Capitulo 1 - Dougie Poynter
"Era aquela que sempre fez meu estômago girar, e meus olhos se fecharem."
Dude, cadê a porra do meu tênis? Er... Desculpa a falta de educação. Meu nome é Dougie Poynter, tenho 30 anos e é claro que você me conhece. Porque eu já fui membro de uma banda famosa: McFly. Bons tempos, bons tempos... A banda acabou. Mais a amizade continua a mesma. Você deve estar se perguntando: “Por que a banda acabou?” Como tudo que é bom, dura pouco. A banda teve que se separar porque nós achamos que já tinha dado tudo que tinha que dar e mais um pouco. [n.a¹ Duplo sentido].
Agora, neste exato momento, era pra eu já estar no pub onde iria ter uma “reunião” do pessoal do colegial. Legal, né? Mas, como eu estou tendo sérios problemas para achar meu tênis estou um tanto quanto atrasado. É o Thomas vai me matar! Não quero nem saber o que o Senhor Responsabilidade vai me dizer.
Acho que nunca conheci alguém tão responsável como o Tom. Sério mesmo. Em praticamente quinze anos de amizade só me lembro de uma coisa irresponsável que ele fez. Que foi seqüestrar a .
Aquele dia foi engraçado!
Ache! Seu all star inútil, o que você foi fazer na geladeira? Chaves. Onde estão as minhas chaves? Congelador...? Se o tênis estava na geladeira... Achei! Amo o meu senso de lógica.
Estou pensando seriamente em me mudar. Prédio sem elevador não dá. Só espero que o meu carrinho querido ligue hoje.
Oh, God, ele está funcionando! Agora só me falta atravessar a cidade inteira para chegar ao... Como é mesmo o nome do Pub? Era Never alguma coisa... Bom chegando lá eu vejo.
Tá, ali tem um Neverland. Será que é esse? Espero que sim.
Nunca vim aqui... Hum, até que parece ser legal. Cadê a galera? Será que todo mundo se atrasou? E eu achando que só eu era capaz de me atrasar quarenta e cinco minutos.
Oh, não... Eu conheço essa risada. É aquela que sempre fez me estômago girar e meus olhos se fecharem de satisfação. Era a risada dela.
- Doug! Oh my God! Você veio! – ela disse rindo e se levantando – Nós achamos que você não viria.
- Você se perdeu né, imbecil? – Harry se levantou também e veio me abraçar – Que saudades parceiro!
- Poynter, será que você poderia falar algo? – falou.
- An, oi?
- Doug, tudo bem? – Por que ela fazia questão de não soltar o meu braço?
- S-Sim, . Estou bem. – forcei um sorriso – E aí, galera, como vocês estão?
- A mesma coisa de sempre. Casa – Gravadora – Casa – Gravadora né, Danny? – Thomas falou sorrindo abertamente. Ele realmente estava feliz.
- Sim, acho que essa é a primeira vez que faço algo diferente do que ficar na gravadora, ou em casa em uns cinco meses.
- Vocês estão com uma nova carreira? – perguntou fazendo careta.
- Não. Nós temos uma gravadora agora, . – Thomas respondeu sorrindo. Ele ainda gostava dela.
- E por que o Harry e o Doug não fazem parte do projeto? – perguntou indignada. Eu sempre amei quando ela me defendia. Acho que é por causa do meu tamanho. Parece uma criança, sabe?
- O Harry, porque resolveu voltar pra França. E o Dougie, porque não quis.
- Por que você foi mesmo pra França, Harry? Digo: da primeira vez. – eu perguntei inocente, e logo depois recebi um chute por de baixo da mesa, do Danny.
- Hum, eu só não queria mais ficar em Londres. Trocar os ares... – ele disse olhando para baixo.
Lembrei-me na hora do porquê... Cara, que mancada! Não deveria ter tocado no assunto. Se bem que eu nem sabia o porquê. Ninguém sabia direito. Só sei que ele brigou com a e no dia seguinte ele estava indo para a França e ela para a Austrália. Por falar em ...
- Cadê a ? – perguntei, e recebi outro chute do Danny – Cara, você poderia parar com isso? - Eu gritei passando a mão na perna.
- Ela está... Bom, não sei se ela vem. – falou baixinho olhando para baixo.
- Bom, hoje eu estava lembrando umas histórias. – Danny disse de repente – Vocês se lembram de quando o Dougie correu de boxer pelo colégio? – Obrigado, Daniel! Relembre os meus momentos mais humilhantes.
- Não me lembro disso. – falei emburrado.
- Como, não? Foi por causa de uma aposta, não foi? – Harry disse me cutucando. - Ele estava se vingando. Cruel.
- Não, Harry! Foi por minha causa. – ria – Vocês se lembram como ele cismava em usar calças números maior do que de fato deveria usar?
- Ah! Lembrei. – Tom disse levantando a mão como se tivesse tido uma idéia.
- Ainda não me lembro direito... – disse.
Oh, eu nem tinha visto ela... Shame on me. Ela continuava linda e estava ao lado do Danny. Suspeito. Esses dois tiveram mais idas e voltas do qualquer outro casal.
- Eu e ele começamos a brigar porque aquelas calças muito maiores que ele o deixavam menor do que já era. E ele vinha depois reclamar que todo mundo o chamava de baixinho. Eu fiquei nervosa e abaixei as calças dele, e depois disse... An, como foi mesmo?
- Você disse: “Você deveria usar calças do seu tamanho.” E então saiu correndo.
- Ai o Dougie ficou mais bravo ainda e correu atrás dela, deixando as calças no chão. E mostrando ao colégio inteiro sua linda boxer amarela com lagartinhos verdes. – uma voz feminina falou atrás de mim. Admito que de primeira não reconheci a voz. Mas foi só olhar para o lado e ver a expressão do Harry: olhos esbugalhados. – Tudo bem, gente? Desculpe o atraso. O aeroporto estava um caos. E o meu vôo demorou a decolar.
- ! – Todas as meninas disseram juntas se levantando.
- Meu Deus! Quanto tempo. Você nunca mais mandou cartas ou algo assim.
- É. Você é a pior amiga que poderíamos ter!
- Desculpa! Eu só... Sei lá. – e então, ela puxou a única cadeira vazia da mesa. A que estava ao lado de Harry. Ele passou a mão no rosto e olhou para o lado. Até eu, que sou um completo idiota, percebi o quanto ele havia ficado desconfortável.
- Hey, vocês se lembram de quando pegaram a e o Dougie dentro do armário de vassouras? – falou sorrindo.
- Hey, hey, hey! – eu disse um pouco nervoso. Não queria que relembrassem esse tipo de coisa. – Onde foi parar a história das boxers?
- Para de ser chato. – me deu a língua.
- Eu jamais vou esquecer a cara da inspetora Marlene quando abriu a porta e os dois caíram de lá de dentro. – ria e batia com a sua mão na mão do Tom, ele ria também. Só que como um bobo apaixonado.
- Lá dentro era apertado, ta? E eu estava procurando um pano.
- Isso mesmo. Eu só estava a ajudando a procurar um... Pano? – a encarei.
- É. Um pano, Poynter! – Poynter? Ela só me chama assim quando tá brava.
- Ah, você tinha sujado o balcão do laboratório de biologia inteiro de... Do que mesmo?
- Primeiro: não fui eu, foi você. – ela apontou o dedo na minha cara – E segundo: eu acho que foi de café.
- Ah é... Eu tinha levado café para você. – fiquei vermelho – Como pedido de desculpas.
- Isso mesmo. – ela concordou – Só que eu esbarrei no copo e derrubei tudo... Você tem razão, fui eu.
- Tá vendo. Nem sempre eu sou o culpado. – falei sorrindo vitorioso.
- É, pelo menos uma vez você não foi o culpado. – Espera, isso foi uma indireta?
- Desculpe. – eu disse baixinho, para que somente ela ouvisse.
- Então, vocês foram para o armário de vassouras atrás de um pano para limpar tudo, certo? – falou, ou melhor, gritou. Mudando de assunto. Lembre-me de agradecê-la depois.
apenas concordou com a cabeça e eu pude ouvir a sussurrar ao Harry que não deveria ter lembrado isso.
- Pedido de desculpas? Pelo o quê? – Danny e sua inteligência superior.
o encarou mordendo o lábio.
- Eu não lembro. – disse ríspida. E estava na cara que não queria lembrar.
- Acho que foi porque eu havia esquecido o aniversário dela... – disse duvidoso.
- E você comprou um café? – Tom perguntou incrédulo – Que presente!
- Ela era viciada em café, poxa! E eu não tinha muito dinheiro.
- Um presente desse e ela ainda te leva pro armário de vassouras? – falou se fazendo de descrente – Como você é barata, .
Todos riram, menos eu. Foi de fato engraçadinho. Mas... Não quis rir.
apenas deu um sorrisinho de lado e me encarou. Ela sabia tão bem como eu que não tinha nada haver com esquecer aniversários. Um dia antes de incidente. Ela havia ido a minha casa para conversarmos. Eu sempre fui apaixonado por ela e por um tempo achei que era recíproco. Nesse dia eu tomei coragem e disse tudo que sentia. Lembro como se tivesse sido ontem. Ela estava sentada na minha cama admirando o meu baixo – como ela sempre fazia – e passando as mãos nos cabelos. Eu cheguei perto dela, sentei-me no chão e toquei um dos seus joelhos, ela me encarou com seus grandes olhos – lindos por sinal – e eu simplesmente disse tudo que sentia. E que, embora nós brigássemos muito, eu tinha certeza que gostava dela. Que desejava do fundo do meu coração que o sentimento fosse recíproco. Acho que nunca fui tão sincero com uma mulher – sem ser a minha mãe. E também nunca fui tão... Romântico. Por um bom tempo fiquei pensando no que havia dito a ela, creio eu, que nada de errado.
Mas isso não explicaria o porquê dela sair correndo depois. E aí, o resto você já sabe. Como um pedido de desculpas – que eu nem sabia se deveria fazer – levei café para ela no colégio no dia seguinte. E como em um piscar de olhos eu estava com ela no armário de vassouras a segurando pela cintura e a beijando. E aí a inspetora chegou. Dois dias de suspensão. Só isso que ganhei. Depois disso nós ainda ficávamos. Mas sem ninguém saber... Ainda não sei porquê, mas ela não queria que as amigas soubessem. Esse foi um dos motivos para eu ter terminado tudo.
- Dougie? – Tom abanou a mão na minha frente – Hey, Dougie?
- Ãn? – sai do transe.
- Se lembra de quando nós pulamos o muro do colégio para ir dar uma volta no Green Park?
- Aquele dia foi engraçado! – me animei um pouco – E o Danny correndo atrás do sorveteiro?
- Nada melhor que um bom sorvete de creme com cobertura de framboesa e um pouco de granola.
- Nada mais engordativo, né Danny? – falou o encarando.
- , esse não foi o pior. O Thomas aqui conseguiu cair dentro do lago!
- Dougie, esse é o tipo de coisa que você não conta.
- Vocês contaram da minha boxer. – eu disse batendo a mão na mesa – Acontece que ele foi cantar uma menina aí, mas nosso caro Fletcher não é bom de contas.
- Contas? – arqueou uma sobrancelha e me encarou, depois encarando o Tom que ficou vermelho.
- Sim, contas. Ele não sabe calcular chances. – Sim, minha piada foi péssima, mas eu ri. A também. É o que importa. – Não faço idéia do que ele disse para garota, mas ela do nada o empurrou e ele rolou na grama até cair no lago.
- Mas o pior não foi isso. – Harry começou a rir – Ele não sabia nadar! E achou que ia se afogar.
- Então, eu entrei no lago para tirá-lo de lá... E dude, sem brincadeira, a água não passava do meu joelho!
- Danny, você sempre foi alto. – Tom falou emburrado.
- Você sempre foi da minha altura, Thomas! – O Jones respondeu indignado – Admita você era um cuzão!
- E não sabia nadar. – eu disse.
- Nem cantar uma menina. – Harry completou.
Tom nos encarou bravo e depois olhou para baixo. Acho que pegamos muito pesado. Mas, poxa, falaram até das minhas boxers! Não. Eu não vou esquecer isso facilmente.
- Eu sempre achei o Tom muito legal. – falou.
- E quem disse que saber nadar é algo muito importante? Pode-se aprender, sabia? – me encarou.
- Mulher não se ganha na cantada. E outra, ele pelo menos tentou. – , o defendeu. Ela sempre defende todo mundo.
- E com essa covinha, quem precisa da cantada perfeita? – olhou Tom, sorrindo.
- Obrigado, meninas.
E foi aí que eu vi Thomas Fletcher de branco ficar vermelho e depois roxo. Por quê? Ah, você ainda pergunta. A enfiou o dedo na covinha. O que me lembrou uma coisa.
- Hey, e quando a quase arrancou a bochecha do Tom?
- É que essa covinha é tão linda. – ela riu.
- Concordo, amiga. É linda! – Danny apertou a bochecha do Tom.
- Ah! – gritou.
- O que foi? – perguntei assustado.
- Derrubei suco na saia. – Caramba, pensei que tivesse morrido. – Já volto vou ao banheiro.
- Vou com você. – , e disseram juntas. Elas não tinham mudado em nada.
- Hey, cara você está bem? – Danny perguntou para o Harry.
- Sim, é só que vê-la depois de todo esse tempo... É estranho.
- Ver todos vocês depois de todo esse tempo é estranho. – eu disse. Mas ninguém me escutou.
- Se você contasse o que de fato aconteceu naquele dia... – Thomas estava emburrado.
- Não adiantaria de nada.
- Ah, e vocês podem parando de relembrar cenas humilhantes de minha vida! – eu mandei. Eles? Riram. Eu mereço... – Estou falando sério! Precisava falar do episódio do armário? – eu estava indignado.
- Tá bom, Dougie. Não falaremos mais da sua vida sexual com a .
- Nunca houve vida sexual. – murmurei.
- Todos sabem que você ainda é virgem, Dougie – falou se sentado. Nem as vi chegar...
- Engraçadinha você.
- Tá bom. Eu paro. Só prometa não ficar vermelhinho! – Obrigado, . Mais momentos humilhantes.
- Lembra quando a professora de literatura, se não me engano, chamou o Dougie para ir à frente da sala e recitar um pedaço de Romeu e Julieta?
- Eu lembro! Ele não sabia o que dizer. Porque, afinal, ele nunca foi muito amante da leitura. – falou sorrindo para mim. Tá, essa história não era humilhante.
- Ai, a Cassie se levantou e disse: “Tarde de mais o conheci. Cedo o amei”, ou algo do tipo. – ficou humilhante.
- E o Dougie ficou super vermelho. – cada vez mais humilhante. – A Cassie era louca por você, Doug.
- É... Eu sei, . – Então, não pude me controlar... - Mas naquela época eu só tinha olhos para uma pessoa. – juro que saiu sem querer.
sorriu torto e olhou para baixo. Eu realmente amava quando ela fazia isso. Era tão meigo. Era essa que eu amei – passado? Hum...
Comigo ela era uma coisa, mas perto dos outros... Era uma briga atrás da outra. Era como se ela quisesse deixar bem claro para todos que não gostava de mim. Nunca entendi isso direito.
- Você só tinha olhos para mim, certo? – O idiota do Thomas disse sorrindo.
- Não. – fui grosso - Gordinhos coventos não fazem o meu estilo. Só o da . – Há! Oh, doce vingança! – Vermelhinho por que, Tom? – me fiz de inocente.
- Eu gostava mesmo dele, e daí? – disse calma – Eu pelo menos admito. Tá na hora de dizer o que você sentia, ou sente, pela . Não que todos nós já não saibamos de tudo. – engasguei. Ela me pegou em cheio. Quem é essa bruxa? Cadê a boazinha? Todos ficaram em silêncio.
encarava , não parecia muito feliz.
- E eu gostava da ! – Danny disse do nada.
Realmente esses dois foram feitos um para o outro. Sempre mudando de assunto na hora certa.
- Eu gostava de você. – disse batendo seu ombro no de Harry. Ele nem se moveu, apenas a olhou de canto de olho.
- Eu não gostava dela. – eu disse e todos ficaram em silêncio novamente – Eu realmente a amava.
Não só como todos na mesa, com exceção de Danny, arregalaram os olhos.
- Eu sempre soube. – Danny disse – Eu era o melhor amigo, sabe. – ele botou uma das mãos no ombro de , vangloriando-se.
- E de uma coisa eu tenho certeza – eu respirei fundo. Todos me encararam.
- Você ainda a ama, né melhor amigo?
- Naquela época, eu não sabia escolher um bom melhor amigo. – disse com pesar – Se fosse nos dias de hoje seria o Harry.
- Te amo, meu xodozinho! – Harry disse e me abraçou.
- Então, é assim? Eu te ajudo, aconselho e tudo mais, e você me troca por um idiota metido? É só por que ele tem lindos olhos azuis e eu não?
- Daniel, você tem olhos azuis. – falou o encarando descrente. Danny e sua inteligência superior atacam novamente.
- Ah! – ele disse em um estalo – Verdade. E os meus são mais bonitos. – falou fazendo beicinho.
Dude, às vezes o Danny me surpreende.
- Até parece! Os meus são muito mais bonitos. – Harry falou apontando os próprios olhos. – Eles são de um azul puríssimo.
Dude, às vezes o Harry me surpreende.
- Grande coisa. Azul puríssimo? Você tem noção do quanto gay você pareceu? – Tom falou fazendo careta. – Bonitos são os meus! Castanhos. Cor de chocolate, todo mundo ama um bom chocolate.
Dude, o Tom nunca me surpreende.
- Você não vai elogiar os seus próprios olhos, Dougie?
- Não, . – falei sorrindo e recebi um olhar de aprovação das meninas – Eu não preciso dizer nada, eles dizem tudo. – pisquei algumas vezes. Qual é! Meus olhos são lindos, pequeninos e azuis. Meu charme.
- Eu prefiro os olhos do Tom. – olhei em direção ao Tom e o vi vermelho. Cara ele não tinha mudado em nada. – Nada contra vocês meninos. Mas o Thomas tem um olhar de cachorrinho sem dono que é lindo.
- ... – ele murmurou.
- Oh, desculpe. Não é um cachorrinho. É sedutor? – ela o encarou – Assim é menos humilhante? – disse sem graça.
Sedutor? Há! Nem preciso dizer o que eu fiz a escutar isso, né? Eu ri. Ri como uma hiena. E não só eu. Todo mundo.
- O Thomas é super sexy!
- Nossa, Tom me ensina? –Harry não exagera. – Preciso de você para conseguir gatinhas.
- Sério, dude! Dê-me dicas de como conseguir uma noite de amor selvagem!
- Tom não ajude nenhum deles! Eles que morram sem mulher. – , não é assim também...
Capitulo 2 – Thomas Fletcher. “O melhor foi o da . Por quê? Primeiro: era ela. Segundo: o que ela me disse.”
Ah, por que ela faz isso? Ela realmente gosta de me ver ficando vermelho.
É inacreditável o poder que essa mulher ainda tem sobre mim. Já fazia uns dez anos que não a via, mas bastou um segundo perto dela para que tudo começasse. O ar dos meus pulmões? Sumiu. E parece que tem um infeliz balançando o meu estômago. E por que diabos ela fica pegando na minha mão?
você quer me enlouquecer? Você quase conseguiu isso no colegial, quer terminar a sua missão agora?
- Desculpe, Tom. – Precisa sussurrar assim no meu ouvido?
- Ahn, tudo bem. – já nem lembrava mais porque era o pedido de desculpas...
- Não deveria ter falado dos seus olhos. Escapou. – a olhei rapidamente, ela estava vermelha. Você sabe o quanto é difícil deixar a envergonhada? Ainda mais vermelha.
- Não esquenta, – dei meu melhor sorriso.
- O que estão cochichando? – Dougie pé-no-saco Poynter perguntou.
- Não interessa, nanico – fui grosso.
- Vai se ferrar, Tom. – Hum, fez careta? Nem ligo.
- Hey, Harry, seria bom se você se comunicasse, sabe? – Lá vem a mudando de assunto. Tudo para defender o amorzinho, né?
- Desculpe, eu só estava... Pensando. – Pensando? Na .
Seria tão mais fácil se ele simplesmente conversasse com a gente. Eu sinceramente acho que essa ocasião é perfeita. Estamos todos aqui como nos velhos tempos, e já somos maduros para entender o que houve. E essa curiosidade está me matando há anos. Hey, não me atire pedras. Mas é que o meu amigo fugiu para França depois de brigar com a amada namorada e nem me contou o motivo da briga ou deu alguma explicação.
- Vocês lembram quando o Tom brigou com a professora Angie? – perguntou. Hunf. Mudou de assunto. Cara, por que eles não contam? Inferno.
- Eu me lembro. – disse – Foi por causa do Danny, não foi?
- Minha causa? – Sempre me ferro por causa dele. Daniel Jones é meu carma.
- Sim, seu inútil. Foi por causa de um trabalho de psicologia que você não tinha feito.
- Ainda não lembro – Burro.
- Sinceramente nem eu me lembro direito. Só de tentar te defender... Por que você super criativo disse pra professora que o seu peixe havia comido a sua redação. – O Danny sempre foi criativo de mais. Pena que a criatividade sempre foi usada errada. - Então eu disse que você não tinha um peixe qualquer, que era uma piranha. Mas, não deu. Ela não acreditou e começou a gritar comigo.
- E você gritou com ela? – perguntou incrédula e eu concordei – Meu Deus! O que houve com Thomas Fletcher naquele dia?
- Hum... Eu... Tinha levantado com o pé esquerdo? – disse olhando discretamente para , que estava se recuperando de um pequeno engasgo que havia sofrido. É, naquele dia nós tínhamos brigado. Foi a primeira vez que fiz uma mulher chorar. Não me orgulho. Lógico que não. Mas eu estava fora de mim! Eu não agüentava mais ela e aquele amiguinho gay dela. Era só Maxxie pra lá, Maxxie pra cá. E eu que era o “quase” namorado dela na época? Nada! Mas obviamente ninguém ficou sabendo dessa briga. A é orgulhosa demais para assumir que chorou. E eu mais ainda para assumir que eu fui o responsável por isso. Sinceramente não sei como ela pode me perdoar. Daquele dia eu não me lembro de muita coisa, minha memória é seletiva, e fez questão de apagar esse dia quase que por completo. Exceto por uma coisa. Bem no final da briga, depois de eu ter dito tudo o que devia e não devia, depois de ter feito a chorar, antes de ela ir embora e me deixar com cara de idiota na frente do colégio, ela disse: “Esquece o Maxxie! Eu te amo Thomas! Amo.” E eu o completo imbecil que sempre fui ao invés de dizer: “Eu também te amo, me perdoa?” eu disse: “Mesmo?” Mas não um “mesmo”, sei lá... Curioso. Um “mesmo” cheio de sarcasmo e ironia. E ela? Respondeu com uma facada: ‘”Sim Thomas, mesmo. E esse é o problema.” E lá se foi a minha chance de ter alguém legal junto comigo. Voltamos a ser amigos, algumas semanas depois. Mas nunca mais foi a mesma coisa.
Estava concentrado demais no rosto de que quase não pude ouvir a risada escandalosa do Danny. Quase.
- ...Aí, lá estou eu sentadinho, esperando os meus amigos, quando vejo o Tom vindo na minha direção com as calças molhadas! A única coisa que consegui dizer foi: Não pôde se segurar, colega? – A cena era ridícula. Danny ria como um porco. Cara, que diabos de amigo é esse que eu fui arrumar? E que história é essa que eu não me lembro?
- Oh, lembro disso! – começou, ela parecia calma. Mas eu sabia muito bem que quanto mais calma ela demonstrava estar, mais nervosa ela estava. – O Dougie conseguiu uma calça de educação física para ele usar.
- Yeah, mas vocês se lembram como eram as calças, certo? – Dougie disse, vi um brilho de satisfação em seu olhar.
- Abóboras, com linhas roxas e o emblema do colégio em vermelho. – Harry disse rindo. – Eram lindas!
- Oh, sim, claro. Super fashion. – o encarou com a sobrancelha arqueada. Harry não respondeu. Apenas deu um risinho de lado.
- Vocês precisam ficar lembrando os meus piores momentos? – Sabe não me importava com isso. Podiam falar o quanto quisessem. O problema é que a história não envolvia só a mim. A história que eles conhecem não é a real. E a já estava ficando vermelha. Pelo que eu percebi, ela nunca contou ao Danny o que aconteceu... Eu gostava muito da , mas ela sempre fugia de mim, cara! E a ... Bom, ela gostava do Danny. Mas que casal problemático! Cheio de idas e voltas. E entre uma ida e volta... Aconteceu. É, cara. Fiquei com a namorada do meu amigo. Não me mate. Eu mesmo faço isso. Lembro-me perfeitamente desse dia agora, eu tinha acabado de ver a com o Pierre – o suposto melhor amigo dela – e me mordi de ciúmes. Os meninos estão certos eu era um cuzão naquela época. Nunca fazia o que eu queria, e se fazia – com muito esforço – acabava não conseguindo. E a não foi diferente. Você se lembra da história da briga que acabei de contar? Tá vendo como eu sempre estrago tudo?
E a , tinha brigado com Danny por causa da Bella, uma aluna nova transferida de Bélgica. Acontece que a menina grudou no Danny, porque ela não conhecia ninguém aqui e ele - muito simpático - foi conversar com ela, porque segundo ele: ela parecia triste. E você sabe o que dizem sobre a Bélgica: todo mundo se suicida por lá. E ele não queria que ela se matasse. A queria morrer! A Bella não deixava o Danny sozinho um segundo. Aí eles brigaram. Então, lá estava eu me martirizando por não ter coragem o suficiente para chegar na , e a chega chorando. E eu... Sempre fui um bom amigo, oras. Fui perguntar o que havia acontecido. Conversamos por um tempo, não muito. Até que ela disse: “Eu queria poder esquecer ele”. E eu respondi: “E eu queria esquecer a ”. Não precisou mais nada. Eu a beijei. Mas quando percebi o que estava fazendo a larguei imediatamente. Seu olhar era tão confuso como o meu. Comecei a andar para trás, não dei nem dois passos e ela gritou pelo meu nome, e eu só fiz que não com a cabeça murmurando: “Não, . Eu não posso”. Preparei-me para virar e sair correndo o mais rápido possível. Mas mal tive tempo de virar, quanto mais correr.
Eu pisei em uma bola de basquete que estava largada no chão da quadra e cai em uma poça de água. Molhou minhas calças e um pouco da blusa. Aquele colégio realmente era uma porcaria. A quadra sempre foi cheia de goteiras. Mesmo assim me levantei e saí correndo. Foi aí que encontrei com o Danny. Disse como havia caído, contei a verdade. Escondendo, é lógico, a parte do beijo. Claro que eu não contaria, a menos que quisesse ficar com um olho roxo e aposto que foi melhor assim, afinal, se contasse talvez alguém mais poderia sair machucado, de qualquer jeito, uma semana depois a e o Danny voltaram novamente, o que nem de longe é novidade.
Caramba, onde é que a está? Hum... É ela ali? Ela está com um copo de bebida nas mãos? Desde quando ela bebe? Como esse povo muda, meu Deus.
Só então eu fui notar a roupa que ela usava: uma daquelas blusas compridas que mais parecia um vestido preto com uns pequenos detalhes em prata, uma legging preta. Ainda bem, porque se ela usasse só aquela blusa... Ficaria muito curto. E eu não gostaria. Digo, eu gostaria. Mas os outros homens também. E isso não é bom. Nem um pouco bom. E não, não sou gay. Apenas entendo de roupa feminina. E outra: tenho que admitir que tive pensamentos nada puros que não podem ser citados devido ao horário [n/a:adoro descreve as roupas *uhu*]. Então, obviamente não sou gay.
- Tom, morreu? – perguntou , cutucando-me fortemente no braço. Menina forte essa. Pobre Dougie...
- Er... Estou bem – olhei para e ela estava com um sorriso vitorioso/malicioso estampado no rosto. Safada.
- Tá sorrindo assim por quê, ein?
- Nada, , só um carinha lá no bar que me falou uma coisa... – ela se sentou ao meu lado me encarando – Disse que faria de tudo para me levar pra casa.
- O quê? – eu falei, ou gritei? Não sei. Mas não interessa. Como assim: “Levá-la para casa?” Isso não pode estar acontecendo.
- Nossa, amiga! – Isso, , ria – E você vai com ele é?
- Ela não vai com ele. Lógico que não. – Harry arqueou uma sobrancelha – Ou vai...?
Por que ela fez essa cara? Não. Não. Não. Ela vai com o cara! Jesus, o que aconteceu com ela? Ela só pode ter...
- Perdeu a noção do perigo? – eu perguntei. E dessa vez eu gritei. Tenho certeza.
- Não se preocupe, Thomas. Eu não vou. – ela abraçou a mim e a – Eu estou com os meus melhores amigos. E não iria trocá-los por uma simples noite de sexo com um estranho – Que alívio. Mas espera, noite de sexo? ! –... Não, definitivamente, não. – então, meu pior pesadelo: ela me olhou. Não me leve a mal, eu gosto quando ela faz isso. Mas acontece que isso geralmente me causa náuseas. – Você achou mesmo que eu iria?
- Bom, não sei. – a olhei nos olhos também – A de dez anos atrás não iria. Mas não conheço direito a de hoje...
- Hunf. Eu aposto como ainda te conheço muito bem. – Não me venha com esse rizinho vitorioso, ! – Está vendo. Você sempre odiou esse meu sorriso. Eu sei como te irritar. – E como me enlouquecer também. Fato.
- Eu realmente odeio quando vocês fazem isso. – gritou do outro lado da mesa.
- Ãn? – arquei a sobrancelha. Mas que diabos ela estava falando?
- Isso. – fez gestos exagerados com a mão na minha direção e de – Conversar só entre vocês dois. Olá! Tem mais gente na mesa. Gente querendo con-ver-sar!
- Desculpe – murmurei e também.
- Vamos lembrar outra história vergonhosa do Tom.
- Por quê? Por que sempre eu?
- Porque você sempre fica vermelho. – , você é má.
- E também porque se não for você, será eu. – Dougie disse – Então, vamos lá. Falem do Fletcher.
- Oh, se lembram do baile de verão? – Daniel, você perdeu o amor a vida ou é muito burro? – Tom, eu ainda não acredito que você conseguiu “derrapar” pelo salão inteiro e ainda por cima ir para de baixo da mesa. – Sim. Você é burro, Jones. Um burro prestes a morrer.
- A culpa foi toda do Harry.
- Minha culpa? Assuma os seus atos, Tom. – Sempre se achando o melhor, né?
- Culpa sua, sim! Ou você esqueceu que eu fui te salvar da Abigail?
- Uh... – ele fez uma careta – É verdade.
- Abigail? – perguntou – Aquela vaca? A filha da psicóloga do colégio?
- Meu Deus! É verdade, a doida era louca pelo Harry! – E lá estava o Dougie rindo como uma hiena. Engraçado que quando o assunto é ele, seu riso some e uma careta aparece.
- Pois é. E naquele dia a menina estava fazendo de tudo para dançar com ele. E eu estava sozinho – culpa da que estava se divertindo com o Maxxie – sentado longe de todo mundo quando vejo nosso caro Harry Judd implorando por ajuda. Então, fui lá. Perguntei a ela se ela aceitava dançar comigo. Mas ela não quis. Perguntei de novo. E sabe o que ganhei? Não, não foi um “sim, Tom, adoraria. Já que você insiste." Levei um empurrão que eu nem vi da onde veio. E o Harry, ao invés de me ajudar, saiu correndo. O resto vocês já sabem derrapei: pelo salão, rasguei a calça, e fui parar em baixo da mesa de bebidas.
- Você rasgou a calça?
- , tenta derrapar por um salão inteiro de joelhos.
- Ah. – ela apontou para – Não foi você que foi cuidar do joelho dele depois?
- Bom - parecia envergonhada – eu tentei, mas... Não consegui. Tinha sangue.
- Como você consegue ser médica e não gostar de sangue?
- Doug, eu acabei superando isso na faculdade.
- Como a é uma frouxa eu fui cuidar do joelho do Tom. E se vocês não se lembram ele cortou a sobrancelha também. – Você sempre foi a minha heroína, não é mesmo, ?
- Nossa, isso me lembrou quando o Danny e o Tom brigaram com o Tony e aquele amigo dele idiota...
- O Matt? – Danny perguntou.
- Cara, nem me lembre disso! – eu disse – Aquele dia foi horrível. O Danny quebrou o nariz e eu torci o pulso. Fiquei sem poder tocar por mó tempo.
- Ah, mas eles também levaram uma surra! – Daniel, não se vanglorie.
- É. O tal do Matt ficou com um bom olho roxo. Disso eu lembro.
- E a briga ainda ia longe, se não fosse o Chris entrar no meio e separar.
- Sempre gostei desse Chris, ele era amigo do Tony e Cia. Mas era um cara muito legal.
- Ele faleceu, né?
- Verdade? – Por que o interesse da ? – O que aconteceu, ?
- Ah, pelo que eu fiquei sabendo pelo Josh uns anos depois, ele sofreu um acidente de carro, ao algo assim. Foi uns dois anos depois do colegial.
- O Maxxie está no Brasil, sabiam? – , por que você tem que falar dele? – Ele se casou. Com um diretor de teatro brasileiro.
- Bom pra ele. – eu disse, já querendo mudar de assunto – Hum, se lembram de quando a professora Bridget nos mandou fazer um desenho que representasse alguém da sala? – me olhou feio, ela achou mesmo que eu iria deixá-la falar do Maxxie assim na minha frente? Ingênua.
- Hunf, o Harry desenhou um burrinho e disse que era eu. – O Harry soube captar a sua essência perfeitamente, não Danny?
- E a fez um anão de jardim para mim! – Dougie, admita, ou melhor, conforme-se: você é um anão.
- Não reclama que a me desenhou como mãe de todo mundo. – Você também sempre foi a mãe, . Sempre cuidou da gente. De mim com certeza.
- Eu virei um prato de comida. – Cara, sempre eu. Eu era gordinho na época, admito. Mas... Poxa, mancada. Pior foi quando no último ano eu emagreci, e disseram que eu estava magro demais.
- Há! Fui eu que fiz. – Nem poderia imaginar né, ? – Mas eu virei um monte de produtos femininos, tipo batom, blush, até um absorvente. – ela bufou – Foi a Michelle que desenhou o meu, se não me engano.
- E você, , me fez uma santa. – bateu na mesa – Eu não sou santa. Muito menos a toda certinha.
- Ah, não? – dissemos todos juntos. Ela nem respondeu, sabia que estávamos certos.
- Eu que fiz o seu, né ? – Harry perguntou – O que eu fiz mesmo? Foi um livro ao algo assim?
- Foi um livro, sim. Eu que fiz o seu também. – ela riu – Desenhei um espelho, se lembra?
- Oh, sim. Porque eu sempre tava me olhando em um espelho...
- É, sempre foi metido. – não pude perder a deixa – Ele e os lindos olhos azuis dele, né Danny? – Todos riram com exceção de Danny. É lógico.
- Ontem eu achei uma foto no meio das minhas coisas que eu guardo da época do colegial – começou – Era da gente na viajem à Atenas no outono, antes do começo das aulas. – Nossa, essa viajem para Atenas foi a melhor viagem da minha vida.
Naquelas duas semanas que passamos na casa dos avôs da , eu pude ficar com a . Foi ótimo. E por incrível que pareça a e o Danny passaram esse tempo todo sem brigar. E até o Dougie e a ficaram juntos. Mas apenas uma vez, e a estava bêbada.
- Aquelas semanas em Atenas, foram maravilhosas. – falou – Se lembram de passar a noite na praia só conversando?
- E a Mira? – Dougie começou a rir – Meu Deus, aquela menina era completamente louca!
- Ela está morando na Alemanha agora – disse – Fui para a velha casa dos meus avós ano passado, e ela já havia se mudado fazia uns dois anos. – A casa estava do jeito que nós deixamos, por incrível que pareça ninguém da minha família quis usar a casa após a morte da minha avó. Então, largaram lá. Eu às vezes penso em ir morar lá, mas estou bem estabelecida na Austrália. E também não gostaria de ficar sozinha.
- Você poderia voltar para Londres, isso sim.
- Concordo com o Dougie. – Harry, você não a odiava?
- Hum, talvez eu volte. – Há! E esse sorrisinho para o Harry, ein?
- Nós poderíamos passar um tempo por lá, o que vocês acham? Em homenagem aos velhos tempos.
- Eu adoraria, . Mas eu mal tenho tempo de respirar. Agora que finalmente consegui firmar o meu próprio consultório não posso tirar férias. – Se a não vai. Eu não vou.
- Tá, então você não vai. O Tom não vai. – Você é esperta ! Mas não precisava falar assim...
- Hey, eu pos...
- Nem vem. Eu sei que você não iria. – Certíssima.
- O Danny e a não brigaram nenhuma vez enquanto estávamos lá, se lembram? – Obrigada, . Olha, você deixou o Danny com vergonha.
- Você e o Fletcher também ficaram muito bem. – Danny, você precisa parar de ser vingativo, cara. Mas você está certo, Danny-Boy. Eu fiquei muito, completamente, bem com a . Não brigamos por um momento, nem mesmo nos lembramos das brigas antigas, ou de Maxxie, ou Pierre, nenhum.
Foi maravilhoso. Lembro-me de passar a noite toda sentado, com ela na varanda olhando as festas mais loucas que a Mira dava toda noite. E brincando de pergunta e resposta. Ela me perguntava as coisas mais idiotas, como: “qual a cor da meia que você está usando?”. Pena que depois daquela viagem cada um foi para um lado. Digo, não imediatamente... Ainda tivemos um ano inteiro no colégio juntos. Mas essa foi a última vez que viajamos juntos e a última vez que ficamos todos juntos como amigos. Sem brigas.
- Vocês prometeram que jamais íamos nos separar. – Danny falou.
- Danny... – engasgou, se não a conhecesse acharia que iria chorar.
- Cada um tomou um caminho... É normal. – , isso não é normal.
- Eu senti falta de vocês... – Eu disse – Até mesmo dos meninos, durante aquele um ano que cada um estava tentando fazer faculdade.
- Aquele ano foi horrível! – Dougie reclamou – Não queria fazer faculdade, mas a dona Sam, né... Graças a Deus vocês caíram em si e o Harry voltou para podermos retomar a banda.
- Mas mesmo depois da banda e de estar junto com os meninos... – Harry encarava o chão – Ainda era diferente. Sem vocês.
- Desculpe-me, por ter sumido gente. – estava quase chorando. Eu sabia que ela seria a primeira.
- Eu também. Mas não se esqueçam que foi culpa da minha mãe eu ir morar em Bristol. – Que feio, , colocando a culpa na mãe!
- Bom, eu acho que fui a que foi para mais longe. – riu – Desculpe.
- Vocês são todos uns idiotas! – Danny gritou – E eu amo vocês, caramba.
- Te amo, Daniel – falou fingindo voz de choro. – Amo vocês.
E em menos de segundos estávamos todos nos abraçando. Como há alguns anos.
Mas o melhor abraço foi o da . Por quê? Primeiro era ela. Segundo: o que ela me disse. Ela me perguntou se eu me lembrava da noite em que passamos no porto perto da casa em Atenas. Óbvio que me lembrava. Naquela noite disse que gostava dela e que jamais a esqueceria. E logicamente, pedi perdão por tudo que havia dito ou feito. E ela, apenas me beijou. Mas não, pervertidos de plantão. Nada aconteceu. Apenas passamos a noite lá conversando. Foi a nossa última noite em Atenas. Minha última noite com a . Só não digo que essa foi a melhor noite da minha vida, por que no aniversário dela de dezessete anos eu a seqüestrei. Essa noite sim foi a melhor.
Hey! Não pense que eu de fato a seqüestrei! Eu fui até a casa dela durante a tarde, as meninas estavam todas lá se arrumando para sair à noite. Eu entrei sorrateiramente e pude ouvir a e a conversando na cozinha, subi as escadas que levavam ao segundo andar da casa, onde era o quarto da , tentei ouvir alguma conversa dentro do quarto para saber quem estava lá dentro, mas estava silencioso. Então, pode ver a sombra de alguém dentro do banheiro.. Abri a porta do quarto e pude ver a amarrando a alça de uma blusa vermelha. Abracei-a e coloquei uma das minhas mãos em sua boca. E sai da casa sorrateiramente, como entrei. Levei-a para o meu carro, e então a olhei sorrindo.
- Para onde você está me levando?
- Vou realizar um sonho seu. – falei misterioso.
- Nunca sonhei em ser raptada. – Como ela era engraçadinha, não?
- , fica quietinha.
Ela fez a careta mais adorável que eu já havia visto.
- Hey, coloca uma música legal pelo menos!
- Não, . Fica quieta, já estamos chegando.
- Por que não? – ela me encarou e depois riu – Ah! Você tem que fingir que é um seqüestrador muito mal, certo?
Ela realmente me ganhava com aquele jeitinho dela. Estava sempre feliz e fazendo piada de tudo, mesmo nas piores situações. Não duvido nada que se fosse de fato um seqüestro ela estaria zoando do seqüestrador.
Mais ou menos três horas depois chegamos ao limite de Londres com Rochester. Parei o carro e a olhei.
- Thomas, onde nós estamos? – ela me encarou.
Eu não respondi, soltei o cinto abri a porta do carro do jeito mais misterioso possível e dei a volta no carro enquanto ela me encarava com curiosidade. Abri a porta para que ela saísse e a puxei pela mão, levando-a a linha que separava Londres de Rochester.
- , se lembra de todos os filmes de ficção que já vimos juntos? – falei pegando na mão dela.
- Sim, Tom, mas o que isso...
- De todos eles qual o que você mais gostou? – eu a cortei.
- Bom, não me lembro do nome, mas era um em que o personagem principal conseguia... – fiz sinal para que ela ficasse quieta, impedindo-a de terminar a frase.
- , coloque um pé aqui – indiquei um lugar do lado esquerdo da linha – e o outro aqui – indiquei o lado direito.
me encarou mais confusa ainda.
- Tom, eu ainda não entendi... O que isso tem haver com aquele filme? – de repente ela parou e olhou para o chão, seu rosto se iluminou – Thomas, eu estou em dois lugares ao mesmo tempo.
Eu não disse nada, apenas a olhei e concordei.
começou a rir, e foi tão bom saber que eu tinha feito isso.
- Eu disse que iria realizar o seu sonho! – e então ela me abraçou, o abraço mais apertado e carinhoso que já recebi na vida.
E a cada dia da minha vida depois disso eu senti falta desse abraço. Eu senti falta de tudo. Porque, como o Harry disse, mesmo eu estando com os meninos era diferente sem elas. Principalmente sem a . Ela era minha melhor amiga, foi o meu primeiro amor, e a minha primeira decepção amorosa também... Engraçado, como isso me rendeu várias músicas depois. Para falar a verdade, creio que quase todas as músicas do McFly tem como inspiração essas quatro meninas, elas mudaram as nossas vidas de um jeito ou de outro e eu as amo. Cara, como eu pareci gay agora!
Capitulo 3 – Daniel Jones. “Lembro-me da primeira vez que a vi. Mesmo com aquele uniforme horrível, ela ficava linda.”
Dude, olha a cara de gayzinho do Fletcher! Que tipo de amigos eu fui arranjar ao decorrer dessa minha vida, céus!
Mas eu realmente amo esses caras. Principalmente a ... Mas já perdi a minha chance. Eu sabia que um dia ela iria se cansar de todas aquelas idas e voltas. E o pai dela também não ia muito com a minha cara. Acho que agora você já sabe da onde surgiu a música Down by the lake. Mas acho que de todos aqui, nós tivemos o melhor destino. Digo, a e o Tom não deram certo. O Dougie sempre amou a , mas nunca aconteceu nada demais. O Harry e a nem se fala.
E cara, como a continua linda. Meu Deus. Lembro-me da primeira vez que a vi. Mesmo com o uniforme horrível do nosso antigo colégio, ela ficava linda com aquela saia azul marinho até os joelhos e aquela camisa branca de manga ¾. E lógico, com aquele chapeuzinho brega.
Eu estava andando com James pelos jardins do colégio quando a vi. James quase foi obrigado a me dar um soco bem no meio da cara para que eu saísse do transe. No mesmo instante quis descobrir quem era ela, qual o seu nome, e, obviamente, se aceitaria sair comigo. Logo fiquei sabendo quem ela era.
, aluna nova - transferia do colégio St. Luis -, era prima da Kattie, uma aluna extremamente irritante e com um namorado extremamente ridículo, mas conhecido como Matt Jenkins. Sim, aquele que eu e o Tom brigamos no primeiro ano. Acontece que o amiguinho dele, Tony Masen, também estava interessado na . Então, fizemos o que qualquer outro homem faria pela sua dama: brigamos. Admito que não foi nem um pouco civilizado, mas ele já vinha me enchendo o saco há um bom tempo e o Tom, milagrosamente, estava com vontade de socar alguém, sei que ele preferia o Maxxie Miles, mas se contentou com o Matt... Ah, sim! Porque o Tony era meu. E eu fiquei com a garota. Por três anos. Quer dizer, somando o tempo que ficamos de fato juntos dá dois anos. O resto do tempo estávamos brigados por besteiras, obviamente. E mais obviamente ainda, por minha culpa.
- Er, Danny você me assusta quando faz cara de quem está pensando.
- Boa piada, Harry! – falei sem graça. Por que eu sempre sou o burro?
- Chega de assuntos tristes. Vamos relembrar bons tempos do colegial!
- E já chega de falar de mim. – Tom sorriu malicioso – Vamos falar do Danny.
- É! – Concordei. Hey, calma aí! – Não!
- Já era Daniel, é a sua vez. – Poynter, seu anão malvado.
- Sabe que eu não me lembro de nenhuma história estranha do Danny? – Sério, Harry? – Há! Peguei você, Danny. Eu sei de várias. - Por que vocês são assim comigo? Sério, caras! Por quê? – Por onde posso começar...
- Harry deixe de ser cruel. – Isso, , bate nele!
- Céus, só estou tentando me divertir.
- Lembra de quando você dormiu na arquibancada e quando você acordou tinha um chiclete colado na sua testa, mas ninguém te avisou?
- Ah, nem me lembre, Dougie! Eu só percebi quando cheguei à aula de química e o professor Verner me disse.
- Na frente de toda classe! – Ria mesmo, .
- Pior que isso foi quando ele estava com “problemas intestinais” e ia ao banheiro de dez em dez minutos. Nunca vou esquecer a cara da professora Engel quando ele saiu pela quinta vez na aula dela.
- “Alguém precisa avisá-lo que comida mexicana é forte!” – a imitou – Vocês se lembram disso?
- Claro! – começou a rir – Ainda me pergunto: por que comida mexicana?
- Talvez ela não tivesse tido boas experiências com burritos! – Que senso lógico, Dougie. Comovente.
- Não se esqueçam de quando ele foi apostar corrida com o Chris e acabou rasgando as calças!
- Ou de quando ele levou um tapa da Hayley por ser...
- Um gorila sardento! – Por que você se lembra dessas coisas, ?
- Nossa, dessa eu havia esquecido...
- Há! Mas piorou, gente. O irmão dela depois foi “conversar” com o Danny. – Harry... – No vestiário! – ria em quanto pode seu imbecil! – E detalhe: não tinha mais ninguém no recinto.
- Comprometedor. – Até tu, ? – O irmão dela era gay, hã?
- Ah, mas pra mim não existe memória melhor do que a dele limpando a dentadura da Hilda, aquela senhora da limpeza.
Por que eles falam de mim como se eu não estivesse presente? Isso me irrita, sabe? O pior é que é assim desde... Sempre. Mas fazer o quê? Foi com eles que passei os melhores anos de minha vida. Amo todos eles, e sinceramente? Adoro quando eles duvidam da minha inteligência. Porque algumas vezes eu realmente surpreendo, como naquela vez que o professor me mandou indicar um grande escritor inglês do período Elisabetano e eu respondi na hora: Shakespeare. Foi tão legal! Todos me olharam surpresos, até mesmo a ! E ela sempre foi metida a inteligente. Tá, eu sei que não foi uma pergunta difícil... Mas mesmo assim, eu acertei! E ganhei um sorrisinho da minha .
- Estou com fome! – Dougie, você cria um alien na sua barriga?
- Eu também... – Olha aí a mãe do Alien.
- , você acabou de comer uma porção de batatas.
- Ah, mas era muito pouco... E todo mundo comeu junto.
- Você comeu sozinha!
- Harry, deixa a menina comer. – Um gordinho sempre defende o outro, né Thomas?
- É, se ela quer comer. Ela vai comer. – Outro gordo... – Garçom!
- Gente, vocês se lembram do jantar de casamento da minha prima, que eu consegui que todos vocês fossem?
- Como esquecer, . Foi o primeiro show do McFly! – Olha até me emocionei...
- Peraí, você se lembrou da mesma coisa que eu?
- Com certeza, . – Ainda não entendi, estão rindo do quê?
- Garçom! – o que houve com as mulheres dessa mesa, ein?
- Hey, já chamei o garçom meninas. – Dougie, elas enlouqueceram não percebeu?
- Tirem a salada de perto da . – , não tem salada na mesa. Doida.
- Ah! – Agora o Harry também está doido! – Lembrei...
- Então, nos dê uma luz companheiro!
- Danny, te dar uma luz é impossível... – Sem graça – Vocês não se lembram da idiota da paquerando o garçom da festa com uma folha de alface grudada no dente?
- Nossa! – Até o Dougie! Todo mundo lembra menos eu? – Como eu pude esquecer...?
- Não me lembro disso.
- Nem eu, Danny. – Olha o ciumento do Tom.
- Como não?
- Não lembrando, oras...
- Nos conte então, . – Odeio quando ficam enrolando. Quero rir também, poxa...
- Não sei como você não lembra, Danny. Foi tudo por sua causa. – Oi...? Minha causa? – Não me olhe assim, foi por sua causa. Ou você se esqueceu que naquele mesmo dia você foi agradecer a prima da por convidar vocês ao casamento e por deixar vocês tocarem na festa, e que você estava com um belo pedaço de rúcula bem no seu pequeno dente da frente?
- Já sei porque eu não lembrava. – falei emburrado.
- É... Memória reprimida.
- Aí eu, legal como sou, coloquei uma folha de alface no dente e sai cumprimentando todo mundo para que a sua imagem não ficasse tão suja, né... Assim toda a minha família levaria na brincadeira e tal... Mas...
- A anta esqueceu que estava com um baita alfação no dente e saiu pra paquerar o garçom gatinho da festa.
- Agora nós sabemos porque o Tom não lembrava...
- Cala boca, ! – Não emburra, Thomas. Leva na brincadeira...
- E quem acabou ganhando o garçom foi quem? – Também não me lembro disso... Quem foi? – A !
- O quê? – Como assim, ? – Eu realmente não me lembro disso.
- Ah, Danny... Não estávamos juntos, lembra-se? – Não, não me lembro disso não! – Porque se estávamos temos uma briga a resolver, pois naquele dia você ficou com uma amiga do noivo. Isso você lembra, né?
- Na realidade não... – O quê? Não lembro mesmo!
- Eu lembro! – Harry, cala a boca! – A menina era muito gostos... Ops! Bonita.
- Judd... – Ih, vou até ficar quieto. Quando a faz essa cara... – Só me recorde de uma coisa: nós estávamos juntos nessa época?
- Er, acho que sim... – Se ferrou, Juddão!
- Hey, hey, hey! Não comecem a brigar. - Dougie, virou macho? – Olha o Tom todo tristinho. A e o Danny já quase começaram a brigar, e agora vocês?
- Dougie?
- O quê? Você vai brigar comigo também, ?
- Não. É que você está gritando e o pub inteiro está olhando, achei desagradável só isso... Mas se você gosta de ser o centro das atenções...
- Desculpe. Exaltei.
- Percebi...
- Mas você está certo, Poynter. Estamos aqui para relembrar os bons tempos.
- Isso mesmo! Vamos relembrar mais histórias engraçadas minhas!
- Daniel?
- Ah, as histórias mais engraçadas são as minhas, fala aí! – eu realmente sei me zoar, cara...
- Bom, as mais sem noção são as suas mesmo...
- Não. São as do Dougie.
- Digamos que as situações mais inusitadas são sempre com o Danny.
- Danny, você lembra quando você foi comigo comprar um vestido, porque nenhuma das meninas podia ir?
- ... Esse é o tipo de coisa que você não fica lembrando.
- Ah! Mas foi engraçado.
- Jones, você colocou alguns vestidos, foi?
- É, Harry! E naquela época eu era apaixonado por você. – inglês idiota.
- Não! Bom, eu estava experimentado alguns vestidos, só que eu fiquei “presa” dentro de um deles... Eu não conseguia achar o zíper...
- Ai, eu fui ajudar a abrir o zíper. Mas para isso eu tive que entrar no provador e as vendedoras já me olharam meio estranho... Eu tentava puxar o zíper e nada... Aí essa anta começa a gritar: “Ai calma, Danny, assim eu não agüento! Não faz muita força, tá me machucando.” e eu só tentando puxar a porcaria do zíper, teve uma hora que eu gritei: “Não consigo! É muito pequeno, não posso fazer mágica”.
- E eu respondi: “É só levantar ele, Daniel! Levanta ele que tá tudo certo. Aí é só puxar.” E nós ficamos nessa conversa uma boa meia hora...
- Só sei que a hora que eu saí quase me botaram pra fora a vassouradas. E ainda veio um senhor me dizer que tamanho não é tudo.
- Tá, e você comprou o vestido?
- , para de ser consumista um pouquinho.
- Eu também tive a chance de viver uma situação inusitada com o Jones. Né, Jonão!
- Ah, ... Você era a minha companheira de aventuras.
- Lembra daquela vez que nós estávamos passeando por uma feirinha, para você comprar um presente pra e nós resolvemos tomar um sorvete sentadinhos em um banco de frente para o Tamisa?
- E não mais que de repente aparece um casal brigando e várias pessoas em volta só olhando, e nós almas boas, alarmados com a tal briga...
- Aí, entra em ação o Super Jones!
- Qual é? O Cara falou que ia jogar a menina no Tamisa! Eu não poderia permitir uma coisa dessas.
- Meus caros amigos, o Danny entrou no meio da briga, puxou o cara pelo braço e lhe disse em alto em bom som: “Nem pense em jogar essa senhorita no Tamisa, se você preza os seus dentes” E vocês sabem o que o homem fez?
- Deixa de suspense, . – , sempre curiosa... Calma, assim fica mais engraçadinho.
- O homem riu. Riu na cara de Danny Jones! E não só ele como todos em volta.
- Por quê?
- Você estava lambuzado de sorvete, né Daniel? – , eu sei comer.
- Não, sua chata! Acontece que aquilo era um pedaço da peça: A megera domada. E tanto o rapaz como a moça eram atores, fazendo propaganda da peça que estrearia em uma semana. Aparentemente todos por perto sabiam disso... Menos, eu e a .
- Hey! Eu sabia.
- E por que não me impediu?
- Por que não seria engraçado...? – Cruel.
- São vocês que fazem a minha fama de burro.
- Er, você faz isso sozinho. – Não. Não faço.
- Danny responda rápido: Quais são as ilhas britânicas?
- Inglaterra, Irlanda e Escócia.
- Onde fica a Jamaica?
- África.
- Onde, Daniel? – , não se faça de esperta.
- Ok, África. Certo.
- Quem foi Henrique VIII?
- Personagem do The Tudors? (n.a: the tudors é uma série que conta a historia do Henrique VIII, mais ou menos isso) – essa eu não tenho certeza.
- Que burro! O Henrique foi o grande homem que teve várias mulheres. Dizem que o Snoppy Dog se inspira nele.
- É Dougie, e daqui a pouco o Snoppy estará fundando uma nova religião, né?
- Aí eu já não sei... Minhas fontes não me deram detalhes.
- Oh, céus... Posso bater nele? – E desde quando precisa pedir, Harry?
- Sempre bruto, não, Harry Judd?
- Que é, ? – Ai Deus, ele arqueou a sobrancelha! Fujam.
- Nada, Judd.
- E pare de me chamar de Judd. – É, ele tá bravo... – Já não somos mais amigos para você me chamar assim. – Harry, isso era pra ser um sussurro? Porque eu, do outro lado da mesa, ouvi e tenho certeza que ela, que está do seu lado, também ouviu.
- Vocês se lembram do último dia de aula?
- Oh, foi a última vez que fui ao Hyde Park!
- Mentira, !
- Verdade, Harry... Minha vida complicou tanto depois do colegial...
- Acho que a vida de todos nós complicou, né? – Eu só sei que um dia eu estava vendo a cara gorda do Professor Verner e no dia seguinte umas groupies “legais”.
- É tudo aconteceu rápido demais!
- O McFly começou a crescer, vocês se formaram na faculdade... Aí o McFly acabou e todo mundo se separou.
- Nem me lembre do fim do McFly, Dougie. – Lá vem o Tom emocionadinho. – Foi um dos piores períodos da minha vida.
- Para mim o pior foi ir para a Austrália sem conhecer ninguém... – Foi porque quis. Pronto falei.
- Pra mim foi quando a Buffy morreu...
- Ah! E pra mim foi achar a Buffy no congelador.
- Eu não queria me livrar dela, Danny! Não seja insensível e exagerado.
- Exagerado? Dougie Poynter, você guarda um lagarto morto no congelador e eu sou o exagerado? Se liga! – e ele ganhou mais um pedala de Daniel Jones.
- O pior momento pra mim foi uma semana depois que eu me formei na faculdade, olhar-me no espelho e não ter certeza se eu era de fato uma médica.
- Mas esse foi sempre o seu sonho, .
- Eu sei, mas vocês não estavam lá... Eu já tinha perdido o contato até mesmo com as meninas e vocês eu via só no Paul O’Grady!
- Eu senti algo parecido... Tipo, nós sempre falávamos dos nossos sonhos, vocês com a banda, a e a medicina, a e a moda, a e o jornalismo... Quando o sonho de todo mundo se tornou realidade não estávamos juntos... Então pareceu que nada tinha acontecido. Não teve o mesmo significado. – Nossa, ... Até me emocionei.
- Mas mesmo assim vocês sempre estavam presentes...
- Ah é, Dougie? Como?
- Vocês nunca ouviram as músicas do McFly? – Dougie, não entrega o ouro. Elas vão se achar, dude.
- Eu gosto muito de She Left Me até hoje, sabiam?
- Sério mesmo, ? – Você conta ou eu conto, Thomas? – Eu... Fiz ela durante o colegial...
- Eu gosto muito de I wanna hold you! – Ae, ! Fiz o refrão só pra você.
- Eu acho a letra de I’ve got you uma das mais bonitas do McFly. A primeira vez que ouvi eu chorei... Mas abafa o caso. – É você que fazia o Dougie sorrir...
- Eu meio que sempre me identifiquei com Fallin’ in Love.
- Eu achava essa música meio triste, sabe? – Por quê? Eu que fiz, oras... – Sei lá, não sei se entendi errado, mas um casal que não pode ficar junto e que por causa de alguma coisa acaba tudo, sem eles nem ao menos poderem se apaixonar... Triste!
- Isso acontece mais do que você imagina, . – Ih Harry, senti ressentimento nessa frase, ein?
- Er, Danny lembra quando a professora Angie caiu no meio do pátio? – Acho que não sou só eu que senti a mágoa... Olha o Tom mudando de assunto.
- Oh... Com aquela mini saia rosa choque? – Tom, nem me lembre! A está aqui, dude!
- Eu também lembro. – Dê criança é só o tamanho né, Doug?
- Aquela mulher era louca. – , ela era professora de psicologia...
- Ela vivia paquerando o Chris, aí depois ela começou a dar em cima do Danny. – Por que você lembra essas coisas, Thomas?
- E o Daniel adorava, não é? – não faz assim.
- Ah, ela era simpática...
- Hey, não precisa ficar vermelha.
- Puro ciúmes, ein? – ria dela mais uma vez, , se você é mulher o suficiente.
- Aposto como ela está vermelha de raiva. – Não! Deus queria que seja ciúmes. Antes ciúmes do que raiva. não faz macumba, poxa!
- Depois ela cantou o Harry, né?
- Nem me lembre, Tom. Foi difícil fazer o cachorro largar o osso depois... A mulher não me deixava em paz.
- Ninguém mandou ser gostosão, Judd!
- Cala a boca, Dougie!
- O Harry pegava qualquer uma. – ? Que rancor, credo.
- Tanto que peguei você, não é mesmo? – Harry!
- O que está dizendo? Você era completamente apaixonado por mim, Harry.
- Eu era apenas um garoto, ainda não sabia nada da vida.
- E continua sem saber... – , acho melhor parar por aqui!
- E você sabe muito! De lantejoulas, tecidos e desfiles.
- E você de groupies e orgias.
- Na realidade não, . Meu mundo nunca se limitou apenas a isso. Groupies e orgias vêm e vão. Conquistei muitas coisas com o meu suor e pouco conhecimento da vida. Fiz feridas curarem com o tempo e aprendi que fugir nunca é a solução. – Harry Judd do céu, cala essa boca agora mesmo! Oh Dear Lord! Cadê a lama? É só o que falta para virar um programa de luta que se vê na televisão.
Capítulo 4 – Harry Judd “Essa mulher é a mulher mais incrível do mundo. Roubou o meu coração e não pretende devolver.”
Alguém, por favor, explique-me o que diabos eu estou fazendo aqui? Eu deveria ter me levantado e voltado para casa no estante em que eu a vi. Mas fazer o quê? Harry Judd gosta de sofrer... Mas quer saber? Chega também! Eu mudei a minha vida por ela, mudei de país e mesmo assim eu continuei sonhando com a toda noite. E ela? Nem sei se sentiu a minha falta. Creio que não...
- Er, eu vou pegar uma dose de vodka com suco de laranja, alguém quer? – Vai lá e não volte mais.
- Não, obrigada, .
- Ei, espera que eu vou com você, amiga – por que mulheres sempre saem em grupos?
- Dude, que diabos aconteceu com vocês dois? – Thomas, não me amola.
- Nada, Fletcher.
- Nada o caramba! Harry, vocês estavam quase se engolindo!
- É, só faltava a lama, e a luta tava armada. – Danny, tá vendo muita televisão.
- Eu nunca vi o Harry assim... – Assim como, anão? Discutindo?
- Ah, nem vem, Dougie! Você não lembra quando o Harry discutiu com o treinador Laurent? – Uh, isso nem eu lembrava...
- E foi por um motivo tão Harry Judd.
- Ah, eu lembro! Eu entrei na briga também... Só que contra o Harry.
- Jones, seu traíra de uma figa.
- Nem foi grande coisa, Judd... Você queria porque queria jogar criquet, mas todo mundo queria futebol. E você sabe, meu belo amigo, eu sou...
- ... Um asno no futebol.
- Por que você vive me cortando, Tom? – Porque é engraçado. – E para o seu governo eu não sou um “asno” no futebol. Eu jogo muito bem.
- Ah, joga sim! – O Danny como jogador de futebol dá um belo jardineiro.
- É, Daniel! E o Dougie é alto! – Isso , já chega com estilo. Mas não precisava trazer a infeliz da com você. – Meninos, lembrei-me de quando o Harry passou pasta de dente no rosto da diretora Cabot!
- Oh, aquele dia foi clássico.
- Clássico, Fletcher? Isso porque não foi você que teve que trabalhar no asilo depois por um mês.
- Eu ainda não sei por que você fez aquilo. – O quê? Ajudar no asilo? Puro, castigo... – Digo, pra que passar pasta de dente no rosto da pobre mulher?
- Ah, calada, ! A Cabot era um saco. Uma mal comida. Pronto, falei.
- E ela estava pedindo por isso. Ela me dorme sentada em uma cadeira do auditório, um pouco antes de chamar o ensino médio para uma palestra... Queria ser zoada! Eu só a ajudei.
- Harry Judd, você não tem jeito mesmo... – Aff, parece a minha mãe.
- O pior de tudo é que ele disse isso pra ela! – Falei, mesmo. Não se pode dar mole no colegial. É a lei da selva, baby.
- A Cabot sempre “amou” o Harry. – Uh, com certeza!
- Eu era como um filho para ela...
- É, e o “amor” dela só aumentou quando a Jenna e a Brooke quase se mataram por causa do Harry.
- Há! Aquele dia foi o dia mais engraçado da minha vida.
- Aff, Dougie... Foi desconcertante, isso sim.
- Ah, que homem nunca sonhou com duas gatas brigando por ele? – Bem observado, Tom...
- Isso tudo bem... Mas foi estranho do mesmo jeito. Eu nem conhecia aquelas meninas e do nada a tal da Brooke me abraça no meio do pátio e fala que me ama! Céus, quase caí pra trás. E antes que eu pudesse falar ou fazer qualquer coisa, a Jenna chegou chamando a Brooke de traíra e que nunca mais olharia na cara dela... Só sei que não final a Brooke disse pra Jenna que nós íamos nos casar e morar em Amsterdã, e a Jenna começou a chorar e depois aquela baixinha deu o bote. Quando a Brooke virou as costas para falar comigo, a Jenna subiu com tudo em cima dela! As duas caíram no chão e começaram a se bater.
- Eu nunca tinha visto uma briga de mulher assim, sem puxões de cabelo e tapinhas idiotas! – Aquilo beirava o canibalismo, dude!
- Foi ridículo aquilo. A Cabot saiu até machucada aquele dia. Porque ela teve que se meter na briga pra separar já que ninguém mais conseguia...
- E o Judd lá, só olhando... – Você faria o mesmo no meu lugar, anão.
- Eu estava em choque. Não sabia o que fazer.
- E fica quieto, Poynter, que você também não fez nada, só ficou deitado no chão rindo e se contorcendo como uma minhoca.
- Lógico, o problema não era meu. – Oh, amizade...
- Nossa senhora que irmandade!
- O Dougie é café com leite, meninas... – É, ele não conta.
- Ah, galera, não é assim também. Eu amo vocês... – não adianta fazer essa carinha de anjo, isso só funcionava com as nossas fãs. Por falar em fãs...
- E aquela vez que uma menina conseguiu entrar no nosso quarto num hotel em Manchester e queria porque queria vestir um “conjuntinho tentador vermelho”, como ela mesma dizia, só para eu ver.
- Eu lembro! – pode rir, Tom, eu deixo... – A menina era louca!
- E bem feia. – Não podemos escolher as nossas fãs, cara.
- E você ficou com ela? – Ah! Pelo amor à Rainha, né !
- Não... – Ah, Daniel... Você vai seguir em frente com isso? – Eu fiquei com ela.
- Não creio! – Calma, . – Como assim, você acabou de dizer que a menina era feia.
- Minha amiga , a bebida entra e as mais loucas vontades se manifestam. – Thomas Shakespeare, hã?
- Daniel... – Lamentável, né ? – Tsc, tsc, tsc...
- Mas o pior mesmo foi que ela me chamou de Harry.
- Essa eu não sabia! – Eu sou o rei da mulherada.
- Todas as fãs sempre queriam o Harry! – Ah, Dougie você não ficava atrás. – Era frustrante!
- Nossa, dude! Eu nunca podia ir conversar com uma menina junto com o Harry. – E desde quando você conversava com mulheres, ein Fletcher? – Eu lembro uma vez que nós vimos duas amigas em uma festa da gravadora e tal, aí nós fomos falar com elas, detalhe que quem as viu primeiro fui eu! Bom, fomos falar com as meninas – eram duas – certo? Uma para cada um. – Jura? Que gênio você. – Acontece que o Judd ficou com as duas! E eu? Fiquei sozinho a noite toda, comendo! Depois me chamavam de gordo.
- O Harry sempre ferrava com tudo. Pronto, falei. – São os meus lindos olhos azuis.
- A gente nunca tinha chance. – Ah, Poynter quieto vai... – Eu nunca vou esquecer a vez que esse traíra me roubou uma boa noite de sexo. – Eita! Dougie? – Eu estava tão bem com uma menina numa das festas do James, quando ele chega falando que tava passando mal, que poderia vomitar a qualquer minuto... Eu olhei pro lado e vi o Tom , sozinho e o mandei ir pedir ajuda para o Fletcher, nada mais justo! – Eu poderia estar morrendo seu imbecil! – Mas ele foi? Não! Ficou lá choramingando de dor, até que a menina que eu estava se sentiu mal e foi cuidar dele. – Ah, tô lembrando desse dia... – Mas graças a um incrível milagre, o Harry se curou em cinco minutos e acabou ficando com a menina. E eu? Passei a noite inteira com o Tom, comendo.
- Gente, eu...
- Nem vem, Harry! Era assim mesmo. - Danny, não ouse me cortar! Eu quero falar! – Hunf, uma vez, meus caros amigos, eu ganhei na loteria. Consegui duas meninas lindas! Tipo, muito hot as duas... – O que eu tenho haver com isso, Jones? Vocês estão me irritando. – Estávamos nós três, na minha casa, “curtindo” a vida! Quando o idiota do Harry me manda uma mensagem, eu nem liguei né? Não sou besta. Só vi de quem era a mensagem e deixei quieto. Acontece que uma das meninas viu também de quem era... Aí começou o meu pesadelo. – Drama Queen! Ai, Jones... - As meninas ficaram eufóricas! Só falavam do Harry e de como ele era gostoso, e gato, e sensual, e mais um monte de coisa. Perdi um dia inteiro ouvindo duas gatas super hotties falando do Harry!
- Era sempre assim...
- E quando ele roubou a ficante do Jimmy? – Dougie, é melhor você ficar quieto! Olha só a cara das garotas... – Uma baita morena linda, da cor do peca...
- Vocês realmente têm que falar dessas coisas? – Isso, , corta ele. Não o deixe concluir essa blasfêmia.
- Por que vocês falam como se nós não estivéssemos aqui?
- Eu não disse nada, só estou sendo acusado.
- Ah, sempre um anjo, hã? – Não falei nada para você, sua enxerida. Sua opinião não me importa.
- Mas credo, Harry! Por que você era assim, ein?
- Era? – Calado, Fletcher.
- Sei lá, ... – Eu tentava esquecer uma certa pessoa, sabe? Não. Não sabe! E nem vai saber. – Elas me procuravam e eu só as achava...
- Harry, você é impossível!
- Você não mudou nada, Judd! - Nem você, . Continua baixinha.
- Eu nunca entendi isso. - Isso o quê? – Digo, o Harry sempre pareceu uma lingüiça.
- Como? Eu não pareço uma lingüiça. Calado, Dougie Poynter!
- Meu Deus, é verdade!
- Até você, ?
- Oras, Harry... Você sempre foi muito alto e muito magro, sabe...
- Fico feliz de saber que não era só eu que pensava isso.
- Eu também sempre achei isso. Nunca disse à ninguém... Sabe como é, para não ficar chato... – Se eu sou uma lingüiça, você era um cookie, Thomas.
- Eu também nunca comentei com ninguém... – Ah, Danny você também...
- Bom, saber que vocês me achavam uma lingüiça, viu amigos!
- Eu nunca vi tal semelhança... – Você nunca foi minha amiga, .
- Como não? É igual!
- E você é redondo com um cookie, Fletcher! O Daniel aqui tem uma bunda do tamanho de uma melancia e o Dougie é tão pequeno que tem ovinhos de codorna.
- Oh! – Exaltei-me, pronto falei.
- Eu acho que ela ficou bravinha. – Quieto, Dougie.
- Hum, calma, meu amor! É só uma brincadeira, não fique estressada! – Falem de mim no feminino mais uma vez!
- Deixem a coitada em paz! – Ah!
- Seu gay! Corre, Daneil Jones!
- Socorro! – corre mesmo meu bem! Porque se eu ti pego! Espera aí, como isso suou gay, cara! “ai se eu ti pego”? Pelas barbas da Rainha. Calado, Harry Judd! Pare de pensar! Pegue o Jones e bata nele. Ai, pareci gay de novo... Bata nele porque ele foi um menino mal! Para de ser gay, Harry! Pára. Pára. Pára!
- Harry? Eu achei que você ia bater em mim, não em você mesmo... – Hum? Ah, esquece isso Danny...
- Esquece Danny, vamos voltar à mesa... Está frio aqui fora e as pessoas estão olhando. – Ai, caramba... Sinto uma crise chegando. Seria eu, Harry Mark Christopher Judd, gay?
- Apanhou muito, Jonão?
- Por incrível que pareça... Não! O idiota começou a bater nele mesmo...
- É porque só agora ele percebeu que é gay! – Não sou gay!
- Dudes, na moral, já chega!
- Ah, mas quando é pra falar da vez que corri de cuecas no pátio do colégio vocês falam.
- Esquece isso Poynter.
- Caramba, faz tempo que nós comentamos isso, Doug... – Oh, menino que desenterra as coisas, ein?
- Calado, Dougie Poynter. Para falar a verdade, calados todos vocês! – Isso, , bota ordem no barraco – O Harry não é gay. Nunca foi e nem vai ser.
- De fato, você é gato demais para ser gay, Haz... – Ih, Tom ganhei a sua garota.
- Me olha assim, com raiva nos olhos, por que, Fletcher? – Ah, eu sei provocar. Sweet revenge, darling.(n.a.: “doce vingança, querido”)
- Por nada. – Há! Ganhei.
- Se o Judd fosse gay ele continuaria a pegar mulher. Pronto, falei. – Danny? Morra. A é minha agora.
- Eu sei que vocês me amam, meninas. E eu amo vocês! – Me olhou por que, ? Você não está inclusa. Que fique bem claro.
Ah! Quem eu estou enganado? Eu te amo, ! Com todas as minhas forças... Eu... Eu... Eu quero subir em cima dessa mesa, levantar os braços aos céus e gritar o mais alto possível: “Essa mulher é a mulher mais incrível do mundo. Roubou o meu coração, e não pretende devolver.” Mas eu não posso. Além de “amar”, eu também sou orgulhoso. Você me faz de idiota, , e eu não vou esquecer isso assim. Não mesmo. Não, pelo menos até você sentir o gosto da humilhação que eu senti.
- Você é um metido.
- Lembra quando a Alice disse isso na cara dele?
- Foi o único fora que eu vi o Harry levar.
- Aquela menina era patética. - E hot.
- Patética? Hum, você não costumava chamá-la assim.
- Tá, tá, tá... Ela era gata demais.
- Uma das meninas mais bonitas do colégio. – Calma, , não o mate! – Só perdia para a aqui. – Isso, Danny. Dez pontos pra você.
- Eu fiquei muito frustrado com tudo aquilo... – Fiquei mesmo, quem ela pensava que era pra dar um fora em Harry Judd?
- Ela se achava a rainha do mundo.
- E nem da Inglaterra era! – Boa, Dougie!
- Eu cheguei super de boa, com os meus lindos olhos azuis e sobrancelhas sensuais, e a menina diz que eu era um metido idiota e que eu, Harry Judd, nem era assim tão bonito.
- Oh! Como ela ousa dizer que você é metido?
- É, ... Ainda não entendo.
- Humpf. – Bufou por quê, ein?
- Hey! Não sou metido!
- Não. Imagina. – , isso foi você tentando ser irônica?
- Ah, Harry você sempre foi metidinho...
- Uma lingüiça metida! – Dougie, quer apanhar? – Hã? Hã? Pegaram? Uma lingüiça... Metida!
- Isso não tem mais graça, Dougie.
- É cara, já perdeu a graça.
- Ah, vocês que não sabem apreciar uma boa piada! – Nós, né? Deixe-me falar das suas cuecas então! É uma boa piada, hã?
- Engraçado, foi quando o Harry caiu em cima de uma senhora que estava no metrô e a velha achou que ele queria estuprá-la!
- E ela começou a bater nele com um guarda-chuva laranja néon!
- Aquele dia foi um dos piores dias da minha vida... – Terminei com a nesse dia... Aquela quinta-feira foi o dia mais insano que eu já vivi. Ele já começou meio que do avesso... Acordei com o rato fedido da minha irmã, Katherine, em cima de mim. Meu irmão estava cantando “muito bem” no banheiro ao lado do meu quarto, minha mãe às sete horas da matina já estava gritando comigo e o meu pai estava lá... Apenas me observando por cima do jornal, e você deve se perguntar o que há de anormal, ou irritante nisso, o problema é que meu pai não lê jornal, e odeia quando minha mãe berra – algo que ela adora fazer –, ele diz que não somos animais e que devemos preservar as nossas cordas vocais. Cheguei à escola atrasado, a Cabot me pegou pra Cristo e me fez ajudar a Lílian a regar as plantas do canteiro do colégio, fiquei com terra até na cueca. Depois tive prova surpresa de física e me ferrei, logicamente, descobri que estava de recuperação de matemática, e que teria que participar do evento mais patético daquele colégio – o teatro de fim de ano –, briguei com a por causa de um bolinho, supostamente estuprei uma senhora no metrô... Ah, não posso me esquecer que eu também descobri que a minha amada namorada, , me fez de idiota por praticamente três anos. No dia seguinte? Estava na França, contando a minha história a uma prostituta que atendia pelo nome de Foxxy, em La Rochelle. Sabe, a Foxxy era bem legal, e foi minha amiga durante esse um ano que passei na França. E não! Pelo amor à Rainha! Eu não dormi com a Foxxy. Ela tinha apenas 14 anos. E, como eu, havia deixado tudo para trás quando saiu de casa depois de uma briga com o irmão mais velho. A última vez que tive notícias dela, ela estava em Amsterdã.
- Ele caiu porque um pivete o empurrou, não foi?
- Não, Danny! Essa é outra história. Isso foi quando o Tom caiu no metrô...
- Ah, é verdade! Eu caí de joelhos aquele dia, parecia um padre rezando no meio do metrô de Londres.
- Aquele dia foi o Dougie que me empurrou. – Ele sempre fazendo merda - Nós estávamos fugindo de uma ficante dele.
- Uh! Era da Mimi, não era?
- Se essa Mimi é uma baixinha gordinha de aparelho verde limão, era dela sim.
- No desespero você empurrou todo mundo pra dentro do metrô e o Harry caiu em cima de uma senhora, e na hora ele, para não cair, segurou na primeira coisa possível...
- Os seios da senhora. – Oh, Rainha da Inglaterra. Eu peguei nos seios de uma velha!
- Haz! Como pôde? – Ria mesmo, .
- Pobre senhora...
- Pobre senhora, ? Pobre de mim! Pensei que morreria na base das guarda-chuvadas. Já estava até me despedindo da minha mãe...
- A mulher batia no Harry com o guarda-chuva como se ele fosse um cachorro.
- Até hoje não sei se o Harry estuprou a mulher, ou se o guarda-chuva estuprou o Harry.
- Dougie!
- Que é, ? – Você ainda pergunta imbecil? – Estava tão confuso, eu só ouvia o Harry gritar a mulher chamar a polícia e um guarda-chuva laranja voando de um lado a outro.
- Pobrezinho do Haz, quase morreu.
- É, ... É nessas horas que você vê como a vida é curta.
- Mas naquela época nós éramos jovens, então sempre ficava tudo bem.
- Mas eu não quero viver aquela época de novo.
- Por que, Harry? – E quem você pensa que é para dirigir a palavra a minha pessoa? – A nossa juventude foi demais! Parecia até que o tempo não passava. E todo dia era “O” dia!
- Passei por coisas nessa fase que eu não gostaria de passar de novo.
- Não sei o que houve de tão ruim. – Hã, não sabe né?
- É engraçado como, quando nós somos jovens, o quanto inocente nós somos!
- O que quer dizer? – Humpf, como se você não soubesse! Fingida.
- Nós acreditamos em tudo que nos é dito. E às vezes damos credito ao mais supérfluo sentimento.
- Ou a teimosia dos adolescentes, não? – E a falsidade, hã? – Adolescente nunca escuta ninguém. Por mais que a pessoa fale sinceramente.
- Mas nem todos são sinceros, alguns ainda não sabem o valor da sinceridade.
- Outros não sabem reconhecer uma verdade, quando é dita.
- Pior são os que mesmo depois de adultos continuam sem dar valor à honestidade.
- Posso só sabe o que está havendo aqui? – Cuidado Tom, que agora eu tô no veneno. Ah! Tô dizendo, acho que sou gay! ...Tô no veneno?
- A terceira guerra mundial, Fletcher, não está vendo?
- Tô do lado do Harry! – Poynter, não é hora para piadas.
- Você não vê o que estamos fazendo com os nossos amigos? – O quê? A culpa é minha?
Capítulo 5 – Na mesa ao lado. “Posso ouvir os sinos da igreja. Finalmente!”
- Será que vocês dois poderiam pelo amor de Deus explicar o que está acontecendo? – está bem, eu sei que não deveria estar fazendo isso... Mas, sim. Estou ouvindo a conversa alheia. O idiota do David me deu um grande bolo. Já faz umas duas horas que estou aqui o esperando e nada dele. Então, ouvi sem querer uma história do tal do Danny no provador com uma menina e comecei a escutar com atenção desde então. E nem é invasão de privacidade, já que eles estão berrando. E outra, tenho quase certeza que estudei com eles, talvez até mesmo com as amigas que brigaram pelo Harry, Brooke e Jenna. Admito que estou curiosa para saber o que houve entre o Harry e a . Está na cara que ele ainda gosta dela, independente do que aconteceu.
- Você quer fazer as honras de contar ou eu conto? – Posso ouvir os sinos da igreja. Finalmente!
- , você vai mesmo dizer assim? Sem vergonha na cara? – Jesus, que medo. O que essa menina fez não foi pequeno.
- Eu não tenho vergonha de admitir isso. Eu errei, eu sei. Sei muito bem. E eu já paguei por isso. Por que perder você, Harry, foi uma das piores coisas que já me aconteceu. – Nossa! Depois dessa eu a agarraria.
- Diz alguma coisa, Harry. – Danny, não adianta... Ele é um frouxo, percebi isso.
- Por que você ainda mente para mim? Por que você faz isso comigo?
- Harry eu...
- Não! Deixe-me terminar. – Isso, bixa! Desabafa! – Você não sabe como foi acordar e me olhar no espelho. Eu vi tudo: fracasso, perda, tristeza, tudo. Menos eu. O que mais me doía era o orgulho. Eu amei você, . Nunca amei outra mulher. Eu realmente queria passar o resto da minha vida com você. E eu sempre achei que isso era recíproco, só percebi que não quando senti você enfiando a faca em mim.
- Harry! Você não entendeu naquela época e continua sem entender. Se você me deixasse explicar pelo menos...
- Eu tentei! Eu tentei ouvir o que você tinha a dizer. – Faço um bolão, apostando que ela o traiu loucamente com o padeiro da esquina.
- Harry, eu te disse tudo porque queria começar de novo. E não queria começar já com um peso.
- Ele era meu amigo, caramba! – Eu disse que ela o traiu. Tonta, esse é um dos homens mais bonitos que já vi.
- E a era minha amiga!
- ...? – Ahn? Dougie estou tão confusa como você...
- Oh! ? – , você não sabe de algo, ou sabe?
- E você dava valor às coisas, pelo menos? O que te importava uma amizade?
- Harry Judd, não fale assim! Já disse que sei que errei. E aprendi minha lição. Meu orgulho também ficou ferido. Por que acha que fui para Austrália, logo depois que você foi para França?
- Eu exijo saber o que está havendo! E agora! – Sabe, Tom... Um homem deve ser assim. Estar no controle. Bota ordem no barraco, rapaz!
- Eu não agüento mais... Não... Não mesmo. – , não chora! – Ou vocês contam ou eu.
- Pequena, o que aconteceu? Fala pra mim. – Oh, Dougie você sabe ser fofo quando quer, hã?
- Dougie, desculpa. Desculpa por tudo que eu fiz a gente passar.
- Hum... Tudo bem... Eu te desculpo.
- A culpa foi toda minha.
- Novidade... – Harry, seu velho resmungão.
- Ou vocês fazem esse inútil calar a boca ou eu não conto nada.
- Inútil? Desculpe-me, se eu ainda estou magoado com você princesinha da Inglaterra.
- Calado! – Eita, ela está brava... – Pára de resmungar. Cansei disso! E nem foi grande coisa, assim... Para você nutrir tamanho rancor por mim.
- O que você...
- É isso mesmo que você ouviu. Quer saber, eu sei que você ainda me ama. E saiba que eu também ainda te amo.
- Há! Você me ama? Desde quando?
- Desde que eu vi que não sentia mais nada pelo Dougie.
- Eita porra! – Danny, acho que até meus parentes no Brasil ouviram esse grito.
- Como é que é? – Senhor, alguém acode a que eu acho que ela engasgou forte agora.
- Eu não sei nem o que falar... – Então, não fala, . – Tom, fala alguma coisa. – Acho que esse seu sussurro não saiu sussurrado, ...
- Vocês... Er, vocês não querem conversar lá fora? – Calado, Thomas! Egoísta você, hã? Assim eu não vou poder ouvir o desfecho da história...
- Não, Tom, ela começou aqui. Ela termina aqui. – Harry... Gosto de você!
- , calma! – Isso, , acode essa menina.
- Dougie, desculpa!
- , eu ainda não sei porque você tá pedindo desculpas...
- Mas não é óbvio? – Não, , não é...
- Dougie, a era minha melhor amiga, se lembra?
- Sim... – Ah! Entendi. – Oh... Entendi agora...
- Eu gostava tanto de você, Doug. Tanto. Mas... Eu não podia, sabe? Não podia trair assim a minha melhor amiga.
- Não tem problema, minha pequena.
- Tem sim! Eu fiz você sofrer. Fiz a mim mesma sofrer... Você não imagina como era ter que começar uma briga com você todos os dias, só para ter um motivo pra não ficar perto de você... Ou recusar ao máximo quando você me beijava...
- Eu meio que sempre desconfiei de algo... Mas eu não iria pensar algo assim.
- Calma! – Que foi, Danny? Tava ficando interessante agora, poxa... – Alguém pode me explicar que eu ainda não entendi?
- Não entendeu o que, burro?
- O que aconteceu, oras!
- Daniel! A gostava do Dougie, e a também. E a fingia não gostar dele para não magoar a . – Ai, , daqui a pouco ele vai pedir para vocês desenharem.
- E o que o Harry tem haver com isso? Por que diabos você foi pra França? –Jones, a sua cabeça é oca?
- Danny, o Haz era namorado dela, caramba! – , dá um pedala nele por mim. Por favor!
- Mas ela não acabou de dizer que amava o Harry? Que percebeu isso quando deixou de gostar do Poynter?
- E daí, Danny?
- E daí que você é um tonto.
- Isso aí, Danny! Por isso que você é meu amigo. – Ai, ...
- Queria ver se a olhasse nos seus olhos e dissesse que estava com você há praticamente três anos, só pra fazer ciúmes no Tom. Mas que há uns seis meses ela tinha descoberto que te amava.
- ... – Caiu a fixa, Danny? – Que porra você fez?
- Tá, eu confesso. Fiquei com o Harry a primeira vez porque queria fazer, sim, ciúmes no Dougie. Mas eu gostei do Harry! Nunca foi uma obrigação namorar com ele. E isso também não estava nos meus planos, caramba. Quando eu vi já estava namorando com ele. Eu não ia deixar o namoro passar de dois meses. Mas aí eu vi que o Dougie tava pra começar a namorar com a Chelsey, e eu não podia deixar assim. Eu tinha que continuar... E o meu namoro com o Harry de dois meses foi para dois anos. Então aconteceu a viajem para Grécia. Quando a e o Dougie ficaram lá na frente de todo mundo, eu senti uma pontada de ciúmes, mas nada muito forte sabe? Mas mesmo assim fiquei em dúvida e comecei a pensar sobre contar para o Harry a verdade. Eu queria contar, mas tinha medo. Um mês mais ou menos antes te eu contar tudo, o Dougie veio falar comigo sobre a , ele desabafou sobre toda a situação dos dois, que todos nós aqui já sabemos qual era. E nesse dia eu percebi que não gostava mais dele. Eu realmente fiquei triste pela situação que eu havia criado, por tudo que eu fiz a passar, e, conseqüentemente, o Dougie. Mas principalmente por ter traído a sua confiança, o seu amor. Eu não queria te contar, porque eu sabia que ia te perder... Mas o peso foi crescendo cada vez mais, cada vez que você dizia que me amava o meu coração apertava mais um pouco. Resolvi contar tudo já estava no fim do ano, então não seriamos abrigados a nos ver todos os dias e tal...
- Calma, . – , faça uso da sua psicologia e ajuda a menina! – Isso é bom, você pelo menos desabafou e tá aqui conversando com o Harry. Calma agora. Você já deu o primeiro passo. Parabéns, amiga.
- Adoro quando você fala como psicóloga, . – Ai Tomzinho apaixonadinho...
- Eu deveria, né? Sou uma, Tommy.
- , será que eu e você podemos dar uma volta? – Não! O que for para resolver resolva agora. Aqui!
- Claro, Harry. – Abriu um sorriso do tamanho do mundo, né safadinha? Boa sorte. O bofe já é seu, menina!
- Bom, já que agora é a hora do desabafo... – Isso gente! Desabafem. Finjam que eu sou um padre e esse pub é um confessionário – , se lembra da nossa promessa?
- Hum... – Caramba, isso foi um engasgo? Parece que você engoliu um garfo – Lembro sim, Danny.
- Eu não queria quebrá-la. Não queria mesmo.
- Tudo bem, Jones. Já faz tempo mesmo.
- Você não gosta mais de mim?
- Óbvio que gosto, Daniel! Que pergunta. – Não foi isso que ele quis dizer, bobinha.
- Não quis dizer isso. – eu falei... – Eu ainda gosto de você, . Mas deu tudo errado...
- Gente, calma! – Oi, Dougie? – , acho que nós também precisamos conversar. Vem, eu te levo para casa.
- Tudo bem... – Tchau, . – Não quero perder o contato, viu gente. Me liga, .
- Sabe, ... Acho que vou roubar a idéia do Dougie. – Ãn? Também vai embora, Tom? – Eu queria conversar com você... E se estiver tudo bem, eu posso te levar pra casa?
- Bom, eu vim com o meu carro... – Não dificulta pra ele, gata! – Mas você pode ir até em casa e lá conversamos,certo? – Ae! Mil pontos para você,. Jogada de mestre.
- Ué, mas se vai todo mundo embora... Eu acho que vou também... – E o Danny? Ele não disse que ia embora.
- Eu não vou embora, . Fica aqui comigo. – Sabia que ele ia se sentir trocado.
- Vamos, ? – Vai lá, Thomas, mostra pra ela que você ainda tem muito amor pra dar.
Caramba! Nossa senhora, antes tarde do que nunca.
- David, por onde você andou?
- Desculpa, Abby... Eu tive uma pequena emergência...
- O que houve, está tudo bem com as crianças?
- Mais ou menos... O Jimmy cortou o meu cabelo. O Chris pintou de rosa, e o Danny saiu falando que ia fazer macumba... Mas o pior foi o Steve, ele tirou uma foto minha e tá espalhando por todo lado dizendo que agora eu sou a garota propaganda da Barbie.
- Boa mentira, Dave.
- Eu sabia que não ia colar... Eu falei pro James.
- Você é um idiota, vamos embora.
Capítulo 6 – Girls
“- Ui, não fala assim que eu gamo.”
Eu realmente não queria ter essa conversa hoje. Nem nunca. Ah, Dougie por quê, ein? Você quer me xingar ou algo do tipo?
- , meu carro não está ligando. – Ai, como eu amo quando você fica sem graça. É tão fofinho!
- Como assim não liga? Dougie, como nós vamos voltar para casa? Acho que ainda dá tempo de pegar uma carona com o Tom, vamos. – eu disse saindo de dentro do carro, nem a pau que ficaria ali naquela rua deserta com o Doug, pensando bem... – Oh, acho que eles já foram, né?
- Er, acho que sim...
Silêncio. Odeio o silêncio. Silêncio é um som tão assustador. Você ouve de tudo quando na realidade nada está acontecendo. É horrível. Não gosto.
- Odeio...
- Silêncio. Eu sei, . – Eu sei que você sabe. – Eu estava pensando em alguma coisa para dizer, mas não sabia o quê.
- Bom, você disse que queria conversar, Doug.
- Eu quero. Eu preciso, mas não sei como começar.
- Eu não mordo, Dougie. – Há, como se eu não soubesse o que ele quer dizer... É óbvio que ele me chamou aqui para dizer que me odeia, só não disse na frente dos outros para não me humilhar, muito. E quer saber? Eu mereço. Mereço mesmo. Eu fui uma idiota. Uma grande idiota. Sabe o que eu deveria ter feito naquele dia na biblioteca do colégio quando a veio me dizer que amava o Dougie? Eu deveria ter olhado nos olhos dela, apontado o dedo no nariz dela e dito com toda força e vontade possível: “- Você não o ama. Eu amo o Doug. E ele é meu.” Mas não... Eu disse isso? Lógico que não. Ela era minha BFF! (n.a: Best Friend Forever) E eu também nem me preocupei muito. Já que a não era um exemplo de menina apaixonada. Digo, ela “amava” no mínimo uns cinco meninos por semana, não a culpo. Ela sempre foi muito bonita, e com todo o time de futebol/basquete/criquet/alpinismo/sinuca/ping-pong/e tudo mais que você possa imaginar, atrás dela... Era extremamente fácil ela encontrar com a alma gêmea entre uma cesta de três pontos e um gol de placa, por isso nem me abalei na semana seguinte quando vi que ela estava com o Harry. Foi só umas três semanas depois que a minha ficha caiu. Por quê? Porque ela estava namorando o Harry. E tipo assim, a não namora. Ou namorava? Que seja. Ela começou a ficar com ele e eu só desconfiando... Uns dois meses depois ela me contou, depois de eu muito insistir. E eu não pude fazer nada. Abria a boca e perdia a , o Harry e o Doug. Ficava de boca fechadinha teria a minha melhor amiga, possivelmente o namoro dela com o Harry não iria para frente e em algum tempo já estaria tudo esquecido, perderia o Doug do mesmo jeito. Mas, bem, homens vêm e vão, hã? Não. Dougie Poynter não. Pena que só percebi isso agora. Dez anos depois e com as minhas chances todas perdidas. Cara, como eu fiz mal a esse menino. Era tão doloroso olhar nos olhos azuis dele e só encontrar confusão e não a alegria infantil de normalmente... E o pior, apenas eu percebia. Consciência pesada? Talvez... Ou eu o conhecesse tão bem que poderia reparar esse tipo de coisa. Ou nós dois simplesmente “não era pra ser”, sabe? Whatever, já faz tempo e ele agora me odeia...
- Eu te amo. – Eu não disse... Espera um minutinho, consciência! Ele me ama?
- Você me ama? – é retardado só pode ser. Sempre desconfiei, depois daquela vez que ele caiu dormindo nunca mais foi o mesmo.
- Amo. Sempre amei.
- Você é bobo? Dougie, você estava presente quando eu disse que a culpa de tudo que você sofreu, de toda a confusão, era minha? Poynter, tá com febre? – Por que você não corta logo essa e vai para os finalmente? Vamos lá, jogue na minha cara que tudo o que eu fiz apenas nos causou dor e sofrimento. Eu mesma me digo isso, não vai doer mais se você disser também. Tá bom... Vai doer sim. Mas... Who cares?
Eu não me importo.
- Eu ouvi sim... E se quer saber, foi bom. – Bom? Como? – Pelo menos agora eu sei que você gostava de mim e que tudo o que aconteceu foi apenas um erro bobo, e que não vale mais a pena se preocupar com isso. Porque agora eu estou finalmente aqui com você e sem ninguém para impedir.
- Ui, não fala assim que eu gamo.
- Então, deixe-me falar mais. – eu pensei em voz alta? Ai caramba.
- Não, não deixo. – Engraçado, que todas as vezes que nós nos beijamos eu que tomo a iniciativa.
“Que você levantaria o vestido da Rainha só para me ver sorrir.”
- , você já ouviu Down by the lake? – Lógico que já, Danny! Adoro essa música.
- Arã.
- Eu que fiz, sabia?
- Hum, não... É uma música bem legal, Danny! Parabéns. – essa conversa está um pouco desconfortável ou é impressão minha?
- Fiz para você. – Não. Não é impressão.
- Para mim?
- Sim. – não entendo.
- Por quê?
- Como eu estava dizendo há alguns minutos atrás... – Ah, por favor, não fale sobre a promessa. – Eu nunca quis terminar com você. Eu estava realmente disposto a cumprir o prometido. Como eu sei que você também estava.
- Danny, está tudo bem. Foi difícil na época, mas agora eu até que entendo.
- Entende?
- Claro! Estávamos nos formando, eu fui para Bristol, você voltaria para Bolton... Eu entendi direitinho.
- Não, . Não era nada disso. Pelo amor de Deus, se precisasse eu iria até Bristol atrás de você. – Mas não foi. – Eu queria cumprir a promessa, mas...
- Mas o que, Danny? – estou ficando brava... Lá se vai a minha yoga. – O que te impediu de manter a sua palavra?
- Calma, .
- Não, Danny! Cansei de ser a paciente. Eu também quero desabafar, todo mundo desabafou por que eu não? – Realmente, preciso tirar esse peso das costas – Se lembra que você me olhou nos olhos e prometeu que me amaria para sempre? E que nós nunca mais iríamos brigar, nunca mais. Que nós seriamos o casal mais bonito da Inglaterra? Que você levantaria o vestido da Rainha só para me ver sorrir. Você disse que me amava e que não valia a pena viver sem mim. Que eu fazia a sua vida valer à pena. E tudo isso para o quê? Terminar comigo no dia seguinte?
- , eu entendo que você esteja mal. Naquela época eu tomei uma decisão achando que era o melhor, mas eu hoje eu vejo que eu só piorei as coisas. Se eu pudesse voltar no tempo, eu jamais teria feito isso.
- Então, espere o Tom terminar a máquina do tempo que ele está fazendo com o Marty e tome outra decisão, uma que não seja burra.
- Eu mereço. Eu sei que mereço. Eu fui um idiota por não ser honesto com você. – Desculpa, Danny... Acho que me exaltei...
- Explique-se, Daniel. – última chance.
- Te conhecendo bem, como sei que conheço, essa deve ser a minha última chance, deixe-me aproveitá-la. – aproveite bem – No dia seguinte, aquela noite que passamos na praça e fizemos a promessa, eu estava tão animado com o nosso “novo” relacionamento, estava tão feliz que levantei e fui direto para a sua casa, mas você não estava lá. Estava na casa da , suponho que contando sobre a nossa noite. Seu pai abriu a porta e quando me viu não disse nada, apenas chamou a sua mãe, como se dissesse: “resolve aí”... Admito que fiquei ofendido, . – Meu pai sempre foi um grosso... – Sua mãe veio, sorriu para mim de lado e me mandou entrar, disse onde você estava e falou para eu esperar que você daqui a pouco voltava. Eu sentei no sofá e estava quietinho encarando os meus tênis quando o seu pai me diz: “o que você pensa que está fazendo com a minha filha, hã?” Eu o encarei com os olhos esbugalhados. De princípio achei que ele estava falando de sexo, e eu já ia dizer que você era virgem, sei lá... Inventar alguma coisa do tipo. – Jones! Idiota... Eu ainda era virgem. Tá, não era... – Mas então ele disse: “você não vai poder dar à minha filha a vida que ela merece”. , me desculpe por dizer isso, mas eu quase arranquei a cabeça do seu pai aquela hora. Ele ficou me olhando com desprezo e dizendo que eu nunca passaria de um músico falido vivendo à custa da minha mãe, e que moraria de aluguel em algum apartamento de dois quartos no centro de Londres.
- Eu não acredito! – Meu pai realmente disse isso?
- Eu não sabia o que fazer. Eu sempre quis ser músico, . Você sabe. Mas eu também, nunca pensei que pudesse dar errado... Eu saí da sua casa com medo de estragar a sua vida. Afinal, você não deveria pagar o preço de um sonho meu. Sim, eu poderia acabar falido em um apartamento minúsculo, mas a escolha teria sido minha. Eu achei que o melhor para você seria eu sair de vez da sua vida. E assim o fiz.
- Danny, eu ainda não acredito que meu pai disse essas coisas. Está explicado então, porque ele resolveu ir morar na casa dos meus avôs assim tão de repente.
- O pior é que eu fiquei com aquilo na cabeça e eu queria provar para o seu pai que eu poderia, sim, ser homem suficiente para você. Por isso fui para a faculdade. Mas desisti depois de um ano... Desculpe, ...
- Você foi para faculdade por minha causa? – Eu ouvi direito, Danny?
- Fui... Eu pensei que talvez com um diploma nas mãos o seu pai gostasse mais de mim.
- Ah, Daniel, eu te amo! – Posso te abraçar? Ein? Posso?
- Você não sabe como é bom poder ouvir isso depois de tanto tempo! – Eu ainda quero te abraçar, Danny! – Eu te amo também. Você faz a minha vida valer a pena, . – Me abraça, me beija, Daneil Jones! – Já te disse o quanto você fica linda sobre essa luz ultravioleta? – Isso, isso, chega mais perto, mais perto, mais perto. Pronto fecha os olhos, agora faz biquinho, e... E... Beijou. , “Pois é, eu disse a palavra com “A”. Ela ainda está flutuando entre nós”
Thomas, por que você está dizendo essas coisas sem nexo? Pára de olhar para o céu e olha para mim! Eu não mordo, não poxa...
- Eu sei que o Maxxie, ou o Pierre, eram os homens mais perfeitos pra você, ... – Thomas, calado! O Maxxie era gay. Tem noção do que você está dizendo, homem? - Eu sei que o Maxxie era gay, não pense que eu esqueci... – Ah, bom... – Mas mesmo assim eu tinha ciúmes, ok? Eu não conseguia ver você com ele e ficar calmo. Afinal ele podia mentir, certo? Ele poderia não ser gay, e estar te usando!
- Senti falta desse seu jeito exagerado, Tommy.
- , não é exagero! – Ok, ok, Thomas... – O Pierre era outro. Um grande francês safado. Ele olhava a sua bunda. E uma vez eu o escutei dizendo para o Joel que os seus peitos eram os maiores que ele já havia visto.
- Ah, Thomas. Ele era apenas um garoto.
- Que você chamava de melhor amigo!
- Eu apenas o chamava de melhor amigo, mas ele nunca foi meu melhor amigo.
- Sempre desconfiei que fosse o Maxxie, mas sempre o vi como melhor amiga...
- Você era o meu melhor amigo.
- Eu? Mas eu era um idiota ciumento! – É, eu sei...
- E você acha que eu não sei? Mas mesmo assim eu confiava em você, eu gostava de você, Tommy... Sempre gostei. E de certa forma eu gostava dos seus ataques de ciúmes. – Às vezes era tão engraçado...
- Ah, que bom que você ri disso hoje, porque não era isso que você costumava fazer.
- Eu sou humana, não sou? Eu tinha o direito de ficar brava, oras! Mas depois quando chegava em casa eu ria durante horas, preciso admitir.
- Bom, saber que você ria da minha cara.
- Não era bem da sua cara, era mais da situação, sabe? Tipo, você tinha ciúmes de um gay, Thomas! Era meio sem sentido, hã?
- Quem ama tem ciúmes. - E essas palavras caem sobre mim, como pedras, atiradas do décimo quinto andar de um prédio. Ah, sinto uma onda de raiva e tristeza surgir dentro de mim.
- Você me amava, hã? Ah, bom saber, Thomas. Porque você não costumava demonstrar, sabe?
- Você também não gritava aos ventos o que sentia por mim.
- Mas mesmo assim você sabia. – Ah, Fletcher! Vamos jogar na cara, é gatinho? Se prepare. – A única coisa que eu recebia de você era ciúmes. Ah! E alguns momentos, raros, que você dizia que gostava de mim.
- Alguns momentos?
- Sim! Alguns momentos. E o único que de fato valeu à pena foi aquela noite em Atenas!
- Mas... Mas eu sempre achei que você soubesse que eu gostava de você.
- Ah é? Como? Com você duvidando dos meus sentimentos? – Não, eu não esqueci aquela briga.
- Não me lembre daquele dia!
- Ah, por quê? Foi tão romântico!
- Sem ironia, , por favor. – Não me amola, Thomas Fletcher! – Era difícil para eu dizer para você como eu me sentia. Eu não sabia como você “receberia” isso. Não sabia se seria correspondido.
- Você sabia que eu gostava de você, Thomas!
- É eu sabia... Mas você me conhece muito bem, e sabe o quanto eu sou inseguro com garotas. Ainda mais se tratando da garota que eu amava. Não era nem um pouco fácil... Até hoje eu não sei da onde eu tirei coragem para te beijar aquele dia no London Eye!
- E até hoje eu não sei como e nem porque nós nos esquecemos tão rápido desse dia...
- Simples! Esquecer, eu não esqueci. Eu apenas o deixei de lado, porque ver você com o Maxxie me fazia de fato querer esquecê-lo. – Tá, coloca a culpa no meu amigo gay! – , eu sou homem, não se esqueça! Não existe esse negócio de amigo gay para mim. Ele era seu amigo e queria você pra ele e ponto final. Ele era um idiota. Só atrapalhou a minha vida. Eu chegava para falar com você e ele já me olhava com olhar de desprezo, me desencorajando. E... Eu não fundo, no fundo, às vezes pensava que você sentia algo por ele, porque não entrava na minha cabeça que alguém fosse querer ser amigo do Maxxie, um gay falso e metido a besta. - Como você pode pensar que eu sentia algo pelo Maxxie?
- Thomas, eu gostava muito de você...
- É, eu sei.
- Deixe-me terminar? O Maxxie era de fato gay, ele não fingia só para ver eu me trocando, ao algo do tipo. E ele não gostava mesmo de você. Porque era sempre pro colo dele que eu corria quando você me deixava mal. O Maxxie só queria me proteger. Ele era um bom menino. – Ai, Thomas... Por que você faz isso comigo? Por que você tem que ser tão lindo? E tudo que eu sempre quis? - Eu nunca amei o Maxxie. E nunca vou amá-lo. A grande verdade é que eu nunca vou amar não só o Maxxie, como qualquer outra pessoa do mesmo jeito que eu amo você. - Pois é, eu disse a palavra com 'A'. Ela ainda está flutuando entre nós, nessa escura noite de inverno. Juro que se pudesse a pegava com a mão e a enfiaria de volta na boca. Mas já era tarde de mais. Ele já tinha ouvido.
- Você me ama? Foi isso que você disse? – Eu posso dizer que não, mas do que adiantaria? Eu já tinha dito mesmo.
- Sim eu disse... – Oh, céus. As minhas bochechas estão vermelhas! Eu estou sentindo. Ah, mas estou sentindo que também não terei tempo para me preocupar com as minhas bochechas, por que finalmente ele vai me beijar. E beijou.
. "Esse beijo que procurei em tantos lugares, e nunca achei."
Ai, essas borboletas que nunca me deixam em paz quando ele está por perto! É irritante, sabia? Mas irritante de um jeito bom. Eu o amo. Realmente o amo. E espero que ele deixe eu me explicar dessa vez, mas principalmente que ele me entenda.
- , antes de qualquer coisa eu queria te dizer que eu não deixei de te amar um segundo desde o dia em que te vi. – Essa é nova! Harry, a gente se conhece desde a quarta série! – Sim, desde a quarta série, .
- Eu não sabia disso.
- Eu nunca fiz questão de contar.
- Não sei porquê! Eu iria adorar ouvir isso, Harry.
- Eu meio que sempre soube que você não estava comigo porque queria...
- Hey! Nunca foi uma obrigação ficar com você. Eu gostava. Você era, e ainda é, lindo, um amor e gostava muito de mim. E eu amava isso. Adorava ficar com você! Você era como um amigo colorido para mim naquela época.
- É, mas para mim você era a mulher que eu queria passar o resto da minha vida. – Ai, essa doeu.
- Eu me odiei por uma boa parte da minha vida, culpando-me por não ter percebido isso antes, e por ter estragado tudo. Desculpe, Harry.
- Como diria à , já faz tempo...
- Sim, faz tempo, mas eu não sei sobre você, mas eu ainda sinto a sua falta.
- Não faz isso... – Isso o quê? Eu gosto de você, meu bem!
- Se teve uma coisa que eu aprendi nesses dez anos, é que a gente sempre deve dizer o que sente, no momento que sente vontade. Porque se não você corre o risco de perder uma chance que você nunca mais terá de novo. Pena que só aprendi isso depois que perdi a maior oportunidade da minha vida. Eu queria tanto, mas tanto, Harry, ter percebido o quanto era errado o que eu estava fazendo e o quanto você era importante para mim.
- Você não imagina o quanto eu queria que você tivesse percebido isso, também.
- Eu queria que você fosse eu por pelo menos cinco minutos para você sentir o quanto eu estou arrependida. Eu só voltei pra cá, para te ver. Eu amo os meus amigos, mas só a idéia de poder te ver e de poder pedir desculpas, me fez pular da cama e correr para o aeroporto. Quando te vi, murchei. Toda a minha coragem e determinação sumiram. Deus, você nunca acreditaria no quanto eu fiquei insegura.
- E eu para ajudar ainda te tratei mal, sendo um grosso.
- Você tinha o direito. – Mas de fato isso não ajudou e me magoou, admito.
- Eu fiquei tão destruído quando tudo aconteceu. Oras, , você me conhece! Sabe como eu sou orgulhoso. Eu não tinha com que cara olhar para os meus amigos. Eu não queria contar o que houve e ver o olhar de pena deles. Não queria mostrar pro Dougie que ele que havia ganhado a garota e não eu. Que eu apenas fui um brinquedo dela para conquistá-lo. O Danny no mínimo iria dizer que eu não sirvo nem para fazer ciúmes.
- Por isso você foi pra França...
- Sim. Mas passei apenas um ano lá. Eu, durante esse um ano, não soube que você tinha ido para Austrália, pensei que você ainda estava na Inglaterra, eu voltei por você. - Eu também voltei por você, só que “alguns” anos atrasada. – Mas você não estava lá, eu não pude contar aos meninos o porquê da minha volta, então disse que era para retomar a banda e fiz a felicidade alheia. – Se você soubesse como eu amo esse sorriso...
- Eu fui para a Austrália no dia seguinte a você ter ido para França. Eu também não podia ficar lá e ver o que eu causei. A e o Dougie com uma briga atrás da outra... Os meninos deprimidos porque não poderiam continuar com a banda e principalmente confusos, pois o melhor amigo deles tinha ido embora sem dar uma única palavra. E o pior: os olhares de interrogação deles me culpando por tudo. Não que a culpa não fosse minha, mas sei lá... Acho que pelo fato de você ter ido e eu ter ficado fez com que eles meio que deduzissem... A com certeza já tinha uma idéia do que havia acontecido, mas nunca falou uma palavra. Eu sempre amei isso nela. Mas nesse caso eu queria que ela tivesse contado ao mundo inteiro no momento em que ela ficou sabendo o que eu ia fazer. Muita coisa não teria acontecido.
- Você não teria se apaixonado por mim.
- Talvez... Já que eu contei para ela quando nós estávamos juntos há dois meses e nessa época eu ainda, er, morria pelo Dougie.
- Então, talvez nós estivéssemos tendo essa conversa hoje.
- Sim, Harry. Talvez...
- Lembre-me de agradecer à por ter ficado de boca calada. – eu entendi direito?
- Eu também devo agradecer?
- Se você está feliz de estar aqui comigo hoje, e não se arrepende de nada que aconteceu. E se você acha que tudo que está acontecendo não poderia ser de uma forma melhor. Eu acho que você deveria.
- Não sei se tudo está acontecendo de uma forma boa, Harry...
- Eu acho que sim. Eu te ouvi e te entendi. Eu te amo, sempre amei. E você me ama, creio eu. – Tenha certeza que sim, gato! – Foi tudo muito bem explicado, você entendeu o meu lado da história e eu o seu. E quer saber? Esses dez anos e a briga só mostraram o quanto a gente se gosta. Como você mesma disse: não podemos perder as chances que a vida nos dá. Porque talvez elas nunca voltem. Eu já te perdi uma vez, não quero perder de novo, .
- Só falta uma coisa para deixar tudo perfeito, Harry. – Mais um pouco e eu vou explodir de felicidade.
- Eu sei. – Esse olhar, esse toque, esse sorriso. Céus! Como eu senti falta disso...
- Silver moon is sparkling, so kiss me. – Esse beijo que procurei em tantos lugares, e nunca achei. Mas ele estava aqui, no lugar mais óbvio.
FIM....Será?
Nota/agradecimentos: Ai meldels! Nós realmente acabamos essa fic, cara? *deixe-me gritar de alegria* AAAAAAAAAAAAAAH! *pronto acabou*. Bom, gente... Eu, e a Lola, esperamos MESMO que vocês gostem da fic! Eu - Raay - me diverti pra caramba escrevendo o capítulo do Jones! E o do Fletcher então... *oi, sou Fletcher*. Para falar a verdade eu amei escrever essa fic! Para vocês terem uma noção, era para ser só - grandes - 4 capítulos e ela ficou com - grandes - 7 capítulos. Minha terceira fic aqui no FFADD. *joga confete no Fletcher entre asteriscos*. Estou feliz - dica. E vou calar a minha boquinha. Isso já tá ficando ENORME. So, goodbye. E obrigada por ler/ver/odiar/gostar/amar/whatever a nossa fic.
Aaah, se quiser ler as minhas outras fics do McFly: Last Wish – Finalizada e Tarde te conheci. Cedo te amei - Em Andamento.
Gostou de mim? (*___*) add! ultraviioleet_@hotmail.com
pronto, agora acabou, é.
Xxx raayf
N.b: Ray, sua fic é fera! Foi to emocionante betá-la. Confesso que deu um pouco de trabalho (graças ao tamanho), mas eu me diverti muito. Parabéns!
P.s: qualquer erro encontrado na fic, por favor, me avise:e-mail