Keep Calm 2
Another Chance to Enjoy the Moment
autora: Lais Medeiros || beta: Paah Souza.


- Me lembrem de agradecer ao Travis quando chegarmos em terra. Califórnia era tudo que eu queria agora. - John disse lendo enquanto lia os emails dele. Estávamos indo para a Califórnia naquele momento. Iríamos substituir o We The Kings na Bamboozle daquele ano e estávamos muito animados. Perdão, eu disse estávamos? Errei o verbo. Estavam muito animados. Eu não estava. O motivo era simples: havia esquecido meu óculos de sol em casa e, bom, a Primavera não ajudava muito. - Ou melhor, vou agradecer agora mesmo.
Tirei o iPhone do bolso para observar aquilo com meus próprios olhos. "johmaine @travisrclark mais tarde te mando uma foto do show e do meu novo bronzeado." Bom, até onde eu sabia aquilo não era um agradecimento. Talvez na linguagem O'Callaghan. Sem demoras, Travis respondeu: "travisrclark @johmaine aproveite, ano que vem vocês não terão a mesma oportunidade". Pobre John. Enquanto isso, Kenny dormia e fazia barulhos estranhos no sofá em frente no qual eu estava sentado, Pat estava dormindo em um bunk e Jared conversava com Tim, o empresário.
- Garrett, John. - Tim virou-se para nós ao chamar os nossos nomes. - As garotas do Web Site Fan da banda estarão lá. Dêem um pouco de atenção para elas.
Atenção? Aquelas garotas nos queriam mortos. Eu tinha medo delas, tinha medo do que elas poderiam fazer comigo e com as minhas roupas. E Tim pede para darmos um pouco de atenção? Uma coisa é certa com fãs: deu uma mão? Elas querem o braço todo. Deu um braço? Aí, cara, você está perdido. Tim virou-se para trás e olhou através das persianas da janela. - Chegamos. Pat, Kenny! Chegamos!
- Droga, Tim. Mais cinco minutos. - Era quase inaudível, mas consegui ouvir Pat murmurar. O empresário, no entanto, não deu atenção ao irmão e se ocupou em ir conversar com o motorista. - Já estamos na Califórnia? - Pat puxou um pouco a cortina do bunk colocando só sua cabeça para fora.
- Pegue seu casaco e vamos esquiar, Pat! Acabamos de chegar no Alasca! - John se levantou e deu um tapa na perna de Kennedy para que ele levantasse.
- Podemos esquiar no Alasca? - Jared olhou para nós intrigado. Realmente, ele estava certo. Podíamos?
- Galera, chegamos ao pátio da Bamboozle, como vocês já devem ter percebido. Nós vamos estacionar o ônibus junto com os outros e depois faremos o sound check para deixar tudo pronto para o fim da tarde. Entendido? - Concordamos em silêncio com ele e voltamos a sentar para esperar que o veículo fosse estacionado. John olhava pelos cantos da janela, comentando sobre as pessoas que via. Em especial as fãs que mais lhe atraíam.
- Adoro a Califórnia, é oficial. Parece que estou dentro do Blonds in Trucks! - Ele disse se ajeitando para ficar mais confortável. - Loiras, loiras, loiras, loiras, loiras, , loiras, loiras. ?
- Vamos lá, não se esqueçam do combinado. - Tim disse abrindo a porta e saindo por primeiro do ônibus. John correu na frente de todos e saiu por segundo. - John! - Ouvi Tim chamando a atenção dele no lado de fora. - Onde você vai?
- Eu preciso ir ao banheiro! - Ri da desculpa esfarrapada dele. Era claro que John ia atrás das loiras peitudas que ele vira anteriormente. - Por favor.
- Temos banheiro lá no backstage. - A claridade do sol tocou meus olhos fazendo-os arder instantaneamente. Coloquei a mão na altura das sobrancelhas esperando alguma melhora com a sombra. De fato melhorou, mas não o suficiente para deixar de sentir falta dos meus óculos de sol. John colocou as mãos no bolso e o seguiu de cabeça abaixada, assim como todos os outros.
- Você viu quem está aqui? - Ele me disse em voz mais baixa. Balancei a cabeça sem dar muita importância para o que ele falava. A dor de cabeça da começava a me atormentar e impedir minha linha de pensamento. - A .
Sorri para ele, embora não soubesse se aquilo era bom. Desde quando ele lembrava dos nomes das pessoas com quem ele ficava? Não importava agora.
- Toma. - Kenny, que estava mais atrás, me acalcançara e me estendeu o chapéu que eu havia trazido dentro da mala. - Acho que vai precisar disso.
- Valeu. - Coloquei o chapéu na cabeça melhorando um pouco minha situação e continuei o meu caminho.
- After Party confirmada, After Party confirmada. - John cantarolava atrás da gente. Parabéns, cara. Assim, chegamos ao backstage, onde estavam todos os instrumentos e equipamentos sendo posicionados para a montagem no palco. Algumas pessoas andavam para todos os lados procurando por coisas, ajeitando, ligando aparelhos. Todos pareciam muitos ocupados e, nós, apenas cruzamos os braços e esperamos os comandos do Tim.
De qualquer jeito, peguei meu baixo encostado ao suporte e me dirigi ao palco, os outros quatro vieram atrás de mim, exceto por John que fora procurar o violão dele. Violão? Eu tinha a impressão de que vira o instrumento ao lado do meu baixo, mas não tinha tanta certeza assim. De qualquer forma, ele conseguira dar uma escapada mesmo. Kenny já tentava alguns acordes na sua guitarra e Jared já treinava algumas introduções. Pat posicionava as peças da bateria da forma que melhor agradace os braços dele. Só eu não havia começado ainda. Olhei para o baixo já pendurado em mim e tratei de arriscar alguns acordes para analisar aquela qualidade de som. Testei algumas cordas... O som não saía. Testei de novo e de novo. Alguma coisa estava acontecendo. Fui até a caixa de som e pluguei o instrumento em outra. Dedilhei... Nada. Olhei para Kenny horrorizado. Kenny retribuiu o olhar e se aproximou.
- Já tentou em outro amplificador? - Balancei a cabeça e Kenny ia mudando os plugs para ver se funcionava. Enquanto isso, eu ia tentando algumas notas. - Deve ser alguma coisa com o cabo.
- Espero que seja. - Desci as escadas do palco correndo, deixei o baixo no suporte e fui até ônibus pegar o cabo reserva que Tim havia trazido. A porta do ônibus já estava aberta, então apenas subi no automóvel e fui direto aos sofás onde estava a caixa de cabos reserva. Um barulho, entretanto me assustou. Tinha alguém comigo no ônibus. E, definitivamente, não era nada discreto. Aproximei-me devagar dos bunks e o barulho parou. Quando já estava perto o bastante, puxei um pouco a cortina que tapava o interior. Bom, eu já deveria saber. Suspirei fundo e me encostei no outro lado do estreito corredor. - Você não vai fazer o sound check? - Perguntei a John.
- Você não vai dar oi para a ? - Ele rebateu a minha pergunta com outra. colocou a cabeça para fora, deixando mais visível o rosto. Eu já havia visto aquele rosto. Já havia visto sim.
- Não lembra de mim? - Ela perguntou com um sorriso nos lábios. Ela, então, puxou o celular do bolso e ligou para alguém. - Vem aqui no ônibus, agora!
- De qualquer jeito, me desculpa. - John disse abrindo um sorriso que me dizia: "Mas não pude evitar, meus hormônios são mais fortes que eu." - Tive que matar a saudade. Agora, com licença, temos um trabalho para terminar aqui. - Ele disse fechando a cortina. Peguei a caixa de cabos no colo e me virei para a porta, mas outra surpresa me esperava lá. Era a .
- Olá, Garrett! - Ela sorria de forma espontânea para mim. - Faz quase um ano, não é? - Eu não consegui dizer nada. Alguma coisa tinha mudado naquela garota. Ela me parecia bem mais atraente e... - Deixe-me ajudar com essas caixas. - Ela pegou alguns cabos que estavam ali dentro para diminuir o peso que eu carregava e, assim, nós caminhamos até o palco.
- E aí? Como você está? - Puxei conversa, caso contrário me perderia em meus pensamentos e esqueceria totalmente de aproveitar meu tempo com ela.
- Bem, eu e a nos mudamos para a Califórnia faz pouco tempo. Ela conseguiu um emprego aqui e eu estou procurando um novo. - Ela revirou os olhos, como se procurar emprego não fosse uma coisa boa. Exatamente, não é. - Não sabia que vocês iriam tocar aqui na Bamboozle.
- Viemos para substituir o We The Kings... Foi bem em cima da hora. - Eu não estava mais conseguindo me segurar numa hora dessas. Suspirei, parei e a encarei durante alguns instantes. - A gente se vê depois do soundcheck, ok? Me espera lá por perto? - Ela balançou a cabeça concordando. Continuamos nosso caminho conversando sobre as coisas que haviam acontecido desde quando nos conhecemos no último ano. Subi as escadas para testar os cabos enquanto ela ficou me observando lá de baixo. Pluguei os cabos reservas e fui tentando um por um, por sorte tinha alguns que pegava, então o troquei. Assim, Chris Drew se aproximou do palco e ficou observando ao lado dela. Olhei para eles e os vi conversar animadamente. estava mais solta agora, menos tímida e nervosa como de costume. Em seguida, vi John subir o palco correndo e afobado. Ele sorriu para mim e foi pegar o violão.
- Colocou os assuntos em dia? - Ele me perguntou não se referindo, é claro, à conversa que eu e tivemos momentos antes. Aquilo era colocar os assuntos em dia literalmente. Balancei a cabeça negando. - Eu coloquei. - John deu uma gargalhada forte e se afastou para testar o microfone principal. Virei mais uma vez para e Christofer e acenei. Os dois acenaram de novo. - Acenar? - John aproximou-se de novo de mim. - Acenar? É tudo que você faz? Meu querido Garry, você está precisando mesmo colocar os assuntos em dia.
- Vou colocar. - Disse com a certeza que brotou não sei de onde. - Assim que terminarmos isso aqui. - Senti o olhar desafiador de John para cima de mim, olhar que eu não retribui. Eu tinha medo. Medo de tentar algo mais, de arriscar e acabar perdendo tudo. Além do fato de eu não ter nem pensado que eu encontraria de novo. Dessa forma, organizamos tudo que deveríamos, exceto meus pensamentos. Desci as escadas do palco e já estava sozinha.
- Onde está o Drew?
- Teve de resolver uns problemas com equipamentos. - Coloquei meu braço em seus ombros e puxei-a para perto de mim para sentir, novamente, o perfume de seu cabelo invadir meu organismo. Por que eu me sentia assim? Era tão estranho e inexplicável. Meu transe, contudo, foi quebrado pela risada baixa de . Olhei para ela estranhando aquele momento. Ela fechou os olhos fazendo sinal para que eu não ligasse. Mas continuei ainda a encarando, esperando por resposta. - Só não estou acreditando que nós estamos aqui de novo. E, bom, até agora não me deu vontade de vomitar, não me senti tonta ou com pernas de geléia.
- E que geléias, hein? - Falei para a ver ficar nervosa e consegui.
- Cala a boca, seu babaca. - Ela disse em meio a gargalhadas, mas sem se afastar. - Vamos procurar por antes que John a ache, ok?
- Melhor corrermos então. - Completei o pensamento dela. Andamos mais rápido, procurando por todos os lugares possíveis em que ela poderia estar. Achamos a garota numa loja de camisetas de bandas com algumas sacolas nas mãos.
- Vamos escondê-la! Senão, não vai dar nem tempo de pedir o que eu quero. - brincou. ao ouvir aquilo revirou os olhos e nos encarou. - Preciso da chave do seu carro! Só por uns minutinhos... Por favor! - segurou as duas mãos da amiga perto do rosto de fez uma expressão de "tenha misericórdia".
- Ok, mas usem camisinha. - Ela disse tirando as chaves do bolso.
- Não, se transarmos, vou fazer questão de, nove meses depois, parir um filho no banco daquele carro ainda. - pegou as chaves da mão de e me puxou junto com ela até o outro lado do estacionamento, onde o carro se encontrava. Ela abriu a porta do motorista e eu dei a volta no automóvel e entrei no passageiro. Ela já estava girando a chave na ignição quando ouvimos um barulho de batidas no vidro. Olhei para o lado e Pat e Jared estavam abaixados ao lado fazendo sinal para abrirmos a janela.
- Podemos ir com vocês? - Eles sorriram e concordou na hora. Se ela concordou... O que ela estava imaginando fazer?
- Vocês vão ficar muito tempo aí parados ou vão entrar no carro logo? - Jared e Pat na mesma hora abriram a porta traseira do carro e entraram, posicionando-se um em cada lado. - Jared, você pode pegar aquele MP3 jogado ali em cima? - Ela pediu olhando para ele pelo retrovisor e ele obedeceu. Ele pegou o MP3 e a entregou, então conectou-o no radio do carro e imediatamente algumas músicas começaram a tocar. Ela aumentou o volume e continuou dirigindo. Senti Pat, que sentava-se atrás de mim, tocando meu ombro e se aproximando do meu ouvido.
- Onde vamos? - Pat perguntou.
- Não sei. - Respondi. - Afinal, por que vocês vieram?
- Tim pediu que viéssemos para ter certeza de que você não se atrasaria. - Revirei os olhos e olhei para para ver se ela estava prestando atenção em nós. Ela cantava a música olhando para a estrada então respirei aliviado. - Desculpa, mas sabe como é... Seja lá onde estivermos indo, prometemos que ficamos no carro. - Ouvindo aquelas palavras voltei a olhar para frente e prestei atenção no caminho. finalmente estacionou o carro em uma vaga na frente de um prédio, deduzi que fosse o prédio onde ela e moravam.
- Quem sobe comigo? Preciso de ajuda com a caixa térmica. - Olhei para ele para ver se falariam alguma coisa, entretanto não falaram nada. Assim, desci do automóvel e a segui. já me esperava com a porta da portaria aberta para que eu passasse. - Você já deve estar imaginando... Aqui é onde se localiza o nosso cafofo. - Nós subimos as escadas do prédio juntos e, enquanto isso, ela não parava de falar sobre como elas acharam aquele apartamento de última hora e como ela gostava de morar ali apesar de alguns vizinhos idiotas que não a deixava ouvir música num volume muito alto. Foram quatro lances de escada de subimos até conseguir chegar a entrada da moradia.
- A propósito, por que você vai pegar caixa térmica?
- Eu e a estávamos pensando em ir para a praia à noite, beber e jogar conversa fora. Querem ir junto? - Ela sorriu para mim. Balancei a cabeça. - Ela pegou a caixa térmica e deu para eu segurar, enquanto isso foi até o quarto e voltou com dois casacos na mão e óculos de sol no topo da cabeça. Eu, entretanto, coloquei de novo a caixa no chão quando a vi se aproximar. Eu não poderia segurar mais nenhum minuto. Ela sabia o que eu ia fazer. chegou perto de mim com o mesmo olhar que eu lhe dava. Ela colocou as duas mãos nas minhas bochechas e levou meu rosto perto do seu. Ela colocou os lábios nos meus e eu a apertei contra meu corpo. Aos poucos nosso beijo ia ficando mais intenso e eu nem notava tal fato. Minhas pernas nos guiavam até o sofá mais próximo e, então, me curvei, fazendo-a sentar. Sentei-me ao seu lado sem partir o beijo, mas nossos gestos e carícias continuavam avançando.
De repente, se afastou de mim e se sentou na outra ponta do sofá. Olhei para ela querendo saber o motivo daquilo. Por que havíamos parado? Ela deu um sorriso fraco para mim.
- Ainda não é a nossa hora. - Ela sorriu e depois nos entreolhamos confusos. Acho que estávamos pensando a mesma coisa. - Diferente de John e : toda hora é hora deles.
Definitivamente, pensávamos a mesma coisa. Levantamos e arrumamos a nossas roupas que haviam começado a ficar amarrotadas. Ela ainda me deu um rápido beijo e me pediu desculpas. Por mim, ela não tinha que pedir desculpas por nada. Peguei a caixa no chão e pegou os casacos que deixou cair quando nos beijávamos e deixamos o apartamento. Descemos as escadas em silêncio, mas ambos extasiados com o que acabara de acontecer. Entramos no carro e voltou a dirigir, prestando atenção na estrada e cantando as músicas que tocavam. Mais uma vez, senti o toque de Pat nos ombros.
- E aí, garanhão? - Ele perguntou com um tom de voz debochado. Nossa próxima parada foi numa loja de conveniência para comprar bebidas e gelo. Dessa vez, todos os três saímos do carro e a acompanhamos. Cada um de nós ficou responsável por uma parte dos produtos que compraríamos e nos encontraríamos no caixa logo após isso. Fizemos de acordo com o combinado. Não deixamos que pagasse sozinha e fizemos uma vaquinha com o dinheiro que tínhamos nos bolsos. Voltamos para o carro e, assim, para o local dos shows.
- Bom é melhor tirarmos a caixa do carro. O gelo vai acabar derretendo durante a tarde. - disse quando desligou o carro e desembarcou. Eu e Jared pegamos a caixa e a levamos para o lado do ônibus da banda onde, provavelmente, ficaria na sombra e salva de qualquer pessoa. Jared e Pat, então, nos deixaram sozinhos.
As horas passaram rápido depois disso. Eu e andamos durante a tarde e jogamos conversa fora. Houve momentos em que palavras não foram necessárias, outros que eu sentia a necessidade de falar. Mas não falei sobre como eu realmente me sinto. Cada segundo que eu passava com ela, eu me surpreendia mais com sua personalidade mudada e desinibida. Quando parávamos para conversar com algum integrante de alguma banda, era ela quem puxava conversa e nos fazia ficar algum tempo trocando palavras com a pessoa. Foi assim que os fatos procederam até o horário do show: no fim da tarde.
- Jared, Pat e Kenny já estão no backstage. Falta só você e o John.
- Calma, Tim. Você é nosso empresário. Não a babá.
- Ótimo, então não preciso mandar vocês fazerem mais nada. - Ele acenou para mim, querendo que eu fosse logo para o bendito backstage. e John já se aproximavam de nós quando Tim nos deixou. Assim, obedecemos e fomos nos preparar para o show, enquanto e ficaram sozinhas. Eu podia ver nos rostos deles que todos estávamos apreensivos com aquela performace, a Bamboozle Califórnia era uma das coisas que desejávamos e, graças a um golpe do destino, conseguimos. Ouvimos a banda ser apresentada em cima do palco e, em seguida, o sinal para entrarmos foi dado. O The Maine tocava agora no palco principal da Bamboozle Califórnia. O setlist se seguiu, ganhamos o público, John falou deu a mensagem dele e então descemos do palco. A banda seguinte já se preparava ali em baixo, onde também nos esperavam algumas toalhas e água. Peguei um exemplar de ambos quando passamos e fui com John me encontrar com elas.
- Vocês precisam fazer alguma coisa agora? - perguntou envolvendo John com os braços.
- Provavelmente, não. - John lhe deu um beijo na testa. - Você não tem nojo de me abraçar nesse estado? - Ela negou, fazendo-o rir.
- Vamos passar a noite na praia então? - perguntou entusiasmada. - Chamem o Jared, o Pat e o Kenny. Vamos todos juntos nem que tenhamos que fazer duas viagens.
E assim se fez. Obviamente, não coubemos todos no carro. John nos serviu de motorista e se encarregou de levar a todos à praia. Primeiro fomos eu, , Pat e Kenny. Estes últimos, quando chegamos, correram para a beirada do mar e começaram a brincar feito crianças que nunca viram o mar antes. Pat fugia da água que Kenny chutava nele, mas não conseguia correr o suficiente. Sentamos na areia para esperar o resto do pessoal e a puxei para perto de mim. descansou a cabeça em meus ombros, mas logo a levantou e me encarou durante alguns instantes. Também a encarei, tentando ler, em seus olhos, o que estava tentando me dizer com aquele gesto. parecia confusa e indecifrável.
- Você consegue notar o nervosismo que eu estou sentindo dentro de mim? - Ela disse nos libertando de nossos próprios pensamentos e voltou a descansar a cabeça em meus ombros. Não havia entendido a pergunta. Então, aquela com quem eu havia passado a tade toda, na verdade, era a mesma do ano passado. - Às vezes, acho que estou conseguindo controlar minhas emoções, às vezes acho que deixo transparecer demais.
- Não precisa ficar se corrigindo. - Disse. Ela pegou as minhas mãos e tentou, ao máximo, colocar entre as dela. Elas estavam suando frio. Coloquei meus braços em volta do seu corpo, trazendo-a mais para perto. - Lá. Eu não sou mais o baixista do The Maine agora. Eu sou o Garrett. - Sussurrei, enquanto sua cabeça estava encostada no meu ombro.
- Nunca estive afim do baixista do The Maine. - Ela me respondeu igualmente num sussurro. Coloquei suas mãos de novo entre as minhas e a segurei para que ela se sentisse melhor. Ouvi seu suspiro baixo e, quando eu olhei para o seu rosto, ela estava de olhos fechados. Provavelmente, apenas sentindo o vento no rosto. Dei-lhe outro beijo no rosto e apoiei minha cabeça sobre a dela.
- Chega! - Pat disse rindo sentando sobre a areia. - Não aguento mais. - Kenny, então, sentou-se ao seu lado e lhe fez companhia. Logo, o barulho do carro foi ouvido novamente e , John e Jared se aproximaram de nós. Eles trouxeram junto a caixa térmica e distribuíram uma long neck para cada um de nós. Pat e Kenny vieram sentar mais próximos e pegaram cada um uma também. Eu, naquele momento, só queria que os segundos passassem o mais devagar possível para aproveitá-los da melhor forma. Eu sabia que, depois dessa noite, diríamos adeus mais uma vez um ao outro. já voltava a ficar empolgada conversando com sobre as coisas que haviam acontecido naquela tarde e comentando sobre os shows que assistimos. A madrugada adentrava a noite, os ventos se tornavam mais fortes, mas ninguém se importava com isso. olhava para mim sorrindo e eu a beijava de vez em quando, enquanto John e procuravam a própria privacidade. Pat, Kennedy e Jared começavam a fazer brincadeiras de bêbados, causando-nos gargalhadas. Foi num momento como este, quando e John não estavam e os outros três estavam ocupados, que abrimos nossos olhos para as horas que, infelizmente, haviam passado rápido, assim como eu já esperava. Puxei o rosto da para perto do meu e a beijei.
Beijei-a como se soubesse que não seria a última vez que nos veríamos, e sim só uma vez entre tantas outras.




End.

nota da autora: E acabou a segunda parte. Não sei não, mas minhas mãos estão coçando para escrever a terceira. Quem sabe, até mais apimentada. Huh? Se preparem, Nickelsens que não vai ser só a sua amiga O' Callaghan que vai ser da bem, não! Digo, você já se deu bem... Mas, bom você entendeu o que eu quis dizer :) Acho que é só. Notas da autora em short fics são coisas tensas mesmo. Mas, antes de ir embora, quero agradecer a Jessie por ser chata e me incentivar a terminar as fics e, claro, a Paah <3 Recadinhos finais: Durmam cedo, fiquem longe das drogas, estudem e obedeçam seus pais. xx

nota da beta: Eaí, galerinha da facção?
HAHA, adorei a continuação. Nem tenho muito a dizer, mas ficou muito boa, é.
E aí, erros? Me avise por aqui ou pelo @paahsouza, ok?
Isso aí. O que eu tenho para dizer é: cuidado com a água, senão ela acaba e seus filhos não terão o que beber no futuro.
Beijinhos, Paah Souza.

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