“A minha vontade é forte, mas a minha disposição de obedecer-lhe é fraca”
- Carlos Drummond de Andrade
A tempestade caía sem dó na cidade de Londres. Chovia há muitos dias sem parar, mas isso não era tão incomum na cidade. O amanhecer estava próximo e eu não conseguia dormir. “Tudo culpa daquele maroto idiota!”, pensei irritada, sentando-me na cama. Suspirei e passei as mãos pelo rosto, desistindo de tentar dormir sem ajuda de uma poção. Caminhei até o banheiro do meu quarto, onde tinha um armarinho com algumas poções que julgava ser importante ter em mãos, para qualquer eventualidade. Peguei um frasquinho com a poção do sono e quando ia tomá-lo, escutei batidas frenéticas na porta. “Quem será a essa hora?”. Com todos meus sentidos em alerta, eu fui em direção à sala, onde as batidas ficaram mais altas.
– Quem é? – Perguntei, cautelosa. Nesses tempos, alguém bater na sua porta nessas horas ou era para te atacar, ou para dar notícias horríveis. Eu não gostava de nenhuma das duas alternativas.
– Sirius... Precisamos conversar, . – Arregalei os olhos. O que ele estava fazendo aqui à essa hora da madrugada? Mordi o lábio inferior e segurei a respiração enquanto abria a porta.
O moreno estava encharcado, com um olhar decidido em seu rosto. Sem qualquer palavra, dei espaço para Sirius entrar na minha humilde casa. Fechei a porta assim que o mesmo passou, e me virei para encará-lo. Ele engoliu em seco ao reparar pela primeira vez em mim - afinal, eu usava pijama; apenas um blusão preto e largo. Percebendo a mudança em seu olhar, fiquei bastante envergonhada. Ele ficara pensativo.
– O que quer, Black? – perguntei, tirando-o de seus pensamentos.
– Você... – falou tão baixo que eu quase não ouvi. Engoli em seco e fingi não ouvi. – Eu já disse, precisamos conversar.
– Sobre o quê? Não temos nada para conversar!
– Oh, nós temos sim! – Ele falou de forma decidida. – E você sabe o assunto, não se faça de desentendida... – Fez uma pausa e sussurrou. – Por que anda me evitando? O que eu fiz para você?
– Você não fez nada, Black. Nada! – Falei com a voz um pouco mais alta do que a situação necessitava. – Mas se quer mesmo saber, apenas não estou a fim de me machucar como muitas garotas de Hogwarts com as quais você já ficou. Não quero chorar por você quando me trocar por qualquer outra... Você sempre soube que eu sempre fui de namorar sério, que eu tenho sentimentos, não é mesmo? Não quero me machucar, não sou masoquista!
– E como é que você sabe que eu vou trocar você por outra? – O moreno falou, se aproximando perigosamente de mim.
– Você sempre faz isso, Black! – Falei, tentando não gaguejar com a proximidade dele. Foi difícil, mas as palavras saíram.
Sirius suspirou pesadamente e exterminou a proximidade entre nós, segurando-me pela cintura. Sua pele gelada contra a minha quente arrepiou-me até meu último fio de cabelo. Mais uma vez eu segurei a respiração. “O que ele pensa que está fazendo?”, pensei, colocando as mãos no peitoral do moreno para tentar me soltar dele. Não preciso dizer que foi inútil, preciso? Bem, mas foi inútil. Ele me segurava firmemente pela cintura, sem me dar chances de me soltar dele. Soltei a respiração rapidamente quando minha cabeça começou a girar. Num gesto rápido, Sirius colou nossos lábios. No início eu resisti ao beijo, mas não podia resistir muito tempo ao lindo e sexy Sirius Black. Ninguém resistia. O beijo era rápido e quente e estava me levando a loucura. Ele sempre soube o que fazer.
– S-Si-Six... – Gemi o apelido dele, fazendo-o parar o que estava fazendo e me olhar nos olhos. Tentei normalizar minha respiração antes de falar, mas não adiantaria tão cedo. – Eu... Eu não quero apenas...
– Um relacionamento sem compromissos. Yeah, eu já sei! – Ele completou para mim, colocando a mão em meu rosto, onde fez uma carícia. Fechei os olhos. – Eu também não quero...
Abri os olhos, assustada. Não esperava que ele falasse algo assim. Não o Sirius Black que eu conhecia.
– O que está acontecendo com você? – Perguntei, olhando-o confusa.
– Você aconteceu comigo! – Ele disse. – Você apareceu e mudou tudo o que eu pensava! – Fez uma pausa. – Você me mudou.
Fiquei sem fala. Desde quando Sirius se abria dessa forma para alguém? Será que alguém deu uma dose de poção do amor para que ele pensasse estar apaixonado por mim? Mas quem faria isso? “É ilegal, e ninguém teria motivo pra fazer isso”, minha consciência acabou com meu ataque histérico em pensamentos.
– E por que você me fez sofrer durante tanto tempo? – Perguntei assim que encontrei minha voz. Eu estava chocada com as revelações dele, mas não conseguia acreditar em nenhuma palavra que ele dissera.
– Porque eu não sabia o que era isso que eu estava sentindo. Você é a primeira a mexer com meu coração, meu corpo e minha cabeça ao mesmo tempo... – Suspirei e olhei para longe dos olhos dele. – Eu não conseguia entender o que era. Eu não admitia para mim mesmo o que eu sentia. Se não fosse por Remus, não estaria aqui hoje, agora. Por favor, diz que você ainda me ama e que me perdoará algum dia...
Olhei em seus olhos e vi ali toda a verdade de suas palavras; aquilo me atingiu em cheio. Eu não deveria perdoá-lo, mas meu coração já o tinha feito no momento em que eu havia posto meus olhos nele, encharcado, parado em minha porta. Eles se encheram de lágrimas. Lágrimas que eu nem mesmo sabia o porquê estavam ali.
– Eu nunca deixei de te amar, maroto idiota. – Falei com um sorriso no rosto.
As mãos gélidas de Sirius pousaram minhas coxas, segurando-as firmemente, sem realmente me machucar. Sirius passou a beijar meu pescoço, inclinando minha cabeça um pouco para o lado, dando livre acesso para sua boca. Eu já estava entregue a ele, como sempre acontecia.
– Eu gosto tanto de você, ... – Sirius sussurrou em meu ouvido, mordendo o lóbulo de minha orelha em seguida. Outro arrepio percorreu meu corpo. – Minha ... – E sua mão voltou a minha cintura, me dando impulso para que eu enlaçasse minhas pernas em sua cintura, e assim o fiz. Sua boca voltou para a minha e eu passei a acariciar e a puxar seus cabelos conforme a velocidade do beijo, enquanto suas mãos iam para a minha bunda.
Senti minhas costas bater fortemente na parede mais próxima e sorri entre o beijo. “Selvagem, ui”, uma voz que lembrava muito a da minha amiga, Brooke - ela sempre costuma fazer comentários desse tipo sobre tudo. Separei meus lábios dos dele e sorri, marota. Sorriso que Sirius logo retribuiu. Ele tirou sua blusa para em seguida tirar a minha. Desceu sua boca até meus seios e lambeu o direito. Mordi meu lábio para conter um gemido mais alto. Tirou uma de suas mãos de minha bunda e colocou-a sobre o seio esquerdo. Suas carícias eram uma tortura para mim. Ele sabia todos os meus pontos fracos e insistia em usá-los contra mim.
Voltou sua boca para a minha e, com suas mãos, tirou sua própria calça e sua boxer. Agora a única coisa que separava nossos corpos de um toque era minha calcinha, que logo voou pela sala, indo parar em algum lugar, eu não sei onde. Sirius sorriu para mim, porém não fez nenhum movimento, talvez esperando que eu fosse apenas sair de perto dele e deixá-lo lá, como uma vez eu já fiz, na última vez que ele viera me ver. A briga que viera em seguida foi horrível. Mas agora não era hora de pensar nisso, não mesmo.
– Será que dá para acabar com isso de uma vez? Ou vai me deixar “na mão”? – Perguntei, brincando. Ele apenas riu e, ajeitando seu pênis em minha entrada, me penetrou lentamente, me torturando. – Mais forte...
Agradeci mentalmente a Merlin por ele ter me obedecido de primeira. Talvez ele estivesse tão necessitado do meu corpo como eu estava do dele. Os nossos gemidos eram audíveis no silêncio de minha pequena casa. Senti aquela sensação de que algo iria explodir dentro de mim e sabia que estava perto de chegar ao clímax. Sirius não parecia estar muito longe, pois os movimentos ficavam mais rápidos e fortes a cada estocada, e ele falava coisas desconexas. Sirius soltou um uivo alto de alívio ao chegar ao clímax, mas não parou de se mover e, em poucos segundos, abafou meu grito com sua boca.
Quebrei o beijo com vários selinhos, enquanto respirava entrecortadamente, junto de Sirius.
– Eu te amo... – Ele sussurrou com um sorriso enorme nos lábios. – Quer casar comigo?
– Não vamos nem namorar? – Sorri e me soltei dele, voltando a colocar os pés no chão.
– Acho que já passamos tempo demais juntos, pode ser considerado um namoro, sabe? – Eu ri junto com ele. – Então, casa comigo?
– Vou pensar no seu caso, Black! – Respondi, rindo da expressão dele.
– O que eu faço pra você responder logo?
O olhei com um olhar pervertido e dei um selinho nele. “Pergunta respondida”.
– Vamos para o segundo tempo? – Sirius perguntou, já me puxando para meu quarto.
E como dizer não a Sirius Black? O bruxo mais lindo e sexy de todos os tempos, que ainda é apaixonado por você. Bem, acabei de pensar exatamente como ele falaria. Estou pegando o jeito Sirius de ser de tanto passar tempo com ele.
Afinal, depois de tudo o que aconteceu hoje, tem como dizer não?
E outra: mesmo que tivesse como dizer não, essa palavra sempre some da minha mente quando estou perto dele.
End.
nota da autora: OMG! OMG! OMG! Minha primeira restrita aqui no site *medo*. Bem, não é exatamente a minha primeira fanfic restrita, não mesmo. Já escrevi algumas, mas finalizada essa é a segunda, hum’. Ok, parei de falar um pouco. Agora eu gostaria de agradecer a 3 pessoas. Primeiro a algumas pessoas que me fizeram ser do jeito que eu sou hoje. Segundo: À Lorraine, que me ajudou a fazer as últimas frases dessa fanfic, pois eu escrevi algo estranho, oe. E terceiro: À minha beta, Paah Souza, que é muito fofa qq- fuui :D beijos, beijos
nota da beta: Oie, pervas galerè!
HOHOHOHOHO nem vou comentar sobre a fic, porque sou meio suspeita pra falar, já que ADORO uma restrita.
Enfim, o céu está bonito hoje, né? *despista*
GEMT, GAMEY NA FIC TODA!
Muito bem explicada e escrita, RS. Merece até continuação :P
Mas bem, deixa eu caçar meu rumo!
Estou aqui para dar um aloha e dizer que se tiver qualquer erro que vocês tenham percebido nessa fic, podem me avisar por aqui, que eu estarei disposta à corrigir o mais depressa possível.
Enjoy, everyone !
XOXO', Paah Souza.