Full Moon
Autora:
Bia Guimarães
Beta-Reader: Amy Moore




Capítulo único


Jeremy ainda estava deitado sobre a cama, esperando os remédios fazerem efeito. Tudo começou a rodar, a escurecer, e em seguida ele deparou-se com a total escuridão.
-#-
Elena abria a porta de sua casa, pensando nas coisas que não encontrara no colégio, ela acabara de falar com Stefan. O "eu te amo" dele acalmou-a. Mas o que realmente acontecera? Quem pegou as coisas dela e por quê? Ela estava intrigada com aquilo e com os acontecimentos do dia.
A chave rodou facilmente na fechadura e destrancou a porta. Ela entrou chamando por Jeremy. Alaric tinha o levado para casa, vivo e bem, isso era o importante, mesmo que ele estivesse com raiva dela.
Ela escutou um barulho vindo da cozinha. A luz estava acesa. Foi caminhando em passos lentos pelo corredor escuro em direção à luz. No meio do caminho, se encontrou com Jenna, que saia do banheiro.
- Elena, nós precisamos mesmo conversar – disse Jenna, deixando Elena sem entender.
- Seja lá o que precisamos conversar, Tia Jen, essa não é uma boa hora. Onde está Jeremy?
- Está no quarto – respondeu.
Elena voltou e começou a subir as escadas.
- Da próxima vez você não vai fugir do assunto mocinha... –alertou Jenna, enquanto Elena subia as escadas. Mas do que ela está falando? Pensou Elena, quando chegou ao último degrau.
Elena bateu na porta de Jeremy e ele não abriu. Bateu mais algumas vezes, sem sucesso.
Ela começou a abrir a porta de leve. Com a porta um pouco aberta, ela colocou os olhos no pequeno espaço.
-#-
Damon andava feliz pela floresta. Ele acabara de beijar Elena. Estava se sentindo do jeito que se sentia ao beijar Katherine. Apaixonado. Ele não tinha mais dúvidas; Elena teria que ser dele. Ele a conseguiria. Lutaria até o último minuto de sua não-vida. Não estava acreditando o quão estava feliz, mas seu coração dava pulos de alegria.
Ele sentou-se em uma pedra. Leves sorrisos escapavam de seus lábios. Ele queria voltar até aquela casa e beijar Elena novamente. Sentir aquilo de novo. Começou a pensar o que o impedia em fazer tal loucura. Nada. Afinal, ele é Damon Salvatore. Ele pode tudo.
-#-
Tyler Lockwood sentou-se novamente na cadeira do hospital, esperando notícias de Caroline. Ele se sentia culpado por tudo, porque era ele que dirigia o carro. O que aconteceu com ele; aquele barulho que ouvira fez bater o carro. Ele pensava ser o único culpado. Se Caroline morresse, ele também seria o culpado. Quando ele viu a Xerife Forbes, sentiu uma enorme onda de ansiedade.
- Ela está na cirurgia – anunciou a mãe de Caroline.
Tyler olhou para a cadeira ao lado. Matt estava completamente preocupado.
- Tyler, acho melhor você ir atrás de sua mãe – disse a Xerife Forbes, olhando para Tyler.
-#-
Elena viu o irmão deitado na cama. Ela entrou no quarto de fininho, tentando não acordá-lo. A porta do banheiro estava aberta. Ela foi fechá-la. Algo estava errado; a pia estava cheia de remédios. O que aqueles comprimidos faziam ali?
Ela deixou para falar com Jeremy quando ele acordasse. Estava já saindo do quarto quando virou e se aproximou de Jeremy, passando as mãos no cabelo dele. Ela passou um bom tempo alisando o cabelo do irmão, depois se abaixou e deu um beijo de leve na bochecha dele. Ele estava frio. Muito frio. Elena sentiu o choque quando sua boca tocou na pele gélida. Ela tentou acordá-lo. Ele estava doente, aquela não era uma temperatura normal. Ele não acordava. Elena posicionou os dedos sobre os pulsos dele. As aulas de Ciências serviam para alguma coisa. Ele estava sem pulsação. Ela começou a gritar. Gritar de verdade.
-#-
Damon estava perto da casa de Elena quando começou a escutar gritos. Os gritos vinham da casa de Elena; sua super audição o permitia saber. Ele aumentou a velocidade ainda mais e em segundos já estava na porta. A porta estava aberta. Os gritos pararam quando ele girou a maçaneta. Entrou na casa, sentiu um cheiro forte de sangue humano. Seguiu o cheiro que vinha da cozinha. John estava em cima de uma poça de sangue, de barriga para o chão, morto. O sangue o chamava. O cheiro era delicioso. Ele estava debruçado sobre o corpo de John, prestes a beber o sangue que restava no corpo, quando ele escutou um grito: "abram a porta". O grito vinha de cima e ele reconhecia a voz. Jenna, Tia de Elena. Ele se afastou do corpo de John e voltou para a sala, subindo as escadas em velocidade humana, porém rápida. Seja lá quem estivesse lá em cima, não poderia suspeitar que ele fosse um vampiro. Ao chegar lá em cima, ele deparou-se com Jenna esmurrando a porta do quarto de Jeremy.
- O que está acontecendo? – ele perguntou a ela.
- Não sei. Algo está acontecendo lá dentro, Elena gritou e quando eu vim ver o que estava acontecendo e a porta estava trancada – ela disse, apavorada.
Ele foi até a porta e encostou o ouvido. Ele poderia arrombar aquela porta em poucos minutos, mas além de não querer se precipitar, Jenna acharia estranha a facilidade com que ele faria.
- Você. – A voz era assustada. Mas dava para perceber que era Elena.
- Sim – Elena falou, agora de um jeito calmo e misterioso.
-#-
Tyler subiu as escadas de sua casa gritando pela mãe. O que estava acontecendo com o pai dele? Por que a xerife disse que ele tinha que falar com a mãe dele sobre o pai? Muitas perguntas invadiam sua mente.
Ele chegou a porta do quarto da mãe. Abriu devagar. Lá estava ela, sentada no chão, chorando.
- Mãe, o que aconteceu? – perguntou com curiosidade.
- Seu pai. – Ela levantou a cabeça e olhou firmemente para ele, com os olhos vermelhos e inchados.
- Onde ele está? Eu não estou entendendo!
- Ele morreu, Tyler, ele morreu!
As palavras dela vieram o mutilando. Ele saiu do quarto, com lágrimas no rosto. Ele não precisara saber mais nada. Seu pai estava morto.
-#-
- Você – Elena disse, olhando para a figura na porta.
- Sim.
Era impressionante. Elena estava vendo-a. Vendo a sua própria reflexão com roupas diferentes. Jeremy estava morto, disso ela tinha certeza. Teria aquela figura – a própria reflexão – o matado?
Ela queria correr, fugir dela. Proteger o irmão, que descansava sobre os seus braços. Aquilo era inútil. Jeremy já estava morto, como os pais.
- O que você quer? – Elena perguntou.
- Eu quero matar você – respondeu Katherine.
-#-
Damon ouvira realmente aquilo? "Eu quero matar você". Elena estava sendo ameaçada. Ele imediatamente chutou a porta. Como ele previra, foi muito fácil de fazer.
Entrou e se deparou com a cena que nunca imaginara. Elena estava perto da porta do banheiro, assustada, olhando para a janela. Ele mudou o olhar de direção. Não podia ser! Não! Não! Aquela era... Katherine?
Katherine segurava Jeremy; ele estava desmaiado.
- Katherine? – perguntou Damon, perplexo.
- Olá, Damon. De novo.
Como assim, "de novo"? Pensou Damon
- Não se mecham – ordenou Katherine. – Ou Jeremy morre.
- Ele já está morto – disse Elena, entre lágrimas.
- Sério? – perguntou Katherine, de um jeito brincalhão, dando tapas nada fracos no rosto de Jeremy.
Jeremy abriu os olhos. Katherine o prendeu mais forte entre os braços.
Elena olhou, chocada. Jeremy estava vivo, mas como? Ela o vira morto, ela vira ele sem pulsação.
- Sabe... Quando eu disse que a mataria, não disse que a mataria agora. Apesar de ser uma oferta tentadora.
Damon ainda observava, atônito.
- Até mais, Elena. Adeus, Damon. Só mais uma coisa: você está beijando melhor agora do que antes – disse e saiu pela janela, com Jeremy nos braços.
-#-
Tyler sabia que alguma coisa estava errada com ele. Sentia o corpo doer, e ao mesmo tempo os músculos do braço pinicando e inchando. Ele estava sentado no cemitério, lugar para onde o pai iria. As lágrimas já não desciam mais. Ele escutou um barulho. Passos rápidos. Não eram passos normais; eram passos longos. Como ele podia ouvir?
Pouco tempo depois ele avistou duas figuras conhecidas.
Elena e Jeremy Gilbert.
-#-
Jeremy estava confuso. Elena tinha dito que também tinha se transformado. No começo ele não entendeu, mas depois ele se acostumou. Elena disse a ele que tinha que tomar sangue de algum humano para completar a transformação. Ela disse que já era vampira, era mais forte por já estar transformada. Ele aceitou tudo que ela disse com facilidade. Eles pararam em frente à vítima proposta por Elena. Tudo estava escuro; o cemitério era iluminado com um único poste a alguns metros dali. Jeremy seguiu Elena até a vítima. Quando mais perto, pôde reconhecer Tyler Lockwood. Ele não faria aquilo, mesmo que ele odiasse Lockwood, não era motivo para matá-lo.
- Vá em frente – disse Elena, de um jeito estranho. Havia alguma coisa diferente na voz dela desde que Jeremy acordou.
- Elena! É o Tyler. Eu não posso.
- O quê?
- Tyler Lockwood, você o conhece mais do que eu.
- Vá em frente – ordenou Elena. Definitivamente não parecia Elena.
Mesmo discordando, Jeremy seguiu na direção de Tyler, que estava assustado.
- O quê? O quê? – Tyler tentou saber o que estava acontecendo.
Jeremy avançou na direção dele, deixando o instinto o levar.
-#-
- E agora? - perguntou Elena a Damon.
- Eu não sei – respondeu, ainda pensando que beijara Katherine e isso era evidente.
- O que exatamente está acontecendo aqui? – perguntou Jenna, que tinha assistido tudo.
Sem pestanejar, Damon virou-se na direção dela.
- Nada realmente aconteceu. Você vai voltar e dormir. O pouco que lembrar, vai ser parte de um pesadelo que logo vai esquecer.
- Nada realmente aconteceu – afirmou Jenna, saindo do quarto.
- Por que fez isso? – gritou Elena.
- Você tem coisas piores para se importar, por exemplo: Katherine está de volta, quer matar você e levou o seu pequeno irmão vampiro.
- O quê?
- Katherine está de volta – disse Damon, entediado.
- Não. O que você disse sobre o meu irmão?
- Ele é um vampiro agora.
Tudo começou a se encaixar.
- Como isso aconteceu? Foi ela? – perguntou Elena, deixando cair um jato de lágrimas.
- Provavelmente não. Ela estava ocupada com outras coisas. Tipo: matando John.
Aquilo era enlouquecedor. Katherine voltara acabando com o mundo de Elena de uma vez.
-#-
Damon percebeu que o que falara tinha afetado Elena. Afinal, John era o pai biológico dela, mesmo sendo quem era.
Ele aproximou-se dela lentamente, envolvendo-a em seus braços. Consolando-a.
- O que faremos? – perguntou Elena.
- Você vai ligar para Stefan e pedir que ele a tire daqui. Se Katherine entrou, poderá entrar mais vezes. Eu... vou atrás dela. E vou cuidar para que ela morra.
Elena puxou o celular do bolso e ligou para Stefan.
Damon pôde ouvir quando Stefan atendeu.
- Não se preocupe, prometo trazer seu irmão de volta –disse as últimas palavras antes de pular pela janela.
-#-
Assim que Tyler sentiu os dentes afiados de Jeremy entrarem em sua carne, ele reagiu. Ficou extremamente violento e forte, jogando Jeremy para longe. Jeremy voltou, com os caninos a mostra.
- O que diabo é isso? – perguntou Tyler, enquanto observava Jeremy vir em sua direção novamente.
Ele olhou para o lado. Elena observava a cena rindo.
- Vamos, Jeremy. Esse pouco já foi suficiente.
Jeremy não parou. Continuou avançando para cima de Tyler.
- Eu quero mais – disse.
- Não se preocupe, você terá mais. Vamos! Agora!
Jeremy obedeceu desta vez. Ele sentia que Elena o convencia de algum jeito a fazer as coisas que ela queria.
Jeremy saiu correndo ao lado de Elena. Ele era um vampiro agora.
- Nós não precisamos fazer mais nada? – perguntou Jeremy quando um pouco mais longe.
- Não, querido. Já estão cuidando por nós.
-#-
Damon pôde ouvir os passos se distanciarem. Ele podia ir correndo atrás deles, mas Katherine era mais forte e mais velha que ele. Ele teria que ser cauteloso para não correr o risco de morrer e não cumprir a promessa feita anteriormente para Elena. "Prometo trazer seu irmão de volta", ele utilizou essas palavras para fortalecê-lo e não seguir o instinto.
Damon se deparou com Tyler Lockwood. Lembrou-se da hora da morte do prefeito. O menino era órfão de pai.
Tyler olhou para Damon fixamente, deixando o medo transbordar.
- O que aconteceu, Tyler? – perguntou Damon.
- Jeremy e Elena. Eles estavam aqui e sumiram. Ele me atacou e eu o empurrei. Ele me mordeu. O que diabos está acontecendo? Quem sai pelo meio da rua mordendo as pessoas? O que ele é? O que ele quer? – Tyler começou com uma série de perguntas.
- Nada está acontecendo. Você não viu nada. Você está aqui sentado desde a hora que chegou.
- Sim, estou. – Tyler respondeu a uma pergunta não feita.
- E... você vai pegar todo o seu dinheiro e vai convencer sua mãe de que o melhor é vocês irem começar uma nova vida, em uma nova cidade – Damon completou.
- Sim.
Damon andou até Tyler, tocando o ferimento dele e sentindo o gosto do sangue.
Nada de verbena.
Depois Damon correu até a casa dos Salvatore, descendo e indo em direção ao sótão onde tinha sangue escondido por Stefan alguns dias atrás.
Bebeu o sangue necessário para ter força para tentar acabar com Katherine. Quando já forte, entrou novamente na floresta, indo em direção a algum rastro, cheiro ou indício de Katherine, seu antigo amor.
-#-
- Stefan. E se ela machucá-lo?
- Não vamos pensar nessa opção. Isso não vai acontecer.
- Stefan! Se ela o machucar eu vou atrás dela e acabo com ela.
Stefan não pôde deixar de soltar um riso abafado. Elena estava falando que acabaria com Katherine. Nem ele mesmo tinha forças para fazer tal loucura. Nem Damon.
Katherine está de volta, pensou Stefan pela milésima vez.
Tudo o que ele tinha lutado para esquecer, para deixar de amar, estava perto, sem menor esforço. Katherine! A moça mais bela com o riso mais belo. Como dizem, o primeiro amor é inesquecível, tanto para Stefan, como para Damon, mas será que pode-se esquecer o primeiro amor para dar lugar ao segundo?
- Por que ela está de volta? – perguntou Elena.
- Eu não sei. – Stefan poderia jurar que não, mas estava abalado com a volta dela. Muito abalado.
- O que ela está querendo?
- Eu não sei, Elena! – Dessa vez Stefan aumentou o tom de voz, surpreendendo Elena.
- Eu vou fazer alguma coisa. Não posso mais ficar parada. –Elena já estava saindo, Stefan correu inumanamente e a impediu.
- Não. Desculpe-me pela grosseria. Eu vou. Mas antes tenho que assegurar que você vai ficar bem.
Elena recuou e se encostou à parede.
- Vou para a casa de Bonnie. Katherine não poderá entrar.
- Eu levo você.
- Não! Vá atrás de Jeremy. Traga-o vivo. Prometa.
- Sinto muito, eu não posso prometer isso.
-#-
- Eu quero mais, Elena. Quero mais sangue. – Jeremy avisou à Katherine.
- Em breve teremos, querido. Logo, logo – disse Katherine, deixando-o ansioso.
-#-
Elena dirigia pelas ruas de Mystic Falls, em direção a casa de Bonnie.
Ela chegou rápido e apertou a campainha. Ninguém atendeu. Retirou o celular do bolso, apertando na discagem rápida.
- Bonnie?
- Ah, oi.
- Bonnie, onde você está?
- No hospital, onde você também deveria estar.
- Estou indo.
Elena entrou no carro novamente, indo em direção ao hospital, que ficava do outro lado da cidade. O céu estava particularmente escuro esse dia, dia de Lua cheia.
-#-
Damon corria pela escuridão da floresta. A cada minuto, ele sentia o cheiro de Katherine mais forte. Ele estava chegando perto.
Em poucos minutos, encontrou um casebre . O cheiro estava extremamente forte, agora. Nenhum barulho, nenhum movimento.
Andou cautelosamente, pois qualquer movimento brusco o entregaria. A janela estava aberta, ele colocou a cabeça e avistou nada.
Não tinha ninguém no casebre. Ele chutou a porta, como na casa de Elena e entrou. O casebre não tinha donos, senão ele não poderia entrar. O cheiro não vinha de Katherine, vinha de roupas e pertences. Ele estava no covil da cobra. Era ali que Katherine se escondera o tempo todo.
-#-
Tyler invadiu a floresta sem saber o porquê. Os músculos estavam doloridos. A ideia era ir de encontro com sua mãe e viajar para algum lugar longe.
Aos poucos, a mente foi expulsando toda a informação que recebera de Damon. O medo voltou a consumir-lo, a dilacerá-lo. Agora ele se lembrara de tudo. Elena, Jeremy, o ataque.
Seja lá o que Damon utilizou nele, não funcionou por algum motivo desconhecido pelo mesmo.
-#-
Stefan passara os últimos minutos em busca de alguma pista de Katherine. Ele era fraco demais para encontrá-la. Ele não poderia sentir o cheiro dela de longe, nem ouvir os movimentos.
Sentou-se em uma pedra. Tudo aquilo era muito para ele, a volta de Katherine, a promessa não feita a Elena. Ele precisava pensar.
-#-
Jeremy corria atrás de Elena pela floresta. Algo dizia que eles estavam indo em direção a estrada, mas ele não sabia realmente. Ela estava no controle.
-#-
Damon andou lentamente até uma cômoda velha. Reconheceu um objeto. A escova que Katherine usava para pentear os belos cachos. Katherine a guardara até essa hora. O cheiro dela invadiu as narinas dele. Aquele cheiro doce que ele tanto lutara para não esquecer. A cômoda tinha uma gaveta meio aberta. Ele abriu-a por completo. Dentro, tinha bolsas de sangue e passaportes. Todos os passaportes continham a foto dela, com nomes diferentes. Sheila Van Der True, Chloe Bladie, Grace Courtney, Amber Plate... Tinha passaportes de todos os continentes possíveis e isso explicava o que ela tinha feito todos esses anos. Uma fúria inexorável o invadiu por inteiro. Agora mais do que nunca ele deveria acabar com ela, não só pela promessa, mas por ele mesmo.
Ele saiu do casebre inumanamente, ainda com a escova em mãos. Parou por um momento para ligar para Elena, que atendeu depois do terceiro toque.
-#-
- Damon? – perguntou.
- Elena, onde você está?
- Estou bem. Estou indo para o hospital.
- O hospital? Onde está Stefan?
- Ele... foi atrás de Katherine.
- O quê?! Você está só? Não, Elena! Não! – Damon, histericamente.
- Calma, Damon. Eu estou bem. Já estou chegando ao hospital. – Ela mentiu.
Em poucos segundos, Elena Bateu com o carro em alguma coisa. O carro capotou com facilidade. Ela não desacordou, ficou de cabeça para baixo, ainda segurando o celular.
- Elena?! – gritou Damon. Ela pôde ouvir. Colocou o celular de volta no ouvido, a mão estava sangrando, havia um profundo corte.
- Elena?! – Damon estava desesperado.
- Damon?
- O que aconteceu? – perguntou.
- O carro, está virado, venha aqui, eu preciso de sua ajuda. Acho que bati em algum animal.
- Onde você está exatamente? – Damon já estava correndo, com o celular no ouvido.
- Perto da ponte.
- Elena, a ponte não é perto do hospital. Por que você mentiu?
Não deu tempo de Elena responder a pergunta; o carro foi virado para cima. Ela não estava mais de cabeça para baixo, a porta do carro foi aberta e arrancada de uma só vez. Elena foi retirada do carro e jogada para longe com uma força extrema. Ainda segurava o celular com força. Começou a sentir todos os machucados. O corpo inteiro ardia. Levantou um pouco a cabeça. Percebeu que estava no início da ponte. Katherine estava vindo em sua direção lentamente, graciosamente. Ela colocou o celular no ouvido, só deu tempo de dizer as últimas palavras antes de sentir a maior dor de sua vida.
- Ela está aqui! – disse rapidamente. Depois foi jogada na água.
-#-
Tyler não sabia para onde ir. Lembrou que deixara o carro perto da ponte, que não era muito longe de onde estava. Ele tinha de fazer isso: ir para casa, tomar um banho e descansar a mente. A luz do celular o ajudou a se guiar pela floresta escura. Ele avistou uma figura conhecida sentada em uma pedra.
- Stefan Salvatore?
- Tyler Lockwood?
- O que está fazendo aqui? – perguntou Tyler.
- O que você está fazendo aqui? – Stefan revidou a pergunta.
Sem tempo para responder, ouviram um barulho, um barulho de um carro capotando. Stefan pôde ouvir melhor que Tyler, mas os dois estavam com a audição um tanto aguçada comparando com a humana.
- O que é isso? – perguntou Tyler a Stefan.
- Eu não sei, deve ser alguma batida. Essa ponte já é campeã em acidentes.
- Nós precisamos ajudar – disse Tyler.
Stefan concordou e seguiu Tyler, que foi na frente. Ele poderia ir bem mais rápido, mas não queria se mostrar para um humano, então foi em uma velocidade normal. O barulho era a poucos quilômetros de distância. Eles chegariam logo.
-#-
Jeremy observava sem acreditar. Elena jogara Elena da ponte. Duas Elenas? Como isso era possível? O que ele podia fazer naquela hora?
-#-
Damon chegou rápido e pôde avistar de longe Elena ser jogada da ponte. Ele correu o mais rápido que pôde, pulando em seguida na água e segurando Elena em seus braços. Ele enxergava bem por ser vampiro.
Ele tirou-a da água, carregando-a até a parte superior da ponte.
- Ora, ora, olha para quem veio salvar a princesinha em apuros. Damon Salvatore – disse Katherine, cantarolando.
- Katherine, seja lá o que você está pretendendo fazer, você não vai conseguir.
- Veremos, Damon.
-#-
Stefan já estava cansado de caminhar normalmente; ele queria correr e ver o que estava acontecendo. Faltava um pouco para os dois chegarem na ponte.
-#-
- Por que está agindo dessa forma? Por que está fazendo isso com ela?
- São tantas perguntas, Damon. Mas você não terá nenhuma resposta – ela disse, já partindo para cima de Damon, que desacordou.
-#-
Stefan e Tyler chegaram à ponte e não encontraram nada além do carro de Elena destroçado. Stefan caminhou até o carro, em cima do banco de motorista, ainda intacto, estavam alguns objetos. Entre eles, o anel de Damon e o colar de Elena, que continha verbena. O celular de Damon também estava lá; ele apertou uma tecla qualquer e apareceu uma nova mensagem.
Encontre-nos naquele lugar onde demos nosso primeiro beijo. Estaremos esperando ansiosos. Com amor, Katherine.

Flashback on
Ano de 1864, abril, dia 15, 14:30h.

Stefan estava sentado em um toco de madeira em uma clareira perto da casa dos Salvatore. Ele esperava ansioso por ela.
Poucos minutos depois, ela chegou andando graciosamente com seu vestido violeta, tão bonito quanto si própria.
- Stefan! – ela disse, enquanto o abraçava. – Eu estava com saudades.
Ele sentiu-se extraordinariamente estranho; aquele era o primeiro contato físico dos dois.
- Saudades? De mim? – O menino perguntou, enquanto o coração batia freneticamente.
- Oh, sim. Tu foste foi um cavalheiro ontem, acompanhando-me a festa dos fundadores.
- Eu cumpri com minha obrigação. Ser cavalheiro, principalmente com belas damas – ele disse, deixando os hormônios o levar.
- Tu achas que sou bela? – ela perguntou, com os olhos brilhando.
Stefan não esperava por essa pergunta.
- Tu és tão bela que cativas meu espírito.
Então aconteceu. Eles deram o primeiro beijo. Na clareira.

Flashback off

Stefan se encontrou sentado no chão, ao lado do carro destroçado. Por que Katherine voltara? Por quê?
Ele precisava salvar Elena. Fora covarde o tempo todo, não seria mais.
-#-
Tyler viu Stefan com um celular na mão, em seguida sentando-se no chão. Ele foi até o banco do carro e viu os pertences antes vistos por Stefan. Um anel e um colar.
- O que está acontecendo? Não estou entendendo nada. –Tyler balbuciou para Stefan, que não respondeu.
- O que está acontecendo? – Dessa vez ele não fraquejou e gritou.
Stefan levantou-se furioso. Quem era aquele filhinho de papai para tirá-lo as últimas gotas de paciência? Os caninos apareceram. Ele avançou para cima de Tyler, sem machucar-lo, só para assustá-lo.
- Todos estão loucos hoje. Porcaria de cidade. Que merda é isso? – Tyler disse, olhando para os caninos afiados de Stefan.
- Por que você está nessa porcaria de cidade, então? –Stefan disse, já com os caninos desaparecendo, mas não menos furioso.
- Meu pai morreu. Não preciso mais ficar aqui – Tyler disse com escárnio.
Stefan acalmou-se completamente. O pai do garoto tinha morrido. Ele sabia bem como era se sentir assim.
- Sinto muito – disse.
- Que seja. Eu já vou em boa hora. Como disse antes, todos estão loucos. Elena, Jeremy, e até seu irmão, Damon.
- O que você acabou de dizer? – Stefan perguntou curiosamente.
- Seu irmão, Damon – disse, entediado.
- Não, o que você disse antes, sobre Jeremy. Você o viu hoje?
- Ah, mas é claro. Ele me atacou do nada, e sua namorada, Elena, ficou rindo. Desculpe a ofensa, mas não sei como consegue namorar ela. Ela parecia fria e sarcástica enquanto gargalhava de mim.
- Ele lhe atacou?
Katherine, ele pensou.
- Sim, quase como você fez agora, com os dentes a mostra, parecendo um...
Já era tarde demais. Tyler Lockwood possuía muita informação.
- Um o quê, Tyler? – Stefan perguntou se aproximando.
- Vampiro – sussurrou para si mesmo, sem ter ideia de que o outro escutara.
-#-
Jeremy sentou no chão da clareira; a noite de lua cheia clareava aos poucos. Ele podia perceber cada mínima mudança na cor do céu, enquanto a visão para a lua cheia diminuía cada vez mais.
Ele agora fazia tudo que Elena pedia sem pestanejar, sem perguntar.
Eles estavam em uma clareira a uns vinte quilômetros da ponte. Eles. Elena, Damon, irmão de Stefan, e uma outra mulher, loira dos olhos esverdeados.
- Jeremy?
Ele escutou a voz de Elena.
- Sim?
- Ah, querido. Obrigada por estar me ajudando com isso. É que realmente preciso vingar a morte de nossos pais.
- Co... Como assim? – gaguejou.
- Eles são os culpados pela morte deles. Eles que planejaram a morte deles.
Jeremy olhou com desprezo para Damon e para a outra mulher. Eles estavam amarrados em árvores.
- O que vamos fazer com ele? – Os caninos de Jeremy apareceram novamente naquele dia.
- Você vai cuidar dela. – Apontou para a mulher desacordada. – Eu cuido dele.
- Quando faremos?
- Logo, logo. – Ela amava deixá-lo com ansiedade.
-#-
Damon abriu os olhos aos poucos. Ele estava fraco. Podia jurar que era verbena. Ele virou a cabeça e viu Elena amarrada em uma árvore. Tentou soltar-se do que o prendia, mas ele estava fraco demais.
- Elena? – ele sussurrou.
Ela não escutou.
- Você estava me chamando, Damon? – A voz mais desejada, mas não era Elena.
- O que você quer, Katherine? – Ele olhou para a sósia de Elena, que estava parada na frente dele.
- São tantas coisas que quero, Dam. – Ela o chamou pelo apelido que costumava usar quando namoravam escondido.
No meio da situação, Damon teve uma ideia maluca.
- Eu adoraria saber, Kath. – Ele também usou o apelido de antigamente.
- Por exemplo, eu quero beijar você agora – ela disse.
- Por que não pode fazer o que quer? – ele disse, tentando esconder o ódio que sentia dela.
- Ah, Damon, você não aprende nunca. Não se deve brincar com a comida. No nosso caso, com a bebida.
Eles foram interrompidos por Jeremy.
- Elena? Já peguei o que você pediu – disse, entregando uma bolsa para ela.
Damon riu, sarcástico.
- Elena? – perguntou a ela ironicamente.
- Parte do plano. – Fez uma pausa. – Querido? – Olhou novamente para Jeremy. – Quero que nos deixe conversar a sós. Creio que você precise se alimentar.
Os olhos de Jeremy brilharam como duas luzes florescentes.
- Sério, eu posso?
- Fique a vontade. Aliás, você tem de estar forte para acabar com ela, não é?
- Sim. Sim!
Ele já tinha dado as costas.
- Jeremy? – Ela o chamou.
- Sim?
- Não vá muito longe.
- Tudo bem – disse e entrou floresta adentro.
-#-
- Não consigo acreditar, você vai fazer com que ele a machuque? Mas como? Como?
- Foi fácil como tirar doce de uma criança. Consegui entrar na mente dele rapidinho. Ela não vê mais a irmãzinha nela, vê uma figura inventada por ele mesmo.
- Ah, típico de você conseguir o que quer com facilidade.
- Foi assim com vocês, lembra-se?
- Ah, sim. Lembro-me perfeitamente.

Flashback on
Ano de 1864, abril, dia 15, 16:00h.

- O que queres falar comigo? Tu já fizeste tua escolha.
- Damon, sinto tanto.
- Não sinta. Eu voltarei a servir, eles me alistaram novamente.
- Damon, tu me concederias um único pedido?
- Sim, Katherine. – Ele olhou para a amada.
- Não vá.

Flashback off
-#-
- E você está com medo de mim agora? – Stefan perguntou a Tyler.
- Eu não sei, cara.
- Isso é uma loucura, vampiros não existem. – Stefan mentiu.
- Se é uma loucura eu não sei, mas eu estou fora. Isso já está sendo demais para mim.
Stefan poderia tentar usar os poderes, mas seria uma tentativa falha.
- Tyler, se você sair por aí contando essa sua teoria ridícula de vampiros, eles vão te chamar de louco.
- Eu não sei. Eu preciso pensar.
Tyler saiu e foi andando em direção ao carro que estacionara não muito longe dali.
- Tyler?
Tyler se assustou com a aparição de Stefan a sua frente.
- Que merda é essa? Como você fez isso?
- Eu estava bem atrás de você Tyler. – Stefan tentou usar os poderes, que por sorte funcionou.
- Ah, é verdade, você estava bem atrás de mim. – Tyler assentiu.
- Vá logo. – Stefan ordenou.
- Já estou indo cara, já estou indo.
Tyler entrou no carro que pegara de sua mãe e foi dirigindo em direção a casa dele. Quando chegou em casa, foi tomar um banho. Ainda no banheiro e tomado banho, ele percebeu uma diferença em seu corpo, estava mais forte, mais moreno, diferente...
-#-
Stefan observou Tyler entrar no carro, depois correu em direção a clareira.
-#-
Jeremy andava radiante pela floresta. Ele escutara um barulho; deviam ter pessoas acampando. Andou até onde acontecia a reunião de amigos, que estavam em uma roda, cantando. Todos olharam para ele.
- Quem é você? – perguntou um cara mais ou menos da idade dele.
- Oh, desculpe-me a falta de educação. Sou Jeremy Gilbert.
Só de sentir o cheiro e a pulsação do sangue nas veias daquelas pessoas, o rosto de Jeremy começou a mudar.
- O que é isso no seu rosto? – agora quem perguntou foi uma menina magra, sentada no colo de outro cara.
- Não é nada – Jeremy disse, virando para trás.
- Podem deixar, eu cuido dele. – Dessa vez foi uma voz suave, cantada.
Ele sentiu o rosto voltar ao normal e olhou para o grupo de amigos novamente.
Deparou-se com a menina cuja voz era suave e cantada.
Ela era incrivelmente linda. As feições do rosto eram perfeitas.
- Prazer, .
- Jeremy Gilbert – disse, apertando as mãos de .
- Vamos conversar – disse ela, segurando a mão dele e o levando para longe.
Mal sabia ela o perigo que corria.
-#-
- Katherine?
- Sim, Damon?
- O que você conseguirá com isso tudo?
Ela deu um meio sorriso.
- Eu não sei. Vingança, por exemplo.
- De que você quer se vingar? Foi você que sumiu e nos deixou.
Ela o olhou fixamente.
- Eu não sou o monstro que você tanto pensa, Damon. Eu tive meus motivos.
- Demonstre. Solte-a. – Ele apontou para Elena.
- Está vendo? Você está preocupado com ela! Por que Damon, por quê?
Katherine escutou passos rápidos. Ele chegara. Ela escutou todo o percurso que ele fez até chegar nela. Ele deixou a desejar no ataque, sendo surpreendido por ela que o jogou para longe.
Em poucos minutos, Stefan estava amarrado em uma árvore ao lado de Elena.
- Bela tentativa, Stef. Sinto muito que não tenha treinado. Está fraco como um papel.
Stefan olhou para o lado, Elena ainda estava desacordada e presa.
Katherine foi até ele e aplicou verbena em suas veias com uma seringa.
- Acho que isso é suficiente.
Agora tanto Stefan como Damon estavam sem poder reagir.
-#-
A menina, , levou Jeremy a um lugar longe e escuro.
- Então, o que te trouxe aqui? – perguntou.
- Não sei, eu estava faminto.
- Sentimos muito, nós não temos comida. Com o que você pretendia se saciar?
- Você serve – disse, já indo em direção a ela com os dentes afiados a mostra.
-#-
Damon olhou mais uma vez para Elena; dessa vez ele conseguiu acordá-la sussurrando.
- Elena! Elena...
Ela abriu os olhos ainda com a cabeça pesada.
- O que aconteceu? – ela perguntou.
- Olá, Elena – sibilou Katherine.
- Onde está Jeremy? – gritou.
- Lamento, ele está morto.
- O quê? – Elena já sentia a tempestade de lágrimas.
- É mentira. Ele foi caçar. – Damon acabou com a diversão de Katherine.
Elena sentiu-se aliviada.
- Desculpe-me a brincadeirinha. Foi só para descontrair.
- Você é doente. – Dessa vez Stefan falou, chamando a atenção de todos para ele.
- Stefan? Ah, meu deus! E agora? O que vai ser de nós? – A tempestade de lágrimas voltou para Elena enquanto dizia.
- Sinto muito, meu amor – disse Stefan. – Ela injetou verbena em nós.
Katherine deu uma gargalhada nada graciosa.
- Sabe, Elena... Estou curiosa. Se fosse para escolher, escolheria Damon ou Stefan? Ou você iria querer os dois, como eu?
Elena olhou para Katherine perplexa e pelo canto dos olhos viu que os dois irmãos aguardavam a resposta.
- Stefan é meu namorado – gaguejou.
- Oh, como eu tinha previsto, você também não sabe quem escolher, não? Stefan é meu namorado. – Katherine imitou a voz de Elena. – Sei, sei. Também foi difícil para mim.
- Vá se ferrar. – Elena murmurou baixo, mas Katherine ouviu como Damon e Stefan.
Katherine andou até Elena e socou a barriga dela. Ela ficou rindo enquanto a sósia gemia.
Stefan contorceu o rosto angustiado, Damon fez o mesmo.
- Por favor. Não faça isso com ela. – Damon tomou a iniciativa.
Katherine foi até Elena e deu outro soco no estômago dela – dessa vez mais forte.
- Por favor. Por favor. – Damon implorava enquanto Katherine esmurrava Elena.
Katherine mudou o alvo do estômago para o rosto.
Damon não podia deixar Katherine feri-la aquele rosto. O rosto com que tinha sonhos ocultos.
- Eu dou minha vida, Katherine – falou Damon, intrépido.
Todos olharam para ele.
Katherine ficou com mais raiva ainda, e dessa vez os socos foram mais fortes, acertando e quebrando o nariz de Elena. Depois deixando um olho roxo. Dois olhos roxos...
-#-
- Por favor. Por favor. Por favor... – Damon continuava implorando.
- Cale a boca, Damon! Você não percebe que quanto mais você fala mais ela faz isso! – Stefan gritou, desesperado.
Damon abaixou a cabeça e ficou por minutos ouvindo os gemidos de Elena, até que ela se calou.
Ele levantou a cabeça e olhou pelo canto dos olhos para onde Elena se encontrava, desacordada.
O mundo de Damon desabou com a opção de Elena estar morta. Lágrimas começaram a cair, lágrimas solitárias.
Katherine parou na frente de Damon, chocada com a cena que estava vendo. Damon Salvatore, chorando?
- Katherine - ele chamou-a, juntando todas as forças para falar; o que restou de suas forças –, eu prometo que você morrerá. Eu prometo.
- Não conte com isso, Dam.
-#-
Tyler deitou-se na cama ao lado da mãe, que já dormia, para fazer companhia para ela. Ele não conseguia dormir; foram tantos acontecimentos naquele dia. Ele levantou-se e foi olhar o tempo, já eram mais ou menos quatro da manhã. Em Mystic falls, o sol só aparecia completamente às quatro e meia. Pelo vidro da janela, ele observava a lua cheia indo embora aos poucos. Às quatro e quinze, ele viu a Lua e o Sol ao mesmo tempo no céu. Duas circunferências belas.
-#-
Katherine andava de um lado para o outro. Talvez não tenha sido uma boa ideia deixar Jeremy sair sozinho, pois ele estava demorando demais. Se ele não aparecesse logo, o plano não daria certo.
-#-
Jeremy estava no chão, caído. Acabara de levar um pontapé de , que agora estava com uma estaca no pescoço dele, esperando o momento para decepá-lo.
- Quem é você? – perguntou rispidamente.
- Jeremy Gilbert. – Se Jeremy não fosse um vampiro, teria esvaziado a bexiga naquela hora.
- Olha aqui, vampirinho de quinta categoria, quem é você realmente?
- Você sabe...?
mostrou os caninos, seu rosto mudou.
- Você é uma vampira? – Jeremy perguntou, com medo.
- Olha só, eu estou sem tempo. Ainda tenho que arrumar minhas coisas e ir encontrar com uma amiga. Se você não se importa, eu queria que fosse tudo rápido. Diz-me, quem é você e o que está fazendo aqui?
- Eu sou Jeremy Gilbert.
Ela encostou a estaca um pouco mais.
- Isso não é suficiente.
- Tá, tá. Eu tinha uma namorada vampira, Anna. Ela morreu e deixou-me sangue dela. Eu bebi o sangue e me matei. Agora eu sou um vampiro, eu e minha irmã... – Jeremy começou a soltar tudo gaguejando.
arregalou os olhos com alguma coisa que ele disse. Saiu de cima dele e deixou uma lágrima cair.
Ele não entendeu nada.
- Por acaso essa Anna que fala é Annabelle? Filha de Pearl?
- Lembro-me que a mãe dela é Pearl, mas ela nunca me disse o nome verdadeiro. Sempre a chamei de Anna – falou, incomodado com a intromissão da garota. – Mas por que a pergunta?
- Eu iria me encontrar com Annabelle hoje. Nós somos amigas. Ou melhor, éramos – disse, deixando mais uma lágrima cair.
-#-
Stefan ficou observando Elena desmaiada. O rosto estava desfigurado. Ele tinha falhado. Não conseguiu proteger a amada.
Katherine andava de um lado para o outro. Damon estava paralisado, olhando para o nada.
Depois de minutos observando Elena, ele a viu acordando.
Elena abriu um olho. Ela estava literalmente acabada. Sentia que tinha pelo menos umas duas costelas quebradas, e o rosto estava inchado. Ela não quis demonstrar que estava acordada por medo do que Katherine poderia fazer com ela. Ela olhou para Damon. Ele estava olhando para cima, em transe. Mas o que chamou a atenção de Elena foi o que estava no bolso de Damon. Uma escova de cabelo de antigamente, como se via nos museus. A escova era de ferro, poderia – talvez – cortar a corda que os amarrava. Ela deixou o olho entreaberto e virou muito lentamente para que Katherine não percebesse sua lucidez. Olhou para Katherine. Ela estava andando feito uma louca do outro lado da clareira, de um lado para o outro.
- Damon – sussurrou para Damon, que estava mais perto.
Ele continuou em transe.
- Damon! – Ela tentou um pouco mais alto.
Damon olhou para ela. Um sorriso singelo brotou em seus lábios. Ela está viva, pensou, aliviado e feliz.
- Damon, a escova. Tente jogar para mim – sussurrou.
Ele demorou um pouco para entender. Lembrou-se da escova de Katherine que botara no bolso de trás. Ela ainda estava ali, dentro da calça molhada. Ele estava sem forças, já que estava sobre o efeito da verbena. Mas o pouco de força que lhe restou, deu para pegar a escova e entregar a Elena, já que as árvores eram perto uma da outra.
Stefan só observava, esperançoso.
Katherine não percebeu. Eles estavam sendo cautelosos demais.
Elena pegou a escova com a mão direta, que tinha um corte. O que fez com que o rosto de Damon mudasse, quando a mão dela de sangue tocou na dele.
Ele ficou com um pouco de sangue no dedo, e levou a boca. Delicioso.
Elena tentava passar a escova de ferro na corda aos poucos. Em cinco minutos, ela conseguiu cortar a corda.
-#-
- Sinto muito – disseram em uníssono.
- Posso fazer uma pergunta? – perguntou, baixo.
Ele balançou a cabeça e em seguida disse um sim.
- Ela amava você?
Jeremy podia imaginar qualquer pergunta. Menos aquela em especial.
- Eu a amava. – Ele não deu a resposta para a pergunta, só afirmou.
- Ela devia gostar de você.
Ele deu um sorriso fraco, ao lembrar-se da doce Anna.
- Ela deu-me seu sangue. É. Ela devia gostar de mim. – Fez uma pausa. – Mas qual a sua historia?
- Eu vim para encontrar-me com Annabelle. Ela disse que queria me apresentar o namorado. Cheguei hoje quando conheci esse pessoal que me chamou para acampar. Então vim e fiquei esperando a ligação de Anna.
- Não, eu quis dizer... Como você foi transformada.
- Ah... – Ela sorriu ao lembrar. – Faz muito tempo. Meu namorado me transformou e nós vivemos até hoje, felizes na Itália, em Florença.
- Você veio para Mystic Falls para me conhecer?
- Anna era minha melhor amiga há muito tempo; nós fazemos tudo que a outra pede. Fazíamos.
- Como vocês se conheceram? – perguntou.
- Alguns anos depois que a mãe de Anna morreu. Ela estava passando uns tempos na Itália. Encontramo-nos e viramos amigas. A última vez que a vi foi quando ela veio para Mystic Falls para pegar o cristal. , meu namorado, também gostava muito dela. Ela era uma irmã pra mim, cunhada de consideração de .
- Ah...
- Mas eu já falei muito sobre mim, fale-me sobre você, dessa vez sem gaguejar. Como foi desde que você virou vampiro?
- Aconteceu hoje – ele disse, deixando-a boquiaberta.
- Hoje?
- Sim, depois da morte de Anna. Como eu disse antes, ela deixou-me seu sangue antes de morrer.
- O que você se lembra da transformação?
- Nada, minha irmã disse-me que eu não iria lembrar-me de nada. Que era normal.
- O quê? Isso não é verdade. Eu lembro-me de minha transformação perfeitamente, e também.
- Então como isso é possível?
- Eu não sei... Só há um jeito de esquecer... Desculpe-me a pergunta, mas você confia na sua irmã?
- Mas é claro! Quer dizer... Ela anda meio estranha ultimamente, mas eu confio nela. Por que não confiaria?
- Só tem um jeito de saber. – Ela mordeu um pedaço do pulso e deu para Jeremy beber.
Ele hesitou.
- Beba um pouco. Não é como sangue humano, você não vai ficar louco para beber mais.
Mesmo sem entender, Jeremy aceitou, pois a oferta era tentadora.
Como havia dito, sangue de vampiro não era tão bom. Era até enjoativo. Ele bebeu um pouco e não quis mais.
Quando terminou de beber, ele começou a lembrar de várias coisas daquele dia.
Tyler Lockwood. Duas Elenas. Damon.
- Agora eu me lembro de tudo. Como aconteceu?
- Parece que você tem uma mentirosa na família.
-#-
Era quatro e quinze em ponto. Damon precisava sair dali logo. Rápido. Ele estava sem o anel. Stefan esquecera o anel de Damon no banco do carro, onde Katherine deixara. A lua estava se pondo no oeste, e o sol nascendo no leste.
A corda de Elena estava cortada, e Katherine ainda andava de um lado para o outro. Jeremy estava frito.
Katherine correu e parou em frente a Stefan.
- Onde está o anel de Damon?
Stefan não respondeu.
- Onde está? – repetiu.
Elena fingia estar desacordada. Damon estava de olhos fechados, pensando no próximo passo.
- Eu esqueci... no banco do carro.
- Você está brincando. Não é? – Ela não esperava por isso.
- Não, Katherine. Eu fiquei atordoado.
- Oh, seu idiota!
Ela deu mais uma volta, nenhum sinal de Jeremy. O plano perfeito agora dava errado. Ela parou na frente de Stefan de novo. Retirou o anel dele, em seguida o soltou.
- Você é fraco, Stefan. Você jamais conseguiria fugir de mim. Não tente. Vá buscar o anel dele. Senão os dois vão torrar antes de verem a morte da queridíssima Elena.
Stefan foi correndo; ele só tinha alguns minutos. Um pouco na frente, deu uma olhada para trás, fixando o olhar em Elena por alguns segundos, em seguida não olhando mais para trás.
-#-
- Katherine. O Sol. Minha pele já está começando a arder.
- Tudo depende de seu irmãozinho, querido Dam.
- Onde está Jeremy? – perguntou, lendo os pensamentos de Elena.
- Se eu soubesse, ele já estaria morto.
Elena deixou escapar um gemido com o que a outra disse anteriormente.
- Quais são os seus planos, Katherine? – perguntou, não esperando uma resposta.
- O de sempre. Viver com vocês dois.
Damon olhou para ela, perplexo.
- Você é uma psicopata. Eu nunca iria namorar você. Prefiro a morte.
- Tecnicamente, você já está morto, Damon – ela disse, já com os lábios encostados nos dele.
Quando ela se afastou, ele cuspiu.
- Os seus planos não eram de nos matar?
- Mudança de planos repentina.
- Como você vai me obrigar? – Uma pergunta um tanto idiota.
Na mesma hora, Elena tossiu sem querer.
Katherine olhou para ela, rindo.
- Nossa! A minha descendente é tão forte quanto eu –Katherine disse, rindo.
- Descendente? – perguntou Damon.
- Existem muitas coisas sobre nós que você não sabe, Damon. Por exemplo, nós vampiros, podemos engravidar. Eu vou contar uma breve historia para vocês. – Ela foi até Elena e a levantou, deixando-a com a cabeça levantada.
Damon não falou nada; não adiantava discutir. Katherine era louca.
Já Elena, fixou os olhos em Katherine, esperando pela historia.
- Isso aconteceu em 1795. Eu tinha um plano. Eu era sozinha e estava descobrindo sobre os tipos de bruxarias. Estava excitada, principalmente quando eu descobri que era possível ficar grávida.
"Viajei alguns anos atrás dos ingredientes. Sangue humano, de duas linhagens diferentes e do mesmo tipo sanguíneo. Foi aí que encontrei Emilly, minha criada. Ela era uma bruxa poderosa e iria me ajudar. Então, achei as duas únicas linhagens diferentes com o mesmo tipo sanguíneo. Flemming e Salvatore. Eu fiz a magia com o sangue dos descendentes mais novos e engravidei. Na época, apaixonei-me pela primeira vez. Casei-me com Shaw Salvatore. Menti que os filhos eram dele. Filhos. Tive gêmeos. Aquelas crianças eram nojentas; ser mãe não era como eu imaginava. Então, fugi e deixei os filhos que tive para Shaw criar. Giuseppe Salvatore e Dheara Salvatore. Que eram também Flemming. Um ano depois, eu me arrependi e Shaw não me deixou voltar para casa. Então dei um jeito de ir embora e levar Dheara comigo. Eu a criei. Mudei o sobrenome de Dheara para Flemming, pois não podia correr o risco de Shaw achar-la. Ela cresceu, teve uma filha, Isobel. Isobel me procurou e notou que eu não mudara nada das fotos de antigamente e passou anos pesquisando sobre coisas sobrenaturais. Até que ela descobriu e foi até mim, dizer-me que queria virar vampira. Eu apaguei a memória dela e a mandei procurar por Damon. Eu nunca fora tão 'família' e isso explica porque Dheara nunca foi chegada a mim."
"Quando crescida, Dheara entendeu tudo sobre o que eu era e tentou matar-me. Eu voltei para Mystic Falls, para fugir de Dheara. Encontrei-me com Giuseppe, meu filho, e fiquei na casa dele, hospedada. foi fácil entrar na mente dele e dizer que eu era órfã e tudo mais. Mas um imprevisto ocorreu. Eu me apaixonei pelos dois filhos de Giuseppe. Quando um dia descobriram que estávamos de volta na cidade, mandaram matar a todos nós, mas eu consegui escapar e não voltei mais. Deixei a linhagem vampira com meus dois netos. Vejam só... Aqui estou eu agora com meu neto, e com minha bisneta. Vejam que engraçado. Não?
-#-
- Do que você está falando?
- Você não sabe?
- O quê?
- Como vampiro, você tem poderes. Um deles é o poder de controlar a mente. Sua mente estava controlada, Jeremy. O efeito do controle sobre um vampiro acaba quando ele bebe sangue de vampiro. Você bebeu meu sangue e lembrou-se de tudo. Você não percebe?
- Se isto for verdade, minha irmã estaria mentindo para mim esse tempo todo?
- Lembre-se, Jeremy, lembre-se de tudo o que aconteceu. Você consegue. Vamos lá, diga-me.
- Eu lembro que vi duas de minha irmã, mas eu posso estar errado.
- Jeremy, vampiro nunca erra quanto a lembranças, quanto a tempo...
- Eu não sei o que fazer.
- Vamos tirar isso a limpo. Vamos atrás dela.
-#-
Ela é doida, ela é doida, ela é doida... Pensava Damon.
- Você é minha bisavó? – perguntou, gemendo de dor.
- Sim, Elena. Mas mesmo assim eu ainda quero matar você.
- Você é doida. Isso não é possível. – Damon compartilhou os pensamentos com ela.
- Acredite se quiser, Damon Flemming Salvat... – Katherine estava dizendo, quando sentiu uma estaca em seu peito.
- Sinto muito, vovó – disse Stefan, ironicamente. Ele enfiou uma estaca no peito de Katherine. Ele também havia ouvido toda a historia.
Katherine caiu.
- Stefan, você pegou meu anel? – perguntou Damon.
Elena ficou boquiaberta.
- Sinto muito, Damon. Não consegui. Ou era o anel ou a estaca. Sinto muito.
Ainda no chão, Katherine engoliu uma circunferência de metal que estava em seu dedo.
- Você não vai ter isso, Stef – falou.
Ela acabara de engolir o anel de Stefan.
- Nós temos que sair daqui rápido – disse Damon. – O Sol está nascendo.
- Onde vamos nos esconder? Estamos no meio da floresta.
- Stefan, confie em mim. Vamos, eu sei um lugar. – Stefan soltou Elena, que ainda olhava para Katherine se debatendo no chão.
Ele correram o mais rápido possível.
- Stefan. – Elena deu a primeira palavra. – Ela morreu?
- Não, Elena. Ela não morreu.
Stefan estava carregando Elena nos braços, e Damon tentava acompanhá-los. Mas os dois estavam fracos.
Eles finalmente chegaram no destino. O casebre que Damon antes visitara.
Damon foi abrindo a porta e entrando logo. Aquele pelo menos seria um lugar onde o Sol não bateria. Ele fechou todas as janelas e saiu pisando por todo o chão do casebre. Tem que estar aqui.
Para a felicidade mútua, ele sentiu o chão oco, embaixo de um tapete. Ele tirou o tapete e lá estava: um alçapão.
-#-
Os três entraram. Lá embaixo era como Damon pensava: um quarto luxuoso montado. Nem em um milhão de anos Katherine viveria em um casebre simples daquele. Ela adorava luxo.
Os três ficaram lá embaixo, em silêncio, esperando o destino.
- Onde estamos, exatamente? – Stefan perguntou a Damon. Ele tinha colocado Elena na cama.
- Não queira saber. – Damon ignorou Stefan. Andou até a cama e olhou para Elena. Ela estava muito mal. Katherine tinha pegado pesado.
Damon sentou ao lado de Elena e afagou as mãos no rosto inchado. Ele levou o próprio pulso à boca, mordeu e deu para Elena beber.
- O que pensa que está fazendo? – Stefan.
- Estou salvando a vida dela.
-#-
Jeremy chegou na clareira, acompanhado por . Eles viram Elena no chão. Ele se assustou.
- Ela está bem. – Avisou .
abaixou e retirou a estaca do peito de Katherine. Stefan não tinha uma mira boa.
Na mesma hora, Katherine se recuperou, puxou a estaca da mão de e colocou no pescoço dela.
- Vamos indo! – disse para os dois.
-#-
Elena já tinha bebido sangue suficiente de Damon; suas feições mudaram, ela voltou ao normal, sem ferimentos. Ela sentou-se.
- Seja lá o que você fez por mim, obrigada – disse a Damon.
Damon não conseguiu responder, ele desmaiou nas pernas de Elena.
Stefan chegou perto.
- O que aconteceu? – perguntou Elena.
- Ele estava fraco demais e deu muito sangue a você, mas ele vai ficar bem.
Stefan se virou e abriu uma gaveta de uma cômoda.
Dentro, tinha uma estaca. Ele reconhecia. Começou a ler o texto escrito na estaca, apesar de já saber decorado.
O amor é como a lua, ele tem fases, mas a diferença, é que quando a lua chega até a fase da lua cheia, tudo recomeça...
Stefan percebeu naquela hora que estava no esconderijo de Katherine. No meio da leitura, ele parou bruscamente e olhou para a figura que tinha acabado de descer pelo alçapão.
-#-
- Quem é você? – perguntou Stefan.
- Acalme-se, meu nome é . Eu não sou seu problema. Tem uma vampira lá em cima com Jeremy, disse que se eu viesse aqui ela não me mataria, e cara, eu não quero morrer. Ela está propondo uma troca. Um de vocês por Jeremy.
-#-
- Não Stefan, não vá.
- Eu tenho que ir, Elena.
Elena colocou a cabeça de Damon em um travesseiro e correu até Stefan, dando-lhe um abraço.
- Obrigada – ela disse.
-#-
Depois que Stefan subiu, Elena sentou-se ao lado de Damon. E acarinhou-lhe o rosto. Ele abriu os olhos e deu um sorriso.
- Onde está Stefan? – Damon perguntou baixo.
- Ele subiu para falar com Katherine.
- O quê? – Ele sentou-se.
- Ela propôs uma troca. Um de nós por Jeremy.
Ele se levantou ainda fraco.
- Para onde você está indo? – ela perguntou.
- Cumprir minha promessa.
- Do que você está falando? – perguntou, mas já sabia.
- Vou trazer Jeremy.
- Damon, você não está em condições de enfrentar Katherine.
- Eu não vou deixar Stefan morrer se sou eu que fiz a promessa de trazer seu irmão. E trarei, mesmo que eu tenha que morrer.
Elena foi até ele e o abraçou fortemente. Ele ficou surpreso.
- Obrigada, esse pode ser o último abraço de minha vida –ele disse.
- Não, Damon – ela disse, dando os pulsos para ele.
- Tem certeza?
- O quanto você quiser.
-#-
Stefan subiu pelo alçapão, seguido por .
Katherine estava sentada em um sofá com uma estaca no pescoço de Jeremy.
- Stefan. – Sibilou. – Por essa eu não esperava.
- Estou aqui. O que quer?
Ela se levantou, segurando Jeremy.
não perdeu tempo e avançou em cima de Katherine, a jogando contra a parede.
- Vaca – disse Katherine, cambaleando.
Stefan correu até ela e a segurou, dando murros nela e quebrando algumas costelas.
Katherine virou-se e jogou Stefan para trás.
No meio da confusão, Jeremy abria as gavetas, procurando por alguma coisa que pudesse ferir Stefan e , porque eles estavam querendo matar sua irmã.
Katherine pegou a estaca que antes tinha caído no chão e cravou no coração de , que estava prestes a atacá-la.
caiu no chão, Jeremy se debruçou por cima dela, para ver se ela tinha morrido.
- Jeremy? – ela disse entre gemidos.
-#-
Katherine acabara de cravar a estaca em .
Stefan avançou em cima dela, falhando. Para ajudá-lo, apareceu Damon. Eles ficaram lutando com ela enquanto morria, com Jeremy em cima dela.
Damon estava extremamente forte agora.
-#-
- , ela não fez por mal - disse Jeremy.
- Jeremy, prometa-me uma coisa.
- Sim?
- Fale para que eu o amo. Veja no meu bolso – ela disse as últimas palavras antes da morte.
Ele puxou o papel que tinha atrás do bolso dela e colocou no bolso.
Pobre .
-#-
Tyler não conseguiu dormir nem por um minuto. Ele ficara pensando o que estava acontecendo com ele, por estar com o corpo dolorido e inchado, e cada vez mais escuro. A cabeça estourava. Ele desceu para a cozinha para comer algo, pois a fome o invadia por inteiro.
Abriu o congelador e sentiu o cheiro mais delicioso de sua vida. Tirou a tampa do deposito do qual vinha o cheiro e se deparou com carne crua. O seu corpo rogava por aquela carne. O cheiro invadiu as narinas dele mais ainda.
Ele começou a comer, quanto mais ele comia, menos estava saciado. Ele precisava de mais. Em meio à comilança, a campainha tocou. Ele não atendeu. Continuou comendo até escutar uma voz que escutara diversas vezes antigamente.
- Olá, Ty.
-#-
Elena estava no quarto; Damon acabara de sair. Ele saiu correndo ao perceberem que lá em cima havia confusão.
Elena terminou de abrir a gaveta entreaberta de uma cômoda, tinha algumas cartas. Ela pegou-as e levou a cama para ler. Começou a ler os tópicos principais bem rapidamente; ela ficou impressionada com o que leu, tudo estava escrito em italiano, mas ela entendeu alguns tópicos.
Raça diferente. Feitiço Vanguer. Mistura do mesmo sangue. Morte para Vanguer. Gravidez, um ato de imortalidade para vampiro.
Ela leu a carta: Feitiço Vanguer.

Olá Katherine, creio que você esteja ansiosa para saber sobre o que mais eu descobri sobre o feitiço Vanguer.
Saiba de uma coisa, em breve você se tornará uma Vanguer, é mais fácil do que imaginávamos. Primeiramente você terá que achar duas famílias que tenham o mesmo tipo sanguíneo, a família completa. Depois você terá que conseguir sangue dos mais novos das duas famílias. Depois você só precisará trazer para mim, que eu farei o feitiço. Você vai engravidar. Vai virar uma Vanguer, uma vampira que engravida. Depois você terá que descobrir quais dos filhos, porque vão vir mais de um. É um Vanguer. Ele não vai ser vampiro, mas terá poderes de vampiro. Você deverá que ter o sangue desse Vanguer e beber todo o sangue. Depois, ninguém mais a matará.

10 de novembro de 1794.
Emilly.


"Então Katherine engravidou para se tornar imortal?" Pensou Elena.
Por algum tempo ela chegou a pensar que Katherine tinha alguma coisa boa lá no fundo, bem no fundo.
Ela novamente olhou para as cartas, tentando encontrar uma que servisse. Ela parou em um tópico em especial esperançoso. Morte para Vanguer. Começou a ler.

Katherine, eu sinto muito não ter descoberto isso antes.
Descobri que há sim um jeito de matar-lhe. Isso pode acontecer se a sua descendente Vanguer mais nova, se tornar vampira e a matar. Cuide-se.

23 de janeiro de 1797.
Emilly.


Elena começou a juntar todas as peças. Katherine dissera que voltou para o marido porque se arrependeu. Isso era mentira, ela voltara para tomar o sangue de Dheara, avó de Elena. Mas Dheara teve Isobel, Katherine não sabia disso, ela só soube quando Isobel foi procurá-la. E ela mandou Isobel para Damon, o primo que a mataria, porque era de se esperar que Damon não deixaria Isobel viva. Mas ele fez o contrário do que Katherine queria; ele a transformou. Isobel sendo vampira, poderia sim matar Katherine, já que ela era uma Vanguer e era a mais nova ao ver de Katherine. Mas ao invés de matar, ela se aliou a Katherine, fazendo tudo que ela pedia. Katherine então soube de Elena, mas era impossível chegar tão perto para matá-la. Ela estando cercada de uma amiga bruxa e dois vampiros. Então Katherine planejou a confusão na cidade, para acabar com Damon e Stefan de uma vez só e poder matar Elena. Mas quando ela chegou à casa de Elena para esperá-la e matá-la, ela se deparou com Damon, que devia estar morto. O que mudou completamente os planos dela. E acabou dando fim a vida de John, que era o responsável por matar os vampiros e tinha deixado Damon escapar. Elena chegara à conclusão de tudo rapidamente.
Agora só teria um jeito de matar Katherine.
Elena abriu mais gavetas rapidamente, dentro tinha bolsas de sangue humano. Ela pegou uma estaca em cima da cômoda, uma que Stefan estava segurando minutos antes, e cortou a jugular. O sangue que tinha tomado de Damon era suficiente. Ela viraria vampira. Ela viraria vampira e poderia engravidar. Ela era uma Vanguer vampira agora.
Rapidamente o corte foi se fechando.
Ela tomou uma bolsa de sangue inteira, se deliciando, pegou a estaca que caíra no chão e abriu o alçapão.
-#-
Flashback on
Ano de 1864, maio, dia 02, 17:00h.

- Stefan, volte para a cama – Katherine disse.
Ele estava mexendo nas coisas dela.
- Katherine, o que é isso? – perguntou, sentando-se na cama com uma estaca na mão.
- Uma estaca pessoal. Serve para matar vampiros.
Ele arregalou os olhos.
- Mas como você tem uma estaca que pode ferir você mesma?
Ela gargalhou deliciosamente.
- É de estimação, Stefan.
Ele virou a estaca, atrás tinha um pequeno texto escrito.
Começou a ler o texto mentalmente, enquanto Katherine sussurrava, pois ela já sabia decorado, no ouvido dele.
- O amor é como a lua, ele tem fases, mas a diferença, é que quando a lua chega até a fase cheia, tudo recomeça. O amor é diferente, quando chega ao ápice, ele não retorna ao começo; o amor nunca morre – sussurrou, arrancando arrepios.
- Lindo – disse, maravilhado.
- É o que sou, quando olhar para a lua cheia, eu estarei lá.

Flashback off
-#-
- O que está fazendo aqui? – Tyler perguntou para o tio.
- Eu vim para o enterro.
- Ótimo. – Tyler foi sarcástico,
- Tyler, por um acaso está comendo carne crua?
- Tyler não respondeu, pegou a carne, jogou no lixo e saiu da cozinha, sendo acompanhado pelo tio.
- Quer me fazer um favor? – Tyler perguntou.
- O que exatamente?
- Deixe-me em paz – disse, entrando no quarto, batendo a porta com força e trancando-a.
-#-
Katherine arrancou a estaca do peito de , que virou pó, e cravou na perna de Damon.
Damon gemeu. Ele arrancou a estaca da perna e correu atrás de Katherine. Ela pegou Jeremy que ainda estava por cima do pó de e foi para a porta. Ela abriu a porta pela metade, ficando para o Sol, que atrasara naquele dia e Jeremy na sombra. Mas ele não tinha anel nenhum, muito menos colar. Ele não poderia sobreviver ao Sol, mesmo estando suficientemente fraco para o horário. Podendo fazer-lhe queimaduras e quando aumentar a claridade o matar. Ela retirou o anel de seu dedo e deu para Jeremy. Ela não estava queimando. Pegou-o e saiu para a quase claridade. Ela era uma Vanguer, ela podia andar no Sol normalmente.
- Como isso é possível? – perguntou Stefan, que tinha acabado de se recuperar de uma costela quebrada.
- Eu não sei, mas eu vou atrás dela.
- Damon, se o Sol aumentar... – Não precisou continuar, Damon sabia as consequências.
Damon não ligou para o que Stefan disse, saiu correndo atrás de Jeremy.
Na mesma hora, Elena apareceu ao lado de Stefan.
- Elena, desça. Não fique aqui.
- Stefan, eu descobri algumas coisas sobre Katherine, você acredita que ela mentia sobre aquela historia toda? Ela nunca teve sentimentos em relação ao seu pai ou ao seu avô. Ela só queria ser imortal.
- Ela é imortal? – perguntou, abismado.
- Não, Stefan, escute-me. Onde Damon está? Onde está Jeremy?
Stefan apontou para a porta.
- Mas Damon está sem o anel.
Ele assentiu.
Ela já estava saindo para a luz do Sol, sem se importar com as consequências quando Stefan perguntou, impressionado com a agilidade dela.
- O que você é, Elena?
- Agora... Eu sou uma vampira. Sinto muito – ela disse, já saindo.
-#-
"Sinto muito." Elena entendia como era para Stefan receber uma notícia dessas. O que ele mais sonhou foi que ela vivesse como humana, tivesse uma vida normal, agora o sonho era ilusão.
-#-
Elena conseguiu alcançar Damon.
- Elena? O que está fazendo aqui?
- Damon, volte.
- Não, Elena, eu prometi para você. Eu prometi.
- Você não poderá fazer nada contra ela, por favor, volte.
- Eu quero ajudar você – ele disse.
Ela o abraçou deixando cair uma lágrima e roçou os lábios nos deles em um beijo urgente e desesperado.
Depois do beijo, eles seguiram os rastros de Katherine.
Damon não conseguia juntar os fatos; ele chegara a conclusão que Elena era vampira, e que ele estava prestes a morrer, só. O Sol o queimava, ele só pensava em cessar a dor. E o beijo mais esperado da vida dele acabara de acontecer em meio à confusão.
Eles seguiram os rastros de Katherine até a ponte, onde o carro tinha capotado.
Katherine estava na beirada da ponte, segurando Jeremy pelo cabelo, que estava com uma expressão assustada.
- Katherine? – chamou Elena.
- Que prazer em vê-la novamente, Elena.
- Eu não posso dizer o mesmo. Fui ensinada pela minha mãe a não mentir.
- Sua mãe é Isobel – Katherine disse rindo.
- Tem certeza, Katherine? – Elena perguntou.
- Sim. Você não vê como nós nos parecemos? E Isobel disse.
- Quem garante que Isobel não mentiu para você, para você ter de se preocupar comigo e não ver que Isobel poderia lhe matar? – Elena tentou confundir a cabeça de Katherine.
Isso poderia fazer sentido. Se fosse verdade, tudo aquilo não servira para nada.
- Vamos fazer uma troca. Você pode me matar, e entrega Jeremy a Damon. Você vai ter o que quer – Elena disse. – Você pode me matar em segundos.
Jeremy ficou olhando para as duas. Pelo que ele pode escutar, aquela que ele segurava não era Elena, era Katherine, e isso explicava tudo.
- Damon, leve-o – Elena disse para vampiro ao lado.
Katherine soltou Jeremy e segurou Elena.
A luz do sol aumentou, Damon caiu, sem forças. Mais um minuto e Damon morreria.
- Jer, corra! – Elena disse para Jeremy, que já estava correndo.
- Sabe, Elena. Eu sabia que era quase impossível você ser minha descendente. Porque eu sou uma Pierce. Uma Pierce nunca perde.
Elena arrancou a estaca que estava na parte de trás da calça e cravou de surpresa no peito de Katherine.
- Você estava certa sobre mim, eu não sou uma Pierce. Eu sou uma Flemming Salvatore Pierce.
Katherine caiu no chão, de bruços.
Elena arrancou a estaca do peito dela. Ela virou pó. No meio do pó, Elena viu um anel. Sem hesitar, colocou o anel no dedo de Damon. Ele melhorou e se levantou.
- Não acredito que você fez tudo isso – ele disse.
Ela correu até o carro e viu o anel de Stefan e o seu colar de verbena. Ela não precisaria mais do colar de verbena. Colocou o anel no bolso.
Eles chegaram no casebre e viram dois rostos preocupados. Stefan e Jeremy.
-#-
Elena abraçou Jeremy.
- Eu sabia que tinha alguma coisa errada – ele disse. –Elena, eu te amo.
- Eu também te amo, meu irmão.
Damon deu o anel de Stefan a ele e pegou o anel que estava com Elena.
- Elena, não entendo. Como você conseguiu andar no sol normalmente?
Ela buscou as cartas e entregou para os dois irmãos lerem.
-#-
DIAS DEPOIS...
- Você é louco – Tyler disse para o tio.
- Não, eu não sou. É verdade, Ty. Nós não somos humanos.
Tyler estava com o tio, em frente ao túmulo do pai, um dia depois do enterro. Já estava anoitecendo. Era o último dia de Lua cheia.
- Por que está conversando comigo? Eu deixei bem claro que era para você não falar mais comigo.
- Tyler. Por favor. Venha comigo. Eu menti para você. Eu não vim para o enterro, eu vim porque seu pai morto, você vai se tornar um de nós.
- Você é um palhaço. Um de nós o quê?
- Um híbrivan.
- Sobre o que você está falando, seu maluco?
- Você acredita em vampiros? – ele perguntou.
Tyler lembrou-se das cenas dos dias anteriores.
Ele não respondeu.
- Existe um tipo de vampiro, Tyler, que são extremamente perigosos, eles podem gerar filhos. Os filhos, nascem humanos com poderes. Nascem metade humano metade vampiros. O nome dessa raça é Vanguer. Nós nascemos para caçá-los. Nós somos híbrivans.
Tyler riu do tio friamente.
- Ah, tio. Você me faz rir.
- Tyler, eu estou avisando. Hoje é o último dia de lua cheia. É hoje, Tyler, ou você vai ser igual ao seu pai, e vai fugir disso como um fraco? – Tyler socou o rosto do tio.
- Não fale mais nunca do meu pai – disse e saiu de perto do mais velho.
-#-
- Elena, eu estou dizendo. Você está mais bonita.
- Caroline, pare com essas invenções. Eu estou do mesmo jeito – Elena disse, em um tom de "ela está ficando louca".
Bonnie ficou só olhando, calada. Ela já sabia o porquê de Elena estar diferente, e não aprovara.
- Tudo bem, eu já tenho que ir – Elena disse, fazendo uma careta triste.
- Ah, Elena, eu vou sentir saudades.
- Sei, sei. – Elena brincou.
- Elena, é sério. Apesar de que agora eu não vou mais me preocupar em ter o homem que eu quero, não é? Mas... Eu te amo, você é uma maravilhosa amiga, tenho certeza que as meninas do Canadá vão te adorar.
- Own, estou começando a ficar com saudade de você –Elena disse, abraçando-a.
- Apareça. – Foi mais uma ordem.
Elena riu.
- Meninos canadenses, segurem-se, pois Elena Gilbert está a caminho! – Caroline cantarolou fazendo todos rirem, inclusive Bonnie, que estava séria.
Elena foi até Matt e o abraçou.
- Cuide-se, meu amigo. Eu te amo.
- Eu vou me cuidar, Elena. Eu também te amo.
Elena saiu da sala acompanhada por Bonnie depois de se despedir de Matt e Caroline.
- Você vai me dar um abraço? – Elena perguntou.
- Você sabe o que eu penso sobre tudo isso, não é?
- Bonnie, essa é a minha vida, desde que nasci, estou pré-destinada a isso. Por favor. Abrace-me.
Elas se abraçaram.
- Quero que você seja feliz – Bonnie disse.
- Você também.
Damon chegou buzinando em frente a casa de Caroline, que ainda estava se recuperando da cirurgia que correu bem.
- Já vou. – Ela avisou para a amiga.
Ela entrou no carro de Damon, que deu um breve aceno para Bonnie.
- Próxima parada: aeroporto – disse.
- Onde está Stefan? – ela perguntou.
- Ele disse que nos encontraria no aeroporto.
Eles estavam no aeroporto, o vôo já estava para sair. Stefan ainda não tinha chegado. Damon recebeu uma mensagem no celular. Ele leu a mensagem sem acreditar.
- O que aconteceu? – Ela perguntou.
- Stefan. – Fez uma pausa. – Ele não virá – ele disse e entregou o celular para Elena.
Damon, eu sei que você cuidará dela, por isso, vou deixar os dois à sós. Sei que você também a ama, e sei que já esqueceu Katherine. Comigo foi diferente; quando ela voltou, os sentimentos voltaram à tona. Eu não vou com vocês, tenho coisas a fazer. Lembre-se: CUIDE DELA. Nós nos vemos por aí.
Stefan
.
- O que ele está fazendo?! – ela disse.
- Algum problema? – ele perguntou. – Se você quiser desistir, ficar e não ir sozinha comigo, tudo bem. Eu entenderei.
- Não, Damon. Eu quero ir – ela disse, arrancando um sorriso dele.
- Você vai me dar uma chance de provar que eu não sou tão ruim como você pensa?
- Você já provou – ela disse, em seguida roçou os lábios no canto da boca dele.
O sorriso dele se alargou.
- Vamos? – ele perguntou.
- Vamos! Nós temos muito que procurar.
Elena, Damon e Stefan planejaram viajar para o Canadá, porque descobriram que no Canadá também tinha outros Vanguers. Eles pretendiam descobrir tudo sobre o Vanguerismo.
Stefan não iria mais viajar. Quem sabe o futuro juntaria Damon e Elena de uma vez? Juntos, eles dariam continuação aos Salvatore Flemming Pierce. O único tipo sanguíneo que juntava três tipos, o dos Salvatore, o dos Flemming e o da Pierce, vampira e inesquecível Katherine.
-#-
Jeremy olhou para o cartão mais uma vez. Pensou como foi difícil convencer Elena a deixá-lo ir para a Itália, mas ele conseguiu, prometendo para ela que a encontraria no Canadá.
Arts Center Van Gogh,
Rua American St; 289,
Florença - Toscana.

Ele estava no lugar certo, iria cumprir a promessa feita a .
Ele apertou na campainha da galeria de Artes, na Itália.
- Pois não?
- Com licença, estou procurando por .
- Você está falando com ele – disse .
-#-
Tyler pensou que foi errado ir com tio para o cemitério de noite, aquele tio louco estava precisando de um bom médico. O que quer que Tyler fosse saberia lidar, não iria sair por aí caçando vampiros feito um louco, se mudaria com sua mãe, e começaria uma nova vida. A velha tática do recomeço.
Tyler entrou no carro e quando se deparou já era de noite. Foi dirigindo pela noite de lua cheia de Mystic Falls, quando bateu em algum animal. Ele saiu do carro rapidamente. Deparou-se com um animal estranho, parecia uma mistura de humano, com dentes afiados e pelos. Não era nada que ele já tinha visto. Quando o animal abriu os olhos, eram marrons e dourados. Mas o olhar, era um olhar dócil, um olhar que o cativou.
Ele chegou mais perto do animal e se ajoelhou. O mesmo levantou-se e passou as mãos pelo rosto de Tyler. Depois de algum tempo parado, o animal se afastou e entrou na floresta. Tyler voltou para o carro e pisou no acelerador.
Mal sabia ele que aquele animal era um híbrivan e seria sua companheira, sua mulher, um dia no futuro distante.
-#-
Stefan estava andando pela floresta com dois objetos na mão. O céu estava sem estrelas e escuro. Só podia-se ver a lua cheia.
Ele chegou até a clareira. A clareira do primeiro beijo.
Foi até o lugar que ficara amarrado em uma árvore.
Stefan cavou um buraco rapidamente e enterrou um dos objetos, uma escova, a escova de Katherine que achara naquele mesmo local, poucos dias antes. Depois de colocar a escova dentro do buraco, ele cobriu-o novamente. Pegou o outro objeto, a estaca pessoal de Katherine, e penetrou-a em cima do buraco fechado, deixando à mostra a empunhadura, que tinha o desenho de uma lua e dentro uma rosa.
- Sabe, Katherine, você sempre esteve certa. O amor nunca morre quando chega ao ápice – ele disse, deixando escapar uma lágrima.
O amor é como a lua, ele tem fases, mas a diferença, é que quando a lua chega até a fase cheia, tudo recomeça. O amor é diferente, quando chega ao ápice, ele não retorna ao começo; o amor nunca morre.
"Uma vez ouvi a historia sobre uma roseira, em uma clareira. A roseira de rosas vermelhas cresceu sobre uma empunhadura de prata, e só florescia na lua cheia."

Fim!


Contato com a autora: email.

Nota da Beta: Olá!
Comentem. Não demora, faz a autora feliz e evita possíveis sequestros - só um toque =)
Qualquer erro encontrado nesta fanfiction é meu. Por favor, me avise aqui. Obrigada.
Amy Moore xx


comments powered by Disqus