null era uma menina como outra qualquer, de 16 anos. Ela tinha amigas especiais, que conheceu na escola. Com o passar dos anos, essas amizades foram se tornando mais do que isso. null as considerava irmãs de sangue, ela sabia que sempre poderia contar com qualquer uma delas, não importando a hora. Ela e algumas de suas amigas tinham até uma banda, null era a guitarrista e também compunha algumas músicas pra banda.
No último ano da escola, entraram vários alunos novos, null era um deles. Ele e null ficaram logo amigos. Como null era muito grudada nas amigas, ele se tornou amigo delas também. Todos na classe sabiam que null era apaixonado por null, menos ela, null não queria arriscar nada, porque ficou sabendo que ela tinha acabado de sair de um namoro sério de 5 meses, não sabia muita coisa sobre o assunto, só sabia que, apesar de ter sido ela quem terminara o namoro, ainda estava mal. null fazia de tudo para fazê-la sorrir, assim como suas amigas. Ela até sorria algumas vezes, mas era pra tranquilizar os amigos, porque, por dentro, ela ainda estava muito machucada.
Algumas das amigas de null, (null, null, null e null) pediram pra ela que as encontrassem no banheiro assim que ela chegasse na escola, no dia seguinte. E assim foi, no outro dia, null chegou na classe, deixou sua mochila em uma carteira perto de outras que eram ocupadas pelas coisas de suas amigas. null se lembrou do encontro com as amigas e foi em direção à porta da sala pra ir para o banheiro, mas foi surpreendida por um menino, mas não era qualquer menino, não, era seu ex.
- null, fala comigo!
- Eu não tenho nada pra falar com você, licença.
- Você vai falar comigo. – Disse ele, a puxando pelo braço.
- Vai me obrigar agora?
- Por favor, eu faço tudo pra você me desculpar!
- Me esquece, não vou te perdoar.
- Por que não?
- Não preciso te dar explicações. Agora, se me dá licença, eu preciso ir encontrar com minhas amigas. – Disse null.
- Você não vai se livrar tão fácil assim. – Disse Matheus, a soltando, e ela saiu da sala segurando o choro. Era muito orgulhosa para chorar na frente dele.
Ela foi até o banheiro, mas não encontrou as amigas ali. Ela tinha demorado tanto para chegar na escola e falando com Matheus, que suas amigas já teriam ido para a sala novamente, pensando que ela teria faltado. Para a surpresa das amigas, null estava em sua carteira, com a cabeça apoiada nos braços que estavam em cima da mesa. Elas logo perceberam que null estava com o olho vermelho e perguntaram o que aconteceu, mas ela disse que não queria falar sobre aquilo agora. Pediu desculpas pelo atraso e perguntou o que as amigas queriam falar com ela no banheiro.
- Ah, null, é que... - Uma das meninas começou.
Ela continuaria a falar se não fosse pelo professor que chegou interrompendo. null fez um sinal que deu a entender que depois elas conversavam. Cada uma foi pra sua carteira e a aula começou. No final da 3ª aula...
- Vamos, pequena. – null apressava null, que ainda estava copiando a matéria da lousa.
- To acabando já.
- Maaano, você é muito lerda! – null disse.
null acabou de copiar a matéria e foi com as amigas para o corredor, null voltou pra sala, pois tinha esquecido seu trakinas [N/A: mais conhecida como contrabando, né, Ray?] na sua mochila. Quando ela estava saindo de novo, foi novamente parada por Matheus. Ela olhou em seus olhos com uma cara impaciente e ele começou a falar.
- null...
- Matheus, por favor, me solta. Não tenho tempo para suas desculpas!
- Você não vai me ouvir mesmo?
- Não.
- Mas eu estou realmente arrependido pelo que fiz, eu te amo demais, sempre vou e não paro de pensar em você. Eu me importo com você e com a nossa relação!
- Primeiro, se você me amasse do jeito que você fala, você nunca falaria tudo o que você me disse. Segundo, pára de falar que você não pára de pensar em mim porque é mentira. Terceiro, se você se importasse comigo, você pensaria duas vezes antes de quase destruir minha amizade com a null. – null e null eram amigas desde os 8 anos de idade e antes de null namorar Matheus, ele e null ficaram algumas vezes. – Ainda bem que ela acreditou em mim e não em você! E quarto e último, me esquece, porque eu NUNCA vou te perdoar!
Ele a segurou pelo braço, a puxou para mais perto e tentou beijá-la a força. null partiu o beijo e limpou a boca, com nojo. null, vendo a cena, não conseguiu se segurar e foi lá para defender null.
- QUEM VOCÊ PENSA QUE VOCÊ É PRA ME BEIJAR? – Gritou null.
- Como você pode ser tão fria? Eu aqui me declarando e você fica pisando em mim.
- Meu, de boa... Cara, sai daqui. – null ficou entre ele e null, interrompendo a briga dos dois.
- Sai você! Você não tem nada a ver com essa briga!
- Você não tá vendo que ela não tá bem? Deixa ela em paz, ela já deixou bem claro que nunca vai te perdoar! – Dissenull
- Cala a boca, idiota! Vai dar uma de amigo que se preocupa em outro lugar! – Matheus disse.
- SAI DAQUI, MATHEUS, EU TE ODEIO! O null TEM RAZÃO! EU NUNCA VOU TE PERDOAR!
Matheus estava pronto pra dar um soco da cara de null. Quem era ele pra chegar, interromper a briga e falar tudo aquilo pra ele? Matheus só não bateu em null porque os meninos, que ainda estavam na sala, o seguraram. null viu que Matheus estava sendo segurado pelos meninos e saiu correndo e foi pra escada pra ir para o térreo, onde ficavam suas amigas. null saiu correndo atrás dela e a encontrou na escada, quando null viu que null tinha seguido ela, ela se virou e deu um abraço em null, que foi retribuído, fazendo com que menina derramasse as lágrimas que ela tanto segurava. Eles sentaram na escada e conversaram. null contou tudo o que aconteceu, desde o momento em que Matheus e null terminaram, até o momento em que ela acabou com o namoro. Eles ficaram abraçados e, quando ela terminou de contar toda a história, ela olhou pra ele e percebeu que ele estava muito próximo. De repente, null a segurou pela nuca, com a outra mão a segurou pela cintura e a beijou.
- null... – Disse ela, partindo o beijo e encarando seu tênis.
- Não, não precisa falar nada, eu sei que você tá mal, não devia ter feito isso. –null disse. – Desculpa, eu não consegui me segurar, eu esperava por isso já faz um bom tempo.
null ficou sem palavras, não sabia o que dizer. Nunca parou pra pensar em null sendo algo mais do que amigo.
A semana passou rápido. null não conseguia esquecer o que tinha acontecido entre ela e null aquele dia. Ninguém mais sabia do beijo, com exceção deles e das amigas de null.
2º CAPÍTULO
Alguns dias depois, null estava ficando. Amanda, uma menina do 2º ano, mas ele sabia que não gostava dela como ela gostava dele. null, apesar de ter ficado chocada com a notícia, fingiu estar feliz pelo amigo, mas a verdade é que depois que ela pensou bem, ela percebeu que não gostava de null como um amigo. Ela era apaixonada por ele e nunca tinha percebido isso. Suas amigas sabiam da sua paixão por ele e sabiam também que ele não levava a sério o relacionamento com Amanda. Os dias se passavam e eles descobriram que ia ter um passeio do colégio, em Junho. Eles iriam para um parque de diversões. null, que já tinha terminado com Amanda, viu que esse passeio era a chance de conquistar null, já que ela não sofria mais por causa do namoro com Matheus.
No passeio, null ficava a maior parte do tempo com null, já que suas amigas e os amigos de null sabiam do plano dele. Na montanha russa do escuro, foi onde eles se beijaram e ficaram abraçados todo o tempo. Tudo era maravilhoso com ele. Ele sempre estava lá para ficar ao lado dela em tudo. Passavam tardes inteiras deitados no jardim da casa de um deles, fazendo nada. Não precisavam, só de estarem juntos, já bastava. Eles foram convidados para uma festa que seria em um Buffet, daqui a 2 meses, era aniversário de uma das meninas da sala deles e a menina pediu para que a banda de null e de null tocassem.
Faltando duas semanas pra festa,null, null, null, null e null queriam fazer uma música nova pra apresentar na festa, mas estavam sem inspirações.
- Chega, cansei! Não tem nada na minha cabeça. – null disse.
- Tá, agora me conte uma coisa que seja NOVIDADE. – Disse null e null mostrou a língua pra ela. – Eu também não tô conseguindo nada. E vocês, meninas?
- Nada. – null, null e null falaram. Elas decidiram ir comer pizza e deixar a composição da nova música pra depois. null falou que não poderia ir porque sairia com null.
Elas foram e null foi se arrumar. null a levou pra jantar em algum barzinho e ficaram conversando, bebendo e dançando. Depois de uma hora...
- null, eu vou ao banheiro e já volto.
- Tá bom, eu vou ali ao bar com você, já que é caminho do banheiro, e pego mais Martini.
null entrou no banheiro e null foi até o bar pegar a bebida.
- Me dê dois martinis, por favor. – null pediu.
- E eu vou querer uma vodka, por favor. – Uma mulher loira, de olhos escuros, pediu ao barman e tentou puxar assunto com null, mas todas as suas tentativas foram em vão. null sabia que se ele continuasse com a conversa que ela puxava, ela acabaria beijando ele, então ele resolveu dar respostas diretas e encerrar o assunto. null olhava para o banheiro, pensando por que null demorava tanto (na verdade, ela não demorava, mas o clima entre null e aquela mulher estava tão ruim que cada segundo parecia uma eternidade). Ouviu o barman o chamando, avisando que as bebidas estavam prontas e, quando ele foi virar, a tal mulher o beijou forçado. null partiu o beijo logo em seguida, mas não foi rápido o bastante para evitar o que null acabara de ver. Ele olhou para o lado e viu sua namorada segurando seu casaco e sua bolsa, seus olhos estavam vermelhos e de um deles escorria uma lágrima.
- null, espera!
- Esperar? Pra quê? Para que você possa aproveitar melhor o beijo e depois eu chegar para que você possa me beijar? null, você tava me traindo! – null disse.
- Não estava não, ela...
- E eu achava que você nunca iria me machucar, parece que eu me enganei... De novo. – Disse null, cortando-o. – Acabou, null. – Disse null, baixinho, indo embora, o deixando ali.
null saiu correndo, procurando um táxi. Pegou o primeiro que viu, entrou rápido e foi embora, mas null alcançou o carro enquanto esse ficou parado no farol vermelho. null batia na janela de trás do carro onde null estava, suplicando perdão e falando que ele a amava mais do que qualquer coisa no mundo. null não deu atenção, aquilo tudo só a machucava ainda mais, fazendo com que mais lágrimas caíssem de seus olhos, que estavam muito vermelhos. O farol abriu e o táxi começou a correr, deixando null para trás. O táxi a deixou na casa de null. null ligou pra ela.
- null? Onde você tá? - null? O que aconteceu? Por que você está chorando? – null, null e null olharam para null e falavam pra ela contar o que estava acontecendo. null fez sinal para que elas parassem de falar para que ela pudesse ouvir o que null dizia ao telefone. – Onde você tá?
- Na porta da sua casa. – null disse, chorando - A chave reserva está embaixo do tijolo quebrado, pode entrar, tá frio. Não saia daí, estamos indo! - null disse, desligando o telefone e deixando dinheiro em cima da mesa.
Foram pra casa de null correndo, pensando no que teria acontecido para null chorar daquele jeito. Assim que chegaram na casa de null, encontraram null chorando no sofá e conversaram com ela.
null contou a história inteira. Estava com a cabeça apoiada no colo de null enquanto contava tudo. Suas amigas passavam as mãos em seus cabelos, fazendo carinho nela e dizendo que tudo ficaria bem, mas nada fazia null parar de chorar. Depois de um tempo, null dormiu, ainda no colo de null, de tanto chorar.
null foi pra cozinha para preparar alguma coisa pra null comer quando acordasse, resolveu fazer brigadeiro enquanto null e null foram comprar sorvete de chocolate branco, o favorito de null.
null ainda estava com null na sala, null ficava mexendo nos cabelos da amiga enquanto ela dormia. null e null já tinham voltado do mercado com o sorvete e null já tinha terminado o brigadeiro. Decidiram ver algum filme. null acordou no finalzinho de No pique de Nova York, onde tem um show do Simple Plan. Depois elas ainda viram Sorte no Amor, já que já tinham visto A Nova Cinderela antes de null acordar.
3º CAPÍTULO
Uns dois dias depois, sábado à noite, null estava em seu quarto, mexendo no computador, como fazia desde às 4 horas da tarde.
- Filha, podemos conversar? – A mãe de null entra no quarto e elas começam a conversar.
- O papai vai voltar amanhã mesmo? – null. Seu pai tinha ido viajar por causa do emprego. Ele era dono de uma concessionária de carros e, aquela semana, ele estava estreando uma nova loja em uma cidadezinha que ficava a pouco menos de 1 hora da cidade onde eles moravam.
- Não. Eu queria te avisar que nós teremos que mudar para a cidade onde ele está agora. – A mãe de null quis ser direta para que a filha não fizesse tanto drama como ela estava prevendo
- Esse seu ‘nós’ inclui você e ele porque eu não vou! – null disse decidida, como sempre fora.
- Claro que não, você vai com a gente e não adianta brigar, chorar, nem fazer drama porque não vou deixar você ficar aqui sozinha!
- Eu moro com as minhas amigas, tenho certeza de que elas não se importariam.
- Pára com isso, você vai e ponto final. – A mãe dela disse brava, já cansada daquilo tudo, afinal, ela também passava por problemas no trabalho por causa da mudança. Ela saiu do quarto deixando a filha chorando em sua cama.
null não sabia do que seria de sua vida quando ela chegasse em sua nova casa. E sua escola? As várias amizades que ela batalhou pra construir naquela cidade? E suas melhores amigas, que era tudo que ela tinha quando ninguém mais parecia se importar com ela? E sua banda? E null? Espera... null? Por que ela ainda pensava nele? Ele tinha traído ela! Tinha sido ele quem prometeu um dia que nunca faria nada para machucar ela e beijou uma desconhecida na frente dela! Ela pensou que se mudar talvez tivesse um lado bom: conhecer pessoas novas para que ela pudesse esquecer null, mas é óbvio que suas amigas nunca seriam trocadas por ninguém! Ela as visitaria e as meninas iriam à casa dela sempre que possível, mas só de saber que null não as veria mais todos os dias acabava com ela.
Os dias passaram rápido, numa quinta feira, véspera da festa, estavam todas reunidas na casa da null, falando das músicas que iriam tocar no dia seguinte.
- null, se você quiser, não precisa ir, sabe... A banda do null vai tocar também, então ele também estará lá... – null
- É mesmo, né... null, se você quiser ficar em casa, a gente faz um acústico e a null toca no seu lugar. Porque a gente já confirmou a presença antes de vocês terminarem, não dá pra cancelar agora. - null
- Não, não precisa. Eu vou. – null
- Você vai? – null
- Vou ué, não vou perder nosso primeiro show! – null
- É isso aí, menina! - null
Elas se separaram para tentar novamente compor alguma coisa nova para a festa. null foi para a cozinha e percebeu que null foi atrás dela. null sentou na cadeira e apoiou um pedaço de papel na mesa que tinha na sua frente. Ia começar a escrever, mas foi interrompida.
- Pode sentar? – null
- Claro que pode – Um silêncio se instalou no lugar e null resolveu falar. – Posso te ajudar em alguma coisa, amiga?
- Eu tava querendo conversar sobre uma coisa, mas estou com medo da reação que você pode ter. – null
- Você só vai descobrir, se perguntar, se eu ficar mal, eu vou saber que você não fez de propósito. Pode falar. – null ficou um pouco quieta, pensando.
- Ok, então eu vou direto ao ponto. Eu sei que você sofreu por causa do null, mas eu também sei que você quer muito voltar com ele.
- O quê? Por que você acha que eu voltaria com o null? –null
- Porque eu te conheço faz dois anos e tá escrito na sua testa que você ainda o ama demais.
- Tá, você venceu, eu ainda gosto muito dele, mas não sei se quero mesmo voltar. Ah, sei lá, eu amo muito ele, mas acho que a gente não volta. – null
- Por quê?
- Depois eu conto, quando as meninas estiverem por perto, não to muito a fim de falar disso agora.
- Ok, mas... Sabe o null? Amigo do null?
- Sei.
- Eu conversei com ele esses dias... Ele falou que o null não apareceu em nenhum ensaio da banda e que ele está trancado em casa, nem atende o telefone. Não quis saber de mais nenhuma menina. null disse pra ele que a única pessoa que ele quer ao lado é você e que, se não for você, não será mais ninguém. Isso desde o dia em que vocês terminaram. – null sentiu um enorme peso nas suas costas ao ouvir tudo o que a amiga acabara de dizer. Ela sabia que ele ficaria triste por causa do fim do namoro, mas ficar um mês trancado no quarto sem nem falar com os amigos? Ela também tinha ficado desse jeito, mas durante duas semanas apenas. – Eu sei que deve ser difícil pra você ouvir isso, eu só te contei pra você saber mesmo.
null deixou a amiga sozinha, alegando que tinha uma letra de musica para escrever. null ficou um tempo pensando sobre o que a amiga acabara de falar, ela ainda estava mal de saber que null estava triste, mas ela também teve seus sentimentos machucados. Ela teve uma ideia sobre a letra da música e começou a escrever antes que a inspiração fosse embora.
4º CAPÍTULO
No dia seguinte, na festa...
- Meninas, venham aqui. – null
- Fala, flor! – null
- É que eu tava lembrando de ontem, eu fui conversar com a null e ela disse que tinha uma coisa pra falar, mas que queria esperar uma oportunidade de estarmos todas juntas. – null acaba de falar e as meninas miram null. Ela se lembra da conversa com sua mãe e conta para as meninas sobre a mudança que aconteceria no dia seguinte.
- Amanhã? – Todas gritam assustadas!
- Você não pode ir! – null
- Eu já fiz de tudo, falei que dormiria em hotel, na casa de vocês, mas nada fez minha mãe mudar de idéia!
Elas ficaram conversando e dando apoio umas as outras.
- Ai, a gente entra em questão de minutos. – null.
- Relaxa, meu. A maioria é acústica, é moleza! - null
- Moleza pra você que é baterista, só vai tocar uma música, que vai ser a única música que não é acústico.
- null, não exagera, você só vai tocar uma música, eu sei que a gente vai se sair super bem. – null
- Ai, mesmo assim, tô com um friozinho na barriga que não quer me deixar em paz. – null
- null, se você não sair desse banheiro em 5 segundos, eu o faço puxando pelos seus lindos cabelos loiros. – null estava irritada já com a demora da amiga no banheiro, ela precisava se trancar logo quando null teria que retocar a maquiagem?
- Pronto, saí já! – null
- Ainda bem, quero passar a maquiagem de novo e preciso de um espelho grande.
- null, você tá bem? – null disse, vendo que a menina não parava quieta, ficava andando de um lado para outro sem parar, cantarolando as músicas que elas tocariam para que elas ficassem em sua cabeça para não esquecer a letra na hora. Assim que null sai, ela diz para as meninas que tocaria uma música que ela havia feito na noite anterior.
- Meninas, vamos? – Uma mulher apareceu na salinha em que elas chamavam de ‘Camarim’.
- null, tá na hora! – null gritava.
- Calma, amiga! Vai dar tudo certo! – null.
Elas entraram e tocaram duas músicas, uma normal e outra acústica, conforme haviam combinado. Quando acabou a segunda música, null foi para o microfone principal. Dava pra ver todos os convidados de lá, ao contrário do canto, onde estava antes, que tinha uma luz bem na sua cara, dificultando sua visão. null se sentou, pegou seu violão, olhou para as pessoas que estavam esperando a musica começar, parecia que estava procurando alguém.
- Gente, essa será a nossa última música, ela é nova, eu a escrevi ontem à noite. Eu a dedico para uma pessoa que, apesar de tudo que aconteceu, ainda é especial, não vou falar quem é, mas a pessoa saberá que é ela. Eu espero que vocês gostem. – null falava enquanto null, null, null e null saíam do palco que improvisaram no salão com os instrumentos. null começou a tocar.
No matter what you say about love
I keep coming back for more
Keep my hand in the fire
Sooner or later I get what I'm asking for
No matter what you say about life
I learn every time I bleed
The truth is a stranger
Soul is in danger I gotta let my spirit be free
To admit that I'm wrong and then change my mind
Sorry but I have to move on and leave you behind
I can't waste time so give it a moment
I realized nothings broken
No need to worry about everything I've done
Live every second like it was my last one
Don't look back got a new direction
I loved you once needed protection
You're still a part of everything I do
You're on my heart just like a tattoo
Just like a tattoo
Sick of playing all of these games
It's not about taking sides
When I looked in the mirror didn't deliver
It hurt enough to think that I could stop
Admit that I'm wrong and then change my mind
Sorry but I've gotta be strong and leave you behind
If I live every moment
Won't change any moment
Still a part of me in you
I will never regret you
Still the memory of you
Marks everything I do
You're still a part of everything I do
You're on my heart just like a tattoo
Just like a tattoo
I'll always have you
null cantou os últimos 4 versos olhando para null, que estava na lateral, perto do palco. Ele percebeu e na hora abriu um enorme sorriso. Ela havia dito que ele ainda era especial pra ela antes da musica começar, o que o fez pensar de que ainda existia a chance deles voltarem, mas quando a música estava quase acabando, ele viu que pela letra da música, não era certeza de que eles realmente voltassem. Todos aplaudiram e as meninas subiram no palco de novo para agradecer. null estava descendo a escada com seu violão, era a última a descer, estava no último degrau. null a segurou pela cintura com uma mão.
- Agora não, por favor. – Foi o que ela disse quando percebeu que iria começar a chorar bem ali, de frente pra ele, lembrando de que iria embora no dia seguinte. Ele não teve muito tempo para conversar com ela, foi logo puxado para tocar. null tocou 2 músicas acompanhado por sua banda, antes do começo da última, foi ao microfone.
- Essa música foi para uma pessoa que dedicou uma música pra mim, agora eu retribuo com outra. – Ele disse sorrindo. Apesar de não saber bem o que estava acontecendo entre ele e null, ele queria que ela soubesse que ele a amava muito e que jamais quis machucá-la. Ele se sentou, apoiou o violão na perna, passou a correia pelos ombros e pelo pescoço, arrumou a palheta na mão e começou a cantar enquanto começava a tocava os primeiros acordes.
Today is a winding road
Thats taking me to places that I didn't want to go, whoa
Today in the blink of an eye
I'm holding on to something and I do not know why I tried
I tried to read between the lines
I tried to look in your eyes
I want a simple explanation; what Im feeling inside
I gotta find a way out
Maybe theres a way out
Your voice was the soundtrack of my summer
Do you know you're unlike any other?
You'll always be my thunder, and I said
Your eyes are the brightest of all the colors
I don't wanna ever love another
You'll always be my thunder
So bring on the rain
And bring on the thunder
Today is a winding road
Tell me where to start and tell me something I don't know, whoa
Today I'm on my own
I cant move a muscle and I cant pick up the phone, I dont know
And now I'm itching for the tall grass
And longing for the breeze
I need to step outside, just to see if I can breathe
I gotta find a way out
Maybe theres a way out
Yeah I'm walking on a tightrope
I'm wrapped up in vines
I think I'll make it out but you just gotta give me time
Strike me down with lightning
Let me feel you in my veins
I wanna let you know how much I feel your pain
Today is a winding road
That's taking me to places that I didn't want to go, whoa
Oh baby bring on the pain
And listen the thunder
A festa foi até tarde, todos ficaram se divertindo, dançando, conversando, comendo e bebendo.
- Vou pegar um refri, alguém quer? – null
- Eu quero! – null e null disseram.
Ela saiu de perto da mesa onde estava e foi em direção à mesa de refrigerante.
- Hey, null. – null
- Hey, null! Tô pedindo refri, quer?
- Quero sim. – Eles pediram as bebidas e null levou null para fora, ela tinha esquecido das bebidas de suas amigas.
- Eu tenho que te dizer uma coisa... – null
- Eu também amo você. - disse null. Os dois se beijaram simplesmente, nada de pressa, apenas aproveitando o momento e rindo entre os beijos que eram causados quando um percebia que o outro arrepiava com o beijo.
- null! – null chegou perto da menina, precisava saber o que aconteceria com eles daquele dia pra frente.
- Eu quero que você saiba que o que a gente teve foi bom e tudo mais, eu entendi que não passou de um mal entendido, mas que infelizmente nós não poderemos continuar juntos. - null disse segurando o choro, ela sabia que seria bem pior se chorasse.
- Por que não?
- null, já é difícil demais pra mim tudo isso... Lembrar só vai tornar tudo pior.
- Mas, null, eu preciso saber, seja bom ou ruim, o que estiver acontecendo com você, eu não posso te deixar ir embora assim.
- null, eu... Eu tô indo embora daqui.
- Em... Embora? Mas por quê?
- Meu pai montou uma empresa em uma cidade que fica a umas 2 horas daqui e a empresa de lá tá ficando grande, acho que ele vai fechar a que ele tem aqui e vai assumir a que ele tem lá e eu e minha mãe estamos indo morar lá com ele.
null não podia acreditar. Na verdade, nenhum dos dois podia... Ela estava o deixando.
Agradecimentos Especiais: A algumas das minhas melhores amigas: Ray, Jé, Lari e Fê
Música¹: Tattoo – Jordin Sparks
Música²: Thunder – Boys Like Girls