Minha Inesquecível Viagem de Férias
Autora: Cathe
Beta-Reader: Amy Moore



Capítulo 1


Era início de Julho, férias de inverno na América do Sul e verão na América do Norte. Apresentei meu trabalho hoje pela manhã na faculdade, e tenho cerca de um mês e uma semana até a formatura. Faz alguns meses que venho planejando esta viagem de férias, e nada melhor do que retornar ao meu adorado Canadá, mas desta vez no verão deles. Terminei de arrumar minha mala e, antes de sair de casa, liguei pra .
? – perguntei ao sentir que alguém havia atendido ao telefone.
– Fala, ! – exclamou .
– Tudo pronto para amanhã?
– Acho que sim. Você já ‘tá vindo?
– ‘Tô saindo de casa agora, a caminho do aeroporto.
– A que horas você chega aqui? – perguntou-me .
– Por volta das dezesseis e trinta – respondi.
– Beleza, vou estar te esperando no aeroporto.
– Okay, amore. Até mais!
– Beijo e boa viagem! – disse .
– Beijos – desliguei o telefone e saí de casa com a bagagem, feliz da vida.

Adentrei o táxi que estava a minha espera e seguimos até o aeroporto. No caminho falei com meus pais e irmãos, que me desejaram boa viagem e, para não perder a prática, mamãe pediu que eu ligasse quando chegasse a meu destino. Em alguns minutos cheguei ao aeroporto Internacional Hercílio Luz, em Florianópolis. Paguei o taxista e o mesmo me ajudou a descer a bagagem.
– Obrigada – eu disse.
– Boa viagem! – desejou-me e logo saiu em seu carro.
Adentrei o local e me dirigi ao balcão da companhia aérea, fiz check-in e logo me dirigi à sala de embarque. Faltava uma hora para o voo sair. Minutos depois a sala estava cheia.
Vieram nos avisar que poderíamos seguir pelo corredor que nos levaria à aeronave. Alguns minutos depois, estávamos todos acomodados e com cintos de segurança, quando fomos comunicados de que estaríamos decolando em menos de cinco minutos.
– Canadá, Canadá... Não vejo a hora de retornar ao meu amado país... – murmurei comigo mesma.
– Você está indo para o Canadá? – perguntou uma menina ao meu lado.
– Sim; vou dormir em São Paulo hoje e amanhã embarcarei rumo ao meu querido país para férias inesquecíveis. Qual é o seu nome?
– Allana, mas pode me chamar de Nana.
– É um prazer conhecê-la, Nana. Me chamo , mas pode me chamar de .
– Prazer. Então, em que lugar do Canadá irá passar suas férias?
– Em Vancouver. Você ‘tá indo para lá também?
– Não exatamente pra Vancouver e, nem de férias eu vou... – disse Nana
– Como assim? — perguntei.
– Estou indo passa um ano numa cidadezinha perto de Vancouver. – disse-me.
– Tipo intercâmbio?
– É.
– Que legal! O máximo que posso fica agora é um mês – eu disse, um tanto triste.
– Por quê?
– Por dois motivos. Minha formatura na faculdade será no dia dezoito de agosto, e eu não tenho dinheiro para fica mais que isso... Infelizmente.
– É uma pena... Terá que aproveitar ao máximo esse mês, então! – disse Nana.
– Com certeza!
– De repente eu te encontro em Vancouver nesse tempo... Vou pra casa de uma família canadense – disse Nana.
– Legal! – Sorri. – ‘Tá nervosa?
– Muito!
– Posso imaginar. Estou ansiosa com essa viagem — eu disse.
– Você vai sozinha? — perguntou-me.
– Não. Vou com uma amiga que mora em São Paulo. Dormirei na casa dela essa noite.
– Sozinha não é muito legal. Eu espero fazer amigos lá logo – disse ela.
– Vai sim! – Sorri.
Ficamos conversando durante todo o tempo. Contei que já eu já fora ao Canadá antes e que tinha amado.

Chegamos a São Paulo. Allana seguiu para a companhia que a levaria até o Canadá. Peguei minha mala e fui até o desembarque para encontrar .
! – gritou ao me ver.
! – Corri até ela e nos abraçamos.
– Já estava ansiosa com a sua chegada, amiga!
– Eu também estava ansiosa, mas até que a viagem passou rápido. Vim conversando com uma menina que está indo fazer intercâmbio no Canadá. Ela vai para uma cidadezinha perto de Vancouver.
– Ai, que legal! – exclamou .
– Peguei o email dela para nos comunicarmos — eu disse.
– Okay. Vamos?
– Vamos – assenti.
– Minha mãe está nos esperando lá fora.
– Okay.
me ajudou com minhas coisas e seguimos para o estacionamento, ao encontro da mãe dela.
, essa é minha mãe, Silvana. Mãe, essa é a . – fez as apresentações.
– Prazer – eu disse, cumprimentando-a.
– O prazer é meu – disse Silvana e sorriu.
– Mãe, abre o porta-malas? – pediu .
– Claro, filha!
Com todas as malas guardadas dentro do carro, seguimos para o apê onde mora com a mãe. No caminho conversando sobre a viagem.
– Muito ansiosa? – perguntou-me .
– Demais – eu disse. – Não vejo a hora de pôr meus pés de novamente naquela terra!
– Você já foi pra lá? – perguntou-me Silvana.
– Já, mas não pra Vancouver. Fui a Montreal, que fica do outro lado do país.
– Legal – disse Silvana. – O que você foi fazer lá?
– Estudar inglês e fazer turismo.
– Mãe, a tem uma tia que mora lá em Montreal — informou .
– É verdade. Já os avisei que estaremos em Vancouver, se eles pudessem ir... mas é provável que não – eu disse, um pouco triste no final.
– Que pena... – disse .
– Pois é... Bom, enfim. Já está com tudo pronto? – perguntei a quando chegamos ao edifício.
– Já. Só falta guardar a escova de dentes, escova de cabelos e umas coisinhas que guardo amanhã pela manhã.
– Beleza. – Sorri.
Depois que a mãe de estacionou o carro na garagem, descemos do veículo e peguei minha mala. Dirigimo-nos até o elevador, que nos conduziu até ao quinto andar.
– Está tudo certo com a nossa reserva no Hotel? – perguntou-me depois que entramos, jogando-se no sofá.
– Sim. Enviei um email no início da semana, e confirmaram que está tudo certo. Pedi que solicitassem alguém que fosse nos buscar no aeroporto, e disse que pagaríamos o traslado quando chegarmos.
– Okay. Quanto será isso?
– Eles contratam alguém que faz esse tipo de serviço para eles, e a pessoa cobra cinquenta dólares.
– Para nós duas? – perguntou .
– Exato!
Coloquei a mala no quarto de hóspedes, onde iria dormir. Voltamos para a sala. deitou no sofá, procurando algo para ver na TV. Ficamos assim por horas, até que...
– Filha, vou até o apê da Dona Marta. Não demoro – disse Silvana, saindo.
– Okay, mãe – concordou .
– Não tem nada de bom para ver na TV, né? – perguntei.
– Nada – disse .
Nesse momento, a campainha soou. Era Bruna, a filha da Dona Marta. apresentou-me a ela, desligou a TV e sentou-se no piano, que era herança da avó.
– Você sabe tocar, ?
– Sim – disse. – Eu toco e vocês me ajudam a cantar?
– Beleza – concordei.
– Vou pegar a câmera pra grava isso – disse Bruna.
– Que música? – perguntou .
– Toca alguma que você sabe. Se soubermos cantar, a gente ajuda.
– Certo.
começou tocando We are the World, do MJ. Bruna e eu acompanhamos; éramos as back-vocals. Estávamos nos divertindo.
Foi quem começou:

“We are the world, we are the children
We are the ones who make a brighter day
So let's start giving”


Bruna e eu continuamos:

“There's a choice we're making
We're saving our own lives”


Cantamos todas juntas:

“It's true we'll make a better day
Just you and me…”


– Acho essa música tão linda – eu disse depois que terminamos de cantá-la.
– É... Realmente é do tipo de música que toca qualquer um – concordou .
– Com certeza — disse Bruna. – Vamos cantar outra?
– Qual? — perguntou .
– Eu gostaria de saber se você sabe tocar Drowning, dos Backstreet Boys.
– Eu toquei ela uma vez... – disse .
– Então tenta outra vez – falei com os olhinhos brilhando, pois amo essa música.

Cantamos juntas:

“Don't pretend you're sorry
I know you're not
You know you got the power to make me weak inside
And girl you leave me breathless
But it's ok
Cause you are my survival
Now hear me say...”


– Eu amo o refrão – eu disse e logo o cantamos.

“'Cause everytime I breathe I take you in
And my heart beats again
Baby I can't help it
You keep me drowning in your love
Everytime I try to rise above
I'm swept away by your love
Baby I can't help it
You keep me drowning in your Love…”


Cantamos juntas enquanto tocava a música no piano. Bruna filmava e eu tentava fazer meio que uma dramatização, tentando imitar o clipe (uma das versões). Nesse meio tempo, a mãe da voltou.
– Essas meninas vão longe! — exclamou, parada a nos observar.
– Quem sabe um dia a gente não chega a se apresentar em algum teatro famoso, em algum lugar desse mundo?
– Tudo é possível, como diz minha mãe – disse Bruna.
– É verdade — concordou .

Já haviam se passado um par de horas desde que cheguei. Eram oito horas da noite, e tínhamos que dormir cedo, pois o voo partiria ao meio dia. Como era um voo internacional, tínhamos que estar duas horas antes no aeroporto.
– Vou preparar o jantar – anunciou Silvana. – Por que vocês não aproveitam e vão tomar banho?
– Vamos – disse . – Depois nós cantamos mais. – Sorriu e levantou-se.
Bruna e eu a seguimos até o quarto de hóspedes, onde eu iria dormir. mostrou-me como funcionavam as coisas e me deu uma toalha de banho. Deixou o quarto dizendo que qualquer coisa que eu precisasse era só gritar, ou melhor, chamar. Tranquei a porta do quarto, me despi e fui ao banheiro, pendurando a toalha. Liguei o chuveiro e deixei que a água caísse sobre meu corpo, me fazendo relaxar um pouco, pois estava tensa e ansiosa com a viagem.
– Canadá... Nem parece verdade. Depois de alguns anos, estou indo novamente – murmurei comigo mesma.

Ambas de banho tomado, cheirosas e sentindo-se cada vez mais ansiosas com a viagem, jantamos junto com Bruna e a mãe da . Depois do jantar, nos dirigimos até a sala novamente, onde ficamos cantando mais um pouco, até que a mãe de interferiu.
– Acho melhor vocês irem dormir, ou não acordam amanhã – disse ela, vindo da cozinha.
– Que horas são, mãe? — perguntou .
– Quase onze e meia – disse, já a caminho do quarto.
– Eu vou embora, mas volto amanhã para ir com vocês até o aeroporto – disse Bruna.
– Okay, flore.
Nos despedimos de Bruna e fomos dormir.

Na manhã seguinte, acordei com o alarme do celular e logo me levantei.


Capítulo 2


Ai, é hoje! Dentro de algumas horas estarei voando rumo ao Canadá para férias perfeitas!
Vesti-me, lavei o rosto e penteei os cabelos. Logo me chamaram para tomar café.
- Bom dia! - eu disse ao adentrar a cozinha.
- Bom dia, querida! - disse Silvana.
- Dormiu bem, ? - perguntou-me .
- Muito bem e você?
- Também.
- Que bom, porque vamos encarar algumas boas horas de viagem agora...
- É... - concordou.
Tomamos café em uns quinze minutos, e depois voltamos aos quartos, afim de terminarmos de nos arrumar. Enquanto isso, Bruna apareceu e nos desejou um bom dia. Ela queria saber o quanto estávamos ansiosas com a viagem.
Em alguns minutos, estávamos prontas, com as malas fechadas e trancadas a cadeado.
- Vamos? - perguntou Silvana, na porta.
- Bora!
- Vamos logo! - disse , ansiosamente.
- Bruna, vai junto com a gente? - perguntou Silvana.
- Posso? - perguntou.
- Claro.
- Vamos, então! - disse Silvana, deixando o apartamento e indo chamar o elevador.

Pouco depois, deixávamos o edifício, rumo ao aeroporto Internacional de Guarulhos. Pegamos um pouco de trânsito no caminho, o que nos deixou mais apreensivas, nervosas e ansiosas com a viagem.
ligou o rádio, com a intenção de manter o estresse longe. Começamos a cantar, pois passava uma música conhecida por nós. Muito conhecida, por sinal.
- Addicted! - exclamou .
- Será que vamos encontrá-los lá, ? - perguntei.
- Quem sabe? - perguntou . - Vamos torcer!
- Claro! Não entrei no site deles esses dias todos para saber de shows... - comentei.
- A gente vê quando chegar lá - disse .
- Com certeza!

Dez horas da manhã – chegada ao Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Depois de estacionar o carro, Silvana, a mãe de , abriu o porta-malas para a gente e nos ajudou com a bagagem. Dividimos as bagagens entre nós quatro: , Bruna, Silvana e eu. Não era muita coisa, pois ficaríamos apenas um mês.
Adentramos o aeroporto e nos dirigimos ao guichê da companhia aérea. Fizemos o check-in, e fomos passear pelo aeroporto até a hora de embarcar.
Passamos em uma banca de jornais e compramos aquelas revistas de fofocas pra ler durante a viagem. Aproveitei para falar novamente com minha família, e todos me desejaram boa viagem. Novamente afirmei que quando chegasse ao hotel, ligaria.

O tempo passou rápido; já era hora de eu e irmos pra sala de embarque. Despedimo-nos de Bruna e Silvana e seguimos pelo corredor que nos levaria até lá. O nervosismo e a ansiedade com essa viagem estavam em alta, agora. Não víamos a hora de pisar em terras canadenses.
Não demorou muito para embarcarmos na aeronave, e pouco depois o avião decolou. O voo que pegamos fez escala em Houston, e de lá pegamos outro voo para Vancouver. Viajamos horas e horas. Só chegamos a Vancouver no dia seguinte, à tarde, por volta das três.
- Ah, por fim chegamos, ! - eu disse, assim que o avião estava pousando.
- Até que enfim! - disse . - Que viagem longa, essa!
- É verdade... Muitas horas dentro de um avião cansa, mas tenho certeza que valerá à pena.
- Com certeza. - Sorriu.
- Espero que estejam esperando pela gente lá no desembarque, como o combinado.
- É - concordou ela. - Você tem o número do Hotel?
- Tenho, caso a gente precise...
- Que bom. Nunca se sabe o que pode acontecer.
- É... Mas vai dar tudo certo. Essa viagem será inesquecível!
- Oh, se vai! - disse .
Pouco depois, o avião finalmente parou, e logo depois fomos descendo e nos dirigindo até as esteiras para retirar as bagagens. Esse processo foi super rápido, depois passamos pela imigração, que também foi rápido, pois tínhamos toda a documentação certinha. Logo fomos caminhando em direção ao desembarque.
- Viu? Estão nos esperando! - disse ao ver um homem alto, moreno e forte com uma plaquinha escrito nossos nomes.
- Vamos até lá! - eu disse, sorrindo.
Estava realmente feliz por estar de volta a esse país, mesmo que por um mês. Só quero curtir as férias ao máximo.
- Boa Tarde! - disse quando no aproximamos do rapaz.
- Boa Tarde, meninas! Vocês são e ?
- Sim, nós mesmas! - respondi.
- Sou Daniel, mas podem me chamar de Danny. Vou levar vocês até o Hotel.
- Prazer, Danny. Sou .
- E eu , mas pode chamar de . - Ela sorriu.
- Prazer, meninas! - disse Danny. - Posso ajudá-las com as bagagens?
- Seria ótimo!
Ele tinha um carrinho daqueles de aeroporto, onde colocamos as bagagens e, nos dirigimos até a van, estacionada fora do aeroporto. Depois de colocadas as bagagens dentro da mala da van, nós entramos na mesma e pouco depois deixamos o aeroporto, rumo ao Hotel. Era bem longe do aeroporto, mas assim podíamos ver a cidade.
No caminho, fomos conversando com Danny, sobre lugares pra se conhecer em Vancouver, e ele nos deu várias opções, inclusive de festas pra gente ir.
- Nós vamos ferver muito nessas quatro semanas aqui!
- Vamos mesmo - disse .
- Aproveitem bastante, meninas! - disse Danny. - Qualquer coisa que precisarem na área de transporte, é só falar comigo. - Ele entregou um cartão com telefones para contato enquanto estávamos parados numa sinaleira.
- Okay. Obrigada - eu disse quando peguei o cartão.
Logo, seguimos caminho até o hotel onde ficaríamos, no centro da cidade. Chegamos alguns minutos depois, onde fomos recepcionadas pelo mensageiro:
- Boa Tarde, senhoritas - disse ele, abrindo a porta da van para que descêssemos. - Sou Alex.
- Boa Tarde, Alex!
- Muito boa tarde. - sorriu ao descer da van.
Danny ajudou Alex com as bagagens, e logo disse que se nós o quiséssemos, estava livre para nos levar a qualquer lugar.
- Acho que temos que nos trocar e sair pra comer algo - disse .
- Isso - eu disse. - De repente, vamos a um café e damos uma volta pela cidade. Um pequeno city tour. Que tal, Danny?
- Ótimo - disse ele. - Espero por vocês aqui!
- Provavelmente vamos demorar um pouco...
- Sem problemas - disse Danny. - Esperarei.
- Obrigada - disse .
Logo adentramos o hotel, e nos dirigimos ao balcão da recepção, onde passamos por todo processo de check-in e recebemos a chave do quarto. Por último, nos desejaram boa estadia. Dirigimo-nos até o elevador, e fomos até o último andar, no final do corredor, quarto quinhentos e quinze. O mensageiro veio logo atrás com as nossas bagagens.
Entramos no quarto. Ele deixou nossas malas num canto, perto da janela, e nos explicou como funcionavam as coisas no apartamento. Disse também que qualquer coisa estaria à disposição na recepção, que poderíamos chamar discando o número cinco no telefone, e logo saiu.
- Ah, não creio! - exclamei.
- No quê? - perguntou-me .
- Que estou de volta a esse país! - eu disse, deitada na cama.
- Nem eu acredito que estou aqui! - disse .
- Vamos tomar banho agora?
- Tomamos mais tarde, antes de sair pra jantar - disse .
- Melhor, assim não fazemos o Danny esperar muito.
Trocamos de roupa, escovamos os dentes, penteamos os cabelos e logo mais descemos pelo elevador, ao encontro de Danny. Deixamos a chave na recepção e saímos.


Capítulo 3


- Hey, girls! - disse Danny. - Vamos dar um passeio?
- Yeah! - Batemos as mãos em comemoração.
- Querem ir até o café antes? - perguntou Danny.
- Seria bom pra comermos algo e aguentar até a noite - disse .
- Okay - disse Danny. - Entrem. Ele abriu a porta da van.
Entramos, ele fechou a porta e acomodou-se em seu acento.
- Prontas? - perguntou.
- Yeah! - dissemos eu e .
Logo deixamos o Hotel, em direção à um café que Danny disse que era muito bom. Um dos melhores da cidade, dissera ele. Não demorou muito a chegarmos ao local. Danny estacionou a van e abriu a porta para que descêssemos.
- Vem com a gente, Danny?
- Com todo prazer - disse ele.
- Assim podemos nos conhecer melhor e você conta pra gente sobre essa cidade e a que lugares devemos ir - disse .
- Claro! - Danny concordou, sorrindo.
Após trancar a van, entramos juntos no café e fomos gentilmente atendidos por uma senhora, que nos acomodou em uma mesa e trouxe os cardápios. Não estávamos com muita fome, pois havíamos comido muitas “porcarias” (como dizem nossos pais) durante a viagem.
- Um capuchino pra mim é o suficiente. - Olhei rapidamente o cardápio e logo o fechei.
- Pra mim um suco de abacaxi - disse .
- Um expresso, por favor - pediu Danny.
Dissemos os pedidos à mesma senhora que nos atendeu, e logo ela saiu.
Conversa vai, conversa vem, dissemos a Danny que queríamos conhecer uma praia chamada Tofino:
- Eu estou organizando uma excursão para o fim de semana - disse Danny. - Vou levar uns hóspedes do mesmo hotel onde vocês estão, e se quiserem ainda tem lugar.
- Vamos? - perguntei, olhando-a.
- Sem dúvidas! Pode colocar nosso nome na lista dos que vão, Danny - disse .
- Okay - disse Danny -, depois acertamos valores.
- Beleza. Dizem que essa praia é maravilhosa...
- É, só a água que não é nada quente.
- Não tem problema, só queremos conhecer esse paraíso! - disse .
Em alguns minutos, a senhora trouxe nossos pedidos.
- Obrigada - eu disse, assim que ela entregou.
Depois que a senhora se retirou, seguimos conversando:
- Então, meninas, vamos esperar pra ver como estará o tempo no fim de semana, e vejo se vamos à Tofino no sábado ou domingo.
- Okay! Aproveitando... Você sabe se vai ter algum show bom pra irmos esse mês?
- Olha, parece que vai ter um festival fim de semana que vem - informou Danny.
- Diz que o Simple Plan vai estar lá! Por favor! - disse , com carinha pidona.
- Vocês são fãs deles? - perguntou Danny.
- Demais! É nosso sonho conhecê-los.
- Wow - disse Danny. - Vou me informar sobre esse festival, e depois aviso a vocês. Em que quarto vocês estão hospedadas?
- Quinhentos e quinze - disse .
- Qualquer coisa, ligo para vocês ou deixo mensagem na recepção. Se eles vierem para esse festival, vou tentar conseguir que vocês realizem esse sonho.
- Jura?! - perguntou .
- Sim - disse Danny. - Vou tentar; não garanto que consiga.
- Obrigada, Danny. - Eu e sorrimos, felizes.
Terminamos de tomar o café, pagamos e deixamos o local. Pouco depois, estávamos passeando pelo centro da cidade, passando por alguns dos pontos turísticos, como a Christ Church Cathedral, Vancouver Art Gallery e, o Vancouver Museum.
- Tem um lugar aqui perto, que é lindo de se conhecer - disse Danny. - Na verdade, é um observatório. Posso levá-las lá agora, e depois voltamos lá um dia à noite, antes de vocês voltarem ao Brasil. Que tal?
- Opa, vamos embora! - disse .
- Let’s go there!
Em alguns minutos, chegamos ao prédio, onde subimos por um elevador até o topo exatos cento e sessenta e sete metros. Era realmente muito alto! Mas a vista que se tem compensa tudo: trezentos e sessenta graus, do Metro Vancouver às majestosas montanhas North Shore Mountains, e uma visão da ilha, fora da costa do Pacífico.
- Foram exatos quarenta e cinco segundos de subida pelo elevador - disse Danny.
- É realmente muito rápido, para estarmos à cento e sessenta e sete metros do chão!
- Demais! - disse , com os olhos meio arregalados. - Isso chega a me assustar!
Registramos tudo em fotos e em nossa mente; essa viagem seria inesquecível.

Ficamos quase uma hora por lá, até quando começou a anoitecer. Já eram seis horas da noite quando deixamos o local. Danny nos levou para dar mais umas voltas; descemos em uma praça, onde tiramos fotos e estivemos sentados em bancos, conversando com Danny. Pouco depois, o celular dele tocou:
- Me dêem licença, meninas - pediu.
- Claro - eu disse.
Ele se levantou e se afastou um pouco. Nós ficamos apenas ali, sentadas, ainda meio bobas por estarmos em Vancouver. Talvez a ficha só fosse cair amanhã, semana que vem ou quando estivéssemos para ir embora. Mas como dizem, “que seja eterno enquanto dure”.
Pouco depois, Danny voltou com um sorriso nos lábios, que poderia dizer que boas notícias estavam por vir.
- Meninas, tenho boas novidades! - disse, confirmando minhas suspeitas.
- Opa! - disse . - Fala aí!
- Estava falando com um dos organizadores do tal festival que mencionei antes pra vocês...
- Ai, Jesus! Ele disse que o Simple Plan vai estar no festival?! - perguntei, sem esperança de ouvir uma resposta positiva.
- Sim! - disse Danny.
- Como é?! - Eu e nos entreolhamos e viramos pra ele, que estava em nossa frente.
- Isso mesmo! Simple Plan estará no Vancouver Music Summer Festival, dentro de duas semanas.
- , você entendeu o mesmo que eu? - perguntou , olhando-me com os olhos bem arregalados.
- É a nossa chance de realizar esse sonho! - Olhei-a com os olhos arregalados.
Ficamos sem reação, uma olhando para a outra, até que Danny disse:
- Ele disse que vai tenta consegui entradas VIP pra vocês duas, e acesso ao camarim. Isso quer dizer que vocês poderão falar com os meninos do Simple Plan.
- Oh, My God! - exclamou .
- Eu não sei o que falar…
- Fiquemos na torcida pra que ele consiga... - disse Danny.
- Danny, muito obrigada, mesmo! A gente não vai se esquecer de você quando voltarmos ao Brasil.
- Pode ter certeza! - Batemos as mãos, uma na outra, em comemoração.
Nem nos demos conta, mas ficamos na praça cerca de uma hora e quinze minutos. Como o tempo voa, não?
- Ele disse que assim que conseguir, entra em contato comigo - disse Danny. - Aí eu aviso vocês. - Caminhávamos até a van.
- Okay.
- Pra onde vamos agora? - perguntou .
- Alguma sugestão, Danny?
- Aqui no Canadá tudo fecha cedo - disse ele. - Aconselho vocês a irem jantar e depois voltarem pro hotel. Durmam cedo e amanhã levantem cedo para aproveitar mais!
- Ótimo! Onde vamos jantar? - quis saber.
- Que tal Hard Rock Café?
- Perfeito!
- Vamos para a West Hastings, seiscentos e oitenta e seis.

Fomos direto para o Hard Rock, onde chegamos e fomos prontamente atendidas. Convidamos Danny para jantar com a gente; ele aceitou nosso convite, muito honrado. Pedimos sanduíches e refrigerante. Não demorou muito para que nosso pedido chegasse, pois havia pouca gente no local. Jantamos, conversamos e, quando percebemos já era nove e meia, pagamos e deixamos o local, muito satisfeitos pelo atendimento e pela comida. Danny nos levou até o Hotel.
- Venho buscá-las amanhã pela manhã para um passeio? - perguntou Danny, ao chegarmos ao hotel.
- Claro; será ótimo - disse .
- Pense em alguns lugares para irmos amanhã, pois como você sabe, chegamos hoje e não conhecemos nada - eu disse para Danny.
- Combinado. Encontro vocês às nove da manhã aqui?
- Com toda a certeza - disse .
- Boa noite, Danny! E obrigada por hoje!
- De nada, meninas! Vejo vocês amanhã! Descansem!
- Obrigada - minha amiga agradeceu. - Até amanhã!
Entramos, e logo que ele se foi. Pegamos a chave do quarto e subimos pelo elevador. Já no quarto, nos jogamos na cama, cansadas, e não demorou muito para que escovássemos os dentes, trocássemos de roupa e pegássemos no sono.


Capítulo 4


Na manhã seguinte, acordamos às sete e meia com o Sol entrando pelos cantos da cortina. Sabíamos que o dia estava bonito.
- Bom dia, ! - disse .
- Good Morning, girl! (bom dia, garota!) - Sorri e me levantei em seguida.
- Descansou?
- Sim e você?
Me too (eu também) - disse .
Arrumamo-nos, colocamos roupas bem confortáveis e pouco depois descemos até o térreo para tomar um café da manhã reforçado, pois o dia seria super agitado, com parada só à noite para dormir.
- O salão do café fica no final do corredor - disse o recepcionista, indicando-nos o local.
- Obrigada, Alex - eu disse.
- Por nada. - Sorriu e nós seguimos pelo corredor.
Entramos no salão, que era muito bem decorado, e fomos até uma mesa perto do Buffet. Deixamos a chave do quarto em cima e fomos nos servir.
- Que chique esse hotel que você reservou pra gente, ! - .
- E o preço é melhor ainda - comentei.
- É pra quem entende da coisa, né? - perguntou .
- Exatamente! Não é por nada que me formei em Hotelaria.
Sentamo-nos e saboreamos aquelas delicias. Deixamos a sala do café cerca de trinta minutos depois, nos dirigindo até o apartamento. Entramos e fomos terminar de nos arrumar; digo, escovar os dentes, fazer uma maquiagem básica e uma última olhada no espelho:
- Preparada pra encara Vancouver, amore? - perguntei.
- Preparadíssima!
- Vamos, o Danny já deve estar lá em baixo.
Pegamos nossas bolsas com carteira, máquina fotográfica, óculos escuros, caderninho para anotações, caneta, maquiagem, escova de dentes, creme dental (pois passaríamos o dia fora) e escola de cabelos. Apetrechos básicos na bolsa de toda mulher.
Logo, pegamos o elevador com destino à recepção, onde largamos a chave e encontramos Danny na porta do Hotel à nossa espera.
- Bom dia, brasileiras! - disse Danny.
Good Morning, Danny - dissemos, tentando um sotaque canadense, e rimos.
- Preparadas pra um dia de muita diversão? - perguntou-nos.
- Com certeza. - Sorri.
- Vamos, então? - perguntou Danny.
- Claro - respondeu .
Danny estava nos tratando muito bem! Ele abriu a porta da van para que entrássemos e logo se acomodou no assento do motorista.
- Para onde vamos agora, Danny? - perguntei.
- Vou levá-las ao Aquarium... Gostam de bichinhos, não é?
- Claro! - respondeu .
- Tem até golfinhos e tubarões! - Danny nos contou.
- Sério? - perguntei, incrédula.
- Tenho certeza de que vocês ao gostar - disse-nos.

- Onde estamos, Danny? - perguntei, enquanto passávamos por um parque.
- Boa pergunta! - disse ele. - Aqui é o Stanley Park; são 400 hectares dividido em várias atrações, como o Aquarium, onde vamos agora - disse, já estacionando a van.
- Esse parque é bonito! - disse . - E o dia ajuda também, por isso está cheio de gente...
- É - disse Danny. - Aqui ninguém fica em casa no verão!
- Já basta o longo inverno... certo?
- Com certeza! - disse Danny. - Você já conhece o Canadá? - perguntou, olhando-me, enquanto abria a porta para que descêssemos.
- Já, Danny. Mas é a primeira vez que venho pro oeste do país.
- Onde você foi? - perguntou Danny.
- Fiquei na casa de uns parentes em Montreal.
- Ah, legal! Gostou de lá?
- Muito! - respondi. - E além de conhecer Montreal, visitei Ottawa e Quebec City.
- Quanto tempo fico lá? - perguntou-me.
- Quatro meses - disse. - Pouco tempo, mas valeu à pena! E, alguns anos depois, cá estou, em Vancouver. - Sorri.
- Terão menos tempo aqui... Espero que aproveitem bastante!
- Com certeza aproveitaremos! - disse .
Danny nos deixou ali, esperando na porta do Aquarium, e foi conseguir as entradas pra gente. Disse que tinha contato com um dos donos, então seria mais fácil.
e eu tiramos fotos ali no parque, e logo depois Danny voltou.
- Pronto. Ingressos em mãos! Vamos?
- Opa! Claro! - eu disse.
- Depois a gente acerta contigo? - perguntou , referindo-se ao pagamento.
- Exato - disse Danny -, mas esses são cortesia. O dono deu de presente.
- Sério?! - perguntei, com os olhos arregalados.
- Sim. Ele é meu amigo e eu disse que vocês são brasileiras... ele é louco pelo Brasil!
- Que show! Podemos conhecê-lo? - perguntou .
- Eu vou com vocês.
Que show de bola! O dono do Aquarium é louco pelo Brasil, e eu pelo Canadá!
Bom, pegamos a fila, que nos levou até o ambiente interno, onde pudemos ver animais de todas as espécies e, no final tivemos a oportunidade de assistir, na primeira fila, um show de golfinhos. Eu amo esses bichinhos; são tão lindos! Com certeza, essa viagem será inesquecível! (Vídeo.)
- Que demais, isso! - disse , vendo os golfinhos.
- Muito! - Olhei atentamente o show dos golfinhos.
Eles nos molham, como os que tem na Disney. Jogam água na gente! Que legal!
Depois do espetáculo dos golfinhos, deixamos o Aquarium.
- Querem dar uma volta pelo parque? - perguntou Danny.
- Claro! Será ótimo!
- Com certeza! - disse .
Danny nos disse que tinha um trenzinho que faz passeio no parque, então fomos nele. Depois do passeio, das muitas fotos tiradas e das informações que recebemos sobre o parque, voltamos para a van.
- Vou levá-las para conhecer outro lugar bem conhecido aqui pelos turistas - disse Danny, enquanto abria a porta e nós entrávamos na van.
Logo, deixamos o local. No caminho, fomos escutando uma rádio local, que Danny havia colocado e conversando sobre o Canadá.
- Onde estamos indo, Danny? - perguntou .
- Vou levá-las a um mercado público; só pra vocês terem idéia de como é a vida aqui, os costumes, e tudo mais.
- Essa viagem podia nos render um livro... O que você acha, ?
- Contar nossa experiência em Vancouver num livro?!
- Por que não?!
- Me chamem para a sessão de autógrafos e lançamento que eu certamente estarei presente! - disse Danny.
- Opa! Pelo menos, vai ter alguém. - Eu ri.

Pouco depois, Danny estacionou próximo ao mercado. Descemos e nos dirigimos até lá. Era realmente como os mercados que fui em Montreal. Nada estranho, né? Afinal, são cidades do mesmo país.
Estávamos no Granville Island Public Market, na Ilha de Granville.
Passeamos pelo Mercado, experimentamos algumas frutas, tiramos fotos, filmamos; tínhamos que ter informações pro nosso livro! Afinal, essa ideia não é ruim... A gente une o útil ao agradável!
Deixamos o mercado e fomos numa loja de chocolates, muito conhecida e chamada Roger's Chocolates, com mais de cem anos, vem satisfazendo os amante do chocolate. Assim que entramos, nos ofereceram aquelas amostras de chocolate e nós aceitamos:
- Não é delicioso? - perguntou Danny, também comendo chocolate.
- Demais!
- Sensacional! - disse . - Vou comprar uns agora, depois você traz a gente de novo antes de voltarmos ao Brasil?
- Claro! - disse Danny. - Será um prazer...
- Eu que o diga - eu disse. - Sou viciada em chocolate!
Fizemos comprinhas doces e deixamos a loja. Entregaram-nos um cartão e agradecemos o atendimento. Danny disse às atendentes que somos brasileiras e uma delas disse que é louca para conhecer nosso país. Que massa!
Deixando a loja “doce”, seguimos caminhando, tirando fotos e observando tudo.
- Vocês tomam cerveja? - perguntou Danny.
- Não sou muito de beber cerveja... - eu disse. - Por quê?
- Eu também... - disse .
- Tem uma cervejaria muito conhecida aqui: a Granville Island. É um sucesso em Vancouver. A cerveja é feita lá mesmo, dá pra visitar a fábrica e ainda experimentar quatro tipos de cerveja. Querem ir?
- Vamos!
- Claro! Tá valendo! Pra conhecer a fábrica, pelo menos - disse .
- Vamos, então. Depois, vamos almoçar em um restaurante típico.
- Okay!

Chegamos lá e fomos muito bem recepcionados pelo dono, que é amigo do Danny. Ele conhece metade de Vancouver. Dissemos que queríamos fazer o tour e ele nos conduziu até lá. Tinha um grupo de turistas a caminho da fábrica. Juntamo-nos a eles. Além da fábrica, lá tem um Pub, uma loja de cerveja e lembrancinhas.
Lá pela uma hora da tarde, deixamos a cervejaria e fomos almoçar num restaurante típico, onde pudemos provar (ou comer novamente) algo que eu amo, chamado Poutine, que é com batata frita, pedaços de queijo e um molho - que é muito bom! Quando forem ao Canadá, comam isso, porque é bom demais.
Depois de satisfeitos, deixamos o local e voltamos para o centro da cidade, onde estivemos visitando a Granville Street, um cartão postal de Vancouver onde encontramos lojas e restaurantes.

Depois de passear pela Granville Street, fomos até o Canada Place, onde encontram-se os cinemas com as salas de cinema IMAX - que contam com telas gigantes, cerca de dez vezes maiores do que das salas de cinema tradicionais. Além dos cinemas, encontramos ótimos cafés, onde se pode conversar, namorar ou até mesmo ler, apreciando uma bela vista.
- Eu estou cada vez mais apaixonada por esse país! - eu disse ao vislumbrar aquela vista.
- Realmente, isso é incrível! - disse . - Agora estou entendendo melhor o porquê de todo esse amor que você tem por esse país, ...
- Isso é só um pedaço... Espera quando você puder ir a Montreal, Quebec, Ottawa...
- E as muitas outras cidades e locais turísticos que esse país nos oferece - completou Danny.
- Você nasceu aqui, Danny? - perguntou .
- Nasci na França, mas vim pra cá ainda muito pequeno, e aqui estou! Construí minha vida aqui.
- Isso é incrível! - eu disse.


Capítulo 5


Já passava das sete horas da noite.
- Eu não sei vocês, mas eu estou com fome - eu disse, quando senti “o ronco”.
- Vamos jantar, então? - perguntou Danny.
- Vamos! - disse . - Também estou com fome.

Minutos mais tarde, estávamos acomodados em um restaurante italiano no centro da cidade de ambiente bem aconchegante o ótimo atendimento. Saboreamos um ótimo macarrão e um ótimo vinho. Deixamos o restaurante por volta das nove da noite, e fomos passear pelo centro à pé. Tiramos fotos, conversamos, vimos vitrines de lojas, entramos em algumas e conversamos, até que bateu o sono. Danny nos deixou no hotel e, combinamos de que estaria lá às nove da manhã.

Durante a semana, visitamos muitos pontos turísticos de Vancouver, dentre eles: o shopping Metrotown (maior shopping da região metropolitana de Vancouver), Jericho Beach (rodeada por belas mansões), dedicamos um dia inteiro para conhecer West Vancouver, fomos ao famoso Queen Elizabeth Park, considerado melhor jardim botânico, saboreamos um delicioso sorvete na Marble Slab Creamery, etc.
Chegava a sexta-feira e havíamos pedido ao Danny que nos levasse a alguma boate para conhecermos um pouco das festas daqui.
- Vou chamar meus filhos e minha esposa para irem, okay? - perguntou Danny.
- Claro! - respondi. - Será ótimo!
- Vamos nos divertir - disse .

Sexta-feira foi o dia mais calmo sem a agitação dos outros dias, pois tínhamos que estar bem para curtir a balada à noite. Foi um dia dedicado às compras, onde fomos à lojas como HMV, Chapter (livraria), Best Buy (loja de eletrônicos) e a True Value Vintage Clothing (loja de roupas). Danny nos deixou no Hotel por volta das seis da tarde, para que pudéssemos tomar banho e nos arrumarmos.
- Pego vocês às oito, pode ser? - perguntou.
- Claro! - respondi.
- Jantamos e depois vamos para a festa - disse Danny.
- Qual é o nome da boate que vamos? - perguntou .
- The Roxy - disse Danny. - É uma boate muito bem frequentada. Vocês vão gostar!
- Ótimo! Estamos ansiosas!
- Nos vemos mais tarde! - disse ele e logo saiu.

Nós pegamos a chave do quarto na recepção e subimos até o quarto. Tomamos banho, trocamos de roupa (as que compramos durante a semana e hoje), nos maquiamos, arrumamos os cabelos (uma da outra) e, quando deu sete horas de cinquenta e cinco minutos deixamos o quarto, rumo à recepção para esperar por Danny. Assim que colocamos os pés pra fora do Hotel - digo, na porta - uma van estaciona e Danny desce e abre as portas para que entrássemos. Apresentou-nos sua esposa e seus dois filhos (um de dezesseis e outro de vinte e três anos). Deixamos o hotel, rumo ao restaurante que, de acordo com Danny, era o seu favorito.

Depois de jantarmos, fui com até o toalete, onde escovamos os dentes para não ficarmos com mau hálito e espantarmos as pessoas na festa. Também demos uma retocada no make up (maquiagem).
Pouco depois de pagarmos a conta, agradecemos pelo atendimento e deixamos o restaurante.
- Que horas são? - perguntei para .
- Nem tenho ideia. Danny, que horas são?
- Dez horas; vamos pra festa agora! Prontas?
- Com certeza! - Sorri.
Entramos na van e seguimos até a boate. Chegando lá, já havia algum movimento, pois as festas começam cedo. Depois de a van estar estacionada, descemos e fomos juntos até lá. e eu vínhamos conversando com Frankie e Peter (dezesseis e vinte e três anos, respectivamente), e eles se ofereceram para levar a gente em outras boates da cidade.
- Prontas pra dançar? - perguntou Peter ao entrarmos.
- Com certeza. Né, ? - perguntou .
- Claro. A noite é uma criança... - Pisquei para , que entendeu meu recado.
- A gente está de férias e só quer curtir essa cidade... - disse .
Logo que entramos, Danny e sua esposa, Laura, dirigiram-se até o bar e nós e os meninos fomos para a pista. Afinal, queríamos curtir, não é? O ambiente é muito confortável, as luzes coloridas, a fumaça feita de gelo seco, as pessoas... Tudo parecia perfeito.
- As músicas são ótimas! - eu disse.
- Esse DJ é bem conhecido aqui e as festas com ele sempre são movimentadas e bem faladas - disse Peter.
- Músicas bem dançantes... - dizia , dançando com Frankie.
Logo começou uma daquelas músicas calminhas, onde se dançam em casais, um colado no outro e blá, blá, blá.
- A dama me concede esta dança? - perguntou Peter, estendendo a mão.
- Claro. - Sorri e me “uni” a ele. Dançamos em harmonia aquela canção.
- Pena que vocês ficarão apenas um mês aqui... - disse Peter, baixinho em meu ouvido, o que de certa forma fez-me arrepiar.
- Pois é; digo o mesmo... Eu amo tanto esse país... - respondi no mesmo tom.
- Mas você já está mais que convidada para retornar...
- Obrigada pelo convite, Peter - eu disse, olhando-o nos olhos.
- Como que uma menina tão linda como você está solteira? - perguntou Peter. -Apenas não consigo entender... - Ele me olhava fixamente e pude perceber que aquele olhar tinha, digamos, segundas intenções.
- E você, está solteiro por quê?
- Digamos que, no momento, seja por opção... Terminei um relacionamento há pouco tempo e resolvi dar um tempo - disse Peter.
- Entendo. - Voltamos a dançar.
e Frankie haviam ido até o bar para tomar algo. Ficamos ali dançando e nem percebemos o tempo passar.
Durante a festa, conhecemos amigos do Peter e de Frankie, que foram super legais com a gente e, por incrível que pareça, já nos tornáramos grandes amigos... Deixamos a The Roxy por volta das quatro e meia da manhã, cansadas, porém felizes por termos feito novos amigos e por mais um dia em Vancouver.

- E aí, gostaram da festa? - perguntou Danny, no caminho para o Hotel.
- Muito! - e eu nos olhamos e dissemos juntas, esticando a palavra.
- Que bom! - disse Peter. - Espero que voltem! - Ele me olhava.
- Com certeza voltaremos a Vancouver - eu disse.
- O que querem fazer amanhã? - perguntou Danny.
- Que tal se Peter e eu levássemos as meninas para um passeio amanhã? - sugeriu Frankie.
- Ótima idéia, bro! - disse Peter.
- Onde vocês vão levar a gente? - perguntei.
- Vamos levá-las pra fazer um tour de barco - disse Peter.
- Sério? - perguntou .
- Claro! Topam?
- Com certeza! - respondi.
- A que horas nos encontramos? - perguntou .
- A gente podia pegá-las ao meio dia, levá-las pra almoçar e depois ir passear. Que tal? - perguntou Frankie.
- Perfeito! - disse Peter. - Meio dia e meio a gente passa pra pegar vocês. - Já estávamos na frente do Hotel.
- Combinado. Estaremos aqui na porta esperando - eu disse e Danny desceu para abrir a porta pra gente.
Despedimo-nos de Laura, dos meninos e de Danny. Por fim, agradecemos pela noite maravilhosa que tivemos.
- Boa Noite! - dissemos antes de eles seguirem pra casa e nós adentramos o hotel. Pegamos a chave na recepção e nos dirigimos até o apartamento.
Depois que chegamos, foi aquela função de trocar de roupa, escovar os dentes e retirar a maquiagem e passar o creme antes de dormir. Não demorou muito para que adormecêssemos. Havíamos colocado o despertador para as onze e meia da manhã.
E foi nesse horário que ele tocou e acordamos com o Sol entramos pela janela.
- Bom dia, amor!
- Bom dia! - sorriu.
- Mais um dia nessa maravilha de cidade - eu disse, levantando-me.
- Pois é... - disse ela. - Como foram as coisas entre você e o Peter? Eu percebi que ele ficou interessado em você...
- Impressão sua, . Eu não percebi nada... - fingi não saber de nada.

Tempo depois de nos levantarmos, fizemos o processo básico: trocamos de roupa, maquiagem básica, pegamos a bolsa com a máquina fotográfica e logo deixamos o quarto. Já era meio dia e vinte quando chegamos à recepção, então deixamos a chave e ficamos esperando na rua, esperando; não demorou muito para que Peter e Frankie chegassem.
- Bom dia, brasileiras! - Peter sorriu ao descer do carro.
- Descansaram? - perguntou Frankie, descendo também.
Os cumprimentamos, agradecemos novamente pela noite anterior.
- Preparadas pra um passeio de barco hoje? - perguntou-nos Peter.
- Com certeza! - disse .
- Vamos, então! - disse Frankie.
Adentramos o carro e pouco depois deixamos o Hotel, rumo ao porto de Vancouver. No caminho, fomos conversando sobre nós, Brasil e Canadá, e descobrimos que Peter tem um pequeno iate.
- Já está tudo preparado lá - disse Peter. - Vamos almoçar no iate mesmo.
- Uia, a gente mal conhece vocês e já estão nos dando tratamento VIP, assim?! - Eu ri.
- Pois é... - disse Frankie. - Só porque a gente foi com a cara de vocês! - Olhou-nos fixamente.
- Entendo! - Eu ri de novo.
- É verdade; a gente não faz isso com todas as garotas que conhecem - disse Peter.
- Devemos nos sentir lisonjeadas! - disse .
- Pois é - eu disse. - Vocês vão ter que ir ao Brasil para que possamos fazer algo em agradecimento.
- Com certeza iremos! - disse Peter. - Não é, Frankie? - Olhou o irmão de lado.
- Com certeza! - respondeu.

Não demorou muito para que chegássemos ao porto, Peter deixou o carro com um amigo e eles nos levaram até o iate.
Entramos no iate, fizemos um pequeno tour, já que era pequeno e logo nos dirigimos para a “cabine do piloto”.
- Quem vai dirigir?!
- Eu - respondeu Peter, sorrindo de orelha à orelha.
- Você sabe, Peter? - perguntou-lhe .
- Sei, sim - disse Peter. - Esse iate é meu!
- Uia! - eu disse. - Pra onde vamos?
- Até West Vancouver - respondeu Frankie. - Lá podemos descer e passear um pouco, mas temos que voltar antes das oito.
- Okay - disse . - Bora?
- Vocês que mandam - disse Peter. - Não querem comer antes?
- Opa, pode ser. - Sorri de lado, meio envergonhada.

Almoçamos rapidamente para não perder tempo e fomos passear. Estávamos nos divertindo muito: conversando, cantando, tirando fotos... A viagem estava realmente valendo à pena DEMAIS!
Passamos uma ótima tarde com os meninos: divertimo-nos horrores. Voltamos para o Hotel bem tarde naquele dia... Os dias seguintes foram tão movimentados quanto os que já passamos aqui em Vancouver. Mas o festival se aproximava, e a esperança de tornar um sonho realidade se tornava em certeza a cada dia que passava.

Num certo dia, saímos novamente com Peter e Frankie e conhecemos amigas e amigos deles. Todos disseram que estariam no festival. Então, combinamos de que estaríamos todos juntos lá.

No dia anterior ao festival, Danny disse que o tal amigo dele havia ligado e que nossa ida ao camarim após o show estava mais que confirmada:

Flashback on.

- Eu ouvi direito?! - perguntou , olhando Danny com os olhos bem abertos.
- Ouviu sim, - respondeu. - Vocês finalmente vão realizar esse sonho - disse olhando-nos e sorriu.
- Danny, Danny... O que podemos fazer pra agradecer isso a você? - perguntei.
- Apenas divirtam-se e aproveitem cada momento da viagem de vocês à Vancouver.
- Pode ter certeza que aproveitaremos.
- A propósito, fiquei sabendo que Peter e Frankie vão com vocês... - comentou Danny.
- Sim, algum problema? - quis saber.
- Não, não. Só pra avisar vocês que eles virão buscá-las pela manhã, levarão vocês a um passeio e, antes de irem para o festival, farão um lanche em algum lugar lá perto.
- Okay.

Flashback off

Era noite quando ele nos deixou no Hotel para que descansássemos para o dia seguinte, que prometia ser O DIA.
Quando adentramos ao nosso quarto naquela noite, após fechar a porta...

Flashback on

- Você acredita nisso?! Perguntou , olhando-me ainda com cara de espanto.
- A gente vai realizar nosso sonho, ! Vamos conhecer o Simple Plan! - eu disse, com um brilho no olhar.
- Eu sonhei tanto com isso... - me abraçou.
- Então esse sonho se tornará realidade em algumas horas, amiga!
- É; nem acredito ainda!

Minutos depois estávamos deitadas, e não demorou para que adormecêssemos.

Flashback off


Capítulo 6 – O DIA:


O despertador tocou cedo, como havíamos programado na noite anterior. Eram quase oito horas da manhã; o Sol já entrava pela janela e isso me dizia que o dia estava perfeito! Perfeito para um sonho que se tornaria realidade em poucas horas.

– Bom dia, ! – eu disse alegremente, levantando-me e me dirigindo ao banheiro.
– Bom dia, ! Dormiu bem? – perguntou-me .
– Melhor impossível. E você?
– Também. Hoje é o dia, né?
– Exato. E será perfeito!
– Com certeza – disse .

Arrumamo-nos, descemos até o térreo e fomos até o salão onde tomamos o café da manhã. Depois retornamos ao quarto, acabamos de nos arrumar e, pouco depois, estávamos na recepção à espera de Peter e Frankie, que não demoraram a aparecer.
Alguns minutos depois, estávamos em algum ponto turístico dessa gigante cidade chamada Vancouver. Passeamos a manhã toda, depois fomos até o shopping, onde pudemos saborear uma comida caseira. Ficamos dando voltas pelo shopping. O festival estava marcado para começar às dezessete horas, mas o local abriria às dezesseis horas. Era ao ar livre, mas só deixariam entrar a partir das dezesseis horas. Então ficamos passeando pelo shopping, e pra não perder a prática, e eu fizemos compras e ganhamos presente dos meninos.

– Que horas são? – perguntei, sentando em um banco no corredor do shopping.
– Três e quarenta – respondeu Peter.
– A gente podia ir pra lá, né? – sugeriu .
– Podemos! - disse Frankie.
– Vamos embora, então! – Levantei e fui em direção ao estacionamento.

Pouco depois, deixamos o shopping com destino ao porto, onde foi montado o local para o festival. Chegamos lá e o tal amigo de Danny estava à nossa espera. Peter e Frankie já o conheciam, então fizeram as apresentações. Logo nós entramos; antes mesmo do resto do pessoal que estava na fila. Ficamos lá na frente, na grade. Na verdade, a grade estava quase grudada no palco; a distância era mínima.

– Gente... Eu não tô acreditando que tô aqui, e logo mais o Simple Plan estará tocando nesse palco, na minha frente! – disse .
– Nem eu! – eu disse. – Eu fico aqui, bem na frente do Pierre! Quero olhar bem naqueles olhos castanhos... – Minha expressão era sonhadora.
– Assim a gente vai fica com ciúmes... – disse Frankie, rindo baixo.
– Desculpem, mas isso é especial demais pra gente! - disse .
– Com certeza! – eu disse.
– Tudo bem, a gente perdoa vocês... – disse Peter, e me deu um beijo na bochecha.
– Quando que a gente vai poder falar com eles? – quis saber.
– Depois do show vocês irão ao camarim – respondeu Peter.

Pouco depois, abriram para o pessoal que estava na fila entrasse e começou o amontoamento de pessoas na grade. Demorou alguns minutos, e o festival começou. O Simple Plan era a quarta banda – antes tinha três bandas não tão conhecidas, mas os shows foram ótimos. Depois que a terceira deixou o palco, a tensão aumentou, pois sabíamos que a próxima era o Simple Plan.

– Tá pronta, ? – perguntei.
– Preparadíssima, amor! - Batemos as mãos em comemoração.
– Eles são a última banda dessa noite – disse Frankie. – Assim que terminar o show, a gente espera aqui.
– Vão vim nos chamar? – perguntou .
– O Michael vai vim nos chamar – respondeu Peter.
– Okay. – Acho que meus olhos brilhavam mais, agora.

Em seguida, ouvimos algo que pareceu bem familiar: sim, eles estavam entrando no PALCO! Meus amores estavam ali, em minha frente!
Vou ali morrer e já volto.
Começaram o show cantando o hit Shut up.

– AH, não acredito, ! Eles tão na nossa frente! - disse .
– Ai, aguenta, amiga; a gente vai encontra eles no camarim depois!
– Eu vou é desmaiar lá dentro!

Cantávamos bem alto e olhávamos sem parar para ELES. Senti olhares sobre mim, mas preferi pensar que era impressão minha.
O show seguiu animadamente, com I’m Just a Kid, outro hit da banda. Depois dessa, eles conversaram um pouco com o público:

– Boa Noite, galera! – disse Pierre em inglês e todos responderam na MAIOR animação.
– Pierre, o público de Vancouver está bem animado, não é? – disse David.
– Muito! – concordou Pierre. – Estão prontos pra mais?
– Sim!

Seguiram com Welcome to my Life e, Thank You (a mesma versão cantada no Hard Rock Live, com direito a gemidos e tudo mais). Fiz que me abanava, e senti mais uma vez, olhares sobre mim.

– Eu não vou aguenta, ... Até os gemidos eles fizeram! – disse, olhando Pierre.
– Brother, acho que perdemos as brasileiras... – disse Frankie e baixou a cabeça, triste.
– Vocês tem a nossa amizade! – disse .
– Isso vale muito! – disse Peter.
– Que bom, porque eu ia ficar muito triste que fosse o contrário...

Agora, cantavam Take my Hand, e aquela energia tomou conta de novo. Eu não sei como, porque, nem o que me fez amar tanto essa banda, mas eu amo vê-los ao vivo! Não que ouvir o CD em casa seja ruim, mas ao vivo é MIL VEZES melhor. Depois, foi a vez de Holding On. Voltando para os hits do primeiro CD: ADDICTED. Nessa hora eu quase desmaiei. Quer saber por quê? Eu conto.

, ele vai descer do palco? – perguntou , perto do meu ouvido.
– Parece que sim, . – Acompanhei com o olhar por onde Pierre passava e, quando percebi, ele estava bem – eu digo BEM – a minha frente.
– É agora que ela desmaia... – disse , me olhando.
– Vocês são brasileiras? – perguntou Pierre (em inglês) nos olhando, sem o microfone.
– So... So... mos! Somos sim! – Sorri.
– Galera, tem brasileiras aqui! – disse Pierre ao microfone.
– Sério?! – disse David. – Elas vieram de longe pra ver a gente?!
– Na verdade a gente não sabia que ia ver vocês... Ficamos sabendo que teríamos a oportunidade depois que chegamos – disse .
– Estão curtindo o show? – David quis saber.
– Muito! – respondi, olhando , que confirmou com o dedo, fazendo “ok”.

Depois desse momento em que quase desmaiei – lê-se: QUASE DESMAIEI –, o show seguiu na mesma animação, com hits de todos os CDs lançados. A penúltima música foi I Can’t Wait Forever, e Perfect por fim, um hit do No Pads, no Helmts... just balls e minha música preferida.
Enquanto se despediam, foram jogadas toalhas para a platéia, garrafas de água, as baquetas e as paletas. Logo deixaram o palco sob gritos e pedidos de mais. Aos poucos, o público foi deixando o local, exceto nós, que esperávamos por Michael.
Levou longos minutos, mas nossa hora chegou. Estávamos sós na grade; todo o pessoal já havia deixado o local, e as entradas já haviam sido fechadas.

– Pessoal?
– Sim – disse Peter. – Michael?
– Está na hora, meninas! – disse Michael.
– Preparadas? – perguntou Frankie.
– Demais! – disse . – Vocês vão com a gente?
– A gente espera vocês aqui... – disse Peter.
– Deixam de ser chatos; venham junto! – disse Michael.
– Vamos, Peter – disse Frankie.
– Okay – concordou Peter.
– Oba! – Sorri.


Capítulo 7


Deixamos o ambiente onde foi o show e nos dirigimos para a área dos camarins, atrás do palco. Chegando lá; havia alguns seguranças, mas como estávamos com Michael, nos deixaram passar. Alguns segundos depois, estávamos em frente a uma porta, onde encontramos escrito Simple Plan e foi ali, naquela porta, onde Michael deu três toques, um seguido do outro. Logo a porta foi aberta e em seguida nos adentramos.
– Essas meninas são as que eu havia falado pra vocês antes do show... – disse Micheal.
– Eu não acredito que estou aqui! – disse .
– São as brasileiras! – David sorriu ao nos ver.
– Fiquem à vontade, meninas! – disse Pierre. – A propósito, como se chamam?
e – disse ela, apontando pra mim.
– Prazer, meninas! – disse Pierre.
– O prazer é todo nosso! – disse, olhando-o fixamente.

Aos poucos fomos cumprimentando cada um deles. Tiramos fotos, com cada um e uma com a banda toda, pegamos autógrafos e tivemos um tempo conversando com eles, afinal, não é toda hora que se está num camarim conversando com seus MAIORES ídolos.

– O que fazem duas brasileiras aqui em Vancouver? – perguntou Chuck.
– Viemos passar férias de inverno da América do Sul... – respondeu-lhe .
– Até que dia vocês ficam em Vancouver? – Jeff quis saber.
– Até o dia trinta e um. Eu tenho mais pressa pra voltar porque em agosto é minha formatura.
– Opa, tem festa em agosto no Brasil! – disse Pierre, rindo.
– Eu adoraria tê-los lá na minha formatura.
– Opa, festa é com a gente mesmo! – disse David, rindo.
– Pena que não podemos ir a Montreal... Eu não conheço – disse , entre risos.
– Você conhece, ? – perguntou Sebastien.
– Conheço. Estive lá faz quatro anos, antes de entrar na faculdade.
– Wow! – disse Pierre. – Gostou de lá?
– Muito! É uma cidade encantadora... – Minha expressão era sonhadora.
– É impressão minha ou... você quer muito voltar pra lá? – perguntou Pierre.
– Como?!
– É o sonho da vida dela! – disse .

Alguns minutos depois de muita conversa:

– A gente tem uma festa pra ir agora, vocês não querem ir com a gente? – perguntou Jeff.
– Festa... Hmm... O que vocês acham? – perguntou .
– Se vocês quiserem ir, a gente vai junto – disse Peter.
– Vamos? A gente não tem hora pra chega no Hotel... Estamos de férias sem nossos pais! Lembra? – eu disse.
– Lembro. Vamos! Nós vamos! – disse .
– Assim que se fala, brasileiras! – disse David.
– Onde é a festa? – perguntou Frankie.
– Na rua principal... – disse Seb.
– É aquela que eu ouvi na rádio hoje... Que vai estar bombando, pelo que me disseram? – perguntou Peter.
– É, essa mesma. Vamos? – perguntou Pierre.
– A gente encontra vocês lá?
– Na porta! – disse Pierre. – A gente não precisa de convite pra entrar, porque conhecemos o dono, então vocês entram com a gente!
– Okay. Vemos-nos lá, então – eu disse, me levantando; estávamos sentados num sofá, que me pareceu bem cômodo.

Minutos depois, estávamos em frente a tal boate esperando por eles, que provavelmente se atrasaram um pouco pra sair do local do show. Ficamos conversando, até que...

– Lá vem eles! – disse , com os olhos brilhando.
– Hoje a noite é nossa! – eu disse, baixinho ao ouvido dela.
– Aproveitaremos ao MÁXIMO! – disse , enfatizando essa última palavra.
– Prontos pra curtir o resto da noite? – perguntou-nos Jeff quando se aproximaram.
– Demais, não é, ? – perguntou .
– Com certeza! – disse, olhando para Pierre.

Em poucos segundos, o dono do local estava à porta, esperando. Recebeu-nos muito bem: entramos e começamos a observar o local, desconhecido pra nós duas.

Cada um dos meninos da banda foi para um canto da boate, enquanto Peter, Frankie, e eu dávamos uma volta para conhecer o local, que era bem grande, por sinal. Depois disso, passamos no bar, pegamos bebidas e nos dirigimos pra pista de dança. Haviam duas: uma externa e outra interna, já que a casa tinha uma área descoberta. Decidimos primeiro pela interna. A pista de dança estava cheia de gente, e a música rolava solta. Na pista interna tocava música pop e rock, enquanto na externa era hip-hop e eletrônica.
Estávamos dançando e curtindo a noite como havíamos dito, quando...

– Preciso ir no banheiro... – disse . – Vem comigo? – perguntou baixinho em meu ouvido.
– Vamos descobrir onde é, primeiro.
– O banheiro é lá em cima? – perguntou baixinho para Frankie.
– É.
– A gente já volta – disse .
– Okay – disse Frankie.

Quando subimos as escadas, vimos que Pierre e David estavam sentados em puffs, conversando com umas meninas. Seguimos até o banheiro depois de acenarmos para eles.

– Sozinha aqui... Ai, que inveja... – eu disse.
– Das meninas? – perguntou , entrando num Box do banheiro enquanto eu esperava-a ali perto da porta.
– Uhum... Você não?
– Com certeza... – disse . – Mas pensa só: já conseguimos algo, e isso pra uma fã já é MUITO.
– Eu sei, . Mas, fala sério: se conseguisse mais do que isso, você não ficaria mais feliz?
– Com certeza! – disse .
– A gente sonha... De repente, isso algum dia torna-se realidade.
– Enquanto isso, a gente aproveita a companhia do Peter e do Frankie – disse , saindo do Box.

lavou as mãos e as secou. Saímos do banheiro.

– Oi, meninas! – Era Pierre.
– Curtindo a festa? – perguntou David.
– Muito e vocês? – perguntou .
– Também, mas pode ficar melhor – disse Pierre, me olhando fixamente nos olhos.
– P-po-de? – perguntei, olhando-o.
– Pode. – Pierre sorriu.

Nisso, David já havia puxado , e eu fui puxada por Pierre até os puffs onde eles estavam antes, quando fomos pro banheiro. Agora havia mais puffs disponíveis. Ficamos conversando; eles queriam saber mais sobre a gente. No camarim não havíamos conversado muito sobre coisas pessoais, somente sobre eles, o quanto somos fãs e essas coisas. Conversamos por uns minutos.

, você está entendendo isso? – eu disse, olhando Pierre, que me olhava fixamente nos olhos ou talvez no rosto todo.
– Nem um pouco... – disse . – Mas lembra o que comentamos antes de entrar?
– Claro, que lembro. – Sorri.
– O que vocês comentaram? – Pierre quis saber.
– Curioso, você, hein?
– Nem um pouco... – disse Pierre, aproximando-se mais de mim.
– Eu também gostaria muito de saber... – disse David, olhando .
– Por que você me olha desse jeito? – perguntou , sem graça.
– De que jeito, linda? – perguntou David, aproximando seu rosto do dela.

Quanto menos percebemos, os dois nos beijaram e, como havíamos dito anteriormente, vamos aproveitar a noite, estamos de férias e, longe de casa. Foi aquela coisa: línguas pediam passagem, outras cediam, e o beijo foi ficando digamos mais profundo e mais gostoso com o passar dos segundos. Como eu queria que isso não acabasse mais...


Capítulo 8


Pouco depois:
– Ow, David, bem que a gente podia ficar mais uns dias aqui em Vancouver, né? – perguntou Pierre, olhando fixamente em meus olhos.
– Pode! – disse David, com os olhos brilhando.
– E aproveita mais a companhia dessas brasileiras... - disse Pierre.
– E a gente podia adiar a nossa volta pro Brasil, né, ?!
– Uma pena que só tenho um mês de férias... – lamentou .
– E eu preciso voltar pra formatura no dia dezoito de agosto. – Estava meio tristonha.
– Vocês não vão ficar tristes, vão? – perguntou David.
– Tá certo; a gente tem que aproveita enquanto está aqui – disse .
– Isso mesmo! – disse Pierre.
– O que faremos agora, então? – perguntei.
– Vamos dançar? – sugeriu.
– Os meninos devem ter sentido nossa falta...
– Quem são eles? – perguntou Pierre.
– A gente conheceu eles aqui... O pai deles que foi nos buscar no aeroporto quando a gente chegou, e ele que tem nos levado pra passear pela cidade – disse .
– Mas eles são apenas amigos... – eu disse. – Por quê?
– Nada, não... – disse Pierre.
– Senti ciúmes aí, Bouvier – disse David.
– Ciúmes?! – perguntou Pierre. – Claro que não.
– Bora dançar lá em baixo! – disse , levantando-se.
– Ajude a sua velha amiga? – pedi, esticando o braço.
– De velha não tem nada... – disse, me puxando.
– Vamos, gatinhas? – perguntou Pierre, me pegando pela mão.
– Vamos, GATINHOS – disse , piscando pra mim.
– Já entendi, ! – Eu ri.
Chegamos à pista de dança e pouco depois avistamos Peter e Frankie dançando com umas meninas. Viram-nos, mas deixaram a gente com Pierre e David. A música que passava era bem dançante, deu pra mostra um pouco do gingado brasileiro aos gringos.
– Wow! – disse Pierre. – Não é por nada que elas são...
– ...brasileiras! – David completou.
– Isso mesmo!
e eu ficamos paralisadas, olhando-os, até que eles foram se aproximando da gente aos poucos, nos abraçando, passando uma mão pelos nossos cabelos e a outra acariciando nossos rostos. Ficaram tão próximos que dava muito bem pra sentir a respiração já ofegante deles:
– Pierre... – Foi só mencionar o nome dele e bastou para que ele unisse novamente nossos lábios. Ao que tudo indica, David fez o mesmo com .
Mas esse beijo pareceu melhor e talvez mais verdadeiro, mais calmo. A língua dele pedia passagem, eu cedia e, aos poucos, ele foi explorando minha boca. Minha vontade de fazer com que isso durasse eternamente e se transformasse em MUITO mais que um simples beijo, era cada vez MAIOR.
Enquanto o beijo ia rolando, começou a tocar uma música mais lenta, daquelas que se dança coladinho, e foi isso que aconteceu: dançávamos enquanto o beijo rolava.

Seguimos dançando, bebendo, conversando e nos divertindo. O restante dos meninos se juntou a nós na pista da dança e fizemos uma roda, onde cada um tinha que ir até o meio dançar. Foi divertido.
Já passava das quatro horas da manhã quando todos resolveram ir embora. As festas não acabam tarde, como no Brasil. Voltaríamos pro Hotel com Peter e Frankie, mas enquanto nos despedíamos dos meninos...
– Qual é a programação pra mais tarde? – perguntou Pierre.
– Não sabemos ainda. Alguma sugestão?
– A gente pega vocês no hotel lá pelas treze. Vamos almoçar e vemos o que fazer, dependendo do tempo. Pode ser? – sugeriu Pierre.
– O que achas, ? – perguntei, olhando-a.
– Por mim, ótimo! – sorriu, olhando David.
– Perfeito! – David sorriu de volta pra ela.
– Ótimo.
– Em que hotel vocês estão? – perguntou David.
– Vancouver Inn Hotels – respondeu .
– Em qual? – perguntou Pierre.
– Vancouver Inn Hotels, por quê?
– É o nosso destino, Desrosiers! – disse Pierre.
– Não vão dizer que vocês estão no... – disse .
– Mesmo hotel! Sim, estamos! – disse David.
– Wow! – disse, com os olhos arregalados, olhando , que estava mais surpresa que eu.
– Venham com a gente, então! – disse Pierre.
– Ok. Esperem um minuto. – Fui até Peter e Frankie, que estavam mais afastados. veio logo atrás de mim.
– Fala, ! – disse Peter.
– Algum problema se a gente for com eles?
– Eles estão no mesmo hotel que a gente – completou .
– Se vocês quiserem assim... sem problemas – disse Frankie.
– Nos vemos mais tarde? – perguntou Peter.
– Talvez. Qualquer coisa a gente liga.
– Okay – disse Frankie. – Boa noite, garotas!
– Boa noite e obrigado por tudo... – disse .
– De nada. Até. Descansem! – disse Peter.
– Até mais – eu disse, e voltamos até a van dos meninos.
– Vamos? – perguntou Pierre.
Yes. – Sorri.
– Entrem – disse David, ajudando-nos a subir na van.
Logo depois eles entraram, e o motorista fechou a porta, se dirigiu ao seu assento e nos conduziu até o hotel.
Chegando lá, ele abriu a porta da van para que saíssemos e os meninos pediram o telefone dele, para o caso de resolverem ir a algum lugar distante. Adentramos e pedimos a chave do quarto:
– A chave do quinhentos e quinze, por favor? – pediu .
– Aqui está – disse a recepcionista, entregando-a.
– É o quarto de vocês? – perguntou Pierre.
– É...
– A gente tá no sexto andar – disse David.
– Okay. Vamos? – perguntei para .
– Até mais, meninos – disse ela enquanto íamos para o elevador.
– A gente vai com vocês – disse Pierre, vindo conosco.
Subimos com David e Pierre. Quando a porta do elevador fechou, foi o que bastou para que os dois unissem seus lábios aos nossos novamente. Quando sentimos que o elevador parou no nosso andar, nos desvencilhamos.
– Venham com a gente – disse Pierre, com aquela carinha de cachorro sem dono.
– Como?! – perguntei, espantada com o que acabara de ouvir.
– É, venham dormir com a gente! – disse David.
– Quer saber, a gente veio pra se divertir e curtir a viagem. Eu vou! – disse .
!
– Vamos? – disse Pierre, olhando-me.
– Deixem a gente só escovar os dentes, pelo menos? – perguntou .
– Claro – disse David. – A gente pode espera lá com vocês?
– Pode – respondeu .
Os dois saíram do elevador bem felizes e foram com a gente até nosso quarto, onde cada uma foi até o banheiro fazer sua higiene básica antes de dormir. Depois, seguimos com eles até o sexto andar. O restante dos meninos haviam ido cada um para seu quarto.
– A hora que a gente acordar, eu chamo vocês – disse Pierre, antes de entrarmos no quarto dele.
– Okay. Boa noite – disse David e adentrou ao quarto com .
Pierre abriu a porta do quarto, deixou que eu entrasse primeiro e logo que ele entrou e fechou a porta, me puxou, pois eu estava perto a ele, e roubou um beijo, como aquele dado na pista de dança. Mas agora as coisas pareciam que iam avançar – digo, algo além de um beijo ia acontecer nesse quarto.
Depois de alguns selinhos, já deitados na cama, ele pediu que eu esperasse enquanto ele ia fazer sua higiene básica. Fiquei deitadinha, esperando. Pouco depois, ele deixou o banheiro, apagando a luz do mesmo e a do quarto, deixando só uma das de cabeceira.
– Onde foi que eu parei? – perguntou Pierre, deitando-se sobre mim com os cotovelos apoiados na cama.
– Não lembro... – disse, me fazendo que não lembrava.
– A gente começa de novo, não tem problema – disse ele, aproximando-se aos poucos de mim.
Seu rosto estava bem – bem – próximo ao meu, seu olhar penetrante me deixava cada vez mais louca, e sua respiração ficava cada vez mais ofegante. Deixei que a situação me levasse e uni nossos lábios com desejo, paixão e amor. Fui explorando cada canto da boca dele e ele fez o mesmo na minha. O beijo aos poucos foi ficando mais e mais intenso, os gemidos também e a respiração mais ofegante, e íamos despindo-nos, acariciando um ao outro, distribuindo beijos na extensão dos corpos, até que chega o momento.
– Quer colocar, minha gatinha? – disse Pierre, referindo-se à camisinha que ele tinha em mãos.
– Posso? – perguntei, olhando-o fixamente nos olhos, mordendo meu lábio inferior, o que fez com que ele ficasse mais excitado.
– Claro, linda – disse, depositando um beijo em minha boca.
Aos poucos, abri o pacote da camisinha e coloquei-a devidamente no lugar, jogando a embalagem em algum canto do quarto e voltando a olhá-lo fixamente, com os cotovelos apoiados na cama. Ele voltou a me beijar e, entre selinhos, perguntou se eu estava pronta:
– Sim, estou – disse baixinho em seu ouvido.
– Se doer muito, me avisa, tá? – falou no mesmo tom de voz.
– Tá bom – respondi e o beijei com intensidade.
Aos poucos, os gemidos eram mais intensos, ficávamos mais suados e a sensação era indescritível.
– Tá bom? – perguntou Pierre, distribuindo beijinhos pelo meu rosto.
– Uhum. Pode ir mais rápido, se você quiser – respondi bem baixinho, entre gemidos, arranhando suas costas e deixando que minhas mãos deslizassem pelo corpo dele, o deixando arrepiado.
– Você que manda, princesa. – Pierre ficou com o rosto bem próximo ao meu, apenas sentindo minha respiração bastante ofegante e meus gemidos.
– Me beija? – pedi rápido e baixinho entre gemidos.
– Claro – disse ele, e logo uniu seus lábios aos meus.
Sua língua pediu passagem e eu cedi. Novamente, ele explorou cada canto da minha boca, me deixando mais louca e com mais vontade de continuar aquilo tudo. Depois de explorada, ele passou a lamber meus lábios e o restante do meu rosto, descendo aos poucos. Mudamos de posição: agora era eu em cima dele. Era minha vez de proporcionar um pouco de prazer.
– Diga o que você deseja, que eu vou tornar todos os seus desejos realidade, meu deus canadense – eu disse, bem próxima ao seu ouvido, deixando-o arrepiado.
Comecei lambendo aqueles lábios molhados e desejados, passando a beijá-lo logo depois, enquanto minhas mãos acariciavam, intercalando seus cabelos e seu rosto. Aos poucos, fui passando para o peito e o abdômen, depositando beijos, mordidinhas e lambendo toda a extensão, ficando mais intensa conforme ele gemia e pedia por mais.
– Me beija, garota! – disse Pierre, me puxando para unir nossos lábios.
Mais um beijo intenso, molhado e cheio de amor (ou paixão), com direito a carícias, gemidos e suspiros. Pouco depois, avisei que estava NA HORA e, em poucos minutos, caí ao lado dele na cama, cansada, esperando que minha respiração se normalizasse.
– Foi perfeito! – disse Pierre, olhando-me fixamente, acariciando meu rosto.
– Pra mim também – eu disse baixinho em seu ouvido, depositando um beijo em seus lábios.


Capítulo 9


Enquanto isso aconteceu, no outro quarto, mais afastado...
David, como um cavalheiro, abriu a porta e deixou que entrasse primeiro, entrando logo em seguida. Enquanto ela foi entrando e olhando tudo ao redor, ele adentrou o banheiro e fez sua higiene básica, deixando o banheiro poucos minutos depois e indo até ela, que estava parada em frente a uma grande janela que dava uma boa vista da cidade.
– Essa cidade é linda, né? – disse , assim que sentiu que ele a abraçou por trás e beijou seu pescoço.
– Muito, e fica mais linda com pessoas como a que eu tenho aqui agora comigo – disse David e virou-a com as próprias mãos, de frente para si.
– Eu que o diga... Essa viagem vai ficar marcada eternamente – disse , sorrindo.
– E pode ser mais especial ainda... – disse David ao ouvido dela, fazendo-a arrepiar-se por inteiro.
David aos poucos uniu seus lábios aos dela, e aquele beijo foi tomando jeito, sabor, deixando-os arrepiados e com a respiração já ofegante.
– Beija bem, hein.... – disse David ao ouvido dela.
– Você também... – falou , mais baixinho.
– Posso ter uma amostra do que mais você faz MUITO bem? – perguntou David.
– Você deixa eu te mostrar? – perguntou .
– Deixo, minha gata – respondeu David, olhando-a fixamente nos olhos.
Aos poucos, , dessa vez, encostou seus lábios aos dele, que já estavam molhados e pouco vermelhos. Foi conduzindo as coisas: aos poucos começaram a se despir, e David a conduzia até a cama de casal que se encontrava próxima a eles, fazendo-a deitar-se por cima dele, já que ela mostraria o que sabia primeiro.
– Todas as brasileiras são assim? – perguntou David, impressionado com a apresentação dela.
– Não sei, mas eu...
– Você é perfeita – disse ele entre gemidos.
estava realmente conseguindo o que queria: deixá-lo louco. Como? Dando seu jeitinho nos beijos, nos toques, nos momentos em que parava para falar algo, ou até mesmo nos momentos em que parava para tomar fôlego. A noite estava sendo perfeita, e assim terminaria.
– Está do seu agrado, Desrosiers? – perguntou .
– Mais do que isso, mais do que eu esperava... – respondeu David, com a respiração ofegante, falou bem devagar.

Pouco depois:
– Isso foi o suficiente? – perguntou entre um beijo.
– É... Digamos que ainda não, mas... Deixe eu agora – disse David, mudando-os de posição.
Agora era ele em cima dela. Ele voltou a beijá-la ferozmente; a mordia, fazendo-a gemer intensamente e mais alto. Os dois já suavam mais do que imaginavam, os gemidos eram mais frequentes e constantes, e estava chegando O MOMENTO. David lambia a extensão do seu corpo, com o objetivo de chegar "lá". ficava cada vez mais excitada e sentia cada vez mais próximo o orgasmo. Enquanto ele a lambia, ela arranhava as costas dele, e às vezes acariciava os cabelos do mesmo, chamando por seu nome, o deixando mais e mais excitado.
– Ai, David, vai logo, não fica enrolando... – disse .
– Calma, gata – disse, voltando a beijá-la.
– Não judia de mim... – disse , entre gemidos.
– Não estou judiando de você, linda.
– Cadê a camisinha?!
– Tá com pressa? – perguntou David, chegando "lá".
– Estou chegando lá...
David beijou-a na boca antes de outra coisa. Ele aproveitou aquele beijo como se fosse o último, como se não fosse vê-la outra vez. Os lábios dos dois já se encontravam bem vermelhos e doloridos.
– Quer colocar a camisinha em mim? – perguntou David.
– Onde está?
– Debaixo do travesseiro...
– Você colocou aqui?! – perguntou , colocando a mão debaixo do mesmo.
– Uhum, e você nem se deu conta...
tirou-a debaixo do travesseiro, abriu o pacote, e vestiu-a nele. Antes que ele a empurrasse para deitar, ela olhou fixamente nos olhos dele.
– Eu amo você, meu Divo! – disse e beijou-o.
Aos poucos, ele foi fazendo com que ela se deitasse novamente e penetrou-a com cuidado para não machucá-la. Revezavam entre rápido e devagar e, alguns minutos depois, os dois já cansados se jogaram na cama, um ao lado do outro, esperando que suas respirações normalizassem e o sono viesse.
– Foi a noite mais mágica da minha vida – disse David, olhando-a profundamente nos olhos.
– Pra mim também.
– Você é perfeita, gata!
– Meu divo!

Antes de pegarem no sono, ele uniu seus lábios aos dela e pronunciou aquelas três palavrinhas mágicas, que fizeram com que ela sonhasse que estava no paraíso com seu príncipe encantado. E esse príncipe era ele.

NO DIA SEGUINTE – por volta das onze horas.

Pierre havia acabado de acordar com a luz do sol entrando pela janela do quarto; haviam esquecido a cortina aberta. Ele logo levantou-se e fechou-a, voltando a se deitar, mas não voltou a dormir, pois algo não deixou. Ele estava tão encantado com o jeito da brasileira dormindo ao seu lado que acabou perdendo o sono. Ficou apenas observando-a, e uns minutos depois começou a acariciá-la no rosto, lembrando-se da noite perfeita que tivera.
– Como você é perfeita... – disse ele, baixinho, não querendo acordá-la.
Acariciava os cabelos dela, o rostinho, aquela pele macia... Queria beijá-la novamente, como na noite passada, mas não queria acordá-la. Aproximou-se do rosto dela, encostando-se no travesseiro, e assim pode sentir a respiração calma e o calor humano que havia ali ao seu lado.
– Eu amo você, garota – disse baixinho.
– Quero você só pra mim... – ela disse, dormindo.
Ele achou que ela estava apenas sonhando e, ao mesmo tempo, isso fez brotar um enorme sorrido em seus lábios. Aos poucos, ela abriu os olhos e o viu ali ao seu lado, com um sorriso de orelha a orelha, olhando-a:
– Você estava sonhando? – perguntou Pierre.
– Sim e não. Em que momento exatamente você acha que eu estava sonhando?
– Agora há pouco, quando você disse: "eu te quero só pra mim" – disse Pierre.
– Não, eu não estava mais sonhando... – RESPONDI, olhando-o fixamente nos olhos.
– Não?!
– Não! – disse baixinho e, devagar, uniu meus lábios aos dele.
Era por isso que ele estava esperando, só não queria acordá-la. Ele deixou que o beijo fosse tão bom quanto os da noite anterior, deixou que o beijo mostrasse a ela tudo que ele estava sentindo. Depois de um selinho, ele segurou o rosto dela – ela estava deitada em cima dele –, olhou-a fixamente nos olhos e fez questão de relembrar, caso ela não tivesse escutado:
– Eu amo você, garota.
– Eu também amo você, meu gordinho sexy.
– Gordinho sexy?!
– É... Assim que eu chamo você... – disse, sorrindo de canto de boca.
– Ai, ai, ai... Eu não quero imaginar como será depois... — disse ele.
– Depois do quê?
– Que eu for embora pra Montreal e você pro Brasil... – disse ele, meio tristonho.
– Vocês têm mais algum show agora em Julho?
– Acredito que não vá ter... – disse Pierre.
– Por que você não fica mais uns dias aqui em Vancouver? – perguntou de olhos fechados, com a testa encostada na dele, sentindo a respiração que se encontrava um pouco ofegante, devido ao beijo.
– Não é má idéia... – Pierre sorriu, e ela pode sentir isso.
– Então você vai ficar? – Olhei-o com uma pontinha de esperança.
– Vou falar com o Pat, e se não tive compromisso nos próximos dias, eu fico – respondeu, com um brilho no olhar.
– Ai... – eu disse, aproximando meu rosto do dele e, senti que a respiração ficou mais ofegante.
– Eu quero que você seja só minha... – disse baixinho, deixando-me totalmente arrepiada.
– E eu quero ter você só pra mim, eternamente. – Meus olhinhos brilhavam.
Uni minha testa à dele e, ficamos uns segundos apenas sentindo nossas respirações já bastante ofegantes e acariciando-nos, como na noite passada. Eu fiquei passeando minhas mãos pelo lindo rosto daquele deus em minha frente, e alternava com carícias nos cabelos. Isso foi nos deixando mais descompassados; era como se nossos corpos pedissem por mais uma dose da noite passada. Comecei a distribuir beijos calmamente por seu rosto até que cheguei à boca, depositando o selinho, e ao mesmo tempo pedindo passagem, para torná-lo em um BEIJO verdadeiro. A passagem foi-me concedida, e aos poucos fui explorando cada canto daquela boca que, cada vez que eu olhava, tocava ou estivesse perto, pedia por um beijo ou um simples toque. O beijo foi aprofundando-se, e com o passar dos minutos, já não existia mais lençol sobre nós. Os carinhos foram ficando mais quentes; passamos a acariciar outras partes de ambos os corpos – depositando beijos, dando leves mordidas, lambendo –, e isso fez com que estremecêssemos por completo.
– Quer repetir a noite passada, AMOR? – perguntou-me ele, dando ênfase à última palavra.
– Uma amostra rápida. Topa? – respondi enquanto beijava-lhe o abdômen.
– Mas é claro. Com você, eu topo qualquer coisa.
– Mesmo?! – Parei para encará-lo.
– Mesmo – disse Pierre e uniu nossos lábios em um beijo caloroso e apaixonado, acariciando meu rosto.
Aos poucos, ele fez com que invertêssemos e eu ficasse por baixo. Agora era ele a beijar-me o corpo todo e deixando-me arrepiada por inteiro. Cada toque dele me fazia ter cada vez mais aquelas estrelinhas no estômago, e meus gemidos eram cada vez mais constantes.
– Isso tá me deixando com vontade de ficar aqui com você o dia todo... – disse Pierre, tirando a pouca roupa que eu tinha posto.
– Você tem que falar com o Patrick, não vai esquecer... – disse entre os gemidos.
– Eu vou falar, ainda tem tempo...
Ficamos nos curtindo por um tempo, até que nossos estômagos começaram a roncar e vimos que era hora de ir almoçar. Levantamo-nos, tomamos um banho rápido juntos e nos trocamos.
– O David e a vão encontra a gente na recepção em alguns minutos – disse Pierre depois de desligar o telefone.
– Ok. – Sorri e depositei-lhe um selinho. Aquele selinho transformou-se num beijo, mas foi algo bem rápido para que o pessoal não ficasse nos esperando na recepção. Logo deixamos o quarto, pegamos o elevador e em alguns segundos nos encontrávamos na recepção.
– Bom dia! – eu disse, sorrindo ao vê-los.
– Bom dia; quase boa tarde! – disse . – Dormiram bem?
– Muito e, vocês? – Pierre.
– Perfeitamente bem – disse David.
– Onde vamos comer? – perguntou Pierre.
– O pessoal foi num restaurante japonês à três quadras daqui – disse David. – Topam ir lá?
– Vocês duas gostam de sushi? – Pierre quis saber.
– Claro! – disse .
– Vamos pra lá!
E assim foi. Dirigimo-nos ao tal restaurante a pé mesmo, visto que era bem perto. Quando chegamos, eles haviam começado a comer. Sentamos e fizemos nosso pedido; o mesmo não tardou a chegar.
Enquanto saboreávamos aquele sushi...
– Pat, tem algum compromisso nos próximos dias? – perguntou Pierre.
– Não que eu lembre, por quê?
– Acho que vou ficar uns dias a mais por aqui... – disse, olhando-a ao meu lado e piscando.
– Ah, eu também tinha pensado nisso... – disse David.
– Fiquem todos, então! – disse . – A gente vai se divertir juntos.
– Sabe que não é má ideia... – disse Pat.
– Não é, não! – Sorri.
– Então...? – disse Pierre.
– A gente precisa checar se podemos ficar nesse hotel... Se não, tem que ver se conseguimos outro – disse Chuck.
– Faremos isso antes de sairmos a passear hoje, após o almoço – disse Pat.
– Oba! – comemorei com .
– Eles ficam! – disse . Ambas tínhamos certo brilho no olhar.
– Eu vou poder aproveitar melhor a companhia de uma certa brasileira... – disse Pierre, perto do meu ouvido, fazendo-me estremecer.
Depois de almoçar, voltamos todos juntos pro hotel naquela animação de que poderíamos estar mais tempo com nossos ídolos. Chegamos ao hotel e pegamos as chaves.
– Por favor, gostaríamos de saber se é possível adiarmos nosso check out para daqui a uns dias. Gostaríamos de esticar nossa estada por Vancouver – disse Pat.
– Um momento, vou checar – disse a recepcionista, checando no computador o número de reservas, se havia alguma para os quartos deles.
– Okay – disse Pat.
Pouco depois, a mesma recepcionista diz que o número de reservas para os próximos dias estava ok, explicando que os quartos onde eles estavam não seriam ocupados até o final da próxima semana. Isso deixou todos muito felizes.
– Uhulll! Eles ficam! – Sorriu.
– Yeah!
– Como fazemos para acertar o pagamento? – perguntou Pat.
– Já querem pagar agora? – perguntou a recepcionista.
– Podemos acertar mais tarde?
– Claro, sem problemas.
– Então quando voltarmos do passeio, acertamos.
– Ok. Deixo escrito aqui, caso eu não esteja no Hotel.


Capítulo 10


Enquanto iam aos quartos, resolveram o que iriam fazer:
– Vocês já foram à praia? – perguntou David.
– Não, por quê? – perguntou em resposta.
– O dia está lindo. Que tal irmos à Jericho Beach, a melhor praia de Vancouver? – sugeriu David.
– Perfeito, Desrosiers! – disse Jeff.
– Demais! – disse Pierre.
– Perfeito – concordou Pat. – Vamos nos trocar e nos encontramos em quinze minutos na recepção. Pode ser?
– Ótimo! – concordei.

Todos subiram aos seus quartos, escovaram os dentinhos e encontraram-se na recepção minutos depois. A van estava parada em frente ao Hotel, esperando-nos. Pat havia ligado ao celular do motorista, que prontamente atendeu ao seu pedido.
e eu usávamos nosso modelitos de biquíni, comprados numa viagem ao Rio de Janeiro e acessórios como óculos escuro moderno, além chapéu e pulseiras bem coloridas.
– Vamos, galera? – perguntou Chuck.
– Vamos embora! – disse Seb.
Todos adentraram a van, pediram ao motorista que os levasse à Jericho Beach, uma praia cercada de mansões, por isso muito frequentada por ricos.
Alguns minutos depois, a van estava estacionada e todos desciam. Pat disse ao motorista que quando quisesse retornar, ele ligaria. E, logo o motorista deixou o local.

- Wow! – eu disse, olhando atentamente todo o local de boca aberta.
– Isso é o paraíso – disse , espantada com as belezas do local.
– Concordo com você, – disse Pierre.
– Vamos? – disse Pat. Estavam todos parados ali, apenas olhando a paisagem.
- Claro – eu disse.

Pierre caminhava ao meu lado e David fazia o mesmo com . Parecíamos casais de namorados.
Arrumaram um local na areia onde colocaram suas coisas, e foram em busca de cadeiras para locar. Pouco depois os meninos vieram com oito, uma para cada um deles e para nós também. e eu tiramos os vestidos que tínhamos posto por cima do biquíni e nos sentamos, afim de tomar sol.

Aproveitei que somos brasileiras e fiz um comentário a em português:
- Eu senti que minhas bochechas coraram depois que tirei o vestido...
– Sabe que eu senti o mesmo?! – .
- Eles olharam pra gente, !
– Fazer o que, né?! – disse ela. – A gente não te culpa deles acharem a gente gostosa...
- É verdade... – Eu ri.

Estávamos todos sentados, tomando banho de sol, já com protetor solar, conversando sobre diversos assuntos, quando:
– Quando vocês voltam pro Brasil? – perguntou-nos Chuck.
– Daqui há duas semanas, Chuck – respondeu .
– Queria ficar mais... mas não posso. Tenho minha formatura – eu disse.
– E por que não volta depois? – perguntou Pat.
– Se eu conseguir um emprego por aqui...
– E em Montreal?! – perguntou Pierre.
– Não seria nada mal também... – eu disse, olhando-o fixamente.
– Se meus pais me deixassem, vinha terminar o ensino médio aqui... – disse .
– Mas será que eles não liberam, ? – perguntei.
– Não sei... teria que falar com eles... de repente...
– Mas por que perguntaram quando a gente volta?
– Por nada, não... Assim a gente vai ter tempo pra estar com vocês... – disse Chuck.
– Hey, amanhã nós poderíamos passar o dia em outra cidadezinha, né? – sugeriu Seb.
– Claro, a gente podia levar as brasileiras para conhecer Victoria, a capital da província da Columbia Britânica! – disse David. – Que tal?
– Eu vou adorar! – disse .
- Me too! – eu disse. – Seria ótimo! É longe daqui?
– Não, fica ao sul da Ilha de Vancouver – disse Pierre.
– Perfeito! Vamos pra Victoria amanhã – disse Jeff.
– A gente pode falar com o motorista da van ver se ele leva a gente e nos busca – disse Pat.
– Claro! Pronta pra conhece Victoria amanhã, ?
– Yeah, yeah, yeah! – Bateu as mãos em comemoração.
– Feito! – disse David. – Vamos pra água?
– Vamos, ? – perguntei.
– Claro! – disse, levantando-se em seguida.
– Vamos, galera? – perguntou David aos meninos.
– Vamos! – disse Pierre.
Os outros foram levantando-se aos poucos e dirigindo-se ao mar. Havia bastante gente na praia naquele horário. Lembrando que o dia estava mais que perfeito para estar naquele lugar. Foram todos ao mar e, a princípio, e eu achamos a água meio fria e fomos entrando aos poucos para nos acostumarmos, mas de nada adiantou:
- Ah, não! – eu disse quando senti pingos de água em meu corpo.
– A água não está tão fria assim – disse Pierre, me puxando mais para dentro.
– Não faça o mesmo comigo, por favor! – disse , percebendo que David se aproximava.
– Não vou... Posso ficar aqui com você? – perguntou David, segurando as mãos dela.
– Pode! – respondeu, olhando-o fixamente nos olhos, desejando beijá-lo.

Os outros já estavam se divertindo mais ao fundo, enquanto e David estavam na beira. David se aproximou dela e, percebendo que sua respiração ficava falha, abraçou-a bem forte.
– Eu gostei muito de conhecer você – disse David.
– Eu também. Era meu sonho!
– Um sonho realizado.
– Perfeitamente realizado – disse , separando-se do abraço e olhando-o nos olhos.
– Pra mim seria mais perfeito ainda se eu pudesse... É... Namorar-você ou até casar-com-você. – David disse meio rápido, com medo da reação dela.
– Você disse que namoraria comigo e chegaria a se casar?! – perguntou .
– Uhum... disse isso.
– Mas, a gente mal se conhece... – protestou .
– Eu sei. Posso ir ao Brasil falar com seus pais e você vem terminar os estudos aqui – disse David.
– Não sei se eles vão liberar...
– Mas não custa a gente falar, né?
– Com certeza... – concordou . – Se você quer tentar...
– Eu quero – disse David. – E tenho certeza que o Bouvier vai fazer o mesmo com a .
– A gente tem tanta sorte assim?! – estava surpresa.
– Por quê? – perguntou David.
– Tem tanta mulher que gostaria de estar com vocês... – disse .
– Mas eu te garanto que a maioria é por algum interesse: tipo as que querem ficar famosas, ou até se aproveitar do nosso dinheiro. Mas você não é assim... É?
– Não. Longe de mim ser assim.
Nesse momento já estavam lá dentro da água, junto com os demais. Todos seguiam se divertindo bastante dentro d'água. Brincavam feito crianças, conversavam, cantavam... O dia estava sendo perfeito para duas simples fãs.

- Isso está perfeito demais, não acha, ? – perguntei, deitada na areia, tomando sol.
- Demais, demais... isso é mais que um sonho realizado.
- Com certeza. Não quero voltar pra casa!
- E eu quero casar-com-você! – disse Pierre, próximo a gente.
- Quê?! – perguntei, com os olhos arregalados, olhando-o.
– Disse que quero casar com você! – disse, deitando-se na areia, ao meu lado.
- Ai, meu Deusinho! Diz que isso não foi pra mim – falei sozinha em voz alta.
Pierre e riram de mim, mas depois ele ficou sério e olhou profundamente em meus olhos.
- Você está brincando comigo, Bouvier!
- Não estou, . É sério – falou bem pertinho do meu ouvido, fazendo-me arrepiar.
- Olha o que você fez! – disse, mostrando o braço todo arrepiado.
- Não pensei que fosse tanto – disse e me deu um selinho demorado.
- É, sempre foi – respondi, sem pensar no que havia dito.
- Como assim, sempre foi?
Quando percebeu que a conversa entre nós ficava mais "caliente", afastou-se um pouco, deixando-nos mais à vontade.
- Sempre foi assim... por...
– Por? Prometo que não conto pra ninguém – falou, aproximando seu ouvido de minha boca, esperando que eu contasse.
- Eu fico assim sempre que vejo você, seja em fotos, em vídeos e até nos shows... – disse, com certo medo da reação dele.
- Jura?! – perguntou ele, sem acreditar.
- Uhum... – Olhei-o profundamente nos olhos.
- Mais um motivo pra casarmos.
- Por que é mais um motivo?
- Uma vez me disseram que eu ia encontrar uma pessoa muito especial longe de casa...
- E...? – incentivei.
- Que eu sentiria algo muito forte por ela – completou Pierre.
- Você acredita nessas coisas? – perguntei, sentindo aquele cheiro característico dele, que estava deitado ao meu lado com o rosto colado no meu, e com os braços envoltos em meu corpo, me deixando arrepiada.
- Não é que eu acredite, mas parece que o destino está ao meu lado – disse Pierre, depositando um beijo em meu pescoço.
- E do meu também – eu disse, virando o rosto para ele.

Fechei os olhos, deixei que aquele cheiro me dominasse por inteira, e fiz o que eu desejei: uni meus lábios aos dele num beijo cheio de desejo. De início tive receio de não ser correspondida, afinal eu era apenas mais uma fã, mas pra minha SORTE, quando minha língua pediu passagem, ele cedeu e deixou que suas emoções fossem apresentadas a mim naquele beijo. Aos poucos fomos explorando cada canto da boca um do outro, e em certo momento, achei que as coisas estavam, digamos, avançadas demais – ele estava quase em cima de mim, e enquanto nos beijávamos, nos acariciávamos MUITO.
- Pierre, a gente ta na praia – disse, entre o beijo.
- Ah, queria estar numa praia deserta só com você... – disse ele, olhando fixamente em meus olhos, me fazendo arrepiar novamente.
- Eu adoraria... – Deixei que ele visse como eu estava feliz naquele momento, mesmo que não passasse disso.

Estivemos na praia até quase anoitecer, vimos o por do sol juntos, tiramos várias fotos – que ficariam guardadas eternamente em nossas (na de e na minha) memórias eternamente.
Pat ligou para o motorista da van, que prontamente atendeu ao pedido e retornou para nos buscar no mesmo lugar onde descemos. Juntamos as coisas, devolvemos as cadeiras já pagas e fomos pro ponto esperar. Não demorou a que a van fosse estacionada e nós entrássemos.
- De volta pro Hotel, por favor – disse Pat depois que entramos.


Capítulo 11


Minutos depois, descemos em frente ao Hotel.
- Onde vamos jantar? – perguntou Jeff.
- Que tal o Milestone? – sugeriu Pierre.
- Perfeito! – disse David. – Faremos as meninas provarem o famoso drink Bellini.
- Passa pra nos pegar às nove? – perguntou Pat.
- Claro – respondeu Derick, o motorista.
- Até mais! – dissemos e adentramos o Hotel.
Pegamos as chaves dos quartos na recepção e nos dirigimos ao elevador. e eu descemos no quinto andar.
- A gente passa aqui quando tiver pronto, ok? – perguntou Pierre, depositando um selinho em meus lábios.
- Okay. – Sorri.
– Até logo. Não demorem – disse David.
– Ta bom – disse .
Eles seguiram até o sexto andar e nós entramos no quarto. Uma de cada vez foi tomar banho e se arrumar, procurando colocar a melhor roupa que havíamos levado, pois a noite prometia ser perfeita.
Eu usava um corpete roxo com uma saia e uma sandália preta e os acessórios combinando.
usava um vestido rosa claro com acessórios no mesmo tom – bolsa, sapato, brincos e anel.

20h45min – quarto das meninas no 5º andar:

, já são oito e quarenta e cinco. Daqui a pouco o Derick tá aqui... – disse , penteando o cabelo em frente ao espelho.
- Já estou quase pronta – gritei do banheiro.
Nisso, ouvi alguém batendo na porta.
- Deixa que eu atendo! – disse , indo até lá.
- Oi, linda! – disse David, assim que ela abriu a porta.
- Oi – disse , meio tímida.
- Já estão prontas? – perguntou Pierre.
- Quase – gritei do banheiro.
- Entrem! – convidou , fazendo sinal com o dedo indicador de que a amiga estava no banheiro.
- Obrigado – respondeu Pierre, baixinho.
- Você está gata! – disse David, com os braços envolvendo a cintura dela.
- Obrigada – disse . – Você também está lindo! – Depositou um selinho em seus lábios.
- Obrigado, amor da minha vida – disse David ao ouvido dela, fazendo-a arrepiar-se.
- Você merece – disse e logo sorriu.
- Eu amo esse sorriso – disse ele, e aos poucos uniu seus lábios aos dela num beijo calmo e apaixonante.

Enquanto isso...
- Oi, minha futura esposa! – disse Pierre na porta no banheiro, olhando-a maquiar-se.
- Para com isso, Pierre! – eu disse, sorrindo em frente ao espelho.
- Oi, linda! – disse Pierre, olhando-a atenciosamente.
- O-oi, Pierre! – eu disse, ficando estática em frente a ele.
Ele se aproximou de mim e depositou um selinho em meus lábios.
- Não precisa de maquiagem; você já é linda sem – disse ele, olhando-a fixamente no rosto.
- Obrigado, mas eu uso maquiagem básica, sem exageros, como que você pode ver – disse, virando-mr para o espelho e terminando de me maquiar.
Terminada a maquiagem, ela saía do banheiro, quando...
- Estão prontas? – perguntou Pierre, olhando-me fixamente nos olhos.
- Só vou pegar minha bolsa – sorri e voltei ao quarto.
Pierre seguiu-a e pouco depois deixaram o quarto, rumo à recepção, onde deixaram as chaves do apartamentos e foram de encontro aos meninos que já se encontravam na van, com Derick.
- Estava quase indo chamar vocês! – disse Pat, enquanto eles entravam na van.
- Você sabe como são as mulheres, né? – disse Pierre, olhando para mim.
- Tinha esquecido desse detalhe! – disse Pat.
Entramos e logo Derick deu partida, em direção ao tal restaurante Milestone. No caminho fomos conversando sobre como havia sido bom o dia na praia e, em como seria nossa viagem à Victoria.

NO RESTAURANTE.
- Boa Noite! – disse a Hostess*. – Posso ajudá-los?
- Boa Noite. Uma mesa para oito pessoas, por favor – eu disse, olhando-a.
- Me acompanhem – disse ela, após checar onde havia lugar.
Todos seguiram a Hostess restaurante adentro até uma mesa de canto, preparada exatamente para oito pessoas.
- Pode ser aqui? – perguntou a Hostess.
- Claro – respondeu Pat, depois de todos darem sinais de que estava "ok".
- Já trago os menus. – Ela afastou-se logo depois.
- Ok – disse Pat.
Aos poucos foram se sentando. David ajudou , e Pierre fez o mesmo comigo.
Quando estavam acomodados, a Hostess trousse alguns cardápios, e logo o garçom apareceu, perguntando se queriam algo para tomar enquanto decidiam o que comer, e sem dúvidas todos pediram o famoso drink Bellini feito com champanhe gelada (ou vinho branco espumante) e suco de pêssego. O garçom dirigiu-se ao barman e pediu oito drinks. Ele prontamente atendeu ao pedido do garçom.
- Gostei do lugar. Muito chique – comentei com .
- É verdade... – disse . – Espero que a comida seja boa.

Alguns minutos depois, o garçom trouxe os drinks muito esperado por todos – mais pelas meninas. Depois de entregar a cada um, ele anotou os pedidos e retirou-se.
- Um brinde! – disse Pierre, levantando o copo bem decorado com pêssego.
- A todos nós! – disse David.
Bateram os copos em comemoração. e eu nos entreolhamos e tomamos o drink, muito falado pelos meninos.
- E aí, curtiram? – perguntou Jeff, olhando-nos enquanto tomava mais um gole do seu drink.
- Muito! – eu e dissemos ao mesmo tempo.
- Que bom! – disse Pierre, brindando de novo comigo, e logo depositou um selinho em meus lábios.
- Beijo sabor pêssego – falei baixo e sorri.
- Muito bom – disse Pierre baixinho ao ouvido dela.

Conversa vai, conversa vem; já haviam terminado de jantar e tomaram vários drinks depois do primeiro. Perto do restaurante estava rolando uma festa e depois que deixaram o local após pagar a conta, resolveram entrar um pouco na tal boate, já que conheciam um dos donos da mesma. Foram direto para a pista de dança, onde rolava um pouco de tudo: eletrônica, hip-hop, pop, rock.
- Nós vamos à Victoria amanhã? – perguntou Pat, pois estávamos todos na pista uns perto dos outros.
- A gente podia ir à tarde, dormir lá e volta na tarde seguinte – sugeriu Pierre.
- Mas se consegue hotel fácil nessa época? – perguntei.
- A gente pode tenta – disse Pat. – E falamos com o Derick pra vê se ele nos leva.
- Seria ótimo! – eu disse, olhando Pierre fixamente nos olhos.
- Casa comigo agora? – perguntou Pierre, olhando-a.
- É muito cedo! – eu disse, acariciando seu rosto.
- Eu quero você – disse ele baixinho em meu ouvido.
- Eu também falo sério – respondi, deixando que os lábios se aproximassem, e depositou um selinho.
- Eu já te amo – disse ele e uniu seus lábios aos meus num beijo repleto de amor, finalizado com alguns selinhos.
Enquanto isso, e David apenas dançavam, riam e se divertiam. Dentro de alguns dias estariam voltando pro Brasil.
Começou uma música com uma batida pop e a letra falava de amor. Algo que refletia em dois casais na pista de dança. Beijos pra lá, beijos pra cá.
Um tempo se passou e eles decidiram que era hora de voltar pro hotel. Chamaram Derick, que prontamente chegou à festa e os levou de volta pro Hotel.
- Derick, você vai estar ocupado amanhã e depois? – perguntou Pat.
- Só com vocês – respondeu Derick. – Não tenho outro compromisso. Por quê?
- Queremos ir até Victoria amanhã e passar a noite lá – disse Jeff. – Você pode levar a gente?
- Claro – respondeu Derick. – Tenho um primo que mora lá.
- Ótimo – disse Pierre. – A gente precisa conseguir lugar pra fica agora.
- Posso tentar conseguir algo pra vocês com a esposa do meu primo. Ela trabalha num Hotel lá.
- Perfeito – disse David.
- A que horas vocês querem ir? – perguntou Derick.
- Tipo, depois do almoço – disse Pat. – Você pega a gente aqui no hotel?
- Vão almoçar onde amanhã? – perguntou Derick.
- Podia ser em algum restaurante no caminho – disse Pierre.
- Claro – Chuck concordou. – A gente só tem que avisa aqui que estaremos fora por uma noite.
- É... – concordou Pat.
- Então beleza – disse Derick. – Eu vou falar com esse primo e pela manhã aviso vocês, e qualquer coisa tentamos conseguir algo no caminho.
- Ótimo – disse Seb, bem empolgado.
- Que horas é pra vir? – perguntou Derick.
- Por volta do meio dia, eu acho, né? – perguntou Seb, olhando os amigos para ver o que diriam.
- É, tipo entre meio dia e meio e treze horas. Pode ser? – perguntou Pat.
- Claro. Por mim está ótimo – disse Derick.
- Perfeito. Então, você tem meu número caso consiga o hotel. Ligue para avisa.
- Ok. Até mais, gente!
- Até, Derick! – dissemos.
Depois de nos despedirmos, adentraram o hotel, indo até a recepção pegar as chaves dos quartos. Aproveitamos para avisar que não dormiríamos no hotel na manhã seguinte.
Seguiram para seus quartos, mas e eu fomos apenas escovar os dentes e pegar roupa. Fomos dormir com David e Pierre, respectivamente.

*HOSTESS (recepcionista de restaurante e eventos)


Capítulo 12

Dia seguinte:

Manhã de sol e muito calor em Vancouver; já passava das dez e quarenta e cinco quando todos foram acordando, cada qual em seu quarto. Pat acordou primeiro quando seu celular tocou. Era Derick.
– Bom dia, Pat!
– Bom dia, Derick! Quais são as novas?
– Consegui o hotel pra vocês.
– Ótimo! Quantos quartos?
– Seis quartos com cama de casal e café da manhã incluído.
– Perfeito!
– Mais tarde passo para buscá-los! Qualquer coisa, ligue.
– Valeu! Pode deixar – disse e desligou o celular.
– Que bom que o Derick conseguiu o Hotel; vamos poder curtir mais Victoria – disse e logo se levantou, começando sua higiene matinal.
Enquanto isso, próximo dali, um casalzinho que se conhecera há poucos dias recém acordava com a luz do sol entrando pelas frestas da cortina.
– Bom dia, meu amor – Pierre disse, depositando um selinho em seus lábios.
– Bom dia! – respondeu, sorrindo depois do selinho.
– Pronta pra um pouco de diversão em Victoria?
– Preparadíssima! – disse, levantando-se.
Estava próxima à janela, observando o movimento na rua, quando sentiu que ele a abraçou por trás e depositou um beijo em seu pescoço, deixando-a completamente arrepiada.
– Essa cidade é realmente linda!
– Mais ainda com você – disse ao ouvido dela.
Pouco depois, começaram a se arrumar, pois logo mais Derick estava à espera deles. Fizeram a higiene matinal, se vestiram, separaram alguma roupa pra levar, colocando em mochilas pequenas.
No outro quarto:
– Que horas são? – perguntou , após arrumar sua mochila.
– Onze e cinquenta e cinco, amor – David respondeu.
– Dá pra descansar um pouquinho antes de descer? – perguntou, jogando-se na cama.
– Claro que dá, meu amor – disse, deitando-se ao lado e ficando bem próximo ao rosto dela.
– Eu estou gostando tanto de estar em Vancouver e, com vocês... que não tenho vontade de voltar pra casa! – ela disse.
– Eu também estou, amorzinho. Mas a gente pode ficar junto, não pode? – disse, olhando fixamente nos olhos dela.
– Não sei... não é por mim, e sim pelos meus pais, depende deles, pois ainda sou menor.
– Eu sei, e se for o caso, eu espero por você.
– Jura? – estava com as mãos no rosto dele, acariciando-o.
– Claro, linda – disse, depositando um selinho em seus lábios.
aproveitou e fez com que aquele selinho fosse aos poucos ficando mais profundo. Quando a língua dela pediu passagem, ele cedeu e deixou que as coisas rolassem naturalmente, focando-se apenas em curtir cada momento. Depois de alguns selinhos, estiveram apenas trocando olhares e sentindo suas respirações, até que David quebra o silêncio:
– Vamos descer, amor? O Derick deve estar chegando – disse, olhando no relógio.
– Já meio dia e meio? – pergunta.
– Praticamente.
– Então vamos – disse, movimentando-se na cama.
David levantou-se e estendeu o braço para que fizesse o mesmo, deu mais um selinho, revisaram o quarto e deixaram o local em direção ao elevador, quando encontraram-se com:
– Hey galera! Tudo bem?
– Hey Jeff! – disse.
– Oi pra vocês! – Seb veio logo atrás, entrando no elevador.
– Hey, Seb! – David falou.
Entraram no elevador e seguiram para a recepção, onde Pat e Chuck encontravam-se sentados no sofá lendo revistas e, folders que estavam próximos ao balcão da recepção.
– Chegaram! – Chuck disse enquanto se aproximavam.
– Já estava quase indo chamar... – Pat completou.
– Já chegamos! E minha amiga? – sentiu falta da amiga.
– Aqui, . – disse, logo que saiu do elevador no colo de Pierre.
– Opa! Beleza? – pergunta Jeff.
– Beleza. E o Derick? – Pierre respondeu.
– Deve estar chegando... – diz Chuck.
Todos se sentaram no sofá e ficaram alguns minutos conversando sobre a noite anterior – que havia sido muito boa – e as brasileiras haviam gostado de provar o Bellini, e alguns minutos depois Derick apareceu pronto para uma viagem à Victoria.
– Boa Tarde, pessoal! – disse ao descer da van e vê-los, aproximando-se.
– Boa Tarde, Derick! – disseram todos, em coro.
Derick ajudou-os a colocar as mochilas no pequeno porta-malas da van, logo depois todos se acomodaram e seguiram viagem.
– No final, conseguiram o hotel? – pergunta o vocalista da banda.
– Bem lembrado, Bouvier. O Derick me ligou pouco antes das onze para me dizer que conseguiu – Pat diz.
– Uhul! Victoria, aí vamos nós! – disse David, festejando.
Estavam todos felizes com a notícia. Derick ligou o rádio e seguiram viagem. No caminho pararam num fast-food e fizeram um lanche, seguindo direto para o destino.

Welcome to Victoria!

– Chegamos?
– Sim, chegamos a Victoria! – ELE respondeu.
– Opa, estou super ansiosa pra conhece essa cidade – diz a amiga.
– Mas antes a gente vai ao hotel, largar as coisas, certo? – David novamente.
– Como quiserem – respondeu o motorista.
– Vamos ao hotel; é melhor deixar as coisas lá.
– Okay.
Minutos depois, estavam fazendo o check-in no hotel e dirigindo-se aos quartos, onde deixariam suas mochilas e demais pertences.
– A vista daqui é incrível! – disse, na janela do quarto no 7º andar.
– Realmente – Pierre disse, atrás dela.
– Vamos descer? – perguntou, virando-se de frente pra ele.
– Queria ficar aqui, sozinho com você – disse ao ouvido dela, deixando-a arrepiada.
– À noite a gente vai ficar a sós – disse, abraçando-o.
– Okay, senhorita. – Depositou um selinho que acabou se transformando em um beijo rápido.
– Eu estou amando isso – disse baixinho e deu um selinho.
Desprenderam-se do abraço e deixaram o quarto, levando carteira e máquina fotográfica. Já na recepção do hotel, encontraram-se com o pessoal e logo saíram para um tour pela cidade.
– Onde iremos primeiro? – questionou.
– Nos Edifícios Legislativos da Colúmbia Britânica? – Seb respondeu.
– Vamos! Conhecer um pouco da historia da cidade...
– Depois podemos ir à catedral gótica Christ Church e, no Museu Real da Colúmbia Britânica.
– Ótimo!
Dirigiram-se até os edifícios legislativos, onde desceram e verificaram se era possível visitá-los por dentro. Apenas um foi possível visitar, mas não deixaram a oportunidade passar, adentraram ao prédio acompanhados de um guia durante o passeio.
– Os prédios foram oficialmente abertos em 1898 com uma fachada de 152 metros, uma cúpula central, 2 pavilhões e uma estátua de bronze coberto a ouro representando George Vancouver – diz o guia.
– São realmente antigos, mas parecem muito bem cuidados! – disse, espantada com a beleza interior do local.
– Com certeza, . Aqui é outro mundo, bem diferente do que estamos acostumadas – disse , encantada.
– Pois é...
– Aqui funciona a sede da Assembléia Legislativa da Colúmbia Britânica.
Quando saíam do prédio, o guia completou:
– Esta é a estatua da Rainha Vitória e a outra é de um soldado, representando aqueles que morreram na 1ª e 2ª Guerra Mundial e na Guerra da Coréia.
Pat havia solicitado se podia filmar o passeio e foi liberado apenas em alguns momentos. Nessa hora, todos se juntaram e pediram que o guia tirasse uma foto de todos juntos em frente ao Edifício central e junto das estátuas.
– Vamos tira uma só nossa? – disse , olhando a amiga.
– Claro, ! Em frente ao prédio?
– Se der pra pega tudo na foto, seria legal!
– Vamos ver... – disse, pegando a máquina.
– Alguém pode tirar uma foto minha e da ? – pergunta.
– Eu tiro, girls – disse Pat, vindo em nossa direção.
– Opa, obrigada.
– Merece! – disse, depois de tirada a foto, entregando a câmera à dona
Despedimo-nos do guia e seguimos nosso passeio por Victoria. Agora é a vez da Catedral. Logo na entrada da catedral havia em um quadro a data 1929, deixando e eu em dúvida.
– A Igreja foi construída em 1929?
– Foi sim, meninas, e é a terceira catedral da Diocese da Colúmbia Britânica.
– Linda, decoração – disse, caminhando pelo local e observando tudo atentamente.
Depois de alguns minutos passeando pela igreja, tiraram fotos na entrada e seguiram com o tour por Victoria.
– E agora, aonde vamos?
– No Museu, não é?! – perguntou, olhando todos até que alguém confirmou.
– Claro. A não ser que alguém não queira...
Ninguém falou nada, então seguimos para o museu. Assim que entramos, havia um grupo de pessoas com um guia falando sobre as obras e sobre a historia do lugar. Quando ouvi alguém perguntar por que haviam dado o nome “real”, o guia respondeu que foi depois da visita da Rainha Isabel II do Reino Unido em 1986.
Num outro momento, pudemos ouvir algum nativo, seria, dizendo a algum visitante que o museu é uma das grandes atrações da cidade, que inclui 3 galerias permanente e um cinema IMAX.
– Já teve exposição sobre o Titanic aqui? – perguntou , meio alto, e um nativo ouvi e confirmou me deixando espantada num bom sentido, pois não sabia que haviam feito exposição sobre o navio.

– E aí, gostaram? – o guitarrista moreno diz, de volta à porta do museu.
– Claro. É sempre bom conhecer um pouco sobre a historia das cidades que a gente visita – diz e abraçada a David.
– Com certeza. Mas o dia não terminou ainda, qual vai ser agora?
– Já são quase dezenove horas; acho que poderiam ir pro hotel e depois passo a buscá-los para jantar.
– E uma festinha depois! – o careca lembrou.
– Opa, ótima ideia! Não é, meninas?
– Claro! Vamos pro hotel! – disseram, juntas.
– Então, vamos – disse, pegando na mão de e dirigindo-se até a van.


Capítulo 13


Deixamos o local e em poucos minutos estávamos em frente ao Hotel. Derick nos deixou e, disse que às vinte e uma passaria para nos pegar.
– Caso queiram que eu venha antes, me liguem. Estarei a alguns quarteirões daqui.
– OK. – Despedimo-nos e adentramos ao hotel.
Pegamos as chaves dos quartos e subimos até o sétimo andar, entrando cada um em seu quarto.
– Até depois, amiga! – diz.
– Até!

Em seguida:

– Posso ir tomar banho primeiro? – perguntou, já dentro do quarto.
– Por que a gente não toma junto? – Pierre disse, baixinho ao ouvido dela.
– Tomar banho junto com você?! – disse, espantada com a ideia.
– É, algum problema? – perguntou, deitado na cama, olhando-a.
– Não... Err... Acho que não.
– Então vamos – disse, levantando-se.
Dirigiu-se ao banheiro e ela esperou no quarto.
– Não vai vir? – disse, voltando ao quarto e tirando a camiseta.
– Ai, ai, ai... – disse, olhando-o fixamente.
– O que foi? – disse, perto de mim.
– Err... nada não – disse, olhando nos olhos dele.
Enquanto isso, Pat falava ao telefone com Derick:
– Então, você que conhece melhor Victoria, onde podemos ir jantar?
– Tem um pub, não muito longe do Hotel, que tem janta e música ao vivo. É bem legal lá.
– Opa, acho que seria perfeito.
– Eu conheço o dono, é gente boa. Tenho certeza que se darão bem.
– Ótimo. Tem que reservar lá?
– Não, mas vou falar com ele e aviso que...
– ...vamos pra lá!
– Okay. Passo pra buscá-los umas nove horas.
– Okay. Vou banhar-me.
– Até mais – disse, desligando o aparelho.

*toc toc toc*
– Já vou! – Pat disse, dirigindo-se à porta.
– Oi, atrapalho?
– Claro que não, Seb! Entra.
– Já falou com o Derick sobre o restaurante?
– Já, ele disse que tem um Pub que tem janta e música ao vivo e que ele conhece o dono.
– Opa. Ótimo!
– Também achei. Ele disse que o local é bom.
– Perfeito. Vou tomar banho, então...
– Eu também.
– Nos vemos lá na recepção – disse, deixando o quarto.
Pat dirigiu-se ao banheiro e só saiu de lá minutos depois, enrolado numa toalha branca com o nome do hotel bordado em azul.

Já passava das oito e meia da noite quando...
– Vamos descer, linda? – perguntou, depois de se olhar no espelho para ver se estava bem.
– Vamos – disse, pegando sua bolsa.
David pegou a mão de e os dois deixaram o quarto juntos, dirigindo-se à recepção. Quando chegaram ao térreo, viram que não havia ninguém.
– Vamos dar uma volta aqui pelo térreo?
– Vamos – ela disse.
Pegaram um corredor que os levava até o salão do café da manhã, e próximo estava a sala da recreação.
– Oi – disse, sorrindo a um menino que estava na porta.
– Pra quem você disse “oi”? – perguntou, mais à frente, olhando um quadro com as atividades da recreação.
– Para esse menino lindo que está na porta – disse, apontando.
David tirou os olhos do quadro e passou a olhar o menino atentamente.
– Como você se chama? – perguntou ao pequeno.
– Thomas, mas me chamam de Tom.
– Bonito nome.
– Quantos anos você tem, Tom? – perguntou ao Tom.
– Seis anos – disse e voltou para dentro da sala.
– De que você tá brincando? – disse, na porta, enquanto o menino estava lá dentro.
A tia da recreação convidou e David para entrar e logo se deu conta de que ele era o baixista do Simple Plan.
– David Desrosiers! Sou sua fã! – disse a moça, indo cumprimentá-lo.
– Prazer em conhecê-la e obrigado pelo carinho – disse, abraçando-a.
– Me dá seu autógrafo?
– Claro.
Ela pegou um papel e uma caneta e entregou à ele, que logo perguntou seu nome e ela respondeu:
– Sophie.
– Bonito nome.
– Obrigada – disse, assim que David lhe deu o papel com a caneta.
– Eu que agradeço.
Neste momento, estava com o Tom, olhando-o fazer um desenho enquanto outro menino, loiro, estava sentado em uma bateria pequena, tentando tocar:
– Mas olha o que temos aqui! Um futuro baterista! – David disse, se sentado em frente ao garoto loiro, que ficou envergonhado. O garoto parou de tentar tocar.
– Por que parou?
– Porque não gosto que olhem...
– Como você se chama?
– Daniel.
– Gostei do seu nome. Quer que eu te ensine a tocar?
– Você sabe? – parou e virou-se para David.
– Sei.
– Me mostra?
David pegou Daniel e sentou-se no banco da bateria com Daniel no colo, pegou as paletas e, com as mãos de Daniel nelas, começou a tocar uma música bem conhecida da banda: I’m Just a kid. Isso fez com que Sophie parasse e ficasse observando e cantando junto.
– Que lindo, David! – , diz olhando-o.
Ele logo sorriu, pois viu que Daniel estava gostando. Logo depois, apareceram Seb e Pat na porta da recreação.
– Vocês estão aqui! – disse, quando David estava acabando a música.
– Oi, meninos! – disse .
– Seb! Pat!
– Ela é nossa fã! – disse, assim que acabou.
– Prazer... – eles disseram, esperando que alguém ou a própria dissesse seu nome.
– Me chamo Sophie.
– Lindo nome! – completa Seb.
– Obrigada. Podem me dar autógrafo?
– Claro – diz o loiro.
– Vamos, David?
– Já estão todos lá? – disse, referindo-se à recepção.
– Já. Estávamos atrás de vocês.
Depois de autógrafos dados, e David se despediram das crianças e da fã, Sophie e deixaram a sala da recreação com Seb e Pat, dirigindo-se à recepção, para encontrarem-se com os mais e Derick, que já havia chegado.
– O que faziam? – disse, enquanto entravam na van.
– Na recreação, brincando com umas crianças – respondeu .
– Eu estava ensinando um garoto a tocar bateria.
– Desde quando você toca bateria, Desrosiers? – pergunta Chuck.
– Você sabe desde quando! – fez careta.
– Pra onde vamos mesmo? – diz o moreno, vocalista.
– O Derick conhece o dono de um pub que tem música ao vivo.
– Falei com o dono. Ele estará lá hoje e disse que adoraria recebê-los.
– Topam?
– Vamos embora! o mais festeiro diz.
– Com certeza ! – e o careca concordou.
Depois da aprovação de todos, Derick deu partida na van com destino ao pub. Alguns minutos no trânsito, ouvindo música e jogando conversa fora e, lá estavam eles descendo em frente ao pub.
– Derick, você vem?
– Claro, é um prazer jantar com vocês.
– Tem que chamar o dono? – pergunta o webguy.
– Lá está ele – disse, apontando a porta.
Todos junto se dirigiram à porta do Pub, quando Derick cumprimentou o amigo.
– E aí, Alan?
– Fala, Derick! – cumprimentando Derick.
– Tudo bem?
– Tudo! E aí, vieram jantar aqui?
– Viemos!



Capítulo 14


Depois da apresentação ao dono do pub, amigo de Derick, todos entraram e foram acomodados em algumas mesas, próximas à um canto, perto ao mini-palco.
– Qual o show de hoje? – perguntou Derick.
– Um artista local, pouco conhecido. Acho que você vai curtir – falou o dono do Pub.
– Ótimo. Alan sempre dando oportunidade...
– Claro. Vou pedir para o Mark trazer o cardápio. Qualquer coisa me chame.
– Okay.
Alan saiu em direção ao balcão, solicitando que Mark levasse o cardápio ao pessoal. O mesmo o fez em seguida. Enquanto decidiam o que queriam comer, o pub estava enchendo, e, alguns minutos depois, o tal artista local chegou.
Apresentações feitas, o tal artista era bom, por sinal, na opinião dos meninos.
– O que você achou, Derick? – questionei.
– Acho que tem futuro. Concordam comigo, meninos?
– Com certeza! – respondeu Pierre.
– Podíamos marcar um showzinho com ele, não é? – Chuck parece ter gostado também.
– Estarei lá assistindo! – Derick disse, feliz com a ideia.
– Se eu pudesse, também estaria... – estava tristonha.
– Ow, meu amor, não fique assim. Você vai voltar! Eu sei que vai. – David beijou-a logo em seguida, um beijo curto, mas com muito amor.
Já haviam terminado de comer, estavam apenas curtindo a música. O tal artista fazia cover de vários artistas. E, em certo momento, disse que era muito fã do Simple Plan e que se inspirava neles. Todos aplaudiram e um pessoal pediu que ele cantasse uma música do Simple Plan, que foi muito bem recebida pela platéia presente no local.
– Muito bom! – aplaudi no final.
– Parabéns! – David, aplaudindo junto.
Depois de muitos cumprimentos pela apresentação da noite, o tal artista foi até a nossa mesa e agradeceu pelo apoio no final da apresentação e disse que estava feliz e que a noite havia sido especial.
– Tem algum meio de contato? – Pierre estava realmente interessado.
– Claro. Deixo meu cartão com vocês – disse Martin e entregou um cartão que aparentemente continha telefone e email.
– A gente com certeza vai se vê de novo – completou Seb.
– Espero. Bem, vou ali no bar. Muito bom vê-los!
– Igualmente, Martin – disse o careca da banda.
Ele deixou nossa mesa e dirigiu-se até o bar, onde esteve trocando ideias com Alan e um dos barman’s, enquanto bebia e comia algo.

Estivemos conversando, bebendo e o tempo passou. Já era duas e meia da manhã quando resolvemos voltar para o Hotel, assim poderíamos aproveitar bem as horas antes de retornarmos à Vancouver. Pagamos a conta, agradecemos o atendimento e deixamos o local. Derick nos deixou no Hotel e disse que quando quiséssemos que ele viesse, apenas seria necessário que um de nós fizesse uma ligação.
"Boa Noite!" Dissemos quando Derick no deixou em frente ao Hotel.
O mesmo respondeu, saiu em direção a seu destino, e nós adentramos, pegamos as chaves dos quartos e nos dirigimos até o sétimo andar.
– Boa Noite! – desejei a todos.
– Boa Noite, galera! – respondeu Pat.
– Obrigado pela noite, pessoal! Foi MARAVILHOSA! – estava realmente feliz com tudo que estava acontecendo em terras canadenses.
– Pra mim também foi! – concordei com ela.
– Boa Noite! – disseram os outros.

QUARTO 709: Pierre e

– Meu amor, gostou da noite? – perguntou ele.
– Pra mim a pergunta?
– Sim, por que, tem mais alguém aqui nesse quarto?
– Não que eu saiba... – disse, jogando-me na cama.
– Então...? – Deitou-se em cima de mim, apoiando os braços na cama.
– Eu gostei, sim – disse, olhando-o fixamente enquanto acariciava seu rosto com a mão direita.
– Que bom! Pra mim o melhor de tudo é a companhia – disse, baixinho, perto do meu ouvido.
– Fico feliz em ouvir isso de você! – Sorri.
– Então, se ficou feliz, mostre-me! – Fazendo cara de safado.
– Como?
– Um beijo já é um bom começo...
– Depois do beijo, tem que ter mais coisa?
– Se você quiser, eu não fico bravo – disse, aproximando seu rosto, fazendo com que nossas bocas ficassem a milímetros de distância e pudéssemos sentir nossas respirações já, um pouco ofegantes.
– Chegue mais perto, então – disse e senti quando nossas bocas se tocaram. Dei início a um beijo calmo, explorando cada canto daquela boca, sentindo BEM aqueles lábios macios e isso estava me deixando excitada e fazendo-me gemer.
Pierre aos poucos tirou minha blusa e foi descendo os beijos até meu colo, depositando vários beijos e dando algumas mordidinhas pelo caminho. Já estava ficando com marcas, mas não estava me importando. Num certo momento, ele parou de me beijar e estranhei.
– Por que parou? – perguntei, assim que ele separou-se de mim, digo tirou seus lábios dos meus.
– Você não vai tirar a minha? – Referia-se à camiseta.
– Precisava parar por causa disso?
– Claro! – disse, roçando o nariz no meu e depositando um selinho em meus lábios.
Fiz com que aquele selinho voltasse ao que estávamos fazendo antes e aos poucos fui retirando sua camiseta. Assim, trocamos de posição um pouco; agora me encontrava em cima dele, com toda aquela gostosura só pra mim. Ficamos uns segundo apenas trocando olhares e sentindo nossas respirações já mais ofegantes, quando ele me puxou.
– O menino está com pressa? – disse, bem perto de seu ouvido.
– Um pouco, senhorita.
– Calma. Calma – disse e voltei a beijá-lo ferozmente, descendo, aos poucos, meus beijos passando pelo pescoço, colo e indo até aquele (digamos, tanque, perdão) abdômen super definido.
Conforme ia descendo meus beijos, senti que ele estava, eu diria, bastante excitado já, e com os dentes comecei a retirar sua bermuda – já estávamos sem os sapatos, quando nos deitamos – deixando-o apenas de boxer azul marinho, de seda.
– Que sexy – disse, fazendo o melhor olhar que pude, intercalando entre seu rosto e sua boxer.
– Gostou da cor?
– Amo azul!
– Que ótimo! – disse, trocando-nos de posição.
Voltei a ficar em baixo. Trocamos apenas olhares, antes de voltar ao que fazíamos.
– Por que está a me olhar desse jeito? – Senti algo diferente naquele olhar.
– Quero gravar bem seu rosto. Detalhe por detalhe – disse, acariciando meu rosto com a mão direita.
Aos poucos ele foi se aproximando mais e mais, até que senti seus lábios tocarem os meus. Achei que ele começaria outro beijo, mas quis me provocar um pouco.
– Ahhhhh, eu gosto disso! – Enquanto ele passava a língua em meus lábios.
– Eu não sei o que acontece, mas parece que eu nunca me senti assim antes – disse, olhando-me fixamente.
– Assim como? – Depositei um selinho em seus lábios.
Ele transformou esse selinho em um beijo, que começou bastante calmo e aos poucos foi aumentando a intensidade. Enquanto isso pegou minha mão direita e levou-a até seu coração: pude sentir que o mesmo batia MUITO forte. Enquanto isso, Pierre descia seus beijos para meu abdômen, passando pelo meu pescoço e colo – deixando marcas por onde passava – até que chegou onde queria: minha saia.
– Posso falar uma coisa? – disse, aos poucos abrindo os botões da saia.
– Claro, meu AMOR – disse, puxando sua mão esquerda e lambendo-a, deixando-o mais excitado.
– Eu... te amo como jamais pensei amar alguém – disse rápido a parte do “eu te amo”, mas eu pude entender perfeitamente.
Enquanto ele pronunciou essas palavras, retirou minha saia e jogou-a em algum canto daquele quarto.
– Pierre, você disse que me ama?! – Olhei fixamente em seus olhos.
Dizem que o olhar diz mais que as palavras. Queria sentir o que o olhar dele dizia pra mim e, ao mesmo tempo, voltei minha mão direita até seu coração e, o mesmo ainda batia muito rápido.
– Disse e, digo mais: vou lutar por esse amor. – Voltou a beijar a região do meu umbigo, descendo até a virilha, fazendo-me gemer alto e constantemente.
– I know a girl that’s obsessed with a guy – foi o que consegui dizer.
– Você me deixa maluquinho, garota. – Já estávamos praticamente do jeitinho que viemos ao mundo.
Minutos depois, peguei o pacote de camisinha que estava em cima da mesa de cabeceira, abri-o e coloquei-a nele.
– Está pronta para mais um pouco de emoção, gatinha? – Olhava-me fixamente.
– Com certeza, meu DEUS.
As investidas começaram devagar e aos poucos foram aumentando de velocidade. Da mesma forma, os gemidos, possíveis gritos e todas as ações geradas pelo ato. Mostrando já estarem cansados, a ponto de atingirem o orgasmo, bem suados:
– Eu quero ter você comigo pro resto dos meus dias.
– Eu te amo, meu gordinho sexy. – Uni nossos lábios e ele fez sua parte no resto.
Juntos, chegamos ao auge, cansados e felizes, por mais uma noite juntos. Algo que, de início, eu não pensei que aconteceria na minha vida, mas já que aconteceu, vamos curtir cada segundo. Pierre jogou-se ao meu lado na cama, me aconcheguei em seu peito, ele me abraçou depositando um beijo em minha testa e não demorou muito para que adormecêssemos.

No dia seguinte, fomos acordados com a luz do sol entrando pela janela. E não demorou muito para que nos levantássemos para curtir o resto do tempo em Victoria. Depois, quando estávamos quase prontos, o telefone tocou. Era , avisando que estavam descendo e que Deryck estava à nossa espera para mais um passeio na cidade antes de retornarmos à Vancouver. Disse que já estaríamos na recepção e, desliguei.
– Vamos? – disse, saindo do banheiro devidamente vestida e maquiada (bem simples).
– Vamos, meu amor – disse, depositando um selinho em meus lábios.
Peguei minha bolsa, minha câmera e deixamos o quarto rumo à recepção. Lá estavam todos reunidos, na porta do Hotel, no esperando para entrar na van e passear.
– Bom dia, pessoal! – disse, quando vi todos na recepção.
– Bom dia! – Pat respondeu-me.
– Pelo que vejo, a noite foi boa, não é? – comentou David.
– Eu diria que sim – Pierre disse, me abraçando por trás.
– Onde vamos? – estava ansiosa com os nossos próximos passos nas terras geladas.
– Pensei em levá-los até o Beacon Hill Park, à Praça do Mercado e aos Jardins FanFusion.orgs do Pacífico. Topam?
– Claro, não é pessoal? –diz o moreno, guitarrista da banda.
– Com certeza! – Jeff sorriu.
Todos foram subindo na van e pouco depois estávamos deixando o hotel rumo ao parque. Teríamos até às cinco da tarde para curtir a cidade e então voltar para Vancouver.
– Alguém pode me contar algo sobre esse parque? – pedi ao pessoal, esperando que alguma alma falasse algo.
– O parque foi transformado em área protegida pelo governador da Ilha de Colônia, em 1858, Sir James Douglas, anos depois passou a ser um parque urbano e então recebeu o nome pelo qual é conhecido hoje – contou Deryck.
– E de onde vem o nome Beacon Hill?
– Vem de uma pequena colina, perto do estreito, onde houve faróis (beacons) e essa colina foi um sítio de enterro das Primeiras Nações.
– Dá pra ver o estreito do parque? – curiosa, questionou .
– Dá, sim.


Capítulo 15


Pouco depois, chegamos ao parque. Deryck veio junto, eu estava gostando de saber sobre a historia do local. É sempre bom, conhecer como era antes...
Caminhávamos pelo local, tirando fotos e apreciamos a beleza dum dia ensolarado, até que nos deparamos com digamos monumentos enormes, digo BEM altos.
– Isso – Deryck disse, apontando – são totens. Esse, em especial, tem quase 40 metros de altura e foi erigido em 1956 por um artesão.
– Wow! – Olhei, espantada com a altura.
Tiramos fotos ali com os totens e seguimos caminhando pelo parque. Entre caminhadas, conversas sobre a historia do local e fotos, alcançamos o local, onde poderíamos avistar o estreito e...
– Aquelas são as Montanhas Olímpicas no estado de Washington – ele dizia, apontando.
– Posso falar?
– Claro.
– Isso é lindo demais!
– Eu concordo com você, amiga! Essa nossa viagem tá valendo cada centavo gasto – falou, feliz.
– Com certeza! – apenas concordei.
– Fico feliz que estejam gostando! – disse Deryck.
Estivemos mais um pouco passeando pelo parque até que decidiram ir até o Market Square (Praça do Mercado). Novamente Deryck desceu com a gente e, como fez anteriormente, nos falou um pouco sobre o local:
– A Praça do Mercado é uma das mais antigas e famosas atrações de Victoria, como vocês podem ver, há lojas, restaurantes e clubes.
– Algum evento acontece ou aconteceu por aqui? – questionei enquanto caminhávamos pelo local.
– Já sim, eventos do tipo festivais e muitos outros – respondeu-me Deryck.
– É, realmente bonito. – olhava tudo atentamente.
– Hey, podíamos parar em algum restaurante para comer algo, não é? – David parecia estar com fome.
– Boa, David! Não tomamos café – respondi.
– Claro.

Tempo depois:

Enquanto esperávamos nossa comida, ficamos conversando com Deryck e ele nos contou que a praça foi construída no fim do século 19 e que naquela época a cidade passava por um tremendo crescimento.
– Na época, marinheiros e prospectores de ouro viviam por aqui em busca de aventura e fortuna. Havia vários hotéis, salões e lojas, onde os mineiros abasteciam-se, quando estavam a caminho do ouro de Klondike.
Depois de comer algo delicioso, tirar muitas fotos e fazer algum vídeo resolvemos seguir nosso passeio. Já passava das duas e meia e, teríamos que estar de volta às cinco ao hotel para pegar as malas e retornar à Vancouver.
Seguimos para o Pacific Undersea Gardens (ou Jardins FanFusion.orgs do Pacífico), onde podemos encontrar mais de 5.000 espécies diferentes da vida marina da Columbia Britânica, entre peixes, caranguejos, estrelas-do-mar e polvos-gigantes. Assim que chegamos, pagamos as entradas e começamos nosso passeio. Foi super divertido! Rimos, conversamos, ficamos sabendo mais sobre a historia da cidade, e quando nos demos conta já era quase quatro e quarenta e cinco.
– De volta pro Hotel? – Pat já estava cansado.
– Vamos, não é? Temos que voltar a Vancouver – respondeu David.
Deixamos o local, nos acomodamos na van e retornamos ao Hotel.
– Eu vou buscar minhas coisas – disse Deryck, antes de deixar o local.
– Okay, Deryck. Encontramos você em meia hora? – Pierre questionou.
– Claro. Estarei aqui em 30 minutos.
– Até logo! – disse a ele.
– E obrigado pelo passeio! – completou.
– De nada, meninas! – E assim deixou o local.
Pegamos as chaves dos quartos e nos dirigimos até os apartamentos, a fim de arrumar as coisas e descer para o fazer o check-out. Não demorou muito para que estivéssemos todos reunidos novamente na recepção, após acertar as contas no hotel. Em seguida, Deryck chegou e nos ajudou a colocar nossas mochilas no porta-malas. Logo nos acomodados na van e deixamos o Hotel, agradecendo ao pessoal na recepção pelo atendimento.
No caminho de volta a Vancouver, paramos para fazer um lanche numa cafeteria e, não demorou muito para que chegássemos de volta ao Hotel. Era por volta das oito quando entramos no hotel e agradecemos Deryck pela viagem. Os meninos ainda ficariam uns dias mais e nosso tempo, infelizmente, estava acabando, logo mais estaríamos voando de volta ao Brasil.
– Quando precisarem, estarei às ordens.
– Valeu, cara! Eu ligo se precisarmos amanhã. – Notificou o amigo e webdesigner a banda.
– Bom descanso!
– Pra você também! – eu disse.
Depois de tomar banho, nos reunimos no restaurante do Hotel para jantar e, voltar aos quartos para descansar, assim aproveitaríamos o dia seguinte, mais dispostos. Na hora de dormir, nem preciso dizer que e eu não dormimos no nosso quarto. Ela foi para o quarto de David e eu para o do gordinho sexy.
Os dias seguintes foram de muita diversão, conhecimento e alegria. Os meninos estariam voltando pra casa hoje à noite e ainda tínhamos algumas horas para curtir a companhia deles. e eu estávamos no quarto, conversando e nos arrumando, quando alguém bateu à porta.
– Deixa que eu atendo – disse, já que eu estava no banheiro.
– Oi, ! Estou atrapalhando vocês?
– Claro que não, Pat. Entra! – disse, fazendo menção para que entrasse.
– Então, a gente vai embora hoje à noite e os meninos estão meio tristes por termos que ir...
– Eu entendo. Vocês têm compromisso.
– Por isso mesmo. E, eu pensei em fazermos algo que fique marcado para todos nós hoje.
– Tipo o quê?
– Um passeio de barco, o que você acha?
– Ótima idéia! – eu disse ao voltar ao quarto.
– Oi, !
– Oi, Pat! Eu estava ouvindo lá do banheiro e achei ótima a ideia.
– Que bom! E você, ?
– Eu topo, é claro.
– À que horas vamos?
– Daqui a pouco; vocês estão prontas?
– Quase. Eles sabem? – disse .
– O Pierre e o David não.
– É tipo surpresa? – perguntei.
– Exato. Encontro vocês na recepção em 10 minutos?
– Claro – disse, após minha confirmação com a cabeça.
– Perfeito. Até daqui a pouco – disse e saiu.
Terminamos de nos arrumar, pegamos nossas bolsas, inclusive máquinas fotográficas, e deixamos o quarto.
– Eu não quero nem pensa em me despedir deles.
– Nem eu, . Esses dias foram INCRÍVEIS .– Deu ênfase à última palavra.
– E inesquecíveis.
– Essa com certeza é uma viagem inesquecível.
– Demais, amiga – disse, assim que o elevador parou no térreo.
Seguimos até o lobby, onde nos encontramos com os meninos à nossa espera.
– A cara dos dois não está nada boa, amiga... – Olhava David e Pierre sentados no sofá, bem tristes.
– É amiga, espero que esse passeio anime um pouco.
– Também espero.
– Oi, meninos! – disse, olhando todos e fixando meu olhar nele.
– Oie! Prontas pro passeio? – Seb sorriu ao vê-las.
– Preparadíssimas! – respondeu .
– Me parece que duas pessoas não estão a fim de ir nesse passeio... – olhei David e depois Pierre.
– A gente não sabe aonde vai. Não falaram nada – disse David.
– Ah, é? E se eu disser que sei e, que vai ser ótimo?
– Vocês sabem aonde vamos? – perguntou o moreno mais alto.
– Sabemos, mas não podemos contar. Vamos? – foi a vez de falar.
– Deryck está nos esperando – Pat disse voltando na rua.
– O dia vai ser perfeito! – Jeff disse, bem animado.
– Perfeito? Como, se voltamos pra casa à noite? – Pierre disse, meio irritado.
– Espere e verá! – Chuck disse, misterioso.
– Oi, Deryck! Todos juntos, como em um coral.
– Oi, galera! Prontos pro passeio? Já estávamos todos dentro da van.
– Com certeza – respondi.
No caminho até o porto de Vancouver, o silêncio reinou; o único som que se ouvia era o rádio ligado.
– O que a gente vai fazer aqui no porto? – perguntou, assim que chegamos.
– Surpresa – disse, enquanto ele me ajudava a descer da van.
Pat se distanciou um pouco com Deryck, deixando David e Pierre mais ansiosos, e uns minutos depois voltaram.
– Tudo pronto lá! Vamos? – Pat trocou olhares comigo e .
– Claro! – confirmei.
Seguimos Pat, após nos despedir de Deryck. Ele viria nos buscar mais tarde, como havia combinado com Pat. Chegamos próximo à uma lancha, de tamanho grande até, suficiente para nós. Havia uma pessoa nos esperando, a que dirigiria a lancha.
– Boa Tarde, pessoal!
– Boa Tarde! – novamente, todos responderam em coro.
– Sou Doug e, será um honra levá-los para um passeio.

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Capítulo 16


Aos poucos, Doug ajudou cada um a entrar e nós agradecemos. Todos dentro, bem acomodados, e David e Pierre pareciam mais felizes agora.

– Se sente melhor agora? – disse, acariciando seu rosto com a mão direita.
– Um pouco, mas isso não vai mudar o fato de que vamos embora hoje à noite – ele disse, abraçando-me.
– Eu sei, só quero que esse dia fique na nossa lembrança como um dia MUITO especial, assim como o dia em que e eu conhecemos vocês naquele show.
– Pode ter certeza que todos esses dias foram especiais. Mas queria ter você comigo pra sempre... – disse, meio tristonho.

A lancha já havia partido. Estávamos passeando e tentando curtir ao máximo aquele último momento com nossos meninos.

I don’t wanna loose you too, honey – disse baixinho em seu ouvido.
– Promete que você vai voltar?
– Eu vou tentar, prometo! – Depositei um selinho em seus lábios.

Ele fez com que esse selinho seguisse para um beijo calmo, apaixonado, e não diria o último, mas aquele beijo que marcaria a promessa de voltar. Tentei curtir aquele beijo e não pensar na parte triste da historia, mas faz parte da vida. As coisas boas um dia acabam. Mas essa pode ser diferente. Apenas ter um intervalo, e não um fim.

Depois de um tempo, David e Pierre já estavam um pouco melhores, não tão quietos como no Hotel e tentavam curtir ao máximo o passeio, assim como os demais. Tiramos fotos, conversamos, cantamos hits deles e outras músicas. O passeio estava sendo ótimo, mesmo sendo uma espécie de despedida. Dentro de alguns dias e eu estaríamos voltando pra casa...

– Estão todos muito quietos, vamos cantar outra música?
– Vamos animar isso, ! Promise? – sugeriu.
– "We've had a rough time From fighting all night And now we're just slipping away…" – comecei cantando.
– "So just give me this chance To make the wrongs right, to say: Don't walk away." – seguiu.
– "I promise I won't let you down (you down) If you take my hand tonight I promise..." – Pierre juntou-se à cantoria.
– "We'll be just fine, this time If you take my hand tonight If you take my hand tonight" – E David também.
– Eu amo essa música!
– A gente ama todas, não é, ? – questionou, afirmando gostar de todas.
– Claro, claro. – Sorri.
– E ama aqueles que cantam ela! – completou.
– Eu não canto... – Pat disse, triste.
– Mas a gente ama você também. – e eu fomos até ele, abraçando-o e beijando sua bochecha, cada uma em cada lado.
– Obrigado pela ajuda em fazer esses dois ficarem menos tristes... – ele disse, baixinho em nossos ouvidos.
– De nada; a gente não gosta de vê-los tristes, não é? – respondeu ao agradecimento.
– Com certeza! – confirmei.

– "Without you I go through the motions Without you it's just not quite the same Without you I don't wanna go out I just wanted to say." – Pierre voltou a cantar.
I promise that I gonna come back! – disse em seu ouvido, já estava ao seu lado.
Ele sorriu com aquilo e, fiquei feliz por isso.
Passamos o restante da tarde curtindo o passeio, mas como eu disse, "tudo que é bom, dura pouco". Voltamos ao local de embarque, onde nos encontraríamos com Deryck e ele nos levaria ao Hotel. Assim que entramos na van, após agradecer Doug pelo maravilhoso passeio e encontrarmos Deryck. Sentei-me ao seu lado e pude perceber que sua carinha voltava a ficar como antes. Ele estava triste novamente. As horas passaram rapidamente e, logo eles estariam indo ao aeroporto.
– Aiii... Como a vida é... – disse, sem querer que ouvissem.
– Injusta! – ele completou minha frase.
– Não é assim, amor... Eu também gostaria de ficar mais tempo aqui, mas logo e eu estaremos retornando ao Brasil. – Depositei um beijo em sua bochecha.
– Eu te amo tanto – disse, me abraçando bem forte.
– Eu também te amo muito – disse, segurando a vontade de chorar.
Isso acabou se espalhando pela van e estavam todos num momento emotivo: despedir-nos-íamos em um par de horas.
– Gente, não fiquem assim! Eu tenho certeza que veremos as meninas de novo! Não é? – Pat tentou animar o pessoal.
– Claro! A gente volta, assim que puder! – confirmei o que ele disse, mesmo não sabendo ao certo o que aconteceria da minha vida.
– Com certeza! Quero mais momentos inesquecíveis como os que tive aqui em Vancouver – pronunciou-se.
– Se não voltarem, a gente pode ir buscar vocês, não é, Pierre? – David falou ao amigo.
– Claro, a gente vai até o Brasil e buscá-las – disse, depositando um beijo em minha testa antes de nos separarmos do abraço.
Chegamos ao Hotel e, enquanto os meninos iam terminar de arrumar suas coisas, e eu ficamos no andar térreo: passeamos e acabando dando na sala de recreação, onde estivemos entretidas olhando como as crianças estavam felizes brincando.
– Como sinto falta desse tempo... – eu disse, olhando da porta.
– Eu também, a gente era feliz e nem sabia...
– Não que a gente não seja feliz agora, mas é tudo mais difícil.
– Verdade, quando a gente é criança não sabe direito o que é sofrer por amor. – tirou as palavras da minha boca.
– Exato.

Os minutos se passaram e nem percebemos. Senti uma mão tocar meu ombro e me virei para ver quem era.
– Posso falar com vocês?
– Claro – respondi.
Deixamos a sala da recreação e fomos até o sofá que havia no hall de entrada. Sentamo-nos e:
– O que houve? – perguntou .
– A gente tá indo pro aeroporto dentro de alguns minutos e... – Pat começou a falar.
– Eles estão de baixo astral, não é? – questionei, já imaginado a resposta.
– Uhum... Eu não sei como vai ser depois...
– Uma pena, a gente não queria vê-los assim.
– Eu entendo, também não imaginei que em pouco tempo tanta coisa fosse acontecer.
– Pois é.
– Vocês não querem ir junto até o aeroporto? – ele perguntou-nos.
– Seria ótimo, mas como voltamos? – respondeu por nós duas. Com certeza vou.
– Eu falei com o Deryck e ele traz vocês.
– Ok. Vamos sim. – Sorri. Teria mais uns minutos ao lado deles.
– Só preciso ir ao banheiro... – Ela noticiou.
– Vamos ao quarto.
– Eu vou acertar as coisas aqui na recepção. Encontro vocês aqui, depois!
– Okay. – Subi com até o quarto.

Minutos depois, estávamos junto dos meninos, na van com Deryck com destino ao aeroporto. A despedida se aproximava. No caminho trocamos emails e telefone com os meninos e, prometemos que daríamos notícias.
Demoramos um pouco por causa do trânsito nas proximidades do aeroporto, mas chegamos ao local, onde nos despediríamos deles. Descemos todos da van, Deryck ajudou a descer as bagagens e demais acessórios e, foi conosco ao setor de check-in. Os meninos despacharam as malas e, nos dirigimos a uma área mais reservada. Os minutos passavam e, sabíamos que logo mais estaríamos nos despedindo de verdade. Estávamos todos meio pra baixo, meio "deprê", num silêncio que já estava chato e entediante.

– Gente, está todo mundo mal por causa do mesmo motivo? – Olhei-os enquanto dizia.
– Foi tudo tão bom, tão intenso... – Pierre respondeu, tristonho.
– Eu sei, meu bem. Eu amei tudo, cada minuto com vocês.
– Não vai ser fácil pra gente também, mas a vida continua e a gente prometeu que vai tentar voltar – completou .
– Tenho certeza que todos entendem, meninas. Foi muito bom, mesmo, conhecer vocês duas. – Pat tentou falar algo em nome da banda.
Já era a hora da despedida? Percebi que sim quando ouvi uma voz dizendo que os passageiros do vôo com destino a Montreal embarcassem no portão 8. Deryck se despediu dos meninos e disse que quando viessem a Vancouver novamente e precisasse, era só chamá-lo.
– Obrigado, cara! – Chuck disse a Deryck.
– Eu que agradeço. Foi um prazer estar com vocês esses dias todos.
– Obrigado por ter levado a gente à Victória! – adicionou Seb ao agradecimento.
– De nada!
Pat, Seb, Jeff e Chuck se despediram da gente, e eu, com muitos abraços e beijos.
– A gente vai se vê de novo! – falei, convencida de que isso iria acontecer, por mais que demorasse.
– O mais breve possível! – completou o que eu havia dito.
– A gente espera vocês lá em Montreal – Pat respondeu.
– Isso mesmo, vão até lá, conhecer a cidade. – Seb convidando-nos a visitar Montreal.
– Eu já conheço, mas igual será ótimo ir novamente.
– Eu quero muito conhecer lá! – ficou feliz com o convite.
– Ótimo! Serão muito bem vindas.
– Obrigado, Jeff – disse-lhe, abraçando-o mais uma vez.
– A gente vai sentir falta de vocês... – Minha amiga já tristonha com a despedida.
– Vamos estar sempre em contato. – Chuck, lembrando que já havíamos trocado número de telefone, email e tudo mais.
– Claro – disse, abraçando Chuck.
– Amor? – Me virei para Pierre.
– Promete que você volta? – Acariciava meu rosto com a mão direita.
– Prometo.
– Que dia é sua formatura?
– Dezoito de agosto. Por quê?
– A gente podia tentar ir, não é galera?
– Podemos. Tem que checar se teremos algum compromisso.
– Okay, vai ser ótimo tê-los lá comigo nesse dia.
– Que bom! Eu vou sentir saudades... – disse em meu ouvido.
– Eu também, meu amor – disse e dei-lhe um selinho que segundos depois passou a ser um beijo, como se fosse o último.
zinha, amore mio, sentirei saudades suas – disse, abraçando-a.
– Eu também – disse baixinho em seu ouvido, fazendo-o gemer bem baixo, quase que imperceptível.
– A gente vai se vê de novo, não vai? – ele, acariciando-a no rosto.
– Claro. Eu volto. – Sorriu.
– Okay. Se cuidem aqui, viu? E me dê notícias sempre que puder.
– Está bem, eu prometo que escreverei sempre que puder.
– E liga de vez em quando...
– Pode deixar.
– Eu vou estar te esperando... sempre. – Uniu seus lábios assim que proferiu as palavras.
Aquele clima de despedida estava muito pesado, no sentido de estarmos cada vez mais tristes pela despedida.
– Vamos, galera? Se não, vamos perder o vôo. – Chamou o loiro.
– Tchau, gente. Boa Viagem! – disse, antes de eles seguirem pelo corredor que lavava ao portão Oito.
– Se cuidem! – acrescentou, apenas.
– Vocês duas também.
– E dêem notícias! – Solicitou Comeau.
– Daremos!
– Dêem também.
– Com certeza – afirmou Lefebvre.
Cada uma de nós deu mais um beijo na bochecha de cada um e outro BEIJO nos nossos AMORES. Todos são, mas tem aqueles por quem a gente sente algo a mais. Depois disso, eles deixaram a sala com destino ao portão de embarque, nós nos abraçamos e quase choramos juntas.
– A gente ama vocês! – gritamos pelo corredor.


Capítulo 17


Depois disso, deixamos a sala, chorando, e fomos até o local onde poderíamos ver o avião deles e só deixamos o aeroporto depois que o mesmo decolou.
– Vamos, meninas? – perguntou, Deryck.
– Vamos... – respondi, tristonha.
– Esses dias foram mais que perfeitos! , essa viagem com certeza já é inesquecível.
– Concordo com você. Obrigado por estar comigo.
– Eu também agradeço! Conhecemos nossos meninos juntas!
– E ainda tivemos a oportunidade de passar por tudo isso.
– É verdade... E a gente nem imaginava que nesse pouco tempo que estaríamos aqui, algo desse tipo pudesse acontecer. – lembrava de tudo.

– Querem voltar pro Hotel? – Já estávamos dentro da van.
– Vamos, está tarde e queremos aproveitar nossos últimos dias por aqui, não é? – respondi.
– Claro.
– Ok. Deixo vocês no hotel, e qualquer coisa que precisarem entrem em contato comigo – disse, entregando um cartão com telefones para contato.
– Obrigado, Deryck.
– Acho que tínhamos que falar com o Danny... – me lembrou dele.
– É, podíamos ligar amanhã...

Em alguns minutos, chegamos ao Hotel. Já passava das dez e meia e estávamos bastante cansadas. O dia havia sido muito agitado. Despedimo-nos de Deryck, agradecemos por esses dias e entramos no Hotel, pegando a chave do nosso quarto na recepção e dirigindo-nos para o elevador.
Depois de tomar banho e comer algo na cafeteria do Hotel, caímos na cama de tão cansadas e não demorou a que dormíssemos.

Dia seguinte, acordamos por volta das nove, nos arrumamos e descemos para tomar café. Enquanto saboreávamos nossa comida, alguém se aproximou da nossa mesa:
- Bom dia, senhoritas! Vocês são as hóspedes e ?
– Sim, por quê?
- Tem um senhor na recepção à procura de vocês.
– Quem é?
- Disse que as conhece...
– Será que é o Danny?
– Pode ser. Diga que vamos assim que terminarmos. – imaginando ser ele.
- Okay. – Se retirou em seguida.

Assim que terminamos de comer, pegamos a chave do quarto, que havíamos deixado em cima da mesa e, seguimos para a recepção:
– Oi meninas!
– Danny! Que bom te ver! – eu disse, cumprimentando-o.
– Achamos que era você... – sorriu ao vê-lo.
– Vim saber como estão.
– Bem, dentro do possível – respondi.
– Por que, dentro do possível?
– Você soube que os meninos estavam aqui até ontem? – lembrou-se do aeroporto nesse momento.
– O Simple Plan?
– É. Eles acabaram ficando mais uns dias...
– Imagino o quão felizes não ficaram.
– Muito felizes, e tivemos momentos maravilhosos. – sorriu ao dizer.
– Obrigado, isso só foi possível porque você ajudou a gente a realizar nosso sonho.
– De nada. Fico feliz por vocês. E aí, quais os planos pra hoje?
– Não sabemos ainda. Alguma sugestão?
– Que tal pegar uma praia e mais à noite uma cinema?
– Nada mal. A gente só precisa trocar de roupa.
– Espero vocês – ele disse, sentando-se num sofá confortável que havia na recepção.
– Okay, logo voltaremos.
Fui com até o quarto, trocamos de roupa, pegamos máquina fotográfica e alguns minutos depois estávamos de volta ao encontro de Danny.
– Se importam se meus filhos forem junto?
– É claro que não. *disse olhando minha amiga
– Vai ser bom.
– Ok, vamos?
– Vamos.
Deixamos o Hotel, com destino à casa de Danny e depois à praia.
– O que fizeram todos esses dias que não as vi?
– Fomos um fim de semana à Victoria, saímos, viemos a praia e tentamos curtir ao máximo nossos dias por aqui. – Isso me fez recordar de alguns momentos, especialmente o dia da praia com os meninos.
– E como aproveitamos! – afirmou.
– Pelo visto, foi muito – Danny comentou.
Passamos alguns minutos em baixo do sol, sob proteção solar, conversando com Danny e o meninos até que resolvemos dar um pulinho na água, para nos refrescarmos.
– Muito calor, hoje!
– Desde que vocês estão aqui é o dia mais quente! – Lembrou-nos.
– Pois é, deve estar por volta de 35 graus. – Nem aguentou o calor.
– Acredito que sim.
Brincamos, corremos, nos molhamos, tomamos mais banho de sol e a tarde passou rápida. Já era umas seis, quando deixamos a praia. Danny nos deixou no Hotel e, disse que voltaria às oito. Sairíamos para jantar e iríamos ao cinema. Assim que chegamos ao hotel, passamos na recepção e nos disseram que os meninos haviam ligado.
– Obrigado. Vamos ligar para eles. – Peguei a chave do quarto e agradeci.
Chegamos ao quarto e, pegamos o telefone. discou e esperou que David atendesse. Havia ligado para o celular dele. Segundo depois:
– Alô?
– David? É a .
– Oie, meu amor! Já estou com saudades.
– Eu também. Como foi a viagem?
– Tudo tranquilo. Dormi bastante hoje...
– Estava cansado, não é?
– Muito. E a, ?
– Aqui do meu lado.
– Diz que ela ligue por celular do Pierre, ele quer falar com ela.
– Okay. E os outros?
– Hoje a gente não se encontrou; a galera ia passa o dia com a família e descansar. Só falei com o Pierre.
– Hm... Entendo.
– E vocês, fizeram o que hoje?
– Fomos à praia e agora vamos tomar banho, sair pra janta e pegar um cinema.
– Com quem foram a praia?
– Com o Danny e os filhos dele.
– O motorista que levava vocês pra passear?
– É...
– Que dia vocês vão embora?
– Daqui há quatro dias – comentou, triste, pois queria ficar.
– Continuem aproveitando aí, então. E, me liga!
– Okay, honey. Te amo – ela disse.
– Também amo você, my baby.
– Se cuida. Beijos.
– Beijos gostosos. – David desligou o telefone logo depois.
Tempo depois, deixamos o Hotel, juntamente com Danny e seus filhos com destino a um restaurante, onde estivemos conversando e saboreando uma deliciosa comida. Depois, fomos ao cinema. O filme estava ótimo! Demos boas risadas. O tempo passou e retornamos ao Hotel.

Dias se passaram, estivemos em contato constante com os meninos (em Montreal) e era véspera de nossa viagem. Estávamos tristes, mas ao mesmo tempo felizes, pois não esperávamos que tanta coisa legal fosse acontecer em apenas um mês em Vancouver. Nosso último dia seria para comemorações, de tudo que vivemos nesse pouco tempo. Falaríamos com os meninos à noite e, passaríamos o dia fora.
– A gente volta ao Hotel só à noite, pra tomar banho e ir pra festa – comentei.
– Ai, queria tanto ficar mais – ela retrucou.
– Nem me fala, . Mas logo a gente vai voltar, tenho certeza.
– Vamos? – disse, saindo do banheiro.
– Vamos. – Deixamos o quarto do hotel e nos encontramos com Danny na recepção.
Fomos passar o dia na Deep Cove, um paraíso subtropical. Disseram que é um dos lugares mais bonitos de Vancouver e, o melhor de tudo é que fica a apenas 30 minutos do centro da cidade.
– Hoje é sábado, right?
– Sim, . Nosso último sábado por aqui e sinto que será perfeito.
– Só não mais porque os meninos não estão com a gente – disse, de cabeça baixa, meio triste.
– Concordo com você, mas... vamos curtir enquanto estamos aqui.
– Como é essa região, onde está a Deep Cove, Danny? – No caminho...
– Fica num vale de montanhas margeado pelo mar e pontuado por belas casas no meio da floresta. É realmente lindo o lugar e vocês não podiam ir embora sem que fossem até lá.
– E como é a arquitetura do local?
– Deep Cove é um local que só abriga famílias ricas, isso quer dizer que vocês só encontrarão mansões, de frente para o mar.
– Wow! E, é um lugar muito movimentado por turistas?
– Só para turistas passarem o dia, pois não há hotéis por lá. – Danny comentou.
– Então é um lugar, digamos, mais conservado?
– Podemos dizer que sim. Vocês vão gostar de lá.
– Espero que sim.
– Trouxeram máquina fotográfica? – perguntou ele.
– Clarooooooo! – disse e rimos juntas.
– A gente não sai do Hotel sem ela!
Minutos se passaram e finalmente chegamos ao tal lugar chamado Deep Cove.
– Já gostei daqui! – disse, quando descemos da van e começamos nosso passeio ali perto.
– A paisagem é incrível! – abismada com a beleza do local.
– Disse que vocês iam gostar!
Começamos no passeio, caminhando pela floresta ainda virgem. A vista é incrível e o local é muito bem cuidado. É maravilhoso! Tiramos algumas fotos no meio da floresta com as montanhas de fundo. Depois, fomos conhecer a parte urbana do local, onde se pode encontrar algumas lojas, bares e restaurantes. Paramos por volta da uma da tarde para fazer um almoço: comida saborosa e o atendimento nota mil. Fizemos umas comprinhas nas lojinhas e, seguimos nosso passeio por Deep Cove. Até umas três da tarde, quando Danny perguntou se gostaríamos de passear de caiaque e aceitamos na hora.


Capítulo 18
Capítulo betado por Carine.


Havíamo-nos divertido muito, mas muito mesmo. É sempre bom conhecer lugares diferentes, e lugares como Deep Cove, um paraíso subtropical, melhor ainda. Isso sim é paraíso, paraíso do qual eu não quero ir embora. Deep Cove, com certeza, está na lista de lugares que pessoas como eu visitariam milhões de vezes.

Danny nos deixou no hotel, assim que chegamos a Vancouver, e disse que voltaria às oito horas para nos buscar. Tomamos banho, nos arrumamos e ligamos para os meninos. A saudade está cada vez maior, e esse amor é cada vez mais verdadeiro e profundo. Encontramos com Danny minutos depois na recepção, e seguimos até um restaurante. Nossa última janta em Vancouver. A comida estava deliciosa. Antes de deixarmos o local, passamos no banheiro e escovamos os dentes, pois iríamos direto para a boate.

Fomos a uma boate onde o hip-hop, o house e a disco music imperam. Cebebrities NightClub é o lugar. Danny disse que seus filhos são fãs deste lugar. Seria por que eles são fãs de hip-hop? Bem provável.

– Eles não vão?
– Devem estar indo pra lá agora. Falei que ia levar vocês.

Conversamos durante todo o caminho do restaurante até a Celebrities Nightclub. Nossas últimas horas na cidade, no país. Não gosto de pensar que iremos embora. Já sinto falta daqui. Assim que entramos na boate, Peter e Frankie vieram ao nosso encontro. Estavam próximos à porta a nossa espera. Os cumprimentamos ao estilo brasileiro, com três beijinhos e um abraço, sem informalidades. Fazia alguns dias que não os víamos, mal nos reencontramos e já estaríamos dizendo adeus.

– Quanto tempo, não é? - Frankie disse.
– Muito, amanhã estamos voltando pro Brasil... - , tristemente, respondeu.
– Que pena, passou muito rápido! - Peter ficou triste com o que ouviu.

Nós duas não éramos as únicas tristes em saber que esta viagem, já considerada inesquecível, terminaria amanhã. Mas como dizem tudo que é bom, dura pouco. A questão era curtir cada segundo, cada minuto, para ter ótimas recordações para o resto de nossas vidas. Enquanto conversávamos, Danny perguntou aos meninos se eles gostariam de ir com ele nos levar ao aeroporto, e ficamos muito felizes quando eles aceitaram o convite do pai.

Os minutos passaram, a festa estava ótima, dançamos muito hip-hop, bebemos, conversamos, e quando nos demos conta já era por volta das duas horas da manhã, e resolvemos ir embora para aproveitar a manhã e uma parte da tarde antes de irmos ao aeroporto. Nosso vôo era só à noite. Dizemos a Danny que gostaríamos de fazer compras de manhã, ainda nos restavam alguns dólares e queríamos comprar umas coisas que havíamos visto, e sabe-se lá por que não compramos antes. Então, ele disse que nos pegaria no hotel às dez horas, assim, teríamos que acordar às nove horas.

Agradecemos a noite maravilhosa a eles, e logo entramos ao hotel, e com a chave do quarto em nossa posse, seguimos ao nosso apartamento pelo elevador. Não demorou muito para que estivéssemos deitadas, e logo após um desejo de ‘Boa Noite’ fosse feito por cada uma de nós, adormecemos.

Horas depois, o despertador tocou, trocamos de roupa, descemos para tomar café e encontramos Danny e os meninos na recepção pouquinho antes das dez horas. Passamos o resto da manhã fazendo compras. Estávamos cheias de sacolas, um pouco cansadas de tanto caminhar, quando alguém deu sinal de que estava com fome. No caminho, fomos questionadas sobre nossas bagagens e dizemos estarem quase prontas, faltavam apenas alguns itens irem para dentro delas antes de serem fechadas. Ainda comentei precisar de outra bagagem, pois havia feito muitas compras e estava faltando lugar, então, Peter disse saber uma loja, localizada no centro da cidade, onde os preços eram razoáveis. Iríamos lá depois de comer.

Almoçamos num bistrô próximo ao centro. A comida estava ótima e o atendimento impecável. Até falamos português com a atendente, que diz já ter ido ao Brasil. De volta às compras: fomos a tal loja que Peter falou, e compramos uma malinha pequena cada. Deixamos algumas sacolas na van e seguimos passeando pelo centro, entrando em uma ou outra loja até as dezessete horas, quando resolvemos que retornaríamos ao hotel para terminar de arrumar as coisas, mas antes fizemos uma parada para comer algo.

– Ah, já sinto falta daqui! – disse, quando seguimos para o hotel, depois de comer.
– Eu também, . Vamos ter que voltar logo.
– É, basta ter dinheiro. O resto nós já sabemos como fazer...
– A casa vai estar sempre às ordens.
– Obrigada, Peter.

Ficamos no hotel, o combinado era que eles voltariam perto das oito horas da noite. Dirigimo-nos ao quarto, tomamos banho, nos arrumamos, terminamos de arrumar as malas, colocando as compras de hoje nas malas pequenas e, quando terminamos, nos deitamos nas respectivas camas e ficamos conversando sobre tudo que havia acontecido nesse tempo. Até nos darmos conta que já passava das dezenove horas e vinte minutos. Ligamos para a recepção avisando que estaríamos saindo, para fazer o check-out. Mandaram um mensageiro buscar as nossas malas e fazer a revisão no apartamento.

Não demorou muito para que ficasse tudo certo no hotel, e deixássemos o local com destino ao aeroporto. Estavam todos em silêncio na van, o único som era o da música que tocava na rádio. Chegamos ao aeroporto, e nos dirigimos até o balcão da companhia que nos levaria de volta ao Brasil. Fizemos o check-in e despachamos as malas. Enquanto esperávamos a hora de embarcar, ficamos passeando pelo aeroporto com Danny, Peter e Frankie. Lá pelas nove horas da noite fizemos um pequeno e rápido lanche, e logo estávamos nos despedindo:

– Obrigado por tudo, Danny! - eu disse, abraçando-o.
– Eu que agradeço. Foi um imenso prazer estar com vocês.
– Um prazer enorme conhecê-las. - Peter disse, abraçando-me agora.
– Prometemos que assim que der estaremos de volta. Right, ?
– Exato. Eu já sinto falta daqui… - Me despedindo de Frankie.

Despedidas feitas, seguimos pelo corredor que nos levaria até o portão nove, onde seria nosso embarque. A nossa aeronave decolou minutos depois que havia sido anunciado pela última vez o embarque de passageiros.

– Ah, essa viagem foi perfeita, e a sua companhia melhor ainda. Obrigada, !
– Eu agradeço a você pela companhia e por estar comigo nesses momentos maravilhosos que vivemos aqui.

Por volta de uma hora depois que havíamos decolado, as aeromoças passaram servindo o jantar. E, depois de saborearmos algo até gostoso, pode-se dizer, resolvemos dormir. Peguei meus fones de ouvido e coloquei uma música. Assim ficamos boa parte da viagem, além daqueles momentos em que estivemos conversando e falando dos meninos.

Uma semana havia se passado. Finalmente, era o dia pelo qual esperei nesses últimos anos: a minha formatura. Minha família estava toda reunida, naquela expectativa, e eu NAQUELA ansiedade e nervosismo. Já estava pronta, com uma roupa básica preta que trocaria depois da colação para ir à festa. Tive que ir mais cedo para a faculdade, mas o evento só iria acontecer às dezenove horas. Estavam todos os formandos naquela expectativa.

! - Chegou uns quarenta minutos antes do início.
! - Saudades de você, amor. – disse, abraçando-a forte.
– Também estava com saudades da melhor companheira de viagem!
– Sua boba! Você também é boa companheira. - Rimos juntas.
– Notícias dos nossos meninos?
– Mal entrei na internet esses dias... – disse, triste, por não saber nada sobre eles.
– Envolvida com a formatura, não é?
– Exato.

Estivemos um bom tempo conversando sobre os acontecimentos pós-viagem, que nem vimos o tempo passar. foi sentar-se na platéia, digamos assim, e fui juntar-me a minha turma. Estava quase na hora de entrarmos e subirmos no palco para recebermos o famoso “canudo”. O local já estava repleto de familiares e amigos dos formandos.

– Queria tanto que eles estivessem aqui... – falei sozinha, já na fila com minha turma para adentrarmos ao salão.

A colação esteve maravilhosa, tudo como havia sido previsto. Mas no final, havíamos combinado de jogar o chapéu para cima (apagariam as luzes e quando reacendessem faríamos isso), só que antes, olhava em direção a uma das portas do salão e tive a impressão de ter visto alguém conhecido. Fiquei com aquilo martelando na cabeça, até que:

– Eu não acredito! - disse depois que a colação terminou e estávamos deixando o palco.

Assim que senti o chão, minha família veio cumprimentar-me e desejar sucesso na carreira, quando chegou a vez de e:

– Eu estou sonhando! - Fiquei estática, olhando-o.
– Oi, amor. - Pierre disse, olhando-me fixamente nos olhos.
– Deixa eu te tocar pra ver se é de verdade... - Dirigi-me até ele, que começou a rir com a minha frase.
– Estava com saudades de você. - disse em meu ouvido, fazendo-me gemer baixo.
– Ah, eu não acredito que você veio!
– E trouxe a tropa comigo! – completou, mostrando os amigos atrás.
– Oi gente! - disse feliz, sorrindo sem parar.
– Oie, formanda! - Ouvi em coro.
– Vamos com a gente de volta pro Canadá? - Pierre questionou.
– Eu adoraria, amor. - Depositei um selinho em seus lábios.
– Deixa a gente cumprimentar nossa futura dona do MAIOR e MELHOR hotel do mundo?
– Menos, Seb, menos. – ri, logo depois.

Depois dos cumprimentos, tiramos algumas fotos, e fui tirar aquela roupa quente, apesar do frio lá fora. De lá íamos jantar e depois curtir uma festinha. Temos que aproveitar e comemorar todos os momentos felizes da vida. Durante o jantar, naquela animação, tiramos fotos, rimos e Pierre disse que queria falar comigo. Fomos para um canto reservado, onde poderíamos conversar sem que o som alto da música atrapalhasse.

– Eu quero te perguntar uma coisa, posso?
– Claro, baby. Pergunte! – sorri.

Pierre mexeu no bolso da calça social preta, de onde tirou uma caixinha de veludo. Comecei a tremer, pois estava imaginando o que viria a seguir:

– Casa comigo? – perguntou, assim que abriu a caixinha.
– Amor... Eu... Não sei o que dizer. - Fiquei sem reação, pois não esperava por isso.
– Um “sim” é o suficiente.




Capítulo 19


Ninguém mais conversava, ria ou tirava fotos. Estavam todos com os olhares focados em mim, esperando para ouvir minha resposta. Eu realmente não sei o que fazer: meu coração diz que sim, mas ao mesmo tempo penso que não é o momento ainda. O que eu faço, pelo amor de Deus?!
– Amor, eu te amo e, muito. Tudo que aconteceu em Vancouver foi extremamente especial e inesquecível, mas... será que já é a hora pra isso? – perguntei.
– Eu te amo. Não consigo ficar um minuto do dia sem pensar em você. Parece que minha vida não tem tanto sentido se eu não tiver você ao meu lado.
– Eu posso estar fisicamente longe e, ao mesmo tempo, estar perto de você. Aqui. – Apontei pro lado esquerdo, onde fica o coração.
– Eu sei, mas quero saber que você é e será pra sempre minha – respondeu Pierre, olhando fixamente em meus olhos.
– Eu... – disse, fazendo carinho no rosto dele.
– Diz que sim! – Sorriu e me deu um beijo na testa.
– Aceito – completei minha frase.
– Eu-te-amo, meu-amor – ele disse, colocou a aliança em meu dedo e me deu um selinho que fiz com que se transformasse em um beijo calmo e cheio de amor.

Depois dos aplausos e mais alguns cliques (fotos), era hora de trocarmos de roupa para curtir a festa, ou o chamado baile de formatura. O jantar havia sido no próprio hotel, onde todos os meus convidados estavam hospedados. Assim que jantamos e tudo mais, retornei ao apartamento a fim de trocar de roupa: coloquei um vestido longo e azul de frente única, justo na cintura.
Tempos depois, já na festa, era o momento de fazer o brinde com a minha turma. Reunimo-nos no meio do salão, que era de bom tamanho para o número de pessoas, recebemos cada um uma taça de champanhe e, após algumas palavras de colegas, fizemos o brinde desejando muito sucesso uns aos outros, na nova jornada. Tiramos fotos, conversamos e depois era o momento da valsa: primeiro com os pais e/ou irmãos e, depois namorado, marido, noivo e etc.

– A senhorita me concede esta dança? – perguntou, enquanto eu dançava com meu irmão.
– Claro, meu futuro marido – disse, olhando-o fixamente nos olhos.
– Fiquei feliz que você aceitou meu pedido – disse em meu ouvido, o que me fez gemer baixinho.
– Eu te amo. – Depositei-lhe um selinho nos lábios.

Ficamos dançando valsa, enquanto nos olhávamos nos olhos e sentíamos nossas respirações descompassadas. Aos poucos, senti que ele foi aproximando seu rosto do meu e podia sentir meu coração querendo sair pela boca quando senti seus lábios grudarem nos meus e logo pedirem passagem. A mesma foi cedida e, explorávamos a boca um do outro com toda calma do mundo, ao mesmo tempo em que eu acariciava seu rosto com as mãos e ele tinha as dele por alguma parte do meu corpo. Pouco depois, já sentia que precisava respirar e que precisava parar com aquilo ali, estávamos em um salão lotado de gente.

– Amor! – disse ao separar nossos lábios.
– Estou com saudades de ficar só com você – Pierre disse em meu ouvido.
– Depois você vai poder fazer o que quiser comigo, mas lá no quarto do Hotel. – Depositei um selinho em seus lábios.
– Está bem, amor. Eu vou esperar... Beija-me de novo?
– Só um beijo, okay?
– Okay, princesa – disse, aproximando seu rosto ao meu e colando nossos lábios.
– Felicidades aos noivos! – disse ao nosso lado, enquanto dançava com David.
– Oh, amor, você aqui! Obrigado por ter vindo.
– Eu não ia perder por nada essa festa!
– Você sabia que eles vinham?
– Não exatamente. Eles não disseram que vinham; só me perguntaram em que Hotel eu ia ficar – respondeu.
– Entendi. Lindo o vestido, !
– Também gostei dele. O seu está perfeito pra você, não é?
– Eu amo azul. – Sorri.
– Quando vamos ter outra Viagem Inesquecível? – questionou .
– Quando você quiser.
vai pro Canadá com você, !
– Como assim?
– Ele falou com meus pais e me liberaram pra seguir os estudos lá – ela respondeu.
– Wow! Temos que ir logo, então!
– As aulas lá recomeçam em setembro.
– Não vejo a hora de pisar em solo canadense novamente – disse, com brilho nos olhos.
– Eu também! E viver intensamente. – trocou olhares com David.
– E mais momentos inesquecíveis esperam vocês – disse Pierre, olhando-me fixamente nos olhos.

E assim termina uma viagem que se tornou inesquecível, não simplesmente pelo fato de duas amigas e fãs da mesma banda terem tido a oportunidade de conhecer seus ídolos, mas por tudo que aconteceu depois desse encontro. Agora será uma nova etapa na vida de duas fãs, que passaram a ser mais que fãs e amigas, em busca de viagens inesquecíveis como a ida a Vancouver.


--------- FIM ---------



Nota da Autora: Queridas, chegou ao fim a história de duas amigas que realizaram o sonho delas durante uma viagem inesquecível a Vancouver, Canadá. Amei escrever essa história e mal posso esperar pelos comentários sobre o final. Espero que tenham gostado, e obrigado para aquelas que acompanharam desde o início da postagem.
Sintam-se à vontade para criticar, sugerir, mas comentem ! Isso é importante para mim, como escritora.
Logo mais uma fic nova será postada !! Até Breve ! - “My Unforgetable Night” -

Acompanhem “I Believe in a thing called love” está em andamento, é uma fic escrita com Simple Plan, mas fiz o script de um jeito que desse para ler com outras bandas. A fic é bem longaaa e espero que gostem !

Contatos: @SonhoComCanada no twitter ou pelo Formspring

Outras fics:

I’m Addicted to you [Simple Plan - Finalizadas]
What if I wanted to break? [Simple Plan - Finalizadas]
Truly Madly Deeply [Simple Plan - Finalizadas]
Catch in a bad romance (Song) [Restrita - Finalizadas]
I Believe in a thing called love [Restrita – Em andamento]



Nota da Beta: Comentem. Não demora, faz a autora feliz e evita possíveis sequestros - só um toque. Qualquer erro encontrado nesta fanfiction é meu. Por favor, me avise por email ou Twitter. Obrigada. Amy Moore xx

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