Diga Adeus.
Por: Cami Gregori.
Numa quente tarde de verão... Ah! Tarde de verão! Bem que eu queria... Ta frio, e
alem do mais, estou escrevendo escondido. Tenho que entregar essa redação amanhã! O que
pode ser? O que pode ser? Bem... Vamos tentar isso...
Estavam juntos há mais de um ano. Ninguém sabia. Se amavam incondicionalmente. A
cidade de parecia mais feliz com o amor dos dois.
-Melhor contar – Ela disse.
-Deveríamos ter assumido faz tempo tudo isso. – Ele concordou.
Qual é o problema se ela é uma popular e ele um perdedor?
Na escola, não tinham duvida: ia ser um problema, como vivenciaram no dia seguinte:
-Oi gente! Esse é o .
. Meu namorado.
-! Você está louca?
-...
-O que é Kevin?
-Ele é mesmo o seu namorado?
-Sim, e eu o amo muito!
Ele ouviu essas palavras como um impacto. Ela sorriu vitoriosa. Sabia que era perigoso.
Kevin sempre a amara. E ela aparece com um perdedor?
-Vão se arrepender disso.
-Não tem como eu me arrepender do . E aí meninas? O
que acharam?
Encararam-na com um olhar triste. Laura, sua amiga, tentou dizer, algo, mas suas amigas a
empurraram para longe.
-Sabia. É proibido se amar hoje em dia.
Ele a abraçou por trás.
-Se você decidir terminar do nada... Eu vou entender.
-Terminar com você por causa delas? Impossível! Vamos, A Sra. Hoffigan
entrou.
Eles seguiram o caminho da sala 27 de mãos dadas, ao olhar de todos.
Aproveitaram que a professora faltou nas duas ultimas aulas e saíram para caminhar.
-Você contou pros seus pais?
-Do namoro?
-Claro ! Do que mais?
-Contei. Eles adoraram a idéia, acharam que finalmente eu cresci. E os seus?
O sorriso dela se dissipou rapidamente.
-Meus pais não gostaram muito. Queria que eu tivesse ficado com o Brian, sabe? Do terceiro
ano B? Mas eu disse que sou feliz com você. Minha mãe disse que tudo bem se eu estou feliz.
Meu pai nem falou mais comigo.
-Ah.
Ela deu um beijo nele e sussurrou:
-Eu te amo. É apenas isso que importa.
Alguns meses depois.
Ela nem ligava mais. Tinha Laura ao seu lado. A única que a compreendia.
já não largava mais dela. Estavam mais felizes do
que nunca.
-?
-Fala ...
-Eu nunca amei outra garota do mesmo jeito que eu amo você.
Ela sorriu imensamente.
-Mesmo?
-Claro! Você é maravilhosa! Consegue me por um sorriso no rosto, mesmo depois de um 1,0 de
Química.
-Hahaha! Eu te amo DEMAIS!
Os dois sorriram e continuaram sentados no quintal da casa dele. Ela entre suas pernas.
-Sabe . Eu passaria o resto da minha vida ao seu
lado.
-Falar isso com 16 anos não é cedo demais?
-Não. Só falo isso por que você é o MEU
.
-Eu passaria a eternidade ao seu lado.
Ambos sorriram e começaram a se beijar.
Teriam alguns problemas pela frente, sabiam disso. Mas nada podia vencê-los.
Amanheceu frio na cidade. Significava que as festas estavam chegando. E os dois anos de
namoro também.
-Falou com os seus pais amor?
-Falei... Adivinha a resposta deles?
-Não?
-Exato! Acham que eu ir para Liverpool com um ‘delinqüente’ menor de idade, sendo que eu
nem me formei, é uma forma irresponsável de demonstrar a minha rebeldia. E seus pais?
-Acharam que é uma boa forma de demonstrar meu amadurecimento.
-Uau! Queria ter pais assim.
-Temos apenas uma solução.
-Ah não! Você sabe que não.
Ele olhou com uma cara de arrependimento para ela.
-Ah não ! Desculpa, mas não.
Ela deu um selinho. Ele tentou sorrir. Voltaram para a sala de aula.
A aula estava mais entediante que o normal. Ele esperava algo que o animasse. Eles se
sentavam tão distantes. Ele no fundo, ela na frente. Eram tão diferentes. Algo bateu em sua
cabeça. Ele abriu. Leu o seguinte:
“Saiba que eu sempre serei inteiramente sua!”
Riu consigo mesmo.
-Sr. ... Seu quiser rir durante a minha aula, é só
avisar... Eu paro de falar.
-Não Sra. Mullins... Eu... Eu...
-Bilhete?
Ela leu o que estava escrito.
-Da namorada? Srta. e Sr.
, me acompanhem, por favor.
Os dois se levantaram segurando o riso e foram... Sabiam que iam se dar mal. A Sra. Mullins
tinha uma grande influencia na escola.
No final, levaram uma advertência.
Mais tarde, se encontrou deitado em sua cama,
ouvindo musica, quando o telefone tocou.
-EU ATENDO! Alo?
-... Posso falar com você?
-... Você está chorando? O que aconteceu... Onde você
está?
-Eu to sentada no jardim de casa.
-Sozinha? Ta escuro, de noite, frio...
-Eu to com um edredom. Eu contei pros meus pais da advertência. Meu pai começou a gritar
comigo, e eu respondi, tava nervosa demais... E... E... Ele disse que é tudo culpa sua! Eu
gritei mais, e ele disse que se as coisas continuassem assim, era melhor eu esquecer que
tenho um pai.
-Uau... ... Nem sei o que fazer.
-Eu sei , eu sei... Vamos para Liverpool.
-Mas seus pais...
-Simplesmente vamos.
Combinaram as coisas.
O sábado chegou rapidamente, e a hora de partirem também. Iriam pegar um trem durante a
madrugada de Domingo.
pegou um papel e começou a escrever algo para os pais.
Atendeu o celular.
-To chegando. Cinco minutos. Quem mais sabe?
-Só a Laura...
-Tudo bem... To aqui na frente.
-Vou descer a mala.
pegou as duas malas e jogou pela janela. Silencio.
Desceu.
-Sra. !
-Shiii!
pegou a carta que escreveu para os pais e se virou em
direção a porta. Uma Sra. observava.
-Mãe?
-Onde você está indo? Ola Sra. ...
-A Liverpool mãe! E não tem como voltar atrás!
-O que é isso na sua mão?
hesitou, mas entregou a carta.
-“Mãe e Pai.
Durante todos esses anos, escondi o que queria de verdade, até conhecer o
.
Ele colocou mais emoção, amor, felicidade a minha vida. Temos um sonho, de continuarmos
juntos, até onde os céus permitirem. Mas vocês não permitiram. Vamos morar em Liverpool, e
não tem como voltar atrás. E se isso foi acontecer, o único caminho de parar, é a morte.
Por isso, aqui e agora, eu agradeço a vocês, por tudo o que já fizeram por mim! Agradeço
pela compreensão e amor!
E falo mais: eu amo vocês!
E nisso, eu digo adeus.
Até um dia, quem sabe.
Beijos,
”.
A Sra. tremia. A Sra.
tampava a boca de emoção. As mãos de
e se
entrelaçaram de tal jeito que pareciam um só.
-C... Como?
-Amor, mãe. Amor.
-Amor?
Olharam para trás e viram Kevin segurando pelo cabelo. A mesma gemia de dor. Ele apontou a
arma para .
-O... O... O que vai fazer Kevin?
-Traçar os nossos destinos,
-Não! Ele não! Por favor. Ela nunca amou assim antes – Laura disse. Lágrimas começaram a
escorrer de seus olhos.
-Então ta. – Carregou a arma – Seu eu não posso te ter, ninguém pode!
Apontou para que tremeu. O segundo seguinte foi
confuso: tiro, gritos, e vidro quebrado. O Sr. e
alguns curiosos apareceram na rua.
-EU AVISEI GAROTA!
-ELA É MINHA AMIGA! DEIXE-A EM PAZ!
Kevin virou e atirou no braço de Laura, fazendo-a gritar e tombar, e
e correrem
para socorrê-la. O casal voltou a encaram Kevin. Abraçaram-se.
-Desculpa... É preciso.
Ele atirou. entrou na frente, mas a bala perfurou os
dois corpos. A cena seguinte seguiu em terror. As mulheres gritaram, ligavam para a policia
e bombeiros. Apesar da dor, do pânico, do terror, no local havia uma única coisa em paz: o
casal.
A ultima coisa que ele pode sentir, foram os lábios quentes de
, pressionarem os seus, em um
ultimo gesto de amor.
FIM