Capítulo 1
O sol já se punha no horizonte enquanto eu saia apressada da Universidade Klaxons, onde eu cursava meu último ano de jornalismo, final de semestre, para ser mais exata. Estava meio cansada de tudo aquilo, a pressão dos exames finais e meus incontáveis conflitos pessoais estavam me deixando cada vez mais irritada, já não aguentava mais ter que olhar para a cara de algumas pessoas, fora que não tinha mais tempo para mim desde que comecei com aquela palhaçada de fingir ser o que eu nunca fui e nem me tornaria por completo, pelo menos se ser feliz estivesse nos meus planos. Tinha perdido alguns amigos mais antigos, vivia atrás de festinhas e futilidades, mas pelo menos nunca me dei mal nos estudos, nisso eu me mantive perfeitamente responsável, como sempre. Meu principal objetivo era me formar em jornalismo e fazer o que eu sempre amei: escrever sobre tudo um pouco, expor sentimentos no papel.
Eu, estava definitivamente esgotada da vida dupla que estava levando. Desde que dei um belo fora no maior gato da faculdade, , estava ficando cada vez mais difícil suportar aquelas meninas fúteis e desprovidas de inteligência com quem eu me misturei fingindo ser uma delas e mudar completamente quem eu tinha sido até o final do ensino médio: uma NERD mal-arrumada (mas convenhamos que eu era muito mais feliz naquela época, sem toda essa produção de roupas e maquiagem). Perdi minha personalidade, passei a me importar com o que os outros pensavam de mim ou de minhas roupas, procurei revistas e sites sobre moda e me repaginei por completo, a mudança foi bem radical e eu gostei do resultado, me senti linda, porém não foi me sentindo absolutamente linda que eu encontrei a felicidade, pelo contrário, na verdade.
Quando entrei na faculdade, percebi que podia ser o que eu quisesse lá dentro, bastava criar uma personagem e fazer com que as pessoas acreditassem nessa nova personalidade artificial. Mas com o tempo e com o meu namoro muito mal-sucedido, vi que não havia muito sentido em ser aquela garota mesquinha que eu tinha me tornado ao ingressar na Universidade.
Estava procurando a felicidade da forma errada e no caminho errado, precisava ser eu mesma e resgatar, em algum lugar dentro de mim, aquela garota alegre e companheira que era amiga de todos. Seria bem difícil me livrar das patricinhas, ainda mais agora, que todos me idolatravam por ter chutado o na frente de metade da faculdade. Ele mereceu aquele fora, mas se eu não fosse tão burra, tinha conversado com ele a sós e não no meio de todo mundo, mas o meu acesso de raiva não permitiu que eu raciocinasse e pensasse nas consequências que essa vingancinha me traria.
Namorar com ele teve seu lado bom e o lado ruim, o bom foi porque eu realmente gostava dele e enxergava muito além daquele atleta bonitão e superficial, a parte ruim foi ter sido usada por ele como apenas um troféu, que ele tirava e colocava na estante quando bem entendesse. Eu definitivamente não era aquele tipo de garota e, logicamente, não suportei mais os caprichos do . Ele começou a achar que mandava em mim, que podia decidir com quem eu falava, como eu me vestiria, com quem sairia, entre outras coisas que ele começou a se impor sem absolutamente nenhuma necessidade e, se eu continuasse com ele, acabaria em depressão ou matando ele, então preferi acabar logo com essa coisa ridícula que a gente ainda chamava de namoro.
Eu, estava definitivamente esgotada da vida dupla que estava levando. Desde que dei um belo fora no maior gato da faculdade, , estava ficando cada vez mais difícil suportar aquelas meninas fúteis e desprovidas de inteligência com quem eu me misturei fingindo ser uma delas e mudar completamente quem eu tinha sido até o final do ensino médio: uma NERD mal-arrumada (mas convenhamos que eu era muito mais feliz naquela época, sem toda essa produção de roupas e maquiagem). Perdi minha personalidade, passei a me importar com o que os outros pensavam de mim ou de minhas roupas, procurei revistas e sites sobre moda e me repaginei por completo, a mudança foi bem radical e eu gostei do resultado, me senti linda, porém não foi me sentindo absolutamente linda que eu encontrei a felicidade, pelo contrário, na verdade.
Quando entrei na faculdade, percebi que podia ser o que eu quisesse lá dentro, bastava criar uma personagem e fazer com que as pessoas acreditassem nessa nova personalidade artificial. Mas com o tempo e com o meu namoro muito mal-sucedido, vi que não havia muito sentido em ser aquela garota mesquinha que eu tinha me tornado ao ingressar na Universidade.
Estava procurando a felicidade da forma errada e no caminho errado, precisava ser eu mesma e resgatar, em algum lugar dentro de mim, aquela garota alegre e companheira que era amiga de todos. Seria bem difícil me livrar das patricinhas, ainda mais agora, que todos me idolatravam por ter chutado o na frente de metade da faculdade. Ele mereceu aquele fora, mas se eu não fosse tão burra, tinha conversado com ele a sós e não no meio de todo mundo, mas o meu acesso de raiva não permitiu que eu raciocinasse e pensasse nas consequências que essa vingancinha me traria.
Namorar com ele teve seu lado bom e o lado ruim, o bom foi porque eu realmente gostava dele e enxergava muito além daquele atleta bonitão e superficial, a parte ruim foi ter sido usada por ele como apenas um troféu, que ele tirava e colocava na estante quando bem entendesse. Eu definitivamente não era aquele tipo de garota e, logicamente, não suportei mais os caprichos do . Ele começou a achar que mandava em mim, que podia decidir com quem eu falava, como eu me vestiria, com quem sairia, entre outras coisas que ele começou a se impor sem absolutamente nenhuma necessidade e, se eu continuasse com ele, acabaria em depressão ou matando ele, então preferi acabar logo com essa coisa ridícula que a gente ainda chamava de namoro.
Capítulo 2
- ? - a quase irritante voz da Ashlee invadiu os meus tímpanos enquanto eu seguia para o estacionamento, fazendo-me parar de andar e respirar bem fundo antes de responder com o tom de voz mais calmo que consegui:
- Diga, querida - me virei para olhá-la, o cinismo se tornou um hábito quase natural e eu me odiava por conseguir ser tão falsa e fria como nunca tinha sido antes.
- O que vai fazer hoje à noite? - era uma merecida noite de sexta-feira em que eu esperava desesperadamente por muito álcool e distância daquelas garotas que, definitivamente, não estavam nos meus planos como companhia - Podíamos sair e... Eu estava pensando... - Katherine se aproximou e ela parou de falar, já me dando uma bela ideia do que se tratava.
Katherine disse que não sairia com a gente naquela noite porque precisava estudar, ela só esqueceu de disfarçar seu sorrisinho pervertido quando Jhonatan passou, comendo-a com os olhos. Ela era a mais nojenta, conseguia dormir com um cara diferente por noite, mentir pra todo mundo e ainda por cima era estúpida que nem uma porta.
Ashlee se livrou dela da forma mais sutil e educada que conseguiu e se voltou para mim, chegando na parte pela qual eu já esperava, praticamente implorando para que eu saísse com ela e convidasse meu exímio ex-namorado, que no momento se dizia meu "amigo", que ainda vivia atrás de mim pedindo por mais chances e contando mais das suas mentiras bem ensaiadas.
Não encontrei muita saída, ela daria seu jeito de me deixar louca se eu não o fizesse, então garanti a ela que nos encontraria num PUB perto da faculdade, conhecida por ser muito bem frequentada pelos mais bonitos e ricos da cidade de Londres. Depois de me livrar dela, segui rapidamente para o estacionamento em direção à minha linda e vermelha BMW conversível antes que mais alguém aparecesse para piorar mais ainda o meu mau-humor.
Dei uma paradinha antes de chegar mais perto porque havia um cara muito gato, muito mesmo, encostado nela e mexendo as mãos, nervoso ao que me pareceu.
- O carro é seu? - o garoto perguntou receoso, bagunçando os próprios cabelos, realmente nervoso.
- É sim, por quê? - perguntei desconfiada e ele se afastou um pouco para que eu pudesse me aproximar e ver o amassado enorme na lateral do meu carrinho. Lutei comigo mesma para descobrir se gritava com ele ou voava no pescoço dele de uma vez, pedindo a Deus que me segurasse senão ele ia morrer naquele momento. Como assim ele tinha batido no MEU carro? Devo ter ficado quase roxa de raiva enquanto fechei e reabri os olhos, tentando respirar fundo e recuperar a calma.
- Por favor, fica calma, eu juro que pago todo o conserto - ele gaguejou quando o fuzilei com os olhos - foi sem querer, eu estava saindo quando passou um babaca numa caminhonete e eu precisei desviar rápido, quando dei por mim, já tinha batido no seu carro, desculpa, por favor, foi sem querer mesmo.
- Pára de falar, por favor - me surpreendi com a minha educação espontânea, afinal, ele tinha dito que pagaria pelo conserto, certo? Sem estresse então, não vou mais matar o coitado, ele repetiu que não tinha culpa.
Fitei o estrago por alguns instantes, recompondo a minha calma, suspirei pesadamente e levantei meu rosto na direção do dele, que era realmente bonito, o que já ajudava MUITO a melhorar minha expressão ao olhá-lo, esperando que ele falasse mais alguma coisa.
- Bom... - ele começou, cauteloso - meu nome é James, James Bourne, vou te dar o meu telefone e endereço - ele tirou um papel da carteira, pegou uma caneta em seu carro e rabiscou rapidamente para me entregar com um sorriso torto - me procure quando souber o valor do prejuízo e desculpa, mais uma vez.
- Tudo bem, relaxe, meu nome é , eu te desculpo só pela sua educação e porque te achei bem simpático, a gente se fala então - retribui seu sorriso torto e entrei no meu carro, soltando uma risada boba pela minha resposta.
- Diga, querida - me virei para olhá-la, o cinismo se tornou um hábito quase natural e eu me odiava por conseguir ser tão falsa e fria como nunca tinha sido antes.
- O que vai fazer hoje à noite? - era uma merecida noite de sexta-feira em que eu esperava desesperadamente por muito álcool e distância daquelas garotas que, definitivamente, não estavam nos meus planos como companhia - Podíamos sair e... Eu estava pensando... - Katherine se aproximou e ela parou de falar, já me dando uma bela ideia do que se tratava.
Katherine disse que não sairia com a gente naquela noite porque precisava estudar, ela só esqueceu de disfarçar seu sorrisinho pervertido quando Jhonatan passou, comendo-a com os olhos. Ela era a mais nojenta, conseguia dormir com um cara diferente por noite, mentir pra todo mundo e ainda por cima era estúpida que nem uma porta.
Ashlee se livrou dela da forma mais sutil e educada que conseguiu e se voltou para mim, chegando na parte pela qual eu já esperava, praticamente implorando para que eu saísse com ela e convidasse meu exímio ex-namorado, que no momento se dizia meu "amigo", que ainda vivia atrás de mim pedindo por mais chances e contando mais das suas mentiras bem ensaiadas.
Não encontrei muita saída, ela daria seu jeito de me deixar louca se eu não o fizesse, então garanti a ela que nos encontraria num PUB perto da faculdade, conhecida por ser muito bem frequentada pelos mais bonitos e ricos da cidade de Londres. Depois de me livrar dela, segui rapidamente para o estacionamento em direção à minha linda e vermelha BMW conversível antes que mais alguém aparecesse para piorar mais ainda o meu mau-humor.
Dei uma paradinha antes de chegar mais perto porque havia um cara muito gato, muito mesmo, encostado nela e mexendo as mãos, nervoso ao que me pareceu.
- O carro é seu? - o garoto perguntou receoso, bagunçando os próprios cabelos, realmente nervoso.
- É sim, por quê? - perguntei desconfiada e ele se afastou um pouco para que eu pudesse me aproximar e ver o amassado enorme na lateral do meu carrinho. Lutei comigo mesma para descobrir se gritava com ele ou voava no pescoço dele de uma vez, pedindo a Deus que me segurasse senão ele ia morrer naquele momento. Como assim ele tinha batido no MEU carro? Devo ter ficado quase roxa de raiva enquanto fechei e reabri os olhos, tentando respirar fundo e recuperar a calma.
- Por favor, fica calma, eu juro que pago todo o conserto - ele gaguejou quando o fuzilei com os olhos - foi sem querer, eu estava saindo quando passou um babaca numa caminhonete e eu precisei desviar rápido, quando dei por mim, já tinha batido no seu carro, desculpa, por favor, foi sem querer mesmo.
- Pára de falar, por favor - me surpreendi com a minha educação espontânea, afinal, ele tinha dito que pagaria pelo conserto, certo? Sem estresse então, não vou mais matar o coitado, ele repetiu que não tinha culpa.
Fitei o estrago por alguns instantes, recompondo a minha calma, suspirei pesadamente e levantei meu rosto na direção do dele, que era realmente bonito, o que já ajudava MUITO a melhorar minha expressão ao olhá-lo, esperando que ele falasse mais alguma coisa.
- Bom... - ele começou, cauteloso - meu nome é James, James Bourne, vou te dar o meu telefone e endereço - ele tirou um papel da carteira, pegou uma caneta em seu carro e rabiscou rapidamente para me entregar com um sorriso torto - me procure quando souber o valor do prejuízo e desculpa, mais uma vez.
- Tudo bem, relaxe, meu nome é , eu te desculpo só pela sua educação e porque te achei bem simpático, a gente se fala então - retribui seu sorriso torto e entrei no meu carro, soltando uma risada boba pela minha resposta.
Capítulo 3
Dirigir me ajudava a relaxar, e era isso o que eu mais precisava naquele momento, segui para o meu apartamento tentando esvaziar a minha mente de todos os últimos acontecimentos, não ia esquentar mais a cabeça por causa do carro, que era a menor das minhas preocupações, precisava guardar energia porque a noite seria longa e tinha um Volvo C70 preto que eu conhecia muito bem estacionado exatamente em frente ao prédio onde eu morava.
Entrando no estacionamento, vi-o descer do carro, sentindo um arrepio percorrer-me a espinha. Quando eu ia entrar no elevador, aquele conhecido apertão no ombro que me assombrava desde que eu larguei dele se repetiu, vacilei por alguns instantes mas não olhei-o de primeira, aqueles olhos ainda me tiravam o ar. Eu não tinha culpa por ainda ter problemas ao me aproximar dele, afinal, ele foi quem eu amei e com quem eu me relacionei mais intensamente.
Passados alguns instantes, me virei devagar e encarei aquele par de olhos intensamente que tanto me atraiam. continuava lindo e, mesmo com aquela expressão dura, eu ainda via o garoto por quem eu me apaixonei ao primeiro olhar. Ele entrou comigo no elevador e permanecemos em silêncio até entrarmos no meu apartamento e eu trancar a porta. Logo que me virei, ele me abraçou com força e veio tentar seus beijos pelo meu pescoço e subindo ao queixo.
- O que você quer comigo? – empurrei-o com rispidez.
- Você sabe muito bem o que eu quero – e tentou me beijar novamente, mas eu virei o rosto, não daria esse gostinho a ele tão facilmente nem em outra vida.
- A gente terminou faz mais de um mês. Já te pedi para me deixar em paz, por favor, me esquece de uma vez – cuspia as palavras, já não doía como antes tê-lo perdido, então não precisava fazer cerimônias.
- Eu só quero uma chance, mais uma para te provar que eu posso ser o namorado que você precisa, me deixa tentar – ele relaxou a expressão, ficando sereno. Quase me fez acreditar em sua face que demonstrava, bem ao fundo, um pingo de sinceridade, mas seus olhos continuavam luxuriosos.
Com ele tão próximo, ficava difícil pensar com a razão, ele ainda me tirava o chão, mas eu precisava resistir, precisava esquecê-lo de uma vez por todas.
- Não , já te dei muitas chances e você só pisou na bola comigo, não adianta dizer que não vai errar de novo, porque eu sei que você vai.
não respondeu, fez menção de se dirigir à porta de saída, mas parou ao encostar na maçaneta e virou-se lentamente para mim com aquele olhar que me deixava completamente ensandecida.
Entrando no estacionamento, vi-o descer do carro, sentindo um arrepio percorrer-me a espinha. Quando eu ia entrar no elevador, aquele conhecido apertão no ombro que me assombrava desde que eu larguei dele se repetiu, vacilei por alguns instantes mas não olhei-o de primeira, aqueles olhos ainda me tiravam o ar. Eu não tinha culpa por ainda ter problemas ao me aproximar dele, afinal, ele foi quem eu amei e com quem eu me relacionei mais intensamente.
Passados alguns instantes, me virei devagar e encarei aquele par de olhos intensamente que tanto me atraiam. continuava lindo e, mesmo com aquela expressão dura, eu ainda via o garoto por quem eu me apaixonei ao primeiro olhar. Ele entrou comigo no elevador e permanecemos em silêncio até entrarmos no meu apartamento e eu trancar a porta. Logo que me virei, ele me abraçou com força e veio tentar seus beijos pelo meu pescoço e subindo ao queixo.
- O que você quer comigo? – empurrei-o com rispidez.
- Você sabe muito bem o que eu quero – e tentou me beijar novamente, mas eu virei o rosto, não daria esse gostinho a ele tão facilmente nem em outra vida.
- A gente terminou faz mais de um mês. Já te pedi para me deixar em paz, por favor, me esquece de uma vez – cuspia as palavras, já não doía como antes tê-lo perdido, então não precisava fazer cerimônias.
- Eu só quero uma chance, mais uma para te provar que eu posso ser o namorado que você precisa, me deixa tentar – ele relaxou a expressão, ficando sereno. Quase me fez acreditar em sua face que demonstrava, bem ao fundo, um pingo de sinceridade, mas seus olhos continuavam luxuriosos.
Com ele tão próximo, ficava difícil pensar com a razão, ele ainda me tirava o chão, mas eu precisava resistir, precisava esquecê-lo de uma vez por todas.
- Não , já te dei muitas chances e você só pisou na bola comigo, não adianta dizer que não vai errar de novo, porque eu sei que você vai.
não respondeu, fez menção de se dirigir à porta de saída, mas parou ao encostar na maçaneta e virou-se lentamente para mim com aquele olhar que me deixava completamente ensandecida.
Capítulo 4
Nos encaramos por pouco mais de um minuto, que mais me pareceram horas inteiras. Não consegui me segurar e perdi completamente o resto do meu autocontrole junto com a reles noção de como se pensa ou se respira quando ele chegou tão perto de mim que eu senti seu hálito quente bater em meu rosto. me abraçou pela cintura, senti como se o mundo fosse acabar naquele momento quando ele encostou seus lábios no meu ouvido suavemente e sussurrou:
- Se você realmente quisesse que eu te esquecesse e fosse embora, não estaria toda arrepiada com a minha simples aproximação e o seu coração não estaria tentando escapar de dentro de você tão acelerado.
Não respondi, aliás, eu nem conseguiria, todo o ar parecia ter se esvaído dos meus pulmões, meu cérebro só permitiu buscar os lábios dele em resposta ao meu desespero, minha saudade e minha imensa vontade de tê-lo só para mim, nos meus braços, mais uma vez. Quando isso acontecia, quando eu o tinha assim, eu era outra pessoa, saia de mim, o mundo simplesmente deixava de existir, sobrávamos apenas nós dois, na loucura de nosso desejo e nossos anseios um pelo corpo do outro.
Nosso beijo foi intenso e exagerado, como tudo era quando se tratava de contato físico entre o e eu, ambos ansiávamos muito por aquele momento, queríamos o corpo um do outro mais do que qualquer outra coisa. Aquele momento era nosso, só nosso, o mundo poderia se explodir que nem perceberíamos.
Antes que eu pudesse raciocinar direito e parar com aquela loucura toda que me renderia mais noites em claro, mais dor e mais lembrança depois que ele saísse dali, já estávamos em meu quarto, despindo um ao outro com todo o desejo e luxúria que nossos olhos poderiam demonstrar, juntamente com todo o restante de nossos corpos.
Com todas as peças de roupas espalhadas pelo chão, ele me guiou até a cama, se impulsionando contra o meu corpo, fazendo-me deitar, deixando-o por cima, ele me beijou novamente, tentando alcançar a gaveta do criado, onde ele sabia muito bem que haveria camisinhas, me lembrando de que ele conhecia de cor todo o meu quarto.
Devidamente protegido, lançou seu corpo contra o meu novamente, beijando meu pescoço e colo dessa vez, mas subiu aos meus lábios logo em seguida. Não demorou muito para que a sintonia entre nós se tornasse perfeita, nossos corpos se juntaram parecendo quererem formar um só. Ficávamos mais excitados e os gemidos aumentavam seu volume de acordo com o ritmo e a velocidade das investidas que ele dava contra o meu quadril.
O sabia muito bem o que fazer para me deixar mais louca a cada segundo, eu arranhava seus ombros e costas enquanto mordia e sugava a pele de seu pescoço. Chegamos ao ápice quase simultaneamente depois de trocarmos nossas posições algumas vezes, nos separamos como se tivéssemos levado um choque e caímos lado a lado na cama, exaustos e bem ofegantes.
Olhamo-nos por alguns instantes e eu desviei meu olhar do dele, com raiva de mim mesma por ter me rendido outra vez àqueles olhos intensos e seu corpo muito bem definido. Levantei da cama e vesti um roupão, lancei meu olhar sobre ele mais uma vez, demorando-me um pouco para desviar os olhos daquele homem excepcionalmente lindo espalhado sobre os meus lençóis e logo depois sai do quarto, indo em direção à sala.
Eu precisava ficar longe dele para conseguir colocar meus pensamentos no lugar e voltar a raciocinar direito, mas parece que minha tática não funcionou muito bem. apareceu em seguida, vestido apenas com suas boxers, me encarando com uma expressão leve, porém havia um pingo de preocupação formando uma linha em sua testa.
- Eu não vou voltar pra você, – falei tentando controlar a voz, virando de costas para ele e encarando a vista da sacada do meu apartamento, segurando as malditas lágrimas que começaram a se formar nos cantos de meus olhos.
- Por quê? Nós temos tudo a ver, nos completamos, não só na cama e você sabe, eu quero muito você e você também me quer que eu sei bem, volta comigo, – seu tom de voz envolvia uma mistura de sinceridade, súplica e uma gotinha de desespero, mas eu não me arriscaria a olhar pra ele e perder todo meu autocontrole novamente, precisava ser forte e resistir a tudo aquilo que eu sentia por ele, não olharia em seus olhos e correr o risco de vacilar minha razão. Eu o queria muito e ele sabia disso, mas eu conseguiria me controlar.
- Você me magoou muito, eu não estou preparada para me machucar e sofrer de novo, – olhei-o rapidamente e abaixei logo o olhar – nós dois sabemos que eu gosto de você, mas eu tenho muita dúvidas e incertezas sobre nós dois, eu não consigo confiar em você depois de tudo que eu vi e ouvi da sua boca e da boca de outros – ele engoliu em seco e procurou a resposta, perdendo-se em pensamentos por alguns instantes.
- Você nunca me deixou explicar nada, você nunca escutou, me dá essa chance, eu quero muito ficar com você.
- Dei muitas chances, já disse, não consigo acreditar em você e já cansei dessa conversa, vai embora, por favor.
- Eu não quero ir – ele respondeu como se fosse uma criança de uns cinco anos fazendo birrinha, mas eu endureci minha expressão.
- Vai logo, se arruma e me encontra no PUB Roxy Purple perto da faculdade – recompus a frieza que adquirira tratando as pessoas daquela forma desde o começo do meu curso na universidade, não sei como, mas tinha engolido a vontade de chorar e encarei-o nos olhos confusos.
- Quê? Por que você quer que eu te encontre lá?
- A minha querida amiga Ashlee está muito a fim de ficar com você hoje, só por isso – a cara que ele fez me levou a pensar que levaria uns tapas, mas ele só me lançou o olhar mais carregado de indignação que conseguiu, foi pro meu quarto colocar suas roupas de qualquer jeito e saiu todo amassado sem nem olhar na minha cara, batendo a porta com força.
- Se você realmente quisesse que eu te esquecesse e fosse embora, não estaria toda arrepiada com a minha simples aproximação e o seu coração não estaria tentando escapar de dentro de você tão acelerado.
Não respondi, aliás, eu nem conseguiria, todo o ar parecia ter se esvaído dos meus pulmões, meu cérebro só permitiu buscar os lábios dele em resposta ao meu desespero, minha saudade e minha imensa vontade de tê-lo só para mim, nos meus braços, mais uma vez. Quando isso acontecia, quando eu o tinha assim, eu era outra pessoa, saia de mim, o mundo simplesmente deixava de existir, sobrávamos apenas nós dois, na loucura de nosso desejo e nossos anseios um pelo corpo do outro.
Nosso beijo foi intenso e exagerado, como tudo era quando se tratava de contato físico entre o e eu, ambos ansiávamos muito por aquele momento, queríamos o corpo um do outro mais do que qualquer outra coisa. Aquele momento era nosso, só nosso, o mundo poderia se explodir que nem perceberíamos.
Antes que eu pudesse raciocinar direito e parar com aquela loucura toda que me renderia mais noites em claro, mais dor e mais lembrança depois que ele saísse dali, já estávamos em meu quarto, despindo um ao outro com todo o desejo e luxúria que nossos olhos poderiam demonstrar, juntamente com todo o restante de nossos corpos.
Com todas as peças de roupas espalhadas pelo chão, ele me guiou até a cama, se impulsionando contra o meu corpo, fazendo-me deitar, deixando-o por cima, ele me beijou novamente, tentando alcançar a gaveta do criado, onde ele sabia muito bem que haveria camisinhas, me lembrando de que ele conhecia de cor todo o meu quarto.
Devidamente protegido, lançou seu corpo contra o meu novamente, beijando meu pescoço e colo dessa vez, mas subiu aos meus lábios logo em seguida. Não demorou muito para que a sintonia entre nós se tornasse perfeita, nossos corpos se juntaram parecendo quererem formar um só. Ficávamos mais excitados e os gemidos aumentavam seu volume de acordo com o ritmo e a velocidade das investidas que ele dava contra o meu quadril.
O sabia muito bem o que fazer para me deixar mais louca a cada segundo, eu arranhava seus ombros e costas enquanto mordia e sugava a pele de seu pescoço. Chegamos ao ápice quase simultaneamente depois de trocarmos nossas posições algumas vezes, nos separamos como se tivéssemos levado um choque e caímos lado a lado na cama, exaustos e bem ofegantes.
Olhamo-nos por alguns instantes e eu desviei meu olhar do dele, com raiva de mim mesma por ter me rendido outra vez àqueles olhos intensos e seu corpo muito bem definido. Levantei da cama e vesti um roupão, lancei meu olhar sobre ele mais uma vez, demorando-me um pouco para desviar os olhos daquele homem excepcionalmente lindo espalhado sobre os meus lençóis e logo depois sai do quarto, indo em direção à sala.
Eu precisava ficar longe dele para conseguir colocar meus pensamentos no lugar e voltar a raciocinar direito, mas parece que minha tática não funcionou muito bem. apareceu em seguida, vestido apenas com suas boxers, me encarando com uma expressão leve, porém havia um pingo de preocupação formando uma linha em sua testa.
- Eu não vou voltar pra você, – falei tentando controlar a voz, virando de costas para ele e encarando a vista da sacada do meu apartamento, segurando as malditas lágrimas que começaram a se formar nos cantos de meus olhos.
- Por quê? Nós temos tudo a ver, nos completamos, não só na cama e você sabe, eu quero muito você e você também me quer que eu sei bem, volta comigo, – seu tom de voz envolvia uma mistura de sinceridade, súplica e uma gotinha de desespero, mas eu não me arriscaria a olhar pra ele e perder todo meu autocontrole novamente, precisava ser forte e resistir a tudo aquilo que eu sentia por ele, não olharia em seus olhos e correr o risco de vacilar minha razão. Eu o queria muito e ele sabia disso, mas eu conseguiria me controlar.
- Você me magoou muito, eu não estou preparada para me machucar e sofrer de novo, – olhei-o rapidamente e abaixei logo o olhar – nós dois sabemos que eu gosto de você, mas eu tenho muita dúvidas e incertezas sobre nós dois, eu não consigo confiar em você depois de tudo que eu vi e ouvi da sua boca e da boca de outros – ele engoliu em seco e procurou a resposta, perdendo-se em pensamentos por alguns instantes.
- Você nunca me deixou explicar nada, você nunca escutou, me dá essa chance, eu quero muito ficar com você.
- Dei muitas chances, já disse, não consigo acreditar em você e já cansei dessa conversa, vai embora, por favor.
- Eu não quero ir – ele respondeu como se fosse uma criança de uns cinco anos fazendo birrinha, mas eu endureci minha expressão.
- Vai logo, se arruma e me encontra no PUB Roxy Purple perto da faculdade – recompus a frieza que adquirira tratando as pessoas daquela forma desde o começo do meu curso na universidade, não sei como, mas tinha engolido a vontade de chorar e encarei-o nos olhos confusos.
- Quê? Por que você quer que eu te encontre lá?
- A minha querida amiga Ashlee está muito a fim de ficar com você hoje, só por isso – a cara que ele fez me levou a pensar que levaria uns tapas, mas ele só me lançou o olhar mais carregado de indignação que conseguiu, foi pro meu quarto colocar suas roupas de qualquer jeito e saiu todo amassado sem nem olhar na minha cara, batendo a porta com força.
Capítulo 5
Me lancei no sofá e fitei o teto por alguns instantes, precisava pensar, recolocar os pensamentos no lugar e assimilar o que tinha acabado de acontecer, eu senti medo daquele olhar ressentido e carregado de indignação, ele estava bravo ou chateado? Esperava que ele não fosse fazer nada demais, nem ao menos esperava que ele tivesse levado em conta o que eu falara da Ashlee, mas ainda assim, eu não entendia mais nada sobre ele e os sentimentos dele, estava cada vez mais confusa.
Peguei no sono sem perceber, depois de algum tempo pensando e só fui acordar horas depois com o meu celular, que começou a tocar em alto e bom som de dentro da minha bolsa. Xinguei baixinho e levantei para atender, mas me arrependi de ter levantado assim que bati os olhos no visor dele e vi o nome dela piscando na tela.
- Alô – atendi grosseiramente, irritada.
- Meu amor, esqueceu da nossa festinha? Já são onze e meia, queridinha – Ashlee precisava mesmo me acordar para me lembrar da maldita festinha? Merda.
- Nossa, eu nem sabia que você tinha aprendido a ver as horas, querida – não segurei a resposta atravessada e enfatizei o “querida” com um tom muito especial carregado de ironia, ela merecera.
- Muito engraçadinha você, estou te esperando, não demore muito, beijinhos – e a vaca desligou antes de eu responder, para a sorte dela.
Eu não estava com o mínimo interesse de aparecer naquela festa e olhar pra cara dela, mas eu tinha absoluta certeza de que ela daria um jeito de me infernizar todo o fim de semana caso eu não aparecesse por lá. Me encarei no espelho por alguns segundos e cheguei a uma conclusão: Eu iria, porém estaria deslumbrante para o caso de um certo aparecer por lá, eu tinha muitas dúvidas de que ele fosse, mas nunca se sabe, não é?
Tomei um longo e merecido banho, sequei um pouco os cabelos com uma toalha e finalizei com o secador, escolhi um dos meus vestidos mais provocantes, vermelho, apertado, curto, de alcinhas e com um decote razoável (era a cor que o mais gostava e o modelo do vestido também, ele me dera alguns parecidos vermelhos e de outras cores quando nós saíamos), se ele fosse eu realmente estaria linda, para mostrar que estava bem sem ele, ele que se arranjasse. Para terminar, coloquei minhas sandálias pretas de tiras com salto alto e uma maquiagem mais neutra, mas com os olhos bem delineados com preto.
Analisei bem a situação do meu carro e só calculei o quanto eu pretendia e precisava beber naquela noite, era melhor ir de táxi. Feito, fiz sinal para o primeiro que passou e logo estava a caminho da bendita PUB.
Paguei para o motorista e desci bem em frente àquela entrada pintada com preto e roxo, a qual eu já decorara cada detalhe de tanto freqüentar. Não demorei muito na fila e entrei, estava meio cheio, mas não precisei andar muito para que a cena mais nojenta e repulsiva da minha vida concentrasse toda a minha atenção, e Ashlee quase se comendo no meio da pista de dança. Ser alta tinha vantagens e desvantagens, mas mesmo se eu fosse baixinha, eu teria visto aquela cena a quilômetros de distância.
Segui para a lateral da PUB, onde ficavam as mesas e o bar e me acomodei em uma com poltronas que ficava bem perto do balcão. Pedi um coquetel com Campari logo de cara, com dose dupla, eu não deixaria aqueles dois acabarem com a minha noite, era seria longa, mas seria bem divertida, estava decidido, eu farei de tudo para me divertir sem pensar no amanhã e no , é claro.
Estava no meu quinto ou sexto drink quando um rosto conhecido apareceu, encarei-o para ter certeza de que não era efeito da bebida, eu não estava bêbada ainda, era ele mesmo. Me animei um pouco demais ao reconhecer James lindo Bourne e eu o faria pagar a primeira parcela pelo prejuízo do meu carro, afinal, eu não disse que perderia o juízo por uma noite e me divertiria de qualquer jeito? Por que não com ele? Nem nos conhecíamos direito e eu não costumava fazer essas coisas, mas estava valendo tudo para que eu me divertisse e eu tinha certeza de que ele também ia gostar da noite. Exceto se ele tivesse se aproximado só para dar um “oi”.
Quem liga se ele bateu no meu carro? Era bonito, simpático e eu não iria passar a noite sozinha. Ele sorriu e pediu para de sentar. Eu assenti e começamos a conversar, James pediu desculpas pelo carro mais uma vez e depois mudamos de assunto, até que eu estava gostando do rumo que aquela conversa estava seguindo.
Peguei-me trocando um olhar divertido com o , que se aproximava do bar com a vadiazinha, e se os olhos dele não fossem tão , eu poderia jurar que estavam pegando fogo quando viu que tinha outra pessoa sentada na mesa comigo, mas ele não demorou a sumir de vista, me deixando com o humor melhor ainda, agora que seria mais interessante ficar com o James.
Nossa conversa foi ficando meio monótona que precisamos nos beijar algumas vezes para não cair no tédio, e logo ele me arrastou para a pista para dançarmos. Dançamos durante muito tempo, tinha desaparecido com a loirinha azeda e James me levou até o bar para bebermos alguma coisa.
Como todo bom cavalheiro, ao final da festa, estávamos bem cansados de tanto dançar, James se ofereceu para me levar embora, mas eu fui bem direta e disse que só aceitaria se o destino dessa carona não fosse a minha casa. Ele abriu um sorriso fofo com um pouco de malícia e concordou com a minha proposta. Seguimos, então, para a linda e enorme mansão Bourne.
- Bom, meus pais foram para a Austrária e me deixaram sozinho com a casa, então nós podemos aproveitar bastante – ele sorriu pervertido e me abraçou pela cintura, dando um beijinho no meu pescoço – sinta-se a vontade.
Não hesitei em tirar as sandálias, sorrindo também, e me jogar nos braços dele, derrubando-o no sofá sem querer. Ele soltou uma risada e me beijou, era um beijo gostoso, com gostinho de diversão.
Nos beijamos ali no sofá por algum tempo e depois ele resolveu me mostrar a sua bela casa, deixando seu espaçoso e organizado quarto por último no nosso tour pela mansão.
Peguei no sono sem perceber, depois de algum tempo pensando e só fui acordar horas depois com o meu celular, que começou a tocar em alto e bom som de dentro da minha bolsa. Xinguei baixinho e levantei para atender, mas me arrependi de ter levantado assim que bati os olhos no visor dele e vi o nome dela piscando na tela.
- Alô – atendi grosseiramente, irritada.
- Meu amor, esqueceu da nossa festinha? Já são onze e meia, queridinha – Ashlee precisava mesmo me acordar para me lembrar da maldita festinha? Merda.
- Nossa, eu nem sabia que você tinha aprendido a ver as horas, querida – não segurei a resposta atravessada e enfatizei o “querida” com um tom muito especial carregado de ironia, ela merecera.
- Muito engraçadinha você, estou te esperando, não demore muito, beijinhos – e a vaca desligou antes de eu responder, para a sorte dela.
Eu não estava com o mínimo interesse de aparecer naquela festa e olhar pra cara dela, mas eu tinha absoluta certeza de que ela daria um jeito de me infernizar todo o fim de semana caso eu não aparecesse por lá. Me encarei no espelho por alguns segundos e cheguei a uma conclusão: Eu iria, porém estaria deslumbrante para o caso de um certo aparecer por lá, eu tinha muitas dúvidas de que ele fosse, mas nunca se sabe, não é?
Tomei um longo e merecido banho, sequei um pouco os cabelos com uma toalha e finalizei com o secador, escolhi um dos meus vestidos mais provocantes, vermelho, apertado, curto, de alcinhas e com um decote razoável (era a cor que o mais gostava e o modelo do vestido também, ele me dera alguns parecidos vermelhos e de outras cores quando nós saíamos), se ele fosse eu realmente estaria linda, para mostrar que estava bem sem ele, ele que se arranjasse. Para terminar, coloquei minhas sandálias pretas de tiras com salto alto e uma maquiagem mais neutra, mas com os olhos bem delineados com preto.
Analisei bem a situação do meu carro e só calculei o quanto eu pretendia e precisava beber naquela noite, era melhor ir de táxi. Feito, fiz sinal para o primeiro que passou e logo estava a caminho da bendita PUB.
Paguei para o motorista e desci bem em frente àquela entrada pintada com preto e roxo, a qual eu já decorara cada detalhe de tanto freqüentar. Não demorei muito na fila e entrei, estava meio cheio, mas não precisei andar muito para que a cena mais nojenta e repulsiva da minha vida concentrasse toda a minha atenção, e Ashlee quase se comendo no meio da pista de dança. Ser alta tinha vantagens e desvantagens, mas mesmo se eu fosse baixinha, eu teria visto aquela cena a quilômetros de distância.
Segui para a lateral da PUB, onde ficavam as mesas e o bar e me acomodei em uma com poltronas que ficava bem perto do balcão. Pedi um coquetel com Campari logo de cara, com dose dupla, eu não deixaria aqueles dois acabarem com a minha noite, era seria longa, mas seria bem divertida, estava decidido, eu farei de tudo para me divertir sem pensar no amanhã e no , é claro.
Estava no meu quinto ou sexto drink quando um rosto conhecido apareceu, encarei-o para ter certeza de que não era efeito da bebida, eu não estava bêbada ainda, era ele mesmo. Me animei um pouco demais ao reconhecer James lindo Bourne e eu o faria pagar a primeira parcela pelo prejuízo do meu carro, afinal, eu não disse que perderia o juízo por uma noite e me divertiria de qualquer jeito? Por que não com ele? Nem nos conhecíamos direito e eu não costumava fazer essas coisas, mas estava valendo tudo para que eu me divertisse e eu tinha certeza de que ele também ia gostar da noite. Exceto se ele tivesse se aproximado só para dar um “oi”.
Quem liga se ele bateu no meu carro? Era bonito, simpático e eu não iria passar a noite sozinha. Ele sorriu e pediu para de sentar. Eu assenti e começamos a conversar, James pediu desculpas pelo carro mais uma vez e depois mudamos de assunto, até que eu estava gostando do rumo que aquela conversa estava seguindo.
Peguei-me trocando um olhar divertido com o , que se aproximava do bar com a vadiazinha, e se os olhos dele não fossem tão , eu poderia jurar que estavam pegando fogo quando viu que tinha outra pessoa sentada na mesa comigo, mas ele não demorou a sumir de vista, me deixando com o humor melhor ainda, agora que seria mais interessante ficar com o James.
Nossa conversa foi ficando meio monótona que precisamos nos beijar algumas vezes para não cair no tédio, e logo ele me arrastou para a pista para dançarmos. Dançamos durante muito tempo, tinha desaparecido com a loirinha azeda e James me levou até o bar para bebermos alguma coisa.
Como todo bom cavalheiro, ao final da festa, estávamos bem cansados de tanto dançar, James se ofereceu para me levar embora, mas eu fui bem direta e disse que só aceitaria se o destino dessa carona não fosse a minha casa. Ele abriu um sorriso fofo com um pouco de malícia e concordou com a minha proposta. Seguimos, então, para a linda e enorme mansão Bourne.
- Bom, meus pais foram para a Austrária e me deixaram sozinho com a casa, então nós podemos aproveitar bastante – ele sorriu pervertido e me abraçou pela cintura, dando um beijinho no meu pescoço – sinta-se a vontade.
Não hesitei em tirar as sandálias, sorrindo também, e me jogar nos braços dele, derrubando-o no sofá sem querer. Ele soltou uma risada e me beijou, era um beijo gostoso, com gostinho de diversão.
Nos beijamos ali no sofá por algum tempo e depois ele resolveu me mostrar a sua bela casa, deixando seu espaçoso e organizado quarto por último no nosso tour pela mansão.
Capítulo 6
Entramos no quarto aos beijos e eu soltei-o por alguns segundos para contemplar o quarto todo, não demorou muito para ele me agarrar com força e me encostar na parede ao lado da porta, unindo nossos lábios mais uma vez. Seus beijos eram rápidos e desejosos, porém suaves, ele acariciava minha cintura com uma das mãos e a outra em minha nuca, tornando nosso beijo cada vez mais intenso.
A sintonia entre nós se tornou quase perfeita para uma noite daquelas, em que o objetivo era curtir o máximo possível, mesmo que não houvessem sentimentos envolvidos, aquela noite seria muito bem aproveitada, pelo menos para mim, mas julgando pelas atitudes dele, ele também estava gostando bastante. Me livrei rapidamente do casaco que ele usava, atirando a camisa dele em qualquer canto logo em seguida, o corpo de James era lindo, não me contive e beijei-o novamente, desta vez, explorando cada canto de seus braços e peitoral com as unhas. Arranhava levemente seus braços, arrancando gemidos abafados contra meu pescoço, onde ele trabalhava muito bem seus beijos e mordidas, me deixando cada vez mais excitada e arrepiada.
Ele desceu o zíper do meu vestido sem a menor dificuldade, pondo-se atrás de mim, distribuindo beijos por toda a área, agora, descoberta. Depois de descer meu vestido por completo, ele me virou de frente para ele, me abraçando novamente. Mais beijos e carícias e as calças dele foram acompanhar o resto das peças de roupas espalhadas pelo chão do quarto.
Entre beijos, empurrei-o levemente até a cama, deitando-o bem devagar, ficando por cima dele, descendo meus lábios até seu pescoço para provocá-lo mais um pouco. James apertou minha cintura por alguns segundos e deslizou logo para as minhas coxas, após me puxar mais para cima dele, subiu suas mãos até o fecho do meu sutiã, abrindo-o habilmente.
Arranhei seu abdômen com certa força e fui descendo até encontrar o elástico de suas boxers, que eu tirei devagar, enquanto passava as unhas por suas pernas, depositando uma mordida bem próxima da virilha dele, arrancando um longo gemido dele, que dessa vez saiu por entre os dentes.
Não demorou muito e minha calcinha recebeu o mesmo destino do sutiã, nos beijávamos e rolávamos sobre a enorme cama, até que ele me entregou uma camisinha tirada da gaveta de seu criado mudo e deu uma piscadela para mim. Dei um sorriso de lado e, sem hesitar, vesti-o logo com ela, mordendo meu lábio inferior.
James se pôs sobre o meu corpo, me beijando fervorosamente e acariciando todo o meu corpo, encaixou nossos quadris delicadamente e sem muita força, começou a se movimentar em meu interior devagar, aumentando o ritmo aos poucos, deixando-me extasiada.
Após algum tempo ele já investia contra meu corpo com força e rapidez, manteve seu ritmo máximo até alcançar seu ápice e eu chegar ao meu logo em seguida. Deixou-se cair sobre mim com a respiração bastante falha e ofegante, igual a minha.
Me deu um selinho e saiu de cima de mim devagar, largando-se na cama ao meu lado, exausto. Depois que esperamos nossas respirações se normalizarem, ele me convidou para tomar um banho e eu, cansada e um pouco suada, aceitei de imediato. Ele terminou antes de mim e saiu do banheiro com uma toalha branca presa na cintura para pegar roupas limpas para nós dois, voltou apenas de boxers, me entregando uma camisa e uma boxer enquanto eu terminava de me enrolar na toalha.
- Deve ficar um pouco grande, mas é só pra dormir e esperar suas roupas secarem – ele sorriu.
- Sem problemas – correspondi o sorriso e comecei a me vestir.
Depois de colocar a camisa, fui para o quarto com ele, que pegou nossas roupas e correu para levá-las na lavanderia no andar de baixo. Quando voltou me perguntou se eu estava com fome, neguei e sentei-me na cama, fitando-o. Ele deitou na cama, me puxando com ele, me abraçou, deu um beijo no canto de minha boca e começou a falar:
- Nossa, que noite incrível, você é demais. – ele me olhou sorrindo – você é muito linda e eu não quero estragar o clima, mas só pra avisar, eu acho que não estou nem um pouco preparado para me envolver com ninguém emocionalmente no momento – ele deu uma tossida, meio sem jeito e continuou me olhando – espero que não fique com raiva de mim e nem...
- Shiii... – interrompi-o colocando meu indicador sobre seus lábios, fazendo-o silenciar-se – eu também não quero me envolver no momento, não se preocupe, vamos curtir essa noite e amanhã cada um volta pra sua vida, combinado? Vamos curtir o agora. – sorri pra ele.
James riu de leve, selando nossos lábios em uma confirmação, e logo depois afundou a cabeça nos travesseiros, pegando no sono rapidamente. Observei-o por alguns instantes, sorri sozinha pensando em tudo que aconteceu naquela noite, deitei sobre o peito dele e dormi bem rápido também.
A sintonia entre nós se tornou quase perfeita para uma noite daquelas, em que o objetivo era curtir o máximo possível, mesmo que não houvessem sentimentos envolvidos, aquela noite seria muito bem aproveitada, pelo menos para mim, mas julgando pelas atitudes dele, ele também estava gostando bastante. Me livrei rapidamente do casaco que ele usava, atirando a camisa dele em qualquer canto logo em seguida, o corpo de James era lindo, não me contive e beijei-o novamente, desta vez, explorando cada canto de seus braços e peitoral com as unhas. Arranhava levemente seus braços, arrancando gemidos abafados contra meu pescoço, onde ele trabalhava muito bem seus beijos e mordidas, me deixando cada vez mais excitada e arrepiada.
Ele desceu o zíper do meu vestido sem a menor dificuldade, pondo-se atrás de mim, distribuindo beijos por toda a área, agora, descoberta. Depois de descer meu vestido por completo, ele me virou de frente para ele, me abraçando novamente. Mais beijos e carícias e as calças dele foram acompanhar o resto das peças de roupas espalhadas pelo chão do quarto.
Entre beijos, empurrei-o levemente até a cama, deitando-o bem devagar, ficando por cima dele, descendo meus lábios até seu pescoço para provocá-lo mais um pouco. James apertou minha cintura por alguns segundos e deslizou logo para as minhas coxas, após me puxar mais para cima dele, subiu suas mãos até o fecho do meu sutiã, abrindo-o habilmente.
Arranhei seu abdômen com certa força e fui descendo até encontrar o elástico de suas boxers, que eu tirei devagar, enquanto passava as unhas por suas pernas, depositando uma mordida bem próxima da virilha dele, arrancando um longo gemido dele, que dessa vez saiu por entre os dentes.
Não demorou muito e minha calcinha recebeu o mesmo destino do sutiã, nos beijávamos e rolávamos sobre a enorme cama, até que ele me entregou uma camisinha tirada da gaveta de seu criado mudo e deu uma piscadela para mim. Dei um sorriso de lado e, sem hesitar, vesti-o logo com ela, mordendo meu lábio inferior.
James se pôs sobre o meu corpo, me beijando fervorosamente e acariciando todo o meu corpo, encaixou nossos quadris delicadamente e sem muita força, começou a se movimentar em meu interior devagar, aumentando o ritmo aos poucos, deixando-me extasiada.
Após algum tempo ele já investia contra meu corpo com força e rapidez, manteve seu ritmo máximo até alcançar seu ápice e eu chegar ao meu logo em seguida. Deixou-se cair sobre mim com a respiração bastante falha e ofegante, igual a minha.
Me deu um selinho e saiu de cima de mim devagar, largando-se na cama ao meu lado, exausto. Depois que esperamos nossas respirações se normalizarem, ele me convidou para tomar um banho e eu, cansada e um pouco suada, aceitei de imediato. Ele terminou antes de mim e saiu do banheiro com uma toalha branca presa na cintura para pegar roupas limpas para nós dois, voltou apenas de boxers, me entregando uma camisa e uma boxer enquanto eu terminava de me enrolar na toalha.
- Deve ficar um pouco grande, mas é só pra dormir e esperar suas roupas secarem – ele sorriu.
- Sem problemas – correspondi o sorriso e comecei a me vestir.
Depois de colocar a camisa, fui para o quarto com ele, que pegou nossas roupas e correu para levá-las na lavanderia no andar de baixo. Quando voltou me perguntou se eu estava com fome, neguei e sentei-me na cama, fitando-o. Ele deitou na cama, me puxando com ele, me abraçou, deu um beijo no canto de minha boca e começou a falar:
- Nossa, que noite incrível, você é demais. – ele me olhou sorrindo – você é muito linda e eu não quero estragar o clima, mas só pra avisar, eu acho que não estou nem um pouco preparado para me envolver com ninguém emocionalmente no momento – ele deu uma tossida, meio sem jeito e continuou me olhando – espero que não fique com raiva de mim e nem...
- Shiii... – interrompi-o colocando meu indicador sobre seus lábios, fazendo-o silenciar-se – eu também não quero me envolver no momento, não se preocupe, vamos curtir essa noite e amanhã cada um volta pra sua vida, combinado? Vamos curtir o agora. – sorri pra ele.
James riu de leve, selando nossos lábios em uma confirmação, e logo depois afundou a cabeça nos travesseiros, pegando no sono rapidamente. Observei-o por alguns instantes, sorri sozinha pensando em tudo que aconteceu naquela noite, deitei sobre o peito dele e dormi bem rápido também.
Capítulo 7
Despertei, mas mantive meus olhos fechados por alguns instantes, percebi que o quarto estava claro e minha cabeça doía de leve. Enrolei mais uns cinco minutos e abri os olhos aos poucos para deixá-los se acostumarem com a claridade que passava por entre as cortinas e me mexi um pouco, desfazendo-me do abraço confortável e quente no qual eu dormira.
Sentei-me na cama e fitei-o, não repreendi um sorriso ao lembrar da ótima noite que eu passara com James e como ele estava lindo ali dormindo, com o rosto sereno, puxei um dos cobertores porque estava meio frio e levantei, dei uma olhada pelo quarto em busca das minhas roupas, me lembrando de que ele levara para a lavanderia. Decidi deitar novamente e esperar que ele acordasse, enquanto eu o olhava e apreciava aquele rosto lindo.
Devia ter passado pouco mais de meia hora até que eu senti que ele se moveu, olhei-o e ele sorriu para mim.
- Que bom que você ainda está aqui. – ele abriu mais ainda o sorriso – Bom dia.
- Bom dia, dorminhoco, e eu só não fugi porque o senhor ainda não me devolveu as minhas roupas, tenho umas mil coisas para fazer hoje, preciso ir pra casa logo.
- Toma café da manhã aqui comigo antes de ir? – ele pareceu uma criança pedindo doce, ele era tão fofo e simpático que não tinha como recusar. Com toda essa simpatia, todo o meu mau-humor e as preocupações com o e as meninas pareciam ter evaporado.
- E tem como dizer não? – eu ri e toquei o nariz dele dando-lhe um selinho em seguida – Mas pega as minhas roupas primeiro, as suas estão meio largas em mim. – terminei a frase olhando-o, enquanto tentava desembaraçar meu cabelo com os dedos.
Ele deu uma risada gostosa, pegou um pente no banheiro, jogou pra mim e foi correndo para a lavanderia, trazendo minhas roupas limpas e cheirosas. Coloquei meu vestido e peguei meus acessórios que estavam pelo quarto: brincos, sandálias...
James vestiu uma bermuda azul-escura e uma camiseta branca com estampas disformes, descemos para a copa, onde havia uma linda mesa posta para o café, um exagero para apenas duas pessoas. Sentamos e comemos, conversamos sobre coisas aleatórias, faculdade, meu carro, festas.
Quando acabamos, ele se ofereceu para me levar em casa e eu concordei, seguindo para a garagem com ele. Expliquei o caminho, ficamos rindo e falando bobagens até chegarmos ao prédio onde eu morava, só não convidei-o para entrar por causa dos meus afazeres do dia, mas foi durante o percurso e nossa conversa que eu pude concluir o quão bem me fez passar esse tempo com ele, James era uma ótima companhia. Despedi-me com um sorriso largo, desculpando-me por não convidá-lo e ele disse que me ligaria para sairmos mais vezes.
Entrei no meu apartamento e fui tomar um banho rápido. Com uma toalha ainda nos cabelos, sentei-me na minha cama perto do criado mudo e apertei o botão da secretária eletrônica. A primeira mensagem começou:
- , aqui é o , mas isso você já deve saber, me liga, por favor, me procura se mudar de ideia, eu ainda te quero.
Expressei minha melhor cara de tédio, pois já ouvira aquele discurso muitas vezes, esperei a segunda mensagem, que me fez pular de felicidade, minha melhor amiga , que estava morando em Manchester, viria passar uma semana na minha casa. Ah, só eu sabia o tanto que eu sentia falta dela.
As outras eram mais mensagens do e das galinhas da faculdade, então nem dei muita importância e comecei a me preparar para estudar, as últimas provas estavam chegando e eu não podia pegar dependência em nada, fora os artigos que eu tinha que entregar para a aula de redação. Eu ficaria louca se não terminasse e tivesse que passar mais um semestre aturando aquelas pessoas.
Peguei alguns livros sobre história dos jornais, os principais do mundo e alguns dos artigos mais divulgados no mundo todo e fiquei estudando até a hora que me bateu fome, devia ser hora do almoço. Quando decidi pegar o telefone para pedir comida chinesa, meu celular começou a tocar e eu corri para atender, tinha quase certeza de que era a minha amiga querida.
- Alô – atendi animada após checar no display que era ela.
- Caramba, que animação – ela riu.
- Ah, não é todo dia que eu recebo uma mensagem que a melhor amiga está vindo me visitar.
- Que bom, amor, estou saindo do aeroporto – ela exclamou feliz.
- Tão rápido? Que ótimo! Vou pedir comida chinesa para o almoço, o que você quer?
- Ihh, esqueceu que eu não gosto muito? Mas nem se preocupa, já comi no aeroporto.
- Sua chata, nem pra vir almoçar comigo.
- Amiga, são duas da tarde, imaginei que você já tivesse almoçado. Bom, depois a gente conversa, já estou chegando! Beijos.
- Beijos, até daqui a pouco.
Desliguei e pedi a comida em seguida, tinha me perdido naqueles artigos todos e nem vi a hora passar, estava faminta.
Sentei-me na cama e fitei-o, não repreendi um sorriso ao lembrar da ótima noite que eu passara com James e como ele estava lindo ali dormindo, com o rosto sereno, puxei um dos cobertores porque estava meio frio e levantei, dei uma olhada pelo quarto em busca das minhas roupas, me lembrando de que ele levara para a lavanderia. Decidi deitar novamente e esperar que ele acordasse, enquanto eu o olhava e apreciava aquele rosto lindo.
Devia ter passado pouco mais de meia hora até que eu senti que ele se moveu, olhei-o e ele sorriu para mim.
- Que bom que você ainda está aqui. – ele abriu mais ainda o sorriso – Bom dia.
- Bom dia, dorminhoco, e eu só não fugi porque o senhor ainda não me devolveu as minhas roupas, tenho umas mil coisas para fazer hoje, preciso ir pra casa logo.
- Toma café da manhã aqui comigo antes de ir? – ele pareceu uma criança pedindo doce, ele era tão fofo e simpático que não tinha como recusar. Com toda essa simpatia, todo o meu mau-humor e as preocupações com o e as meninas pareciam ter evaporado.
- E tem como dizer não? – eu ri e toquei o nariz dele dando-lhe um selinho em seguida – Mas pega as minhas roupas primeiro, as suas estão meio largas em mim. – terminei a frase olhando-o, enquanto tentava desembaraçar meu cabelo com os dedos.
Ele deu uma risada gostosa, pegou um pente no banheiro, jogou pra mim e foi correndo para a lavanderia, trazendo minhas roupas limpas e cheirosas. Coloquei meu vestido e peguei meus acessórios que estavam pelo quarto: brincos, sandálias...
James vestiu uma bermuda azul-escura e uma camiseta branca com estampas disformes, descemos para a copa, onde havia uma linda mesa posta para o café, um exagero para apenas duas pessoas. Sentamos e comemos, conversamos sobre coisas aleatórias, faculdade, meu carro, festas.
Quando acabamos, ele se ofereceu para me levar em casa e eu concordei, seguindo para a garagem com ele. Expliquei o caminho, ficamos rindo e falando bobagens até chegarmos ao prédio onde eu morava, só não convidei-o para entrar por causa dos meus afazeres do dia, mas foi durante o percurso e nossa conversa que eu pude concluir o quão bem me fez passar esse tempo com ele, James era uma ótima companhia. Despedi-me com um sorriso largo, desculpando-me por não convidá-lo e ele disse que me ligaria para sairmos mais vezes.
Entrei no meu apartamento e fui tomar um banho rápido. Com uma toalha ainda nos cabelos, sentei-me na minha cama perto do criado mudo e apertei o botão da secretária eletrônica. A primeira mensagem começou:
- , aqui é o , mas isso você já deve saber, me liga, por favor, me procura se mudar de ideia, eu ainda te quero.
Expressei minha melhor cara de tédio, pois já ouvira aquele discurso muitas vezes, esperei a segunda mensagem, que me fez pular de felicidade, minha melhor amiga , que estava morando em Manchester, viria passar uma semana na minha casa. Ah, só eu sabia o tanto que eu sentia falta dela.
As outras eram mais mensagens do e das galinhas da faculdade, então nem dei muita importância e comecei a me preparar para estudar, as últimas provas estavam chegando e eu não podia pegar dependência em nada, fora os artigos que eu tinha que entregar para a aula de redação. Eu ficaria louca se não terminasse e tivesse que passar mais um semestre aturando aquelas pessoas.
Peguei alguns livros sobre história dos jornais, os principais do mundo e alguns dos artigos mais divulgados no mundo todo e fiquei estudando até a hora que me bateu fome, devia ser hora do almoço. Quando decidi pegar o telefone para pedir comida chinesa, meu celular começou a tocar e eu corri para atender, tinha quase certeza de que era a minha amiga querida.
- Alô – atendi animada após checar no display que era ela.
- Caramba, que animação – ela riu.
- Ah, não é todo dia que eu recebo uma mensagem que a melhor amiga está vindo me visitar.
- Que bom, amor, estou saindo do aeroporto – ela exclamou feliz.
- Tão rápido? Que ótimo! Vou pedir comida chinesa para o almoço, o que você quer?
- Ihh, esqueceu que eu não gosto muito? Mas nem se preocupa, já comi no aeroporto.
- Sua chata, nem pra vir almoçar comigo.
- Amiga, são duas da tarde, imaginei que você já tivesse almoçado. Bom, depois a gente conversa, já estou chegando! Beijos.
- Beijos, até daqui a pouco.
Desliguei e pedi a comida em seguida, tinha me perdido naqueles artigos todos e nem vi a hora passar, estava faminta.
Capítulo 8
A chegou e eu desci para encontrá-la. Abracei-a com toda força que consegui, eu estava com muitas saudades, três meses longe dela era difícil de aguentar. Subimos para o apartamento e ficamos conversando sobre um pouco de tudo, até que minha comida chegou. Conversamos mais e rimos bastante enquanto almoçava, a gente se falava pouco devido à falta de tempo mesmo, ela trabalhava e estudava em Manchester e eu aqui em Londres, estudando e começando um novo trabalho. Contei pra ela sobre o James, como o conheci, da noite que passei com ele, sem detalhes, é claro, porque sobre o ela tinha decorado todas as histórias, desde que terminamos.
Falei sobre a Universidade e contei do novo emprego como colunista de uma revista da cidade, ela me contou como estava sua vida em geral, seu trabalho como estagiária de veterinária, sobre o pessoal da república onde ela morava e de todos os rolos na faculdade.
Passamos o sábado inteiro fofocando sobre tudo um pouco e comendo doces e salgadinhos na frente da televisão, tomando um Martini só para não perder a prática. Decidimos ir a uma boate perto a minha casa para dançar e curtir um pouco, mas nem demoramos muito para voltar para casa, estava cansada da viagem e eu de estudar. No domingo fizemos algumas compras no shopping, como sempre fazíamos na época do colégio, e de tarde levei-a para um churrasco do pessoal da administração, recebi o convite das meninas com quem eu fiz uns trabalhos no jornal do campus e nem estava a fim de ir, até saber que a minha amiguinha chegaria e poderia ir comigo. A festinha foi bem divertida, a galera era muito legal, bebemos um pouco e ficamos conversando com um grupinho de calouros.
Voltamos para minha casa lá pelas sete da noite, assistimos dois filmes de comédia, não estava muito interessada em nada romântico no momento, e depois fomos dormir, eu teria uma aula extra de redação as oito horas da manhã no dia seguinte.
Minha amizade com a era a coisa mais preciosa e importante que me restava, depois da minha família, que estava um pouco longe, mas eu os amava muito e sempre mandava notícias, ela era uma ótima amiga, daquelas para todas as horas, ela era atenciosa, compreensiva, sabia me aturar, me dava bronca quando precisava, ela sempre ajudou e me escutou sempre. Eu fiquei feliz por ela ter conseguido entrar na melhor faculdade de veterinária da Inglaterra inteira e pelo seu estágio, mas a parte ruim era aguentar ficar longe dela. No colégio era tudo tão simples, não havia gente me cobrando a toda hora, eu não queria ser ninguém diferente de mim mesma, crescer estava ficando cada vez mais complicado.
Flashback
- , amiga, nem acredito que já vamos prestar vestibular, o tempo passou rápido demais, tomara que passemos nas melhores faculdades! – eu pulei em um abraço apertado nela.
- Claro que vamos, e depois de formadas, vamos morar juntas e trabalhar pertinho uma da outra, pena que não tem Jornalismo em Manchester e a Veterinária é muito melhor lá do que em Londres, mas nos veremos sempre, não é? – ela sorria, de olhos fechados, imaginando nosso futuro, presumi.
- Sim, sim e sim! Seremos melhores amigas pra sempre e sempre, e eu não vou deixar de te importunar nunquinha. – soltei uma gargalhada gostosa.
Ficamos conversando sobre as nossas teorias malucas sobre como seria durante e depois da faculdade, tomamos sorvete a tarde inteira e ainda fomos no shopping para pegar um cineminha com nossos amigos. Éramos sete, três meninas e quatro meninos, já tinha até um casal entre a turma, era super divertido, fazíamos tudo juntos, quase nunca brigávamos. Eu gostava tanto daquilo, mas estava extremamente ansiosa para o que me aguardava na faculdade. Novas pessoas, nova vida, talvez novos amigos... tudo novo e diferente.
End Flashback
Mal sabia eu o quão feliz eu era no colegial, meus amigos eram todos pessoas incríveis, eu sentia muita falta de todos eles, mas me distanciei deles de propósito, dei muitas mancadas depois de entrar na bendita faculdade e não fazia ideia de como me desculpar com eles. Minha vida estava complicada, mas ainda bem que a não me deixou de lado nunca, se não fosse ela vir atrás de mim, até sem ela eu estaria, de tão estúpida e idiota que eu fui, sorte que ela realmente me perdoou e nunca me abandonou, senão eu estaria realmente sem saber o que fazer da minha vida agora.
Falei sobre a Universidade e contei do novo emprego como colunista de uma revista da cidade, ela me contou como estava sua vida em geral, seu trabalho como estagiária de veterinária, sobre o pessoal da república onde ela morava e de todos os rolos na faculdade.
Passamos o sábado inteiro fofocando sobre tudo um pouco e comendo doces e salgadinhos na frente da televisão, tomando um Martini só para não perder a prática. Decidimos ir a uma boate perto a minha casa para dançar e curtir um pouco, mas nem demoramos muito para voltar para casa, estava cansada da viagem e eu de estudar. No domingo fizemos algumas compras no shopping, como sempre fazíamos na época do colégio, e de tarde levei-a para um churrasco do pessoal da administração, recebi o convite das meninas com quem eu fiz uns trabalhos no jornal do campus e nem estava a fim de ir, até saber que a minha amiguinha chegaria e poderia ir comigo. A festinha foi bem divertida, a galera era muito legal, bebemos um pouco e ficamos conversando com um grupinho de calouros.
Voltamos para minha casa lá pelas sete da noite, assistimos dois filmes de comédia, não estava muito interessada em nada romântico no momento, e depois fomos dormir, eu teria uma aula extra de redação as oito horas da manhã no dia seguinte.
Minha amizade com a era a coisa mais preciosa e importante que me restava, depois da minha família, que estava um pouco longe, mas eu os amava muito e sempre mandava notícias, ela era uma ótima amiga, daquelas para todas as horas, ela era atenciosa, compreensiva, sabia me aturar, me dava bronca quando precisava, ela sempre ajudou e me escutou sempre. Eu fiquei feliz por ela ter conseguido entrar na melhor faculdade de veterinária da Inglaterra inteira e pelo seu estágio, mas a parte ruim era aguentar ficar longe dela. No colégio era tudo tão simples, não havia gente me cobrando a toda hora, eu não queria ser ninguém diferente de mim mesma, crescer estava ficando cada vez mais complicado.
Flashback
- , amiga, nem acredito que já vamos prestar vestibular, o tempo passou rápido demais, tomara que passemos nas melhores faculdades! – eu pulei em um abraço apertado nela.
- Claro que vamos, e depois de formadas, vamos morar juntas e trabalhar pertinho uma da outra, pena que não tem Jornalismo em Manchester e a Veterinária é muito melhor lá do que em Londres, mas nos veremos sempre, não é? – ela sorria, de olhos fechados, imaginando nosso futuro, presumi.
- Sim, sim e sim! Seremos melhores amigas pra sempre e sempre, e eu não vou deixar de te importunar nunquinha. – soltei uma gargalhada gostosa.
Ficamos conversando sobre as nossas teorias malucas sobre como seria durante e depois da faculdade, tomamos sorvete a tarde inteira e ainda fomos no shopping para pegar um cineminha com nossos amigos. Éramos sete, três meninas e quatro meninos, já tinha até um casal entre a turma, era super divertido, fazíamos tudo juntos, quase nunca brigávamos. Eu gostava tanto daquilo, mas estava extremamente ansiosa para o que me aguardava na faculdade. Novas pessoas, nova vida, talvez novos amigos... tudo novo e diferente.
End Flashback
Mal sabia eu o quão feliz eu era no colegial, meus amigos eram todos pessoas incríveis, eu sentia muita falta de todos eles, mas me distanciei deles de propósito, dei muitas mancadas depois de entrar na bendita faculdade e não fazia ideia de como me desculpar com eles. Minha vida estava complicada, mas ainda bem que a não me deixou de lado nunca, se não fosse ela vir atrás de mim, até sem ela eu estaria, de tão estúpida e idiota que eu fui, sorte que ela realmente me perdoou e nunca me abandonou, senão eu estaria realmente sem saber o que fazer da minha vida agora.
Capítulo 9
Sai sonolenta da aula de redação e liguei para avisar a que não almoçaria em casa, decidi ficar direto para as aulas da tarde. Já eram quase onze horas e eu tinha deixado meu carro no conserto, não estava nem um pouco a fim de chamar um táxi. Resolvi estudar um pouco até a hora do almoço, estava precisando mesmo ficar um pouco sozinha.
Encontrei um canto sossegado na biblioteca, peguei algum dos livros sobre história da arte para um artigo extra que eu faria, mas estava tão entediada e cansada que acabei dormindo em cima do livro depois de apenas quatro capítulos e algumas páginas. Fui acordada pouco tempo depois por Katherine, que me chacoalhou bruscamente, quase me derrubando da cadeira.
- O que você quer sua louca? Vai acordar a sua mãe desse jeito! – fui grosseira logo de cara, não estava com a mínima paciência e ela estava louquinha para contar sobre o fim de semana com o tal Jhonatan, da engenharia. A minha humilde pessoa só gostaria muito de saber como é que ela me achou lá. Eu tinha imã de puta por acaso? Só podia ser um carma ou sei lá, Katherine e Ashlee me achavam a qualquer hora, em qualquer lugar, mesmo se fosse em um banheiro químico, ou coisa do tipo, mas chega de conjecturar, elas me acham, sei lá como, e pronto. Porém eu tinha meus planos para mudar essa situação, e eu estava muito a fim de colocá-los em prática, afinal, eu estava mesmo cansada daquilo tudo. Era para a faculdade ser interessante e divertida, mas conheci garotas completamente ocas, burras e conheci e perdi o único cara por quem eu me interessei, ou seja, não fazia muito sentido em eu fingir mais que gostava daquilo tudo.
Quando ela começou a falar, cortei-a, rispidamente:
- Olha, eu não faço a menor ideia de como você me encontrou aqui e não tenho o mínimo interesse em saber sobre as suas festinhas particulares com os garotos mais novos e estou pouco ligando pra Ashlee com o , eu só preciso de paz, só quero que vocês duas me esqueçam e nunca mais falem comigo, quero distância de vocês. Entendeu ou eu vou precisar desenhar para que seu cérebro nada desenvolvido entenda? – cuspi as palavras, enfim eu colocaria tudo o que eu estava sentindo pra fora, eu não sei por quanto tempo mais eu ia aguentar sem tentar matar uma das duas, ou as duas de preferência.
- Nossa, sua grosseira. Se sua noite foi ruim, seu namorado te largou e você está de TPM eu não tenho nada com isso, a gente conversa quando você estiver mais calminha, ta? Ai eu te conto os detalhes do meu fim de semana maravilhoso. – para variar, ela terminou a frase mordendo o lábio inferior, com a maior cara de tarada. Aquela garota era o cúmulo da falta de escrúpulos.
- TPM, honey? – engasguei – Se fosse, você estaria morta agora, provavelmente, mas não! Eu falei sério, mais sério que em minha vida toda, se afasta de mim antes que eu exploda de vez, eu estou me segurando já faz um tempo e se eu precisar descontar em alguém, tenho dó da pobre coitada. – dei um sorrisinho sínico.
Ela me olhou assustada e saiu, praticamente correndo, da biblioteca, me deixando sozinha de novo, surpresa com minhas próprias palavras. Abri o livro novamente, mas não li uma linha antes de decidir fechá-lo, precisava tomar um ar, dar uma volta e relaxar um pouco, já estava quase na hora do almoço.
Segui para o jardim principal e vi que saia com duas mochilas, uma em cada ombro, e algumas coisas que costumavam ficar em seu armário nas mãos, meio desajeitadas, alguns amigos o acompanhavam, uns deles apertavam-lhe as mãos, e outros tapinhas nas costas e lançando-lhe sorrisos, alguns tristes, outros falsos, e uns apenas seguindo um pouco afastados. Formavam um grande grupo de garotos indo em direção ao estacionamento. Não sei direito o porquê, mas naquele exato momento, eu tive a mais absoluta certeza de que estava indo embora, para onde eu não fazia ideia, faltavam dois anos para concluir seu curso e o semestre ainda não acabara, fiquei triste e instigada ao mesmo tempo.
Esperei alguns minutos sentada em um dos bancos de madeira que haviam lá, até que quase todos os garotos que tinham ido com estavam voltando e entrando no prédio principal novamente, sem ele, obviamente. George, seu amigo mais próximo, que me conhecia desde que comecei a namorar com ele, me encarou por algum tempo e disse para os outros irem na frente que depois ele os encontrava.
Ele esperou que eles sumissem hall a dentro e começou a caminhar na minha direção, com o queixo rígido e a expressão dura, me deu até um pouco de medo, ele era bem maior do que eu e sua cara não expressava nenhum tipo de felicidade ou simpatia, nem nada próximo disso. Ele apenas sentou-se a meu lado e suspirou pesadamente, relaxando um pouco suas feições e abrindo os punhos.
- Você deve estar feliz agora, não é? – George perguntou baixo, mesmo sem olhar para mim, senti desprezo e angústia no tom de voz dele.
- Não sei do que você está falando.
- Até parece que você não veio até aqui para ter absoluta certeza de que ele estava falando mesmo sério quando disse que ia embora. – enfim ele me encarou. Ele estava estranho, seu rosto misturava tantos sentimentos que eu não consegui distinguir sua expressão.
- Embora? – droga, suspeitas confirmadas, por que eu me sentia tão mal? Eu não terminei com ele? – Mas eu nem sabia de nada... Ele foi pra onde? – esperei que George não tenha notado a gota de desespero que eu deixei escapar. Será que eu não veria mais o ? Nunca mais?
- O disse que se cansou de te pedir perdão, de correr atrás de você e que não aguentava mais o clima horrível entre vocês. Então ele pediu transferência semana passada e voltou para Bolton.
- Eu não sabia de nada disso, ele nunca me disse nada de ir embora ou sei lá, eu estou magoada com ele, não sei se consigo confiar nele de novo e, quando ele foi me procurar no fim de semana, ele só falou as mesmas coisas de sempre, que queria voltar e você deve conhecer o resto do discurso que eu já ouvi muitas vezes dele. – eu estava perplexa com tudo, não sabia se estava triste pelo ir embora ou irritada pelas lindas suposições que o amiguinho dele estava fazendo.
- Então por que você ficou com ele naquele dia? E ainda mandou ele sumir da sua vida logo depois? Você tem algum distúrbio bipolar, ? – eu não tinha mais saída, o já tinha contado sobre o que aconteceu no meu apartamento naquela sexta-feira, eu não sabia mais o que falar, George estava certo, eu descontei minha mágoa, chateando ele também e isso não me fazia melhor que o , eu lhe devia desculpas e sabia disso, porém não foram as palavras que o George falou que eu disse a , eu não tinha sido grosseira, pedi que ele me esquecesse e parasse de me pedir para voltar, porque isso não iria acontecer.
- Acho que você não é nada bobo e deve saber que eu ainda amo o seu amigo, eu fui fraca, não resisti, eu também sou humana. E não vem com essa de que eu usei pra depois pisar, porque não foi bem assim que aconteceu, eu só pedi que ele parasse de me procurar e me pedir pra voltar, aquilo estava acabando comigo porque eu ia ceder mais cedo ou mais tarde, e tenho medo de sofrer de novo, será que é difícil de entender?
- Só fique sabendo uma coisa, garota. Você não conhece absolutamente nada do e ainda acho que é meio tapadinha, só você não viu que também errou com ele? Mais de uma vez! Não foi uma traiçãozinha aqui, outras brigas... Aconteceram coisas que ele não me explicou direito que levaram ele a cometer alguns erros. Então pensa muito bem no que está fazendo com a vida dele, para de brincar com os sentimentos das pessoas. – ele esfregou as mãos no rosto por alguns segundos e me olhou de lado – Ele tem é sorte de ter se livrado de você, tão fechada em você mesma que nem enxerga os próprios erros. – George me lançou um olhar feio e me deixou lá sozinha, ainda mais perplexa.
Encontrei um canto sossegado na biblioteca, peguei algum dos livros sobre história da arte para um artigo extra que eu faria, mas estava tão entediada e cansada que acabei dormindo em cima do livro depois de apenas quatro capítulos e algumas páginas. Fui acordada pouco tempo depois por Katherine, que me chacoalhou bruscamente, quase me derrubando da cadeira.
- O que você quer sua louca? Vai acordar a sua mãe desse jeito! – fui grosseira logo de cara, não estava com a mínima paciência e ela estava louquinha para contar sobre o fim de semana com o tal Jhonatan, da engenharia. A minha humilde pessoa só gostaria muito de saber como é que ela me achou lá. Eu tinha imã de puta por acaso? Só podia ser um carma ou sei lá, Katherine e Ashlee me achavam a qualquer hora, em qualquer lugar, mesmo se fosse em um banheiro químico, ou coisa do tipo, mas chega de conjecturar, elas me acham, sei lá como, e pronto. Porém eu tinha meus planos para mudar essa situação, e eu estava muito a fim de colocá-los em prática, afinal, eu estava mesmo cansada daquilo tudo. Era para a faculdade ser interessante e divertida, mas conheci garotas completamente ocas, burras e conheci e perdi o único cara por quem eu me interessei, ou seja, não fazia muito sentido em eu fingir mais que gostava daquilo tudo.
Quando ela começou a falar, cortei-a, rispidamente:
- Olha, eu não faço a menor ideia de como você me encontrou aqui e não tenho o mínimo interesse em saber sobre as suas festinhas particulares com os garotos mais novos e estou pouco ligando pra Ashlee com o , eu só preciso de paz, só quero que vocês duas me esqueçam e nunca mais falem comigo, quero distância de vocês. Entendeu ou eu vou precisar desenhar para que seu cérebro nada desenvolvido entenda? – cuspi as palavras, enfim eu colocaria tudo o que eu estava sentindo pra fora, eu não sei por quanto tempo mais eu ia aguentar sem tentar matar uma das duas, ou as duas de preferência.
- Nossa, sua grosseira. Se sua noite foi ruim, seu namorado te largou e você está de TPM eu não tenho nada com isso, a gente conversa quando você estiver mais calminha, ta? Ai eu te conto os detalhes do meu fim de semana maravilhoso. – para variar, ela terminou a frase mordendo o lábio inferior, com a maior cara de tarada. Aquela garota era o cúmulo da falta de escrúpulos.
- TPM, honey? – engasguei – Se fosse, você estaria morta agora, provavelmente, mas não! Eu falei sério, mais sério que em minha vida toda, se afasta de mim antes que eu exploda de vez, eu estou me segurando já faz um tempo e se eu precisar descontar em alguém, tenho dó da pobre coitada. – dei um sorrisinho sínico.
Ela me olhou assustada e saiu, praticamente correndo, da biblioteca, me deixando sozinha de novo, surpresa com minhas próprias palavras. Abri o livro novamente, mas não li uma linha antes de decidir fechá-lo, precisava tomar um ar, dar uma volta e relaxar um pouco, já estava quase na hora do almoço.
Segui para o jardim principal e vi que saia com duas mochilas, uma em cada ombro, e algumas coisas que costumavam ficar em seu armário nas mãos, meio desajeitadas, alguns amigos o acompanhavam, uns deles apertavam-lhe as mãos, e outros tapinhas nas costas e lançando-lhe sorrisos, alguns tristes, outros falsos, e uns apenas seguindo um pouco afastados. Formavam um grande grupo de garotos indo em direção ao estacionamento. Não sei direito o porquê, mas naquele exato momento, eu tive a mais absoluta certeza de que estava indo embora, para onde eu não fazia ideia, faltavam dois anos para concluir seu curso e o semestre ainda não acabara, fiquei triste e instigada ao mesmo tempo.
Esperei alguns minutos sentada em um dos bancos de madeira que haviam lá, até que quase todos os garotos que tinham ido com estavam voltando e entrando no prédio principal novamente, sem ele, obviamente. George, seu amigo mais próximo, que me conhecia desde que comecei a namorar com ele, me encarou por algum tempo e disse para os outros irem na frente que depois ele os encontrava.
Ele esperou que eles sumissem hall a dentro e começou a caminhar na minha direção, com o queixo rígido e a expressão dura, me deu até um pouco de medo, ele era bem maior do que eu e sua cara não expressava nenhum tipo de felicidade ou simpatia, nem nada próximo disso. Ele apenas sentou-se a meu lado e suspirou pesadamente, relaxando um pouco suas feições e abrindo os punhos.
- Você deve estar feliz agora, não é? – George perguntou baixo, mesmo sem olhar para mim, senti desprezo e angústia no tom de voz dele.
- Não sei do que você está falando.
- Até parece que você não veio até aqui para ter absoluta certeza de que ele estava falando mesmo sério quando disse que ia embora. – enfim ele me encarou. Ele estava estranho, seu rosto misturava tantos sentimentos que eu não consegui distinguir sua expressão.
- Embora? – droga, suspeitas confirmadas, por que eu me sentia tão mal? Eu não terminei com ele? – Mas eu nem sabia de nada... Ele foi pra onde? – esperei que George não tenha notado a gota de desespero que eu deixei escapar. Será que eu não veria mais o ? Nunca mais?
- O disse que se cansou de te pedir perdão, de correr atrás de você e que não aguentava mais o clima horrível entre vocês. Então ele pediu transferência semana passada e voltou para Bolton.
- Eu não sabia de nada disso, ele nunca me disse nada de ir embora ou sei lá, eu estou magoada com ele, não sei se consigo confiar nele de novo e, quando ele foi me procurar no fim de semana, ele só falou as mesmas coisas de sempre, que queria voltar e você deve conhecer o resto do discurso que eu já ouvi muitas vezes dele. – eu estava perplexa com tudo, não sabia se estava triste pelo ir embora ou irritada pelas lindas suposições que o amiguinho dele estava fazendo.
- Então por que você ficou com ele naquele dia? E ainda mandou ele sumir da sua vida logo depois? Você tem algum distúrbio bipolar, ? – eu não tinha mais saída, o já tinha contado sobre o que aconteceu no meu apartamento naquela sexta-feira, eu não sabia mais o que falar, George estava certo, eu descontei minha mágoa, chateando ele também e isso não me fazia melhor que o , eu lhe devia desculpas e sabia disso, porém não foram as palavras que o George falou que eu disse a , eu não tinha sido grosseira, pedi que ele me esquecesse e parasse de me pedir para voltar, porque isso não iria acontecer.
- Acho que você não é nada bobo e deve saber que eu ainda amo o seu amigo, eu fui fraca, não resisti, eu também sou humana. E não vem com essa de que eu usei pra depois pisar, porque não foi bem assim que aconteceu, eu só pedi que ele parasse de me procurar e me pedir pra voltar, aquilo estava acabando comigo porque eu ia ceder mais cedo ou mais tarde, e tenho medo de sofrer de novo, será que é difícil de entender?
- Só fique sabendo uma coisa, garota. Você não conhece absolutamente nada do e ainda acho que é meio tapadinha, só você não viu que também errou com ele? Mais de uma vez! Não foi uma traiçãozinha aqui, outras brigas... Aconteceram coisas que ele não me explicou direito que levaram ele a cometer alguns erros. Então pensa muito bem no que está fazendo com a vida dele, para de brincar com os sentimentos das pessoas. – ele esfregou as mãos no rosto por alguns segundos e me olhou de lado – Ele tem é sorte de ter se livrado de você, tão fechada em você mesma que nem enxerga os próprios erros. – George me lançou um olhar feio e me deixou lá sozinha, ainda mais perplexa.
Capítulo 10
Fiquei ali parada, encarando o nada por algum tempo, absolutamente perplexa, até que me lembrei que precisava comer alguma coisa antes da aula. Porém, àquela altura do campeonato, eu nem estava mais com fome, comi um salgado que deixei pela metade e, a caminho do meu armário, onde guardara meus livros, encontrei a Ashlee tendo um acesso de raiva, dando gritinhos e empurrando quem passasse na sua frente. Imaginei logo de cara que fosse pelo e ri sozinha, mesmo nem sendo tão engraçado assim.
Peguei alguns livros que eu usaria nas primeiras aulas e, quando pensei que tinha passado despercebida pela Ashlee, nem deu tempo de me virar direito para o corredor e vi-a, completamente enraivecida, vindo em minha direção, prontinha para voar em alguém, alguém que no caso seria eu. Soltei os livros rapidamente e coloquei os braços para frente, pronta para segurá-la, mas ela não veio me bater, fez exatamente o contrário de tudo que eu esperava, Ashlee me abraçou e desabou em choro, deixando-me completamente chocada com essa reação. Se bem, se analisasse direito, ela não tinha nenhum motivo para brigar comigo, o que curtira com a cara dela, eu só fiz o que ela pediu e levei-o para a festa, a não ser que tivesse descoberto que fiquei com ele antes de levá-lo para encontrá-la. Dei tapinhas amigáveis nas costas dela, segurando a vontade louca de rir, e guiei-a para o banheiro, sentamos no banco que havia lá. Não sabia muito bem se teria estômago para ouvir o drama dela, mas resolvi me arriscar, às vezes seria melhor do que eu esperava e eu acabasse rindo da situação depois. Ela, enfim, começou entre soluços:
- Ele é um cachorro, , não sei como você conseguiu namorar aquele cretino! Ele não tem sentimentos – ela chorou mais e eu piorei a minha cara de quem comeu comida estragada – ele nem queria ficar comigo de verdade – não era nenhuma novidade para mim, mas tudo bem – Dá pra acreditar que o jogou na minha cara que só ficou comigo para ver a sua reação? – ela soluçou alto e eu arregalei os olhos, ele realmente estava se esforçando mais do que nas briguinhas que nós tínhamos para voltar comigo. Quem diria, querendo provocar ciúmes em mim, por que eu só ouvia essas coisas depois da cagada pronta? Ele tinha ido embora, mas que inferno. Será que todos os meus julgamentos sobre ele estavam errados? Que droga, eu estava cada vez mais perdida com tudo que eu precisei absorver em tão pouco tempo.
- Não acredito, que safado. – escondi toda a minha confusão interna e usei meu tom mais sarcástico, eu estava adorando ouvir aquilo, mas ao em vez de ele tentar falar comigo direito, sem tentar me agarrar ou nada do tipo, NÃO, ele resolveu fazer os joguinhos infantis para chamar a minha atenção e ir embora emburradinho. – Ele só disse isso pra você? Não falou mais nada? – Qualquer informação sobre ele estava sendo bem-vinda para me ajudar a entender tudo direito.
- Sobre isso não, ele me chamou de vagabunda oferecida – ela soltou um barulho agudo direto de sua garganta – que eu estava aprendendo direitinho com você e que se quisesse me salvar eu tinha que ficar longe de você, porque você não prestava. – Ashlee engoliu o choro aos poucos, dando lugar à raiva, que deixou seu rosto rubro.
Filho da puta, como assim ele saia falando essas coisas de mim? Ainda mais para ela. George era seu amigo e tinha um certo direito de sentir raiva de mim, mas a Ashlee? Covardia, eu fiz o intermediário, mas quem pegou foi ele, ele também errara comigo, várias vezes!
Livrei-me da Ashlee, encerrando a conversa com um “nem se afastando de mim você teria conserto, você nasceu pra ser biscate” e alguma coisa parecida com o que tinha falado para a Katherine. Aquele papo do ter falado isso e aquilo de mim tinha me tirado do sério e eu descontaria em qualquer um que sonhasse em entrar no meu caminho. Saí do banheiro, peguei minhas coisas que alguém, gentilmente, tinha juntado e deixado em cima do armário, agradeci mentalmente à boa alma e fui para minha aula de edição de vídeos.
Estava surtando de raiva e tudo o que eu ouvira de George e de Ashlee acabaram com o meu dia, eu conhecia qual , afinal? Quantas personalidades ele tinha? No começo do nosso namoro ele era uma gracinha comigo, depois virou um mandão e ainda ficava com outras meninas, agora que eu terminei tudo ele tinha virado a vitima? Pelo amor de Deus, né? não era nenhum santo e isso estava acabando comigo, será que só eu via a verdade? Ou será que só eu não sabia quem ele era? Eu tinha que pensar em outra coisa ou enlouqueceria.
Peguei alguns livros que eu usaria nas primeiras aulas e, quando pensei que tinha passado despercebida pela Ashlee, nem deu tempo de me virar direito para o corredor e vi-a, completamente enraivecida, vindo em minha direção, prontinha para voar em alguém, alguém que no caso seria eu. Soltei os livros rapidamente e coloquei os braços para frente, pronta para segurá-la, mas ela não veio me bater, fez exatamente o contrário de tudo que eu esperava, Ashlee me abraçou e desabou em choro, deixando-me completamente chocada com essa reação. Se bem, se analisasse direito, ela não tinha nenhum motivo para brigar comigo, o que curtira com a cara dela, eu só fiz o que ela pediu e levei-o para a festa, a não ser que tivesse descoberto que fiquei com ele antes de levá-lo para encontrá-la. Dei tapinhas amigáveis nas costas dela, segurando a vontade louca de rir, e guiei-a para o banheiro, sentamos no banco que havia lá. Não sabia muito bem se teria estômago para ouvir o drama dela, mas resolvi me arriscar, às vezes seria melhor do que eu esperava e eu acabasse rindo da situação depois. Ela, enfim, começou entre soluços:
- Ele é um cachorro, , não sei como você conseguiu namorar aquele cretino! Ele não tem sentimentos – ela chorou mais e eu piorei a minha cara de quem comeu comida estragada – ele nem queria ficar comigo de verdade – não era nenhuma novidade para mim, mas tudo bem – Dá pra acreditar que o jogou na minha cara que só ficou comigo para ver a sua reação? – ela soluçou alto e eu arregalei os olhos, ele realmente estava se esforçando mais do que nas briguinhas que nós tínhamos para voltar comigo. Quem diria, querendo provocar ciúmes em mim, por que eu só ouvia essas coisas depois da cagada pronta? Ele tinha ido embora, mas que inferno. Será que todos os meus julgamentos sobre ele estavam errados? Que droga, eu estava cada vez mais perdida com tudo que eu precisei absorver em tão pouco tempo.
- Não acredito, que safado. – escondi toda a minha confusão interna e usei meu tom mais sarcástico, eu estava adorando ouvir aquilo, mas ao em vez de ele tentar falar comigo direito, sem tentar me agarrar ou nada do tipo, NÃO, ele resolveu fazer os joguinhos infantis para chamar a minha atenção e ir embora emburradinho. – Ele só disse isso pra você? Não falou mais nada? – Qualquer informação sobre ele estava sendo bem-vinda para me ajudar a entender tudo direito.
- Sobre isso não, ele me chamou de vagabunda oferecida – ela soltou um barulho agudo direto de sua garganta – que eu estava aprendendo direitinho com você e que se quisesse me salvar eu tinha que ficar longe de você, porque você não prestava. – Ashlee engoliu o choro aos poucos, dando lugar à raiva, que deixou seu rosto rubro.
Filho da puta, como assim ele saia falando essas coisas de mim? Ainda mais para ela. George era seu amigo e tinha um certo direito de sentir raiva de mim, mas a Ashlee? Covardia, eu fiz o intermediário, mas quem pegou foi ele, ele também errara comigo, várias vezes!
Livrei-me da Ashlee, encerrando a conversa com um “nem se afastando de mim você teria conserto, você nasceu pra ser biscate” e alguma coisa parecida com o que tinha falado para a Katherine. Aquele papo do ter falado isso e aquilo de mim tinha me tirado do sério e eu descontaria em qualquer um que sonhasse em entrar no meu caminho. Saí do banheiro, peguei minhas coisas que alguém, gentilmente, tinha juntado e deixado em cima do armário, agradeci mentalmente à boa alma e fui para minha aula de edição de vídeos.
Estava surtando de raiva e tudo o que eu ouvira de George e de Ashlee acabaram com o meu dia, eu conhecia qual , afinal? Quantas personalidades ele tinha? No começo do nosso namoro ele era uma gracinha comigo, depois virou um mandão e ainda ficava com outras meninas, agora que eu terminei tudo ele tinha virado a vitima? Pelo amor de Deus, né? não era nenhum santo e isso estava acabando comigo, será que só eu via a verdade? Ou será que só eu não sabia quem ele era? Eu tinha que pensar em outra coisa ou enlouqueceria.
Capítulo 11
A aula foi um saco e eu não consegui prestar atenção em nada direito, as palavras de George martelavam na minha cabeça, as coisas que a Ashlee disse também tinham mexido muito comigo, eu tinha que tirar essa história a limpo antes que tivesse um treco. Precisava saber a verdade de uma vez, realmente fez tudo o que fez pela minha atenção? Ele se esfregou com a Ashlee sem pensar duas vezes, não tinha como acreditar que ele estava mesmo preocupado com o que eu iria ou não falar sobre o assunto. Nada mais estava fazendo sentido, eu me sentia confusa, pelo menos tinha me livrado das duas sombras vadias que estavam me cansando há muito tempo.
Por sorte o dia passou bem rápido, evitei falar com qualquer pessoa, exceto quando vi George passando por mim a caminho da saída.
- George – chamei-o e apertei o passo para alcançá-lo – espera, por favor – encostei uma mão no ombro dele.
- O que você quer? – ele se virou bruscamente.
- Você pode me contar direito porque o foi embora e me explicar que história era aquela de eu não conhecer nada dele?
- Com todo respeito, mesmo que você não mereça, eu não quero falar com você agora, pelo menos, se não te informaram, o meu amigo acabou de ir embora, não estou muito contente com isso – ele respondeu grosseiramente, soando irônico e estúpido. Depois dessa resposta ele saiu rápido de perto de mim, impedindo que eu falasse mais alguma coisa, me deixando ainda mais irritada com aquela situação.
A reação dele era estranha, tudo bem que eu tinha terminado com o amigo dele, mas tinha sido o que me magoou e não o contrário, eu já não entendia mais nada, mais cedo ou mais tarde eu arrancaria alguma coisa de George, eu não iria ficar me corroendo com toda a dúvida.
Peguei minhas coisas e parei um táxi na saída da faculdade, meu carro estava pronto e eu estava louca para pegá-lo e ir até James, cobrar meu prejuízo. Eu estava precisando muito de um pouco de diversão, mesmo não estando muito no clima. James pelo menos seria boa companhia, como se mostrou na noite em que nos encontramos.
Depois de pegar meu carro, alguma coisa me levou a dirigir diretamente para uma rua que eu conhecia muito bem e parar bem em frente a uma casa linda, com a fachada em tons de verde, exibindo um lindo jardim na frente. Aquela era a casa na qual eu passara horas e horas com ele, meu amor, minha perdição e, também, meu inferno particular, era a casa do e eu conclui a razão de eu ter ido parar lá, até vê-lo encostado em seu carro, apenas encarando a casa, provavelmente com os pensamentos em algum lugar longe dali. Desci do carro e fiquei olhando pra ele.
Num primeiro momento, eu só queria virar as costas, entrar no carro e ir embora, mas alguma coisa estava me mandando andar até lá e falar com ele. Antes de decidir o que fazer, minhas pernas pareciam agir por vontade própria, simplesmente me levaram ao encontro de um par de olhos , que me encarava despreocupadamente.
- Eu estava saindo, mas alguma coisa me disse que você apareceria aqui – ele suspirou pesadamente e deu um passo para perto de mim, que parara a uma distância segura dele. – estava cansado de esperar, você demorou. – aquele ar de convicção dele me tirara do sério, bufei e encarei-o dentro dos olhos.
- Como você sabia que eu vinha? Que coisa te disse que eu talvez viesse? Virou paranormal agora? – as palavras quase saíram sozinhas, eu não sabia o que estava sentindo, nem sabia mesmo o que tinha ido fazer lá.
- Na verdade eu não sabia, mas depois que o George me ligou e disse que você falou com ele, imaginei que viesse falar comigo, já que ele só te cortou. Ele me contou que você estava fazendo papel de coitadinha desentendida, mas como isso não combina com você, eu achei que me procuraria caso a sua amiguinha louca e fácil tivesse falado algo pra você. – ele ergueu a sobrancelha, prepotente como sempre. Que raiva.
- Aproveita toda essa sua linha de raciocínio e me explica o que o George veio me falar. E a Ashlee também! Que história é essa de eu ter errado? Foi você que cometeu todos os erros possíveis comigo quando estávamos juntos... E essa palhaçada de você tentar fazer ciuminho pra mim quando pegou aquela biscate? – encarei-o incrédula e irritada com a expressão calma que se ilustrava no rosto dele.
- Minha querida, você só enxergou as coisas pelo seu ponto de vista, você não pensou em tudo o que eu sentia por você e como eu me sentia em relação a tudo que envolvia nós dois. Você tem esse seu jeitinho de querer saber de tudo, esclarecer tudo, mas não organiza nem a própria vida, você nunca me deu oportunidade para tentar conversar e explicar o meu lado da história. Você fala de mim, que eu sou arrogante e sei lá mais o que, mas você também só pensa em você mesma. E eu não tentei fazer ciuminho, só quis saber se você tinha falado mesmo sério quando me jogou naquela menina sem pensar duas vezes, logo depois de ter ficado comigo e eu sei que você gostou. – ele desviou o olhar e checou seu relógio, eu estava sem ar – Eu estou indo embora pra ficar longe de alguém que não dá a mínima ao que acontece ao seu redor, alguém por quem não vale à pena insistir mais, eu cansei, sabe? Quero me afastar e te esquecer de uma vez. – ele me encarou de novo e entrou no carro, eu abria e fechava a boca, mas não saíam palavras, ele estava certo? Eu estava sem saída, não tinha respostas... Então ele continuou, dando partida do carro – Se quiser me procurar um dia, para de pensar só em você e vê se cresce e sai um pouco do seu mundinho. – então ele fechou o vidro do carro e acelerou, deixando-me ali, perplexa e sem reação.
Por sorte o dia passou bem rápido, evitei falar com qualquer pessoa, exceto quando vi George passando por mim a caminho da saída.
- George – chamei-o e apertei o passo para alcançá-lo – espera, por favor – encostei uma mão no ombro dele.
- O que você quer? – ele se virou bruscamente.
- Você pode me contar direito porque o foi embora e me explicar que história era aquela de eu não conhecer nada dele?
- Com todo respeito, mesmo que você não mereça, eu não quero falar com você agora, pelo menos, se não te informaram, o meu amigo acabou de ir embora, não estou muito contente com isso – ele respondeu grosseiramente, soando irônico e estúpido. Depois dessa resposta ele saiu rápido de perto de mim, impedindo que eu falasse mais alguma coisa, me deixando ainda mais irritada com aquela situação.
A reação dele era estranha, tudo bem que eu tinha terminado com o amigo dele, mas tinha sido o que me magoou e não o contrário, eu já não entendia mais nada, mais cedo ou mais tarde eu arrancaria alguma coisa de George, eu não iria ficar me corroendo com toda a dúvida.
Peguei minhas coisas e parei um táxi na saída da faculdade, meu carro estava pronto e eu estava louca para pegá-lo e ir até James, cobrar meu prejuízo. Eu estava precisando muito de um pouco de diversão, mesmo não estando muito no clima. James pelo menos seria boa companhia, como se mostrou na noite em que nos encontramos.
Depois de pegar meu carro, alguma coisa me levou a dirigir diretamente para uma rua que eu conhecia muito bem e parar bem em frente a uma casa linda, com a fachada em tons de verde, exibindo um lindo jardim na frente. Aquela era a casa na qual eu passara horas e horas com ele, meu amor, minha perdição e, também, meu inferno particular, era a casa do e eu conclui a razão de eu ter ido parar lá, até vê-lo encostado em seu carro, apenas encarando a casa, provavelmente com os pensamentos em algum lugar longe dali. Desci do carro e fiquei olhando pra ele.
Num primeiro momento, eu só queria virar as costas, entrar no carro e ir embora, mas alguma coisa estava me mandando andar até lá e falar com ele. Antes de decidir o que fazer, minhas pernas pareciam agir por vontade própria, simplesmente me levaram ao encontro de um par de olhos , que me encarava despreocupadamente.
- Eu estava saindo, mas alguma coisa me disse que você apareceria aqui – ele suspirou pesadamente e deu um passo para perto de mim, que parara a uma distância segura dele. – estava cansado de esperar, você demorou. – aquele ar de convicção dele me tirara do sério, bufei e encarei-o dentro dos olhos.
- Como você sabia que eu vinha? Que coisa te disse que eu talvez viesse? Virou paranormal agora? – as palavras quase saíram sozinhas, eu não sabia o que estava sentindo, nem sabia mesmo o que tinha ido fazer lá.
- Na verdade eu não sabia, mas depois que o George me ligou e disse que você falou com ele, imaginei que viesse falar comigo, já que ele só te cortou. Ele me contou que você estava fazendo papel de coitadinha desentendida, mas como isso não combina com você, eu achei que me procuraria caso a sua amiguinha louca e fácil tivesse falado algo pra você. – ele ergueu a sobrancelha, prepotente como sempre. Que raiva.
- Aproveita toda essa sua linha de raciocínio e me explica o que o George veio me falar. E a Ashlee também! Que história é essa de eu ter errado? Foi você que cometeu todos os erros possíveis comigo quando estávamos juntos... E essa palhaçada de você tentar fazer ciuminho pra mim quando pegou aquela biscate? – encarei-o incrédula e irritada com a expressão calma que se ilustrava no rosto dele.
- Minha querida, você só enxergou as coisas pelo seu ponto de vista, você não pensou em tudo o que eu sentia por você e como eu me sentia em relação a tudo que envolvia nós dois. Você tem esse seu jeitinho de querer saber de tudo, esclarecer tudo, mas não organiza nem a própria vida, você nunca me deu oportunidade para tentar conversar e explicar o meu lado da história. Você fala de mim, que eu sou arrogante e sei lá mais o que, mas você também só pensa em você mesma. E eu não tentei fazer ciuminho, só quis saber se você tinha falado mesmo sério quando me jogou naquela menina sem pensar duas vezes, logo depois de ter ficado comigo e eu sei que você gostou. – ele desviou o olhar e checou seu relógio, eu estava sem ar – Eu estou indo embora pra ficar longe de alguém que não dá a mínima ao que acontece ao seu redor, alguém por quem não vale à pena insistir mais, eu cansei, sabe? Quero me afastar e te esquecer de uma vez. – ele me encarou de novo e entrou no carro, eu abria e fechava a boca, mas não saíam palavras, ele estava certo? Eu estava sem saída, não tinha respostas... Então ele continuou, dando partida do carro – Se quiser me procurar um dia, para de pensar só em você e vê se cresce e sai um pouco do seu mundinho. – então ele fechou o vidro do carro e acelerou, deixando-me ali, perplexa e sem reação.
Capítulo 12
Parecia que minha mente tinha dado pane, minha cabeça girava e as palavras do ecoavam nos meus pensamentos, eu sentei ali na porta da casa dele e chorei, chorei como nunca tinha chorado antes. Ele estaria mesmo certo? Será que o que eu considerava ser prepotência nele era apenas uma visão ampla de realidade? As marteladas que as palavras davam na minha cabeça doíam e me faziam chorar mais, eu não conhecia mais quem eu era e eu precisei que uma pessoa que eu julgava fútil, infantil e egocêntrica me desse um choque de realidade. Justo conseguiu me derrubar do pedestal que eu tinha subido sem perceber e a queda foi grande e dolorosa.
Depois de algum tempo ali, chorando que nem uma criança, eu me controlei aos poucos e decidi ir embora, ainda tentando assimilar e engolir tudo o que o tinha me dito, tentando pensar em como resolver a minha vida. Eu precisava de um ombro amigo, mas a só conhecia o meu lado da história e eu não precisava de alguém passando a mão na minha cabeça e falando mal do , eu queria alguém que não conhecesse tudo. O maior problema é que eu não tinha mais amigos, tinha me afastado dos poucos que eu tinha... Alguma coisa me fez guiar o carro até o estacionamento da universidade, no mesmo lugar onde encontrei com James, lembrei das conversas que tivemos, ele parecia ser uma boa pessoa, resolvi ligar pra ele e pedi que ele me encontrasse lá. Talvez ele não me ajudasse, mas eu poderia chorar sem que ele falasse mal do .
Quando ele chegou, não exibiu seu sorriso habitual, devia ter percebido meu tom meio desesperado quando eu liguei pra ele, naquele momento os planos que eu tinha de me divertir com ele tinham se esvaído da minha mente como fumaça. Para surpresa e preocupação dele, abracei-o de repente, sem pensar duas vezes, chorando muito. Chorar não me levaria a lugar algum e não resolveria nenhum dos meus problemas, mas desabafar me faria bem, mesmo que fosse só um pouquinho.
James, mesmo sem entender nada, apertou um abraço carinhoso ao meu redor, afagando meus cabelos de leve, permanecendo em silêncio. Ficamos assim por algum tempo, molhei um pouco a camiseta dele, sem conseguir parar de chorar.
Ele me puxou devagar até seu carro, abriu a porta e se sentou, deixando-me em seu colo, ainda mexendo em meu cabelo. Depois de mais lágrimas, eu levantei a cabeça devagar, passei as costas da mão para limpar o rosto e olhei-o, James sorriu de lado.
- E ai, quer me contar o que houve? – ele passou a mão pelo meu rosto, afastando os meus cabelos, sorrindo amigavelmente.
- Ah, tá acontecendo tanta coisa na minha vida, eu estou tão perdida... – suspirei pesadamente, será que ele queria ouvir meus dramas? – Droga, James, desculpa, a gente mal se conhece e eu aqui te enchendo com os meus problemas. – levantei do colo dele e fiquei em pé ao lado do carro, encarando o nada.
- Desculpa pelo que? O que aconteceu? Pode me contar se quiser, estou aqui como amigo, se me considerar, eu gostei muito de você e da sua companhia, e acho que uma garota tão bonita e legal deve ser boa amiga também. – ele sorriu meigo, chegando perto de mim novamente.
- Ai que vergonha, a gente saiu e teve um lance legal e agora eu te chamei aqui pra chorar... Eu sou uma boba mesmo. Desculpa, sério.
- Para com isso, eu discordo que você seja boba, só acho que você estava precisando de alguém e me chamou. Fico feliz com isso e se eu estou aqui, quero te ajudar, mas antes você precisa me falar o que te deixou assim, ai eu te falo se você é boba ou não – ele segurou meu rosto enquanto falava, olhando sincero nos meus olhos. Aquele menino caiu do céu ou algo do tipo? Era lindo e fofo.
- Não vai ser fácil te explicar tudo e a história é bem longa.
- Por que não tenta? Eu tenho bastante tempo livre no momento. – ele riu de leve, deixando-me um pouco mais leve e confiante pra falar. – Eu sei que nos conhecemos há pouco tempo e mesmo não te conhecendo direito, gostei mesmo de você e adoraria te ajudar, se você me permitir.
Desde a época do colégio e sem contar a , ninguém tinha sido tão legal comigo, mesmo que, ao que parecia, eu não estivesse merecendo. Resolvi levá-lo a uma cafeteria para podermos conversar melhor. Tentei resumir a história toda desde que entrei na faculdade, inventei uma personalidade, falei sobre o e expliquei como cheguei ao drama em que me encontrava: “será que eu era feliz e não sabia? Será que tudo que eu deixei para melhorar a vida era o meu melhor? Nem me lembrava mais em como cheguei ao ponto de me tornar aquela garota PREPOTENTE que eu criei para mim mesma, sim, o adjetivo que eu mais me referia ao , que eu achava que estava errado na história toda.”
James escutou tudo atenciosamente e em silêncio, quando contei da conversa que tinha tido com o mais cedo, comecei a chorar novamente. James me abraçou de novo, até eu terminar.
- Estou surpreso – ele esperou que eu limpasse meu rosto em um guardanapo e me acalmasse novamente para continuar – como você aguentou tudo isso e não surtou? – ele segurava minha mão com carinho – Eu só tenho uma coisa para te falar, mocinha, e no fundo eu tenho certeza que você já sabe disso, só precisa de um empurrãozinho e, para o bem da nação – ele estava me fazendo rir – eu estou aqui para dá-lo.
- Então me empurra logo, Super-Homem. – eu ri de leve e ele alargou seu sorriso – O que eu faço? Eu não sei mais nem quem sou eu.
- Bom, pelo que eu entendi, você se livrou das duas assombrações, tem uma amiga de verdade ainda do seu lado e o cara que você ama foi embora. – ele falava e eu ia confirmando com a cabeça, acompanhando a linha de raciocínio dele – comece organizando as suas prioridades, fique bem com a sua amiga e busque uma maneira de se reaproximar dos amigos antigos, encare os problemas, pense na sua relação com o tal e decida se vai ou não lutar por esse sentimento.
- Caramba, você é psicólogo? – eu aproveitei para dar uma descontraída – Sério, James, obrigada, de verdade, eu não sei o que seria de mim sem essa conversa – abracei-o, sorrindo e dei-lhe um beijo estalado no rosto.
- Não precisa agradecer e a senhorita trate de me ligar quando precisar! Mesmo que for pra tomar só um café, também. Gostei da companhia e quero te conhecer melhor, podemos ser bons amigos e te quero bem, com esse sorriso lindo no rosto – ele tocou minha bochecha com o indicador, me fazendo sorrir mais.
Depois de algum tempo ali, chorando que nem uma criança, eu me controlei aos poucos e decidi ir embora, ainda tentando assimilar e engolir tudo o que o tinha me dito, tentando pensar em como resolver a minha vida. Eu precisava de um ombro amigo, mas a só conhecia o meu lado da história e eu não precisava de alguém passando a mão na minha cabeça e falando mal do , eu queria alguém que não conhecesse tudo. O maior problema é que eu não tinha mais amigos, tinha me afastado dos poucos que eu tinha... Alguma coisa me fez guiar o carro até o estacionamento da universidade, no mesmo lugar onde encontrei com James, lembrei das conversas que tivemos, ele parecia ser uma boa pessoa, resolvi ligar pra ele e pedi que ele me encontrasse lá. Talvez ele não me ajudasse, mas eu poderia chorar sem que ele falasse mal do .
Quando ele chegou, não exibiu seu sorriso habitual, devia ter percebido meu tom meio desesperado quando eu liguei pra ele, naquele momento os planos que eu tinha de me divertir com ele tinham se esvaído da minha mente como fumaça. Para surpresa e preocupação dele, abracei-o de repente, sem pensar duas vezes, chorando muito. Chorar não me levaria a lugar algum e não resolveria nenhum dos meus problemas, mas desabafar me faria bem, mesmo que fosse só um pouquinho.
James, mesmo sem entender nada, apertou um abraço carinhoso ao meu redor, afagando meus cabelos de leve, permanecendo em silêncio. Ficamos assim por algum tempo, molhei um pouco a camiseta dele, sem conseguir parar de chorar.
Ele me puxou devagar até seu carro, abriu a porta e se sentou, deixando-me em seu colo, ainda mexendo em meu cabelo. Depois de mais lágrimas, eu levantei a cabeça devagar, passei as costas da mão para limpar o rosto e olhei-o, James sorriu de lado.
- E ai, quer me contar o que houve? – ele passou a mão pelo meu rosto, afastando os meus cabelos, sorrindo amigavelmente.
- Ah, tá acontecendo tanta coisa na minha vida, eu estou tão perdida... – suspirei pesadamente, será que ele queria ouvir meus dramas? – Droga, James, desculpa, a gente mal se conhece e eu aqui te enchendo com os meus problemas. – levantei do colo dele e fiquei em pé ao lado do carro, encarando o nada.
- Desculpa pelo que? O que aconteceu? Pode me contar se quiser, estou aqui como amigo, se me considerar, eu gostei muito de você e da sua companhia, e acho que uma garota tão bonita e legal deve ser boa amiga também. – ele sorriu meigo, chegando perto de mim novamente.
- Ai que vergonha, a gente saiu e teve um lance legal e agora eu te chamei aqui pra chorar... Eu sou uma boba mesmo. Desculpa, sério.
- Para com isso, eu discordo que você seja boba, só acho que você estava precisando de alguém e me chamou. Fico feliz com isso e se eu estou aqui, quero te ajudar, mas antes você precisa me falar o que te deixou assim, ai eu te falo se você é boba ou não – ele segurou meu rosto enquanto falava, olhando sincero nos meus olhos. Aquele menino caiu do céu ou algo do tipo? Era lindo e fofo.
- Não vai ser fácil te explicar tudo e a história é bem longa.
- Por que não tenta? Eu tenho bastante tempo livre no momento. – ele riu de leve, deixando-me um pouco mais leve e confiante pra falar. – Eu sei que nos conhecemos há pouco tempo e mesmo não te conhecendo direito, gostei mesmo de você e adoraria te ajudar, se você me permitir.
Desde a época do colégio e sem contar a , ninguém tinha sido tão legal comigo, mesmo que, ao que parecia, eu não estivesse merecendo. Resolvi levá-lo a uma cafeteria para podermos conversar melhor. Tentei resumir a história toda desde que entrei na faculdade, inventei uma personalidade, falei sobre o e expliquei como cheguei ao drama em que me encontrava: “será que eu era feliz e não sabia? Será que tudo que eu deixei para melhorar a vida era o meu melhor? Nem me lembrava mais em como cheguei ao ponto de me tornar aquela garota PREPOTENTE que eu criei para mim mesma, sim, o adjetivo que eu mais me referia ao , que eu achava que estava errado na história toda.”
James escutou tudo atenciosamente e em silêncio, quando contei da conversa que tinha tido com o mais cedo, comecei a chorar novamente. James me abraçou de novo, até eu terminar.
- Estou surpreso – ele esperou que eu limpasse meu rosto em um guardanapo e me acalmasse novamente para continuar – como você aguentou tudo isso e não surtou? – ele segurava minha mão com carinho – Eu só tenho uma coisa para te falar, mocinha, e no fundo eu tenho certeza que você já sabe disso, só precisa de um empurrãozinho e, para o bem da nação – ele estava me fazendo rir – eu estou aqui para dá-lo.
- Então me empurra logo, Super-Homem. – eu ri de leve e ele alargou seu sorriso – O que eu faço? Eu não sei mais nem quem sou eu.
- Bom, pelo que eu entendi, você se livrou das duas assombrações, tem uma amiga de verdade ainda do seu lado e o cara que você ama foi embora. – ele falava e eu ia confirmando com a cabeça, acompanhando a linha de raciocínio dele – comece organizando as suas prioridades, fique bem com a sua amiga e busque uma maneira de se reaproximar dos amigos antigos, encare os problemas, pense na sua relação com o tal e decida se vai ou não lutar por esse sentimento.
- Caramba, você é psicólogo? – eu aproveitei para dar uma descontraída – Sério, James, obrigada, de verdade, eu não sei o que seria de mim sem essa conversa – abracei-o, sorrindo e dei-lhe um beijo estalado no rosto.
- Não precisa agradecer e a senhorita trate de me ligar quando precisar! Mesmo que for pra tomar só um café, também. Gostei da companhia e quero te conhecer melhor, podemos ser bons amigos e te quero bem, com esse sorriso lindo no rosto – ele tocou minha bochecha com o indicador, me fazendo sorrir mais.
Capítulo 13
James e eu nos tornamos grandes amigos em pouco tempo, a semana se passara e a teve que ir embora, mas James falava comigo quase todos os dias e ficava inventando programas pra me animar, até filmes bobos de comédia ele alugou pra gente ver. Eu estava adorando tê-lo por perto. Foquei todo o meu tempo livre no meu trabalho de conclusão de curso e nos textos que entregava semanalmente no meu novo emprego via email, até me formar, depois começaria a frequentar a editora e trabalhar cada vez mais e melhor nos artigos. Eu gostava de ser colunista na revista, ela era bem popular em Londres e eu já ocupava meia página com redações e comentários sobre temas sugeridos por minha chefe e por cartas de leitores.
O tempo voava e, com ele, os últimos exames, quando dei por mim, faltavam apenas duas semanas para a minha formatura e eu me veria livre daquilo, confesso que sentiria falta do clima universitário sempre agitado e animado, mas só de me afastar de algumas lembranças do , já ficava bem mais tranquila.
Apresentei meu TCC sobre literatura, escrevi um artigo interagindo obras, comentando-as, diferenciando-as... enfim, fiz o meu melhor sobre o assunto, usando a época atual e os grandes clássicos históricos, fui aprovada com sucesso. Agora só faltava parar e pensar se eu realmente estava pronta pra seguir em frente sem o .
Semana da formatura, que seria no sábado, uma correria louca pra ajudar as minhas colegas organizadoras com os toques finais, na última quarta-feira me encontrei com James depois do nosso expediente na revista, sim, ele era publicitário formado e acabou indo trabalhar na mesma revista que eu. Coincidência? Não, contei pra ele que trabalhava lá e ele tinha saído da agência de marketing onde trabalhava, conseguiu ser o editor principal das propagandas que a revista fazia dos restaurantes e pontos principais da cidade. Eu gostava muito disso, nunca cobrávamos nada um do outro, era uma amizade bem legal e quando comecei a achar que poderia se tornar algo mais, mudei de opinião assim que lembrei que não seria fácil esquecer o e o James estava saindo com uma garota que ele conheceu, eu ainda não tinha conhecido ela.
Chegamos em uma cafeteria perto da editora, era um lugar bonito e aconchegante, a decoração era toda em vermelho escuro, desde as cadeiras às toalhas de mesa. Tomamos café e conversamos um pouco, convidei-o para ser meu par na formatura, recebendo um “sim” super empolgado como resposta, perguntei se não arrumaria problemas com a garota que ele estava saindo e ele negou, ele só estava conhecendo-a ainda. Fiquei bem animada por ele ter aceitado, afinal não queria ir sozinha à festa, depois de toda a fama que consegui no campus, ia ser meio estranho aparecer lá sem ninguém, infelizmente eu ainda me importava com a opinião daquelas pessoas fúteis, sem mesmo saber o porque disso. Ai estava mais uma coisa em que eu tinha que pensar, parar um pouco de ouvir a opinião alheia e me concentrar mais nas minhas preferências.
Peguei meu carro e estava indo pra casa, resolvi fazer o caminho mais longo porque precisava passar na loja e pegar o meu vestido, minha empolgação com o fato de James ter aceitado ir ao baile comigo passou no momento em que me lembrei que passaria pela rua onde o morava antes de ir embora e, para a minha desagradável surpresa, quando passei pela casa dele, vi seu carro parado em frente à casa e ele estava subindo as escadas para a porta em uma cena nada comportada com uma garota, só que, por ironia do destino, ele soltou-a e se virou para acionar o alarme do carro, batendo os olhos em mim no mesmo instante.
Derrubou suas chaves assim que seus olhos me encontraram do outro lado da rua, segurando minhas lágrimas com todas as forças. Ele nem olhou para a garota que o esperava na porta da casa dele e correu até meu carro, abriu a porta e me puxou para fora, eu desci e encarei-o, sua expressão se dividia entre espanto, surpresa e alguma outra coisa que eu não consegui definir escondida em seu sorriso torto.
- Então você voltou? – perguntei secamente, liberando meu tom mais firme e insolente, nem eu mesma sabia de onde saíram as forças para não tremer a voz.
- Vim pra passar uns dias na cidade, os meninos me convidaram para a festa de formatura, fiquei sabendo que será um baile unificado de todos os formandos dessa unidade – ele respondeu simplesmente, colocando entre linhas que o baile que ele iria seria o mesmo que o meu. Falou comigo como se ignorasse o fato de que eu o teria visto com o garota que estava com ele.
- Ah, que notícia ótima – o sarcasmo escorria da minha boca sem o menor esforço – E você trouxe uma amiga pra festa! – apontei pra menina que mais parecia uma estátua de cara feia nos olhando do alto das escadas.
Desta vez ele não respondeu, ficou apenas me olhando meio sem graça, esperando alguma reação, eu respirei lentamente para não alterar a voz e falei olhando nos olhos dele:
- Eu só não acredito que perdi meu tempo pensando nas besteiras que fiz na minha vida e ainda cogitei a ideia de te procurar para conversarmos, resolvermos nossos problemas e termos mais uma chance juntos, mas você não pensou duas vezes antes de jogar pedras em mim, né? Enquanto isso não mudou nada! E não estou falando dessa ai, estou falando de você ter errado tanto quanto eu, ou até mais do que isso e não colocou a mão na consciência, aposto que ia ficar esperando sentado até eu vir atrás de você e beijar o chão que você pisa, né? Cometi erros, sim. Quando você tentou me explicar algumas coisas, eu não ouvi ou não acreditei, julguei alguns fatos sem pensar, mas você não pensou que eu só julgava você mal sempre porque eu sempre tinha motivos para isso! – pela cara que ele fez, eu devia tê-lo deixado sem palavras.
Eu já abria a porta do meu carro para entrar quando, em um ato impensado, ele me puxou pelo braço e fechou a porta, me apertando em um abraço forte, depois ele me beijou, foi um beijo tão intenso que pareceu durar horas. Até que ele me soltou e encostou a boca em meu ouvido e sussurrou:
- Eu achei que tivesse perdido a decidida, divertida, linda e maravilhosa por quem eu me apaixonei para sempre! – ele me encarou tristemente, mas eu estava com raiva o suficiente para desconsiderar suas palavras, porque eu sempre achei que ele quis namorar comigo pelo status, ou algo parecido.
- Não vou te falar mais nada, tenho que ir, também não quero ouvir mentiras. – nesse momento, não consegui mais segurar as lágrimas, deixai-as caírem pelo meu rosto e olhei para a garota que vinha em nossa direção. Entrei no carro, olhei-o mais uma vez, apenas observando-o se esquivar da menina, que grudava em seu pescoço, e acompanhar meu carro já em movimento.
O tempo voava e, com ele, os últimos exames, quando dei por mim, faltavam apenas duas semanas para a minha formatura e eu me veria livre daquilo, confesso que sentiria falta do clima universitário sempre agitado e animado, mas só de me afastar de algumas lembranças do , já ficava bem mais tranquila.
Apresentei meu TCC sobre literatura, escrevi um artigo interagindo obras, comentando-as, diferenciando-as... enfim, fiz o meu melhor sobre o assunto, usando a época atual e os grandes clássicos históricos, fui aprovada com sucesso. Agora só faltava parar e pensar se eu realmente estava pronta pra seguir em frente sem o .
Semana da formatura, que seria no sábado, uma correria louca pra ajudar as minhas colegas organizadoras com os toques finais, na última quarta-feira me encontrei com James depois do nosso expediente na revista, sim, ele era publicitário formado e acabou indo trabalhar na mesma revista que eu. Coincidência? Não, contei pra ele que trabalhava lá e ele tinha saído da agência de marketing onde trabalhava, conseguiu ser o editor principal das propagandas que a revista fazia dos restaurantes e pontos principais da cidade. Eu gostava muito disso, nunca cobrávamos nada um do outro, era uma amizade bem legal e quando comecei a achar que poderia se tornar algo mais, mudei de opinião assim que lembrei que não seria fácil esquecer o e o James estava saindo com uma garota que ele conheceu, eu ainda não tinha conhecido ela.
Chegamos em uma cafeteria perto da editora, era um lugar bonito e aconchegante, a decoração era toda em vermelho escuro, desde as cadeiras às toalhas de mesa. Tomamos café e conversamos um pouco, convidei-o para ser meu par na formatura, recebendo um “sim” super empolgado como resposta, perguntei se não arrumaria problemas com a garota que ele estava saindo e ele negou, ele só estava conhecendo-a ainda. Fiquei bem animada por ele ter aceitado, afinal não queria ir sozinha à festa, depois de toda a fama que consegui no campus, ia ser meio estranho aparecer lá sem ninguém, infelizmente eu ainda me importava com a opinião daquelas pessoas fúteis, sem mesmo saber o porque disso. Ai estava mais uma coisa em que eu tinha que pensar, parar um pouco de ouvir a opinião alheia e me concentrar mais nas minhas preferências.
Peguei meu carro e estava indo pra casa, resolvi fazer o caminho mais longo porque precisava passar na loja e pegar o meu vestido, minha empolgação com o fato de James ter aceitado ir ao baile comigo passou no momento em que me lembrei que passaria pela rua onde o morava antes de ir embora e, para a minha desagradável surpresa, quando passei pela casa dele, vi seu carro parado em frente à casa e ele estava subindo as escadas para a porta em uma cena nada comportada com uma garota, só que, por ironia do destino, ele soltou-a e se virou para acionar o alarme do carro, batendo os olhos em mim no mesmo instante.
Derrubou suas chaves assim que seus olhos me encontraram do outro lado da rua, segurando minhas lágrimas com todas as forças. Ele nem olhou para a garota que o esperava na porta da casa dele e correu até meu carro, abriu a porta e me puxou para fora, eu desci e encarei-o, sua expressão se dividia entre espanto, surpresa e alguma outra coisa que eu não consegui definir escondida em seu sorriso torto.
- Então você voltou? – perguntei secamente, liberando meu tom mais firme e insolente, nem eu mesma sabia de onde saíram as forças para não tremer a voz.
- Vim pra passar uns dias na cidade, os meninos me convidaram para a festa de formatura, fiquei sabendo que será um baile unificado de todos os formandos dessa unidade – ele respondeu simplesmente, colocando entre linhas que o baile que ele iria seria o mesmo que o meu. Falou comigo como se ignorasse o fato de que eu o teria visto com o garota que estava com ele.
- Ah, que notícia ótima – o sarcasmo escorria da minha boca sem o menor esforço – E você trouxe uma amiga pra festa! – apontei pra menina que mais parecia uma estátua de cara feia nos olhando do alto das escadas.
Desta vez ele não respondeu, ficou apenas me olhando meio sem graça, esperando alguma reação, eu respirei lentamente para não alterar a voz e falei olhando nos olhos dele:
- Eu só não acredito que perdi meu tempo pensando nas besteiras que fiz na minha vida e ainda cogitei a ideia de te procurar para conversarmos, resolvermos nossos problemas e termos mais uma chance juntos, mas você não pensou duas vezes antes de jogar pedras em mim, né? Enquanto isso não mudou nada! E não estou falando dessa ai, estou falando de você ter errado tanto quanto eu, ou até mais do que isso e não colocou a mão na consciência, aposto que ia ficar esperando sentado até eu vir atrás de você e beijar o chão que você pisa, né? Cometi erros, sim. Quando você tentou me explicar algumas coisas, eu não ouvi ou não acreditei, julguei alguns fatos sem pensar, mas você não pensou que eu só julgava você mal sempre porque eu sempre tinha motivos para isso! – pela cara que ele fez, eu devia tê-lo deixado sem palavras.
Eu já abria a porta do meu carro para entrar quando, em um ato impensado, ele me puxou pelo braço e fechou a porta, me apertando em um abraço forte, depois ele me beijou, foi um beijo tão intenso que pareceu durar horas. Até que ele me soltou e encostou a boca em meu ouvido e sussurrou:
- Eu achei que tivesse perdido a decidida, divertida, linda e maravilhosa por quem eu me apaixonei para sempre! – ele me encarou tristemente, mas eu estava com raiva o suficiente para desconsiderar suas palavras, porque eu sempre achei que ele quis namorar comigo pelo status, ou algo parecido.
- Não vou te falar mais nada, tenho que ir, também não quero ouvir mentiras. – nesse momento, não consegui mais segurar as lágrimas, deixai-as caírem pelo meu rosto e olhei para a garota que vinha em nossa direção. Entrei no carro, olhei-o mais uma vez, apenas observando-o se esquivar da menina, que grudava em seu pescoço, e acompanhar meu carro já em movimento.
Capítulo 14
Eu ainda não conseguia assimilar o que tinha acontecido. Perdi meu tempo preocupada com ele, pensando em tudo o que passamos, se valeria a pena perder as coisas boas por causa dos erros, em toda minha vida, tentando encontrar as melhores formas para me reaproximar das pessoas que deixei para trás e buscar o melhor caminho para reconstruir minha vida, começar de novo, sendo eu mesma, sem fingimentos, máscaras ou falsidade. Eu estava mesmo disposta a ir atrás dele para resolvermos tudo entre nós, mas o fim tinha chegado de verdade, estava tudo acabado entre e eu.
A formatura estava muito perto e eu estava com tudo perfeitamente preparado: meu maravilhoso vestido vermelho, sandálias exclusivas na cor preta, acessórios de prata escolhidos a dedo, cheios de strass e meu par, James Bourne não ficaria na mão e eu proibi-me de ficar na fossa. Aquele seria o baile da minha formatura da faculdade, eu estava concluindo a primeira etapa do meu sonho e tinha a obrigação de comemorar a altura.
O não merecia nenhuma lágrima minha, mas era quase impossível não chorar quando eu me pegava pensando no quanto seria maravilhoso se nada de ruim tivesse acontecido com a gente e eu e meu vestido perfeito, escolhido ao gosto dele, estivéssemos ao lado do amor da minha vida no salão mais refinado de Londres, comemorando a minha conquista. Mas não era mais possível, eu não o tinha mais.
Arrastei os dois dias antes da formatura ocupando minha cabeça com os trabalhos para a revista e conversando com a e com o James.
Na sexta-feira eu estava uma pilha de nervos, o editor chefe da revista mais popular da Inglaterra, com sede em Bolton, apareceu na editora procurando por mim, eu quase tive um ataque cardíaco, o que será que ele queria com a minha humilde pessoa?
- Bom dia, Sr. Dawnin – entrei na sala de reuniões com o sorriso e a pose mais confiantes que consegui.
- Igualmente, Srta. . – acenei com a cabeça, tentando controlar minha ansiedade, aquele homem era lindo, imponente e ainda por cima trabalhava na revista que era o meu maior sonho – Eu sou Kevin Dawnin, como a senhorita já deve saber, o editor chefe da revista England-Life.
- Sim – assenti devagar e relaxei um pouco quando ele estendeu a mão, oferecendo-me um cumprimento amigável. Depois de apertar sua mão brevemente, indiquei as cadeiras para que nos sentássemos.
- Vou direto ao assunto, porque não gosto de rodeios, crio eu que a senhorita também não – ele sorriu, revelando seus dentes perfeitos, enquanto mexia em uma pequena pasta sobre a mesa com alguns artigos de revista, mais precisamente os meus artigos. – confesso que raramente lia alguma coisa da revista London City, até que um de meus redatores foi pego com praticamente uma cópia de um artigo seu, ele foi delatado pela minha secretária pessoal, que lê tudo o que a senhorita escreve e me mostrou algumas coisas. Então eu estou aqui com o propósito de te levar para a revista England, com uma página inteira a seu dispor logo de início. - Quando ele começou a falar, achei que estivesse sonhando.
Meus olhos devem ter brilhado de tanta emoção e meu sorriso se alargou, estava completamente sem palavras e com vontade de sair pulando e gritando pela sala, não sei como me contive, nem todos os acontecimentos estragariam esse momento. Com toda certeza, era a melhor chance de minha vida! Aquele emprego já era meu.
- Estou honrada que o Sr. tenha e interessado pelos meus textos e sim, adoraria trabalhar na England-Life, eu sempre quis isso.
- Eu já imaginava – ele piscou pra mim e sorriu de novo, aquele homem ia me causar um infarto com todo aquele charme.
Conversamos mais um pouco sobre alguns detalhes sobre quando eu começaria a trabalhar, ele me disse para me organizar e começar em no máximo duas semanas, eu teria que me mudar logo depois da formatura. Fiquei admirada com a sua inteligência e educação durante a nossa conversa e a breve entrevista que ele fez enquanto eu preenchia uma ficha com alguns dados pessoais e referências.
No começo fiquei preocupada em como minha chefe reagiria com o fato de ele ter aparecido na nossa editora para me levar pra revista “concorrente”, mas Kevin me tranquilizou, ele havia conversado com ela previamente e eles acertaram um acordo. Ele era um homem que, em poucas palavras, tinha conseguido conquistar a minha admiração, eu realmente tinha me encantado com tudo nele. Porém minha vida amorosa estava complicada demais, teríamos uma relação meramente profissional. Eu estava eternamente agradecida por ter merecido aquela chance maravilhosa, parecia que minha vida entraria nos eixos.
Eu ainda estava muito surpresa com aquilo e quando o Sr. Dawnin saiu da sala, disse que me ligaria para conversarmos mais e ele pediu que eu enviasse mais textos de minha autoria para o seu email. Passei na saleta de James assim que levei Kevin até a saída, louca para dividir as novidades e contar tudo para ele. Quando entrei, encontrei-o arrumando suas coisas, se preparando para ir embora.
- James, ei. – sorri quando ele levantou a cabeça para me olhar.
- Oi, querida. Entra ai – ele fechou a pasta que estava sobre a mesa e sorriu pra mim – vejo que está muito feliz, o que houve?
- Você não faz ideia do que acabou de acontecer! O Sr. Kevin Dawnin, editor chefe da England-Life veio me procurar e me ofereceu um emprego!
- O que? – James arregalou os olhos – Não acredito, que sorte a sua! – ele sorriu sincero e veio me abraçar. – Precisamos comemorar!
- Claro, vamos sair hoje?
- Com certeza, vamos fazer uma prévia da festa de amanhã – ele riu um pouco alto – onde quero ver você maravilhosa só pra mim, a noite todinha – ele me abraçou de novo e me deu um selinho. Eu sorri boba, ele era o melhor companheiro do mundo, nossa amizade colorida era demais.
A formatura estava muito perto e eu estava com tudo perfeitamente preparado: meu maravilhoso vestido vermelho, sandálias exclusivas na cor preta, acessórios de prata escolhidos a dedo, cheios de strass e meu par, James Bourne não ficaria na mão e eu proibi-me de ficar na fossa. Aquele seria o baile da minha formatura da faculdade, eu estava concluindo a primeira etapa do meu sonho e tinha a obrigação de comemorar a altura.
O não merecia nenhuma lágrima minha, mas era quase impossível não chorar quando eu me pegava pensando no quanto seria maravilhoso se nada de ruim tivesse acontecido com a gente e eu e meu vestido perfeito, escolhido ao gosto dele, estivéssemos ao lado do amor da minha vida no salão mais refinado de Londres, comemorando a minha conquista. Mas não era mais possível, eu não o tinha mais.
Arrastei os dois dias antes da formatura ocupando minha cabeça com os trabalhos para a revista e conversando com a e com o James.
Na sexta-feira eu estava uma pilha de nervos, o editor chefe da revista mais popular da Inglaterra, com sede em Bolton, apareceu na editora procurando por mim, eu quase tive um ataque cardíaco, o que será que ele queria com a minha humilde pessoa?
- Bom dia, Sr. Dawnin – entrei na sala de reuniões com o sorriso e a pose mais confiantes que consegui.
- Igualmente, Srta. . – acenei com a cabeça, tentando controlar minha ansiedade, aquele homem era lindo, imponente e ainda por cima trabalhava na revista que era o meu maior sonho – Eu sou Kevin Dawnin, como a senhorita já deve saber, o editor chefe da revista England-Life.
- Sim – assenti devagar e relaxei um pouco quando ele estendeu a mão, oferecendo-me um cumprimento amigável. Depois de apertar sua mão brevemente, indiquei as cadeiras para que nos sentássemos.
- Vou direto ao assunto, porque não gosto de rodeios, crio eu que a senhorita também não – ele sorriu, revelando seus dentes perfeitos, enquanto mexia em uma pequena pasta sobre a mesa com alguns artigos de revista, mais precisamente os meus artigos. – confesso que raramente lia alguma coisa da revista London City, até que um de meus redatores foi pego com praticamente uma cópia de um artigo seu, ele foi delatado pela minha secretária pessoal, que lê tudo o que a senhorita escreve e me mostrou algumas coisas. Então eu estou aqui com o propósito de te levar para a revista England, com uma página inteira a seu dispor logo de início. - Quando ele começou a falar, achei que estivesse sonhando.
Meus olhos devem ter brilhado de tanta emoção e meu sorriso se alargou, estava completamente sem palavras e com vontade de sair pulando e gritando pela sala, não sei como me contive, nem todos os acontecimentos estragariam esse momento. Com toda certeza, era a melhor chance de minha vida! Aquele emprego já era meu.
- Estou honrada que o Sr. tenha e interessado pelos meus textos e sim, adoraria trabalhar na England-Life, eu sempre quis isso.
- Eu já imaginava – ele piscou pra mim e sorriu de novo, aquele homem ia me causar um infarto com todo aquele charme.
Conversamos mais um pouco sobre alguns detalhes sobre quando eu começaria a trabalhar, ele me disse para me organizar e começar em no máximo duas semanas, eu teria que me mudar logo depois da formatura. Fiquei admirada com a sua inteligência e educação durante a nossa conversa e a breve entrevista que ele fez enquanto eu preenchia uma ficha com alguns dados pessoais e referências.
No começo fiquei preocupada em como minha chefe reagiria com o fato de ele ter aparecido na nossa editora para me levar pra revista “concorrente”, mas Kevin me tranquilizou, ele havia conversado com ela previamente e eles acertaram um acordo. Ele era um homem que, em poucas palavras, tinha conseguido conquistar a minha admiração, eu realmente tinha me encantado com tudo nele. Porém minha vida amorosa estava complicada demais, teríamos uma relação meramente profissional. Eu estava eternamente agradecida por ter merecido aquela chance maravilhosa, parecia que minha vida entraria nos eixos.
Eu ainda estava muito surpresa com aquilo e quando o Sr. Dawnin saiu da sala, disse que me ligaria para conversarmos mais e ele pediu que eu enviasse mais textos de minha autoria para o seu email. Passei na saleta de James assim que levei Kevin até a saída, louca para dividir as novidades e contar tudo para ele. Quando entrei, encontrei-o arrumando suas coisas, se preparando para ir embora.
- James, ei. – sorri quando ele levantou a cabeça para me olhar.
- Oi, querida. Entra ai – ele fechou a pasta que estava sobre a mesa e sorriu pra mim – vejo que está muito feliz, o que houve?
- Você não faz ideia do que acabou de acontecer! O Sr. Kevin Dawnin, editor chefe da England-Life veio me procurar e me ofereceu um emprego!
- O que? – James arregalou os olhos – Não acredito, que sorte a sua! – ele sorriu sincero e veio me abraçar. – Precisamos comemorar!
- Claro, vamos sair hoje?
- Com certeza, vamos fazer uma prévia da festa de amanhã – ele riu um pouco alto – onde quero ver você maravilhosa só pra mim, a noite todinha – ele me abraçou de novo e me deu um selinho. Eu sorri boba, ele era o melhor companheiro do mundo, nossa amizade colorida era demais.
Capítulo 15
A noite com o lindo do James não poderia ser mais perfeita, ele me levou a um restaurante incrível de comida japonesa, que ambos adorávamos, a decoração era bem típica, os garçons e garçonetes vestidos a caráter, a comida estava deliciosa, sem falar na companhia. Depois fomos a uma PUB no centro de Londres, tinha acabado de ser inaugurada e pelo jeito tinha grandes chances de ser um sucesso, estava super lotada e muito bem frequentada. Bebi um pouquinho além da conta, estava completamente relaxada e adorando estar ali, dançando com ele. A festa estava ótima, só tocava música boa e eu queria curtir muito e comemorar minha chance na revista dos meus sonhos. Festa de formatura e emprego dos sonhos, eu tinha que aproveitar ao máximo, era tudo o que eu queria, não conseguia deixar nada atrapalhar minha felicidade, nem mesmo o fantasma de , que ainda pairava sobre meus dias.
Altas horas da madrugada, nós já estávamos bem cansados de tanto dançar e beber, seguimos para um motel pertinho dali, nenhum de nós estava em condições de dirigir mais do que dois quarteirões. Entramos no quarto ainda rindo de alguma bobeira que ele disse para a recepcionista que não entendia quase nada do que falávamos de tão enrolado, tirei meu casaco e os sapatos, meus pés doíam um pouco e eu estava com calor, ele fez o mesmo. Joguei-me na cama e puxei James comigo, não demorou muito para começarmos um beijo longo e meio violento, provavelmente efeito do álcool. Nos beijamos por um longo tempo até começarmos a nos agarrar um pouco mais fervorosamente, nos enrolávamos no lenços e bagunçávamos o cabelo um do outro.
Fomos nos livrando das roupas um do outro o mais rápido possível e nos beijando cada vez mais intensamente. Quem foi que disse que amigos não devem ser íntimos mesmo? Por experiência própria eu provara que James era bom de cama, muito bom por sinal, e eu queria tê-lo pra mim mais uma vez, eu adorava ficar com ele e nenhum de nós tinha nada a perder, a noite era só nossa e não precisávamos nos preocupar com mais nada, não naquele momento. Eu queria aproveitar e me distrair, ficar com ele de novo me faria bem.
Depois de algum tempo de mãos e provocações mutuas, James me tocava com carinho e desejo, sua mão escorregou pela minha barriga e chegou até a minha intimidade, me deixando arrepiada e excitada, começou fazendo movimentos circulares suaves e provocantes, até inserir dois dedos em meu interior, arrancando um gemido baixo, que soltei em seu ouvido, descendo meu rosto para a curva de seu pescoço em seguida, gemendo baixo e beijando a região enquanto ele movimentava seus dedos com muita habilidade. Ele me levou ao orgasmo, fazendo-me deslizar as unhas pelas costas dele com um pouco de força. Depois, rolei na cama com ele, ficando por cima dessa vez, era minha vez de retribuir o prazer que ele me proporcionara, desci dando beijos e leves chupões por seu peito e barriga, apertei sua coxa, encarando-o logo antes de depositar uma mordida bem próxima da virilha dele, provocando um longo suspiro. Dei um beijinho em sua glande e lambi o membro inteiro, encarando-o, ele estremeceu e senti-o se arrepiar, coloquei a mão na base de seu membro e senti-o latejar de excitação. Brinquei um pouquinho com a boca e com a língua, chupando-o com movimentos rápidos, enquanto deslizava minhas unhas por seu abdômen.
James puxou-me para trás pelo cabelo logo antes de chegar ao orgasmo, soltando um gemido alto, agradeci mentalmente ele ter tirado da minha boca antes. Ele me apertou pela cintura e me puxou para cima dele, me beijando em seguida. Completamente envolvidos pelo momento, ele rolou comigo na cama, ficando por cima, relutou em parar de me beijar, tateando o criado ao lado da cama em busca de preservativos, enfim os encontrou e abriu um, ele estava bêbado e ria, entregou-me para colocar, julgando que eu estava em melhor estado que ele. Depois de conseguir colocar a camisinha e me certificar de que estava certinha, coloquei meus braços ao redor do pescoço dele, beijando-o novamente e derrubando-o na cama, ele rolou pra cima de mim mais uma vez, se endireitando sobre o meu corpo. Ainda entre beijos, ele encaixou nossos quadris, penetrou-me com uma investida forte que me fez gemer. James se movimentava rápido e apertava minha cintura com uma mão enquanto a outra se ocupava com o meu seio. Eu gemia seu nome em seu ouvido enquanto puxava seu cabelo, fazendo-o gemer de prazer na curva do meu pescoço.
Ele aumentou o ritmo das investidas até que ambos chegamos ao orgasmo, gemendo juntos. James foi diminuindo seus movimentos até soltar seu peso sobre meu corpo, exausto, me deu um selinho e saiu de cima de mim, deitou a cabeça no travesseiro ao lado da minha.
- Te adoro muito – ele suspirou e me olhou sorrindo.
- Eu também te adoro – retribui o sorriso e o beijei.
Depois de algum tempo nos olhando e trocando alguns carinhos, dormimos abraçados.
Quando acordei, minha cabeça girava e eu senti que estava sozinha na cama, abri meus olhos com dificuldade por causa da claridade, levantei a cabeça devagar e olhei em volta, encontrando as costas de James, encostado na janela. Sorri, me levantei, procurei minha lingerie, vesti e me aproximei dele, que parecia um pouco pensativo.
- Como você está distante – abracei-o e dei um beijinho em seu pescoço.
- Ah, oi, bom dia – ele se virou de frente pra mim, correspondendo ao meu abraço, sorrindo como sempre.
Conversamos um pouco e nos vestimos para irmos embora. James me deixou em casa e foi para a dele, afinal era o grande dia da minha festa de formatura, eu tinha que me preparar. Organizei algumas coisas na casa e me deitei no sofá para ver um filme, ainda era cedo, depois de ver o filme e comer até aproveitei para dormir um pouco. Minha família não viria para a festa e a também não, eu fiquei chateada, claro, mas estava decidida a não deixar que nada estragasse a minha noite, ainda mais que eu precisaria de uma dose extra de concentração para sobreviver ao .
Altas horas da madrugada, nós já estávamos bem cansados de tanto dançar e beber, seguimos para um motel pertinho dali, nenhum de nós estava em condições de dirigir mais do que dois quarteirões. Entramos no quarto ainda rindo de alguma bobeira que ele disse para a recepcionista que não entendia quase nada do que falávamos de tão enrolado, tirei meu casaco e os sapatos, meus pés doíam um pouco e eu estava com calor, ele fez o mesmo. Joguei-me na cama e puxei James comigo, não demorou muito para começarmos um beijo longo e meio violento, provavelmente efeito do álcool. Nos beijamos por um longo tempo até começarmos a nos agarrar um pouco mais fervorosamente, nos enrolávamos no lenços e bagunçávamos o cabelo um do outro.
Fomos nos livrando das roupas um do outro o mais rápido possível e nos beijando cada vez mais intensamente. Quem foi que disse que amigos não devem ser íntimos mesmo? Por experiência própria eu provara que James era bom de cama, muito bom por sinal, e eu queria tê-lo pra mim mais uma vez, eu adorava ficar com ele e nenhum de nós tinha nada a perder, a noite era só nossa e não precisávamos nos preocupar com mais nada, não naquele momento. Eu queria aproveitar e me distrair, ficar com ele de novo me faria bem.
Depois de algum tempo de mãos e provocações mutuas, James me tocava com carinho e desejo, sua mão escorregou pela minha barriga e chegou até a minha intimidade, me deixando arrepiada e excitada, começou fazendo movimentos circulares suaves e provocantes, até inserir dois dedos em meu interior, arrancando um gemido baixo, que soltei em seu ouvido, descendo meu rosto para a curva de seu pescoço em seguida, gemendo baixo e beijando a região enquanto ele movimentava seus dedos com muita habilidade. Ele me levou ao orgasmo, fazendo-me deslizar as unhas pelas costas dele com um pouco de força. Depois, rolei na cama com ele, ficando por cima dessa vez, era minha vez de retribuir o prazer que ele me proporcionara, desci dando beijos e leves chupões por seu peito e barriga, apertei sua coxa, encarando-o logo antes de depositar uma mordida bem próxima da virilha dele, provocando um longo suspiro. Dei um beijinho em sua glande e lambi o membro inteiro, encarando-o, ele estremeceu e senti-o se arrepiar, coloquei a mão na base de seu membro e senti-o latejar de excitação. Brinquei um pouquinho com a boca e com a língua, chupando-o com movimentos rápidos, enquanto deslizava minhas unhas por seu abdômen.
James puxou-me para trás pelo cabelo logo antes de chegar ao orgasmo, soltando um gemido alto, agradeci mentalmente ele ter tirado da minha boca antes. Ele me apertou pela cintura e me puxou para cima dele, me beijando em seguida. Completamente envolvidos pelo momento, ele rolou comigo na cama, ficando por cima, relutou em parar de me beijar, tateando o criado ao lado da cama em busca de preservativos, enfim os encontrou e abriu um, ele estava bêbado e ria, entregou-me para colocar, julgando que eu estava em melhor estado que ele. Depois de conseguir colocar a camisinha e me certificar de que estava certinha, coloquei meus braços ao redor do pescoço dele, beijando-o novamente e derrubando-o na cama, ele rolou pra cima de mim mais uma vez, se endireitando sobre o meu corpo. Ainda entre beijos, ele encaixou nossos quadris, penetrou-me com uma investida forte que me fez gemer. James se movimentava rápido e apertava minha cintura com uma mão enquanto a outra se ocupava com o meu seio. Eu gemia seu nome em seu ouvido enquanto puxava seu cabelo, fazendo-o gemer de prazer na curva do meu pescoço.
Ele aumentou o ritmo das investidas até que ambos chegamos ao orgasmo, gemendo juntos. James foi diminuindo seus movimentos até soltar seu peso sobre meu corpo, exausto, me deu um selinho e saiu de cima de mim, deitou a cabeça no travesseiro ao lado da minha.
- Te adoro muito – ele suspirou e me olhou sorrindo.
- Eu também te adoro – retribui o sorriso e o beijei.
Depois de algum tempo nos olhando e trocando alguns carinhos, dormimos abraçados.
Quando acordei, minha cabeça girava e eu senti que estava sozinha na cama, abri meus olhos com dificuldade por causa da claridade, levantei a cabeça devagar e olhei em volta, encontrando as costas de James, encostado na janela. Sorri, me levantei, procurei minha lingerie, vesti e me aproximei dele, que parecia um pouco pensativo.
- Como você está distante – abracei-o e dei um beijinho em seu pescoço.
- Ah, oi, bom dia – ele se virou de frente pra mim, correspondendo ao meu abraço, sorrindo como sempre.
Conversamos um pouco e nos vestimos para irmos embora. James me deixou em casa e foi para a dele, afinal era o grande dia da minha festa de formatura, eu tinha que me preparar. Organizei algumas coisas na casa e me deitei no sofá para ver um filme, ainda era cedo, depois de ver o filme e comer até aproveitei para dormir um pouco. Minha família não viria para a festa e a também não, eu fiquei chateada, claro, mas estava decidida a não deixar que nada estragasse a minha noite, ainda mais que eu precisaria de uma dose extra de concentração para sobreviver ao .
Capítulo 16
Respirei fundo e dei uma última olhada no espelho, modestamente, eu estava fabulosa e era assim que eu queria me sentir, com todas as decepções e desilusões devidamente trancadas bem fundo em uma gaveta, eu consegui exibir um de meus melhores sorrisos, para compensar a ótima companhia e a minha disposição para o meu recomeço.
Eu seria uma nova pessoa e mais ninguém brincaria comigo, eu estava pronta para arrasar na festa.
Estava esperando James na sala, orgulhosa de mim mesma pela forma com a qual eu estava enfrentando este difícil episódio da minha vida. Meu celular começou a tocar, arrancando-me dos devaneios.
- Oi, James. – atendi, deixando minha ansiedade dissolvida na voz.
- Você vai me odiar, mas eu não posso mais ir à festa com você. – fiquei chocada ao ouvir isso e não encontrei palavras, apenas esperei ele continuar – Eu estava louco para te acompanhar, mas eu acabei de receber um telefonema, surgiu uma oportunidade incrível e irrecusável, eu preciso pegar um avião daqui uma hora.
- Eu não sei o que dizer – falei pausadamente, pensando no que poderia ser tão importante para ele desmarcar comigo em cima da hora – posso pelo menos saber para onde você vai e o que está acontecendo?
- Claro, por isso eu te liguei, eu não queria que você ficasse chateada comigo, estou indo para o Japão, o dono de uma multinacional de lá viu os slogans que eu fiz para a revista e quer me contratar para trabalhar lá, ele me convidou para uma reunião na segunda de manhã, mas quer me conhecer pessoalmente amanhã mesmo, por isso preciso ir agora. Sei que é tudo muito rápido e eu te peço desculpas, mas assim que eu voltar, eu te ligo e a gente marca de se ver e sair pra algum lugar, ok? – ele estava explodindo de felicidade, percebi pela excitação na voz dele, mas deu pra sentir sinceridade nas desculpas dele e nem tinha como eu não ficar feliz por ele.
- Nossa, que legal, James, estou surpresa! Parabéns! Eu sei que é importante, vai tranquilo e estou torcendo muito para que dê tudo certo, você merece todo o sucesso do mundo.
- Obrigada, linda, sabia que você entenderia. E aliás, a senhorita já está pronta? Pedi pra um amigo muito bacana para te acompanhar no meu lugar, ele deve estar chegando, não precisa levá-lo à festa se você não quiser, só não queria te deixar na mão.
- Nossa, então você pensou em tudo. Vou conhecer ele primeiro e depois decido – dei uma risada gostosa e ele riu comigo, senti que estava aliviado por eu estar numa boa.
- Tudo bem, preciso arrumar as malas, se cuida, viu? Depois nos falamos. Beijos e divirta-se muito, você merece.
- Beijos, boa viagem e boa sorte.
Desligamos e eu olhei para o teto, feliz por ele e imaginando como seria minha noite e como seria esse amigo dele, fiquei curiosa.
Enfim, a campainha tocou e eu encontrei um moreno deslumbrante me olhando com seus lindos olhos esverdeados, ele me cumprimentou sorrindo, se apresentou como Scotty e ofereceu o braço para que eu tomasse e o acompanhasse até o extenso Crysler preto parado à nossa frente. Ele abriu a porta para mim e depois se sentou à minha frente, fechando a porta e fazendo um sinal ao motorista para seguir.
Scotty serviu duas taças de champagne e estendeu uma pra mim, que aceitei de bom grado, bebemos e conversamos distraidamente, ele era galanteador e doce ao mesmo tempo, um verdadeiro encanto.
- Scotty – chamei e ele me olhou nos olhos – gostaria de ser meu par na festa?
- Claro que sim – ele respondeu com um sorriso de matar enfeitando seus lábios. Eu estava ficando louca ou ultimamente só conhecia caras com sorrisos maravilhosos?
Sorri que nem boba e então chegamos ao local da festa, ele abriu a porta e desceu me estendendo a mão como um perfeito cavalheiro. Saí do carro segurando a mão dele e ele tomou meu braço para entrarmos.
- e convidado – anunciei à recepcionista, entregando-lhe dois convites, logo antes de pararmos no local reservado para as fotos iniciais, tiramos algumas fotos e enfim adentramos o salão.
O lugar estava simplesmente estonteante, a decoração era elegante e refinada, as luzes dançavam no ritmo da música calma, dando um toque especial. Pessoas e mais pessoas iam chegando e ocupando suas mesas, encontrei a minha com dois lugares e me aproximei com Scotty.
Ele puxou a cadeira para mim e depois se sentou, pegou dois coquetéis coloridos da bandeja de uma das garçonetes que circulavam pelo lugar e me entregou um.
- Um brinde a você e a sua conquista – ele ergueu a taça na minha direção, sorri e encostei levemente a minha taça na dele, dando um pequeno gole em seguida, era delicioso.
Nós dois conversamos mais um pouco, até que a festa começou a ficar animada e a música alta abafava as vozes. Scotty me tirou para dançar, na mesma hora que levantei, vi entrando com George e mais um amigo que eu não lembrava o nome, ele estava simplesmente lindo, o smoking preto impecável, camisa branca e gravata borboleta da mesma cor do smoking, carregando consigo seu sorriso inconfundível.
Não sei direito por quanto tempo fiquei parada olhando pra ele, estávamos perto da pista de dança, mas Scotty reparou e me puxou para um lugar mais afastado, sorte a minha ele perceber e me tirar dali antes que o me visse.
- ? – ele estalou os dedos na minha frente, fazendo-me voltar à Terra e encará-lo – Você está bem?
- Ah, que vergonha – eu respirei fundo – eu estava com a pior cara de idiota, não é? Aquele é o meu ex-namorado e...
- Hey,você não precisa me explicar nada – ele colocou o dedo indicador nos meus lábios, silenciando-me.
- Tudo bem, só me arranje algo para beber e me deixe sozinha um pouco, por favor. Eu já vou voltar ao normal, eu juro – ele riu e assentiu, me deixando ali naquela varanda linda só com os meus pensamentos, pensamentos direcionados a certos olhos azuis, para ser sincera.
- Ah, você é um anjo – disse assim que ouvi passos atrás de mim e me virei para ver o que Scotty tinha trazido.
- Eu sou? – aquele sorriso destruiu o autocontrole que eu tinha recuperado – Obrigada, mas...
- Não foi com você, – recuperei minha voz e ela saiu mais firme do que eu esperava – eu estava esperando outra pessoa.
- Me desculpa então, eu só saí para tomar um ar e te encontrei aqui, acho que foi coincidência.
- Está fugindo daquela coisa que estava com você na sua casa aquele dia? – eu estava na defensiva, não consegui segurar o ciúme que pulava de dentro de mim.
- Não, eu não trouxe ela pra cá, mas por que?
- Nada, achei que estivesse com alguém já, você superou tudo tão rápido depois que fugiu correndo para sua cidade.
- Você está dizendo isso, mas quem esta acompanhada aqui hoje é você.
- Bom, não que te interesse, mas ele é só um amigo, eu não estou com ele, literalmente, só não queria ficar sozinha, mas enfim, deixa eu voltar pra festa.
- Espera, , por favor – ele segurou meu braço de leve e entrou na frente do portal, me impedindo de passar – eu quero muito falar com você direito, sem brigar, conversar numa boa.
- Tudo bem, mas seja rápido. – tentei ser fria, mas o jeito com que ele falou me fez amolecer e meu coração já me traía com as batidas rápidas e quase sufocantes com nossa proximidade.
- Eu não consigo parar de pensar em você, eu não consegui de esquecer e nem vou, já tentei de tudo – ele falou rápido demais, quase não acompanhei – eu penso em você o tempo todo, fico imaginando nós dois juntos de novo, tento encontrar formas de me redimir, mas eu só consigo pensar no quanto nós nos magoamos, a falta que você me faz e tenho certeza que você também sente a minha.
estava quase chorando bem ali na minha frente e eu não sabia o que fazer, nunca tinha visto esse lado emotivo, ele estava literalmente segurando as lágrimas, fazendo seus olhos brilharem ainda mais. Eu só queria abraçar ele, chorar e dizer que estava tudo bem entre a gente, que esqueceríamos tudo e começaríamos do zero, mas não foi isso o que aconteceu.
- Eu preciso pensar, , eu estou muito magoada ainda, vamos conversar com mais calma um outro dia – suspirei e fui ao encontro de Scotty, que me esperava perto da entrada segurando um copo de água, provavelmente escutara tudo.
Peguei o copo da mão dele e segurei-a com a minha outra mão, puxando-o de volta para a nossa mesa. Bebi a água e me desculpei com ele, mesmo ele recolocando que não era necessário.
Ficamos em silêncio por um tempo e depois ele puxou conversa, retomamos o papo descontraído aproveitando a pausa para a organização da valsa. Scotty tomou a minha mão e praticamente me obrigou a ir dançar. Para minha sorte ele era um ótimo condutor e aparentemente tinha ido embora, eu estava mais relaxada, mesmo depois de esbarrar com Ashlee e seu novo brinquedinho, foi Katherine que eu não encontrei, menos mal.
Aproveitamos para dançar mais um pouco ao som Techno do DJ depois da valsa e por volta das três da manhã, depois de beber um pouco e dançar, fomos embora.
Cheguei em casa exausta, mas antes de descer do carro, Scotty, levemente alterado pelo álcool, me deu um selinho. Eu estava cansada e confusa, um pouco bêbada também, acabei entrando no clima e deixei-o prosseguir com o beijo, abraçando-o e puxando-o comigo para fora do carro e entrando no prédio.
Eu seria uma nova pessoa e mais ninguém brincaria comigo, eu estava pronta para arrasar na festa.
Estava esperando James na sala, orgulhosa de mim mesma pela forma com a qual eu estava enfrentando este difícil episódio da minha vida. Meu celular começou a tocar, arrancando-me dos devaneios.
- Oi, James. – atendi, deixando minha ansiedade dissolvida na voz.
- Você vai me odiar, mas eu não posso mais ir à festa com você. – fiquei chocada ao ouvir isso e não encontrei palavras, apenas esperei ele continuar – Eu estava louco para te acompanhar, mas eu acabei de receber um telefonema, surgiu uma oportunidade incrível e irrecusável, eu preciso pegar um avião daqui uma hora.
- Eu não sei o que dizer – falei pausadamente, pensando no que poderia ser tão importante para ele desmarcar comigo em cima da hora – posso pelo menos saber para onde você vai e o que está acontecendo?
- Claro, por isso eu te liguei, eu não queria que você ficasse chateada comigo, estou indo para o Japão, o dono de uma multinacional de lá viu os slogans que eu fiz para a revista e quer me contratar para trabalhar lá, ele me convidou para uma reunião na segunda de manhã, mas quer me conhecer pessoalmente amanhã mesmo, por isso preciso ir agora. Sei que é tudo muito rápido e eu te peço desculpas, mas assim que eu voltar, eu te ligo e a gente marca de se ver e sair pra algum lugar, ok? – ele estava explodindo de felicidade, percebi pela excitação na voz dele, mas deu pra sentir sinceridade nas desculpas dele e nem tinha como eu não ficar feliz por ele.
- Nossa, que legal, James, estou surpresa! Parabéns! Eu sei que é importante, vai tranquilo e estou torcendo muito para que dê tudo certo, você merece todo o sucesso do mundo.
- Obrigada, linda, sabia que você entenderia. E aliás, a senhorita já está pronta? Pedi pra um amigo muito bacana para te acompanhar no meu lugar, ele deve estar chegando, não precisa levá-lo à festa se você não quiser, só não queria te deixar na mão.
- Nossa, então você pensou em tudo. Vou conhecer ele primeiro e depois decido – dei uma risada gostosa e ele riu comigo, senti que estava aliviado por eu estar numa boa.
- Tudo bem, preciso arrumar as malas, se cuida, viu? Depois nos falamos. Beijos e divirta-se muito, você merece.
- Beijos, boa viagem e boa sorte.
Desligamos e eu olhei para o teto, feliz por ele e imaginando como seria minha noite e como seria esse amigo dele, fiquei curiosa.
Enfim, a campainha tocou e eu encontrei um moreno deslumbrante me olhando com seus lindos olhos esverdeados, ele me cumprimentou sorrindo, se apresentou como Scotty e ofereceu o braço para que eu tomasse e o acompanhasse até o extenso Crysler preto parado à nossa frente. Ele abriu a porta para mim e depois se sentou à minha frente, fechando a porta e fazendo um sinal ao motorista para seguir.
Scotty serviu duas taças de champagne e estendeu uma pra mim, que aceitei de bom grado, bebemos e conversamos distraidamente, ele era galanteador e doce ao mesmo tempo, um verdadeiro encanto.
- Scotty – chamei e ele me olhou nos olhos – gostaria de ser meu par na festa?
- Claro que sim – ele respondeu com um sorriso de matar enfeitando seus lábios. Eu estava ficando louca ou ultimamente só conhecia caras com sorrisos maravilhosos?
Sorri que nem boba e então chegamos ao local da festa, ele abriu a porta e desceu me estendendo a mão como um perfeito cavalheiro. Saí do carro segurando a mão dele e ele tomou meu braço para entrarmos.
- e convidado – anunciei à recepcionista, entregando-lhe dois convites, logo antes de pararmos no local reservado para as fotos iniciais, tiramos algumas fotos e enfim adentramos o salão.
O lugar estava simplesmente estonteante, a decoração era elegante e refinada, as luzes dançavam no ritmo da música calma, dando um toque especial. Pessoas e mais pessoas iam chegando e ocupando suas mesas, encontrei a minha com dois lugares e me aproximei com Scotty.
Ele puxou a cadeira para mim e depois se sentou, pegou dois coquetéis coloridos da bandeja de uma das garçonetes que circulavam pelo lugar e me entregou um.
- Um brinde a você e a sua conquista – ele ergueu a taça na minha direção, sorri e encostei levemente a minha taça na dele, dando um pequeno gole em seguida, era delicioso.
Nós dois conversamos mais um pouco, até que a festa começou a ficar animada e a música alta abafava as vozes. Scotty me tirou para dançar, na mesma hora que levantei, vi entrando com George e mais um amigo que eu não lembrava o nome, ele estava simplesmente lindo, o smoking preto impecável, camisa branca e gravata borboleta da mesma cor do smoking, carregando consigo seu sorriso inconfundível.
Não sei direito por quanto tempo fiquei parada olhando pra ele, estávamos perto da pista de dança, mas Scotty reparou e me puxou para um lugar mais afastado, sorte a minha ele perceber e me tirar dali antes que o me visse.
- ? – ele estalou os dedos na minha frente, fazendo-me voltar à Terra e encará-lo – Você está bem?
- Ah, que vergonha – eu respirei fundo – eu estava com a pior cara de idiota, não é? Aquele é o meu ex-namorado e...
- Hey,você não precisa me explicar nada – ele colocou o dedo indicador nos meus lábios, silenciando-me.
- Tudo bem, só me arranje algo para beber e me deixe sozinha um pouco, por favor. Eu já vou voltar ao normal, eu juro – ele riu e assentiu, me deixando ali naquela varanda linda só com os meus pensamentos, pensamentos direcionados a certos olhos azuis, para ser sincera.
- Ah, você é um anjo – disse assim que ouvi passos atrás de mim e me virei para ver o que Scotty tinha trazido.
- Eu sou? – aquele sorriso destruiu o autocontrole que eu tinha recuperado – Obrigada, mas...
- Não foi com você, – recuperei minha voz e ela saiu mais firme do que eu esperava – eu estava esperando outra pessoa.
- Me desculpa então, eu só saí para tomar um ar e te encontrei aqui, acho que foi coincidência.
- Está fugindo daquela coisa que estava com você na sua casa aquele dia? – eu estava na defensiva, não consegui segurar o ciúme que pulava de dentro de mim.
- Não, eu não trouxe ela pra cá, mas por que?
- Nada, achei que estivesse com alguém já, você superou tudo tão rápido depois que fugiu correndo para sua cidade.
- Você está dizendo isso, mas quem esta acompanhada aqui hoje é você.
- Bom, não que te interesse, mas ele é só um amigo, eu não estou com ele, literalmente, só não queria ficar sozinha, mas enfim, deixa eu voltar pra festa.
- Espera, , por favor – ele segurou meu braço de leve e entrou na frente do portal, me impedindo de passar – eu quero muito falar com você direito, sem brigar, conversar numa boa.
- Tudo bem, mas seja rápido. – tentei ser fria, mas o jeito com que ele falou me fez amolecer e meu coração já me traía com as batidas rápidas e quase sufocantes com nossa proximidade.
- Eu não consigo parar de pensar em você, eu não consegui de esquecer e nem vou, já tentei de tudo – ele falou rápido demais, quase não acompanhei – eu penso em você o tempo todo, fico imaginando nós dois juntos de novo, tento encontrar formas de me redimir, mas eu só consigo pensar no quanto nós nos magoamos, a falta que você me faz e tenho certeza que você também sente a minha.
estava quase chorando bem ali na minha frente e eu não sabia o que fazer, nunca tinha visto esse lado emotivo, ele estava literalmente segurando as lágrimas, fazendo seus olhos brilharem ainda mais. Eu só queria abraçar ele, chorar e dizer que estava tudo bem entre a gente, que esqueceríamos tudo e começaríamos do zero, mas não foi isso o que aconteceu.
- Eu preciso pensar, , eu estou muito magoada ainda, vamos conversar com mais calma um outro dia – suspirei e fui ao encontro de Scotty, que me esperava perto da entrada segurando um copo de água, provavelmente escutara tudo.
Peguei o copo da mão dele e segurei-a com a minha outra mão, puxando-o de volta para a nossa mesa. Bebi a água e me desculpei com ele, mesmo ele recolocando que não era necessário.
Ficamos em silêncio por um tempo e depois ele puxou conversa, retomamos o papo descontraído aproveitando a pausa para a organização da valsa. Scotty tomou a minha mão e praticamente me obrigou a ir dançar. Para minha sorte ele era um ótimo condutor e aparentemente tinha ido embora, eu estava mais relaxada, mesmo depois de esbarrar com Ashlee e seu novo brinquedinho, foi Katherine que eu não encontrei, menos mal.
Aproveitamos para dançar mais um pouco ao som Techno do DJ depois da valsa e por volta das três da manhã, depois de beber um pouco e dançar, fomos embora.
Cheguei em casa exausta, mas antes de descer do carro, Scotty, levemente alterado pelo álcool, me deu um selinho. Eu estava cansada e confusa, um pouco bêbada também, acabei entrando no clima e deixei-o prosseguir com o beijo, abraçando-o e puxando-o comigo para fora do carro e entrando no prédio.
Capítulo 17
Chegamos no meu quarto aos beijos, esbarrando em tudo pelo caminho, mas eu não me importava, aliás, não conseguia pensar em mais nada, só queria aproveitar aquele momento. Scotty deslizava as mãos suavemente pelo meu corpo e eu puxava seu cabelo de leve, fazendo-o gemer baixinho contra meus lábios.
Ele dedilhou minhas costas à procura do zíper do meu vestido, do qual se desfez rapidamente depois de encontrar, deixando meu vestido escorregar lentamente enquanto ele olhava meu corpo. Para não ficar em desvantagem, tirei o paletó dele, a gravata e o cinto, comecei a desabotoar sua camisa bem devagar, enquanto ele se ocupava beijando meu pescoço e colo.
Beijei o peito descoberto dele e joguei a camisa longe, ele próprio se livrou das calças e voltou a me beijar, me envolvendo em um abraço quente e delicioso. Ele desabotoou meu sutiã e me deitou na cama, tirando minha calcinha em seguida, subiu beijando toda minha perna, passou pela minha intimidade, depois a barriga, seios, pescoço e chegou à minha boca novamente.
Eu estava adorando aquilo, empurrei-o de leve e fiquei por cima dele, enquanto descia meus beijos pelo peito e pela barriga dele, ia descendo sua boxer com as mãos, apertando e acariciando suas pernas. Subi minha mão até seu membro já rígido e movimentei-a ritmadamente, masturbando-o. Scotty gemia baixo e apertou a minha coxa, pedindo por mais, cheguei a boca em sua virilha e mordisquei a região, ele sorriu pra mim e mexeu no meu cabelo, puxando devagar. Comecei com beijos por toda a extensão e parei na glande, onde me demorei com beijos e pequenas sugadas, ele já apertava e puxava o lençol com uma mão e segurava meu cabelo com a outra, coloquei o membro quase inteiro na boca e comecei com movimentos rápidos, mantendo minha mão na base.
Deixei ele gozar, mesmo que ele tivesse tentado se segurar, eu cuspi um pouco no chão e passei as costas da mão pela boca, sorrindo pra ele em seguida, peguei camisinhas e uma caixa de chocolates no criado mudo ao lado da cama. Comemos alguns bombons e nos beijamos mais ainda, ele retribuiu o sexo oral com igual ou melhor eficiência, não demorei a alcançar o orgasmo, ele era simplesmente incrível na cama. Depois de mais chocolates e carícias, ele colocou uma camisinha e ficou por cima de mim, nos encaixamos muito bem e a transa foi mais do que ótima.
Exaustos e suados, convidei-o para um banho, depois de limpos, ficamos enrolados em toalhas mesmo, levei nossas roupas e os lençóis para a lavanderia, cuidaria deles quando acordasse, voltei para o quarto e arrumei a cama rapidamente, ele estava sentado na poltrona perto da janela quase dormindo, sorri e puxei-o para a cama comigo, ele me abraçou pela cintura e dormimos bem rápido.
Ele dedilhou minhas costas à procura do zíper do meu vestido, do qual se desfez rapidamente depois de encontrar, deixando meu vestido escorregar lentamente enquanto ele olhava meu corpo. Para não ficar em desvantagem, tirei o paletó dele, a gravata e o cinto, comecei a desabotoar sua camisa bem devagar, enquanto ele se ocupava beijando meu pescoço e colo.
Beijei o peito descoberto dele e joguei a camisa longe, ele próprio se livrou das calças e voltou a me beijar, me envolvendo em um abraço quente e delicioso. Ele desabotoou meu sutiã e me deitou na cama, tirando minha calcinha em seguida, subiu beijando toda minha perna, passou pela minha intimidade, depois a barriga, seios, pescoço e chegou à minha boca novamente.
Eu estava adorando aquilo, empurrei-o de leve e fiquei por cima dele, enquanto descia meus beijos pelo peito e pela barriga dele, ia descendo sua boxer com as mãos, apertando e acariciando suas pernas. Subi minha mão até seu membro já rígido e movimentei-a ritmadamente, masturbando-o. Scotty gemia baixo e apertou a minha coxa, pedindo por mais, cheguei a boca em sua virilha e mordisquei a região, ele sorriu pra mim e mexeu no meu cabelo, puxando devagar. Comecei com beijos por toda a extensão e parei na glande, onde me demorei com beijos e pequenas sugadas, ele já apertava e puxava o lençol com uma mão e segurava meu cabelo com a outra, coloquei o membro quase inteiro na boca e comecei com movimentos rápidos, mantendo minha mão na base.
Deixei ele gozar, mesmo que ele tivesse tentado se segurar, eu cuspi um pouco no chão e passei as costas da mão pela boca, sorrindo pra ele em seguida, peguei camisinhas e uma caixa de chocolates no criado mudo ao lado da cama. Comemos alguns bombons e nos beijamos mais ainda, ele retribuiu o sexo oral com igual ou melhor eficiência, não demorei a alcançar o orgasmo, ele era simplesmente incrível na cama. Depois de mais chocolates e carícias, ele colocou uma camisinha e ficou por cima de mim, nos encaixamos muito bem e a transa foi mais do que ótima.
Exaustos e suados, convidei-o para um banho, depois de limpos, ficamos enrolados em toalhas mesmo, levei nossas roupas e os lençóis para a lavanderia, cuidaria deles quando acordasse, voltei para o quarto e arrumei a cama rapidamente, ele estava sentado na poltrona perto da janela quase dormindo, sorri e puxei-o para a cama comigo, ele me abraçou pela cintura e dormimos bem rápido.
Capítulo 18
Acordei meio tonta e com uma leve dor de cabeça, me deparei com Scotty dormindo, lindo como uma miragem, no travesseiro ao meu lado, com o braço passado pela minha cintura, lembrei da noite anterior e me senti leve, levantei devagar, com cuidado para não acordá-lo, coloquei as primeiras roupas que encontrei e prendi o cabelo com um elástico, bati os olhos no relógio e vi que eram quase três da tarde.
Desci para dar um jeito nas roupas e arrumar alguma coisa para comermos, mas decidi esperar ele acordar enquanto esperava as roupas terminarem de secar na secadora. Quando terminei de separar as minhas das roupas dele, Scotty apareceu pela porta da cozinha, descalço e com a toalha na cintura.
- Bom dia – Eu sorri sem jeito, entregando-lhe as roupas.
- Bom dia – ele parecia de mau-humor, provavelmente ressaca, talvez pior que a minha. Ele subiu e voltou vestido, eu o esperava no balcão da cozinha com um copo de café preto e analgésicos. Scotty sorriu forçado, mas agradeceu, tomamos o café em silêncio.
- Está com fome? – perguntei, puxando assunto pra tentar quebrar o gelo.
- , eu preciso te pedir desculpas.
- Pelo que? – indaguei confusa.
- Nós não devíamos ter dormido juntos – ele abaixou o olhar – eu sei sobre o seu ex-namorado, sei que o James ficou com você, acho que foi errado deixar acontecer.
- Errado por quê? Nós estávamos nos divertindo juntos e aconteceu, nós dois queríamos, não é?
- Ah, não sei, eu gostei de ficar com você, mas...
- Scotty, relaxa, isso fica só entre a gente, eu também gostei de ficar com você, e me perdoa por falar assim, mas essa noite me ajudou a decidir o que eu quero fazer.
- Decidiu? Só não diz que não vai voltar com o , é isso, não é? Por minha causa. Eu ia me sentir muito mal e tenho uns rolos pra resolver, não posso ficar com ninguém agora.
- Não é nada disso, eu pensei um pouco e percebi que meu destino só vai ser completo com o e eu quero falar isso pra ele.
Scotty ficou aliviado e conversamos mais um pouco, contei as aventuras e desventuras que passei com o e sem ele, falamos um pouco sobre o James, ele me contou algumas coisas sobre ele e depois ele foi embora. Eu esquentei um pedaço de lasanha que tinha na geladeira, comi e fui checar meus emails, tinham uns doze do com desculpas e mais declarações, fiquei toda derretida, só para variar. Tinha um email do James que estava lá fazia uns três dias com algumas piadas bobas, aproveitei o remetente para mandar um email contando tudo sobre a festa e o , omitindo a parte de dormir com o Scotty, mandei uma cópia do email para a e deitei no sofá, depois de desligar o notebook, liguei a TV e deixei em um filme qualquer.
A parte interessante é que eu nem estava prestando muita atenção na televisão, meus pensamentos estavam a mil por hora, eu não sabia o que fazer primeiro, nem sei como consegui dormir no meio daquela confusão de acontecimentos e sentimentos.
Acordei quando já era noite, mas eu estava renovada, calma e feliz, arrumei umas coisinhas que estavam bagunçadas e peguei o notebook novamente para olhar os emails e ver se alguém respondera, encontrei mais dois emails do com fotos nossas e muitas coisas românticas escritas, nem parecia o que eu estava acostumada, eu sorria a cada palavra, mas resolvi esperar mais um tempo para procurá-lo.
Terminei alguns textos que eu precisava e vi que já era quase meia noite, trabalharia na segunda-feira, fiz um lanche rápido e fui para a cama. Foi um pouco difícil me desligar dos pensamentos, mas acabei dormindo.
Desci para dar um jeito nas roupas e arrumar alguma coisa para comermos, mas decidi esperar ele acordar enquanto esperava as roupas terminarem de secar na secadora. Quando terminei de separar as minhas das roupas dele, Scotty apareceu pela porta da cozinha, descalço e com a toalha na cintura.
- Bom dia – Eu sorri sem jeito, entregando-lhe as roupas.
- Bom dia – ele parecia de mau-humor, provavelmente ressaca, talvez pior que a minha. Ele subiu e voltou vestido, eu o esperava no balcão da cozinha com um copo de café preto e analgésicos. Scotty sorriu forçado, mas agradeceu, tomamos o café em silêncio.
- Está com fome? – perguntei, puxando assunto pra tentar quebrar o gelo.
- , eu preciso te pedir desculpas.
- Pelo que? – indaguei confusa.
- Nós não devíamos ter dormido juntos – ele abaixou o olhar – eu sei sobre o seu ex-namorado, sei que o James ficou com você, acho que foi errado deixar acontecer.
- Errado por quê? Nós estávamos nos divertindo juntos e aconteceu, nós dois queríamos, não é?
- Ah, não sei, eu gostei de ficar com você, mas...
- Scotty, relaxa, isso fica só entre a gente, eu também gostei de ficar com você, e me perdoa por falar assim, mas essa noite me ajudou a decidir o que eu quero fazer.
- Decidiu? Só não diz que não vai voltar com o , é isso, não é? Por minha causa. Eu ia me sentir muito mal e tenho uns rolos pra resolver, não posso ficar com ninguém agora.
- Não é nada disso, eu pensei um pouco e percebi que meu destino só vai ser completo com o e eu quero falar isso pra ele.
Scotty ficou aliviado e conversamos mais um pouco, contei as aventuras e desventuras que passei com o e sem ele, falamos um pouco sobre o James, ele me contou algumas coisas sobre ele e depois ele foi embora. Eu esquentei um pedaço de lasanha que tinha na geladeira, comi e fui checar meus emails, tinham uns doze do com desculpas e mais declarações, fiquei toda derretida, só para variar. Tinha um email do James que estava lá fazia uns três dias com algumas piadas bobas, aproveitei o remetente para mandar um email contando tudo sobre a festa e o , omitindo a parte de dormir com o Scotty, mandei uma cópia do email para a e deitei no sofá, depois de desligar o notebook, liguei a TV e deixei em um filme qualquer.
A parte interessante é que eu nem estava prestando muita atenção na televisão, meus pensamentos estavam a mil por hora, eu não sabia o que fazer primeiro, nem sei como consegui dormir no meio daquela confusão de acontecimentos e sentimentos.
Acordei quando já era noite, mas eu estava renovada, calma e feliz, arrumei umas coisinhas que estavam bagunçadas e peguei o notebook novamente para olhar os emails e ver se alguém respondera, encontrei mais dois emails do com fotos nossas e muitas coisas românticas escritas, nem parecia o que eu estava acostumada, eu sorria a cada palavra, mas resolvi esperar mais um tempo para procurá-lo.
Terminei alguns textos que eu precisava e vi que já era quase meia noite, trabalharia na segunda-feira, fiz um lanche rápido e fui para a cama. Foi um pouco difícil me desligar dos pensamentos, mas acabei dormindo.
Capítulo 19
A semana estava meio corrida, finalizei tudo com a faculdade e peguei meu diploma. Respondi alguns emails do , perdoando-o e agradecendo todas aquelas palavras lindas que ele me enviara, ele me ligou algumas vezes e eu fiz o mesmo. Ele estava em Bolton, as aulas dele ainda não tinham terminado, mas nos falamos todos os dias durante a semana.
Terminei alguns projetos que iniciara com meu chefe, entreguei-os na quinta-feira e combinei de sair com o James para atualizarmos a conversa, ele tinha acabado de voltar. Incrível como ficamos tão amigos em tão pouco tempo.
No fim do dia fui para casa, me arrumei e esperei James chegar, sairíamos para jantar. Conversamos por horas, ele me contou como seria seu emprego novo e que se mudaria logo, contei direito as coisas sobre o e que estávamos nos entendendo. Ambos estávamos felizes, eu sentiria falta dele, mas trocaríamos emails sempre.
Era sexta e o editor-chefe da England Live me ligou e perguntou se eu não poderia começar em um mês, perguntei porque esperar tanto se eu já tinha acertado tudo com a London, mas ele não me disse muita coisa, mencionou um projeto novo e eu entenderia quando chegasse lá. Ótimo, férias, tudo o que eu precisava para terminar de colocar minha vida nos eixos.
Liguei para o naquela noite e nos falamos por umas três horas, parecia que tínhamos começado de novo, era fácil falar sobre qualquer coisa com ele agora, nós dois parecíamos outras pessoas, melhores agora, contei a ele que faria uma surpresa para os meus pais e passaria uma semana com eles, encontraria com ele assim que voltasse de viagem e ele estivesse de férias. Ele concordou emburrado com a viagem e disse que sentiria saudades, não estávamos muito longe, mas desde a formatura não tínhamos nos encontrado, eu estava feliz com a velocidade das coisas, tudo calmo e tranquilo, sem desespero, impulso e correria. Nós nos reencontraríamos quando eu voltasse e começaríamos tudo de novo, de outra maneira.
Arrumei uma mala pequena, só com o essencial, faria compras se precisasse quando chegasse lá, porque as roupas de inverno que eu tinha não davam muito certo com a estação no hemisfério sul, e precisava renovar as roupas de verão com urgência. Estava tudo pronto, sábado de manhã eu pegaria o avião.
me fez a maior surpresa indo me encontrar no aeroporto, adorei vê-lo, abraçá-lo, foi delicioso, parecíamos aqueles adolescentes com o primeiro namoro. Foi incrível e entrei no avião toda feliz.
Quando apertei a campainha da casa dos meus pais, não fazia ideia do que eles pensariam dessa visita depois de quase dois anos sem vê-los. Meu pai abriu a porta e ficou pasmo, me olhava como se eu fosse um fantasma.
- Oi, pai. – deixei a mala no chão e o abracei, o abraço foi recíproco, mas ele não falou nada.
- Quem era na porta? – minha mãe entrou na sala falando, mas teve uma reação totalmente contrária à do meu pai quando me viu. Ela correu na minha direção, afastando meu pai do caminho e me abraçou forte, me apertou muito e não parava de me beijar.
- Oi, mãe – eu falei tentando respirar, até que ela me soltou.
- Oi, filha, senti tanto a sua falta. Que bom que está aqui, por que não contou que vinha? Que surpresa!
Contei rapidamente sobre o último ano de faculdade, sobre meu emprego antigo, o novo e as férias, até do meu namorado eu falei. Eles me contaram as novidades da família, os bebês que nasceram das primas e tias, os casamentos, divórcios, tudo.
Passei uma semana maravilhosa, revi muita gente, conheci os novos integrantes da família e até fizemos uma festinha no fim de semana. Eu me diverti demais, matei as saudades e voltaria logo, com certeza.
Conversei com a e com o pelo telefone antes de pegar o avião de volta e mandei um email pro James.
Terminei alguns projetos que iniciara com meu chefe, entreguei-os na quinta-feira e combinei de sair com o James para atualizarmos a conversa, ele tinha acabado de voltar. Incrível como ficamos tão amigos em tão pouco tempo.
No fim do dia fui para casa, me arrumei e esperei James chegar, sairíamos para jantar. Conversamos por horas, ele me contou como seria seu emprego novo e que se mudaria logo, contei direito as coisas sobre o e que estávamos nos entendendo. Ambos estávamos felizes, eu sentiria falta dele, mas trocaríamos emails sempre.
Era sexta e o editor-chefe da England Live me ligou e perguntou se eu não poderia começar em um mês, perguntei porque esperar tanto se eu já tinha acertado tudo com a London, mas ele não me disse muita coisa, mencionou um projeto novo e eu entenderia quando chegasse lá. Ótimo, férias, tudo o que eu precisava para terminar de colocar minha vida nos eixos.
Liguei para o naquela noite e nos falamos por umas três horas, parecia que tínhamos começado de novo, era fácil falar sobre qualquer coisa com ele agora, nós dois parecíamos outras pessoas, melhores agora, contei a ele que faria uma surpresa para os meus pais e passaria uma semana com eles, encontraria com ele assim que voltasse de viagem e ele estivesse de férias. Ele concordou emburrado com a viagem e disse que sentiria saudades, não estávamos muito longe, mas desde a formatura não tínhamos nos encontrado, eu estava feliz com a velocidade das coisas, tudo calmo e tranquilo, sem desespero, impulso e correria. Nós nos reencontraríamos quando eu voltasse e começaríamos tudo de novo, de outra maneira.
Arrumei uma mala pequena, só com o essencial, faria compras se precisasse quando chegasse lá, porque as roupas de inverno que eu tinha não davam muito certo com a estação no hemisfério sul, e precisava renovar as roupas de verão com urgência. Estava tudo pronto, sábado de manhã eu pegaria o avião.
me fez a maior surpresa indo me encontrar no aeroporto, adorei vê-lo, abraçá-lo, foi delicioso, parecíamos aqueles adolescentes com o primeiro namoro. Foi incrível e entrei no avião toda feliz.
Quando apertei a campainha da casa dos meus pais, não fazia ideia do que eles pensariam dessa visita depois de quase dois anos sem vê-los. Meu pai abriu a porta e ficou pasmo, me olhava como se eu fosse um fantasma.
- Oi, pai. – deixei a mala no chão e o abracei, o abraço foi recíproco, mas ele não falou nada.
- Quem era na porta? – minha mãe entrou na sala falando, mas teve uma reação totalmente contrária à do meu pai quando me viu. Ela correu na minha direção, afastando meu pai do caminho e me abraçou forte, me apertou muito e não parava de me beijar.
- Oi, mãe – eu falei tentando respirar, até que ela me soltou.
- Oi, filha, senti tanto a sua falta. Que bom que está aqui, por que não contou que vinha? Que surpresa!
Contei rapidamente sobre o último ano de faculdade, sobre meu emprego antigo, o novo e as férias, até do meu namorado eu falei. Eles me contaram as novidades da família, os bebês que nasceram das primas e tias, os casamentos, divórcios, tudo.
Passei uma semana maravilhosa, revi muita gente, conheci os novos integrantes da família e até fizemos uma festinha no fim de semana. Eu me diverti demais, matei as saudades e voltaria logo, com certeza.
Conversei com a e com o pelo telefone antes de pegar o avião de volta e mandei um email pro James.
Capítulo 20
O vôo foi tranquilo e eu aproveitei para ler algumas revistas e dormir um pouco. Quando o avião aterrissou, eu aguardei algumas pessoas mais apressadas saírem antes de me levantar, já era noite e estava um pouco frio, vesti meu casaco e sai. Atravessei o portão de desembarque e, quando localizei onde pegaria as malas, que viraram quatro devido às compras que eu tinha feito, encontrei um par de olhos e um sorriso tão lindo que eu nem acreditei.
Corri para abraçar , que segurava um buquê de flores, rosas brancas e vermelhas misturadas, lindo demais. Ele me abraçou tão forte e me deu um beijo tão apaixonado que até me esqueci de como se respira. Nos soltamos relutantes e ele me entregou as flores, dei um selinho e mais um abraço apertado em agradecimento. Fomos pegar minhas malas na esteira e seguimos para o carro dele, eu estava tão feliz com aquela surpresa que não pensava mais em nada.
me levou para casa e subiu comigo, deixei as malas no quarto e me sentei no sofá com ele, que logo me puxou para mais um abraço.
- Eu senti tanto a sua falta – eu suspirei, encostando a cabeça no ombro dele.
- Eu não aguentava mais ficar longe de você – ele me deu um beijo na testa, me apertando ainda mais no abraço.
- Eu te amo, , te amo demais – levantei um pouco a cabeça e encontrei seus olhos.
- Te amo mais que tudo, – ele fechou os olhos e me beijou, me beijou como nunca tinha feito antes, lágrimas de felicidade escapavam dos meus olhos e vi algumas brilhando nos olhos dele também. O mundo podia acabar que não nos separaríamos nunca mais.
Dormimos juntos naquela noite, só deitamos e sentimos a respiração e as batidas do coração um do outro até adormecermos, abraçados como um só. Foi mais lindo e intenso que qualquer coisa que eu já tinha experimentado até o momento. Eu e meu amor, juntos até que enfim.
Fazia pouco mais de seis meses que e eu tínhamos reatado, meu relacionamento com ele não se parecia em nada com o namoro absurdo de antes, ele estava mais maduro, mais responsável e, o principal, muito mais romântico.
Com o tempo eu voltei a me comunicar e me encontrar com amigos antigos, saíamos juntos quando eles vinham para Londres ou eu ia para lá, cada um tinha sua vida, seu emprego, mas sempre dávamos um jeito de nos falarmos pelo telefone ou pela internet. Eu estava mais conectada com a família e falava com eles toda semana.
Era uma sexta-feira e eu conseguira sair mais cedo do trabalho, fui para o apartamento maravilhoso que agora eu dividia com o , mas não o encontrei, comi alguma coisa e resolvi ir para o quarto, tomar um banho e descansar enquanto esperava por ele. Havia uma caixa enorme na cama com um bilhete em cima.
”Tome um banho bem demorado, se arrume e vista esta roupa, o carro virá buscá-la as oito e meia,
Te amo, linda!
.”
Abri a caixa devagar e encontrei um vestido vermelho maravilhoso, era longo e todo trabalhado com missangas no busto, dentro da caixa tinha mais um bilhete.
”A parte da saia está no closet, não coube na caixa. Espero que goste.”
Corri para o closet e tirei aquela saia linda, com a mistura de três tons do vermelho vivo ao vinho, o vestido completo era um verdadeiro sonho, parecia de debutante, só que com menos volume na saia. Eram quase seis horas, então fui logo tomar meu banho, demorei mais ou menos meia hora, imaginando o que teria preparado e se era alguma data importante que eu deixara passar.
Vesti um robe leve e sequei meus cabelos, como estava sem muita ideia, joguei-os de lado e deixei soltos. Caprichei em uma maquiagem em vermelho e preto, logo depois das sete e meia eu estava pronta, só faltava o vestido, coloquei-o com o maior cuidado e me admirei no espelho, eu estava linda e feliz. Calcei as sandálias pretas que eu comprara há pouco, o vestido cobriria as sandálias, mas não dava para ir com um sapato qualquer.
O interfone tocou e eu desci, havia uma Limousine branca enorme me esperando e o ajudante me esperou no alto da escada e me ofereceu o braço para descer, abriu a porta para mim e depois tomou seu lugar junto do chofer.
Chegamos a um salão maravilhoso, a decoração externa era em arquitetura grega, tudo muito deslumbrante. Esperei o ajudante abrir a porta e me surpreendi, um todo sorridente, vestindo smoking preto, que abriu, eu sorri largamente e segurei a mão dele para sair do carro. Ele beijou meu rosto e entramos no salão de braços dados, causando um grande impacto com a nossa entrada, as muitas pessoas presentes, vários rostos conhecidos, aplaudiam e lançavam flores em nós.
me guiou até um pequeno palco no outro extremo do salão, subimos lá e as pessoas se aproximaram. A apareceu de braço dado com George e os dois subiram juntos, parando ao lado de cada um, ao meu lado e George ao lado de .
se ajoelhou e pegou uma pequena caixa em veludo vermelho da mão de George, eu quase chorei quando ele abriu.
- , depois de tudo o que nós passamos, eu tenho cada dia mais certeza de que quero você comigo para o resto da minha vida, aceita se casar comigo? – sua voz falhou e seus olhos brilhavam muito.
Estendi a mão direita e assenti, sem condições de responder com palavras, apenas sorri. Ele colocou a linda aliança em meu anular e se levantou depois de beijar a minha mão, me entregou a outra caixa, com a aliança dele, eu coloquei e retribui o beijo na mão, no local da aliança.
- Eu quero passar o resto da minha vida com você e chamei nossos melhores amigos para serem padrinhos e testemunhas do nosso amor – e George assentiram sorrindo.
- Passar o resto da minha vida com você é tudo o que eu mais desejo nesse mundo.
Corri para abraçar , que segurava um buquê de flores, rosas brancas e vermelhas misturadas, lindo demais. Ele me abraçou tão forte e me deu um beijo tão apaixonado que até me esqueci de como se respira. Nos soltamos relutantes e ele me entregou as flores, dei um selinho e mais um abraço apertado em agradecimento. Fomos pegar minhas malas na esteira e seguimos para o carro dele, eu estava tão feliz com aquela surpresa que não pensava mais em nada.
me levou para casa e subiu comigo, deixei as malas no quarto e me sentei no sofá com ele, que logo me puxou para mais um abraço.
- Eu senti tanto a sua falta – eu suspirei, encostando a cabeça no ombro dele.
- Eu não aguentava mais ficar longe de você – ele me deu um beijo na testa, me apertando ainda mais no abraço.
- Eu te amo, , te amo demais – levantei um pouco a cabeça e encontrei seus olhos.
- Te amo mais que tudo, – ele fechou os olhos e me beijou, me beijou como nunca tinha feito antes, lágrimas de felicidade escapavam dos meus olhos e vi algumas brilhando nos olhos dele também. O mundo podia acabar que não nos separaríamos nunca mais.
Dormimos juntos naquela noite, só deitamos e sentimos a respiração e as batidas do coração um do outro até adormecermos, abraçados como um só. Foi mais lindo e intenso que qualquer coisa que eu já tinha experimentado até o momento. Eu e meu amor, juntos até que enfim.
Fazia pouco mais de seis meses que e eu tínhamos reatado, meu relacionamento com ele não se parecia em nada com o namoro absurdo de antes, ele estava mais maduro, mais responsável e, o principal, muito mais romântico.
Com o tempo eu voltei a me comunicar e me encontrar com amigos antigos, saíamos juntos quando eles vinham para Londres ou eu ia para lá, cada um tinha sua vida, seu emprego, mas sempre dávamos um jeito de nos falarmos pelo telefone ou pela internet. Eu estava mais conectada com a família e falava com eles toda semana.
Era uma sexta-feira e eu conseguira sair mais cedo do trabalho, fui para o apartamento maravilhoso que agora eu dividia com o , mas não o encontrei, comi alguma coisa e resolvi ir para o quarto, tomar um banho e descansar enquanto esperava por ele. Havia uma caixa enorme na cama com um bilhete em cima.
”Tome um banho bem demorado, se arrume e vista esta roupa, o carro virá buscá-la as oito e meia,
Te amo, linda!
.”
Abri a caixa devagar e encontrei um vestido vermelho maravilhoso, era longo e todo trabalhado com missangas no busto, dentro da caixa tinha mais um bilhete.
”A parte da saia está no closet, não coube na caixa. Espero que goste.”
Corri para o closet e tirei aquela saia linda, com a mistura de três tons do vermelho vivo ao vinho, o vestido completo era um verdadeiro sonho, parecia de debutante, só que com menos volume na saia. Eram quase seis horas, então fui logo tomar meu banho, demorei mais ou menos meia hora, imaginando o que teria preparado e se era alguma data importante que eu deixara passar.
Vesti um robe leve e sequei meus cabelos, como estava sem muita ideia, joguei-os de lado e deixei soltos. Caprichei em uma maquiagem em vermelho e preto, logo depois das sete e meia eu estava pronta, só faltava o vestido, coloquei-o com o maior cuidado e me admirei no espelho, eu estava linda e feliz. Calcei as sandálias pretas que eu comprara há pouco, o vestido cobriria as sandálias, mas não dava para ir com um sapato qualquer.
O interfone tocou e eu desci, havia uma Limousine branca enorme me esperando e o ajudante me esperou no alto da escada e me ofereceu o braço para descer, abriu a porta para mim e depois tomou seu lugar junto do chofer.
Chegamos a um salão maravilhoso, a decoração externa era em arquitetura grega, tudo muito deslumbrante. Esperei o ajudante abrir a porta e me surpreendi, um todo sorridente, vestindo smoking preto, que abriu, eu sorri largamente e segurei a mão dele para sair do carro. Ele beijou meu rosto e entramos no salão de braços dados, causando um grande impacto com a nossa entrada, as muitas pessoas presentes, vários rostos conhecidos, aplaudiam e lançavam flores em nós.
me guiou até um pequeno palco no outro extremo do salão, subimos lá e as pessoas se aproximaram. A apareceu de braço dado com George e os dois subiram juntos, parando ao lado de cada um, ao meu lado e George ao lado de .
se ajoelhou e pegou uma pequena caixa em veludo vermelho da mão de George, eu quase chorei quando ele abriu.
- , depois de tudo o que nós passamos, eu tenho cada dia mais certeza de que quero você comigo para o resto da minha vida, aceita se casar comigo? – sua voz falhou e seus olhos brilhavam muito.
Estendi a mão direita e assenti, sem condições de responder com palavras, apenas sorri. Ele colocou a linda aliança em meu anular e se levantou depois de beijar a minha mão, me entregou a outra caixa, com a aliança dele, eu coloquei e retribui o beijo na mão, no local da aliança.
- Eu quero passar o resto da minha vida com você e chamei nossos melhores amigos para serem padrinhos e testemunhas do nosso amor – e George assentiram sorrindo.
- Passar o resto da minha vida com você é tudo o que eu mais desejo nesse mundo.
Fim!
Nota da autora: E ai gente? O que acharam desse final? Até que enfim consegui terminar essa fic e fico muito feliz com isso, espero que tenham gostado de lê-la. No começo eu tinha um monte de ideias mirabolantes para colocar na história, mas conforme fui escrevendo, mudei um pouco e esqueci algumas coisas haha. Espero que acompanhem as próximas que virão se a criatividade permitir. Comentem! :) beijos.
Qualquer dúvida, sugestão ou erro - > /kaah.jones/
Xx ;* Carol M.
Nota da scripter: Oi! O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.
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