Escrita Por: Giu | Betada Por: Jess | Revisada Por:Thai Barcella


I think we have an emergency
(eu acho que temos uma emergência)
I think we have an emergency
(eu acho que temos uma emergência)


- Garota, deixa de ser chata, eu sei que você está morrendo de vontade de ir!
O às vezes consegue encher o meu saco, ele sempre inventa essas idéias malucas de ir à baladas, e cada dia o lugar da balada é mais bizarro. Eu me lembro de uma vez em que a gente estava voltando de uma balada que aconteceu dentro de um banheiro público, dá para imaginar a zona que foi? Nem tente. Eu fui obrigada a arrastar um totalmente bêbado que cismou que eu era a Lindsay Lohan; o gosto dele para mulheres piora a cada dia.
- , eu já disse que eu não quero, que droga!
- Anda, vai ser legal. Eu juro que não vou beber de mais.
Ok, como se eu fosse acreditar nisso. Mas eu sei que não adianta discutir com o , eu já mencionei que ele é muito chato? E adora, simplesmente adora, me encher o saco?
- Está bem, eu vou, seu inútil.
Eu disse fazendo bico, ele adora quando eu faço bico.
- Ah, essa é a minha garota.
A conseqüência de fazer bico na frente do é sempre a mesma, ele pula em cima de mim e eu sou afogada pelos seus músculos extremamente esbeltos. É difícil ter um amigo gostoso.

Meia hora escolhendo uma maldita roupa para ir à maldita balada. Eu tenho até medo de perguntar onde vai ser.
Eu estava completamente emburrada, e eu acho que o percebeu isso, ele sempre percebe. É a mesma reação de sempre: braços cruzados, cara fechada e o meu pé fica batendo em ritmos estranhos no chão do carro do meu amigo.
- Pára de fazer birra, , eu sei que lá no fundo você gosta de ir nessas festas bizarras.
O sabe mesmo me deixar sem graça quando ele dá esse sorriso extremamente encantador.
- Eu não tenho um porquê para gostar disso.
Eu tentava disfarçar, mas as minhas maçãs do rosto estavam ficando cada vez mais vermelhas, porque o sorriso dele aumentava mais.
- Tem sim, você gosta de ir nessas festas porque eu vou estar lá.
Cruel, é totalmente cruel ter um amigo tão bom assim, chega a ser tortura ter que me deparar com esse sorriso maravilhoso todos os dias, é uma mistura de malícia com fofura, existe isso? Mas o é capaz de dar esse sorriso.
Eu já mencionei os dotes do meu caro amigo? A vantagem de ter um amigo é essa, ele praticamente vive no meu apartamento porque ele está lá toda hora, a gente mora no mesmo prédio, e o melhor de tudo é que ele toma banho lá. Sim, eu já dei umas espiadas perigosas pela greta da porta, e eu acho que ele já me pegou olhando... Ele sempre solta aquele sorriso dele.
- Não seja ridículo, .
Eu bufei. Tentativa frustrante de esconder o meu estado psicológico naquele momento.
- Eu sei que você não vive sem mim.
Dessa vez ele tirou o olhar da estrada e piscou para mim. Ok, eu acho que estamos tendo uma emergência aqui, meu caro amigo. Eu não vou conseguir me segurar se ele continuar com esse olhar totalmente sexy.
- Presta atenção na estrada, idiota.
Eu dei língua, devia ter feito isso? Agora eu já não tenho tanta certeza disso.
- Desculpa, garota.

***



Lembrete: Nunca mais, nunca mais ir para nenhuma balada com o de novo, por mais charmoso, encantador e sexy que ele seja. Não importa se ele me olha com o olhar mais sexy de toda Londres, não importa se ele me afoga com aquele peitoral sarado, não importa que ele tenha o sorriso (que eu particularmente apelidei de "’s smile", criativo, não?). Certo, talvez tudo isso importe sim. Mas essa balada... Ela chega a ser idiota! O que leva uma pessoa a fazer uma balada em um estacionamento de um shopping? Fala sério, cara! Lugar abafado, aberto para qualquer um entrar... É, no mínimo, perigoso.
- , eu quero ir embora.
Bico, eu fazia bico como sempre. Mas ele certamente não iria se jogar em cima de mim no meio de um estacionamento. Ou será que ia?
- Calma, meu amor, a gente acabou de chegar.
Eu estou me derretendo aqui.
- , eu quero ir embora daqui.
Ele sabe ser chato, mas eu também sei.
- Uma hora! Só uma hora e eu prometo que se em uma hora você quiser ir embora, a gente vai.
Esse sorriso, o que eu não faço por esse sorriso?
Eu simplesmente balancei a cabeça e fui em direção à multidão que se balançava freneticamente no ritmo da música.
Muitas pessoas, eu geralmente não gosto de lugares muito cheios. Mas fazer o que se o maldito sorriso me trouxe até aqui?
Eu tentava me distrair mexendo um pouco o corpo, talvez não fosse tão ruim assim.
Cigarros, eu definitivamente preciso de cigarros. Enfiei a mão na minha bolsa. Ótimo! Esqueci os cigarros, muito idiota você, ! Talvez o tenha cigarros. Ele sempre tem.
- !
Tentativa inútil de gritar e tentar achar ele no meio de tanta gente. Por que eu vim mesmo?


If you thought I'd breathe then you were wrong
(se você pensou que respiraria então você estava enganado)
Because I won't stop holding on
(porque eu não irei parar de esperar)
So are you listening?
(então você está me ouvindo?)
So are you watching me?
(então você está me assistindo?)


- Com licença, moça?
- Oi?
Eu disse me virando em direção à pessoa que berrava e que havia me cutucado.
- Você sabe onde que acha bebida?
- Não, desculpe, acabei de chegar.
Eu continuava olhando fixo para o tal cara, estou sendo muito indiscreta por fazer isso? Dane-se.
- Você pode me ajudar a achar?
Ele está sorrindo? Oh, Deus, mais um sorriso para me dizer o que fazer.
- Claro, claro.
Eu segui o tal cara que me levava pela mão para algum lugar distante de toda aquela gente.
- Eu não gosto muito de conversar no meio de tanta gente.
Agora ele já não berrava mais.
- Então a bebida foi só desculpa para conversar comigo?
Eu estou sendo muito direta? Dane-se.
- Ah, mais ou menos... – ele sorria sem graça. Sorrisos, odeio eles. Não... Corrijo: eu odeio o que os sorrisos me fazem fazer. Confuso, não? – Mas se você deixar eu te pagar uma bebida, não seria ruim.
Ele estava me cantando? Bom, isso é bom.
- Por que não?
Eu sorri. Quem sabe o meu sorriso provocaria o mesmo efeito que o sorriso dele provocava em mim. O dele e de .
Ele pegou na minha mão novamente. Dirigimo-nos até uma espécie de balcão.
- Com licença, uma cerveja pra mim e... – o bonitão se virou para mim. – O que a moça vai querer?
- .
- Como é?
- Meu nome é , mas você pode me chamar de .
- .
O sorriso que me assombra apareceu de novo no rosto do bonitão que se chama .

***



Céus, o que eu fiz dessa vez? Esse definitivamente não é o meu quarto, porque nem na pior depressão da minha vida eu escolheria essa cor de abacate para um quarto, fala sério, parece uma selva isso aqui. Alguém pode me dizer quem é esse homem nu do meu lado, por favor? E por que diabos ele está passando a mão na minha barriga? Espera, eu estou reconhecendo esse sorriso. Ah, meu Deus! Eu fiz de novo! Isso é ótimo, ótimo, , você sempre tem que dormir com um desconhecido, não é? Burra, burra! Não sei como ainda não morri de AIDS ou coisa parecida.
- Bom dia, .
Eu dei permissão para esse estranho me chamar de ? Talvez se eu me lembrasse do que aconteceu ontem à noite, eu saberia a resposta. Não, eu não estou falando do óbvio, eu sei que eu dormi com esse cara extremamente lindo, mas ajudava se eu soubesse quem é.
- Hm, bom dia...
- O que vai querer para o café da manhã?
- Desculpe, mas eu não posso ficar.
Ok, por que eu estou ignorando um cara extremamente gostoso em um sábado de manhã? Talvez seja porque eu estou com saudades de . , aquele idiota! Por que diabos ele me deixou ir embora com esse louco? Louco, mas bonito. Ok, ok, , isso não está ajudando.
- Não pode ficar mais um pouquinho?
- Não, a essa hora eu já tinha que estar no trabalho.
Menti. Eu estava mentindo, é lógico que eu não iria trabalhar em um sábado de manhã. No máximo eu iria para o apartamento de . Mas eu precisei mentir, não me pergunte o porquê. Eu não faço a mínima idéia do porquê.
- Então eu te deixo no trabalho.
Novamente o sorriso, sério, um dia eu ainda faço uma revolução e proíbo todos os homens de sorrir esse sorriso extremamente controlador, odeio.
- Mas, na verdade, eu tinha que passar em casa antes para trocar de roupa.
Eu sei, desculpa pior que essa não existe.
- Então eu te deixo em casa.

***



- Está entregue.
e seu sorriso. Sim, eu consegui me lembrar do nome dele. Confesso que eu não sei como fui capaz de esquecer o nome desse homem lindo, principalmente depois da noite de ontem. Sim, eu também me lembro da noite de ontem, e isso ainda me dá arrepios instantâneos na coluna.
- Obrigada.
Eu tentei sorrir, mas a minha tentativa foi interrompida por um beijo. Espera, ele está me beijando? Isso é bom, muito bom. Talvez eu prestasse mais atenção no beijo de se uma loira vagabunda não estivesse agarrando na porta do nosso prédio.


And I can't pretend that I don't see this
(e eu não posso fingir que não estou vendo isso)
It's really not your fault
(realmente não é sua culpa)
And no one cares to talk about it
(que ninguém se importa em falar sobre isso)
To talk about it
(em falar sobre isso)


- Espera, espera. Eu tenho que ir, amanhã eu te ligo, pode ser?
Eu estava mesmo empurrando o para longe de mim? Alguém me mata, por favor?
- Acho melhor eu te ligar.
Eu não dei o meu telefone, nem peguei o telefone dele, simplesmente saí do carro e fui em direção ao com a pior cara que eu pude fazer. Sim, eu realmente deixei o bonitão ir embora sem dar o número do meu telefone.
Sério: alguém me mata, por favor?
- .
Não sei quantas vezes eu tive que berrar "" para ele parar de agarrar a prostituta oxigenada de quinta.
- !
Oh! Palmas para o , ele percebeu que estou parada na frente dele. A loira idiota piscou para ele e saiu andando pela rua. É isso mesmo, vai circulando, sua loirinha nojenta!
- Então eu te ligo depois, Rachel!
, dá para parar de acenar para a loira idiota? Ela sabe muito bem que essa voz sexy é sua, ok?
Eu não esperei o começar a falar as suas desculpas de sempre, eu simplesmente fui andando até o elevador sem olhar para a cara dele.
- Eu conheci ela ontem na festa. - Não adianta, meu filho, não adianta, ok? Você pode continuar passando a mão no cabelo e olhando para mim com essa cara que eu vou te ignorar do mesmo jeito! Ou não. - Eu tentei te procurar, mas você sempre some.
Espera, ele está colocando a culpa em mim?
- EU SEMPRE SUMO? EU?
Acho que eu estava berrando um pouco mais do que devia, o está me olhando com uma cara assustada. O que foi, meu filho? Nunca me viu nervosa, não?
- Por que você está tão nervosa? A vida é minha, .
, dá para parar de chutar o elevador? Você está assustando o garoto. Merda de elevador que nunca chega!
- Quem disse que eu estou nervosa? – talvez seja a fumacinha saindo pelos buracos do seu rosto, idiota! Por que eu estou falando em terceira pessoa mesmo?
- Eu só estou tentando te acalmar ou a porta do elevador vai sofrer as conseqüências.
Patético, , você é patético, ok?
- Eu não tenho culpa se essa merda de elevador não chegou até agora! – eu continuei chutando a porta. A única coisa que eu ia ganhar disso seria um calo no pé, mas eu realmente não me importo.
Um barulhinho irritante saiu do elevador e eu não precisei ser nenhum gênio para descobrir que ele havia chegado. apertou o botão do andar três e eu apenas fiquei encostada em uma das paredes, enquanto batia o pé descontroladamente.
- , você pode me dizer por que está nervosa? – virou para mim e eu apenas lancei-lhe um olhar mortal. Ou talvez fosse uma tentativa de olhar mortal.
- Eu não estou nervosa. – eu dei língua. Ótimo, então eu estou sendo infantil como toda vez que fico quando estou brava com ele. se virou para frente e apertou um botão. Eu senti o elevador parando e olhei assustada para ele. - O que você pensa que está fazendo?
- Eu estou tentando ter uma conversa amigável com você.
Muito bem, meu amigo, mas acontece que não dá para ser amigável quando você fica passando a mão no meu braço. Odeio estar em estado de emergência.
- Então tente.
Não era bem isso que eu planejava responder, mas o meu inconsciente venceu novamente. Eu odeio ficar em estado de emergência quando está por perto.
- , eu sei que você está com ciúmes.
, seu cretino! Fica tão difícil te responder e me controlar quando você sussurra assim no meu ouvido!
- Não estou, não!
Ok, ao menos facilite um pouco, companheiro! Passar a língua no meu pescoço já é demais, você não acha?
- Ok, então... – disse, se afastando e indo apertar o botão. O elevador voltou a funcionar e eu pude respirar.
Ah, que raiva! Primeiro ele usa e abusa, depois sai correndo! Nossa, estou me sentindo em uma propaganda pervertida de perfume!
Não demorou muito tempo para o elevador parar no andar três. Ele saiu e ficou me olhando, eu apertei o botão do andar cinco e fiquei observando ele sumir enquanto a porta do elevador fechava.


Cause' I've seen love die way too many times
(porque eu vi o amor morrer muitas e muitas vezes)
When it deserved to be alive
(quando merecia estar vivo)
I've seen you cry way too many times
(eu vi você chorar muitas vezes)
When you deserved to be alive
(quando merecia estar vivo)
Alive...
(vivo...)


Então eu estou sentada no sofá do meu apartamento e completamente emburrada.
Eu me levantei depois de ter ficado no mínimo meia hora sentada ali simplesmente olhando para o nada. Andei até o meu bar improvisado no canto da sala e peguei uma garrafa de tequila. As pessoas normais não tomam margarita de manhã, mas eu, definitivamente, não sou uma pessoa normal.
Depois de fazer três litros de margarita, eu corri até o sofá de novo com a vasilha de bebida em uma mão e o meu maço de cigarros na outra. Sim, eu sou uma pessoa saudável, obrigada.
Eu realmente devia começar a comprar mais filmes, a programação da televisão, ultimamente, está uma merda. Passei pelos canais pela milésima vez quando eu reconheci o rosto da Courtney Cox. Eu realmente amo Friends.
Por que a droga da campainha toca quando eu estou no meio de uma fossa? Esse povo não respeita mais, não? Não se pode nem ter um dia ruim nesse país, credo!
- Oi.
Eu abri a porta e vi a última pessoa que eu queria ver naquele momento: .
- Tem pão velho, não! – eu bati a porta na cara dele e fiquei rindo idiotamente depois.
Mas é claro que eu parei de rir quando me lembrei que o idiota tem uma chave extra do meu apartamento. Merda de vida.
- Haha, muito engraçadinha você! – disse quando entrou no meu apartamento.
Eu apenas rolei os olhos e fui cambaleando até a mesa de centro para encher mais a minha taça com margarita.
- Garota, você está louca? São dez horas da manhã!
O atrevido do Daniel agarrou meu braço e puxou a taça da minha mão. Quem ele PENSA que é? O Papa?
- Me devolve a droga da minha taça!
Eu comecei a bater nos braços dele enquanto tentava ficar em pé, eu estava realmente tonta. Talvez não tenha sido uma boa idéia misturar três litros de margarita com cigarros.
- , por favor, pára com essa criancice!
Eu senti meus pés saindo no chão e virei meu rosto, encontrando o rosto de .
- O que você está fazendo?
Eu mantinha meus braços envolta do pescoço dele.
- Eu estou tentando te levar para um banho bem gelado!
Ah, mas que atrevido! Primeiro ele invade o meu apartamento, depois rouba a minha bebida e o meu cigarro e depois me carrega à força para um banho.
- Isso é desculpa sua para me ver pelada.
Oh, droga, eu odeio quando bebo margaritas. Eu sempre faço algum comentário que nunca devia ter saído da minha grande mente.
- É, talvez... – ele piscou e eu o olhei com uma sobrancelha levantada. – Nada que eu já não tenha visto.
- O QUÊ? – eu berrei espantada.
Ele me colocou no chão e passou os braços envolta do meu corpo. Eu já disso o quanto que eu odeio estar em estado de emergência?
- Ah, , eu sei que você me espia enquanto eu tomo banho! – eu continuei com a mesma cara espantada de antes. – Eu também fiz a mesma coisa! Que mal há nisso?
Ele precisava realmente jogar isso na minha cara?
- Sai da minha casa!
Eu o olhei furiosa, dava para sentir a fumaça saindo de todos os buracos do meu rosto.
- Não.
É impressão minha ou o braço dele está me apertando mais?
- Me solta! Você está me machucando!
Ele me olhou com uma cara perversa e eu continuei com a sobrancelha levantada.
- Desculpa! – ele disse antes de voltar para o seu estado "normal". O estado de uma pessoa civilizada, se é que me entende.
- Tudo bem. Me devolve a minha bebida! – eu fiz bico.
Já está virando rotina essa situação: eu vou para uma festa, durmo com um cara, no dia seguinte eu chego em casa e o está agarrando alguma loira na porta do prédio; depois a gente briga, eu me empanturro de bebida e nicotina, ele vem para o meu apartamento, a gente briga de novo e depois ele pede desculpas e volta para o apartamento dele.
Típico.
- Primeiro me responde uma coisa? - eu revirei os olhos e fui andando de volta para a sala, à procura da minha bebida. - Hey, , eu estou falando com você! – veio falando alto atrás de mim.
- Não precisa berrar, eu não sou surda, caramba! - eu parei, me virando para olhar a mesma cara impaciente que ele faz toda vez que a gente briga. Mas dessa vez ele estava com um sorriso malicioso no rosto. - O que foi? - ele continuou com o sorriso malicioso e eu levantei a sobrancelha pela milésima vez.
- Você vai responder a minha pergunta ou não?
- Desembucha! – eu guinchei e joguei meu corpo no sofá antes de pegar a minha bebida de volta.
- Você está com ciúmes de mim?
Ok, agora danou-se.


So give up every chance you get
(então desista de cada chance que aparecer)
Just to feel new again
(apenas para sentir-se novo mais uma vez)
I think we have an emergency
(eu acho que temos uma emergência)
I think we have an emergency
(eu acho que temos uma emergência)


Eu engasguei um pouco e cuspi o grande gole de tequila que eu havia tomado antes dele me fazer a maldita pergunta.
- Você está passando bem? – ele me olhou desconfiado.
Eu balancei a cabeça fingindo tossir. Ok, eu não tinha engasgado de verdade, eu apenas fingi engasgar para não ter que responder aquela pergunta.
olhou para mim mais uma vez e se levantou. Eu o segui com o olhar e vi ele entrando no meu quarto.
O que diabos ele está fazendo no meu quarto? Ele sabe que eu odeio que entrem no meu quarto sem pedir, não sabe?
- O que você está fazendo, ?
Eu andei cambaleando e parei na porta, olhando-o com uma cara brava.
- Estou procurando a minha cueca que deixei aqui semana passada.
Ok, não é nada glorioso ouvir isso. Você deve estar pensando que a gente se comeu ou algo assim. Mas, infelizmente, não é nada disso.
O de vez em quando vem dormir aqui em casa quando eu volto muito estressada do trabalho, ou vice-versa; e ele sempre esquece uma cueca ou uma blusa no meu apartamento.
- Eu estava morrendo lá na sala e você vem procurar cuecas? Que amigo você é, hein? – eu bufei e continuei observando ele abrir as minhas gavetas. – Hm, ?
- O que foi? – ele levantou e olhou para mim com um sorriso no canto da boca.
Maldito sorriso.
- A sua cueca não está aí. Você não tem outra para usar, não?
Eu andei até a beira da cama e me joguei na mesma, fechando os olhos. Tudo parecia rodar menos agora.
- Hm, e o que a senhorita fez com a minha cueca?
Eu abri apenas um olho e vi o parado na minha frente com os braços na cintura, ele continha um sorriso malicioso e eu sabia muito bem no que isso ia dar.
- Nem pense nisso! – eu fui me levantar mas senti um peso caindo sobre mim. Ótimo, agora eu tenho que agüentar um homem de noventa quilos em cima de mim. - Sai, !
Eu batia nos peito dele e o empurrava inutilmente. não parecia mover um centímetro se quer.
- O que você fez com a minha cueca? – ele segurou meus braços presos na cama com uma mão e com a outra fez cócegas na minha barriga.
- Nada, eu juro! Eu não fiz nada! – eu estava rindo escandalosamente e berrava em meio a lágrimas de riso.
Então ele soltou um sorriso extremamente controlador e parou de fazer cócegas em mim. Eu suspirei aliviada.
- Eu não vou te soltar até você me dizer aonde está a minha cueca! – ele continuou com o mesmo sorriso e eu senti um calafrio passar, arrepiando toda a minha coluna. Droga!
- Eu não me importo! – eu virei o rosto evitando aquele sorriso e tentei me concentrar. O sabe mesmo como me deixar nesse estado incontrolável.
- Eu vou te torturar se você não me falar agora. – eu olhei para ele de novo mas dessa vez com uma expressão irônica. – Ah, você duvida, é?
Eu apenas revirei os olhos. Ele realmente acha que eu vou ceder assim tão fácil?
- Agora que eu não falo aonde está.
- Então agüente as conseqüências! – disse com uma voz perversa e então eu entendi sobre o que ele estava falando.
Eu senti a boca de percorrer por todo o meu pescoço parando na minha boca. Eu fechei os olhos fortemente e tentei controlar a minha respiração, o que é algo realmente difícil de fazer quando o me tortura desse jeito.
- Aonde está a minha cueca? – ele sussurrou no meu ouvido e novamente o calafrio subiu pela minha espinha.
Certeza que eu não vou agüentar mais que isso, então eu decidi falar onde estava a maldita cueca.
- Eu estou usando ela.
Ah, droga! Não era pra ele saber que eu saio por ai com as cuecas dele, mas, francamente, o que mais eu poderia responder com ele sussurrando assim para mim? Eu absolutamente não tenho raciocínio rápido.
- Hm... – ele se levantou um pouco e olhou para a calça de moletom que eu estou usando. – Eu acho que você está mentindo.
O QUÊ? Eu faço uma revelação dessas e ele simplesmente ignora e fala que eu menti?
Eu fuzilei o pobre garoto com os olhos e ele continuou com o olhar despreocupado.
- Eu, não, estou, mentindo! - eu falei pausadamente e ele soltou um sorriso malicioso. Ok, dessa vez eu não entendi. - Aonde você que chegar afinal, ?
- Eu só acredito vendo! – ele sorriu glorioso e eu abri a boca espantada.
- Você está pensando em abusar de mim? – eu fingi estar em estado de choque e ele riu.
- Hm, talvez.
Então, antes que eu pudesse responder alguma coisa, a boca de se chocou contra a minha com urgência; ele soltou suas mãos que prendiam as minhas e passou-as pelas minhas costas, me pressionando mais contra seu corpo.
Eu não pensei que fosse possível, mas eu estava em um estado mais alarmado do que antes.
As mãos quentes de me provocavam um calafrio mais que instantâneo e sua língua hesitava entre a minha boca e os meus lábios. Então eu agarrei fortemente o seu cabelo e ele soltou uns gemidos baixos; eu deslizei as minhas mãos pelo pescoço de até chegar a gola de sua camisa e a desabotoei sem quebrar o beijo.
me soltou rapidamente e me olhou espantado.
- O que foi?
Eu estou realmente confusa, não era isso que ele queria?
se levantou da cama e abotoou sua camisa, eu o olhei interrogativa e me sentei na cama.
- Que diabos foi isso? – ele falou alto e eu senti uma enorme vontade de espatifar essa cara absurdamente linda que ele tem.
- Como? Foi você quem me provocou, caramba! Eu não sou de ferro, ok?
- Aw, droga!
Então ele saiu do meu apartamento sem dar explicações nem nada.
Isso é realmente ótimo, !


And you do your best to show me love
(e você deu o melhor de si para me mostrar o amor)
But you don't know what love is
(mas você não sabe o que o amor é)
So are you listening?
(então você está me ouvindo?)
So are you watching me?
(então você está me assistindo?)
Well I can't pretend that I don't see this
(bom, eu não posso fingir que não estou vendo isso)
It's really not your fault
(realmente não é sua culpa)


Segunda de manhã e eu não tenho a mínima vontade de ir para o trabalho: fato.
Eu simplesmente odeio ter que ir para aquele jornal medíocre e ficar olhando para a cara daquela equipe medíocre, outro fato.
Ok, confesso que a minha falta de ânimo não tem nada a ver com o Jerry ou qualquer outro funcionário do jornal. O problema é que desde o fatídico dia que o me agarrou, eu não o vi mais. Provavelmente ele não veio ao meu apartamento porque estava ocupado pegando alguma loira, ou duas loiras, quem sabe. Eu definitivamente não sei como agir, afinal, nunca passei por isso antes.
Sim, por incrível que pareça, o e eu nunca tínhamos nos beijado, eu sei que isso soa uma mentira enorme e cabeluda, mas não é nada mais que a verdade. É claro que ele sempre me provoca voluntariamente ou involuntariamente, mas nunca passou disso. Até anteontem.
Eu vesti uma roupa, ainda sem ânimo, para sair e estava saindo do apartamento quando vi a cueca de em cima da minha cama. O que essa porcaria ainda está fazendo aqui? Eu berrei alto e uma onda de fúria percorreu meu corpo quando me lembrei do episódio de sábado.
Eu agarrei a cueca com força e pensei jogá-la janela a baixo, mas eliminei a minha vontade, esta cueca é bonita demais para ser jogada fora. Não, eu não tenho tara por cuecas. Ou talvez tenha. Mas o fato é que ninguém resiste a uma cueca com desenhos de piu-piu. Não, pessoas pervertidas, eu não estou falando do que qualquer garoto tem no meio das pernas, eu estou falando do passarinho do desenho. Sim, eu tenho uma tara por piu-piu’s (interprete como quiser), talvez eu seja ninfomaníaca, ou isso é só um comentário à parte.
Eu andei com minha bolsa em uma mão e com a cueca na outra. Entrei no elevador e apertei o número três. Infelizmente, ou felizmente, é obrigação minha devolver a cueca do para ele.
Novamente o elevador fez um barulhinho irritante e eu saí do mesmo, ficando parada em um espelho que tem no corredor.
Eu soltei meus cabelos e os baguncei tentando parecer o mais sexy possível, eu sei que é impossível, mas o que vale é a intenção. Espera, por que eu quero ficar sexy para o , mesmo? Oh, droga.
Depois de bagunçar o cabelo, passar lápis preto no olho e abrir a minha blusa de botões, deixando meus peitos parcialmente a vista, eu toquei a campainha do apartamento do dito cujo.
Não parecia ter ninguém em casa, eu pensei na possibilidade de deixar a cueca ali no chão, ou tentar enfiá-la por debaixo da porta, mas o que os vizinhos iriam pensar? A reputação do já não é nada boa no prédio, e eu sei que isso não iria ajudar em nada.
Eu me lembrei que, como o , eu também tenho a chave do apartamento dele. Então eu enfiei a mão na minha bolsa para procurar a maldita chave quando a maldita bolsa caiu no chão, causando um estrondo. É isso que dá carregar metade do apartamento em uma bolsa de mão.
Eu me agachei, em uma posição não muito agradável - já que eu estou usando saia social -, para catar as minhas coisas quando eu ouvi o barulho de uma porta abrindo. Droga.
- Querido, tem uma vendedora ambulante aqui! Ah, nossa, eu realmente não sabia que vocês são autorizados para entrar em prédios! – sim, quem disse essa frase totalmente humilhante foi uma loira com sotaque falso que saiu do apartamento do . Vaca.
- O quê? – apareceu na porta e quando me viu lá agachada no chão e totalmente descabelada, ele fez uma cara de espanto. Por que eu vim mesmo? Ah, sim, para ser humilhada, obrigada. Eu me levantei e arrumei os botões da minha blusa e a loira continuou me olhando com uma cara totalmente nojenta. Piranha. Ela olhou para a minha outra mão e viu a cueca; ótimo, agora ela pensa que eu sou transexual. Maravilha. - ? - não, , eu sou o Papa e você tem três desejos, quer acabar com a fome mundial? Hoje é seu dia de sorte. Idiota. - O que você está fazendo aqui? – o idiota do continuou falando e eu continuei calada.
- Oh, então você conhece ela?
- Não, queridinha, na verdade ele é mágico e descobriu o meu nome com o poder da mente. Você quer ser cortada ao meio? Ele é ótimo nesse truque, fez o maior sucesso no Paquistão. - soltou uma gargalhada alta e a loira continuou me olhando com cara de... Bem, com cara de loira, se é que me entende. - De qualquer modo... – eu rolei os olhos e parou de rir. –... Eu vim trazer isso que você esqueceu na casa do meu primo sábado à noite! – eu estendi a cueca. - Ele pediu apra mim o seu telefone e eu dei. Parece que rolou um clima entre vocês, hein?
engasgou e a loira arregalou os olhos e saiu correndo em questão de segundo. Ah, coitadinho do , agora ele não vai ter mais loira no café da manhã.
- Você está louca? – ele berrou e eu gargalhei. HÁ, adivinha quem tem a última risada agora?
- Louca? Por que eu estaria louca? Eu estou no meu perfeito estado e estou ótima.
- , eu sei que você ficou com ciúmes. – ele me olhou sincero e eu tentei evitar o seu pequeno sorriso que crescia. Droga, ele sempre vence.
- Você tem que parar de se achar, garoto! – eu saí andando e, em questão de segundos, senti uma mão apertando forte o meu braço.
- O que f...
Como da última vez, os lábios de se chocaram com os meus com urgência; ele me puxou e eu senti minhas costas batendo na parede com força. Eu colei minhas mãos no seu peito nu, já que ele só está usando uma cueca. O beijo começou a ficar mais urgente e a mão de escorregava pela minha coxa e eu apenas soltava suspiros em pequenos intervalos.
Eu não sei muito bem o que aconteceu, mas eu já estava dentro do apartamento de e ele me empurrava para algum sofá sem me soltar do beijo. Eu pensei em gritar ou algo assim, mas o beijo está realmente bom; não que eu seja uma garota dada que sai por aí transando com os melhores amigos, ok, talvez agora eu esteja sendo assim.
- , eu realmente acho...
- Shhh! – ele colocou o dedo na minha boca e me olhou, sério. – Eu te amo.
O QUÊ? COMO ASSIM "EU TE AMO"? VOCÊ, POR UM ACASO, ESTAVA ME AMANDO ENQUANTO VOCÊ COMIA A LOIRA VAGABUNDA QUE ACABOU DE SAIR CORRENDO?
- O quê? Você realmente sabe do que está falando? – eu o olhei brava e ele me soltou, eu me levantei do sofá e arrumei a minha blusa que já estava desabotoada há muito tempo. Eu realmente não sei como ele consegue.
- Eu sei sim, garota, você está me ofendendo.
Eu ri debochadamente e ele levantou a sobrancelha.
- Então defina isso que você acabou de falar. – um silêncio se instalou e olhou fixo para os próprios pés. – Está vendo? Você não sabe e acho que NUNCA vai saber o que é amar alguém. Você só disse isso para mim porque quer me foder. SIM, EU SEI QUE É ESSA A SUA INTENÇÃO, NÃO ADIANTA ME OLHAR COM ESSA CARA DE INDIGNAÇÃO.
Eu berrei e ele continuou com a cara de indignação.
- Você realmente acha isso de mim?
Oh, ótimo, agora ele quer se fazer de vítima. Eu mereço, viu.
- Tchau, ! – eu rolei os olhos antes de sair do apartamento do meu ex-melhor amigo e amante.


Cause' I've seen love die way too many times
(porque eu vi o amor morrer muitas e muitas vezes)
When it deserved to be alive
(quando merecia estar vivo)
I've seen you cry way too many times
(eu vi você chorar muitas vezes)
When you deserved to be alive
(quando merecia estar vivo)
Alive...
(vivo...)

The scars they will not fade away
(as cicatrizes, elas não sumiram)


- ! – alguém muito estúpido berrou o meu nome e enfiou a mão na porta do elevador, que já estava quase fechado. Mas é claro que esse "alguém muito estúpido" tinha que ser o . Ele é sempre o idiota por aqui.
- Que merda, garoto! Eu estou atrasada pro trabalho, solta essa merda de porta e deixa a merda do elevador me levar pro primeiro andar, por favor?
Sim, eu berrei alto e não sei quantas vezes falei "merda". Ser educada não está nos meus planos.
- , me desculpa. Eu sei que você tem ciúmes, e eu também tenho. Eu odeio quando você some em uma festa e volta no outro dia no carro de um desconhecido; eu odeio ter que dormir com qualquer loira para esquecer o fato de que você está com outro e vai estar com outro toda noite. Eu odeio ter que reconhecer o fato de que eu sou cafajeste, por sua culpa.
- Você está colocando a culpa em mim? – eu o olhei com os olhos vermelhos de raiva. Ele faz a bosta e coloca a culpa em mim, ótimo método, garoto.
- Não é bem isso, , fica calma. Eu quero dizer que eu sou desse jeito porque eu te amo e nem ao menos sei o que é o amor. É realmente difícil para eu agüentar essa situação.
Oh, céus, a minha vida é uma novela mexicana!
- Hey, que barulhada é essa daí? Esse aqui é um prédio de família, senhor , se continuar a berrar assim eu vou ter que pedir para o senhor se retirar! – um velho gordo surgiu do lado de e eu o reconheci. É o síndico.
- Ah, que droga, cala a boca, velho estúpido! – eu sei que dessa vez ultrapassei os limites xingando o síndico, mas, afinal, a minha situação não tem como piorar! Ou pelo menos era isso que eu pensava.
- Céus, ! O que esse jovem fez com você? Eu sempre digo, quem anda com mau elemento, mau elemento é.
- Ok, guarde o seu momento Freud para outra hora, agora eu não estou com saco para isso e estou atrasada pra minha merda de trabalho. - o síndico velho e gordo me olhou com cara espantada e deu uma risada abafada. Qual é a graça ? Eu apertei o botão L e a porta do elevador foi fechando até que o idiota do meteu a idiota da sua mão na porta do elevador de novo. Oh, merda! - DÁ PRA SOLTAR A MERDA DO ELEVADOR? – sim, eu estou batendo o pé no chão e pulando. Talvez não seja uma boa idéia ir estressada para o trabalho.
- , a gente precisa conversar! – me olhou sério e eu continuei batendo o pé no chão. Meu cabelo deve estar uma merda por pular tanto.
- Eu já disse que eu não tenho pão velho, caralho!
- JÁ CHEGA! OS DOIS CALEM A BOCA SE NÃO SERÃO EXPULSOS DO PRÉDIO!
Eu olhei a cara gorda do síndico atingir um tom de vermelho sangue e dei uma gargalhada alta.
- , pára com isso! – entrou no elevador e apertou o botão L deixando o síndico berrando sozinho no andar três. A porta do elevador se fechou e ele começou a entrar em movimento. – , me escuta, por favor. - eu senti a minha cara inchar e uma vontade enorme de chorar veio à tona. A última coisa que fiz foi me jogar nos braços do meu ex-amigo e amante. - Calma, meu amor. – ele passou as mãos no meu cabelo e, por incrível que pareça, isso me acalmou um pouco. – Você está muito estressada.
Jura? E quem é você, Sherlock Homes?
- , eu não agüento isso! – meus olhos encheram com mais lágrimas e eu fiquei com uma dificuldade enorme de enxergar qualquer coisa com clareza. – Eu cansei de ser a atrapalhada na sua vida, , eu cansei de ser sua amiga, que fica te olhando tomar banho, eu cansei de ser sua amiga que fica roubando as suas cuecas. Eu cansei.
Ele me olhou com rosto triste.
- E o que você quer então?
- O Johnny Depp! – eu dei um sorriso imbecil e riu um pouco.
- Mas você não pode ter o Johnny Depp.
- Oh, droga, agora eu vou ter que me matar! – eu o olhei emburrada e riu mais, eu acabei rindo também.
- Você fica tão bonita quando sorri! – ele me olhou abobalhado e eu levantei a sobrancelha. Eu, bonita? Aham, conta outra piada, gato. – Mas você quase nunca sorri na minha presença. Não é mesmo?
Eu concordei tristemente e ele me abraçou.
- Eu acho que o nosso caso não tem jeito.
- É, mas se você fizer cirurgia de mudança de sexo, quem sabe...
Eu gargalhei alto e deu um tapinha nas minhas costas rindo também.
A boa notícia é que eu sempre sorrio quando faço piadinhas com o , e, de repente, eu já não me sinto mais em estado de emergência.

Fim!





Nota da Autora: Sim girls, a fic não tem final feliz e não terá em um futuro próximo, simplesmente pelo fato de que a música não tem final feliz, então culpem a Hayley por isso :D
oks, oks, não culpem a Hayley, ela é legal *-*
Anyway; comente ou não, xinguem ou não. Decisão de vocês.
Beijos na bunda e até segunda,**


Minhas Outras Fics:
Guys Next Door
(Back To) Memory Lane