Eu morava em Bolton, Inglaterra. Sempre tive amigos, e era feliz. Sempre fora apaixonada por um garoto metido a Bad Boy, mas, acima de tudo, ele era fofo. Os cachos castanhos, a voz aveludada, os olhos azuis. O garoto se chamava , sempre fora conhecido como “o menino que tem uma banda”. Eu ia algumas vezes ver o show deles, e posso admitir: eles eram bons. Eu já estava no 3º ano, e ainda continuava com o mesmo amor que tinha por ele, que começara na sexta série. Meses depois de acabar o terceiro ano, me mudei para a capital, Londres. Fiz a faculdade lá, engenharia civil. Mesmo ocupada sempre, nunca me esqueci de , mesmo não tendo notícias dele.
Um dia, minha amiga me convidou para ir em um pub onde uma banda nova, que se lançara havia pouco tempo, iria tocar. Fiquei curiosa, ainda não ouvira a tal banda, McFLY.
Eu me arrumei, demorei uma hora, mas aprovei o resultado. Olhando-me no espelho, vi meu corpo refletido no mesmo. Minha blusa era rosa com detalhes em roxo estava embaixo do meu casaco preto com branco. Uma calça jeans moldava meu corpo, junto com uma bota de cano alto e salto marrom escura.
Saímos de casa, e em poucos minutos estavam na frente de um pub, que parecia bem aconchegante. Entramos e nos sentamos em uma mesa perto do palco, pegamos uma bebida e, minutos depois, quatro garotos entraram no palco. Olhei para cada um, um segurava uma guitarra, suas feições haviam mudado, ele estava mais maduro, ele era . Atrás dele, na bateria, estava mais um que havia ficado muito mais maduro do que era, . havia ganhado um ar mais superior, menos brincalhão que antes, ainda mais segurando um baixo. Olhei para o último integrante da banda. Seus cabelos ainda estavam cacheados e castanhos, mas algumas mechas apareceram ali. Seu sorriso ainda me encantava, e os olhos azuis que eu filtrava eram os mesmos.
Depois de quase uma hora de show, os garotos saíram do palco e foram para o meio da platéia. Eu conversava com , um papo animado, que fora interrompido por . Ele me olhou e olhou para , que logo entendeu o recado.
Quando ela saiu, ele me olhou. Seus olhos passaram por meu rosto, pegando cada detalhe que ele tinha.
- Oi. – Disse , meio tímido, mas, mesmo assim, seu sorriso era encantador.
- Oi. - Disse eu a ele, dando um sorriso sincero, apesar de estar tremendo, e as mesmas borboletas de antes terem voltado.
- Gostaram do show? – perguntou, como se fossemos velhos amigos.
- Sim. – Respondi e completei: – Senti falta disso.
- Disso? – Perguntou, com um olhar curioso e uma sobrancelha levantada.
- Sim, de um show de vocês. – Falei, timidamente. Era verdade, mas também era estranho admitir isso a mim mesma.
- Eu me lembro de você. - Ele riu. – Mesmo depois de anos. , não é?
- Certo. – Olhei para ele, como ele se lembrara? Fazia anos desde que nos vimos pela última vez.
- Quer sair daqui? – Disse ele. – Tem um parque legal aqui perto, podemos ir até lá, não está frio.
- Pode ser. – Falei, em um tom cheio de insegurança e medo, medo de ser rejeitada por ele, como sempre fui.
- Ok, vamos. Meu carro está perto desse parque, depois te levo para casa.
- Tudo bem, .
Saímos do pub e fomos para o parque que falara. Nós nos sentamos em um banco que ficava embaixo de uma arvore grande.
- Olha, não vou mentir para você. Porque, bem, toda a escola sabia que você gostava de mim. – Aquelas palavras abriram mais ainda a grande ferida que fora reaberta quando eu o olhei novamente. – Mas eu não dei valor a quem merecia, eu não dei valor a você. E fui perceber isso da pior maneira. – Ele soltou um longo suspiro, e continuou: – Depois que você saiu da cidade, comecei a ficar com garotas furteis, mas vi que não era isso que eu queria. E você veio em minha mente. Bonita, inteligente, especial. Percebi que, mesmo nunca tendo falado com você, eu te amava. Mas só percebi isso quando você foi embora. Acho que você nunca vai querer alguma coisa comigo, não deve sentir o mesmo que eu. – Ele parou de falar, meu coração batia a mil, minha respiração estava falha. Meus olhos se encheram de lágrimas, e um solitária caiu quando ele falou novamente. – Encontrar você aqui foi uma surpresa, eu não achei que nunca mais a veria, ainda mais em Londres.
- Eu sempre te amei. E esse amor, mesmo depois de anos, não mudou em nada. Você ainda me encanta e ainda me faz sentir as mesmas sensações que sempre senti. – Falei para ele, que me olhou com um brilho diferente.
- Eu sei que eu fui o maior idiota, principalmente quando não vi que a garota perfeita estava indo embora. Agora, eu percebo o erro que cometi.
- , eu quero ir embora, isso tudo de novo, não, você não pode chegar e estourar um bomba em mim e achar que tudo vai ficar bem, não é assim. – Falei, sentindo mais lágrimas grossas escorrerem por minha bochecha.
- Tudo bem, vamos. – Ele se levantou e me estendeu a mão. Eu me levantei com sua ajuda, e ele me abraçou.
- Me tire daqui. – Disse.
- Está bem. – Começamos a caminhar até o carro preto escuro estacionado na frente de uma das lâmpadas.
Entramos no carro em silêncio, e foi assim até minha casa. Quando expliquei o caminho de minha casa para , ele pediu para eu pegar o CD do Simple Plan no porta luvas, eu fiz que “ok” com a cabeça, peguei o CD e dei a ele. Quando paramos no sinal, colocou o CD e começamos a ouvir I Can Wait Forever. A música me ficar novamente com lágrimas nos olhos, e algumas caíram pela minha bochecha.
Já estávamos parados na frente da minha casa, quando senti as mãos de em minha cintura, me puxando para o seu colo. O abraço forte, quente e protetor dele me fez querer ficar mais tempo ao seu lado.
- Quer entrar comigo? – Disse a ele, olhando diretamente em seus olhos.
- Quero. – Ele me respondeu, passando a mão em minhas bochechas, secando as lágrimas que eu havia derramado.
- Vamos.
Entramos no elevador e o silêncio predominou no lugar, até quando chegamos ao nono andar, onde eu morava. Saímos de lá, ainda em silêncio, e fomos até o meu apartamento. Abri a porta e deixei-o entrar, logo em seguida fazendo o mesmo que ele, trancando a porta.
- Fique à vontade.
- Pode deixar, sua casa é a minha casa. – Ele disse, rindo de si mesmo.
- Pode ser. – Respondi a ele e soltei um risinho. - O que quer fazer, ?
- Não sei, podemos ver filme. – Sugeriu ele para mim.
- Tá, eu tenho uns aqui, escolhe um enquanto faço umas pipocas, ok?
- Ok, eu quero de chocolate. – Ele me olhou e fez bico, eu ri da cara que ele fez.
- Certo. - Saí da sala com um sorriso bobo no rosto. Como eu podia acreditar que aquilo era verdade? Como podia saber se não era mais um de meus sonhos? Era tudo muito novo, uma nova experiência.
Botei a pipoca no microondas, e fui até a sala para ver o que ele tinha escolhido para assistirmos.
- Jogos Mortais ou Troia? – Perguntou, quando percebeu que eu me aproximava dele.
- Troia, não gosto muito de filmes de terror.
- Ei, não tenha medo, eu estou aqui para te proteger. – Eu gelei no meu lugar. Por que agora? Depois de tantos anos sem nos ver, depois de tantos anos de amor mal correspondido. Eu sabia que o amava, e, se fosse apenas por mim, ele nunca, nunca mais sairia da minha vida.
- Tudo bem. – Falei, sem muito ânimo. - Vamos ver Jogos Mortais. – Eu me dei por vencida. Quando ele percebera que ganhara, abriu um sorriso. - Eu vou pegar as pipocas, já venho.
- Ok. – Ele respondeu, se virando novamente para o DVD.
Fui até a cozinha e a pipoca já estava pronta, tirei-a do microondas e a coloquei num pote. Peguei a coca na geladeira e a coloquei em dois copos. Deixei tudo pronto e saí da cozinha, indo direto para o meu quarto. Peguei dois edredons e os coloquei na cama.
Caminhei até meu guarda roupa e peguei meu pijama. Vesti-o e logo já estava com os edredons em mãos, em direção da sala. já estava se sentando quando deixei as coisas ali, e fui até a cozinha buscar o que havia deixado para trás.
Voltei para a sala, e já estava em seu lugar, entreguei um copo a ele, me sentando ao seu lado. Começou a cair uma chuva fina, que foi ficando mais forte a cada minuto. Raios apareciam no céu de vez em quando, deixando o lugar mais sombrio.
colocou os dois copos na mesa de centro e me abraçou. Colocou play no DVD e o mesmo começou. Sem aviso, a luz acabou, senti um grito fino e alto sair da minha garganta, assustando a .
- O que foi?
- Eu tenho trauma de escuro. – Falei, me agarrando a ele, que fazia carrinho na minha cabeça. depositou um beijo na minha cabeça, ainda fazendo carrinho.
- Ei, não fica assim. Eu estou aqui com você, agora e sempre. – Ele falou, e eu pude perceber em sua voz amizade, carrinho, e um outro sentimento que ainda era desconhecido para mim.
- Obrigada.

Fim

N/A: Oi meninas, hehe, bom eu queria agradecer a Dynee, sem ela eu não teria conseguido fazer nada, é. Depois queria agradecer a vocês que estão lendo minha fic, bom não me matem nem nada, é a minha primeira fic e se vocês não gostarem podem falar, rs, sugestões e reclamações são bem vindas, porque ai na minha próxima fic (ou não) vai ser melhor!
Boa leitura, e é isso. Beijos

N/A²: Ta mais para uma nota de intrometida, mas tudo bem.
Tomara que vocês gostem da fic da Yolanda, e agradeço muito por terem lido ela.
Quando eu li ela, tipo, amei a historia. Daí eu pedi para reescrever ela, e digo, achei que ficou melhor ainda. Sem querer me gabar ú.ú
E, ainda nem sei por que ela agradece, foi muito bom reescrever a fic, é. \õ
Booooom, comenteeeem ú.ú
Beijos beijos, Dynee.

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