Even The End
Por: Helo.
Beta: Janaina
Acordei meio assustado, sempre que eu acordo eu nunca reconheço o lugar onde estou, é meio sinistro isso as vezes.
Observei durante longos segundos o espaço a minha volta, as paredes brancas, o teto hiperbranco, o piso ultrabranco, as vezes aquilo tudo me deixava completamente enjoado, já fazia um tempo que eu sentia falta de cores, não azul clarinho, verde clarinho, bege, não, não essas cores, sinto falta do vermelho, laranja, amarelo-ouro, Pink, tudo aqui era claro demais, pálido demais, como se a minha palidez já não fosse o suficiente.
Quando finalmente me situei, olhei pra janela e percebi que o sol estava encoberto por nuvens, juro que às vezes eu achava que meu estado de humor influenciava o tempo, porque hoje o dia estava tedioso, exatamente com eu estava me sentindo, no puro tédio. Os dias são todos do mesmo jeito, sempre a mesma rotina, sempre as mesmas palavras, sempre os mesmo gestos, sempre as mesmas pessoas. TÉDIO. Era isso que eu sentia desde o dia em que me mudei pra cá. Mudar não era a palavra certa, porque mudar implicaria na minha vontade de fazer tal coisa, e definitivamente esse não era o meu caso
- Bom dia , como está se sentindo hoje depois de uma boa noite de sono?- meu melhor amigo disse entrando no meu quarto.
- Quem disse que foi boa?- Eu disse debochando da cara dele
- Eu sei que foi, a Sophia veio aqui várias vezes ontem durante a noite e disse que você dormia como um bebê- Sophia era uma colega de trabalho dele, eu sempre achei que eles dois tivessem um caso, mas isso não importa, não é de se surpreender, ela é gostosa e o meu amigo não vale nada.
- Eu tenho duas noticias para te dar- puxou uma cadeira e se sentou ao meu lado da minha cama- Qual você quer saber primeiro, a boa ou a ruim?- Xiii já vi que eu vou me ferrar seja lá qual for a noticia.
- A ruim- E me sentei na cama
-Eu vou ter que viajar, então não estarei aqui durante duas semanas, problemas com a família, nada sério como sempre, mas vou precisar de tempo e ir pra Manchester por essas semanas.
- eu tinha te pedido a ruim- Ele riu e eu o acompanhei- E a boa?
- A minha substituta temporária é muito competente, e muito mais boazinha que eu, tenho certeza que ela vai abrir um monte de exceções pra você.
-Ela é gostosa?- Eu sorri maliciosamente pra ele, o que? Eu não morri ainda não
- nunca muda né?- Ele se encaminhou até a porta- Eu vou passar aqui daqui a uns vinte minutos pra te apresentar a sua nova babá- eu joguei uma almofada branca nele- E a propósito ela é gostosa- Ele me lançou seu melhor sorriso cafajeste.
Tá era só o que me faltava, poxa era meu melhor amigo e me acompanhava a muito tempo, ele sempre esteve aqui comigo, eu sei que isso deve estar parecendo meio gay, mas é mais pura verdade, como assim 2 semanas com uma substituta? Cara já estou até vendo uma daquelas velhas com cara de buldogue com dor de barriga que foi atingido por um taco de golfe (tá parei com as comparações), mas imagina uma velha, gorda, pelancuda, com uma verruga cabeluda na ponta do nariz, que nuca ouviu falar de moda,e que não sabe que listrado não se usa com estampa de flores, que quadriculado não combina com listrado, e por assim vai, uma coroa que nunca ouviu falar de pente de cabelo e muito menos depilação (tá agora parei de verdade). É eu sei que o disse que ela é gostosa mas ele provavelmente estava me zuando, e se tratando de
nunca se sabe. Sei, você deve estar achando que eu sou louco, ou no mínimo exagerado, mas se você fica mais de dois meses praticamente trancado dentro em um quarto você teria medo, muito medo, do que pode acontecer com você, não pense que eu tenho síndrome do pânico ou qualquer coisa do gênero porque eu não tenho, mas eu sei como anda a minha sorte, e não é nem de longe uma das melhores.
- Hey - disse interrompendo os meus pensamentos. OPA! Se está aqui, o meu futuro pesadelo, deve entrar em alguns segundos. Tô com medo ((momentoogay)) 5,4,3,2,1... É agora...
- está aqui é a doutora , esse é
Juro que se eu morresse agora estaria feliz, cara eu estava vendo um anjo, sei que é muito ridículo esse tipo de comparação, mas aquela mulher era um sonho, só podia ser. Ela estava com um vestido branco, um scarpin da mesma cor, que deixava suas pernas bem sexys, o cabelo preso em um rabo de cavalo alto, e claro o jaleco branco de praxe, ela não era nem de perto um terço do que eu imaginei, ela não era como as outras médicas deste lugar.
-Prazer doutora - Eu dei o meu melhor sorriso oi-quero-te-conquistar
-Pode me chamar de - Ela disse se aproximando da cama e apertando a minha mão, e eu não pude deixar de notar que sua pela era macia como seda.
-Eu vou sair e deixar vocês se conhecerem, ah , o e o viram aqui hoje- e eram os outros melhores amigos que sempre me deram força também e sério eu agradecia por ter amigos como eles. Dito isso saiu da sala.
- sei que você provavelmente deve estar odiando essa idéia de ter uma médica substituta, mas isso não é fixo ok? E eu vou tentar manter o mesmo programa do
- pode ficar tranqüila, eu já estava de saco cheio do mesmo- Eu pisquei pra ela, e ela sorriu, OMG, que sorriso perfeito.
- OK, segunda eu assumo e teremos que fazer uma bateria de exames tá?
-Eu não tenho outro jeito fazer o que né?
-Então até segunda-feira
-Até- Eu fiquei observando ela sair do quarto
É eu sei que eu ainda não disse o que estava fazendo nesse hospital, na verdade uma Clinica de Tratamento Intensivo, claro que eu estava me tratando de alguma coisa, mas essa coisa ninguém sabia o que era, nem mesmo os médicos, e é agora que você me pergunta “Isso não é uma clinica de TRATAMENTO intensivo?” Exato, o que acontece é que estamos tentando tratar o desconhecido, nós ainda não sabemos o nome especifico do que tenho, nem o motivo de eu ter o que tenho, o que sabemos é que meu coração está parando de bater aos poucos, cada dia batendo mais lento, cada dia batendo com mais esforço, e a cada dia vai perdendo a motivação para bater, isso está me trazendo problemas em outras regiões do meu corpo, até agora o local mais afetado é um dos meus pulmões, eu não posso fazer esforço porque também está ficando cada dia mais complicado respirar. Traduzindo: Estou morrendo, lentamente e irreversivelmente.
Os médicos dizem que vou me curar principalmente que me acompanha desde o inicio do tratamento, mas eu já não tenho mais esperança, já me conformei que tenho pouco tempo de vida, e quero curtir o que me resta.
Estou aqui a dois meses e nesse meses perdi muita coisa, além de muitas festa, perdi minha namorada, ela não agüentou ter que ficar vindo no hospital todos os dias, e um mês depois da minha internação ela terminou comigo, perdi também alguns amigos, eles não querem um carinha que está preso dentro de um quarto de hospital como amigo, mas pra mim não faz diferença, porque as pessoas que eu mais amo estão aqui comigo, não literalmente neste momento mas vocês entenderam o que eu quis dizer, , e não me abandonaram, somos amigos desde quando éramos crianças, curtimos muitas festas durante nossa adolescência, pegamos muitas mulheres juntos, saímos muitas vezes juntos, fizemos muita, muita mesmo, merda juntos, e agora que eu preciso muito deles, eles não me abandonaram, e tenho certeza que se eles pudesse dariam a vida por mim, como eu também daria minha por eles. Tem também a ela é casada com o , ele também está aqui sempre me dando apoio e está sempre trazendo coisas gostosas pra eu comer, enfim somos uma família, que está crescendo porque a descobriu na semana passada que está grávida de dois meses, Shiii, o ainda não sabe. Por que eu estou falando deles mesmo? A sim porque eles me dão força e estão sofrendo por me ver cada dia pior, e eu acabo ficando pior por isso, por isso às vezes eu acho que deveria morrer logo pra acabar com essa tortura, seria melhor pra todos.
Segunda de manhã e eu estava sendo levado para sala de exames, era uma salinha no fim do corredor do terceiro andar, dentro dela tinha um monte de trecos cheios de botões e luizinhas, as paredes era brancas (háháhá como se tudo ali não sofresse da ausência de cor), o chão diferente do resto do hospital era de um cinza meio esquisito, esse era um lugar que eu visitei várias vezes durante esses meses .
Hoje eu estava triste, tive um sonho não muito legal, sonhei com a minha família, nós estávamos em um parque em um dia ensolarado, estávamos fazendo um piquenique lá, e brigavam por causa do ultimo pedaço e bolo de chocolate, e olhavam pra mim que corria feito um louco de um lado para o outro com uma menininha, ela era linda, os mesmos cabelos da mãe, os mesmos olhos do pai, e a esperteza dos dois somada, ela tinha uns 2 anos e sorria alegremente, essa era a minha sobrinha filha de um dos meus melhores amigos e uma pessoinha que provavelmente eu não poderia conhecer, por mais que na frente dos meus amigos eu dissesse o contrário.
-Bom dia - O meu Anjo (lê-se: ) entrou na sala- Como está se sentindo?
- Mal- Ela me deu um sorrisinho triste
-Então espero que a surpresa que eu tenho pra você te deixe um pouquinho mais alegre
Sério que nesse momento eu pensei os mais diversos tipos de perversões, mas também que não imaginaria com ela ali na frente com aquela roupa branca super sexy e com aquele sorrisinho sapeca no rosto.
- você deveria ter visto a cara dele, ele demorou uns três minutos pra assimilar tudo – disse rindo sobre a reação de ao saber que seria pai.
, e estavam no meu quarto me esperando voltar do exame.
-O que você queria que eu fizesse? Ela simplesmente chega e me diz: se prepara honey porque nós teremos um bebê- Era bem típico dela chegar jogando tudo assim sem mais nem menos- Depois que eu finalmente consegui assimilar tudo ai sim eu fiquei feliz
Feliz estava eu naquele momento, eu ali com meus amigos, futuros pais e futuro... ah sei lá eu nem sei o futuro desse ai, só faltava o e o meu anjo porque ai sim seria tudo perfeito.
-E se eu disser que você é linda e incrível?- Eu perguntei a todo galanteador
-Não - Ela disse rindo- pára com isso
Já se passavam 3 semanas desde que tinha saído pra resolver seus problemas. Ele não estava sofrendo nada sério, estava mesmo curtindo umas “férias”. E durante duas semanas eu venho tentando convencer a sair comigo, sempre dou umas cantadas, jogo indiretas, diretas e nada, nem uma chance, nem um sinal de que ela fosse ceder, claro muita areia pro meu caminhãozinho.
-Sério que acho que você deveria me dar uma chance
-É? E porque?- Ela levantou a sobrancelha de um jeito incrivelmente sexy.
- Porque eu sou um cara legal, bonito, divertido- Ela sorriu pra mim, é quem sabe seja um bom começo- E porque eu tenho pouco tempo de vida- o seu sorriso se desfez e eu vi que tinha falado besteira
-Não sossega por favor, e tira isso da cabeça- Ela disse totalmente seca e saiu do quarto
É realmente tinha falado besteira, tinha certeza que ela se incomodou, claro eu tentei fazer chantagem com a garota, poxa eu estou mesmo em decadência, eu queria que ela saísse comigo por pena? Não, eu só não sei porque falei aquilo
- eu ainda não entendi porque mudar de quarto- ficou fora um mês e havia voltado a uma semana. Mas a continuou comigo, ela tinha sido convidada a entrar pra equipe dele.
- Eu já disse lá você vai ter a mesma assistência que aqui, só que mais espaço e liberdade, é como se você estivesse em uma apartamento entende?- Ele tinha acabado de me dizer que tinha acabado de dizer que eu seria transferido para um outro lugar.
-Mas e você, e a ?- Eu não queria sair daqui, claro só se fosse realmente pra minha casa, mas aqui eu tinha os meus amigos, os meus médicos.
- pára de drama que o prédio é aqui do lado, e nossa equipe vai continuar com você.
Eu estava com medo, ultimamente é assim que eu tenho me sentido, e isto está ficando cada vez pior
-Posso entrar?- apareceu no meu “novo lar”, era um hospital como um outro qualquer só que os quartos eram na verdades apart’s.
-Claro, sinta-se em casa- Eu já estava podendo fazer algumas coisas, claro que não podia correr, pegar muito peso, mas também não precisava ficar deitado o dia inteiro na cama.
-Nossa, isso aqui ficou bem legal, eu trouxe algo para dar mais vida à esse lugar- Ela entrou de vez no meu apart. E foi ai que eu a observei direito, ela estava com o costumeiro, jaleco branco mas estava calça jeans escura, uma blusa azul meio decotada, seus cabelos soltos em cascatas em seus ombros e costas e nós pés: ALL STAR preto, sério em todos esses dois meses que nos conhecemos eu nunca tinha visto ela assim tão linda como estava agora.
-Também cansou de branco?- Eu perguntei apontando pras roupas dela.
-Na verdade eu não to trabalhando hoje não, vim só pra te entregar isto mesmo- Ela pegou o embrulho e me entregou.
-Obrigado mas não precisava se incomodar, não é como se eu tivesse mudando de casa.
-Claro que é, mas isso não importa, olha logo isso.
Eu abri o presente r simplesmente fiquei boquiaberto com tal sutileza e beleza em uma única peça. Era um porta-retrato, todo trabalhado, ele era preto, co notas musicais coloridas, e tinha uma foto minha com os meus amigos e Ela, essa foto tinha sido tirado no dia do aniversário do , todos nós riamos felizes, esse dia foi incrível, um dos dias mais felizes, senão o mais feliz desses últimos 4 meses.
-Isso é perfeito Eu fui até ela e a abracei, em primeiro momento ela ficou meio sem ação, mas depois ela correspondeu ao abraço.
-Esse dia foi perfeito- Ela sussurrou bem baixinho no meu ouvido, e aquilo me fez tremer e me afastar dela, ela ficou me encarando sem entender, mas deixa eu explicar, imagina a pessoa que você deseja muito, imagina se ela nunca te dá uma chance, e de repente chega na sua casa vestida de um jeito que você nunca viu, corresponde ao seu abraço e vem sussurrando no seu ouvido, eu tinha que me afastar porque senão eu iria jogar meu cavalheirismo pelos ares e fazer com ela tudo que eu venho imaginando.
-o que foi?- Ela perguntou.
-Nada é que... eu to... ah sei lá- Eu sentei no sofá e ela me acompanhou.
-Foi algo que eu disse? Você quer que eu vá embora?- Ela se levantou e eu a segurei pelo braço.
-Pelo contrário eu gostaria que você ficasse- Eu não queria que as minhas palavras saíssem tão desesperadas, mas não consegui me controlar.
Passamos um dia muito agradável, eu já achava que ela era perfeita quando estávamos naquele hospital, e agora aqui, sendo ela mesma, sem ser a minha médica, sem aquela atmosfera hospitalar e profissional, ela era realmente o meu anjo. Claro que os meus momentos agradáveis vez ou outra eram interrompidos por enfermeiras desagradáveis, mas era simplesmente perfeita e ideal.
Assistimos filmes, escutamos musicas, vimos algumas fotos minha antigas
-Ela é bonita- Ela pegou uma foto minha com a Samantha e virou o verso da foto onde estava escrito “Eu e Sam na França em 2008, a viagem perfeita”- Eu nunca a vi por aqui, vocês formam um casal bonito.
- Formávamos, eu e a Sam terminamos a mais ou menos três meses
-Hum...- Foi a única coisa que ela disse
-E você?- Eu perguntei pra ela
-Eu o quê?- Ela me olhou totalmente confusa
-Você tem namorado?- Eu não tinha pensado nessa hipótese antes talvez tenha sido por isso que ela não quis ficar comigo.
-Não- Talvez não seja, ela olhou pra baixou
-Mas está interessada em alguém- Eu não consegui pensar e as palavras saíram como afirmação e não como pergunta.
-Na verdade sim- Ela sorriu meio envergonhada e abaixou a cabeça, aquilo fez meu coração se apertasse só de pensar na possibilidade dela estar apaixonada e começar algo sério com alguém, ela podia esperar o meu tempo acabar não podia?
Ficamos mais algum tempo conversando, até que ela decidiu ir embora. Passara aquelas horas com ela me trouxeram paz, eu estava começando a achar que eu estava apaixonado, seria a maior loucura deixar que isso acontecesse agora, mas eu não podia controlar essas coisas, talvez eu nem quisesse mesmo controlar.
Semanas se passaram, mais exames aconteceram e os resultados foram o mesmo, a minha vida continuava a mesma, vinha aqui todos os dias, , e vinham aqui sempre que podiam, e todos estavam muito animados que a barriga da já estava bem grandinha, e eu só conseguia pensar Nela.
- os seis exames apresentaram melhoras- disse
-Eu estou muito animado, talvez este seja o começo de sua recuperação- me deu um abraço meio de lado.
- Eu queria estar tão otimista quanto vocês
- você está entregando os pontos- se sentou do meu lado na cama
-Eu estou cansado, só isso
- Nós já vamos e você poderá descansar- As vezes me surpreendo com o , eu não disse aquilo no sentido literal mas meu amigo é um gênio então... – você pode medir a pressão dele antes de sair?- Ela confirmou- Então já vou
Antes de ele sair ela parou a caminho da porta
- nós vamos sair pra comemorar o aniversário da Sophia, você vai?
-Vou- Ela sorriu meio envergonhada, nem preciso dizer que aquilo me doeu por dentro
-Agente se vê la então- E assim ele finalmente saiu
Cara será que era no que ela estava interessada? Que merda!
- Você e o estão ficando?- Eu não ia suportar ficar na duvida por mais que eu achasse que se fosse verdade, o teria me falado não teria? Sim teria
-não, nós somos amigos- a resposta dela foi tão tão convincente que eu nem disse nada
Minutos se passaram e nenhum dos dois teve coragem de quebrar o silêncio que se instalara. Após medir a minha pressão ela se levantou.
-Porque você não aceita sair comigo?- Eu me vi perguntando a ela
-Talvez porque você ainda não possa sair- Ela sorriu
- Então... que tal um jantar aqui?- Eu não perderia a esperança nunca
-Quem sabe- Ela abaixou a cabeça meio envergonhada
- Amanhã, 20 horas ok?
-Tá- Ela me deu um beijo na bochecha e saiu
Será que isso significa que ela estava me dando uma chance?
19h45min, eu havia pedido pra vir me ajudar, e como eu havia previsto todo mundo apareceu inclusive o , eu conversei com ele e ele esclareceu que não tem nenhum interesse na e só queria a ajuda dela par pegar a enfermeira do hospital. Eu só consegui expulsá-lo a 5 minutos atrás, para poder tomar banho e esperá-la
19h55min
Será que ela não vem mais? Ela se arrependeu de ter aceitado?
19h59min
Eu estava preso nos meus pensamentos que nem notei as batidas na porta. Só me dei conta ao ver a fascinante imagem de olhando pela porta entreaberta.,br>
-Desculpa invadir assim é que...
-Eu que sou um lerdo e não escutei- Eu a interrompi vendo que ela estava envergonhada- Você está linda.
Ela usava um vestido lilás, tomara-que-caia, justo em seus seios e aberto em baixo, fechando-se como balonê no meio de suas coxas, seus cabelos estavam soltos com cacho bem definidos nas pontas, e em seus pés estava uma sandália de salto roxa. FASCINANTE!
Nosso jantar correu bem, ela elogiou a macarronada que fiz, que na verdade nem fui u e sim a , mas ela não precisa saber disso né, ela me contou porque quis ser médica, como ela conheceu o , o que ela faz nas horas vagas, o que gosta... Foi um jantar muito agradável, depois da sobremesa fomos pra sala e continuamos nossa conversa, falamos sobre minha ex-namorada, dos meus amigos, da minha família. A cada momento eu ficava mais encantado com ela, e como tudo ela parecia tão natural.
-Eu só tenho medo e não conhecê-lo- Eu disse me referindo ao bebê doa meus amigos.
-Não fica assim- Em um gesto inesperado ela se aproximou de mim e me abraçou carinhosamente mas calorosamente- Vai ficar tudo bem.
Nós mantemos aquele abraço durante um tempo, o seu corpo era quente e macio, calmamente nós nos afastamos, quer dizer desfizemos o abraço porque nossos rostos continuavam próximos, eu não podia deixar passar por mais que ela pudesse achar que eu estava avançando o sinal, eu não resisti e juntei nossos lábios logo pedi passagem para aprofundar o beijo e ela rapidamente concedeu, o beijo era calmo mas ao mesmo tempo intenso, ficamos nos beijando durante incontáveis minutos.
- Isso é uma loucura- Ela sussurrou ainda próxima aos meus lábios- Mas eu não me importo- Ela colocou os braços em volta do meu pescoço e puxou a minha nuca em direção a ela e nos beijamos de novo.
E ali eu percebi que eu queria realmente ficar com ela, loucura? Sim, mas eu a queria e muito.
Nós estávamos saindo a 2 semanas, ainda não ficávamos na frente dos outros e eu ainda não tinha contado para os meus amigos, eu sabia que eles desafiavam principalmente a , nunca tinham me dito que uma mulher grávida fosse tão perceptiva, eu sabia que eles achariam loucura, mas essa é a melhor loucura que eu já cometi.
POV’s- on
Três semanas, três maravilhosas semanas, eu sei que sou louca de estar me envolvendo com um paciente, mas o é maravilhoso, ele me faz feliz, ele me diverti, ele me encoraja, ele me apaixona. Três semanas, esse é o tempo que eu percebi que sinto algo muito intenso por ele, algo que não tem volta.
Hoje mais uma vez passarei o meu dia de folga com ele, eu passo 7 dias por semana no hospital, os dias que não trabalho eu fico com ele, hoje eu quero fazer algo especial, algo que ainda não fizemos nessas três semanas, a maior parte por culpa minha,eu não queria colocar a saúde dele em risco, coisa de médico, e eu queria um tempo pra pensar se era isso que eu queria e depois dessas semanas a coisa que eu mais quero é acordar ao lado dele.
Eu caminhava tranquilamente pelo corredor que eu já conhecia muito bem, Quando eu estava chegando a porta dele saiu de lá.
-Boa noite - Eu disse
-Noite ! Será que eu poderia falar com você?- Eu sabia o que ele queria falar. Nós caminhamos e entramos na sala de espera que essa hora estava vazia, eu me sentei e ele me acompanhou.
- Você já sabe o que eu quero falar- Ele disse- Eu sei que você e o estão se envolvendo, e você sabe que tem muitos fatores que vão contra isso.
- É eu sei – Eu estava ciente dos problemas que teria.
- Você sabe que 1º isso é antiético, médico e paciente envolvidos, além do profissional- Ele fez uma breve pausa- 2º você sabe que você e o estão encarando isso de maneira diferente, ele não esta levando na brincadeira. E 3º, nós não sabemos quanto tempo ele tem de vida
Aquelas palavras me cegaram por um instante eu sabia muito bem que alguma hora alguém faria aquele discurso, mas o tornou pior do que eu imaginava.
- eu sei os riscos que eu estou correndo- Eu suspirei- Mas... eu não estou brincando com ele, o me encantou de uma maneira que deveria ser proibida, e eu estou completamente apaixonada por ele
- Mas você não sabe as condições dele? Ah sim você sabe- mostrava-se um pouco alterado
- Sei e não me importo, eu quero que isso dure o tempo que puder durar e não há nada e nem ninguém que vá me impedir- Eu disse determinada e levantei
- eu não quero que pense que eu estou contra, só estou preocupada com as conseqüências que isso pode causar a vocês dois- Ele se levantou também ficando em frente a mim
- Eu sei , e agradeço só que eu já tomei minha decisão- Eu o abracei e me virei, voltando a caminhar para o meu destino
POV’s – off
Eu já estava preocupado, pensando que ela não viria, até que me viro e dou de cara com ela encostada na porta, como sempre linda, usava uma calça skiny cinza, uma blusa verde musgo, um sobretudo preto e uma bota sem salto da mesma cor, mas algo em sua expressão estava diferente, seus olhos estavam brilhando mais do que o normal, a ponta do seu nariz levemente avermelhada, ela estava chorando, eu só tive essa certeza quando uma lágrima solitária escorreu pela sua bochecha, rapidamente me aproximei dela, e ela me abraçou
- Meu anjo o que aconteceu?- Ela afundou o seu rosto no meu peito enquanto eu fazia cafuné em seu cabelo com uma mão e com a outra apertava sua cintura
- eu te amo- Ela sussurrou e deu um longo suspiro. Aquelas palavras brincaram em meus ouvidos, eu só podia estar dormindo tendo o mais incrível dos sonhos
- Eu te amo meu anjo- Ela olhou pra mim- Sei que você não queria que isso acontecesse, mas eu te amo
- a única coisa que eu quero é te fazer feliz, e que nos possamos ficar juntos até o fim.
-Eu te amo e vou amar até a última batida do meu coração- Eu não tive muito para analisar a reação dela após as minhas palavras, pois logo ela grudou seus lábios aos meus, eu lentamente fui a conduzindo em direção a cama, paramos ao pé da cama e lentamente eu fui tirando suas roupas beijando cada parte do corpo que ia sendo despida, quando ela estava somente de calcinha ela começou a fazer o mesmo que eu parando apenas quando eu já estava de boxer
-Eu te amo até o fim- Eu sussurrei pra ela
- Eu te amo além do fim- Ela sussurrou de volta, e aquilo foi o sinal para acabássemos de tirar as peças que nos separavam
Eu deitei sobre a cama delicadamente, eu ia dedilhando cada parte do seu corpo eu queria guardar aquilo pra sempre, nos beijamos mais e mais, nos provocamos até o nosso limite, quando já não agüentávamos mais delongas eu juntei nossos corpos tornando-os um só, tudo que se ouvia eram nossos gemidos, nossos sussurros, nossas respirações descompassadas ( a minha nada tinha a ver com a saúde dos meus pulmões, mas sim com o momento de prazer que estava tendo, e aposto que também), e tudo que estávamos sentindo além do calor que nos consumia, era AMOR, amor sincero, amor verdadeiro, amor intenso, e amor para sempre.
N/B: Qualquer erro, mande um email para mim: janagcm@hotmail.com