Sabe quando você acha que tudo acabou? Quando você quer mudar de país pra esquecer as mágoas? Pois é, eu me sentia assim. Vou contar o que aconteceu. Eu tinha uma banda com meus amigos. A gente tocava nas festas do colégio e era até legal, as pessoas curtiam e pans. Um dia, o Tom quis mandar um CD demo pra gravadora e os caras curtiram a idéia, menos eu. Eu não estava preparado pra fama e não queria entrar pra gravadora nenhuma. Pra mim, a guitarra era só um hobby. E sabe o que aconteceu? A gravadora gostou e quis assinar contrato. Eu, meio contra gosto, aceitei a idéia, nós gravamos o primeiro álbum e começaram as surgir as fãs, compromissos... Você deve se perguntar: ‘não vejo problema até ai. Qualquer garoto amaria isso!’. E eu gostava. Só que eu não tinha tempo pra família e pra minha namorada. As vezes eu ficava cinco meses ou mais longe das pessoas que eu amava. Quando eu voltava e tinha tempo livre, saia com a . Sim, minha namorada *-*. Eu a amava, quero dizer, a amo mais que tudo nessa vida, mas eu podia ver que ela não estava feliz. Achei melhor terminar e a deixar viver a vida dela e ser feliz ao lado de alguém que pudesse dar a atenção que ela merecia. Eu sofri. Sofri muito. Mas sabia que era pelo bem dela. A banda estava indo bem, mas não queria mais continuar. Um mês depois, fiz minhas malas e fui para o aéreoporto. Estava indo para os EUA e, provavelmente, não voltaria mais. Sentei em uma das cadeiras da sala de espera e não pude deixar de pensar em tudo o que estava deixando para trás, mas era melhor para todo mundo. Eu acho. Cinco minutos depois ouço alguém me chamar e não era nenhuma fã. Ah! Aquela voz! Era dela! Da .
- Danny?
Virei-me para a direção da voz e confesso que fiquei feliz em vê-la. Ela estava linda como sempre. Usava uma jaqueta Pink, um jeans e seu All Star surrado. Seus cabelos soltos atrás da orelha balançavam com seu andar apressado.
- Você... Você não pode fazer isso. – Ela me abraçou e sussurrou em meu ouvido, pude sentir sua respiração ofegante.
- Eu não posso. Mas preciso.
Senti um nó na garganta e as palavras não queriam sair. olhou em meus olhos e pude ver uma lágrima em seu rosto.
- , essa, provavelmente é a ultima vez que nos veremos e eu não quero me despedir de você chorando. Por favor. Entenda que isso é pelo seu bem. Eu não te mereço. Você precisa de alguém que possa lhe dar a atenção que você merece e esse alguém não sou eu. Desculpa.
- Esse alguém é você, sim! E se você for embora, eu quero ir junto. Danny, eu te amo.
Ouvi a chamada do meu vôo pelo alto-falante. Eu nada respondi. Também era difícil pra mim, apenas me virei e andei até o avião. Senti uma lágrima caindo. Estúpida. Porque eu estava chorando? Eu quis que fosse desse jeito e assim estava sendo.
- Danny? – Ela chamou de novo.
Eu parei de andar e senti ela se aproximar. Me virei para ela e percebi que estávamos realmente pertos.
- Se é a ultima vez. Eu preciso disso.
Ela me roubou um beijo, que na verdade, eu gostei. Ela abriu a boca e nossas línguas se encontraram e entraram em total sincronia. Juro que não queria fazer isso, mas eu parti o beijo e voltei a andar em direção a porta. Menos de dez minutos depois eu já estava no avião e não demorou muito para ele decolar. Você vai falar que homem não chora. Mas eu, Daniel Jones, chorei. E chorei muito. Chorei de um jeito que me fez perceber que não estava certo mudar de país. Que não estava certo deixar ela.
- PÁRA! PÁRA ESSE AVIÃO! EU PRECISO DESCER AGORA!
Não pensei duas vezes antes de me levantar. É claro que todos olharam para mim e alguns comissários de bordo tentaram me acalmar. Se deu certo? É claro que não! Eu precisava voltar e estava determinado a fazer isso.
- Me desculpe senhor. Isso é impossível.
- Não pra mim!
- Senhor, se acalme.
- Você estaria calma se estivesse deixando para trás sua família? Seus amigos? Sua vida? Estaria? Eu deixei a pessoa mais importante pra mim chorando naquela sala de espera. Ela esta sofrendo. Eu estou sofrendo. E eu vou descer desse avião custe o que custar.
De repente, um cara lá no fundo do avião se levantou e disse que concordava comigo. Disse que ele saia toda semana pra trabalhar e que tinha que deixar os filhos e a esposa e quase nunca via nenhum deles. Não demorou muito para uma senhora se levantar também e dizer que perdeu o contato com os amigos quando era mais jovem, pois mudou de país e nunca mais os viu e que se arrependia cada segundo. Cada um tinha uma história. Algumas eram realmente incríveis, mas o fato foi que deu certo e que o piloto foi obrigado a descer o avião. Quando ele pousou e eu pude descer corri o mais rápido que pude para tentar alcançar , apesar de eu ter quase certeza de que ela não estaria mais lá. Falhei. Ela estava lá. E estava chorando.
- ? ? Não chora. Eu não vou mais. – Abri meus braços a uns três metros dela.
- Danny? O que... O que você faz aqui? – ela se levantou rápido limpando as lágrimas. – Você não tinha ido?
- Eu percebi o quanto te amava e não pude fazer isso com você. Só me promete uma coisa?
- O que?
- Fica comigo pra sempre?
- Claro!
Ela me beijou sorrindo e eu pude perceber que ali começava nossa história, e tenho raiva de cada segundo que eu achei que seria o final.
Fim!
[N/a: aaaah, q lind’s! minha primeira fic aqui no FFADD. Puxação de saco: obrigada tia (?) Daniee por betar *-*. Tenho que agradecer as meninas do tópico ‘mcfly’ da CH e a cabeção da Jé e da Vick. Valeu todo mundo que leu e é isso. ps: viva o tio Jones õ/]