"A música é o meio mais eficaz e divertido de expressar suas opiniões e sentimentos". Essa era a frase que estava gravada dentro de mim desde que iniciei o curso de música na badalada Universidade de Oxford, na Inglaterra. Desde pequena, meu sonho era a música. Sempre ansiei por aprimorar meus conhecimentos de piano numa universidade deste porte, e nada melhor do que fazê-lo ao lado de minhas grandes amigas , e . Nós quatro planejávamos montar uma banda com um som que mesclasse rock e música clássica, já que todas tocamos instrumentos clássicos como o violino, violoncelo, flauta e piano. Nós estudamos no mesmo horário e na mesma turma e, apesar de estar aqui falando com vocês, nós estávamos lá sentadas em nossos lugares atentas à fala do professor Johnson na aula de Composição.
- Bem, alunos, como vocês sabem, toda primavera o curso de música da instituição promove um festival musical com os alunos e a comunidade. Contudo, as turmas de composição nunca participaram. Portanto, este ano, nós decidimos abrir esta oportunidade e vocês terão que compor e apresentar uma canção no festival.
Assim que o professor pronunciou estas palavras, toda a turma se alvoroçou e foi quase impossível que ele terminasse o pronunciamento.
- Pessoal, eu ainda não acabei! Poderiam se acalmar e ouvir o fim do aviso. – Disse ele irritado com todo aquele barulho. - Como eu imaginei, muitos aqui não iriam concordar. Então, para amenizar e ainda assim atingir o objetivo da instituição, vocês se dividirão em duplas para compor a canção e vocês podem escolher alguns de seus colegas ou amigos para acompanhá-los durante a apresentação – terminou ele recebendo uns "ah" e "ok" como resposta. – Bem, então irei dividir as duplas e vocês terão três semanas para compor a música, certo? – Perguntou e todos acenamos com a cabeça, indicando um sim. Vi ele se dirigir à sua mesa sob o olhar apreensivo de quase todos os alunos, menos eu e minhas amigas, que combinávamos os dias de ensaio, já que mesmo que não fôssemos duplas tocaríamos juntas.
- Muito bem, a divisão das duplas ficou dessa forma... – começou Johnson após alguns minutos. – Jaden Smith e Lucas Scott, Jason Sanchéz e Gabriella Rodriguez, e Dougie Poynter, e Thomas Fletcher, Daniel Jones e , e Harry Judd, Samantha Padalecki e... Ao ouvir com quem faria dupla, fiquei estática e boquiaberta por alguns estantes. Tudo bem que eu já conhecia o Danny, pois a namora o Judd há um ano, a tem um tombo pelo Poynter e a é vizinha do Tom. Mas ele sempre foi tão calado, tão na dele, que nem sei como ele realmente é.
- , está tudo bem? – Perguntou-me , demonstrando-se preocupada, assim como e – Você ficou calada de repente.
- Está tudo bem sim, amiga. É que... é estranho isso. Terei que compor uma canção junto de alguém que mal conheço.
- Mas, , você conhece o Danny. Todas nós conhecemos – disse .
- Afinal, somos amigos, flor. – Disse .
- Eu sei, gente, mas o Daniel é, de todos, o mais reservado. Fala pouco e fica pouco tempo quando estamos juntos. Sinto como se fôssemos desconhecidos – disse, lembrando-me do jeito que o Danny agia quando saíamos os oito.
- Então, , aproveite essa oportunidade para conhecer o Daniel. Acho que ele não vai se importar em se apresentar para você – disse com um sorriso malicioso no rosto, trocando olhares com as outras duas.
- O que você quer dizer com isso, hein, ?
- Eu? Nada não, amiga.
- Deixe de inventar desculpa . Vai lá falar com ele – disse .
- Hunpf... tá, vai! Se é o jeito... – Saí em direção ao final da sala, onde sentavam os quatro. Cumprimentei a todos e sentei-me ao lado de Danny para podermos conversar e combinar quando e onde iríamos nos encontrar para escrever a canção.
- Oi, Danny – falei meio sem jeito, arrancando dele um singelo sorriso.
- Oi, – disse ele, que também aparentava estar sem graça. Acho que era por ser tão reservado (n/a da Cinthy: o Danny sem graça e reservado! Só nessa fic mesmo. Ha).
- Er, acho que precisamos marcar um horário para podermos compor essa música, né? – Sorrimos e ele parou um pouco, como se estivesse tentando lembrar-se de algo. Olhei com mais cuidado e pude perceber o quanto ele era bonito e tinha umas sardas no rosto que davam a ele todo um charme. Sorri involuntariamente com meus pensamentos e desviei o olhar de Danny, encontrando minhas amigas na porta da sala, junto dos rapazes, conversando e rindo bastante. Era engraçado vê-los juntos. A e o Judd estavam abraçados, ele falando algo no ouvido dela e ela rindo discretamente. E o Dougie e a ; ou ele era cego ou tinha medo de se envolver, porque dava para ver de longe que a cky gostava dele. e Tom conversavam animadamente sobre sei lá o quê. Perdi-me em pensamentos, sendo acordada pela voz doce e levemente rouca do Danny.
- ? Tudo bem? – Perguntou-me preocupado. – Você viajou um pouco aí – disse ele meio risonho. Sorri sem graça e me virei em sua direção para continuarmos a conversa. - Bem, eu não tenho nenhum ensaio hoje à tarde, então acho que podemos começar hoje mesmo. Tudo bem para você?
- Claro, Danny. Tenho a tarde de hoje toda livre. Podemos nos encontrar às duas?
- Aham. Na sua casa ou na minha? - Perguntou com um olhar terno, fazendo-me derreter, eu assumo.
- Você tem piano? – Gosto de compor no piano, então, se na casa dele não tiver, vai ficar difícil; ao menos para mim.
- Você toca piano? Que legal. Pensei que você só tocasse guitarra. Nenhum dos guys comentou isso comigo. - Falou, espantado. Achei engraçado. Nós estudávamos juntos e saíamos com nossos amigos há quase um ano, e ele não sabia que eu tocava piano?! O Danny realmente era desligado.
- Toco sim! Desde os sete anos de idade. Mas ainda preciso melhorar muito. – Disse divertida, arrancando–lhe uma risada.
- Então vai ser lá em casa às duas horas, né?! Te espero e. por favor. não repare na bagunça! Minha mãe viajou e só estamos eu e minha irmã. Então, a casa está de pernas para o ar. – Disse, revirando os olhos, e eu ri abertamente.
- Não se preocupe. Não tenho frescuras com isso. Nem vou reparar! – Disse, tocando de leve na sua mão, olhando em seus olhos. Ele sorriu e desviou o olhar para nossas mãos juntas, o que me fez retirá-la dali rapidamente.
- Então está marcado. Até as duas! – Levantei-me e fui pegar minha bolsa onde estava sentada.
- , você por acaso sabe onde é a minha casa? - Parei e virei-me para ele com um sorriso e uma cara de "ops! Esqueci desse detalhe". Danny riu tanto que ficou sem ar. Own! Que risada mais linda! Como ele é bobinho; Fofo, mas bobo.
- Eu posso te buscar na sua casa ou aqui na faculdade, se você preferir. – Disse ele, levantando-se com seus materiais, vindo em minha direção.
- E você sabe onde é minha casa? – Perguntei da mesma forma que ele, ergui uma sobrancelha, mas ri logo em seguida.
- Sei sim. – Respondeu, rindo da cara de "hã" que eu fiz. – Eu já levei você e para lá no dia que ela brigou com o Harry, lembra?
- Ah... então era você? Não notei por conta do sono. – Sorri sem graça. – Bem, já que você sabe onde é, pode ir lá um pouco antes das duas horas para podermos chegar no horário na sua casa?
- Ok! Estarei lá. Até mais! – Despediu-se depositando no meu rosto um beijo suave, saindo da sala. Um beijo? Como assim? Até cinco minutos atrás nós éramos quase estranhos e agora ele vai me buscar em casa (tudo bem que era a trabalho, mas...) e se despede com um beijo? Estranho, não posso dizer que não gostei, mas foi estranho.
Já em casa, eu estava terminando de me arrumar quando a campainha tocou. Peguei o celular e o relógio marcava uma hora e cinquenta minutos. Deduzi que fosse o Daniel e apressei-me. Desci as escadas quase num pulo e ele me esperava sentado no sofá ao lado do meu irmão, assistindo a um programa qualquer na TV.
- Vamos, Danny? – Falei, aproximando-me deles. Ele vestia uma bermuda branca, uma camisa preta, onde estava escrito "Iron Man" em letras garrafais, e um All Star cinza.
- Ah, oi, ! Vamos sim. Valeu aí, cara. Até mais. – Despediu-se do meu irmão enquanto eu pegava minha bolsa em cima da mesa.
- Você está bonita! – Comentou assim que entramos no carro. Corei e agradeci, abaixando a cabeça. Fomos a maior parte do caminho em silêncio, exceto por algumas perguntas que fazíamos um ao outro, como qual a música que mais gostávamos ou por que escolhemos estudar música, de vez em quando. Chegamos à casa dele alguns minutos depois; Cumprimentei sua irmã, que era extremamente educada e simpática. Subimos para o quarto dele a fim de termos mais tranquilidade.
- Não repare na bagunça, . – Disse ele, abrindo a porta do seu quarto e retirando algumas roupas da cama para eu poder sentar. Sentei-me e ele puxou a cadeira do computador para perto da cama.
- E aí, já pensou em alguma coisa? – Perguntei, esperando por um sim, porque eu não tinha nenhuma ideia formada.
- Sinceramente, não. Eu até tenho umas coisas escritas aqui, mas estão todas inacabadas e são bem ruinzinhas.
- Posso ver? Eu também trouxe algumas das minhas composições incompletas para ver se ajuda em alguma coisa, sei lá.
- Hum, acho que sim, vou lá pegar. Espere um pouco. – Danny se levantou e foi em direção a seu armário. Abri minha bolsa e tirei de lá um caderno violeta com frases que tinha escrito, na esperança de se tornarem canções um dia, e um lápis. Enquanto ele ainda procurava pelas anotações, parei para observar seu quarto. Era azul claro, com alguns pôsteres de banda de rock famosas e um quadro dos Beatles mais ou menos acima da cama, que ficava perto da janela, de onde se podia observar o belo jardim da casa dos Jones. Na extremidade direita do quarto, estavam o computador, o guarda-roupas, uma guitarra Gibson vinho, um violão preto com uma discreta inscrição "McFLY" prateada na parte superior do braço, uma poltrona branca onde ele havia jogado as roupas que antes estavam em cima da cama. Percebi que ele vinha em direção a mim com um pequeno caderno amarelo nas mãos. Sorri e peguei o meu para entregá-lo. Trocamos os cadernos e começamos a ler. O Danny escrevia muito bem e, apesar de ainda estarem incompletas, as letras eram muito boas.
- Danny, eu gostei dessa aqui. – Chamei-o, mostrando-lhe a página onde estavam escritas.
Dancing in the kitchen tiles
You said something I already knew
So I said with a smile
That I meet all your wishes
But please, don´t deny me your kisses
- Gostou? Mas nem está encaixando bem!
- Ah, mas isso a gente pode corrigir, né?! – Dei uma piscadinha e ele riu. – Vou circular essa parte e procurar mais, posso? – Danny acenou que sim com a cabeça e eu peguei meu lápis. Passei mais algumas folhas e encontrei outras frases legais. – Danny, eu também gostei dessas aqui...
You walking alone through the park
Wondering how would the planet Mars
And I looking for you
Waiting for you notice me like a fool
- É, a gente pode tentar encaixá-las numa melodia, mudar algumas frases de lugar, coisas do tipo. E aí, topa? – Perguntou-me, rindo marotamente.
- Topo, topo, por que não? Vamos lá! – Ele assentiu, rindo, e foi buscar o violão. Abri espaço para ele sentar na cama ao meu lado e começamos a organizar algumas frases. Até que estava ficando bom. Escrevemos duas estrofes e descemos para comer alguma coisa, pois tanto eu como ele estávamos famintos. Enquanto descíamos a escada, sentimos um cheirinho maravilhoso de bacon pairando pela casa. Olhamo-nos e saímos correndo em direção à cozinha, encontrando a irmã dele arrumando três pratos para jantarmos.
- Que cheirinho bom, mana. Estou morrendo de fome – disse Danny, puxando uma cadeira para mim, agradeci–o e sentei-me. Nós três praticamente devoramos o jantar e a sobremesa, que era sorvete de chocolate.
- Vicky, como você adivinhou que eu gostava de sorvete de chocolate? – Questionei, comendo mais uma colherada do sorvete.
- É o meu também – rimos. Conversamos mais um pouco com ela contamos sobre a música e o festival da universidade. Olhei para o relógio e vi que já eram oito da noite, já estava tarde.
- Gente, eu preciso ir. Já incomodei vocês demais por hoje. – Falei sorrindo enquanto carregava até a pia a taça onde comia o sorvete.
- Own, , não foi incômodo nenhum, e deixe essa taça aí que o Danny lava depois. – Vicky disse, rindo da cara de indignação que Daniel fez. Não consegui me conter e ri junto.
- , eu te levo. Espere só um pouco que eu vou buscar a chave do carro lá no quarto.
- Ok, Danny. - Assim que ele retornou, despedi-me de Vicky e saímos para o carro. Diferente do que ocorreu na ida, nós dois tagarelamos animadamente o caminho inteiro sobre a canção.
- Bem, chegamos. – Danny estacionava em frente a minha casa.
- Obrigada por me trazer, Danny. Até amanhã na faculdade. – Quando estava saindo do carro, senti seu toque no meu braço e me virei para ele.
- , você aceita jantar comigo amanhã? – Perguntou-me, visivelmente nervoso.
- Er... não sei, Danny. Tenho ver se posso. – Falei, também nervosa. Não sei se seria certo sair com ele; eu queria, mas ao mesmo tempo temia.
- Ah – disse desapontado. – Pense e amanhã você me responde, ok?
- Ok! Na aula eu te digo. Boa noite – sorri sincera e um pouco nervosa. Acenei para ele já fora do carro e o vi arrancar com o mesmo de volta para sua casa. Entrei e fui direto para o meu quarto tomar um banho e dormir. Já dentro do banheiro, fiquei alguns minutos me olhando no espelho assimilando tudo o que tinha acontecido hoje. Primeiro, Danny Jones e eu faremos uma música juntos; segundo, eu fui à casa dele, ao quarto dele; e, terceiro, ele me chamou para sair. Danny Jones me chamou para sair! E por que eu disse 'talvez'? Medo? Não pode ser medo, deve ser... Desisti de tentar entender a mim mesma, larguei a toalha no balcão do banheiro, liguei o chuveiro e esperei a água quentinha me relaxar e acalmar meu coração para poder pensar melhor sobre isso. Terminei meu banho, vesti uma blusa e um shortinho rosa claro, estendi a toalha e caí na cama. Olhei o relógio, que marcava dez e meia, e, apesar de dormir mais tarde do que isso frequentemente, eu já estava com muito sono. Desliguei a luz do quarto e me aconcheguei no cobertor a fim de dormir, o que não demorou muito, eu confesso. Acordei cedo no outro dia e fui me arrumar para mais uma manhã na faculdade. Lembrei-me de Danny e da sua proposta. Adoraria jantar com ele, mas ao mesmo tempo temia que isso atrapalhasse nosso trabalho. Tomei banho e me arrumei rápido. Desci para organizar o café para mim e meu irmão. Tomamos café juntos, mas ele saiu um pouco antes de mim. Subi para escovar os dentes e passar uma maquiagem leve. Desci alguns minutos depois, já com o material em mãos e a chave do carro. Fechei a porta da minha casa e entrei no carro, indo em direção à faculdade. Cheguei quase em cima da hora na sala, mas o professor ainda não havia chegado. Entrei e logo avistei minhas amigas tagarelando como sempre já nos seus assentos. Andei um pouco mais e pude ver Danny sentado no seu lugar conversando animadamente com Tom, Dougie e Harry. Sorri quando ele olhou para mim e sentei-me junto com as minhas amigas. Como estava de costas, não percebi que Danny vinha em minha direção, até ver cochichar no ouvido da com um olhar significativo pra mim. Virei-me e ele estava a poucos metros de mim, com um lindo sorriso no rosto. Precisa dizer que eu me derreti por completo? Acho que não!
- Oi, ! Bom dia, meninas – cumprimentou educadamente – E aí, pensou na minha proposta? Estou esperando sua resposta, tá?! – Completou com um sorriso maroto no rosto e saiu de lá depois de depositar um beijo na minha bochecha esquerda, o que me fez corar. Sorri e vi-o se afastar. Virei-me ainda meio boba, percebi as caras de "hã" das três garotas a minha frente e ri um pouco.
- Que proposta é essa, hein, dona ? – Perguntou , sentando-se ao meu lado.
- Pode ir falando, mocinha – disse meio autoritária. Acho que ela aprendeu com o Harry.
-Ah, gente, é que ontem ele foi me deixar em casa depois de termos passado a tarde toda na casa dele compondo parte da música do trabalho de composição. Daí ele me chamou para jantar hoje. - Percebi os sorrisos das minhas amigas se abrindo mais a cada parte que eu contava. – Daí eu respondi que precisava ver se podia.
- O quê? - Gritou , assustando a todos que estavam na sala. Sorriu sem graça e pediu desculpas, voltando a falar num tom baixo. – Por que você não disse que sim? Ah, se fosse eu, teria dito sim sem pestanejar... Ai, se o Tom me convidasse – continuou ela suspirando, deixando-nos surpresas. Desde quando ela gostava do Tom dessa forma?
- Desde quando você gosta do Tom desse jeito? – Perguntei ainda surpresa.
- Nem vem tentando mudar de assunto. Explique você por que não aceitou o convite do Dannyzinho para jantar. – Disse ela, esquivando-se da pergunta.
- Sei lá, meninas. Fiquei com medo. Até ontem nós mal dizíamos 'oi' e agora ele me chama para sair, justo quando estamos trabalhando juntos. – Falei meio insegura. Eu queria jantar com ele, mas não queria me arriscar e pôr tudo a perder.
- Mas, , não vai acontecer nada de ruim. O Daniel é um cara super gente boa e vocês podem aproveitar esse jantar para se conhecerem melhor. Isso pode ajudar até na composição da canção. – Disse , segurando uma das minhas mãos.
- Está vendo, amiga. Não há com o que se preocupar – disse , mexendo nos meus cabelos. – Vai ser maravilhoso o seu jantar com Danny Jones. – Terminou, sorrindo sincera.
- Quer saber, eu vou! Não tenho nada a perder, e ele é um cara legal e divertido. Eu vou sim. – Decidi-me. Ouvi uns "é isso aí" por parte das meninas antes de ver o professor de Harmonia adentrar a sala para começar sua aula. Acomodei-me na cadeira e olhei para trás, percebendo que Danny olhava na minha direção. Sorri tímida e virei-me para prestar atenção na aula. Assim que ela acabou, chamei-o para conversar e lhe disse que jantaria com ele essa noite.
- Pensou em alguma coisa para a canção? – Perguntei enquanto saíamos da sala. Nossos amigos já tinham saído para nos dar privacidade, segundo .
- Sim. Durante a aula tive umas ideias para a melodia. O que você acha de juntarmos um pouco de musica clássica com rock leve? – Parei um pouco e sorri. Era a chance que eu e as meninas tínhamos de tocar, da forma que mais gostamos, uma composição de uma de nós.
- Claro! Eu amo mesclar clássico e rock. Dá um ar especial para a canção. Eu e as meninas sempre quisemos montar uma banda com essa característica. Eu te disse isso? – Perguntei, sorridente e confusa. Eu tinha dito? Ah, que importa agora, né?!
- Disse sim. E foi por essa razão que eu achei que ficava legal. Eu pensei em juntar os guys e as suas amigas para tocar para a gente.
- Wow, concordo plenamente. Vai ficar perfeito assim. Vocês tocam o rock e nós o clássico. Que tal?! – Falei, piscando para ele com a boca meio aberta. Ele sorriu abertamente, o que me fez sorrir junto. Chegamos ao estacionamento e encontramos nossos amigos tagarelando como sempre, mas a forma como estavam juntos estava diferente. A e o Judd continuavam iguais a todos os dias, ou seja, juntos. A e o Tom estavam de mãos dadas, algo incomum para eles, mesmo sendo vizinhos e amigos. O Dougie abraçava a por trás e recostava seu queixo sobre o ombro dela, enquanto ela acariciava as mãos dele sobre seu abdômen. Olhei para Danny, que sorriu. Acho que ele também percebeu. Aproximamo-nos mais e eles desviaram o olhar para nós dois.
- Novos casais? - Danny perguntou sorridente, cumprimentando a todos. Percebi que Tom e coraram e soltaram as mãos. Já e Dougie sorriram feito duas crianças quando ganham um doce.
- Creio que sim. – Poynter se pronunciou e logo depositou um beijinho no ombro de . Ela sorriu para disfarçar que estava quase morrendo de felicidade por dentro.
- Hum, e quando isso começou hein? – Perguntei, indignada. Como ela não me conta nada. Que amiga você, hein, Dona ?!
- Ah, foi ontem, mas os detalhes eu digo depois. – Respondeu sorridente e dando um beijinho no rosto de Dougie, que fez uma cara estranha quando ela disse que contava os detalhes para nós depois. – Bendita música! – Terminou ela, olhando para ele, que concordou com a cabeça e deu um selinho na menina. Sorri feliz pela . Finalmente o Poynter tinha notado que ela gostava dele. E parece-me que ele também.
- Bem, eu preciso ir, gente. Tenho que organizar umas coisas antes do jantar. Beijos para quem fica. Até mais, Danny – despedi-me, olhando no fundo dos seus olhos azuis.
- Se você quiser eu posso te levar para casa, . Não vou ficar aqui de vela. – Ele sorria enquanto apontava para os três casais à nossa frente.
- Mas eu e a não somos um casal, Danny. - Tom com um meio sorriso tentou desconversar. Sempre sorria assim quando estava nervoso. O que me intrigava nesse momento era o porquê de todo esse nervosismo. Olhei para e pude perceber em seu rosto um sorriso triste.
- Ah, Tom, mas eu também já vou indo. Estou cansada e ainda temos a música para compor mais tarde. Vou descansar antes. – Disse ela, pegando suas coisas e indo abraçar as meninas e seus namorados, despedindo–se deles.
- Eu vou com você, então. Já que o Danny já vai e eu também estou super cansado... – disse ele, bocejando. Repetiu o ato de : pegou sua mochila e despediu-se dos outros quatro. Quando veio me abraçar, eu sussurrei algo em seu ouvido. Creio que ela precisava ouvir.
- Aproveite essa oportunidade, amiga! Vá ser feliz... – sorri e dei-lhe um beijo na bochecha. Ela sorriu.
- Você também. Seja feliz com o sardento aí – disse baixinho, já que estávamos próximas de Danny.
- Vamos ver no que vai dar, né?! – Sorri e me despedi de Tom. Os vi saindo e sorri. Eles formavam um casal bonitinho até, não... Eles ficavam lindos juntos. Virei-me para Danny.
- Danny, eu até deixaria você me levar, mas vim de carro hoje. Então... – coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha e sorri sem jeito, mostrando as chaves. Ele riu e concordou com a cabeça.
- Deixe para outro dia então.
- Agora eu vou mesmo, gente. Parabéns ao novo casal e para o antigo também. - Sorri enquanto abraçava-os.
- Tchau, Danny. Até às sete. – Disse, abraçando–o.
- Até às sete, . – Ele me abraçou um pouco mais apertado do que costumava fazer e depositou um beijo demorado na minha bochecha. Devo ter corado mais uma vez. Não consegui evitar mais um sorriso e fui em direção ao meu carro. Entrei, acenei para eles e deixei o estacionamento da faculdade em direção à minha casa, pensando em como seria este jantar com Daniel. Cheguei em casa faminta, devo ressaltar. Tomei um banho, almocei e subi para o meu quarto. Sentei-me em frente ao piano para repassar a melodia de canção que tínhamos escrito na casa de Danny. Em meio às notas que tocava, lembrei-me de Danny, da sua risada, das suas piadas sem graça, dos seus olhos, do seu jeito, do que a sua presença me causava. Ultimamente, eu pensava bastante nele. Eu nunca tinha parado para conhecê-lo bem, mas agora é tudo sobre o Danny, nas minhas conversas, na faculdade, na minha cabeça...
- It's all about you, Daniel Jones – pronunciei, soltando um suspiro, e encostei minha cabeça no piano. Fiquei alguns segundos naquela posição, até ver o caderno ao meu lado com as duas estrofes da canção. Li cada uma delas e percebi como a frase que acabara de pronunciar se encaixava perfeitamente com as que estavam escritas ali. Comecei a tocar a melodia no piano, cantei as duas estrofes e daí comecei o refrão que me veio a cabeça.
It's all about you.
I'ts all about you
It's all about you
It's all about... You!
- Será que o Danny vai gostar? Espero que sim. Vou escrever aqui e mostrar para ele amanhã à tarde. - Fechei o piano e guardei o caderno na escrivaninha do meu quarto. Olhei o relógio e marcava duas e meia da tarde. Deitei-me na cama e descansei. Teria que acordar antes das seis para escolher o vestido e organizar o jantar do meu irmão, que voltaria do trabalho mais tarde hoje. Peguei no sono facilmente. Acordei às cinco horas, lavei o rosto e desci para fazer o jantar do meu irmão. Deixei umas coisas cozinhando e subi rapidamente para escolher o vestido. Coloquei todos em cima da cama e analisei cada um. Optei por este vestido. Guardei os outros no guarda-roupas e desci para terminar o jantar. Terminado o jantar, subi novamente para o meu quarto e vi que o relógio marcava cinco e meia. Liguei para e perguntei se ela poderia dar um jeito no meu cabelo. Ele me disse que chegava em vinte minutos. Fui para o banho e dez minutos depois estava de roupão na sala, esperando minha amiga, que chegou antes do que tinha marcado, e começou seu trabalho. Ela escovou meus cabelos ondulados e fez um lindo penteado. Simples e lindo. Agradeci e acompanhei–a até a porta. Vi que já eram seis e meia. Apressei-me na arrumação, pois o Danny era realmente pontual. Fiz uma maquiagem leve, porém elegante, vesti o tal vestido e calcei uma sandália meio prata marfim. Perfumei-me, peguei meu celular, coloquei dentro da bolsa e desci do quarto. Escrevi um bilhete para o meu irmão e fixei na porta da geladeira. Sentei-me no sofá e, três minutos depois, o carro de Danny apita, avisando que já havia chegado. Olhei–me no espelho uma última vez antes de abrir a porta e encontrar Danny na minha porta. Ele estava perfeito, devo dizer.
- Você está linda, . – Falou ele, analisando-me e me fazendo corar, como sempre. Parece que ele tem o dom de me deixar sem graça.
- Você também está muito bonito, Danny, ainda mais com esses óculos escuros às sete horas da noite – sorri divertida, ótimo jeito de esconder a vergonha que sentia pelo elogio. Apesar de ser estranho o fato de ele estar usando óculos de sol à noite, ele ficava ainda mais charmoso com eles.
- Hum, é que... – Ele tentava dar uma explicação enquanto passava as mãos nos cabelos, colocando-os para trás.
- Relaxe, Danny, não precisa explicar nada! – Ri do nervosismo do garoto, que retirou os óculos revelando seus belos olhos azuis. Tranquei a porta atrás de mim e nos dirigimos para o carro dele. Partimos em direção a um restaurante no centro da cidade. Assim que chegamos, um manobrista se aproximou do carro para abrir a minha porta, mas Danny não permitiu. Desceu do carro e entregou as chaves a ele, ao mesmo tempo em que recebia um cartão que informava o nome do manobrista e o número da vaga do estacionamento onde ficaria o carro. Agradeceu e foi abrir a porta para que eu saísse. Ele me estendeu sua mão, fazendo uma reverência engraçada, segurei-a rindo. Senti um arrepio leve e uma sensação boa tomou conta do meu corpo quando nossas mãos se encostaram. Ele me conduziu até a porta de entrada do restaurante e um homem alto com um uniforme verde escuro nos levou até uma mesa de dois lugares perto da janela que nos permitia ver a lua. O garoto puxou a cadeira para que eu me sentasse, agradeci sorrindo e ele retribui o sorriso enquanto se sentava a minha frente. Um garçom nos entregou dois cardápios verdes e se retirou. Abri o que estava mais perto de mim e comecei a analisá-lo.
- Então, o que vai querer? – Ouvi Danny perguntar e abaixei o cardápio para respondê-lo, mas meu olhar encontrou o seu. Fiquei completamente hipnotizada, não conseguia parar de olhá-lo nem um segundo, ele estava muito lindo com aquele terno preto, gravatinha borboleta e os cabelos penteados para trás. Pisquei algumas vezes, quebrando nosso contato visual e voltei minha atenção ao cardápio, extremamente corada. Optei por um talharim com molho branco, e ele também. Fizemos nossos pedidos ao garçom, que anotou, e, alguns minutos depois, retornou com as bebidas. Tomei um gole da minha coca com gelo e limão, tentando ao máximo evitar olhar o garoto sentado a minha frente. Reparei melhor no lugar em que estávamos, era um restaurante bem elegante. Paredes na cor creme com texturas em alto relevo, as mesas arrumadas com algumas velas em castiçais brancos e flores, também na cor branca, que destacavam a toalha prata. Não tinham muitas pessoas, o que me deixou um pouco intrigada, um restaurante como aquele deveria ser mais frequentado... Lembrei-me de que ainda era terça e o movimento não deveria ser muito em dia de semana, sorri sem perceber.
- O que achou do lugar, ? – Ele quebrou o silêncio entre nós.
- Achei lindo! Não conhecia esse restaurante ainda. Bom, o lugar é ótimo, agora a comida já não sei... – tentei fazer uma brincadeira para descontrair um pouco.
- Nem posso dizer se é boa ou não, nunca comi aqui também, é a primeira vez. – Ele fez uma careta e eu ri abertamente, um casal que se encontrava na mesa ao lado nos olhou com cara feia. Passei as mãos pelos cabelos meio sem graça e o Danny só riu ainda mais. Já disse que ele fica uma graça rindo? Não? Ele fica muito fofo rindo desse jeito!
- Danny, pare! As pessoas já estão olhando para cá. – Pedi a ele que parasse de rir alto daquele jeito, segurando-me para não acompanhá-lo.
- Desculpa, mas você fez uma cara tão engraçada quando ficou sem graça que eu não me aguentei! – Rimos mais um pouco, só que dessa vez baixo para não incomodar ninguém. Eu ia retrucar alguma coisa, mas fui interrompida pelo garçom com os nossos pedidos, agradecemos a ele e fomos comer. Não sei o Danny, mas eu estava morrendo de fome. Dei minha primeira garfada e senti um gosto horrível em minha boca, fiz uma careta imediata e olhei para Danny, que também fazia uma cara de nojo.
- Dude, o que é isso? Esse treco está horrível! – Ele se pronunciou, limpando a boca com um guardanapo e tomando uma boa quantidade da sua bebida, fiz o mesmo.
- Realmente, até o meu irmão faz um macarrão melhor do que esse! – Disse, empurrando o prato para longe de mim enquanto ele fazia o mesmo.
- Vamos embora daqui? – Suplicou, levantei sem hesitar. Ele tirou uma quantia em dinheiro do bolso e jogou na mesa, abri minha bolsa para pagar a minha parte, mas Daniel não deixou, guardou minha carteira de volta na bolsa e a fechou. Acompanhei-o para fora do restaurante. Pegamos seu carro no estacionamento e saímos daquele lugar o mais rápido possível. Agora está explicado por que não tinha muita gente! Dentro do carro fazíamos piadas do restaurante e ríamos abobalhadamente do que acabara de acontecer. Notei que não sabia para onde estávamos indo.
- Aonde vamos agora?
- Não sei... Quer comer alguma coisa? Ainda estou com fome. – Ele passou a mão na barriga. – Só que dessa vez vamos a algum lugar que já conhecemos, ok? – Completou rindo. Acenei afirmativamente com a cabeça, também rindo.
- Danny, já comeu o cachorro-quente daquela barraquinha de um senhor que fica no parque perto da faculdade? – Perguntei animada, adorava cachorro-quente, e aquele era o melhor que já havia comido.
- Tem uma barraca de cachorro-quente lá? Nem sabia. – Esse é o Danny desligado de sempre. Er, Jones...
- Tem sim, e é uma delícia! Vamos lá? Também estou com fome ainda! – Fiz um bico na tentativa de parecer fofa e passei a mão na barriga assim como ele havia feito alguns minutos atrás.
- Ok, ok. Você venceu, , vamos comer cachorro-quente no parque então. (n/a da Vicky: que sonho, comendo cachorro quente no parque com o Danny, só pra quem pode haha. n/a da Cinthy: Essa That é uma sortuda mesmo né?!).
Seguimos até a praça perto da faculdade. Ele estacionou a alguns metros da barraca. Fomos seguindo lado a lado em direção a ela, conversávamos como se fôssemos amigos há muito tempo, Danny me fazia bem. Com ele ao meu lado, esquecia tudo a minha volta, só existíamos eu e ele no mundo. Acordei de meus pensamentos quando senti a mão dele encostar-se à minha, ele entrelaçou-as e me olhou com um sorriso maravilhoso no rosto, retribuí um pouco tímida e senti minhas bochechas queimarem enquanto colocava uma mecha de cabelo atrás da orelha. Chegamos até a barraca vermelha e um senhor muito simpático de avental sujo veio nos atender. Já nos conhecíamos, pois vou muito lá com as meninas quando queremos comer alguma besteira. Apresentei Danny a ele, fizemos nossos pedidos, que ficaram prontos sem muita demora. Caminhamos até um banco vazio do parque que estava iluminado por apenas um poste fraco de luz. Sentamo-nos para devorar nossas refeições, e bote devorar nisso! O Danny praticamente engoliu o cachorro-quente, coitado, deveria estar com fome. Olhei em minhas mãos e vi o meu lanche inteiro ainda, só com algumas mordidinhas, ri escandalosamente e ele me olhou com uma cara de 'que foi?' digna de uma foto, só me fez rir mais.
- Nossa, você já acabou e ainda estou no começo, me ensina a comer rápido assim? – Perguntei divertida e foi a vez dele rir muito. Ele pegou o cachorro-quente da minha mão e deu uma enorme mordida, quase acabando com ele inteiro. Fiz uma cara de indignada e soltei um "DANNY!".
- E é assim que se come rápido! – Ele falou rindo e com a boca cheia. Até falando de boca cheia ele ficava fofo. Ai, , acorda! Coloquei um dedo na mostarda do meu cachorro-quente e depois passei em seu nariz, ele cerrou olhos e fez uma cara de bravo, não deu muito certo, dava pra ver que ele estava louco para rir. Passei mais mostarda no dedo e lambuzei seu nariz. Ele falou alguma coisa do tipo 'vou contar até três' entre dentes. Nem prestei atenção, simplesmente levantei, tirei minhas sandálias de salto e saí correndo sem rumo no meio do parque com elas na mão. Olhei para trás e pude vê-lo vindo em minha direção, limpando o nariz. Voltei minha atenção para frente e não tinha mais para onde ir, escondi-me atrás de uma árvore. Ideia idiota, eu sei, mas fazer quê? Não tinha para onde ir. Espiei do lado direito da árvore para vê-lo, mas não o achei. Franzi a testa e saí de trás da arvore, ficando a sua frente agora. Gritei por Danny, mas ele não apareceu, comecei a ficar assustada. Andei para trás me encostando na árvore. Chamei seu nome mais uma vez, só que agora foi um grito desesperado. Senti algo tocar minha mão e me virei imediatamente para o local, em um movimento muito rápido, já estava com as costas coladas na árvore e um Daniel olhava fixamente em meus olhos. Ele colocou uma mão de cada lado do meu corpo e foi se aproximando devagar. Nossos rostos estavam muito próximos e nossas bocas quase se encostavam. Pela segunda vez naquele dia aquela sensação boa tomou conta de mim. Seu perfume gostoso tomou conta do lugar e nada mais importava. Só existíamos eu e ele no mundo. Senti seu hálito quente bater em meu rosto e um arrepio passou pelo meu corpo como uma corrente elétrica. Olhei mais fundo naqueles penetrantes olhos que não deixaram os meus por nem um milésimo, podia ver naquele olhar que ele gostava de mim. E eu? Acho que estava me apaixonando por Daniel Jones.
- It's all about you, Daniel Jones... – Sussurrei baixo, mas em um tom que ele pudesse ouvir. Ele sorriu abertamente e acabou com a distância, selando nossos lábios. Logo aquele selinho se transformou em um beijo delicado, que foi se aprofundando cada vez mais. Quando dei por mim, estava com os braços no pescoço de Danny e ele me abraçava fortemente pela cintura. Sorri sem perceber durante o beijo e ele fez o mesmo. Dei uma mordidinha de leve em seu lábio inferior para finalizar o beijo e afastei-me um pouco dele, ainda de olhos fechados. Abri os olhos devagar e vi um Danny com cara de bobo apaixonado sorrindo abertamente para mim. Eu deveria estar com a mesma cara, não sei explicar o que estava sentindo naquele momento, mas estava ótima, melhor impossível!
Andamos mais um pouco abraçados pelo parque e, de vez em quando, trocávamos alguns beijos. Ele me levou de carro até em casa e foi muito difícil me despedir dele. Acho que enrolamos uma hora entre beijos e abraços. Entrei em casa me sentindo nas nuvens. Vi que meu irmão estava dormindo no sofá com a TV ligada, desliguei-a e fui tomar um banho, já que havia corrido pelo parque, cantarolando algumas músicas de amor. Coloquei meu pijama e me acomodei em minha cama. As cenas de alguns minutos atrás passavam em minha mente como se fosse um filme romântico. Gargalhei sozinha e, sem perceber, adormeci pensando no Danny.
Acordei cedo e muito feliz naquela manhã de quarta. Fiz minha higiene matinal, preparei um café caprichado para mim e meu irmão, que fez alguns comentários do tipo 'saia mais com esse cara!', ou então 'pelo visto a noite foi boa!'. Mas eu nem ligava, ainda estava perdida naqueles olhos azuis que não deixavam a minha mente. Arrumei tudo na cozinha, coloquei uma roupa simples, mas bonita, peguei meu material e fui de carro para a faculdade. Mal cheguei à classe e fui bombardeada de perguntas pelas minhas amigas. Já ia começar a responder, mas senti falta de alguém.
- Cadê a ? – Perguntei para as quatro pessoas que estavam a minha frente.
- Ela ainda não chegou, não consigo falar com ela desde ontem! – disse em um ar preocupado enquanto abraçava Dougie de lado.
- O Tom também não chegou. – Foi a vez de Harry se pronunciar.
- Olha ali! – fez uma cara maliciosa e apontou para os dois, que entravam na sala abraçados e rindo sem parar.
- Não me diga que finalmente o Tom tomou uma atitude... – Dougie tirou sarro do amigo, que estava vermelho diante dos outros.
- Sim, estamos namorando! – revelou toda feliz e deu um selinho demorado no namorado. As amigas gritaram um 'aaaaaaah, que fofos' juntas e foram abraçar a amiga e dar os parabéns pela novidade.
- E você e o Danny, ... O que deu? – Perguntou-me quando saiu dos abraços sufocantes.
- Ai, meninas... nem sei por onde começar. – Fiz uma cara desanimada, tentando disfarçar a empolgação.
- Nossa, foi tão ruim assim? – Falou , vindo me abraçar, acho que minha cara funcionou, vou trocar a carreira de música pela de atriz.
- Pelo contrário! – Disse pensativa, apoiando-me na cadeira. Todos se aproximaram e comecei a contar o que tinha acontecido ontem à noite. Caímos na risada quando contei que o Danny tinha ido me buscar de óculos escuros.
- Mas por que ele estava de óculos escuros às sete horas da noite? – Perguntou , que estava sentada no colo de Dougie.
- É o Danny, amor, é impossível saber o que se passa naquela cabeça. – Ele respondeu a namorada, acariciando seus cabelos, todos concordaram rindo do que ele dissera.
Estava quase chegando à parte do beijo quando meu olhar encontrou o dele na entrada da sala. Parei de falar na mesma hora, simplesmente congelei. Tom gritou um 'continua logo!' e me assustei. Desviei o olhar para todos que me encaravam apreensivos. fez um aceno de cabeça apontado para Danny, que vinha em nossa direção, e todos entenderam o recado. Amo a minha amiga, ela sempre me salva. Todos foram se sentar mais a frente, deixando apenas Daniel eu no fundo da sala.
- Oi, ! – Ele disse sorrindo enquanto se aproximava de mim devagar.
- Hey, Danny! – Rebati divertida, também me aproximando dele. O garoto envolveu minha cintura com suas mãos e eu coloquei os braços em volta do seu pescoço.
- Adorei a noite de ontem, foi muito legal, tirando a parte do restaurante... – Danny fez uma careta e logo sorriu abertamente. Sussurrei em seu ouvido que também havia gostado da noite passada, principalmente da parte do parque. Entreolhamo-nos novamente e, como um ímã, nossas bocas foram se aproximando. Ouvimos o professor anunciar sua entrada com um "Bom dia turma!" e nos separamos imediatamente. Passamos a aula toda trocando olhares e sorrisos, de vez em quando e nos olhavam e riam. Quase no final da aula, recebi um bilhete de Danny:
'Encontre-me no parque hoje, depois da aula? Tenho uma coisa para te mostrar.
XOXO, Danny'
Sorri involuntariamente ao terminar de ler e olhei para ele, trocamos mais um sorriso e voltei minha atenção para o professor. O resto das aulas foi normal, mais olhares, mais sorrisos, piadinhas da parte de nossos amigos... Mas eles tinham que ficar quietinhos, ok? Estavam todos namorando ali, até a e o Tom estavam juntos!
No final da aula, despedi-me de meus amigos e fui rumo ao parque para me encontrar com Danny. Procurei um pouco e logo o achei, o parque não era muito frequentado, então foi fácil encontrá-lo. Ele estava sentando em um banco com um violão e um papel em mãos. Aproximei-me dele e o cumprimentei com um beijo demorado na bochecha, sentei-me ao seu lado e ele me entregou a folha que segurava.
- Terminei ontem à noite, não consegui dormir pensando em você, no nosso beijo... Espero que goste. It's all about you, ! – Ele disse sorrindo enquanto começava a dedilhar algumas notas no violão. Não pude deixar de sorrir também e fechei os olhos quando ele começou a cantar, sua voz era magnífica! (n/a: pode colocar a canção.)
It's all about you (it's all about you)
É tudo sobre você (É tudo sobre você) It's all about you baby (it's all about)
É tudo sobre você, baby (É tudo sobre) It's all about you (it's all about you)
É tudo sobre você (É tudo sobre você) It's all about you...
É tudo sobre você... Yesterday you asked me
Ontem você me perguntou Something I thought you knew
Algo que pensei que você sabia So I told you with a smile
Então te disse com um sorriso "It's all about you"
"É tudo sobre você"
Then you whispered in my ear
Então você sussurrou em meu ouvido And you told me too
E me disse também: Said you make my life worthwhile
Você faz minha vida valer à pena It's all about you
É tudo sobre você And I would answer all your wishes
E eu atenderia todos seus desejos If you asked me too
Se você me pedisse But if you deny me one of your kisses
Mas se você me negar um dos seus beijos Don't know what I'd do
Não sei o que eu faria
So hold me close and
Então me abrace forte Say three words like you used to do
E diga três palavras como você costumava fazer Dancing on the kitchen tiles
Dançando nos azulejos da cozinha It's all about you, yeah
É tudo sobre você, yeah
And I would answer all your wishes
E eu atenderia todos seus desejos If you asked me too
Se você me pedisse But if you deny me one of your kisses
Mas se você me negar um dos seus beijos Don't know what I'd do
Não sei o que eu faria
So hold me close and
Então me abrace forte Say three words like you used to do
E diga três palavras como você costumava fazer Dancing on the kitchen tiles
Dançando nos azulejos da cozinha Yes you made my life worthwhile
Sim, você faz minha vida valer à pena So I told you with a smile
Então eu te disse com um sorriso
It's all about you
É tudo sobre você
It's all about you (it's all about you)
É tudo sobre você (É tudo sobre você It's all about you baby (it's all about)
É tudo sobre você, baby (é tudo sobre) It's all about you (it's all about you)
É tudo sobre você (É tudo sobre você) It's all about ... You
É tudo sobre... Você.
Assim que ele cantou a última frase, abri meus olhos e senti uma lágrima molhar meu rosto. Danny a enxugou com o dedão e acariciou meu rosto de leve. Segurei sua mão e dei um leve beijo na mesma. Sorrimos juntos e então ele me beijou. O mesmo beijo doce e delicado de ontem, só que dessa vez parecia mais apaixonado. Não pude evitar que algumas lágrimas de felicidade rolassem durante o beijo. Separamos o beijo sorrindo.
- Era para essa música ser nossa, Daniel. Você escreveu a maior parte sozinho – falei sorrindo e reclamando. Ele fez o trabalho sozinho. Senti-me uma folgada agora.
- Mas ela é nossa, . É sobre nós; sobre o que nós sentimos um pelo outro. - Sorri ainda mais. Como o Danny era tão fofo e eu não havia percebido isso? Beijei os seus lábios doces e rosados enquanto ele segurava o violão em seu colo. Durante o beijo, lembrei-me da noite de ontem e da pergunta que fazia a mim mesma. Estaria eu apaixonada por Danny? Agora eu tinha a resposta. Sim, estava completamente apaixonada por Daniel Jones. Mal podia acreditar eu que me apaixonaria por ele; Há dois dias éramos amigos muito distantes e hoje estávamos praticamente namorando. Alguns podem dizer que foi rápido demais e que estamos agindo por impulso, mas eu queria tentar e ele também. Parti o beijo e olhei no fundo daqueles olhos azuis hipnotizantes e sussurrei baixinho...
- Você errou, Danny Jones. A canção não é sobre mim ou sobre você... It's all about love.
The End
N/A: Heeeeey pessoas bonitas! Estamos aqui para dedicar essa fic para a Thaís Pereira! Amiga, escrevemos ela especialmente pra você com muito carinho, cada palavra escrita foi de coração. Só momentos felizes e fofos com o Danny, como nos foi pedido haha! Gostáriamos de te desejar um feliz aniversário, que você seja muito feliz e que todos os seus sonhos se realizem (principalmente de 'ficar' com o Danny! Haha[que o Matheus não leia isso kkk]). É isso aí, tudo de bom pra ti That, você merece! Ah, obrigada por fazer a capa da sua própria fic kkkkkkkkk. Queríamos agradecer a P. também! Obrigada por todo o apoio aí linda, sem você essa fic não sairia nunca UDIHIRUHIUDRHRUIDHUHUDR (pelo menos pela parte da Vicky não \\o) também não podemos deixar de falar que ela foi nosso pombo correio, tadinha! :\ Agradecemos também a Cami por betar a fic e agüentar a Cinthy no msn kkkkkk, valeu diva! Bom, vamos ficando por aqui, esperamos que tenha gostado!
Beijones, com amor... Tom e Jerry !!!!!
N/B: E eu agradeço a essas duas autoras lindas e compreensivas que não me mataram pela fic não ter entrado no dia do aniversário da Thaís ): UAHUAHUHA Parabéns, xu.
Se encontrarem qualquer erro, por favor, me mandem um e-mail? (camila.ov@hotmail.com) Cami, xx