Olhei no relógio do carro e bufei ao me dar conta de que estava atrasada para pegar null na escola. Eu andava devagar pela rua de sua escolinha, à procura de uma vaga para o carro. Mas por que todo mundo tinha que estacionar perto da escola aquele horário?
Passei por uma vaga vazia e freei o veículo. Engatei a ré, e assim que olhei no retrovisor, pude ver um cara embicando o carro na minha vaga. Buzinei freneticamente, ele percebeu que eu já tinha visto a vaga e saiu. Deu uma buzinadinha ao passar por mim, e eu finalmente estacionei.
Entrei na escola correndo e segui até a secretaria para acertar a mensalidade, e logo em seguida fui até a sala de null, para buscá-lo. Vários pais se aglomeravam na frente da pequena porta, enquanto a senhorita Johnson ia chamando aluno por aluno para sair. Fiquei na ponta de meus pés, na esperança de ver null dentro da sala, mas alguém havia batido em mim e então eu me desequilibrei.
"Opa, desculpa!" Ouvi uma voz rouca sussurrar em meu ouvido e sentir um braço forte me segurar pela cintura, assim que fiz menção de cair.
"'T-ta tudo bem!" Eu falei me reequilibrando, e finalmente encarei o dono do belo par de olhos null que havia me segurado. "Obrigada!"
"Não há de quê." Ele então me respondeu sorrindo, e senti minhas pernas vacilarem com tamanha perfeição. "Você é a dona do Peugeot preto?"
"Eu sou..." Respondi confusa. Como ele sabia qual era meu carro?
"Ah, é que eu quase roubei sua vaga agora pouco. Me desculpe, eu achei que você não fosse parar lá e..." Ele dizia parecendo realmente envergonhado por ter feito aquilo.
"'Ta tudo bem, não se preocupe..." Eu respondi com um sorriso discreto no rosto.
"Eu sou null. null null." Ele falou estendendo a mão para mim.
"Sou null. null null." Respondi apertando sua mão. Ele sorriu para mim assim que terminei de falar meu nome e... como ele tinha um sorriso lindo, meu Deus!
Senti então algo se agarrando em minha perna, fazendo eu desviar atenção daquele sorriso perfeito na minha frente.
"Mamãe!" null falou, e então eu me abaixei para falar com ele.
"Oi, meu anjo! Você está bem?" Perguntei e ele apenas concordou com a cabeça. "A mamãe 'tava pensando em dar uma volta agora no parque e comer um cachorro quente, o que você acha?"
"Ebaaa!" null falou batendo palmas. "A null pode ir com a gente, mamãe?"
"Hum... A gente pode falar com a mamãe ou com o papai dela, se eles ainda estiverem aí. Se eles deixarem, ela vai também!" Falei sorrindo para meu filho. Achava uma graça aquela paixonite dele pela tal null. Com apenas quatro aninhos, meu filho já estava apaixonado, tem coisa mais fofa que isso?
"Ali ela, mamãe!" Ele falou apontando uma linda garotinha de cabelos loiros, que surpreendentemente estava no colo dele, null!
"Erm, com licença..." Falei me aproximando dos dois, com null ao meu lado.
"Ah... Oi, null!" null falou surpreso ao me ver ali.
"null, pode me chamar de null!" Falei sentindo minhas bochechas corarem. "É que eu estou indo com meu filho, o null, no parque, e ele queria que a null fosse conosco. Algum problema?"
"Só se a null tiver..." null falou sorrindo e virou-se para null. "'Ta afim de dar uma volta no parque antes de ir para casa, princesa?" Ele perguntou e ela negou com a cabeça. "Nós vamos com vocês então!" Ele falou voltando a se virar para mim, fazendo eu soltar um sorriso satisfeito.
Combinamos então de nos encontrarmos na porta do Hyde Park. Fui no meu carro com null, e null foi no dele com null. Segui o caminho todo pensando naquele sorriso de null, no olhar dele e... Por que eu não consigo parar de pensar nele, caramba? Ele tem uma filha! Deve ser casado, óbvio. Um homem lindo daquele jeito não poderia jamais estar solteiro assim, dando sopa. Por que eu não reparei na mão dele? Droga...
Ao chegar no parque segui a difícil missão de encontrar uma vaga para o carro. Por sorte achei uma bem perto da entrada, e assim que embiquei meu carro, vi um veículo vindo na direção oposta, fazendo o mesmo. Dei uma leve freada e quando eu ia me preparar para brigar pela vaga, percebi que era null quem estava nele. Ele gentilmente cedeu a vaga para mim, e eu estacionei tranquilamente. É, aquele dia o Deus das vagas 'tava fazendo com que eu e null nos encontrássemos sempre!
Fiquei com null na porta do parque esperando null e null. Assim que eles chegaram, nós entramos. Seguimos até o playground e as crianças correram para o escorregador, enquanto eu e null nos sentamos em um banco, em frente ao playground.
"Ela é linda... Sua filha... null!" Falei quebrando o silêncio que tinha se estabelecido.
"Ah, ela não é minha filha!" null falou rindo alto. "Ela é minha sobrinha, filha da minha irmã." Ele esclareceu e senti um alívio ao receber tal informação. "Você também é linda... quer dizer... Erm... Seu filho também é!" Ele falou balançando a cabeça.
"Obrigada." Falei sentindo minhas bochechas corarem.
"Com uma mãe linda, o filho tinha que ser lindo, não é mesmo?" null falou rindo, me fazendo abrir um sorriso tímido em resposta. "Acho que seu celular está tocando..." Ele falou me fazendo dar conta finalmente de que algo vibrava dentro da minha bolsa.
"Oi, lindinha. Tudo bem?" John falou animado assim que eu atendi o celular.
"Oi, John! Tudo ótimo e você?" Respondi.
"Bem! E meu filho, como está?"
"Está ótimo também! Eu o trouxe para brincar no parque hoje, depois da escola, para aproveitar o fim da tarde."
"Ah, legal! Eu 'tava pensado em dar uma volta com ele domingo, algum problema?" John perguntou do outro lado da linha.
"Domingo, John? Hum... Acho que não tem nada demais. O null vai adorar te ver!" Falei animada. Fazia quase um mês que John havia saído em turnê com a banda, e null ultimamente perguntava bastante pelo pai. "Ele sente muito a sua falta."
"Eu também sinto, null. Você sabe que eu faço de tudo para ser um pai presente. Ele 'ta aí perto? Posso falar com ele?"
"Pode sim, espera aí que eu vou chamar." Falei e tirei o celular do ouvido. "null! Vem cá, meu amor. Papai 'ta no telefone e quer falar com você."
null veio correndo, pegou rapidamente o celular da minha mão e voltou correndo para os brinquedos, enquanto falava com o pai.
"Desculpa a indiscrição, mas você não é casada com o pai do null?" null me perguntou, um pouco sem graça.
"Não, não sou..." Falei rindo. "Eu e o pai dele tivemos um rolo no passado, e aí ele nasceu."
"Entendo..." Ele falou soltando um suspiro.
"Tó, mamãe!" null falou vindo em minha direção com o celular. "O papai falou que vai me levar para comprar um violão, e aí ele vai me ensinar a tocar que nem ele."
"É mesmo, meu amor? Que legal, heim?!" Falei apertando a bochecha de null, e logo em seguida ele voltou aos brinquedos.
"Ele é músico?" null me perguntou e eu o olhei confusa. "O pai do null..."
"Ah, sim! É sim! Ele canta em uma banda, não sei se você já ouviu falar, The Maine..." Falei e null concordou com a cabeça.
"Conheço sim. Sabe, eu também tenho uma banda. McFLY, já ouviu falar?" Ele perguntou.
"Claro! Nossa! Você deve ter um monte de garotas a seus pés." Falei surpresa e começamos um papo sobre música, fãs, groupies, etc. Alguns minutos depois, já havia começado a escurecer, e resolvemos então chamar as crianças.
"Ah mamãe, promete que você me traz aqui de novo depois?" null me perguntou com uma carinha de choro, enquanto nos dirigíamos até a saída do parque.
"Trago, filho!" Respondi
"Você também me traz, tio?" null perguntou para null, que a carregava no colo.
"Claro, princesa. Sempre que você quiser." Ele falou e sem seguida deu um beijo em sua bochecha.
"Quem 'ta afim de um cachorro-quente agora?" Perguntei assim que saímos do parque e vimos algumas barracas de lanches.
"Eeeeuuuu!" null e null gritaram, correndo até a barraca de lanches mais próxima.
Comemos entre risadas e palhaçadas das crianças e de null. Na hora de ir, null fez questão de pagar os lanches, me deixando contrariada.
"Mas null, fui eu quem convidei vocês para virem, não precisava ter pago o lanche." Eu reclamei.
"Mas eu quis pagar, como forma de agradecimento pelo convite!" Ele justificava enquanto nos dirigíamos ao meu carro.
"Mas null..." Choraminguei, finalmente chegando em meu veículo.
"Mas nada! Na próxima vez eu deixo você pagar o lanche!" Ele falou, piscando para mim. Me encostei no carro, ficando de frente para ele, que apoiou sua mão direita no automóvel, aproximando-se ainda mais de mim.
"Vai ter próxima vez?" Perguntei mordendo o lábio inferior.
"Se você quiser..." Ele falou em um tom galante, me fazendo abrir um sorriso bobo no rosto. "Faz assim, me dá seu número e a gente combina qualquer coisa, não é mesmo, null?" Ele falou entregando-me seu celular. null apenas concordou com a cabeça enquanto eu anotei meu número em seu telefone. É claro que ele não ia ligar, homens nunca ligam... Mas o que custava fazer aquilo, não é mesmo?
Nos despedimos e eu entrei no carro com null, em direção ao meu apartamento.
"E aí, meu anjo, gostou de vir no parque hoje?" Perguntei para null durante o caminho.
"Sim, mamãe. Você e o tio null estão namorando?" Ele me perguntou de sopetão.
"O quê? Não, null, claro que não... De onde você tirou isso?" Perguntei confusa, estranhando a pergunta de meu filho.
"Um menino lá no parquinho falou que vocês pareciam namorados..." Respondeu num tom triste.
"Eu e o tio null somos só amigos, viu, meu amor? Só amigos..." Falei e voltei a prestar atenção no trânsito. Até que não seria má idéia ser namorada de null...
Sábado finalmente havia chegado! Meu dia preferido da semana, pois era quando eu e null podíamos ficar o dia inteirinho juntos. Assim que terminamos de tomar nosso café, null pediu para assistir a um filme, e assim fizemos. Depois, enquanto eu preparava o almoço, ele ficou na sala dançando ao som de um DVD de músicas que adorava. Como era bom ficar com ele ali, vendo-o se divertir. Aquilo me dava uma alegria imensa, indescritível. Como eu amava meu filho, como eu amava vê-lo pular, gritar e correr pela casa. Sem dúvidas, ele havia sido o MELHOR presente que poderia ganhar.
"Filho, fica quietinho para a mamãe arrumar sua camiseta. Olha, vai ficar toda amassada!" Eu reclamava enquanto null se balançava no sofá. Naquela tarde iria ter uma festa de aniversário de null. Obviamente, null não podia deixar de ir, e ele estava muito ansioso, não conseguia ficar um segundo quieto para que eu pudesse arrumá-lo. "Se você continuar balançando assim, vai chegar na festa todo feio e a null não vai querer olhar na sua cara, amor!" Falei em um tom sério, e null finalmente se aquetou. Terminei de arrumá-lo e saímos.
"Mamãe, a gente não pode esquecer das flores!" null me lembrou enquanto descíamos no elevador. Ele fazia questão de levar flores para null, além da Barbie que eu havia comprado.
"Nós vamos comprar no caminho, meu amor. Pode deixar que a mamãe não esqueceu!" Falei, me dirigindo ao carro.
Tenho que confessar que fui o caminho inteiro pensando na possibilidade de encontrar null na festa. Ele não havia ligado desde aquele dia em que fomos ao parque. Eu sabia que ele não ligaria, mas não vou negar que estava com uma pontinha de esperança de que ele ligasse. E também, eu estava com uma vontade inexplicável de vê-lo. Parei próximo à casa de null, rezando para que houvesse alguém querendo roubar minha vaga, mas infelizmente não aconteceu. É, talvez não fosse meu dia de sorte mesmo.
"null, se comporte na festa e nada de ficar correndo pela casa, heim?!" Eu dizia para null enquanto nos dirigíamos para a porta da residência de null. Ele apenas concordava com a cabeça, com um pequeno buquê de flores na mão. "Bom amor, você se comporta que a mamãe vem te buscar mais tarde, ok?" Falei, abaixando-me na frente de null, assim que toquei a campainha da casa.
"Boa tarde, convidados. Eu estava esperando por vocês." Ouvi uma voz extremamente sexy falar assim que a porta foi aberta. Me levantei e encarei aquele sorriso lindo, que me deixava tonta só de olhar.
"Oi, tio null!" null falou com um sorriso no rosto.
"E aí, garotão!" null falou, cumprimentando null com um hi-five. "Essas flores são para a null?"
"São sim, tio! Cadê ela?" null perguntou aflito.
"'Ta lá dentro. Vai lá levar para ela. Ela vai adorar!" null falou, dando passagem para null na porta.
"Eu vou..." Falou, entrando correndo.
"Ei, não vai dar tchau para a mamãe, não?" Falei em um tom bravo.
"Tchau, mamãe!" null falou, voltando até mim. Me deu um beijo na bochecha e saiu correndo atrás de null.
"Tchau, por quê? Não vai entrar para curtir a festa?" null me perguntou.
"Não, null... Vim mesmo só trazer o null." Justifiquei.
"Ah, que isso! Entra só um pouquinho vai, faço questão!" null falou, pegando na minha mão e me puxando para dentro da casa.
"Mas null, eu nem vim arrumada, nem nada..." Tentava fazê-lo desistir da idéia.
"Você está linda assim." Ele falou, parando perto demais de mim. "Hey, null..." Ele chamou uma moça que passava com uma bandeja cheia de brigadeiros. "Essa é a null, a mãe do null! null, essa é minha irmã, null!" Ele falou, me apresentando à simpática moça, que abriu um sorriso ao me ver.
"Você então é a famosa mãe do null!" Ela me cumprimentou.
"É, sou eu..." Eu respondi um pouco sem graça.
"Bom, eu tenho que levar esses doces ali na mesa, mas fique a vontade, null!" null falou.
"Obrigada." Respondi.
null sorriu simpática e saiu em direção à sala. null então me levou para conhecer os amigos dele, que faziam parte do McFLY. O null, por sinal, era marido de null, pai da null. Ficamos ali o resto da tarde conversando, enquanto as crianças corriam para um lado e para o outro. null ficou do meu lado o tempo todo, com o braço por trás de mim. Algumas vezes podia jurar que o enti acariciando de leve meu ombro mas... não... não podia ser.
Depois de cantarmos parabéns, pegamos um pedaço de bolo e null então me chamou para ir conhecer o lado de fora da casa. Sentamos em um banco, no enorme jardim da casa, e de lá dava para observar o céu, que começava a escurecer.
"Desculpa não ter ligado..." null falou em um tom baixo, quebrando o silêncio que havia se estabelecido entre a gente. Quando virei-me para encará-lo, pude me dar conta de que ele estava muito perto. "Eu estive muito ocupado essa semana e não teria como te encontrar esses dias... Como eu sabia que você viria para a festa hoje, resolvi esperar para marcarmos algo pessoalmente." Ele falou piscando para mim, e pude sentir minhas pernas vacilarem com a proximidade de seu rosto do meu.
"T-tudo bem, null..." Eu falei em meio a um suspiro. "Eu... erm... Também estive muito ocupada esses dias, não ia dar mesmo." Menti.
"Mas eu realmente queria ter encontrado com você antes." Ele falou aproximando seu rosto ainda mais do meu. "Você... erm... Você se sujou com bolo..." Ele falou abrindo um sorriso. "Posso limpar?" Ele perguntou e eu apenas concordei com a cabeça. Falar era difícil demais para mim, tamanha a proximidade daqueles olhos null dos meus. null colocou então a mão sobre meu rosto, e senti meu corpo estremecer com seu toque. Fechei meus olhos em um impulso, querendo aproveitar aquele momento, e tudo que senti em seguida foi seus lábios quentes sobre os meus. Senti a mão de null pegar o pratinho com bolo da minha mão, e colocá-lo sobre o banco. Logo em seguida, seu braço livre me puxou pela cintura. Me agarrei em seu pescoço, à medida que aprofundávamos o beijo. Senti meu estômago dar voltas, e meu sangue correr a cada novo toque de null. Ele conseguia ser delicado, sem deixar de ser intenso. Talvez eu nunca tivesse experimentado um beijo daqueles, tão... bom!
"null... Espera!" Sussurrei quebrando o beijo, afastando-o com as mãos.
"Ai, droga!" Ele falou me soltando, dando um tapa em sua testa em seguida. "Eu fui rápido demais, né? Me desculpa! Eu achei que voc..."
"Eiii... Não falei nada disso." Eu disse, interrompendo-o, colocando um de deus dedos sobre sua boca. "É que o null pode ver e... Ele não costuma gostar muitos dos caras com que eu fico e... Melhor não correr esse risco." Continuei, acariciando suas bochechas, fazendo null abrir um sorriso discreto no rosto.
"Tudo bem, então. Ir devagar quando null estiver por perto, entendi!" Ele falou, voltando a aproximar seu rosto do meu e dando em seguida um longo beijo em minha bochecha.
"null eu... Acho melhor eu ir embora!" Falei assim que ele voltou a me encarar.
"Tudo bem. Eu 'tava aqui pensando... Nós podíamos sair amanhã, eu, você e o null. O que você me diz?"
"Amanhã o null vai sair com o pai dele." Falei, vendo o sorriso no rosto de null se desfazer aos poucos. "Mas... Eu vou estar sozinha em casa. Se você quiser aparecer por lá e me fazer companhia, eu posso fazer um almocinho para nós dois." Pisquei para ele, fazendo-o soltar uma risada gostosa.
"Eu ia adorar!" Ele respondeu aproximando seu rosto ainda mais do meu. "Te vejo amanhã, então?" Ele falou e eu apenas concordei com a cabeça. Ele me deu um longo selinho, e eu levantei logo em seguida.
"Até amanhã!" Eu falei e entrei na casa de volta. Procurei por null, e fomos embora.
"Papai!" null gritou, pulando da mesa e indo em direção à porta, assim que ouviu a campainha tocar.
"null, volta aqui! Você ainda não terminou seu café!" Falei indo atrás dele.
"Bom dia, null!" John falou assim que eu o encontrei com null no colo, na entrada.
"Oi John, entra aqui... O null ainda não terminou de tomar o café dele. 'Ta só enrolando..." Falei e John entrou. Me deu um beijo na bochecha e seguiu até a cozinha. "Quer tomar café com a gente?" Falei, me sentando na mesa.
"Não, eu comi antes de vir." John falou, colocando null de volta na sua cadeira e sentando-se do seu lado. "Hum, mas esse cereal está com uma cara maravilhosa, heim!" Ele falou comendo uma colherada no cereal de null, enquanto meu filho fez uma careta. "Você não vai comer? Eu como tudo sozinho então, e como só vai poder ir comprar um violão quem comer todo o cereal, eu vou sozinho mesmo!"
"Não, pai! Me dá." null falou, pegando a tigela de cereal de John, e tratou de tomar seu café.
"E você, gatinha, não quer vir com a gente hoje?" John falou enquanto eu ria de null.
"Não John, vou ficar em casa hoje, obrigada." Falei dando um gole em meu café.
"Mas você vai ficar sozinha, null? Vamos com a gente passear um pouco." John tentava me convencer.
"Não vou ficar sozinha, John! Um amigo meu vem almoçar aqui hoje..." Falei, dando de ombros.
"Amigo, é? Sei..." Falou com aquele olhar de 'Você não me engana', me fazendo rir. "Eu conheço?"
"Não... Acho que não. É o tio da null, amiguinha do null." Falei tentando parecer indiferente ao falar de null.
"A null do null?" John perguntou e eu apenas concordei com a cabeça.
"A mamãe e o tio null tão namorando, papai." null falou, se intrometendo na conversa.
"null! Eu já não falei que nós não estamos namorando?" Falei indignada com a ousadia dele.
"Mas eu e a null vimos vocês dois se beijando ontem na festa... Quem beija é namorado, não é, papai?" null perguntou, fazendo John rir alto.
"É filhão... Quem beija é namorado, não é, null?" Falou rindo.
"null, termina logo seu café, vai!" Falei em um tom bravo. "E o senhor, sem gracinhas." Falei apontando o dedo para John, e ele deu de ombros.
"Pronto, mamãe! Já acabei." null falou, me mostrando a tigela vazia. "Vamos, papai?"
"Opa! Vamos sim!"
"null, vai lá no quarto pegar sua jaqueta, vai." Falei e null correu para o quarto.
"Você e o tio da null, então?" John perguntou com um sorriso maroto.
"Estamos nos conhecendo." Falei, dando de ombros.
"O null pareceu gostar da idéia, heim?!" John falou. "Ele deixou você beijá-lo, e nem fez nada para impedir."
"O null está de olho na null, né John, ele não ia arriscar perdê-la, afastando o tio dela de mim!" Falei rindo.
"Ele puxou para o pai!" John falou orgulho.
"'To pronto, pai!" null voltou pulando.
"Vamos então, garotão?" John disse, se levantando da mesa.
"E o beijinho da mamãe, heim null?" Falei fazendo bico, e null veio até mim.
"Tchau, mamãe!" Ele falou me abraçando.
"Tchau, meu amor! Se comporte. E obedeça seu pai." Falei, dando-lhe um beijo na bochecha, e ele apenas fez que sim com a cabeça. Ele deu um beijo em minha bochecha e saiu correndo para a porta, gritando. Me levantei e fui com John até a porta.
"Pode deixar que eu demoro bastante para você poder aproveitar com o tio null." John falou, piscando para mim, com um sorriso maroto.
"Seu besta! Não chega tarde que amanhã o null tem escola." Falei, dando um tapa no braço de John. "Bom passeio para vocês!"
"Bom almoço para você e paro o tio null." John falou, dando um beijo em minha testa, saindo em seguida.
"Tchau, mamãe!" null falou entrando no elevador.
Esperei eles irem, e entrei novamente em casa. Aquele dia prometia e eu tinha que me preparar!
Fazia tempo que a ansiedade não me dominava desse jeito. Eu me sentia uma garotinha de quinze anos, que esperava pelo seu primeiro encontro. Tudo tinha que estar perfeito: a casa, a comida, minha roupa... Fiquei a noite inteira pensando naquele beijo com o null, planejando tudo para hoje. Eu não sabia o que havia nele que me atraía tanto. Nós mal nos conhecíamos e eu já estava tão... encantada! Tudo bem que ele era lindo (e sexy), mas havia algo além disso que me chamava MUITO a atenção. É, talvez o beijo dele tivesse alguma coisa que me deixou completamente enfeitiçada.
O som da campainha me fez despertar de meus pensamentos. Ótimo! Ele chegou. Passei pelo espelho para dar uma última checada no visual e corri para a porta.
"Oi, null!" null falou assim que a abri, abrindo aquele sorriso lindo que me hipnotizava. Ele estava lindo! Vestia uma camiseta branca, um jeans e tênis. Básico, normal, e incrivelmente lindo.
"O-oi, null." Eu respondi quase sem ar.
"Espero que você goste de mousse de chocolate. Trouxe para a sobremesa." Ele falou, levantando um pequeno embrulho.
"Gosto sim!" Respondi, dando passagem para ele entrar. "Espero que você goste de espaguete."
"Você acabou de descobrir minha comida favorita." Ele falou, piscando para mim. Sorri satisfeita e o puxei comigo para a cozinha.
Almoçamos tranquilamente enquanto null me contava sobre as aventuras dele com a banda. O tal ‘McFLY’ parecia mesmo ser uma banda bacana. Eu havia conhecido os meninos na festa de null, e além de todos serem lindos, eram extremamente simpáticos também.
"Vou te levar um dia desses para um ensaio nosso." null dizia enquanto comíamos a sobremesa.
"Eu vou adorar ouvir vocês tocarem." Falei sorrindo. "O que foi?" Perguntei confusa ao ver que null me encarava com um sorriso de lado e um olhar diferente.
"Você... erm... Sua boca está suja de mousse." Ele falou.
"Sério? Onde?" Perguntei pegando um guardanapo e limpando rapidamente.
"Na verdade não está..." Ele falou se aproximando de mim. "Eu só queria uma desculpa para fazer uma coisa que estou querendo fazer desde que cheguei." Disse, parando o seu rosto a poucos centímetros do meu.
"O quê?" Sussurrei um pouco tonta pela proximidade daqueles olhos extremamente null.
"Isso..." Ele falou, e em seguida depositou seus lábios nos meus, me beijando com uma certa vontade.
null me puxou pela cintura, fazendo com que qualquer distância entre nossos corpos acabasse ali. Entrelacei meus dedos em seu cabelo, me entregando de vez àquele beijo. Depois de algum tempo ali, resolvemos ir para a sala, assistir algum filme. Na verdade, nós só queríamos uma desculpa para continuar os beijos em algum lugar mais... erm... confortável!
"É verdade que o null não costuma gostar dos caras com quem você sai?" null perguntou, acariciando meus cabelos enquanto eu estava deitada sobre seu peito, no sofá.
"Bom, ele nunca gostou de nenhum dos caras com quem eu fiquei mas, ele gosta de você!"
"Ele gosta é da null..." null falou rindo.
"Também." Falei e levantei meu rosto para encará-lo. "Hoje ele contou para o pai dele que a gente estava namorando, porque viu nós dois nos beijando ontem, na festa."
"Sério?" null soltou uma risada alta. "A null também veio me perguntar se nós dois íamos casar, e se o null ia virar primo dela."
"E o que você respondeu?" Perguntei curiosa.
"Que eu ia tentar te convencer disso..." Ele falou e me puxou para mais um beijo.
A semana custou a passar. Depois de domingo, não havia mais visto null, embora ele me ligasse todos os dias. Encontrei uma vez null na saída da escola de null, e ela comentou que null estava falando muito de mim. Fiquei feliz com aquilo. Pelo menos era um sinal de que ele estava pensando mim, certo? Com certeza não deveria ser tanto quanto eu pensava nele mas, enfim, já era alguma coisa.
Tínhamos combinado de ir com null no parquinho que tinha aberto ali perto de casa, no sábado à noite. Seria uma oportunidade de null se aproximar mais de null para que, quem sabe assim, meu filho deixasse eu namorar alguém tranquilamente.
"Mãe, você e o tio null não estão mesmo namorando?" null me perguntou enquanto eu o arrumava para sairmos.
"Não filho, não estamos." Respondi.
"Mas mãe, eu gosto do tio null. Por que você não namora com ele?" Meu filho insistia nas perguntas constrangedoras.
"null, namorar não é assim, nós temos que nos conhecer primeiro, aí, se nos dermos bem, a gente pode pensar em namorar." Eu tentei explicar.
"Mas mãe, o tio null já veio aqui em casa quando eu saí com o papai, e hoje a gente vai no parquinho, vocês dois já se conhecem, já podem namorar!" null insistia.
"'Ta bom, filho, eu vou pensar no seu caso, ok?" Falei já sem paciência para os "Mas mãe..." de null. "Vai lá assistir TV que a mamãe vai se trocar para a gente poder sair, vai!" Falei e ele correu para a sala.
Segui então para a difícil missão de escolher uma roupa perfeita para aquela noite. Por que raios tudo tinha que ser mais difícil quando a questão era ver o null? Acabei escolhendo uma roupa básica: um jeans claro, uma camiseta com a bandeira da Inglaterra, uma jaqueta chumbo e uma bota. Não demorou muito para que null chegasse e logo seguimos ao parque.
"Mãe... Mas eu quero ir no carrinho que bate!" null reclamava, saindo do carrossel. "Esses cavalos não têm graça." Ele dizia, cruzando os braços.
"Mas filho, você é muito pequeno para ir lá." Eu dizia pegando na mão de null.
"Tio null, vai comigo no carrinho?" Pediu para null, que estava ao meu lado, me abraçando pela cintura.
"Claro que eu vou, garotão." null falou e eu o olhei com uma certa reprovação. "Deixa ele se divertir, o brinquedo não tem nada de mais." Ele falou, dando um beijo em minha testa em seguida, e eu apenas soltei um sorriso vencido, enquanto null dava pulinhos de alegria.
Fiquei do lado de fora vendo null dirigir o tal carrinho, enquanto null soltava vários gritos de alegria quando o mesmo batia em algum lugar. Era incrível a afinidade que null tinha com null. Nunca havia o visto agir desse modo com homem nenhum, que não fosse o pai dele. Ainda mais com o homem que estava andando de mãos dadas comigo a noite inteira. null nunca havia deixado ninguém se aproximar de mim daquela maneira. E isso realmente estava me deixando satisfeita. Eu tinha me interessado muito por null, ainda mais pelo modo como ele tratava meu filho, com tanto carinho.
"Mamãe..." null gritou, vindo até mim assim que ele e null saíram do carrinho. "A gente pode comer pipoca agora?"
"Claro, filho!" Falei dando um beijo em sua bochecha, e null correu para o carrinho de pipoca que havia na nossa frente.
Senti null me abraçar por trás, e me virei para encará-lo.
"Acho que ele gosta de você." Falei em um tom baixo, aproximando meu rosto do dele. "E eu acho que eu 'to começando a gostar também..." Sussurrei e senti null grudar seus lábios nos meus, em um rápido selinho.
"Eu também gosto do null!" Ele falou, afastando seu rosto do meu. "E da mãe do null também." Ele completou, fazendo abrir um enorme sorriso no rosto.
"Vem, vamos pegar uma pipoca..." Falei, pegando na mão de null e me virando na direção do carrinho de pipoca. Me deparei então com uma cena que fez meu coração simplesmente se desfazer em mil pedaços. "!" Gritei com todas as minhas forças ao ver meu filho sendo levado por duas pessoas dali. Queria ir atrás de meu filho, mas não conseguia juntar forças para movimentar minhas pernas e minha visão ficou levemente turva. Senti null soltar minha mão e vi um vulto correr na direção de onde null havia sido levado. "ALGUÉM, POR FAVOR! POLÍCIAAA! LEVARAM MEU FILHO!" Eu gritava rodando em volta de mim mesma, sentindo um mar de lágrimas saírem dos meus olhos. "ALGUÉM VAI ATRÁS DO MEU FILHO!" Berrei, e em seguida senti minhas pernas vacilarem, deixando todo o peso do meu corpo cair sobre meus joelhos, no chão. Cobri meu rosto com as mãos enquanto as lágrimas escorriam sem cerimônias. Uma pequena aglomeração de pessoas se formou em volta de mim, e logo senti alguém me levantar do chão e me sentar em algum banco. "null..." Eu choramingava, me encolhendo no banco e abraçando minhas pernas enquanto as pessoas falavam alguma coisa incompreensível para mim.
De repente, ouvir uma voz familiar me chamar, me fazendo levantar em um pulo.
"Mamãe!" Era a voz de null. Tinha que ser ele. O MEU filho!
Passei rapidamente pelas pessoas que me cercavam, as empurrando com certa estupidez até que vi um pequeno rapazinho em prantos correndo até mim. Corri até ele e o abracei com todas as minhas forças, sentindo meu coração voltar a bater freneticamente.
"Não faz mais isso, meu amor. Não some mais! Não fica longe da mamãe." Eu dizia, o apertando fortemente.
"Mamãe, dois caras maus me levaram... Eu não queria..." null falava, se desfazendo em lágrimas, se agarrando fortemente ao meu pescoço.
"Eu sei que não queria, meu anjo, eu sei..." Falei dando um beijo em sua testa. Segurei seu rosto, fazendo-o me encarar. "Agora você 'ta com a mamãe, viu?" Falei, grudando nossas testas. "E eu não vou te deixar sozinho nunca mais." Falei e ele apenas concordou com a cabeça. O abracei novamente e o levantei do chão. De longe, vi null caminhar lentamente até onde nós dois estávamos.
"Tio null, mamãe! O tio null que me salvou!" null falou ao observá-lo. Caminhei até ele com null em meu colo.
"Ele 'ta bem?" null falou com a voz cansada, ao me ver se aproximar dele com null.
"null! O que ele fizeram com você?" Perguntei assustada ao ver seu rosto cheio de cortes.
"Eu 'to bem, eles não fizeram nada!" Ele falou se aproximando ainda mais e colocando uma de suas mãos em null. "O que importa é o garotão aqui. Ele 'ta legal?"
"Ele está!" Falei e null concordou com a cabeça. "Graças a você! Você salvou a vida dele, null, não sei o que seria de mim se..."
"Shiu!" Falou, colocando o dedo em meus lábios. "Não vamos pensar no "se", está bem? O que importa é que o null está bem, com você agora." Ele falou, acariciando minha bochecha.
"Obrigada, null! Obrigada mesmo!" Falei, levando uma de minhas mãos até o rosto de null, e o puxei, dando-lhe um selinho demorado.
Um policial se aproximou de nós, querendo informações sobre o ocorrido. null então seguiu até uma viatura que ali estava, enquanto eu o observava sentada em um banco, com null dormindo agarrado ao meu pescoço.
"Vamos?" null disse, se aproximando. "Eu já falei tudo o que eu tinha que falar, e eles vão procurar os caras que fizeram isso."
"Tomara que eles os encontrem, e dêem a punição que merecem!" Falei, me levantando com a ajuda de null.
"Eles vão." Falou, me abraçando pela cintura. "Quer me dar ele? Ele 'ta pesadinho..."
"Não, null! Não vou soltá-lo nunca mais!" Falei e null deu um beijo em minha testa.
"Ok, vamos para casa então..." Ele falou e seguimos para o carro.
Ao chegar em casa, coloquei null no sofá e corri até o quarto, pegando uma maleta de primeiros socorros.
"Não é melhor levá-lo para o quarto?" null perguntou assim que eu voltei para a sala.
"Eu vou levar... Assim que eu cuidar desses machucados, vou arrumar a cama dele!" Falei, sentando-me de frente para null.
Limpei cuidadosamente os ferimentos dele, ouvindo-o gemer de vez em quando.
"Mas como os homens são manhosos, heim!" Falei, colocando um band-aid em um corte que havia na testa de null. "Você enfrenta dois bandidos no tapa, mas não aguenta limpar o machucado sem reclamar."
"'Tava fazendo um charminho para minha enfermeira." Ele falou, me puxando para seu colo, depositando um beijo em meus lábios em seguida.
"Obrigada." Sussurrei grudando nossas testas assim que desfizemos o beijo. "Eu não sei o que seria de mim se algo ruim tivesse acontecido hoje."
"Ei, eu já não falei para você não pensar nisso?" Ele falou, me dando um selinho em seguida. "Vocês dois já estão bem, seguros, a salvo... Isso é o que importa." Ele me deu mais um selinho e eu me levantei. "Será que agora você deixa eu levá-lo para você?" null perguntou, se levantando atrás de mim e eu apenas dei de ombros.
"Acho melhor colocá-lo aqui." Falei, abrindo a porta do meu quarto para null entrar com null. "Depois de hoje, não vou querer dormir longe dele tão cedo." Falei, tirando o edredom de cima da cama e null então o colocou ali.
"Tio..." null o chamou, assim que null o deitou na cama.
"Fala, garotão!" Falou, sentando-se ao lado de null.
"Você vai dormir aqui hoje?" Perguntou com a voz mole.
"Não garotão. Você vai dormir com a sua mamãe, 'ta bem?"
"Mas tio, e se os caras maus voltarem? Quem vai proteger eu e a mamãe?" null choramingava.
"Nenhum cara mau vai vir aqui, 'ta bem, null? Você e a mamãe estão protegidos já!" null argumentava.
"Ei..." Falei parando atrás de null, colocando as mãos sobre seus ombros. "Você pode ficar, se você quiser..." Sussurrei em seu ouvido, e ele se virou para mim, com um olhar confuso.
"Fica, tio..." null insistia.
"'Ta bom, campeão! Eu fico!" null falou vencido, e null bateu palmas comemorando.
"Eu vou tomar um banho agora, você fica aqui com ele?" Falei no ouvido de null, e ele apenas concordou com a cabeça. Dei um selinho nele, e segui para o banheiro, para tirar todas as tensões que aquela noite havia trazido.
Coloquei meu pijama, e assim que saí do banheiro, encontrei null deitado ao lado de null, com algum livro de histórias na mão. Fiquei observando aquela cena, totalmente encantada. Talvez nem John tivesse tanto jeito para crianças como null estava demonstrando ali. Me aproximei cautelosamente, e deitei-me na cama, do outro lado de null, e fiquei com ele, ouvindo a história que null contava.
"Pronto, null! Agora o tio null vai deixar você e a mamãe descansarem, está bem?" Falou, fechando o livro e se sentando na cama.
"Não, tio! Você falou para mim que ia dormir aqui hoje!" null choramingou.
"Eu vou dormir aqui." null explicou. "Mas vou dormir lá no seu quarto, e você dorme com a mamãe."
"Não, tio!" null falou, pulando no colo de null. "Você vai dormir aqui, comigo e com a mamãe. Se algum homem mau chegar, você tem que estar aqui para proteger a gente."
"Mas null..."
"null, deita aqui com a mamãe, vem." Falei, puxando-o para voltar a deitar-se do meu lado. "O tio null vai dormir aqui com a gente sim, não vai null?"
"Vou?" null perguntou confuso.
"Vai!" Falei e vi um enorme sorriso se abrir no rosto de meu filho. null então colocou o livro na cabeceira da cama, e voltou a deitar-se do lado de null.
"Vocês estão namorando?" null falou assim que o silêncio se estabeleceu.
"Não." Eu respondi.
"Sim." null falou junto comigo.
"Sim ou não?" null perguntou confuso.
"Não." null falou.
"Sim." Eu falei junto, fazendo nós dois rirmos.
"Eu ainda não entendi." null falou, cruzando os braços.
"Você que escolhe, garotão." null finalmente falou, passando uma de suas mãos por cima de null, chegando até minha cintura. "Se você quiser, a gente namora; se não, não." Ele completou, me lançando um olhar de 'O que você acha?', e eu apenas sorri em resposta, encarando aqueles lindos olhos null, bem na minha frente, na minha cama!
"Eu quero!" null falou animado.
"Então, estamos namorando!" null falou com um sorriso satisfeito, me fazendo rir em seguida.
Mais alguns minutos e null já estava dormindo feito uma pedra, entre mim e null, enquanto ele acariciava de leve minhas bochechas.
"Me lembra de agradecer o null amanhã?" null sussurrou.
"Agradecer por quê?" Perguntei confusa.
"Por ter me arrumado uma namorada linda... E por me fazer dormir com ela logo no segundo encontro." Ele falou, me fazendo rir.
"Pode deixar que eu lembro." Respondi e desci meu olhar para null. Como eu me sentia bem em tê-lo ali, ao meu lado, completando ainda mais a minha vida. Eu realmente não sabia o que seria da minha vida sem aquele pequeno ser ali, na minha frente. Era algo imensurável, indescritível, o amor que nos unia, algo totalmente fora da nossa realidade. Olhei para null e sorri, ao finalmente dar conta de que meu pequeno anjinho realmente havia sido responsável por nos aproximar. Voltei a olhar null, com um pequeno sorriso no rosto, e agradeci mentalmente por Deus ter sido bom o suficiente para colocá-lo na minha vida. "Meu pequeno cupido!" Sussurrei e dei um beijo na testa de meu filho. Fechei os olhos em seguida, deixando o cansaço dominar meu corpo e finalmente adormeci.
FIM. Nota da autora:
Bom, escrevi essa fic com muito, muito, muito carinho para o Challenge do "All about fics". Infelizmente não ganhei mas, não podia deixar de publicá-la.
Todas as minha fiéis leitoras de Must be a dream sabem do carinho que eu tenho pelo Peter, né? E escrever essa fic valeu a pena só pelos minutinhos a mais que eu ganhei perto do meu Pet! (L)
Bom, espero que vocês tenham gostado da fic. Fiz de coração. Não se esqueçam de comentar para deixar a autora aqui bem feliz, ok?
Um MEGA beijo para minhas leitoras VIPs, queridíssimas, que acompanharam o nascimento de MBC: Mandy, Marotas, Lary, Karol! Um beijo também para minha beta querida, a Line, que topou pegar MBC, obrigada!
E eu acho que é isso, pessoal. Espero que vocês tenham gostado. NÃO DEIXEM DE COMENTAR!
Beeeeeeeijos
Kakis* E-mail | @carolkurras | Formspring.me
Nota da beta: Aoun, adoro o Pet. Sinto como se fosse meu afilhado, afinal cuidei dele em "Must be a dream" também. Sucesso, Kakis.
Encontrou algum erro de português ou HTML? Puxe minha orelha através do e-mail. Line.