I Need You
Autora: Morg Ferreira | Betada por: Aly


Capítulo 1


“Certo, então ... Isso é Forks?” comentava enquanto olhava a paisagem. “Sim” falou sorrindo
“É... Humm... Verde!!! Não imaginei que seria verde.” falou ainda olhando as árvores que passavam rapidamente.
“E que cor você esperava que tivesse uma cidade que é conhecida por chover 360 dias do ano, e ter um discreto sol nos outros 5?” perguntou enquanto dirigia.
“Alguém me lembra por que estamos indo morar em Forks mesmo?” comentou do banco de trás.
“Porque vocês me amam muito e não queriam ficar longe de mim” olhou para e sorriu, voltando sua atenção para a estrada rapidamente.
“Não lembro dessa parte não” falou ainda olhando para fora “Para mim, foi algo como: ‘estou sendo transferida para Forks, não sei nem onde diabos fica essa cidade, e não vou para lá sozinha de jeito nenhum. Vocês vão comigo e isso não se discute.’ ” Falou tentando imitar a voz de .
“É disso ai que eu me lembro também” falou rindo da cara que a irmã estava fazendo. “Tenho muito amor a minha vida para discordar de você”.
“Hah! Muito engraçadinhas vocês” falou enquanto fazia uma pequena manobra para entrar com o carro, no que passaria a ser a lar delas “Pronto, chegamos”.
“Ahh finalmente ne?” falou animadamente já abrindo a porta do carro para sair “Achei que não chegaríamos em casa nunca”
“Bom depois de horas presa naqueles voos intermináveis, fila na imigração que me fez duvidar da capacidade mental desse povo, por que não consigo entender o motivo de alguém querer vim para cá sem ser obrigado, é muito bom falar finalmente em casa falou também descendo do carro.
“Isso que você não está levando em conta o grande mico que a nos fez pagar” falou.
“Ah, não comecem com isso, ta legal? Como é que eu iria adivinhar que ele era brasileiro e iria entender o que eu estava falando?” falou irritada por suas irmãs estarem tocando novamente nesse assunto constrangedor.
“Chamar o carinha de ‘gostoso’ tudo bem, mas falar que amigo dele era feio como o diabo já foi demais, ne ?” ria, lembrando da cena no aeroporto.
“Nunca vou esquecer a cara que a fez quando o menino olhou pra ela e falou ‘eu agradeço o elogio, mas acho que meu amigo aqui não pode dizer o mesmo’’ já estava gargalhando.
“Querem parar?” estava vermelha, não sabia se de raiva ou vergonha por lembrar da cena “Qual a probabilidade de encontrar brasileiros naquele minúsculo aeroporto de Port Angeles? Além do mais, o menino realmente era gostoso e o amigo dele era mesmo muito feio, eu não falei nada que não fosse verdade. Agora será que vocês podem parar de rir da minha cara e me ajudarem com as malas? Estou cansada de ficar parada na chuva divertindo vocês”.
concordou, também estava louca para sair da chuva, entrar em casa e tomar um longo e demorado banho. Ela caminhou para parte traseira do carro, abriu o porta malas e olhou para suas três irmãs paradas olhando para casa que ela havia escolhido para ser o novo lar delas “Eu sei que não parece grande coisa” ela falou cautelosa e isso vez com que suas irmãs olhassem para ela “Mas pelo menos cada uma de nós terá um quarto só para si e...”
“É linda a cortou e sorrindo abertamente para ela, e voltou a olhar para a casa.
“Eu gostei” caminhou até o porta-malas para ajudar sua irmã “Não se preocupe tanto ok? Você não é nossa mãe, e deveria parar de agir como tal”. olhou sério para ela “Você está certa, até por que não estarei por aqui por muito tempo, vocês precisam aprender a viver ser mim.”
!” repreendeu sua irmã “Não comece com isso”.
sorriu para ela “Você está certa, não vamos falar sobre isso hoje. Vamos desfazer as malas, tomar um bom banho e sair para comer alguma coisa, afinal hoje é o nosso primeiro dia na cidade, temos que comemorar”.
“Não sei não” falou olhando tudo em volta “Algo me diz que não teremos sorte de encontrar estabelecimentos descentes para comemorar por aqui, e nem morta aceito entrar nesse carro para mais uma hora de viagem até Port Angeles”.
“Não tem problema” falou já caminhando com sua pesadíssima mala para a porta da frente “A vai até a lanchonete que passamos agora a pouco, compra lanche para todas nós e comemoramos em casa mesmo”
“Por que eu?” questionou tirando sua mala do carro.
“Ué, você é a mais velha e adora fazer o papel de mãe” gritou já dentro de casa.
“A não acabou de me mandar parar com isso?”
“Bom...” deu um sorriso amarelo para “Deixo você começar a parar com isso amanhã. Hoje precisamos que você nos alimente”
“Sabe” falou retirando as ultimas malas do porta malas e caminhando para entrar no carro e sair para comprar os lanches “As vezes odeio ser irmã de vocês”
“Mentira” falou sorrindo para ela “Você nos ama. Agora para de reclamar e vá de uma vez. Estou morrendo de fome."
respirou fundo, ligou o carro e saiu.


XXX


, por favor, abre essa porta” Garrett batia levemente na porta de seu quarto. Ele poderia facilmente derrubá-la, mas conhecia muito bem sua mulher para saber que se tentasse entrar sem o seu consentimento, ela faria pedacinhos dele.
Ele ouviu os passos firme de e sorriu abertamente imaginando que ela o deixaria entrar. abriu furiosamente a porta e jogou em seus braços um travesseiro e um lençol e em seguida voltou a fechar a porta a trancando.
“O que é isso, ?”
“Um travesseiro e um lençol, não sabe o que é isso?” ela gritou de dentro do quarto.
“Eu sei o que é um travesseiro e um lençol, eu só gostaria de saber o que eu tenho que fazer com eles”.
“Hoje você fica no sofá” Ela novamente gritou de dentro do seu quarto.
isso é ridículo! Eu não durmo, e você sabe disso”. Ele nem ouviu quando ela destrancou a porta, deu um passo para trás diante do olhar assassino de sua mulher “Eu sei que você não dorme seu idiota. É um gesto simbólico”
Garrett tentou não sorri, sabia que se nesse momento fizesse a besteira de sorri, sua linda e furiosa mulher quebraria todos os seus dentes “Posso saber pelo menos o motivo por ter que simbolicamente dormir hoje no sofá?”.
Ela voltou a fechar a porta, dessa vez com um pouco mais de força, o deixando com medo dela quebrar mais uma porta. “Pergunte ao Emmett”.
Garrett olhou para seu travesseiro, respirou fundo e começou a se dirigir para sala. Sabia que quando estava assim o melhor a ser feito era lhe dar espaço. Respirou ainda mais fundo ao ver Emmett e Jasper sentado no sofá que hoje seria sua cama, os dois estavam aparentemente discutindo algo engraçado, ou quem sabe, estavam apenas rindo dele. E ele apostaria tudo que tem na segunda opção.
Caminhou calmamente pela sala avaliando o que faria primeiro, se lutava com Emmett ou lhe perguntava por que sua mulher estava tão brava.
“Outra despedida de solteiro?” Garrett ouviu a voz de Edward atrás de si e se virou rapidamente para olhar o recém checado.
“Despedida de solteiro?” perguntou confuso.
“São os planos de Emmett, aparentemente você e vão casar mais uma vez”.
Jasper sorria abertamente enquanto Emmett se levantava e caminhava até Garrett e Edward
nós avisou essa manhã que viu vocês se casando pela... “ Emmett ficou confuso por um segundo “Não sei quantas vezes vocês já se casaram, mas vocês vão casar mais uma vez”.
“Acho que a palavra certa é iria. Ela acabou de me expulsar do nosso quarto e como também viu seus planos para a despedida de solteiro, não haverá mais casamento, está mais voltado para um divórcio” Garrett falou sério.
gritou de seu quarto, fazendo Garrett, Jasper, Emmett e Edward, olharem para o teto como se pudessem ver através dele.
“O que ela viu agora?” Jasper peguntou.
“Tenho até medo de descobrir” Emmett falou ainda olhando para o tento. Edward sorriu um pouco e depois sorriu mais abertamente possível.
Garrett cruzou os braços e olhou para Edward com as sobrancelhas erguidas questionamente, esperando que ele lhe informasse. Edward iria responder mais foi surpreendido por que entrou rapidamente em casa toda suja de terra “Ela me chamou não é?”
“Sim” Edward respondeu sorrindo.
olhou para os braços de Garrett que ainda segurava o travesseiro e o lençol “Ela brigou com você novamente?”
Garrett apenas concordou com a cabeça.
“Edward é seguro eu ir até lá?” perguntou “Quais são meus riscos?”
Agora Edward gargalhava “completamente seguro”.
“Ok” respondeu e correu escada acima para o quarto de .
“Edward” Jasper o chamou “Ainda estamos esperando”.
Fazendo uma força enorme para não sorrir Edward falou “Ela vai fazer uma despedida de solteira”.
“COMO É QUE É?” Garrett gritou jogando tudo que tinha nos braços no chão.
“E conseguirá convencer a a lhe acompanhar” Edward continuou falando “Não quero perder por nada nesse mundo a cara de Carlisle quando a lhe informa que tem planos de sair com a sozinha”.
“Ela não vai informar NADA. Vou acabar com esse plano de despedida de solteira agora mesmo” Garrett falou furioso, já caminhando com passos duros para a escada.
“Adoro quando esses dois brigam” Emmett falou indo se sentar novamente no sofá “torna tudo mais divertido por aqui."


XXX


“Ok! Que diabos você pensa que está fazendo ?” perguntou, meio dormindo. Naquele momento, ela se perguntava se ainda estava dormindo e tendo um sonho com enchendo a coitada da de creme dental e batom. Elas haviam colocados colchões na sala e ficaram ate tarde assistindo filme, então resolveram todas dormir ali.
“Quer calar essa boca? Ela vai acabar acordando desse jeito, com você berrando como uma louca”. i sussurrou. “Levanta daí e vem me ajudar aqui! Pegue aquele batom ali vem, só quero ver a cara dela quando acordar”.
“OMG! , você não teve infância? A vai te matar quando acordar”.
“Já mandei falar baixo ! Se não quer ajudar, não atrapalha. Vai no banheiro e tenta arrancar a de lá, ou então vamos nos atrasar.
esfregou os olhos tentando realmente acordar, se levantou lentamente e caminhou até o banheiro.
chamou batendo na porta “Sai daqui, quero usar”.
“Usa o outro, estou ocupada agora”
“Anda , sai daí. O outro precisa estar desocupado para quando a acordar”.
“Por que isso? Só por que ela é a mais velha tem privilégios?” gritou do banheiro.
“Não” respondeu “Porque ela vai precisar de tempo para se livrar de tudo aquilo que a ta enchendo ela”.
“EU JURO QUE TE MATO!!!” e puderam ouvir o grito que deu.
correu até a sala para tentar impedir suas irmãs de se matarem.
“Mata nada. Agora para de reclamar e vai se arruma de uma vez, não quero chegar atrasada no primeiro dia de aula” falou sorrindo.
“Ah Claro, como se fosse fácil me livrar dessa "inhaca" toda. E você , que ótima irmã você é, nem para me acordar”.
“Eiiiii, quando eu acordei o serviço ja estava feito!!” falou, cruzando os braços e olhando para com cara de 'eu não falei?'
Cadê a ?” perguntou, olhando para a sala e percebendo que não estava ali e caminhou para o Banheiro do seu quarto.
“ Eu mandei a tirar ela do banheiro, ou então não conseguiremos tomar café e pelo que estou vendo ela não conseguiu” falou caminhando até a porta do banheiro que estava.
, Sai desse banheiro. AGORA!!! Eu estou falando sério, ou você sai AGORA, ou eu vou derrubar essa porta”. gritou, socando a porta do banheiro.
“Nossa, que mau humor”. falou, abrindo a porta do banheiro “Teve pesadelos essa noite? Isso é falta de homem irmãzinha. Olha lá hein, vai acabar chata igual a
“Eiiii. Me deixem fora disso ok! A Briga é de vocês duas, o que minha vida amorosa tem com isso?” perguntou, gritando do seu quarto.
“O que? Vai dizer que você nunca percebeu que esse seu mau humor constante é falta de homem. Sério , você precisa sair mais. Me responda, você já teve algum namorado?”
“Vai tomar banho voltou a gritar com sua irmã. ‘Vai tomar banho’, isso era o máximo que sua irmã conseguia xingá-las.
“Ah não, não da idéia, que a volta pro banheiro”. gritou de dentro do banheiro “Ela parece que tem um caso de amor com o banheiro”.
“MAS QUE DROGA” As meninas ouviram gritar de seu quarto.
correu, preocupada com sua irmã. e chegaram logo atrás. As três pararam na porta do quarto da irmã, que estava quase submersa em suas próprias roupas “não acho a calça que eu quero” falou irritada, procurando entre as milhares de roupas “Eu tenho certeza que coloquei ela dentro dessa mala”.
, vai com outra. Mas, por favor, VAI SE ARRUMAR!!!!!” gritou, já que sua irmã a vez correr como louca escada a cima preocupada.
“Mas é minha calça da sorte”.
do meu coração, se você atrasar mais a gente e eu não consegui comer antes de ir para aula, NEM SUA CALÇA DA SORTE VAI TE MANTER VIVA, Juro!!!!!” gritou, virando as costa e saindo de lá pisando firme.
“Meu deus, clama vocês duas”. tentou acalmar sua irmã ainda limpando seu rosto com lenço umedecido “Qual é o problema com vocês afinal?”
“É nosso primeiro dia de aula falou olhando para sua irmã “A está irritada porque não conseguimos vaga para ela na mesma escola que eu e a vamos estudar, e a ... bom.. a está irritada porque é a , isso é uma característica dela."
jogou um travesseiro que acertou em cheio o rosto de .
“Ohh isso doeu” falou esfregando seu rosto.
“Era para doer mesmo, ou então nem perderia meu tempo jogando”
sorriu falsamente para sua irmã.
“Certo, já chega vocês duas também. vai terminar de se arrumar e você , se não achar a maldita calça da sorte, vai com outra.” falou indo novamente para seu quarto tentar se livrar de toda sujeira.
“Ela não iria parar de bancar nossa mãe?” perguntou olhando para .
“Tudo bem, eu paro” colocou a cabeça para fora “Qual de vocês duas vai levar a na escola? Ah e quem fizer isso vai ficar com o carro, então não pode esquecer de ir no supermercado comprar algo para comermos porque não temos nada em casa, e depois pode voltar na escola da e ir buscá-la. Mas isso é temporário, só até uma de vocês comprar mais um carro para nossa família”.
e se olharam. escolheu a primeira roupa que viu pela frente e murmurou um ‘tô indo me arrumar’ e saiu apressada falando que não iria demorar. sorriu, sabendo que seria exatamente essa a atitude delas.

Capítulo 2


Edward descia as escadas se preparando para mais um dia de tortura, - isso é, aula de ensino médio - e encontrou Garrett sentando no sofá olhando para a televisão. Olhando, não assistindo. “Se ela acha que eu vou permitir essa loucura, só prova que ela não me conhece. Isso é um absurdo. Uma mulher CASADA não vai sair para uma despedida de solteira com OUTRA MULHER CASADA. Elas não são solteiras”.
Fazendo um grande esforço para não rir falou “A já está pronta?”
Garrett olhou para Edward, reparando pela primeira vez que não estava mais sozinho na sala e falou “Pronta? Claro que não! Essa idéia maluca de despedida de solteira é só para o fim de semana. De acordo com ela ‘não há festas legais durante a semana por aqui’ ”.
Edward iria lhe falar que não havia ‘festa legais por aqui’ nos fins de semana também, mas ele tinha que admitir, estava sendo engraçado ver o desespero de Garrett “Hum, eu estava lhe perguntando se ela está pronta para irmos para a escola”.
“E como eu vou saber? Aquela maluca não me deixa entrar em nosso quarto. Eu preciso dormir no sofá para representar que ela está brava comigo”.
Edward olhou para o travesseiro e o lençol devidamente dobrados ao lado dele no sofá, e sorriu. Sua irmã realmente sabia como alegrar a rotina familiar da família.
“Carlisle, e Jasper já saíram para trabalhar e Emmett já está esperando no carro impaciente para irmos. De acordo com a fofoca local, hoje teremos alunas novas e você conhece o Emmett, tem que ser o primeiro a checar as fofocas”. Edward sorriu, ele podia escutar perfeitamente Emmett impaciente em seu carro esperando por eles “Só estamos esperando a para irmos também”.
“Não precisam mais esperar, já estou aqui” Garrett olhou par sua mulher que desciam as escadas dando pequenos pulinhos de alegria. “Também estou louca para conhecer as novas humanas. Depois de dois anos morando aqui sem nenhuma novidade é tão bom sentir esse clima de novidade”.
Edward revirou seus olhos. Eram apenas humanas, afinal de contas. Ele consiga entender o fascínio dos moradores dessa cidade diante da chegada dessas humanas, em uma cidade tão pequena onde nada acontecia ter a expectativa de uma novidade era bom, mas não entendia porque seus irmãos também se sentiam assim. Talvez eles estivessem precisando se distrair mais.
“Você não vai trabalhar?” perguntou para Garrett, ainda sentado no sofá “Vai acabar se atrasando”.
“E como eu iria me arrumar para ir trabalhar se você não me deixa entrar no quarto?” ele perguntou, enquanto se levantava e caminhava até ela.
“O que você pensa que está fazendo?” perguntou quando Garrett estava se aproximando.
Edward, que podia ver claramente os pensamentos de Garrett reprimiu uma careta e saiu da sala murmurando um ‘te espero no carro ’.
“Estou indo dar um beijo de despedida em minha mulher” falou enquanto passava um de seus braços pela cintura de .
“Não vai mesmo” Ela falou tentando se desvencilhar de seus braços.
“Não?” Ele perguntou levantando uma sobrancelha “Tente me impedir querida” e a próxima coisa que sentiu foi os lábios dele sobre os seus. Ele sabia que ela não resistiria a ele, nunca conseguiu e não conseguiria hoje. Sempre que ele a beijava tudo a sua volta parecia parar de existir. Era apenas os dois e nada mais importava.
Ele partiu o beijo, justo no momento que as mãos dela chegaram até seus cabelos “Você vai se atrasar para aula e eu para o trabalho” falou tirando as mãos dela, porque sabia que se tocasse nela novamente, nenhum dos dois sairiam hoje de casa “Te vejo mais tarde” e piscou marotamente para ela enquanto subia as escadas.
tentou fazer sua respiração voltar ao normal. “Eu odeio você!” conseguiu falar por fim, enquanto se dirigia para a porta que lhe levaria para a garagem.
“Eu também te amo minha linda” ele murmurou sorrindo.


XXX


e caminhavam lentamente até o prédio da secretaria da escola. e haviam acabado de deixá-las ali, e como a nova escola de ficava um pouco longe elas estavam bem adiantadas no horário.
“É realmente uma sorte eu gostar de chuva, não há como morar nessa cidade sem gostar” falou olhando para a barra de sua calça que estava começando a ficar muito molhada.
“Claro que dá” falou olhando para frente, querendo realmente andar mais rápido e entrar naquele prédio quente e sem chuva “Eu estou morando nessa cidade e odeio chuva”.
“Você não odeia” falou sorrindo para a irmã “Você está apenas reclamando, por que, se não implicar com as coisas, não seria a ”.
“Rá rá rá, estou morrendo de rir já tinha a mão na porta da secretaria. Foi realmente agradável entrar em um lugar seco e quente. Um mulher, que aparentava ter uns 40 anos, levantou a cabeça assim que elas entraram e sorriu.
“Bom dia senhoritas, vocês devem ser e Bergler”.
olhou para e sorriu. Era evidente que elas eram o assunto da cidade. “Sim senhora, somos nós” ela respondeu caminhando até a mesa da recepção “Estamos aqui para pegarmos nosso horário”.
A mulher olhou para as duas e pareceu confusa por um momento “Haviam me falado que vocês eram gêmeas”.
sorriu, todos ficavam confusos ao se depararem com as duas. Elas nem ao menos pareciam irmãs, quem diria gêmeas. Enquanto era baixinha, morena, com cabelos longos e bem cacheados, era alta, bem alta para falar a verdade, cabelos lisos e nada morena. Sua pela era tão branca que parecia que ela tinha medo de sair ao sol.
“Nós somos” sorriu simpática, enquanto só revirava os olhos. Essa era outra característica que não tinham em comum. Enquanto era calma e sempre via beleza em tudo na vida, era temperamental e explosiva. “Todos ficam confusos ao nos conhecer, eu sempre acho que é porque sou bonita e a não” falou sorrindo e apontando para sua irmã.
teria dado um tapa em se não estivessem em frente a secretária da escola que iriam estudar, então só mostrou a língua para ela.
”Claro” ela disse. Ela percorreu uma pilha documentos em sua mesa até achar o que procurava. “Seus horários estão aqui, e um mapa da escola e também há um papel que vocês devem entregar para todos os professores assinarem e me trazer de volta no final do dia.” avaliou seu novo o horário e depois o de sua irmã “Nós não temos todos as aulas juntas?” Questinou reparar que teriam duas aula separadas.
“Infelizmente não, querida” informou a recepcionista com um sorriso amarelo nos lábios.
“Escute” começou falando com uma voz aveludada, fazendo com que olhasse para ela com muita vontade de rir. Essa não era uma irmã, ela nunca usava uma voz aveludada para nada. Tudo que ela tentava conseguir, ela tentava através de suas explosões de raiva e gritos. “Como a senhora já sabe, nós somos gêmeas e somos muito unidas, será que não teria uma forma da senhora mudar nossos horário e nos deixar juntas nessas duas aulas também?” E lhe deu, o que tinha certeza, ela achava ser o seu melhor sorriso.
“Realmente não será possível querida, temo que você realmente terão essas duas aulas separadas”.
bufou mais uma vez, murmurou um 'obrigada mesmo assim' e saiu da recepção. sabia que isso era apenas porque ela não gostava de ficar sozinha e também odiava ter que lidar com pessoas desconhecias.
sorriu para a recepcionista e agradeceu a atenção. Ela sorriu para também e desejou que elas gostassem de Forks.
Saiu mais uma vez para a manhã chuvosa e pode ver que sua irmã já estava bem adiantada indo de encontro ao prédio que tinha um enorme '3' pintando.
“Eiiii, me espera” gritou enquanto dava uma pequena corridinha para alcançá-la “Não precisa ficar assim, são apenas duas aulas”.
parou de andar e olhou para ela irritada “Duas aulas! Duas aulas que terei que me apresentar em frente a uma turma sozinha. Duas aulas que posso falar ou fazer alguma besteira por que você não vai estar ao meu lado.”
eu sempre soube que seu amor por mim era grande, mas nunca imaginei que era tanto.”
“Ah vai pro inferno . Isso não tem nada a ver com você. O problema é que não sou muito fã das pessoas me olhando, com você ao meu lado eu teria que dividir as atenções com você.
“Certo irmãzinha, eu prometo de levar pela mão até a porta de sua sala e conversar com seu professor, ou professora, se sente melhor assim?”
“Sério , às vezes, eu realmente quero matar você”.
sorriu. “Eu sei. Mas olha, se você me matar agora, vai ter que lidar sozinha aqueles dois meninos que estão vindo em nossa direção, com um quilometro de sorriso no rosto, para provavelmente ajudar as duas novatas a encontrar sua primeira aula”.
olhou para onde estava olhando e gemeu. Odiava primeiros dias. Odiava ter pessoas a avaliando, e odiava por estar fazendo com que elas passassem por isso.
Pegando o braço de começou a andar o mais rápido possível para dentro do prédio.
, você está me assustando. Correndo de homem? Isso vindo a pessoa que ontem chamou o garoto de ‘gostoso’ na cara dele”.
“Se eu soubesse que ele iria me entender não teria falado nada. Não estou fugindo de garotos, estou fugindo das apresentações, odeio isso”.
“Tudo bem, mas ande mais devagar que estou praticamente correndo, suas pernas dão duas da minha”.
Mais uma vez naquele dia, e algo lhe avisava que não seria a última, bufou. “Não sei quem você puxou sendo tão baixinha. Vocês deveriam me ouvir mais quando digo para ir procurar minha verdadeira irmã, você só pode ter sido trocada na maternidade”.
Mas diminuiu o passo e chegaram juntas na porta de onde seria a primeira aula delas.


XXXX



“Não havia uma escola mais longe?” perguntou para , de braços cruzados.
Elas já haviam deixada e em sua nova escola que ficava a 5 minutos de carro de casa. Quando não estivesse chovendo, coisa que tinha esperança que ainda acontecesse esse ano, elas poderiam facilmente ir andando para a aula. E ela? Bom ela estava a mais de 20 minutos dentro desse carro com sua irmã e nada de nova escola. VINTE MINUTOS! Onde diabos ficava essa escola afinal?
, por favor, para de reclamar, eu já falei que é temporário. Só até conseguirmos uma vaga na escola de Forks também”.
bufou.
“Ótimo. Realmente ótimo eu ser a única a ser mandada para a escola no fim do mundo e sozinha
, meu xuxuzinho, Forks também é um fim de mundo e eu também vou enfrentar meu primeiro dia sozinha lembra?”
“Não é a mesma coisa. Você vai estar no trabalho e não em uma escola”.
conseguia entender o que sua irmã estava passando. Ela ainda se lembrava de quando tinha que enfrentar a tortura do ensino médio, até porque não fazia tanto tempo assim que havia se livrado. Ela resolveu ficar em silêncio, deixando curtir seu mau humor sozinha.
“Chegamos” falou depois de dirigir mais cinco minutos, o que pareceu mais uma hora para “Bem vinda a escola da reserva de La Push”.
“RESERVA? EU VOU ESTUDAR COM ÍNDIOS???? Você só pode estar brincando com a minha cara”. gritou cruzando os braços e olhando acusatoriamente para .
“Não é o que você está pensando”. falou fazendo esforço para não rir “Bom... na verdade é, mas era a única escola que tinha vaga disponível e que ficava apenas 24 km de casa”.
Apenas 24 km. tinha vontade de gritar. Todos os dias seriam 48 km percorridos para ir para a escola. E ela nem gostava de estudar tanto assim. Sem olhar para sua irmã, tirou o cinto de segurança e abriu a porta.
“Obrigada por isso ” falou enquanto batia com muita força a porta do carro. sorriu para ela “De Nada. A e ainda não lhe avisei” se inclinou para poder olhar sua irmã quando lhe desse mais uma noticia. Ela havia deixado para lhe dar todas as informações quando já estivesse na escola, não dando chances de ela não vir “Você vai estar liberada às 3h, mas como estarei trabalhando só poderei vim te pegar às 5h. Isto é, sairei de Forks às 5h, então estarei aqui mais ou menos 5:30h”.
“COMO É QUE É?” gritou chamando atenção de algumas pessoas que estavam entrando “O que você espera que eu faça em duas horas e meia nessa cidade?”
“Não sei” falou ligando o carro “use a imaginação. Te vejo mais tarde!” e saiu sem dar chances de responder.
ficou algum tempo parada olhando o carro de sua irmã se afastar, tendo total certeza de que amanhã não iria vim para aula, por que estaria no enterro de sua irmã mais velha.


Capítulo 3


não conseguia imaginar uma forma pior de começar o dia. Ela já estava conseguindo sentir seu organismo reclamando pela falta de comida, afinal não havia tomado café da manhã. Também não podia imaginar que a escola de ficava tão distante e deixando sua gasolina na reserva.
Parar no posto de gasolina teve uma contribuição considerável para o aumento de seu mau humor. Como ela iria adivinhar que teria que colocar ela própria a gasolina? No Brasil, os frentistas que faziam esse trabalho. Ela não tinha culpa de ficar no carro esperando alguém aparecer, ou tinha? Então, porque o dono do posto ficou tão irritado por ela está formando uma fila por ficar parada esperando o frentista? E ela tinha que admitir que colocar gasolina pela primeira vez no próprio carro, com uma fila de carros e pessoas te fuzilando com os olhos, não era nada fácil. E para fechar com chave de ouro, ela estava atrasada para seu primeiro dia de trabalho. Boa forma de impressionar seus novos patrões, não é verdade?
Respirou fundo e fez uma curva para a esquerda, o que lhe deu a visão do paraíso. Uma confeitaria. Ela definitivamente precisava de algo doce e gorduroso para melhorar seu dia. mataria naquele momento por uma bomba de chocolate. Sabia que não podia, que não era certo, mas achava de verdade que merecia. Suas irmãs não estavam com ela nesse momento para a recriminar. Estacionou seu carro e não conseguiu sair do lugar quando percebeu o carro estacionado ao lodo do seu. Uma linda Lamborguini prata. Nossa, - ela pensou maravilhada - está aí uma coisa que eu não poderia imaginar. Uma Lamborguini nessa cidade no fim do mundo. adoraria ficar olhando mais tempo para a maravilhosa máquina, sempre teve um carinho todo especial por carros, em especial carros bonitos e velozes, mas uma bomba de chocolate estava a sua espera. Entrou animadamente e deu uma boa olhada no lugar avaliando tudo a sua volta. O lugar não era grande coisa, mas parecia ser a única opção na cidade, levando em conta a quantidade de pessoas que estavam formando uma fila. Ótimo! Dia de filas, pensou. Pelo menos dessa vez a culpa da fila se formar não era dela. Ela estava atrasada, mas necessitava de uma bomba de chocolate e nada no mundo iria tirá-la daquela fila.
A medida que os minutos passavam, sua necessidade por chocolate só aumentava. Se uma de suas irmãs estivesse ali saberiam o quanto ela estava ansiosa. Os sinais eram claro, mexer no cabelo a cada dois segundos, apoiar o peso do corpo no pé direito, depois no pé esquerdo. Tentando fazer o tempo passar mais rápido ela começou a reparar nos detalhes do lugar, até que seus olhos se fixaram no homem que estava parado a sua frente. Belas costas!!! Adorava homens de costas largas e não conseguia entender como ainda não havia reparado nessas. Colocou a culpa em sua fome; nada era mais importante que seu estômago naquele momento.
“O que vai querer, senhor Cullen?” ela ouviu a atendente perguntar com uma voz sonhadora. Maravilha, eu sou a próxima. pensou e seu humor deu uma revigorada com esse pensamento. Logo ela estaria comendo.
“Dois croassans de presunto, dois de queijo” Ele parou um pouco, parecendo pensar em algo, lembrar de algo, para ser mais exata. “Quero alguns daqueles pãozinho ali e essas duas últimas bombas de chocolate”.
ficou hipnotizada pela voz dele, era musical, envolvente... perfeita. Sua voz conseguia dar uma conotação sexy até mesmo para pedir as duas últimas bombas de chocolate.
Espere um segundo, ele acabou de pedir as duas últimas bombas de chocolate????? DUAS ÚLTIMA??? Ela pensou não conseguindo acreditar que isso estava realmente acontecendo. Parecia que afinal de contas seu dia podia ficar pior.
Respirou fundo criando coragem e tocou levemente no ombro do homem a sua frente.
"Com licença senhor” ela falou dando, o que acreditava, ser seu melhor sorriso.
O homem a sua frente se virou e olhou para ela de forma questionadora. Quando seus olhos se encontraram, foi como se o mundo de repente parasse. ficou momentaneamente pressa com a força daquele olhar. Aqueles olhos dourados estavam fixos no seu esperando que ela voltasse a falar. Ela conseguiu se recuperar rápido do choque que aquele olhar causou nela.
Ok. Não só o olhar, mas todo conjunto da obra. O homem parado a sua frente era lindo .
“Desculpe, mas pude ouvir que você está comprando as duas últimas bombas de chocolate e eu estou aqui, a quase” ela fez uma pausa para olhar seu relógio e depois voltou a olhar para ele “ 20 minutos apenas para comprar uma dessas bombas, será que o senhor poderia comprar uma e eu a outra?” Questionou esperançosamente.
Ele ficou olhando para ela por alguns segundo sem nada falar. começou a se questionar se ele tinha algum problema, afinal não havia feito uma pergunta tão difícil assim. Ele só tinha que responder “sim” ou “não”, não é como se houvesse outras opções para essa pergunta. Ele estudou o rosto dela, e isso começou a deixá-la desconfortável.
“Senhor?” Ela voltou a perguntar esperando que ele ‘acordasse’.
“Queria me desculpar, mas receio ter que negar seu pedido.” Ele respondeu já começando a se virar para frente. Algo dentro dela pareceu de quebrar. Algo que ela não sabia definir o que era. Provavelmente era raiva. Ela dificilmente se descontrolava.
“Escute senhor,” falou segurando o braço dele, para que assim ele pudesse voltar a olhá-la “meu dia está sendo infernal e ainda nem são 9 horas da manhã. Eu realmente preciso dessa droga de bomba de chocolate para continuar sobrevivendo, então será que você poderia não ser tão desagradável e me deixar comprar uma?”
Ele olhou para a mão dela parada em seu braço e depois para o rosto dela “Madame” ele falou com uma voz calma e controlada e um leve sotaque do sul “não querendo parecer rude, mas no momento é você que está sendo desagradável. me pediu para levar duas bombas de chocolate para ela, então se eu quero permanecer vivo, preciso levar duas e não apenas uma bomba de chocolate para ela”.
soltou o braço dele e virou as costas saindo da confeitaria. Claro que ele estava comprando para sua mulher. Sempre havia uma mulher. Um homem tão lindo tinha que ter alguém, e ela esperava de todo coração que ela fosse enorme de gorda. Bom, se não fosse, então que ficasse por comer DUAS bombas de chocolate.
Ela entrou em seu carro e se preparou para dar partida, mas não sem antes lançar um olhar invejoso para o lindo carro ao seu lado.
Seu olhar foi atraído para porta de confeitaria que estava sendo aberta pelo lindo e mesquinho homem que roubou suas bombas de chocolate. Ele caminhou lenta e graciosamente para o lado do lamborguini, o abrindo e entrando no carro.
Isso não é justo! Por que ele tinha que ser o dono desse carro? Ela pensou com raiva vendo ele dar partida no carro que, se a vida fosse justa, seria dela. Ela ligou seu humilde Nissan e se dirigiu para o seu primeiro e atrasado dia de trabalho.


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não conseguia acreditar no tamanho de sua falta de sorte. Assim como a maioria das pessoas, ela detestava primeiros dias de aula. Não que fosse uma pessoa mal humorada ou antipática, só não conseguia se sentir bem sendo o centro das atenções. Tinha certeza que nunca seria uma garota popular, por que odiava bajulações e hoje estava sendo um dia atípico em sua vida. Em cada lugar que ia, em cada sala nova que entrava, todas as cabeças estavam voltadas para sua direção. Todos os murmurinhos e fofoca estavam sendo sobre ela e sua irmã. Ela não podia se orgulhar e falar que era a mais calma das irmãs ’s e por esse motivo, não era de se estanhar que todos aqueles risinhos olhares já estavam a tirando do sério.
E agora para completar o quadro, a primeira aula que tinha sem sua irmã era Educação Física.
Educação Física!!!!!!!
ficava repetindo essas palavras em sua cabeça para ver se com isso conseguia, por osmose, diminuir o pânico que sentia delas.
Não tinha nada contra esportes, ela só não conseguia praticá-los. Tentava imaginar uma forma de convencer seu professor a deixá-la de fora, mas sabia que era impossível. Nenhum havia concordado com isso antes. Bom, não até eles verem ela em prática. era um grande perigo praticando esportes e não apenas para a sua saúde. Ela sempre acreditou ter muita sorte em não ter matado ninguém e rezava internamente para o novo professor perceber isso rápido, antes que alguém se machucasse. Se a sorte continuasse esse alguém ainda seria ela e não um de seus novos colegas. Estava tão distraída andando até o ginásio que nem percebeu que já estava um pouco atrasada.
Ah, que coisa maravilhosa pensou quando entrou no ginásio e todos olharam para ela Como se eu precisasse chegar atrasada para chamar mais atenção. Ela respirou fundo e caminhou para o centro do campo, para conversar com o professor que foi o único que não se virou para olhá-la, Claro que isso poderia ser porque nesse momento estava tão cercado de alunas que era impossível vê-lo.
“Hum.. é.. professor..?” parou de falar para olhar em seu quadro de horários para ver o nome de seu professor. Sabia que deveria ter olhado isso antes e agora não teria que ficar procurando dentro de suas coisas, como uma idiota, enquanto uma turma ficava a encarando.
“Garrett Cullen” Ela ouviu alguém falando sobre sua cabeça, fazendo com que levantasse rapidamente a cabeça para olhá-lo e percebeu que isso foi um tremendo erro. O professor era lindo demais. Tinha certeza que nunca mais iria recuperar a falar enquanto aqueles olhos dourados estivessem a olhando animadamente. Não deveria ser permitido que homens lindos desse jeito lecionassem “Você deve ser minha nova aluna , certo?”
Como uma idiota ela apenas se permitiu balançar a cabeça em sinal de concordância. Conseguia imaginar por que ele estava tão cercado de alunas, o que não conseguia imaginar era como conseguir parar de olhar para ele.
“Hoje nós iremos começar a jogar futebol então você pode ir se trocar. Esperamos você voltar para escolher o time”.
Tá ai uma coisa que conseguia devolver sua fala. Se existe uma coisa que
sabia de sua curta vida era nunca jogar futebol.
“Escute professor Cullen, eu não posso jogar”.
Garrett a olhou preocupado “Você tem alguma doença? Não foi me passado nada. Elas sempre tem o cuidado de me passar se alguma aluna ou aluno precisam de cuidados especiais. Eu não preparei nada extra para você fazer”.
“Bom,” Ela começou um pouco envergonhada “eu não tenho realmente uma doença que me impeça, só tenho sérios problemas de coordenação motora. É sério professor, eu sou um perigo ambulante na sua aula. Não me faça jogar futebol”.
Ele sorriu e em seguida lhe informou que ela teria que participar de sua aula, falou também que ele tinha certeza que ela estava exagerando, que ela seria perfeitamente capaz de jogar com o resto de suas colegas.
não tinha alternativa a não ser se dirigir para o vestiário murmurando um ‘isso é o que nós vamos ver’.
“Ele é lindo não é?” Uma menina murmurou para . De onde ela saiu? pensou levanto um tremendo susto ao perceber que uma garota estava caminhando a seu lado “Bom, ele é casado, você sabia?”. A garota sem nome continuou a falar. “E com uma aluna! Isso deve ser ilegal, você não acha?”
tinha vontade de falar várias coisas. Primeiro que deveria ser ilegal existir homens como ele. Segundo que homens como ele se casassem. Mas uma coisa que ela não achava é ser ilegal casar com uma aluna. Era uma pena essa aluna não ser ela. E com esse pensamento sorriu. A ‘garota sem nome’ a olhava como se ela fosse algum tipo de retardada mental.
“É deve ser” se limitou a responder, não querendo fazer inimizades em seu primeiro dia de aula.


Após vinte minutos de jogo e milagrosamente havia conseguido se esquivar de todas as bolas que foram lançadas para ela. Além de não tocar nenhuma vez na bola, também não estava correndo muito. Ela não era boa em correr. Sempre afirmou que deveria ter as pernas tortas ou algum tipo de problema na visão, mesmo os exames provando que ela estava errada, ainda assim acreditava em sua teoria. Não era possível ela cair tanto, e tropeçar nos próprios pés sem ter problema nenhum.
Ela não podia falar depois que sabia de onde veio, mas podia falar com convicção que dessa vez ela não foi a culpada pelo acidente. Alguém colocou uma parede em sua frente. Não havia outra explicação. Em um momento ela estava andando (por que correr era humanamente impossível para ela) e no outro, uma parede se chocou contra ela a jogando no chão.
“MEU BRAÇO” Isso era tudo que conseguia gritar.
“Desculpe, eu não vi você” em meio a sua dor agonizante ela podia ouvir uma linda voz falando ao longe. “Eu vim falar com meu irmão. Você não deveria estar desse lado do campo” alguém estava próximo a ela, mas não conseguia ver quem era. Sua visão estava embaralhada com suas lágrimas. “As meninas deveriam estar jogando do outro lado, por favor, me perdoe. Você está bem? Consegue se levantar?”
“MEU BRAÇO ESTÁ DOENDO. ME AJUDEEEEEE. CHAME MINHA IRMÔ gritava em meio as lágrimas.
“Emmett?” Ela ouviu a voz de seu professor chamar alguém preocupadamente. “O que está acontecendo?”
“Eu não sei Garrett. Eu estava de costas e acho que ela esbarrou em mim e caiu machucando seu braço, por que tudo que ouvi foi ela gritando de dor”
Garrett se abaixou “Fale-me o que você está sentindo”
“EU ESTOU SENTINDO DOR, PORRA! MUITA DOR. EU QUERO MINHA IRMÃ. ALGUÉM CHAME A MINHA IRMÔ.
Garrett tentou tocar em seu braço, mas mudou de idéia quando os gritos dela aumentaram com esse movimento.
“Emmett, por favor, você consegue levá-la a enferNalina?”
“NINGUÉM TOCA EM MIM. NÃO ME TIREM DAQUI, VAI DOER. EU FALEI QUE NÃO DEVERIA JOGAR. EU FALEI” gritou e chorou, deixando os dois homens a sua frente sem saber o que fazer.
“Certo, mas será que você pode me falar o nome de sua irmã para mandar alguém chamá-la?”
“Chame a , ela está em algum lugar nesse colégio”.
“Ok, eu vou mandar alguém chamá-la. Agora, tente ficar calma e me escute por um momento. Meu irmão, com toda calma, vai pegar você e levá-la até a enferNalina para depois levá-la ao hospital, se esse movimento fizer a dor no seu braço piorar será só por um momento, apenas para podermos lhe prestar atendimento, está bem?”.
concordou com a cabeça. A dor que sentiu em seguida foi tão grande que nem teve forças de gritar, tudo que conseguiu foi deixar a escuridão lhe dominar.


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olhava impacientemente para a aula. Ela nunca foi boa em cálculos, era uma droga essa aula ser uma das que não tinha ao lado, principalmente que não a teria como suporte. Não estava adiantando nada fazer desenhos em seu caderno, isso não estava fazendo o tempo passar mais rápido.
Fazer desenhos nunca ajudou em nada. Você deveria aproveitar que é capaz de dormir.
deu um pulo da cadeira que estava sentada, olhando para o lado. Não havia ninguém sentado ao seu lado. Olhou rapidamente para trás. Duas garotas estavam sentadas cochichando. Ela sabia que não estava louca. Tinha certeza que havia ouvido aquela voz musical falando com ela, como se estivesse sentado ao seu lado, ou melhor, como se estivesse dentro de sua cabeça.
Ela fez um grande esforço para escutar tudo a sua volta, para poder ouvir novamente aquela voz, e para seu espanto a encontrou. Ok! Então realmente ela está ficando louca. Não há outra explicação para estar ouvindo vozes que só estão em sua cabeça. Ela ficou ouvindo ele passar de mente em mente, apenas para passar o tempo. Era a forma dele de “fazer desenhos” para a aula passar mais rápido. podia ver também que ele se sentia só.
“O problema está em se sentir sozinho. A gente pode sentir-se só em meio a uma sala cheia, como agora. Não é verdade?” Ela questionou a voz, querendo ouvi-la mais uma vez. Mesmo que isso só comprovasse ainda mais sua loucura.
Edward ficou rígido, só seus olhos se moviam com cautela, como os de um perigoso predador farejando o perigo. Inspirou profundamente, procurando seus rastros mentais intrigado, ele pode voltar a ouvir com mais clareza os pensamentos da mulher. Ela era jovem e parecia tão intrigado com o fato de poder falar com ele do que ele estava.
“Tenho descoberto que é assim” Ele respondeu e pode perceber que ela se sentiu feliz. E também, se deu conta que continha o fôlego, e que, assim como ela parecia precisar de uma resposta dele, também necessitava de uma dela. Uma humana. Estava certo disso. Estava intrigado.
“Às vezes” ela respondeu e isso o fez sorrir “Em certas ocasiões, saio para caminhar e não me sinto sozinha, mas tem vezes, como agora, rodeada pessoas me sinto mais só que em qualquer outro lugar.Queria minha irmã aqui. Nunca gostei de primeiros dias de aula. Me fazem... não sei, me sentir deslocada”
Edward não conseguia explicar o que sentiu. Uma necessidade de consolá-la? Isso não parecia possível, ele não sentia essa necessidade há séculos. Para ser mais exato, nunca havia sentiu com uma mulher. Ela sabia que esse sentimento deveria estar ligado pelo fato desse contato inusitado entre suas mentes. Mas agora, escutando esta voz, a voz de uma mulher humana, estava perplexo pelos sentimentos nascidos nele.
“Como é que você pode falar comigo?” perguntou tentando mudar o rumo dos seus pensamentos.
“Não sei” ela respondeu com sinceridade, porque realmente não sabia. Ela ainda nem sabia se estava mesmo falando com alguém, ou se era uma peça pregada por sua mente “Eu ouvi sua voz falando comigo primeiro, e isso me assustou. Respondi por que você me pareceu solitário, e achei que.. gostaria de conversar. De qualquer forma, se estou atrapalhando você ficarei quietinha agora..”
“Não!” Edward respondeu rápido e parecia mais uma ordem do que um pedido. Uma ordem para acostumado a uma obediência total. Ele sentiu a risada dela antes que o mesmo som chegasse a sua mente. Suave, livre, incitante.
“Está acostumado a te obedecerem, não está? O que eu ganho se continuar conversando?” Ele se Pegou sorrindo com as brincadeiras da mulher. Ele quase nunca sorria. Não o fazia isso sem ser com seus irmãos.
“Acertou, estou acostumado que me obedeçam. E o que você gostaria de ganhar para continuar a conversar comigo para, quem sabe assim, essa aula acabe mais rápido?”
se pegou mordendo levemente sua boca para não sorrir para o nada. Ele era divertido. Era bom fazer novos amigos. Mesmo em uma situação com essa. Ela sabia, de alguma forma sabia que deveria estar com medo, mas não conseguia senti-lo.
“Não fique com medo, para mim, poder escutar os pensamentos alheios é perfeitamente normal. O que não é alguém ouvir o meu e ainda responde-los”.
sorriu novamente em pensamento, era afinal de contas, muito bom não compartilhar essa aula com , sua irmãs não entenderia ela sorrindo abobalhada para o nada.
“Você ainda não me falou seu nome.” Ela perguntou voltando a fazer pequenos desenhos em seu caderno.
“Está se sentindo entediada com nossa conversa?” ele perguntou vendo através dos olhos delas os pequenos e detalhes dos desenhos que ela estava fazendo.
Ela sorriu. “Claro que não, estou apenas esperando você responder qual seu nome. Você não está curioso para saber o meu?” Foi a vez dele sorrir. Ele sabia quem ela era. Primeiro que na cidade não se falava outra coisa além da chegada da família dela. E segundo, ele já conhecia cada humana insignificante dessa cidade e nenhuma nunca havia sido capaz de conversar com ele por telepatia. Era surpreendente encontrar uma humana com tamanha capacidade. Ela já havia visto o rosto dela projetado na mente de quase todos nessa escola e agora, depois de ouvir sua adorável voz, não conseguia lembrar porque havia pensando que ela era apenas normal.
“Eu já sei o seu nome Ele deu uma pequena ênfase ao nome dela. parou seu desenho e olhou brevemente para frente, estudando a melhor frase para responde-lo.
“Oh, é claro que sabe. Isso não deve ser difícil para uma cidade tão pequena. Eu havia esquecido que além de ser chato ser o centro das atenções no primeiro dia de aula é ainda pior ser o centro das atenções de uma cidade inteira”.
Ela voltou sua atenção para seu desenho, tentando ainda estudando o que falar para ele “Mas eu não sei o seu nome. Algum problema em me falar?”
“Meu nome é-”
“Senhorita ?” novamente deu um pulo em sua carteira. Ela não esperava ouvir algum a chamando alto. Estava a tantos minutos falando por pensamento, que voltar “ao normal” foi como ganhar um banho de água fria.
“Sim?” Ela respondeu ao chamado de um mulher parada na porta de entrada e o olhar de seu professor.
“Senhorita, você precisa vim comigo. Temos uma pequena emergência e sua presença está sendo solicitada”.
“Minha presença? O que está acontecendo?” Ela começou a perguntar ao mesmo tempo em que se levantava de sua carteira e arrumava seu material. Podia perceber que todos os olhares estavam fixos nela.
“Aconteceu um pequeno acidente com sua irmã, , e ela está pedindo para você acompanhá-la”.
Essas palavras a fizeram caminhar tão rápido até a porta que quase colidiu com mulher e professor, ela só parou quando ouviu a voz preocupada em sua cabeça. “Você precisa de ajuda?
O que eu preciso agora é que você fique longe de minha cabeça, eu preciso pensar, minha irmã precisa de mim e nem sei o que tenho que fazer
“Ela está bem. Você não deveria ligar para sua mãe?”
A menção a palavra mãe quase a vez chorar. Então ela tirou o celular do bolso e ligou para a única mãe que conhecia.


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estava tão atrasada que estacionou o carro na primeira vaga que encontrou e correu para a entrada do prédio. Ela gostaria de poder correr, mas estava tão fraca por não ter comido que não podia se dar o luxo de se arriscar correndo. Apresentou-se na portaria e foi informada que seus novos patrões já estavam a sua espera. Caminhou com passos largos até a sala que a recepcionista a indicou e bateu levemente à porta.
“Entre”, ela ouviu uma voz feminina, que parecia estar muito animada com algo, a autorizá-la a entrar.
“Com licença”, falou discretamente e ao entrar. achou que deveria estar no lugar errado. Não era possível que uma mulher tão linda fosse uma famosa bióloga. Ela poderia ser atriz, modelo, mas não uma estudiosa tão conceituada.
“Olá senhorita ”, a linda mulher a sua frente a cumprimentou com um sorriso ainda mais lindo. “Seja muito bem vinda. Meu nome é Cullen e esse é meu sócio”, falou indicando alguém que deveria estar entrando naquele momento na sala. olhou para trás para receber o recém chegado. Seu sorriso morreu em seu lábio, quando seus olhos encontraram o dourado dos olhos do homem parado à porta. “Jasper Cullen. Ele é filho do meu Nalindo”.
“Isso faz de você minha mãe, não é mesmo?” Ele questionou , com um sorriso maroto nós lábios e lançando um olhar ainda mais divertido à
. “Muito prazer, senhorita ”, falou.
“Não faz, não” falou fazendo uma carranca, perdendo um pouco do ar divertido. “Isso varia de mim velha!”.
“Mas você é velha”, ele sorriu ainda mais. “Mamãe.”
se limitou a lhe lançar um olhar mortal e voltou a olhar para .
“Espero que você esteja com fome querida. Fico contente que você tenha se atrasado um pouco, caso contrario eu não conseguiria ter preparado sua festa de boas vindas. Você pede a um homem para ir a uma confeitaria rapidamente e ele fica fora por quase 50 minutos”.
não gostava de ‘primeiro dias’ dias de trabalho, mas gostava menos ainda de pessoas tentando lhe agradar e ser suas amigas. Não precisava e não queria novos amigos.
Jasper olhou para e ela percebeu que ele estava achando aquilo tudo muito divertido. Isso fez com que ela tivesse ainda mais raiva dele.
Guloso egoísta!
“Eu já lhe falei, tive alguns pequenos problemas”. Jasper falou e voltando a olhar para acrescentou. “Dá para acreditar que tive que quase lutar por umas bombas de chocolate que me obrigou a comprar para você? Você não imagina o que as pessoas são capazes de fazer por um pedaço de chocolate nos dias de hoje.”
Ok! Agora estava com vontade de se bater. Então ela havia brigado com seu futuro patrão. Ela tinha certeza que não havia forma melhor de começar seu primeiro dia de trabalho.
“Eu...”. Ela não sabia ao certo o que falar e foi salva pelo seu celular que começou a tocar insistentemente. Ela teria que agradecer muito a pessoa que estava lhe ligando por ter lhe tirado de uma situação tão constrangedora. Olhou para o visor de seu celular onde o no ‘’ piscava. Isso a deixou nervosa. estava em aula, não deveria estar lhe ligando.
“Com licença, eu preciso...”. Falou envergonhada apontando para seu celular.
“Claro querida, fique a vontade.”
“Alô? ? Está tudo bem?”
Não . Não está tudo bem. teve um pequeno acidente durante a aula e está sendo levada ao hospital.”
Ao ouvir a palavra hospital o sangue sumiu de seu rosto.
“Eu estou indo para lá. Ligo para você depois. Tchau.” Ela respondeu desligando o celular.
Ela olhou para , parecia ser a melhor opção no momento, já que ela estava certa que não gostava de seu outro patrão. “Você pode me explicar como eu chego até o hospital?”
“Eu levo você.” Ela ouviu a frase não sendo dita por , mas por alguém que estava parada atrás dela. “Posso sent... posso ver que você não está em condições para dirigir.”
“Isso!” respondeu empurrando os dois para fora da sala “Podem ir tranqüilos eu cuido das coisas por aqui. E não se preocupe querida. Tudo vai ficar bem.”
deu um sorriso fraco para sua nova patroa e caminhou em direção ao carro que a levaria para seu pior pesadelo.

Capitulo 4


ficou olhando o carro de sua irmã se distanciando. Índios. Ela iria estudar com índio? Amava sua irmã. Realmente a amava, as tinha vezes, como agora, que gostaria de matá-la. Esperava que ao menos eles usassem roupas. Ela nunca esteve em uma escola de índios em sua vida, não tinha nem idéia de como essa seria.
Ela olhou para trás, para o pequeno prédio, e decidiu que se teria que enfrentar isso, não iria mais adiar. sempre lhe ensinou: ‘para quê prolongar a dor? Arranque o band-aid de uma vez!’, e também, ela queria sair da chuva. Ela caminhou com passos rápidos para a entrada do prédio e só retirou o grosso casaco quando já estava protegida do frio e da chuva.
“Com licença, você pode me informar onde fica a secretária?” Ela perguntou para uma garota, que deveria ter sua idade, ou ser no máximo um ano mais velha do que ela.
“Claro.” A garota falou lhe sorrindo “Você deve ser a aluna nova. , não é mesmo?”
ficou olhando para ela por alguns segundos. Como ela poderia saber seu nome? A garota pareceu perceber sua confusão, por que ela falou enquanto lhe estendia a mão sorrindo.
“Desculpe, mas aqui é um lugar pequeno, todos sabem quem você é. A propósito, eu me chamo , mas pode me chamar de , é como todos por aqui me chamam.”
“Muito prazer sorriu para ela, apertando sua mão. Seria muita falta de educação perguntar se ela era índia? Porque além de estar muito bem vestida, ela não parecia em nada uma índia. Mas ela também não conhecia os índios americanos, elas poderiam ser diferentes dos brasileiros. Isso era confuso demais.
“Vem!” falou assim que começou a andar “Eu levo você até lá.”
deu de ombros e começou a seguir a garota, mais tarde ela descobriria se ela era ou não índia.
“Fale-me um pouco de você.” pediu quando elas começaram a caminhar em silêncio. “E também como é o Brasil. Nossa eu fiquei muito empolgada quando me falaram que você era brasileira.”
sorriu, ela gostou de , tinha quase certeza que seriam amigas. começou a falar sobre o Brasil, sobre o motivo de estarem se mudando para Forks. perguntou porque ela estava estudando ela Lá Push e não na escola de Forks e lhe disse que não havia vagas na escola de Forks, mas que suas irmãs estavam estudando lá. E isso fez falar um pouco sobre suas irmãs que eram gêmeas. Ela percebeu que era uma menina que gostava de falar e também muito popular na escola, porque ela cumprimentava a todos que passava por elas a caminho da secretária.
“Bom, é aqui.” falou parando em frente a uma um porta de vidro. “Vai em frente, eu espero você aqui.” concordou, ela descobriu que – assim como havia imaginado – seria da sua sala.
Na secretaria foi rápido, pegou seus horários e agenda escolar de como funcionava a escola e saiu para encontrar que a aguardava sentada em uma confortável cadeira. Ela reparou que para uma escola em uma reserva indígena era até que era bem bonitinha. ficou em pé em um salto.
“Tudo certo?” Ela perguntou e concordou com a cabeça.
“Então vamos.” E as duas se dirigiram para sua primeira juntas.


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nunca foi dessas pessoas que rezavam, mas nesse momento ela tentava. Olhando para a paisagem que passava diante de seus olhos, ela conversava com Deus e pedia que nada de grave acontecesse com sua irmã.
“Ela vai ficar bem.” O frenético motorista ao seu lado falou novamente, era a terceira vez que ele falava a mesma frase e a única resposta obtida era um leve aceno com a cabeça. Num dia normal ela iria reclamar da forma que ele dirigia, mas não hoje. Não quando ela estava tão transtornada para chegar ao seu destino. Que ironia, logo ela que fugia sempre de hospitais, estava tão desesperada para chegar a um.
“Eu acho que já falei isso para você, mas não sei se você me escutou, eu tenho certeza que ela ficará bem, porque Carlisle, meu pai, é o médico da cidade. Ele é um excelente médico.”
“Obrigada.” falou num fio de voz. Obrigada? Mas o que ela estava agradecendo exatamente? pensou enquanto balançava a cabeça. Ela já não tinha seguia uma lógica de raciocínio, isso piorava quando estava nervosa. Seu novo patrão deveria estar achando que ela é louca. Isso a fez rir e o olhar preocupado que Jasper lhe lançou vez ela rir ainda mais.
“Você está bem?” Ele perguntou totalmente preocupado.
Será que ele está com medo que eu entre em choque? pensou e isso só a fez rir ainda mais. Na verdade, eu acho que estou entrando em choque.
“Não... Eu... não... estou... bem.” Ela tentou falar, enquanto ria. Ela tinha fobia de hospitais e a preocupação com sua irmã estava piorando tudo. Jasper parou o carro e isso fez olhar rapidamente para fora para ver se eles já haviam chegado ao hospital.
“Por que você parou?” Ela perguntou parando de rir quando percebeu que estava parado no meio do nada.
“Para você poder me contar o que está acontecendo?”
“Você sabe o que está acontecendo. Minha irmã sofreu algum acidente na escola, algo que não sei o que é. E a estão levando para o hospital."
“Sim, disso eu sei. Eu estou falando na parte de você estar tão desesperada por isso.”
“Você ouviu o que eu acabei de falar? Minha irmã sofreu um acidente e está sendo levada para o hospital. Como não ficar desesperada?”
, sua irmã sofreu um acidente na escola. De Forks. Na cidade onde o único perigo que ela pode correr é ficar resfriada por tantas chuvas.”
“Não tenho o direito de ficar preocupada?” Ela perguntou visivelmente irritada. Definitivamente não gostava dele.
“Sim, você tem direito de ficar preocupada. Mas não desesperada. Pense nisso: Ela precisa de você!!!”
“Sim, ela precisa. E ficar aqui parada no meio do nada não vai fazer com que eu a ajude”.
“Chegar lá desesperada também não!”
relutava em admitir, mas ele estava certo. Ela respirou fundo o olhou para fora do carro. Tudo bem , coragem. Ela falava consigo mesma. Entre lá, pegue sua irmã e vá para casa! Não é tão difícil.
“Obrigada.” Ela falou sem olhar para ele. E dessa vez ela sabia pelo que estava agradecendo.
“Está melhor?”
“Sim.”
“Olhe para mim.” Ele pediu quando ela ainda olhava para a janela.
Relutantemente ela o olhou.
“Eu ainda quero saber o motivo de seu desespero.”
“Olha... Minhas filhas - ”
“Filhas?” Ele perguntou com a sobrancelha levantada.
“Irmãs. Minhas irmãs.” Droga! Ela odiava admitir para alguém que pensava em suas irmãs como filhas às vezes “Elas são tudo o que eu tenho. São tudo de mais importante em minha vida. E eu odeio hospitais.”
Ele sorriu.
“Todo mundo odeia.”
“Não como eu.” Ela murmurou e para sua felicidade viu que ele estava religando o carro.


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voltou para a sua sala batendo os pés no chão de irritação. Como assim não a deixaram ir junto? Era de sua irmã que estava falando. Deu sua irmã que estava nesse momento desmaiada sendo levada para o hospital. Não era certo não a deixarem acompanhá-la. Não só precisava dela, mas também. Conhecia suas irmãs bem demais e sabia do desespero de sempre que ela precisava entrar em um hospital. E para desespero dela, isso acontecia com certa frequência.
“Com licença, professor.” Ela falou quando chegou a sua sala e caminhou lentamente até a carteira onde estava seu material. Todos afirmaram que iria ficar bem, então por que ela estava tão desesperada?
Sentou e abaixou a cabeça, isso a fez lembrar da voz. Seu novo amigo imaginário? Ela já havia tido vários em sua vida. Não seria a primeira vez. Mas dessa vez havia sido tão real, como se ele realmente existisse. E pior, ela havia percebido que ele era solitário. Que a solidão dele era muito maior que a sua. Ela sabia o que era a solidão. Como a fazia sentir-se diferente. esfregou as têmporas tentando aliviar o martelar que sentia na cabeça.
“Você está bem?” Seu novo amigo imaginário perguntou e ela sorriu. Havia algo em sua voz que a cativava, hipnotizava-a. Tocava seu coração e aterrorizava sua mente. Ela gostava da voz em sua cabeça! Definitivamente estava ficando louca.
“Não. Você não está louca. E se isso te deixa melhor, gosto de sua voz também”.
“Não estou certa disso. Quero disser, Você não está louca, isso é algo que minha mente diria.” A voz sorriu e havia algo em sua risada que a hipnotizava.
“Sei que é difícil pedir isso, quando você nem me conhece, mas confie em mim, você não está louca. Eu já falei para mim é normal conseguir ouvir seu pensamento, o que não é normal é você me responder.”
“Desculpe, mas para mim, nada disso é normal”.

Edward pensou um pouco sobre o que ela havia acabado de falar, realmente não deveria parecer normal para uma humana. Ele nunca havia encontrado uma humana que tivesse poderes, mas verdade, não encontrava nem mesmo outros vampiros. Não era assim tão comum nem mesmo na sua espécie. Conseguia entender a dificuldade dela em aceitar, ou melhor, em achar que estava ficando louca.
procurou a voz, mesmo que estivesse ficando louca, conversar com seu novo amigo imaginário a estava deixando mais calma.
“Você ainda não me respondeu como está?” Ele estava puxando um assunto neutro novamente.
“Estou nervosa. Preocupada.”
“Ela vai ficar bem.” Ele respondeu num tom de voz que indicava preocupação.
suspirou. Ela esperava que ele estivesse certo.
“Eu estou.” Ele respondeu sorrindo.
“Vou esperar que você esteja certo dessa vez.”
“Não só dessa vez. Eu sempre estou certo.” sorriu e se não estivesse em uma sala lotada de pessoas teria gargalhado.
“Convencido.” Ela falou com sorriso na voz e ele gostou de escutar o riso dela.
Ele também sorriu.
“Você ainda não me falou seu nome”. pediu, preparando seu material porque a aula já estava no fim.
“O que você acha de eu te falar pessoalmente? Assim eu provo que você não está louca e que eu realmente existo.”
“Eu adoraria.” E o sinal tocou e ela se dirigiu para a próxima aula.


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“Você também morreu e foi para o céu?” Foi a primeira coisa que escutou de , assim que entrou em seu quarto no hospital.
“O que?” Ela perguntou para sua irmã que a olhava com cara de maravilhada.
“Se você está aqui e eu estou no céu, então você também morreu.” “, não estou entendendo você.” olhou para o lado e viu um rapaz forte a olhando com um sorriso no rosto, ela sorriu e olhou para sua irmã
“Você está bem querida?”
“Eu estou ótimaaaaaaaa.” respondeu sorrindo. levantou uma sobrancelha desconfiada. Alguma coisa em sua irmã não estava certo.
“Humm... , você apenas quebrou o braço, será que você pode me explicar por que acha que estamos mortas?”
“Por que...” parou de falar, olhou para o rapaz que estava no canto do quarto e fez uma parede com as mãos em frente à boca para só sua irmã ouvir, é uma pena que ela não tenha lembrado de falar baixo também “Porque tem um anjo ali oh, desde que eu acordei. Ele está me olhando e sorrindo. E depois entrou outro e –". parou de falar assim que a porta se abriu e dois homens entraram por ela.
“É ESSE AI.” berrou para sua irmã. “Esse ai é outro, ele já esteve aqui antes, e agora tem um novo com ele. Está vendo? Já são três anjos, e vou te falar , esse anjos são lindos demais.” sorriu e fez grande esforço para não gargalhar. estava berrando a pleno pulmão que seu novo patrão era lindo e que o pai dele também era. Ela só precisava descobrir agora quem era o jovem sentando no quarto de sua irmã. Ele pareceu entender a cara que olhava para ele e levantou sorrindo e estendendo a mão para ela falou: “Meu nome é Emmett Cullen. Desculpe-me, mas acho que sou o responsável pelo estado que sua irmã se encontra. Eu fui a “parede” como ela gosta de chamar, que a fez cair sobre seu braço e quebrá-lo.”
“Hum... Cullen?” perguntou olhando para trás e encarando Jasper e o Dr. Cullen que ela havia acabado de conversar sobre o estado de sua irmã.
“Sim.” Dr. Cullen respondeu sorrindo. “Emmett, assim como Jasper, é meu filho”.
“Desculpe, mas vocês não são parecidos.” Ela falou olhando para Jasper.
Jasper e Emmett sorriram.
“Somos adotados na verdade.” Emmett respondeu.
“Certo. E eu me chamo , e sou irmã dessa maluquinha aqui. Alguém pode me explicar por que ela acha que estamos todos mortos?”
“Além do fato dela ter me achado bonito?” Emmett perguntou sorrindo.
“Sim, além desse fato, claro”.
“Sua irmã estava com muita dor, eu tive que dar uma dose extra de morfina e acho que ela é um pouco fraca para anestésicos”. olhava de um para outro, com o olhar perdido.
“Eu não morri.”
“Ainda não.” sorriu. Ela poderia se dar o luxo de sorrir agora vendo que sua irmã estava bem. Mas não completamente. Ela ainda estava no hospital, ainda queria dar o fora dali o mais rápido possível.
“Quando ela terá alta, Dr. Cullen” perguntou olhando para o médico.
“Você trabalha com meu filho e com minha mulher, acho que pode me chamar de Carlisle”. sorriu em concordância “E ela só precisa ficar um pouco em observação por culpa dos remédios, acredito que até o final do dia ela já esteja liberada”.
“Você vai trabalhar com ele?” gritou apontando para Jasper.
“Sim , ele é meu patrão”.
“Wow, você tem sorte. Eu adoraria trabalhar com um homem lindo desse. Quem sabe ele não se encanta por você e você desencalha? Eu não ligaria de ter um cunhado tão lindo, nem de entrar para essa família. Você já viu o pai deles? E aquele ali?” Falou apontando para Emmett. “Já viu como são lindos ? Isso porque você não viu meu professor.”
Naquele momento gostaria de torcer o pescoço de sua irmã. Ela a chamou de ‘encalhada’ para o seu novo patrão? E ainda sugeriu que ele se encantasse por ela? não queria nenhum homem se encantando por ela, muito menos seu novo patrão. Estava muito bem assim, obrigada.
“Desculpem por isso.” murmurou sem coragem de olhar para nenhum dele. Carlisle respondeu que era normal e pediu para deixar descansando um pouco. Foi uma sorte de que o médico a tirou de lá, do contrário ela a teria matado.
O resto do dia de foi um inferno. Ela teve que passar o dia em um hospital, e seu pânico só ia aumentando e para piorar Jasper não saia do seu lado. Qual era o problema dele? Será que ele não tinha o que fazer não? Seria contra alguma regra mandar seu patrão ir trabalhar? A cada lugar que ia, lá estava ele, olhando-a como se esperando que ela fosse desmaiar a qualquer momento. Bom é verdade que isso era uma possibilidade, afinal ela estava dentro de um hospital, mas COMO ELE PODERIA SABER?
No final da tarde, voltava com um copo de café para o quarto de , onde ela dormia desde o incidente em chamá-la de encalhada; olhou as horas, 5:30h. Droga! Droga! Droga! Precisava ir buscar a . Havia esquecido completamente disso.
“Tudo bem?” Ela ouviu uma voz atrás dela perguntar. Ela não precisou se virar para saber quem era. Obviou demais que era ele.
“Não. Não está” respondeu virando para ele. “Esqueci de ir buscar minha outra irmã. Já passou muito tempo, desde que a aula dela acabou.”
Jasper sorriu “Eu levo você. Chegaremos rápido, a escola é aqui perto.”
“Não, não é.” respondeu impaciente. “Ela estuda em La Push.”
Jasper ficou sério por alguns segundos e tirou as chaves do bolso e entregou para . “Ok, Você vai buscar sua irmã e eu vou dar um jeito de pegar o seu carro lá na empresa e levar a para casa quando ela quando ela receber alta.”
“Você quer que eu vá a La Push dirigindo seu carro?” Ela perguntou espantada.
“Qual é o problema disso?”
“Seu carro é um Lamborghini!”
“Eu sei qual carro eu tenho.” ele falou sorrindo.
“Eu nunca dirigir uma Lamborghini...” murmurou pensativa “Você não pode me levar até lá?”
“Não. Eu queria, mas não posso. Além do mais, alguém precisa estar aqui quando a acordar.”
“Certo. Obrigada por isso Sr. Cullen. Vocês estão sendo muito legais”.
“Não agradeça, você é minha funcionária e não faço nada além de minha obrigação e, por favor, me chame de Jasper.”
teve vontade de argumentar que não era obrigação dele, mas ela já estava atrasada demais.

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