5:19






“Estou olhando nesse relógio, desesperado. Será que ela vem? Já faz três dias que espero ansioso essa hora chegar. Já é a 5ª vez que me olho no espelho e 2ª que bagunço meus cabelos para que fiquem do jeito que ela gosta.
Sinto minhas mãos suarem como se estivessem expostas ao fogo. Olho pelo vidro da janela do meu quarto, procurando a razão de eu estar vivo, procurando aquela que me faz perder o controle sobre mim mesmo, procurando incansavelmente minha felicidade... Marcamos de nos encontrar as 5:19 da tarde na minha casa, nosso primeiro encontro.

FLASH BACK (Colégio)
- Oi ! – como sempre, ela me cumprimenta com um belo sorriso no rosto; o mesmo que me faz corar. Ela devia saber como eu me sinto, ela precisa saber como eu me sinto.
- O-oi . – não me julguem, é difícil cumprimentar com indiferença a garota que você ama desde que se entende por gente, mas que nunca te deu a menor bola.
Ela se sentou na cadeira à minha frente, como sempre fazia na aula de geografia. Estava distraído folheando um livro qualquer quando ela me surpreendeu virando-se para mim e me encarando. Baguncei meus cabelos, tentando disfarçar minha vergonha. Ela sorriu e que sorriso lindo ela tem.
- , né? – ela me chamou pelo primeiro nome? Achei que ela não soubesse, pois sempre se referia a mim como ‘loirinho inteligente’ ou simplesmente ‘’. Ela era do tipo de garota popular que todos os garotos querem ter, mas poucos conseguem ao menos arrancar um sorriso tímido dela.
Ela era especial, não era fútil ou vulgar como as garotinhas que freqüentavam aquela escola, ela não fingia ser o que não era. Na verdade, ela é a primeira bolsista a ser tratada como “A garota”, mas ela merecia tal mérito.
Enquanto ela tinha suas amiguinhas “TOP”, eu me contentava em ter meus três amigos “LOSER’S”; , e . É, a escola é injusta. Somos julgados por nossas embalagens e por quanto elas valem no mercado. Aqui no Center of learning of London é assim. Ou você é bonito, rico, e integrante do time do colégio ou é bonito, pobre e LOSER!. Democracia barata, não?
- Sim, mas pode me chamar de ! – baguncei novamente meus cabelos e mais uma vez ela sorriu. De algum jeito que eu não sei explicar, isso mexe com ela. Ela hesitou um pouco antes de falar.
- Sabia que você fica lindo assim? – ao dizer isso, suas bochechas ficaram rosadas e eu sorri ao perceber isso.
- Assim como? – fiz-me de desentendido e ela ficou sem jeito por um momento. Levantou-se e se pôs frente a mim, bem perto, e bagunçou meus cabelos.
- Assim... – aproximei-me ainda mais e acariciei seu rosto. Sei que isso foi meio cafajeste da minha parte, mas eu não resisti ficar tão perto e não fazer nada. Ela corou instantaneamente. (Ooolha o tomate!) - Obrigado, e você, , é linda de qualquer jeito. – sussurrei ainda bem próximo dela. Em seguida, dei um sorriso maior do que o do gato da Alice, RS.
- O-o-obrigada ... – ela ‘ta gaguejando, que fofa. (Que comentário Gay).

’s POV
Hoje, finalmente criei coragem para falar com o . Eu disse ‘falar’, não cumprimentar como faço todos os dias. Sentei-me à sua frente e fiquei confusa se falava ou não com ele. Por fim, achei melhor desembuchar.
Virei-me para ele e percebi que o peguei de surpresa. Já disse que ele é lindo? A e a vivem dizendo que ele é gamado em mim, mas nunca dei ouvidos, afinal, o que ele veria em uma garotinha chata e sem graça como eu? Ah não! Ele bagunçou os cabelos eu não resisto quando ele faz isso! Se ele soubesse como isso me deixa sem jeito... Na verdade, ele deve ter acabado de perceber isso porque pelo calor que sinto em minhas bochechas, significa que elas devem estar mais vermelhas que polpa de tomate estragada (será que polpa de tomate estragada continua sendo vermelha?), droga!
Ele acariciou meu rosto. Cara, que mãos macias!
Vou confessar uma coisa: sempre gostei do . Sempre o vi com outros olhos por ele ser diferente de todos. Ele é respeitador, cavalheiro, divertido, engraçado, inteligente e lindo. Daí você me pergunta: como eu sei disso tudo se nunca tive uma conversa decente com ele? Mas eu te respondo que sempre o observo, discretamente. Nunca deixei ninguém perceber... pelo menos eu acho que não!
- , eu... é... – ficamos nos encarando tão próximos, eu podia sentir sua respiração em minha face e cada suspiro perdido de vez em quando.
Ele me olhava nos olhos. Eu senti uma vontade de acabar com aquela maldita distancia que ainda havia entre nós. Seus lindos olhos azuis me faziam perder o chão, perder o juízo que ainda tinha. Fechei os olhos, isso era uma forma de eu mostrar o que eu queria. Ele se aproximou mais com uma mão ainda acariciando meu rosto. Senti sua respiração ficar falha, ele então encostou meus lábios nos seus. Ficamos assim por alguns segundos talvez, só sentindo aquela sensação. Eu podia contar as borboletas que haviam em meu estômago; elas pareciam dançar bolero em ritmo descontrolado. Ele então passou levemente a língua em meus lábios pedindo passagem para um beijo e eu abri lentamente minha boca e nossas línguas se encontraram causando uma mistureba de desejo e emoção no meu corpo. Foi um beijo tão mágico, tão inexplicável. Eu poderia prolongar aquela sensação eternamente.
- Hã, hãm! – olhamos assustados e vimos o professor Goyle nos olhando de braços cruzados enquanto arqueava uma das sobrancelhas.
- Creio que esse não seja o lugar certo pra namoricos, estou errado? – ele perguntou em tom de voz irônico. Eu e nos olhamos envergonhados e eu levantei e me sentei no meu lugar, tentando ignorar os comentários ridículos que o restante dos alunos dirigiam a nós.
Concentrei-me na aula e antes de o sinal tocar recebi um pequeno bilhete que havia passado pra mim pelos pés. Coloquei firmemente o meu pé em cima ao perceber que o professor me encarava. Quando ele desviou a atenção pra um dos alunos, eu abaixei e apanhei rapidamente o bilhete guardando-o em minha mochila. O sinal tocou e eu me virei pra falar com o , mas fui interrompida pelas minhas “adoráveis” amigas, e que me puxaram pelo braço enquanto eu fazia uma cara de súplica ao que ria.
(dúvida cruel: eu não sei se ele ria pra mim ou de mim).

Nota mental: Esclarecer isso depois com o .

’s POV – OFF


“Ainda não acredito que eu beijei a ou ela me beijou, sei lá! Eu só sei que o mel da boca dela é o mais delicioso que já provei na vida. Eu nunca gostei tanto de um beijo, ela era incrível. Aliás, estava tudo incrível até aquele bendito professor que eu “adoro” interromper tudo. Vi a ficar mais vermelha que um pimentão quando ele nos deu uma bronca. Passei um bilhete pra ela, provavelmente leria mais tarde. Pensei em falar com ela mais mudei de idéia ao ver a e a a levando pelo braço. Ri da cara de súplica que ela fez, foi hilário.
Saí da sala e me encontrei com os meus loser’s favoritos. Como sempre, eles estavam rindo de alguma piada estúpida do . Juntei-me a eles e fomos andando pelos corredores.
- E aí, caro , digamos que as notícias voam pelos corredores, atravessam portas e acho que tem algo a nos dizer... – olhei para , apenas assentindo com a cabeça. Provavelmente metade da escola já sabia do meu beijo secreto que, aliás, nunca foi secreto, RS.
- Eu e a ... – por que será que notei certo espanto no rosto de ? Ele era o mais pegador de nós quatro. Seus olhos só faltavam esbugalhar pra fora.
- Que foi, Demônio?? – perguntei, estalando os dedos à sua frente, fazendo com que ele acordasse do transe com uma cara de retardado que fez com que eu e os outros meninos caíssemos na risada.
- Eu não acredito , é impossível! – caramba, que retardado. Ele não só tem cara; como ele é muito retardado!
- O que você não acredita, seu tapado? Vai me dizer que agora que você descobriu que Papai Noel não existe? – rimos os quatro com a piada que fez.
- Essa garota, a , ninguém dessa escola nunca conseguiu catá-la; você é uma lenda baixinho! – parei de rir na hora com o comentário. tinha razão. Eu sou o primeiro da escola a beijar aquela boquinha linda, que honra!
- Cara, você é muito sortudo! – recebi um belo tapa na cabeça do meu queridíssimo Flecther. Ficamos zoando pelos corredores até o sinal tocar novamente. Eu e fomos pra Biologia e e foram pra química.
O sem noção do pulou que nem macaco nas minhas costas, pegando-me desprevenido e fazendo com que eu caísse com tudo no chão e sendo mais específico, em cima de alguém. Levantei rapidamente para pedir desculpas e ajudar a pessoa a se levantar. Olhei bem e vi que era a minha linda.
- , desculpe! – ela sorriu e veio em minha direção, levantando-se.
- Você é cego, ? Podia ter matado minha amiga!– vi gritar alterada, puxando pra trás.
- , eu... – e de novo, ela puxou para longe de mim, sentando com ela no fundo da sala.
O que esse povo tem contra mim, caramba? Dei uma bela bronca em que ficou de bico e se sentou perto da na última carteira vaga, melhor dizendo. Última não, mas era como se fosse porque a outra carteira vaga estava ocupada por Haley, uma garota linda, mas anti-social. Por quê? Ela era doida! Tipo essas rebeldes sem causa. Ela não falava com ninguém e ninguém se atrevia a falar com ela. Olhei para trás e minha menininha parecia brigar com a . Olhei pro lado e vi que e a pareciam estar se entendendo. É, não tinha escolha. “Sentei ao lado da Haley e esta logo jogou um olhar mortal pra mim. Sorri sem graça e ela virou a cara, fazendo careta.”

’s POV
Ninguém pode controlar minha vida assim, eu não posso permitir! Por que a não me entende? Ela acha que o é um cafajeste, pirado e tal. Já a até que leva numa boa. Ela está interessada no . Comecei a discutir com : - , você não pode ficar me controlando, nem minha mãe faz isso. Só porque ele não é popular? Eu também não era! – ela me fuzilou com os olhos por algum tempo, mas depois abaixou a cabeça!
- , eu sei! Você acha mesmo que eu não quero que você ande com ele só porque ele é um loser? Não, até por que você sabe que eu não sou assim, não sou patty! Só não quero que se apaixone, caramba! Tenta entender, eu e você éramos tipo “corações de ferro”; aquelas que não se derretem por ninguém. Eu e você éramos a alma do trio, as sonserinas! Sempre implicamos com a por ela se apaixonar fácil e agora você esta aí, caidinha por um garoto!
Olhei para a sala procurando por e o vi sentado com a Haley. eles estavam se entendendo. Senti ate uma pontada de ciúmes, ela era linda! Encarei por uma última vez e novamente olhei pro casal do ano, que estava cada vez mais próximo. Levantei-me furiosa da mesa, peguei minha mochila e passei pela mesa dos dois dando uma bela mochilada na cabeça de Haley que me olhou confusa.
- Onde pensa que vai, Srta ? – Perguntou o professor Boneer com uma das mãos apontadas pra mim.
- Não é da sua conta, querido professor! – eu estava morrendo de raiva. Como a Haley podia ser a intocável por sete anos e em um único dia que senta com o meu , ela passa a ser descontraída?? Isso é conspiração, porra?
Notei que todos me olhavam assustados, forcei um sorriso e saí da sala. Peguei meu iPod e coloquei, saindo dali como se nada tivesse acontecido.
’s POV OFF

“Eu comecei a puxar assunto com a Haley e ela aos poucos foi se soltando. Começamos a conversar e vi que ela era legal, só era julgada mal, assim como eu e meus amigos pela “alta-sociedade” do colégio.
- Você gosta mesmo daquela patricinha da ? – ela perguntou entre um sorriso e outro.
- A não é patricinha, Haley. Ela só é popular! – respondi dando de ombros.
- Conta outra, ! Ela é a garota mais patty do colégio depois, é claro, das nojentinhas: Brianna, Ashley e Carli! Não sei o que um garoto tão legal como você viu nela! – definitivamente, a não é patty.
- Ela não é Patty, Haley. Eu a conheço desde a primeira série, quer dizer, nunca tínhamos nos falado, mas eu sempre a observei. Ela não é fresca e muito menos nojenta que nem aquelas três insuportáveis!
Haley deu um último sorriso e eu sorri também. Ela então se aproximou subitamente de mim e eu estava despreparado. A última cena que vi foi passando com tudo e tacando sua mochila na cabeça da Haley que a olhou incrédula. Cara, a respondeu o professor, ela não é disso! Peguei meu material e corri para encontrá-la, evitando os comentários e inclusive a bronca que o seu Boneer tinha me dado. Ela caminhava tranquilamente pelo corredor, alcancei-a e puxei seu braço para que ela olhasse pra mim. Ela tirou os fones de ouvido bruscamente e me olhou com raiva.
- O que quer, ? - a nunca tinha sido tão grosseira comigo. Suponho que ela tenha visto a ceninha com a Haley, como eu sou burro! Não pensei nisso.
- O que eu quero?? Você, ! Eu quero você!
Ela me olhou e por um momento baixou a guarda. Eu me aproximei de seu rosto e olhei em seus olhos, ela tremeu.
- Eu te amo, ! – ela então pulou em meus braços e me abraçou com força. Eu retribuí. Ficamos nos abraçando por um longo tempo ate sermos interrompidos por mais um sinal.
- Quando tiver tempo, leia o bilhete! - “sussurrei em seu ouvido, dando em seguida um belo beijo na minha linda e me dirigindo a minha próxima aula”.

’s POV – ON
- Eu também te amo ... – sussurrei pra mim mesma enquanto o via sumir na multidão que se formava para entrar em suas salas.
Peguei o pequeno papel em minha mochila e o abri: “Daqui a três dias, às 5:19 da tarde na minha casa. Eu te amo”.
’s POV – OFF

FLASH BACK END

“Porque esperei três dias? Porque sabia que precisávamos de um tempo para nos acostumar à idéia. Sabia que ela precisava de um tempo pra criar coragem e assumir o que sentia. Contei cada minuto, cada segundo. Faltam apenas dois minutos para 5:19. Ainda me pergunto se fiz a coisa certa, pergunto-me se ela vai vir! Será que é tão difícil tentar se acostumar à idéia de estar se apaixonando? Estou com a mão no telefone, esperando que ele toque, nem que seja pra ela me dizer que não vai vir, nem que seja pra ela dar uma desculpa qualquer. Eu só não quero que ela me deixe esperando. 5:18, o relógio não tem piedade. Meu coração está saindo pela boca.
Dim Dom – A campainha toca. Tento não parecer desesperado, abro a porta e ela está com um sorriso aberto, os olhos brilhando. Como eu sempre sonhei que fosse estar apaixonado.
- 5:19, eu não me atrasei... – wla dizia enquanto mordia os lábios. Eu fui atá ela e afastei a porta para que entrasse. Ela passou por mim e eu pude sentir o perfume de seus cabelos. Fechei os olhos num ato simplório.
- Não, você não se atrasou... – ela veio atá mim.
- Como sabia que eu precisava de um tempo? Quer dizer, o por que dos três dias? – fiz sinal para que ela se calasse e a beijei intensamente. Ela colocou os braços por volta do meu pescoço, eu passei os meus por sua cintura e a apertei contra mim.
- Eu te amo... – ela disse num sussurro em meu ouvido e eu me arrepiei. Aquilo era muito melhor do que qualquer sonho que eu tenha tido.
Parei o beijo ao perceber que estávamos indo rápido demais e sorri. Ela fez o mesmo. Deitamos no sofá e ficamos um sobre o outro, assistindo a qualquer coisa que passava na TV. Eu arfava seus cabelos e ela acariciava meu peito. Aquilo me fazia sentir feliz, fazia-me sentir vivo.
Naquela tarde, eu a pedi em namoro entre um beijo e outro, entre um sorriso e outro.
- Sim, sim e mil vezes, sim! – ela respondia entre um beijo e um sorriso.

Naquela tarde eu declarei meu amor, às 5:19.


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“- , eu te amo tanto! – ela dizia enquanto eu beijava seu pescoço. Hoje fizemos 3 meses de namoro.”

FLASH BACK
Eu pensei em algum presente especial para dar a ela, mas não encontrava nada que fosse digno de pertencer-lhe. Estava a caminho de sua casa, programa de todos os meus finais de semana. Estou com um sorriso bobo no rosto.
Dim dom – toquei a companhia e uma linda loira de olhos castanhos abriu a porta. Ela estava linda, usava um vestido azul claro, os cabelos soltos e o perfume que eu tanto amava. Abracei-a com força.
- Parabéns, meu anjo! – ela me olhou com lágrimas nos olhos e me levou ao seu quarto. No caminho passamos por sua mãe, ela estava preparando um jantar especial pra nós.
- Eu quero te dar um presente, ! – eu não sabia o que diria quando ela me entregasse. Senti-me um estúpido, como eu podia não saber o que dar de presente à mulher da minha vida?
Ela abriu a porta e me puxou pra cama, fazendo sentar. Ela então pegou um enorme pacote de baixo de sua cama e me entregou. Eu abri com cuidado e quando vi o que era, quase me emocionei. A primeira guitarra oficial do Queen. Peguei com todo cuidado, ela me olhava com os olhinhos brilhando. Deixei a guitarra ao meu lado e a puxei para o meu colo. Enchi seu pescoço de beijos.
- Eu te amo, eu te amo, eu te amo... – eu sussurrava entre um beijo e outro e a sentia arrepiar.
- Hã, hãm! – olhei para a porta e vi minha linda sogra nos olhando assustada. se levantou do meu colo e se antecipou.
- Não está acontecendo nada, minha amada sogra! – levantei da cama e a abracei. Ela sorriu e me deu leves tapas no braço.
- Eu sei que não, , porque se estivesse, eu te mataria! – ela zombava, rindo e deu um sorriso amarelo, encarando-me confusa.
- Vim avisar que o jantar está pronto, meus queridos! E quero que desçam comigo! – ela meio que enfatizou o “comigo”. Eu entendi o que quis dizer e achei melhor irmos “com ela”, RS.
- Já vamos, amor da minha vida! – mais uma vez, Sra. me encheu de tapas. Segurei a mão da , olhei-a mais uma vez e ela me deu um lindo sorriso.
- Eu te amo... – me parou na escada e sussurrou em meu ouvido, sorrindo. Eu olhei pra ela a abracei pela cintura. Dei um longo sorriso e voltamos a descer as escadas.
Jantamos em família e estava tudo maravilhoso. Via nos lindos olhos castanhos da que ela esperava por seu presente, então eu aqui já estava condenado, RS.
- , vamos um momento lá fora? – perguntei baixinho para que só ela escutasse. Ela assentiu, dando um lindo sorriso.
Fomos para a varanda. Ela me olhou ansiosa, eu baguncei meus cabelos e tentei parecer calmo.
- , desculpe-me... Eu não trouxe um presente pra você, mas não foi por eu não ter dinheiro ou por eu ter esquecido, mas é que eu esperava achar algo especial e eu não achei. Acabei não comprando nada! Mil desculpas! Eu sou um idiota! – abaixei a cabeça triste. Ela a ergueu, segurando em meu queixo. Chegou mais perto de mim.
- Você não é um idiota, , e não precisa se preocupar em me dar presentes. O melhor e mais especial eu já tenho... O seu amor... – sorri. Eu nunca tinha ouvido nada tão bonito sair daquela boca. Beijei-a suavemente.
- Você, , é a mulher da minha vida! – ela deixou escapar uma lágrima. Eu amava tanto aquela garota!

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“Levantei da cama depressa. Hoje era a primeira apresentação da banda; sim eu tinha uma. Eu, , e montamos uma banda nos últimos 9 meses e ela fazia sucesso no colégio com o tempo deixamos de ser losers. Hoje faz 1 ano e 2 meses que eu estou namorando a garota dos meus sonhos, RS. Acabei aprendendo muito com ela nesses últimos meses, meu amor só aumenta a cada dia que passa. Ela e os meninos viraram grandes amigos, assim como e se enturmaram. Na verdade, vai fazer 3 meses que e namoram, e 2 semanas que e estão ficando. Sim, pra quem dizia que nunca ia se apaixonar, ela caiu como um pato, RS.
Estou ouvindo o toque do meu celular, mis onde ele está que eu não o acho? Vou amarrá-lo no meu pescoço da próxima vez! Achei. “Minha princesa”.
- Alô amor da minha vida! – um sorriso apareceu em minha face voluntariamente.
- Oi razão da minha existência! – Ouvi-a suspirar do outro lado da linha, ainda estávamos bobos. - Os meninos querem você aqui agora! – dei um longo suspiro, hoje é o grande dia.
- Estou indo, chego em 20 minutos! – disse, olhando em meu relógio.
- Estamos esperando! Tchau amor! - Tchau minha princesa! – desliguei o telefone e me arrumei. O show seria às 14:00 da tarde. São 13:00 (vagabundo, dormindo até uma hora dessas!).
Corri para lá e encontrei meus amigos, minha família, mas cadê minha namorada?? – pensei enquanto olhava para todos os cantos a sua procura.
- Cara, a mãe dela a chamou, disse que era urgente. Ela correu pra lá e disse que tentaria chegar cedo pra pegar a última parte do show! – disse . Digamos que não me conformei. Hoje era um dia muito especial pra mim e eu queria que ela estivesse ali comigo, dando-me força.
O show começou. Estávamos cantando Broccoli, a 5° música do repertório, e nada de ela chegar. Eu olhava constantemente no relógio.
- Tenta se divertir, cara! – o show já tinha acabado, estávamos na festa de lançamento; a apresentação foi um sucesso. Cansado de esperar, sentei-me em um banco no bar e comecei a beber. Enchi a cara, provavelmente.
- Oi belo ! – minha vista estava embaçada, mas eu podia ver uma bela garota à minha frente. Era Haley.
- Oi Haley! – eu estava tonto e com a típica voz do bêbados. Ela estava dando em cima de mim e depois disso, eu não me lembro de mais nada.
Acordei na minha cama, ainda de sapatos. estava jogado no chão, estava dormindo no sofá ao lado da cama e estava dormindo na mesma cama em que eu estava mais de cabeça pra baixo. Estava com uma dor de cabeça horrível. Lembrei-me então da noite anterior e fiquei com a consciência pesada, eu não sabia o que tinha feito. “Será que eu trai minha ? Não pode ser, não pode!” eu repetia pra mim mesmo enquanto batia em minha cabeça!
- Você ta doido, ? – ouvi balbuciar, olhando pra mim. Eu sacudi a cabeça, tentando afastar a culpa dos meus pensamentos, tentando lembrar do que eu tinha feito, mas nada.
- Eu acho que trai a , !!! – abaixou a cabeça e me olhou triste.
- Você traiu a , ! – Apavorei-me. Coloquei as mãos em minha cabeça e comecei a chorar; que gay, eu sei! Mas eu mesmo desci no meu próprio conceito. Eu não podia ter feito isso, não podia! Uma forte dor me afetava, era como se alguém estivesse apertando meu coração com as mãos.
- Não! – já era a milésima vez que eu falava isso, dessa vez minha voz saiu rouca. agora estava do meu lado, batendo as mãos em meu ombro. Olhei pra ele, eu precisava saber do resto, o que eu fui capaz de fazer. Nem precisou falar nada, ele entendeu meu olhar e começou a falar.
- , você estava bêbado, esperando a e nada de ela chegar. Então se sentou em um banco no bar e a Haley se sentou ao seu lado. Eu vi de longe, mas não pude impedir. Eu tentei, mas tinha muita gente e eu não consegui chegar a tempo. Ela te beijou e você e ela começaram a dar amassos. Nisso, a chegou. Eu a vi e corri atrás dela, tentei explicar...

FLASH BACK – 's POV
- , por favor me escuta... – ela não parava de correr. Puxei-a pelo braço e vi que ela chorava.
- Ele está bêbado, . Perdoe-o, ele est fora de si! – as lágrimas não paravam de rolar em seu rosto.
- , o que ele fez não tem perdão!! – ela saiu correndo e dessa vez eu não fui atrás.
FLASH BACK – 's OFF

- Daí, eu chamei o e o , forçamos você a sair de lá e agora... – olhei-o destruído. Já não tinha controle sobre as lágrimas que escorriam pesadas em meu rosto. Levantei bruscamente, peguei só uma blusa de frio e corri para a casa da que ficava a apenas 3 quarteirões da minha.
Entrei, pois a porta estava aberta. Deparei-me com Sra. . Ela forçou um sorriso.
- , por favor, faça-a parar de chorar! – meu coração doeu. Subi para o quarto da e comecei a bater na porta, mas eu só ouvia os soluços.
- , abre esta porta ou eu vou derrubar!– virei de costas e deslizei na porta me sentando no chão. Levei as mãos à cabeça e comecei a chorar. Ouvi a maçaneta girando e levantei para olhar. Ela estava com os olhos inchados e fundas olheiras.
- , escute-me, eu... – wla fez sinal pra que eu entrasse. Fiz o mesmo de cabeça baixa.
- Perdoe-me, , por favor! – eu chorava. Ela limpou os olhos, suspirou e me encarou. Seus olhos novamente encheram-se de lágrimas. - No momento, , é impossível, mas quem sabe um dia. – ela falou com a voz rouca.
- , eu juro que eu não queria... – e as lágrimas não paravam de rolar.
- Eu preciso de espaço, . Tempo... Pra pensar! Deixe-me sozinha, por favor, e não me procure mais!
Sai de lá destruído, mas eu não tinha o que dizer...



Um Mês depois...
“Ela nem olha na minha cara. Eu estou com os olhos inchados. Hoje é dia 1° de julho. Faríamos um ano e 3 meses. Decidi não ir a escola. Liguei meu rádio, olhei no relógio. 5:19. Tocava Matt Wertz:

“Eu menti quando disse a você
"Eu estou bem."
Quando chega julho,
Eu penso como estávamos juntos
Até você dizer

"Eu preciso de espaço"
Verdade seja dita
É muito difícil esperar


Com um olho no relógio
E o outro no telefone
São 5:19
Estou me sentindo sozinho
Se eu pudesse falar com você
Eu gostaria que você soubesse
Eu estou me sentindo perdido
Mas não estou indo embora.



Ambos podemos achar que eu
Estou ficando meio louco
Agora estou sem direção
Eu sei que você disse:
"Meu amor, não se preocupe."
Mas eu estou sentindo sua falta
Eu disse que estou sentindo sua falta!


Com um olho no relógio
E o outro no telefone
São 5:19
Estou me sentindo sozinho
Se eu pudesse falar com você
Eu gostaria que você soubesse
Eu estou me sentindo perdido
Mas não estou indo embora.



Ambos podemos achar que eu
Estou ficando meio louco
Agora estou sem direção
Eu sei que você disse:
"Meu amor, não se preocupe."
Mas eu estou sentindo sua falta
Eu disse que estou sentindo sua falta!


Meu amor, use todo o tempo que você precisar.
Eu apenas queria que você soubesse
Eu estarei aqui...
Esperando!


Chorei ainda mais, peguei o telefone e disquei o número dela. Estava desligado, caiu na caixa postal.
- Oi, aqui é a . No momento, não posso atender, mas deixe sua mensagem após o bip que eu retorno a ligação em breve.
Bip
- Amor, não se preocupe, mas eu estou sentindo sua falta! – PI, PI, PI, PI.


The End?



Nota da autora: Fic baseada a música “5:19” de Matt Werttz. Recomendo que coloque a música pra carregar!





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