Do You Believe in Love At First Sight?

Alfa: Bella | Beta: Tah




Chutei uma pedra.
Aumentei o volume do meu ipod e continuei andando. O vento bateu em meu rosto, fazendo com que eu me contraísse.
O frio estava começando a ficar mais agressivo em Londres. A noite estava escura, eu mal podia ver um palmo à minha frente.
Passei na frente de um pub, o som estava tão alto que nem meus fones me deixaram ignorar todo o barulho. As pessoas transbordavam. Parei por alguns segundos, observando a fachada chamativa, confortadora, como se induzisse as pessoas a entrar.
As pessoas saiam do local, rindo e se divertindo. Senti uma leve vontade de entrar, mas resisti, pensando no quão tarde já era e no quão cedo deveria acordar no dia seguinte para ir ao trabalho. Passei a mão pelo meu cabelo e continuei andando.
Eu começava a me aproximar de meu pub preferido, e ao mesmo tempo, de minha casa. Vários pensamentos me torturaram, mostrando-me o quanto seria prazeroso passar alguns minutos conversando com as pessoas estranhas, que ficam bêbadas por ali. Apressei meu passo, tentando não olhar para os lados, aumentei ainda mais o volume do meu ipod, ignorando qualquer pessoa e qualquer coisa que passasse ao meu lado. Ignorei os carros e ignorei até a minha vizinha, a garota das minhas mais profundas fantasias.
Sorri.
Fantasias.
Mas o cheiro dela? Impregnado. A tentação de virar meu pescoço e encará-la era grande, mas continuei andando, e continuei me aproximando do pub.
Tentei encarar somente o chão, e aumentei o volume de meu ipod, dessa vez no máximo, sentindo o som pulsar em meu ouvido. De certa forma, irritante.
Enquanto continuava a andar, o pub se aproximava, passava por mim, e agora começava a ficar para trás.
Isso se não fosse meu colapso de bom ser humano.
O que aconteceu? Uma garrafa rolou e parou em meus pés. Rolou do beco. Hesitei, mas olhei. Vi uma silhueta ali, jogada, abandonada e bêbada. O sentimento de pena invadiu minha mente.
Ele estaria bem? Teria onde dormir? Estaria passando mal? Estaria vivo? Coma alcoólico?
À medida que me aproximava, a silhueta continuava imóvel. Desliguei o som de meu ipod, na esperança de ouvir algum gemido, alguma respiração mais ofegante, ou algo desesperador que me desse o sinal de que ele ainda respirava.
Nada.
Maldição.
Tirei meu casaco, caso ele estivesse sem, e com frio.
O que estou fazendo? Pode ser apenas um mendigo dormindo! Deixe-o aí,Thomas, ele sabe como sobreviver.
Como se alguma de minhas próprias palavras pudessem me convencer.
À medida que me aproximava, podia ver que de mendigo o homem não tinha nada, estava bem vestido e limpo. Os olhos estavam fechados, a mão estava aberta, provavelmente a mão em que segurava sua garrafa. Estava, de certa forma, tranqüilo.
Agachei, deixei meu rosto na altura do dele e senti sua respiração, pesada, mas, pelo menos, respirava.
Coloquei meu casaco sobre suas pernas, limpando minha consciência por deixá-lo ali, pelo menos aquecido.
Levantei e continuei meu caminho, com frio, mas calmo. Enquanto religava meu ipod, ouvi passadas desengonçadas atrás de mim, como se alguém estivesse cambaleando, e pior, cambaleando rapidamente. Olhei sobre meu ombro, e vi o homem, o mesmo que estava no beco, vindo atrás de mim.
Ótimo, maravilha, agora você sabe que ele está vivo, e até demais.
Suspirei e parei de andar. Eu poderia, naquele exato momento, me lançar diante de algum carro que passasse.
Nenhum maldito carro passou.
O homem, mesmo estando a menos de dois metros de mim, encontrava dificuldades para andar em minha direção. Começou a rir, alto, abanando sua mão em minha direção.
Merda.
Revirei meus olhos, e fui em sua direção.
Ele ainda ria, sua boca extremamente aberta, exalava seu bafo de bebida. Sorri desconfortavelmente, ele me recebeu calorosamente, me abraçando. Quente, ele estava quente.
Quente até demais.
Viu? O casaco fez efeito. Você é um bom homem, Thomas.
Ele se separou de mim, e apontava para meu peito, tentando dizer algo. Sua boca abria e fechava diversas vezes, nenhum som saía. Observei o homem, a cena era engraçada, sorri ao ver que ele estava confuso.
Inofensivo e engraçado, o homem começava a me dar ainda mais pena.
E, finalmente, depois de longos segundos, ele conseguiu se estabilizar.
“Ooooobrigaaaaaaaaado... casaaaaaa...co”. sorri, e levei minha mão ao seu ombro, dando-lhe alguns leves tapas.
“Imagine, pode ficar para você”. Ele ainda tentava dizer algo.
Bêbados quando falam conseguem ser irritantes, dando pausas demoradas ou estendendo as sílabas.
Ele passou a mão pelo seu cabelo, desistindo de dizer algo. Sorriu para mim, e continuou me encarando.
Maldita hora para ter consciência, maldita.
Decidi que era melhor tentar levá-lo para sua casa. Isso se ele conseguisse me dizer onde era.
“Você lembra onde você mora, companheiro?”. Perguntei, já pela milésima vez, rezando para não receber mais uma resposta do tipo ‘Você é bem bonito, eu poderia te beijar aqui mesmo’. Ou então ‘Tem namorado, gato?’. O cara, além de tudo, era gay. Um gay bêbado dando em cima de mim.
Hoje é o seu dia, parece que está tudo contra.
“SENHOR, PELO AMOR DE DEUS, AONDE VOCÊ MORA?”. Gritei, e pelas graças do senhor, ninguém realmente se importou com meu tom. Nem mesmo o próprio homem, que agora me observava, com um sorriso em seu rosto.
Um sorriso, aliás, bem parecido com a cara de um cão abandonado.
Coração mole! É isso o que você é!
É, eu havia decidido, eu estava mesmo levando o homem para casa. Ele jogava seu peso em meus ombros, enquanto eu o carregava em minhas costas.
Incrivelmente pesado, acredito que era por causa de seus músculos – impossíveis de não serem percebidos por sua camisa extremamente justa – e também pelo seu cansaço, perdendo a capacidade de diminuir seu peso.
Ouvi ele respirar pesado.
Pelo menos havia dormido, seria mais fácil de jogar ele na sala e sair correndo para me trancar em meu quarto, já que estava suspeitando que ele era gay, e eu com certeza não iria dormir tranqüilo com a chance de ter um gay bêbado em minha casa.
Cheguei na frente de minha casa, e peguei minhas chaves em meu bolso, tentei fazer o mínimo de barulho possível para não acordar o homem. Abri a porta, e coloquei o homem delicadamente no sofá, e voltei para a porta para trancá-la.
Ele estava acordando quando me voltei para ele.
“Porra”.
Estava a ponto de chutá-lo se algum som saísse de sua boca de maneira irritante, e para evitar isso, tomei uma decisão drástica. “Espero que você não ame esse terno, você vai pro chuveiro”. Nem me importei com meu casaco que agora era dele, e sim com seu terno, aparentemente de grife. Ele me olhou com dúvida, enquanto eu o carregava para meu banheiro, no segundo andar.
Abri a porta, e o acomodei na banheira, e lá o deixei. Ele ainda me observava como se uma enorme interrogação tomasse conta de sua face.
E então, eu liguei a ducha fria, e me sentei em meu vaso sanitário, até que ele ficasse um pouco mais sóbrio.
E assim foi.
“Deus do céu, DESLIGUE ESSA ÁGUA!”. Ele estava mais orientado, e o melhor de tudo, não soava mais irritante. “Você é LOUCO?” Bem melhor, sua voz até tomara um tom mais rouco do que antes, que parecia mais a voz de alguma garota de tão fina que estava. Sorri.
Desliguei a ducha, e o ajudei a ficar de pé.
“Você estava bem mais bêbado do que está agora e estava no meio da rua, eu lhe trouxe até minha casa, e você é um total estranho. Podemos deduzir que sou louco”. Ele parou por alguns segundos, e se lembrou do que ocorrera mais cedo naquela noite. Sorriu sem graça para mim, enquanto tirava seu – alguns minutos antes ainda era MEU casaco – casaco, que estava encharcado, e também seu terno, que estava por baixo.
“Desculpe pelo seu casaco”. Ele o estendeu para mim, pingando. Olhava fixamente para meu rosto, como se esperasse alguma reação negativa.
“Agora é seu, eu já lhe disse”. Peguei o casaco e pendurei atrás da porta, deixando a água sair.
“Bom, vou tomar meu caminho para casa, obrigado pelo casaco, e também pelo chuveiro, e principalmente pela confiança. Sabe, não costumo ficar bêbado, então me desculpe se fui muito chato”. Ele pegou a toalha que eu estendia para ele, e começou a secar o cabelo. Não que fosse adiantar muito, estava encharcado, com as roupas coladas. Seus cabelos, de um tom loiro, pareciam encolher com a água, já que quando ele tirou o excesso, ficaram maiores. Era um pouco enrolado, bonito. Um ataque de consciência me invadiu a mente. Eu não poderia permitir que um homem saísse, ainda um pouco bêbado, à essa hora da noite naquele frio, estando molhado. E num maldito reflexo, segurei seu ombro.
“Até parece que depois de te dar meu casaco, te trazer até minha casa e te jogar na minha banheira, vou negar sua estadia de uma noite!”. Ele sorriu, aparentemente agradecido, e com uma pitada de vergonha, penso eu por talvez ficar hospedado na casa de um estranho. “Venha, vamos ao meu quarto pegar algumas roupas secas”. Ele me seguiu até meu quarto. Abri o guarda roupa e de lá tirei uma camiseta branca, um pouco antiga, e uma calça de moletom, bem quente, já que ele devia estar tremendo por estar tão molhado. Estendi as roupas para ele, que sorriu, agradecido.
“Essas aqui estão ótimas, muito obrigado”. Ele foi até o banheiro, e se vestiu. O orientei a deixar suas roupas molhadas penduradas pelo banheiro, para ver se secavam até o dia seguinte. Enquanto ele saía do mesmo, eu estava na cozinha, pegando refrigerante para nós – eu, com certeza, não o daria mais álcool.
“Então, acho que agora podemos saber o nome um do outro!”. Eu disse quando o avistei descendo as escadas, já seco e vestido. Ofereci-lhe um copo cheio de coca-cola. “Daniel, ou Danny, você que sabe”. Ele pegou o copo, e acabou tudo com duas goladas. Depois encheu mais um pouco.
“Eu sou Tom, prazer, Danny”. Sorri, enquanto ia até a geladeira pegar mais refrigerante. “Se você não costuma ficar bêbado, por que ficou nessa noite?”. Desviei meu olhar para ele, que parecia pensativo. “Desculpe, deve ser algo pessoal, não precisa falar se preferir”. Coloquei mais duas latas sobre a mesa, enquanto Danny encarava as próprias mãos, brincando com seus dedos.
“Bom, eu... meu namorado me deu o fora há dois dias, e eu não estou lidando muito bem com isso”. Gay, Thomas, ele era mesmo gay, bom, pelo menos bêbado não estava mais. Perigo eu não corria mais.
“Eu sinto muito”. Observei seu rosto, ele sorria, de uma maneira um pouco triste, continuou brincando com seus dedos encarando as mãos. E eu, por outro lado, estava com cara de sono, apenas de pensar que teria de acordar às 5 da manhã no dia seguinte, e já se passavam da meia noite. Levantei, levando meu copo, e o de Danny até a pia, enquanto ele também se levantava.
“Danny, eu tenho que dormir, acordarei cedo amanhã para o trabalho, sinta-se à vontade para assistir à TV, ou vir até a cozinha e comer algo no meio da noite”. Sorri para ele enquanto ia até a sala.
“Obrigado, Tom, de verdade, não sei quantas pessoas confiariam num estranho bêbado no meio da rua”. Ele ficou do meu lado, enquanto pegava os controles da TV, e os colocava perto do sofá.
“Você não parecia ser perigoso, e estava bem vestido, e além do mais, deixar-te lá seria loucura, poderia morrer de hipotermia, está frio hoje”. Sorri para ele enquanto ele se sentava no sofá, e se acomodava encostando-se nas almofadas. “Aliás, vou pegar cobertas para você em meu quarto”. Ele novamente me seguia pelas escadas, e pelo corredor.
“Tom” Quando estávamos no meio do caminho, ele disse, num tom baixo, parecendo um sussurro.
“Sim?” Virei-me para ele, ele estava bem perto de mim, quase colamos os rostos. Engoli seco.
“Você acredita em amor à primeira vista, Tom?” Ele foi se aproximando de mim, enquanto eu dava passos para trás.
“Droga, droga, droga, bem feito, Thomas, sua mãe já lhe dizia para não confiar em estranhos”.
“E-eu? Eu certamente acr-acredito”. Oh, malditas palavras minhas, que foram pronunciadas naquela hora. Em poucos segundos já estava prensado na parede entre o banheiro e meu quarto. Revirei meus olhos. “Danny, eu... eu sou hétero, entende?” Ele sorriu, observando meus lábios. Eu não poderia estar pior, meu coração estava à mil batendo contra minhas costelas, estava frenético, pensei que fosse desmaiar.
“Entendo, um hétero bem indeciso” Ele segurava meus pulsos por cima de minha cabeça, e me prensava de tal maneira que eu não poderia relutar ainda mais do que já estava, me contorcendo de maneira falha sob seu corpo. Ele sorria maliciosamente para mim, e seus olhos permaneciam fixos em meus lábios. Meu coração continuava frenético, e com certeza ele sabia isso.
Ele foi se aproximando, eu podia sentir sua respiração bater em meus lábios. Fechei meus olhos, apreensivo e derrotado. Podia até sentir o coração dele, de tão colados que estávamos.
Finalmente, seus lábios encontraram os meus. Entrei em choque, eu estava mesmo beijando um homem. O que estava acontecendo comigo? Eu era o Thomas, que tinha fantasias com a vizinha, e agora era o Thomas que beijava homens. E o pior de tudo, era o Thomas que estava gostando de beijar homens.
Amoleci, cedendo ao seu beijo, e ele me soltou. Mas continuava colado em mim. Levou uma de suas mãos ao meu rosto e outra ao meu cabelo, puxando os fios de leve. Minhas mãos, por outro lado, iam até seu rosto.
Ele ofegava enquanto me beijava. Eu ainda mantinha meus olhos fechados, ouvindo os curtos gemidos que ele soltava, enquanto aprofundava nosso beijo. Suas mãos agora desciam pelo meu corpo, procurando a barra de minha camisa, de uma forma um tanto quanto agressiva. Uma de minhas mãos entrou em sua camiseta. Ele ainda estava gélido por causa de sua ducha fria, e reagiu se contorcendo ao meu toque em seu abdomen. Ele gemeu, mais uma vez.
Em um movimento, estourou minha camisa, fazendo com que os botões ricocheteassem pelo corredor, estalando. Meus olhos ainda permaneciam fechados, enquanto ele lentamente se separava de mim.
Abri meus olhos, e vi seu rosto, malicioso, enquanto olhava para mim. Colocou suas mãos em minha cintura, e me empurrou novamente contra a parede, fazendo com que minhas costas se chocassem de maneira agressiva. Agora ele se ocupava com meu pescoço, dando mordidas e chupões, fazendo com que eu gemesse cada vez mais. Não resisti em tirar sua blusa, vendo seu corpo.
“Oh, Thomas, e o que aconteceu com as mulheres?”
Era perfeito, não tão musculoso, mas com tudo em seu lugar, e bem definido. Ele percebeu meu olhar, me puxou pela cintura, e foi indo em direção ao meu quarto, tropeçando por não conhecer bem o caminho. Ele me derrubou em minha cama, e deitou-se sobre mim. Ambos nos arrepiamos com a diferença de temperatura dos corpos. Ele me ergueu um pouco, percorrendo suas mãos pelas minhas costas e parando no cós de minha calça, e assim, tirou-as de mim, deixando-me apenas de boxers. Ele se ajoelhou, saindo de cima de mim, tirou o resto de suas roupas, e ficou completamente nu.
Novamente, engoli seco.
Gostando ou não, era minha primeira vez e eu não tinha a mínima idéia de como se era, apenas o óbvio. Enquanto eu me desesperava, ele voltava a se deitar sobre mim, com suas mãos na barra de minha boxer, para arrancá-la. Seus dedos percorriam minha pele envolta da minha única veste. Eu sentia seu volume contra o meu, o que me fez estremecer, um pouco assustado com o que estava para acontecer, mas ainda assim, eu estava querendo aquilo. E em poucos segundos, ele arrancou minha boxer. Estávamos ambos nus, e meu coração voltava a bater mais rápido.
Ele me pressionou sobre a cama. Eu estava tenso.
Ele começou a me masturbar, lentamente, enquanto eu começava a me contorcer na cama. Estava ansiando por cada vez mais. E então ele, de repente, acelerou os movimentos. Não agüentei, e me ergui, ficando de frente a ele. Avancei em sua boca, e comecei a beijá-lo de uma forma agressiva, e ele refletia isso em seus movimentos.
Eu estava gemendo entre nosso beijo, enquanto chegava ao ápice. E Danny, bom, ele apenas continuava. Quando finalmente cheguei ao clímax, Danny fez com que eu deitasse, e deitou-se sobre mim, voltando a me beijar.
Freqüentemente ele mordia meu lábio inferior, fazendo com que eu ofegasse, e com que ele se excitasse ainda mais. Ele então se ergueu, e me encarou. E pela primeira vez naquela noite eu realmente olhara em seus olhos, e com isso também percebi que eram azuis, de um azul maravilhoso.
Enquanto eu me distraía, ele já começava suas investidas em mim, o que me fez entrar em choque. Doía, mas ao mesmo tempo, era prazeroso, eu respirava profundamente. Agarrei os lençóis com tamanha força que achei que fosse rasgá-los.
Ainda investindo, ele se aproximou mais de mim, enquanto eu começava a me contorcer sob seu corpo. Ele estava suado, e de seus cabelos, algumas gotas de suor começavam a pingar sobre mim. Ele estava indo devagar, e sorria para mim enquanto investia. Eu já não conseguia mais me segurar, deixando os gemidos escaparem por entre os dentes.
Ele se aproximou de mim, e me beijou, e assim ficamos por longos minutos.
Danny dormiu sobre mim, com sua cabeça em meu peito. Eu estava sorrindo enquanto acariciava as mexas de seu cabelo. Desliguei meu despertador, eu não iria ao trabalho. Eu estava com sono, em poucos segundos adormeci, ouvindo a respiração de Danny sobre mim.
Acordei, olhei o relógio, 13 horas. Danny não estava sobre mim, olhei para os meus lados, e ele não estava ali também. Fui para o corredor, com a idéia de que ele pudesse estar no banheiro, mas a porta estava aberta, e nenhum sinal dele.
Desci as escadas, e nada. Ele havia sumido.
A raiva me invadiu por alguns segundos enquanto eu voltava para meu quarto para vestir algo, já que estava com frio. E quando parei na frente de minha cama, observei o baú que ficava no pé da mesma, com as roupas que eu havia emprestado à ele, dobradas, e um bilhete por cima.

“Tom, tomei liberdade para pegar meu casaco no banheiro, afinal, ele ainda tem seu cheiro.
Quero que saiba que essa noite foi a mais perfeita que eu já tive, não sei, mas acho que eu realmente estava falando sério sobre o amor à primeira vista.
Desculpe-me se saí assim. Não deixei nenhum contato, pois estou com medo do que você pode estar sentindo, às vezes, para você não foi nada além de sexo, e não quero me magoar novamente, espero que me entenda. E se para você significou algo mais, guarde essa noite para você. Prometo que sempre pensarei em ti antes de dormir. E por favor, pense em mim.
Danny”.


E ali fiquei, quase em lágrimas segurando o bilhete.
Ele havia partido.
E eu? Eu estava amando.


N/:A dedicar pra Ligia, Yuka e a Naomi, que me levaram pro mundo yaoi da força, e também dedicar pra Hanae que viciou em flones, e claro, para a Romero e para a Paulete. E também pra abi que prometeu ler se eu terminasse /gay