ciúmes e não ter entendido que te debates-te contra aquele beijo, desculpa por não ter ouvido a tua explicação, desculpa por ter-te dito coisas horríveis, desculpa por te ter feito sofrer desta maneira. Por Favor, não te esqueças de nada, nada do que passamos juntos, nem das quantas vezes eu disse que te amava verdadeiramente, e principalmente não te esqueças nem de mim nem do amor que sentes por mim. – Eu segurava firmemente a sua mão. – Só quero que me dês mais uma chance de te fazer feliz, eu sei que consigo. Acorda, Por Favor. Eu… Eu… Amo-te do fundo do meu coração. – Limpei as minhas lágrimas olhando-a naquele estado. Acariciei a sua bochecha e passei o meu polegar pelos seus lábios que a tanto tempo não beijava, e lá depositei um beijo molhado, devido as minhas lágrimas, mas apaixonado e arrependido. Sentei-me novamente, fechando os olhos e beijando a sua mão. Nesse mesmo segundo ouvi-a sussurrar com dificuldade.
- … – Ainda não abrira os olhos, mas debatia-se para acordar.
- Sim amor, estou aqui – Disse sorrindo felicíssimo por ela finalmente ter acordado. – Têm calma, eu vou chamar alguém.
- Não … - Tossiu – Fica… aqui…comigo. – Segurou-me firmemente na mão, o que me fez sorrir. Gritei por uma médica que chegou logo em seguida, e me disse que tinha sido um milagre, viu tudo o que tinha a ver e deixou-nos sozinhos. Ela já tinha aberto os olhos e agora sorria para mim, ainda confusa, mas feliz.
- Inconsciente, mas ouvi o que disses-te . – Corei ligeiramente.
- E desculpas-me? – Estava com medo que a resposta fosse um não.
- É claro que sim. – Sorrimos, eu aproximei-me dela e mais uma vez beijei-a, mas simplesmente encostando os nossos lábios.
- Eu amo-te – Disse-lhe ao ouvido, e reparei que a fez estremecer.
- “Se um dia adoecer
Só um beijo teu vou querer
É a cura para eu continuar a viver
De ti nunca me esquecerei…” – Ela cantou-me docemente ao ouvido.
E ambos soubemos que aquele amor era para todo o sempre!
Escrita por: Path
Créditos de música: Vanessa
N/a: Olá fofa ! Muito obrigada por ter gastado seu tempo a ler a minha fic, e espero que comente e gostem claro :D é muito importante para mim, mesmo.
Como já puderam ver, a música não é minha, mas sim da melhor escritora de letras de músicas e minha amiga a bastante tempo (6 anos), Vanessa. Obrigada por deixar utilizar sua música <3
Quero também agradecer BASTANTE a menina Jones, Kaah… Que me aturou muito desde o primeiro email, ahah :P
Bem, eu não sou muito boa nisto não, então acho que é só. Obrigada mais uma vez :]
BeiJones,
PathJones <3
P.S- Se acharem meio estranho o Português, é porque eu não sou brasileira :S
N/B: Hey meninas, olha, espero que tenham gostado da fic assim como eu, muito emocionante né? *-* Como a Patrícia disse, ela não é brasileira, então eu adequei apenas algumas palavras ao nosso português para não mexer no estilo e nem no modo de escrever dela [ o de Portugal ] particularmente adorei ter corrigido a fic, foi muito bem escrita e é bem linda. *-* beijos. Kaah.jones