I'm Living a Dream.
Por Jeks.
Betado por Leleka Prado.
“É isso aí, null! Nós vamos arrasar hoje! E com certeza vamos conseguir entrar no camarim!”
“Eu sei! Eu sei! Esperei a semana toda por esse dia! Aliás, a semana toda não, acho que minha vida inteira! Os McFly na nossa frente, amigaaaa!
“AIIIIIIIIII”
null e null eram amigas desde que descobriram que tinham um amor em comum, o amor por uma banda chamada McFly.
Eram do tipo de fã que sabia até a cor preferida da cueca dos integrantes da banda. Faziam tudo o possível para ir aos shows deles, mas dessa vez era diferente. Apesar de ser mais um show comum que o McFly faria em Londres, null e null tinham conseguido credenciais para entrar nos bastidores. Fora preciso lotar caixas de e-mails da gravadora e dos sites relacionados, mas o resultado era positivo e elas finalmente realizariam o sonho de conhecê-los.
Estavam se arrumando há horas. Era chapinha, maquiagem, mil roupas trocadas... Até que finalmente ficaram prontas.
null vestia uma calça jeans bem apertada dessas que são de cintura alta, achava linda aquela moda e ficou feliz que estava voltando com tudo. Vestia uma blusa vermelha de seda com um decote em v, usava uma sandália de salto vermelho e tecido jeans, para combinar com a sua roupa. Seus cabelos castanhos estavam lisos, soltos e brilhantes. Realmente estava linda.
null estava de vestido curto verde musgo, era um lindo vestido, mas como fazia frio, estava de meia calça preta e botas pretas. Para finalizar, vestiu um sobretudo, preto também. Seus cabelos estavam lisos e ao mesmo tempo despenteados, o que dava um toque único e legal para a menina.
Elas sabiam que estavam arrumadas demais para um show onde provavelmente gritariam demais e se descabelariam de tanto pular, mas tinham jurado que iriam manter a classe para ficar impecáveis diante dos McGuys.
“Amiga, a gente tem que fazer o que combinamos, não podemos mais parecer duas fãs histéricas e começar a agarrar os caras.”
“Certo, certo. O difícil vai ser conseguir manter a calma. Sabe como é, um sonho se realizando.”
“Mas precisamos nos destacar, null. Não sei quantas pessoas conseguiram passagem pro camarim, mas você sabe como aquelas groupies malditas são!”
“Sei! E bem! Tenho uma em casa.”
A irmã mais velha de null, Lohaine, já era conhecida por entrar em todos os camarins de todas as bandas que gostava. Ela era popular, linda e rica (sim, null e null eram ricas) e usava todos esses artifícios para conseguir o que queria. A mais nova sempre pedia para que ela a levasse junto, mas Lohaine vivia dizendo que não, pois o mérito era só dela. Os McGuys já nem eram mais novidade para menina e boatos rolavam que ela já havia ficado com todos. null não podia deixar de sentir uma leve inveja de sua irmã, que fazia tudo isso e esfregava na cara dela como tinha sido boa a noite de festa com eles e todos seus amigos famosos do Son Of Dork, The Click Five e outros. E o que era pior, não a deixava ter a chance de viver isso também.
Mas agora havia chego sua hora. Ela e sua melhor amiga conheceriam os caras e com certeza dariam um jeito de ir à festa que rolaria depois de tudo.
Horário para voltar para casa não era problema, já que null já tinha carro e seus pais não se preocupavam tanto assim com os lugares onde a menina costumava freqüentar.
Aquela noite tinha tudo para dar certo.
As duas foram até a garagem da casa de null e entraram no carro. Era um desses carros esportes preto e muito lindo.
“To mega nervosa, null!”
“Eu sei... Também estou!”
“Cara, como minha irmã consegue?”
“Não sei, mas ela podia ter nos dado algumas aulas.”
Foram conversando o caminho inteiro para o show. Quando chegaram sentiram um frio na barriga gigante. Era como se a ficha delas tivesse caído naquele momento. Estavam com credenciais dentro das bolsas e conheceriam os garotos de seus sonhos. O lugar estava lotado de meninas com o mesmo sonho delas e que não se tornaria realidade naquela noite. Elas se iluminaram ao pensar como eram sortudas.
“Seguinte, chorar não vale, porque afinal, não passamos horas nos maquiando para ficar com tudo borrado diante de Jones, Judd, Fletcher e Poynter certo?”
“Certo. Ter ataques cardíacos também não é permitido?”
“Não porque eles são músicos e não médicos. Provavelmente você morreria.”
“É, pensando bem, não quero morrer hoje.” Everyone asked me... who the hell is she?
O celular de null começou a tocar e a menina ficou desanimada assim que olhou para o visor.
“É a minha irmã.”
“Atende ué.”
“Fala.”
“null, preciso de você.”
“Você nunca precisa de mim.”
“É sério!”
“O que é Lohaine?”
“Será que tem como você emprestar sua credencial para minha amiga? O esquema de segurança ta ferrado aqui e eu não to conseguindo entrar com ela.”
Só podia ser brincadeira, Lohaine, a groupie das groupies com problemas para entrar em um show e pedindo a ajuda da mera irmãzinha?
“Só em sonho Lohaine! Você nunca me ajudou nisso e o que te faz achar que eu vou te ajudar?”
“Eu sei que nunca te ajudei, mas... Por favor, mana!”
“Sabe o que você faz? Entra na fila do caixa e compra dois ingressos, fofinha. Até mais.”
E desligou o telefone com um sorriso gigantesco no rosto. A noite só estava melhorando.
“O que ela queria?”
“Minha credencial!”
“Pra quê??”
“Sei lá, não me interessa, fico ainda mais feliz que eu vou entrar no camarim e ela não!”
“Que beleza!”
“Vamos, é por ali a entrada.”
As duas foram até um lugar um pouco mais afastado da fila principal e se depararam com um segurança no mínimo umas cinco vezes maior do que elas. Muita gente insistia para que ele permitisse a passagem, mas o homem se mantinha imóvel e com cara de bravo.
Elas foram se aproximando um pouco apreensivas, mas sabiam que tinham passagem livre. Quando chegaram na frente do cara ele as olhou com a sua enorme cara feia.
“Aonde vão mocinhas?”
“Entrar.” respondeu null com calma. “Temos credenciais.”
“Me mostra então.”
null pegou o pequeno crachá que havia colocado em sua bolsa e null fez o mesmo.
O homem pegou os dois, analisou, devolveu para elas e abriu passagem, o resto das pessoas gritavam enfurecidas.
“Geralmente nós estaríamos junto daquelas meninas histéricas lá fora tentando convencer esse monte de banhas nos deixar passar.” disse null, assim que entraram num lugar bem mais calmo do que o anterior.
“É! Subimos um degrau amiga!”
“O fazemos agora?”
“Procuramos pelos McFly!”
“Uma ótima idéia!”
Um homem da produção passava por ali com fios na mão quando reparou nas duas meninas bem arrumadas e perdidas, resolveu ir falar com elas.
“Posso ajudar?”
“Claro, claro! Queremos saber pra onde vamos para assistir o show, temos credenciais.”
“Certo. É por ali, vocês vão ver um corredor grande, no fim dele virem à esquerda e estarão no palco.”
“Muito obrigada.”
“De nada.”
O rapaz então continuou o que estava fazendo e as meninas seguiram suas instruções.
O corredor era realmente grande, e cheio de portas que deveriam servir como camarins, mas nenhuma delas indicava McFly.
“Onde será que eles ficam?”
“Não faço idéia, mas nós vamos encontrar.”
Andaram por mais cinco minutos até que viram uma plaquinha indicando “palco”, ficaram felizes em ver que não tinham se perdido e seguiram a placa. Assim que entraram no corredor indicado, uma mulher bem mal-humorada veio na direção delas.
“Será possível que esse segurança não consegue segurar esse bando de menininhas? Vocês duas comigo!”
O pânico invadiu o corpo de cada uma delas. Como assim? Não poderiam ser expulsas! Tinham permissão para estar ali!
“Desculpa moça, mas temos credenciais.”
“Sim aposto que tem, e aposto que são falsas!”
“Não são falsas!”
“Certo, vem comigo logo! Tenho mais o que fazer!”
“Moça, escuta!” null e null estavam sendo puxadas pela moça, mas resistiam o máximo possível.
“Por favor! Nós estamos falando a verdade! Se quiser te falamos o nome da pessoa que nos enviou as credenciais.”
A moça parou na hora de andar e soltou o braço das garotas, não tardou a falar.
“Duvido que acerte a resposta, mas, quem lhes enviou as credenciais?”
“Mari Lefberg, ela coordena os bastidores dos shows do McFly.”
A mulher ficou branca e seu sorriso irônico sumiu na hora. null não entendeu o que tinha dito de tão errado, apenas explicou quem era a mulher que lhe permitiu realizar seu sonho.
“Vocês sabem quem eu sou?”
“Uma moça que não acredita na gente.”
“Eu sou Mari Lefberg! Me deixe ver essas credenciais!”
As meninas entregaram novamente os crachás. Não faltava muito para o show e estavam tão perto do palco, por que essa mulher tinha que aparecer e atrapalhar tudo?
A mulher pegou os crachás e parecia não acreditar no que estava vendo.
“Não sei como entreguei isso para vocês duas, as únicas meninas que receberam essas credenciais com passagem para todos os lugares foram duas garotinhas insistentes e...” ela parou de falar e ficou pálida novamente, respirou fundo e continuou “ Vocês são null null e null null?!”
“Sim!” – responderam as duas com pressa.
“Vocês realmente são insistentes! Olha... Vocês já me ocuparam bastante tempo só para eu conseguir apagar todos aqueles e-mails, então vão em frente, o palco é logo ali.”
E ao falar isso deixou as duas meninas paradas no local e correu em direção ao corredor pelo qual mais cedo as duas tinham passado.
“Você entendeu o que acabou de acontecer?” - perguntou null confusa.
“Não, mas também não quero entender, vamos logo o show já vai começar.”
As duas começaram a andar um pouco mais rápido do que o comum e quando estavam a menos de 5 minutos do palco perceberam que todas as luzes do lugar se apagaram e o público gritava enlouquecido esperando a entrada dos meninos. O coração delas parecia que ia saltar pela boca a qualquer instante.
“null, já vai começar! O que a gente faz?”
“Ficar parada aqui é que não vai ser! Vamos continuar andando só que com mais cuidado pra não derrubar nada ou cair.”
Continuaram andando com mais cuidado e apalpando tudo, pois realmente estava escuro, o show ainda não tinha começado, mas as pessoas continuavam a gritar. De repente null sentiu uma mão em suas costas e parou para olhar quem era. A mão era grande e pesada demais para ser de null.
“Licença, moça.”
Um garoto magro, com olhos claros e os cabelos bagunçados estava falando com ela. Não podia ser verdade. null null estava a menos de um metro e estava falando com ela? Era um sonho, fato.
“Claro.” respondeu envergonhada.
Ele sorriu e passou segurando sua guitarra. Logo atrás vieram mais três meninos, também segurando seus respectivos instrumentos (n/a: por favor, leia baquetas no caso do Harry heuehueh).
“Era... Era... Era o null?”
null não conseguia acreditar no que tinha acabado de acontecer e pela cara de null, ela também não.
“O McFly acabou de passar aqui?”
null não precisou responder já que null começou a falar e a multidão gritou ainda mais alto. As duas agora corriam para enxergar melhor o show da lateral do palco.
O show enfim começou. Os primeiros acordes de I Wanna Hold You já podiam ser ouvidos quando elas chegaram à lateral do palco.
“TELL ME THAT WANT ME BABY! TELL ME THAT IT’S TRUUEEEEE!”
As duas berravam com todas as forças que tinham. Manter a linha? Não seria durante o show que conseguiriam isso!
Cantaram todas as músicas e conseguiram atrair a atenção de todos que estavam por perto, inclusive de null, que às vezes chegava perto.
“Caramba, vocês gritam!” ele disse quando foi trocar de baixo.
Era realmente um sonho estar onde elas estavam. Assistindo ao show da banda que mais amavam na lateral do palco e ainda conseguiram fazer com que null as notasse. A promessa de manter a linha estava ficando cada vez mais difícil de ser cumprida.
O show acabou e os meninos passaram por elas mais uma vez, só que dessa vez foi uma coisa rápida e molhada (já que estavam super suados do show).
Elas não demoraram a segui-los em direção ao camarim. Agora sim o sonho se tornaria completo, iriam finalmente ficar cara a cara com seus ídolos.
“Cara esse show foi bom!” null dizia para Tom que estava ao seu lado.
“Foi mesmo, me empolguei de verdade.”
“E tava lotado!”
“Isso já não é novidade né.”
“É, mas foi legal ver que as pessoas não cansam de nós.”
“E tem como?” – null se intrometeu. “Somos lindos, gostosos e sarados. Não tem como cansar disso.” terminou a frase recebendo as toalhas molhadas de suor de null e null na cara.
“Agora vem a parte que vamos ter que fingir. As menininhas invadindo nosso camarim chorando e berrando que nos amam e nós de saco cheio falando que também amamos todas elas.” disse null, sem entusiasmo.
“Relaxa cara. Hoje tem festa na casa do James.” respondeu null.
“E ele sempre chama as amigas gatas e groupies de classe.” completou null.
Todos pareciam ter se animado ao ouvir o que null disse.
Chegaram ao camarim e enquanto null abria a geladeira para pegar sua cerveja, null e null partiram para a mesa de doces. null apenas se jogou no sofá.
“Certo null, eles entraram naquela porta, mas aquele segurança enorme ta plantado ali em frente!”
“Eu sei, mas temos credenciais lembra? Vamos.”
“Calma, vamos passar no banheiro antes para ficarmos mais apresentáveis.”
“Ótima idéia.”
As duas seguiram para o banheiro que não ficava longe dali. Retocaram a maquiagem, pentearam os cabelos e passaram perfume.
Agora sim estavam prontas para conhecer eles!
“null, guarda meu celular no seu bolso, se tocar eu não vou ouvir com ele dentro da bolsa e minha calça não tem bolso.”
“Sim, dá aí.”
A menina guardou o celular da outra no bolso e seguiram em direção ao camarim, quando chegaram em frente a porta, o segurança as olhou com a cara mais brava que ele conseguiu fazer.
“O que querem?”
“Entrar.” respondeu null simplesmente.
“Não.”
“Sim, temos credenciais que nos permitem entrar.”
“Me deixa ver.”
Por que as pessoas não podiam simplesmente acreditar nelas? Era um saco ficar mostrando aquele crachá toda hora.
Mais uma vez entregaram o crachá. O homem olhou, devolveu para as meninas e abriu passagem para que elas pudessem entrar no camarim. Nessa hora seus corações já estavam com os batimentos acelerados no mínimo cinco vezes além do normal, era quase audível.
null abriu a porta e encontrou um null apenas de calças e meias, um null sem camisa, um null jogado no sofá jogando vídeo-game e um null comendo todos os doces possíveis enquanto ouvia música no seu iPod.
null foi o primeiro a perceber a presença das meninas no camarim, ficou espantado e perguntou.
“Já? Eles nem nos avisaram que ia começar a sessão de autógrafos e fotos! Olha nosso estado!”
null e null então olharam para porta e notaram as duas meninas paradas como estátuas. null não notou nada já que estava super concentrado em sua música.
“Err... Desculpa, nós resolvemos vir e o segurança...” null começou a falar, mas null a interrompeu.
“Tranqüilo, linda. Vocês duas podem entrar sem avisar.” e deu uma piscadinha para a menina, que quase desmaiou.
“Manter a linha” era o que as duas mais repetiam para si mesmas.
“Só desculpa os trajes, a gente não tava esperando.”
“Tudo bem null, a gente que deve desculpas por entrar sem avisar.”
O que? Ela estava mesmo pedindo desculpas a null null? Impossível!
Nessa hora null já havia pulado do sofá e estava parado ao lado de null, prestando muita atenção em null. Por que diabos aquela menina tão linda estava tão calada?
“Você é muda?” perguntou.
null pareceu sair de um transe. null estava falando com ela!
“Oi?”
“Você. Não fala nada.”
“Desculpa, fiquei um pouco sem graça com a situação.”
“Não precisa ficar não.” respondeu dando um beijinho na palma da mão da menina, que estava quase estourando de tanta felicidade.
“Desculpa perguntar, mas vocês vão nos entrevistar, publicar nossas fotos em alguma revista ou algo do tipo? Por que é realmente difícil as fãs conseguirem entrar aqui com tanta facilidade e sozinhas.” null perguntou.
“Não, não. Nós realmente somos fãs de vocês, mas conseguimos credenciais.” respondeu null com tranqüilidade.
“MAS É CLARO! Desculpa a burrisse.”
“ARE YOU AFRAID OF BEING ALONEEEE... CAUSE I AAAAAMMM!!” null, que continuava entretido com sua música e seus doces, agora começava a berrar um trecho da música, chamando a atenção de todos dentro da sala.
“Hey dude! Cala a boca!” cutucou null, que até então estava quieto.
null, sem entender muita coisa, resolveu prestar atenção no que estava acontecendo. Se deu conta então de que não estavam mais sozinhos. Arrancou os fones do ouvido e jogou em cima da mesa os doces que ainda segurava.
“Oi meninas, desculpa a falta de atenção.” Falou, enquanto limpava a mão na própria calça.
“Oi” – responderam as duas em coro.
“Desculpa mesmo atrapalhar vocês, nós só queríamos umas fotos e alguns autógrafos.” – disse null, se dirigindo à null.
“Sabe, vou te confessar uma coisa... É bom vocês duas estarem aqui sozinhas e não aquele bando de loucas suadas e taradas. Se alguma delas encontra o null nessa situação, elas terminam de arrancar a única coisa que ele ainda está vestindo.” null concluiu olhando para null, que pareceu ligeiramente vermelho.
“Não, não, nós não somos taradas.”- null respondeu rindo.
“Vocês são tímidas e simpáticas.” – null falou pela primeira vez com elas.
“Acho que o James não se importa se a gente levar mais duas pessoas pra festa, certo?” perguntou null com cara de interesse para os outros.
Nesse momento null e null deram dois passos para trás. Estavam delirando ou null estava insinuando que as levaria numa festa junto com eles?
“Problema algum meu caro amigo.” – respondeu null, com cara de safado.
“Meninas, querem ir a uma festa conosco?” se adiantou null no convite.
Era mesmo verdade, os McFly estavam mesmo as convidando para uma festa.
“Com toda certeza.” – responderam em coro.
“Oba! Seremos invejados essa noite. Aqueles engomadinhos do Click Five não vão conseguir acompanhantes melhores do que as nossas.” disse null, enquanto passava um braço por cima do ombro de null.
A porta se abriu mais uma vez e mais duas meninas entraram na sala, fazendo todos se espantarem. null e null pareciam realmente indignadas.
“Ora, ora! Não é que vocês conseguiram mesmo?”
Era Lohaine, irmã mais velha de null, que pelo jeito tinha conseguido driblar o segurança. Ela já conhecia os McFly, se sentia amiga íntima. Eles não deram motivo para que as duas meninas pensassem diferente, cumprimentaram Lohaine e a outra menina como conhecidas.
“Achei que não viria hoje.” disse null no ouvido de Lohaine, mas todos ouviram.
“Eu sempre consigo o que eu quero.” respondeu com cara de pidona.
“Vocês quatro já se conhecem?” – perguntou null, lembrando da frase dita a pouco pela groupie.
“Essa aqui é minha irmãzinha.” Lohaine disse, apertando a bochecha de null, que tentava escapar da irmã.
“E você nunca disse que tinha uma irmã tão linda?” perguntou null, espantado.
“É de família.”
“Isso é muito bom, acabamos de convidá-las para a festa do James. Vocês duas vem também né?” – perguntou null para Lohaine.
“A gente perde alguma?”
“Nunquinha. Só temos que esperar a sessão fãs loucas passar e ai já podemos ir.”
“Certinho fofinho.” – Lohaine concordou dando um tapinha na bunda de null e indo em direção a mesa de doces. null não parava de secar a menina.
“Tava bom demais pra ser verdade.” sussurou null no ouvido de null.
“E vai ficar melhor ainda, sua irmã pode ser útil.” – respondeu.
A porta se abriu um pouco e o segurança grandalhão pode ser visto.
“Meninos, um monte de garotinhas vai entrar daqui a 10 minutos.”
“Valeu.”
Eles se arrumaram, as meninas começaram a conversar.
Era isso, logo estariam a caminho de uma festa junto com o McFly, o sonho estava indo além do esperado.
“Vocês foram espertinhas dessa vez hein?” disse Lohaine para as duas, enquanto os meninos se vestiam direito.
“E você também. Não sei se você ainda se lembra que tentou pegar minha credencial mais cedo.” respondeu para a irmã.
“Lembro, mas você sabe como eu sou. Nenhum segurança me segura.”
A porta foi escancarada e muitas meninas entraram correndo e gritando. null não teve tempo nem de sair da frente, as meninas já haviam a empurrado. Fizeram o mesmo com as outras, o único interesse delas era o McFly.
null ficou brava com uma garota sem educação que a empurrou para conseguir um beijo de null, mas não falou nada.
Minutos depois o furacão parecia ter passado, quando todas as meninas já tinham ido embora.
“Ufa. Hoje tinha um monte.” null falou enquanto ajeitava sua camisa.
“E feias.” completou null.
“Vamos para festa?” perguntou Lohaine.
“Vamos. Cada um com seu carro?” sugeriu null.
“É uma boa, evitamos boatos assim.” null disse pensativo.
“Então vamos.”
“Você explica pra sua irmã como chega Lo? É na casa do James, você lembra. Onde foi a última vez e talz.” null, disse dando uma piscadinha para menina.
“Claro que lembro. Pode deixar, eu explico.” respondeu, devolvendo a piscadinha.
“Certo. Então vocês vão indo para o carro de vocês, depois de um tempo a gente vai com o carro do null e nos encontramos lá.” explicou null.
Fizeram o que os garotos sugeriram. As meninas seguiram em direção ao estacionamento e os outros continuaram no camarim por vinte minutos. Quando estavam saindo, null chutou alguma coisa.
“Ai que droga! Aposto que é o seu iPod que você deixou largado de novo, null” falou bravo.
Abaixou-se para pegar e quando alcançou o tal objeto viu que era um celular. Não era de nenhum deles, já que o modelo era feminino.
“Alguma maluca deixou cair naquela confusão.”
“Deixa ai em cima e vamos embora.” falou null apressado.
“Deixa eu ver de quem é. Depois eu coloco no site que alguém esqueceu.” sugeriu.
“Isso, daí você morre quando for devolver.” sacaneou null.
Sem dar ouvidos para os amigos, null abriu o celular. Começou a fuçar e viu que era o celular de null.
“Ah! Fácil devolver. É daquela gatinha, a null.” falou com um sorriso malicioso.
“Que sortudo. Agora você já tem uma desculpa pra falar com ela.”
“É null, a sorte não é pra todos.”
null deu um pedala em null e ligou para James, avisando que as meninas também iriam à festa.
Enfiou o celular no bolso e todos saíram em direção ao carro.
“Onde você parou esse carro Lohaine?” – perguntou null, ofegante.
“Logo ali. Para de ser mole!”
Andaram mais um pouco e pararam em frente um ponto de táxi. O taxista foi abrindo a porta para que elas entrassem. null e null estranharam, a menina tinha carro, por que estava usando um táxi?
“Cadê seu carro?” null perguntou.
“Em casa honey! Vim de táxi. Muito mais prático!”
“Você quem sabe. Onde fica a casa?” – null perguntou olhando para irmã.
“Vai buscar o carro e me segue.”
“Fala o nome da rua.”
“Eu esqueci, só sei explicar o caminho.”
“Então explica!”
“Já falei. Vai buscar o carro, vou ficar esperando aqui.”
“Ta, mas se você não esperar...”
“Eu tenho celular fofinha, você me liga.”
“É null, vamos buscar logo esse carro!”
null e null foram em direção ao estacionamento, deixando Lohaine e a amiga no táxi.
“Fallow Street, por favor.” disse Lohaine com um sorriso para o taxista.
“Não vão esperar as outras?” perguntou.
“Elas nos encontram. Rápido, por favor.”
“Certo.”
E partiram em direção a festa.
“AQUELA VACA! EU SABIA!” gritou null quando chegaram à rua onde Lohaine deveria estar as esperando dentro do táxi. Estacionaram.
“É a sua irmã. Isso não me surpreende. Liga pra ela e obriga ela a contar.”
“Isso que eu vou fazer.”
null enfiou a mão no bolso para pegar o celular da amiga. Procurou e não encontrou nada, procurou no outro. Nada.
“null, você pegou seu celular de volta?”
“Não. Por quê?”
“Temos um problema.”
“O que foi?”
“Seu celular não está mais no meu bolso.” disse quase em tom de desespero.
“Como assim? Ele TEM que estar!”
“Eu sei, eu sei! Mas não está!”
“Ta, desencana. Eu compro outro depois, liga do seu.”
“Temos mais um problema.”
null olhou perplexa para amiga.
“O que?”
“Meu celular. Eu não trouxe!”
“Diz que é mentira!”
“Queria muito te dizer isso, mas eu deixei em casa!”
“Ai null! Que mania idiota de não carregar essa bosta de celular! E Agora?! A gente acha a festa como?”
“Não acha.”
“Como não acha? Eu quero ir à festa! Eu vou à festa! O McFly me convidou!”
null já estava quase chorando, null parecia confusa. Onde estava o celular?
“Amiga, entende! A gente não tem celular, não tem o endereço e a puta da minha irmã foi embora. O que a gente pode fazer?!” nem ela acreditava no que acabara de dizer.
Tinham sido convidadas para a festa que sempre sonharam ir, como isso não aconteceria?
“Orelhão!” berrou null.
“É! Onde tem um?”
“Logo ali na frente.”
Mal terminou de falar e já saiu correndo do carro para ligar para Lohaine. Voltou, não sabia o telefone da menina.
“O telefone! Eu não sei. Liga você null!”
Agora foi a vez de null sair correndo. Chegou ao orelhão e discou o número da irmã. Seu sorriso desapareceu na hora. Voltou para o carro com algumas lágrimas nos olhos.
“Vamos embora. Acabou.”
“O que houve?”
“Caixa postal.”
“Sua irmã é uma vadia! Ela pensou nisso tudo! Aposto que meu celular ta com ela!”
“Isso é impossível, ele estava no meu bolso. Chega null, já é meia noite e meia, não temos mais o que fazer. Esquece isso, era bom demais pra ser verdade.”
null tentou argumentar, mas a amiga tinha razão. Não sabiam o endereço, não tinham celular e os meninos já tinham ido embora. Simplesmente teriam de encarar os fatos e voltar para casa.
“Quem são vocês?” – perguntou o segurança que estava na porta da enorme casa.
“Lohaine null e Nathaly Steves.” – Lohaine respondeu.
Ele olhou e encontrou os dois nomes no fim da lista, provavelmente foram adicionados depois já que estavam escritos à caneta e não digitados como os outros.
“Podem entrar.”
As meninas entraram na festa. Estava lotada como todas as outras festas de famosos que já tinham freqüentado. null e null logo as viram e foram falar com elas.
“Oi meninas. Onde estão as outras duas?” null perguntou procurando por elas.
“null estava com muita cólica e resolveu voltar para casa.” a menina respondeu com cara de dó.
“Sério? Ela não parecia mal.”
“Pois é, mulheres são assim mesmo. Ela agradeceu pelo convite e mandou um beijo.”
“E a null?” null perguntou interessado.
“Foi junto com ela.”
“Ah.”
“Então, onde está o null?”
“Nos fundos, perto do strip poker.”
“Oba! Adoro esse jogo. Vejo vocês depois.”
Lohaine saiu, deixando null, null e Nathaly na sala.
“Vou buscar mais cerveja, quem quer?” – perguntou null.
“Eu.” Nathaly e null responderam em coro.
“Então vamos buscar.”
“null o que você vai fazer com o celular?” sussurou para o amigo.
“Devolver. Pessoalmente.”
Os dois sorriram e seguiram a menina que já estava perto do bar das bebidas.
null e null estavam sentadas na cama do quarto se lamentando por estarem perdendo a melhor festa de suas vidas.
“A gente é muito burra!”
“Para com isso, null. O que a gente podia fazer?”
“Sei lá. Procurar. Não sei.”
“Vão ter outras oportunidades.”
“Quando?”
“Não sei, mas vão ter!”
“Melhor eu trocar de roupa e dormir.”
“Também vou fazer isso.”
Trocaram-se, arrumaram à cama e foram dormir. Nenhuma falava com a outra, porém, nenhuma delas conseguia dormir com todos os pensamentos da noite quase perfeita a mil em suas cabeças.
Já estava amanhecendo quando null finalmente conseguiu dormir. Sentiu como se um caminhão tivesse passado por cima dela. TRIMM TRIMM
“Maldito telefone!!!” xingou baixinho.
Uma mulher morena atendeu no andar de baixo da casa.
“Ela está dormindo. Quem gostaria?” perguntou.
“Diz pra ela que é o null null”
“Ela não gosta que acorde ela.”
“Mas ela vai gostar. Vai por mim.”
“Olha moço, se eu tomar bronca...”
“Você não vai.”
“Espera só um pouco.”
A mulher subiu as escadas e foi até o quarto da menina com o telefone em mãos. Abriu a porta com cuidado e chegou perto da cama, cutucou uma vez a menina e ela abriu os olhos.
“Que foi?” – perguntou com estupidez.
“Tem um tal de null null no telefone, eu disse que você...”
“null null?” berrou.
Seria um sonho? Ela ainda estava dormindo? O que null null estava fazendo na linha de telefone querendo falar com ela?
“Passa o telefone pra cá!” seu coração estava a mil. Seria ele mesmo? “Alô?”
“null?”
Ela reconhecia aquela voz, era ele mesmo!
“Eu, eu! null, é você mesmo?”
“Claro!”
“Meu Deus! Hahaha! Bom dia!”
“Bom dia pra você também linda! Olha, desculpa eu ser intrometido, mas eu achei seu telefone na agenda do seu celular.”
“Celular?”
Como assim null sabia do celular dela?
“É. Você deixou cair no camarim ontem, aliás, você melhorou?”
“Melhorei? Melhorei de que?”
“Da sua cólica, a Lohaine me disse que você não foi à festa por causa disso.”
“Aquela filha da pu...”
“Oi?”
“Nada não. É, melhorei. Mas então, você está com o meu celular?”
“Sim, queria te devolver pessoalmente, se você quiser né, se não eu posso mandar pelo correio.”
“Magina! Claro que a gente pode se encontrar! Onde?”
“Faz assim, me diz onde você mora e amanhã oito horas eu te busco, assim evita bafafá da imprensa.”
“Oito horas. Estarei pronta. Anota ai o endereço.”
“Pode falar linda.”
Quando null desligou o telefone, estava nas nuvens. Tinha feito tanto escândalo que acordou null, afinal elas estavam no mesmo quarto.
“Amiga, onde é o incêndio?”
“Em mim! null null vem me buscar em casa!!!” gritou pulando em cima da cama.
“O QUE?!”
“É! Eleachoumeucelularedissequequeriamedeolverpessoalmenteeeu...”
“CALA A BOCA! RESPIRA E COMEÇA DE NOVO!”
“Ele achou meu celular e disse que queria me devolver pessoalmente e eu aceitei, é claro...”
null terminou de contar sua conversa com null no telefone, a amiga parecia não acreditar naquilo e as duas se beliscaram várias vezes para ver se era tudo real. E era!
Ás sete e meia, null já estava na sala, ansiosa pela chegada de null. Sentia seu coração na boca e não sabia se ia conseguir respirar quando ele buzinasse.
Quinze para as oito ela ouviu uma buzina, de fato iria morrer. Correu até a janela e abriu um pouco a cortina. Era ele!
O carro preto, bonito e caro buzinou mais uma vez. Ela se apressou em pegar sua bolsa e saiu contente e realizada. Seu maior sonho realmente estava prestes a se tornar realidade.
FIM
Heyy!!
Segunda fic do McFly XD...espero que vocês tenham gostado porque eu fiz de coração.
Se gostarem e quiserem continuação é só deixar um recadinho...
Se não gostarem e não quiserem continuação é só deixar um recadinho também hauahuaha.
E é isso ai...comenta porque é importante pra mim =]
Bjokssss