O que há por trás da janela secreta de Danny Jones?
Por Bia Judd

A partir de agora, você conhecerá a verdadeira história de como Danny Jones, vocal e guitarra do McFLY, perdeu um de seus belos dentinhos...
Danny, Tom, Harry e Dougie encontravam-se em meio a um passeio pela cidade de Londres. A caminhada seguia-se numa tranqüilidade daquelas, até que o africano inicia mais um de seus surtos.
- EU TÔ COM FOME! EU TÔ COM FOME!! - berrou ele, parando no cruzamento e fitando os outros.
- Conta outra, isso não é nenhuma novidade. - disse Harry, rindo e parando também.
- O dia que você não tiver fome eu to morto - completou Tom, rindo.
- Tais milagres não acontecem com tanta freqüência - Harry se divertia ao tirar sarro da cara do amigo.
- Concordo, mô! - acarretou Dougie, entrando no balacubaco e pondo mais lenha na fogueira. - Isso é tão provável quanto o coelhinho da páscoa aparecer num show da gente vestido de papai noel.
Risos.
- Ha-ha... Não achei a mínima graça - o outro fez um bico de dar pena.
- Hey! Que tal se a gente desse uma parada para fazer uma boquinha? - sugeriu o baixinho, lambendo os beiços - Eu também to faminto.
Bibiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...
- SAI DA FRENTEE!! - berrou um motorista, freando, com a cabeça totalmente para fora da janela, para os guris que ainda estavam no meio da rua. - TÊM MAIS O QUE FAZER NÃO? ISSO AQUI É UMA AVENIDA, NÃO UMA PASSARELA DE DESFILE.
- TÔ TENTANDO IR TRABALHAR, DÁ PRA LIBERAR AÍ? - reclamou outro, em meio a um ataque dos nervos.
- Ô, MEU, HOJE NÃO É DIA DE REBANHO NÃO PRÁS VACA TÁ INVADINDO A PISTA - gritou mais um desaforado.
- AAAHHHH!! - berraram os quatro, assustados, correndo para a calçada.
A revolta.
- ORA ESSA, VAI TE CATAR! - rebateu Danny, puto da vida.
- COMÉQUIÉ?! - retorquiu Harry, perdendo as estribeiras - O CHIQUEIRO SÓ ABRE ÀS OITO, MEU CAMARADA.SE PREOCUPA NÃO QUE TU AINDA TÁ NO HORÁRIO.
- CLARO, NÉ? AINDA FALTA A TUA MÃE PRO REBANHO FICAR COMPLETO! - retrucou o baixinho com ironia.
- Viram só? Tudo culpa de vocês dois, seus desmiolados. - reprimiu Harry, respirando fundo, com ambas as mãos apoiadas nos joelhos, em pose de “foi assim que o Brasil perdeu a copa”, fitando Danny e Dougie com censura.
- Ora, não me venha com essa agora - rebateu Dougie - Você também ficou lá, esculachando o Tom, ta legal?
Do nada, Danny volta a sua "sessão berros" ao avistar um vendedor de milho do outro lado da rua.
- EU QUERO MILHO, EU QUERO MILHO!! - o guri danou-se a berrar feito louco, tornando-se assim, o centro das atenções.
- Dá pra falar mais baixo, ô coisa? Ninguém está interessado em saber se você quer ou não milho. - pediu Tom, tapando os ouvidos com as mãos e fitando a multidão que os olhava como se dissessem: "como podem deixar um louco desses a solta?".
Mas Danny não queria saber de falar baixo coisa nenhuma, queria apenas saborear sossegado um delicioso milhinho, por isso, iniciou novamente a "sessão berros".
- NÃO! EU QUERO MILHO, EU QUERO...
Harry, já com os nervos à flor da pele, tapou com a mão a boca do guri e recomendou:
- Ô, tu fecha essa matraca de uma vez por todas, ou não vai ter milhinho algum, entendeu?
Ele balançou a cabeça afirmativamente, semelhante a uma criança quando é liberada para fazer algo, sorrindo abobalhado.
- Bora nessa, galera! - chamou-os Harry, puxando o garoto pela mão até o tal carrinho - Antes que essa praga resolva ter mais um de seus surtos.
Ao chegar lá, Danny apressou-se a pedir ao vendedor uma espiga de milho cozido, e ao recebê-la, sentou-se no banco ao lado.
- E eu que não to afim de comer milho, como é que fico, hein? De barriga vazia, é? - choramingou Dougie, massageando a barriga por debaixo da blusa e se imaginando devorando sem dó um mega sanduba.
- Que saco, meu! Não acredito que eu estou prestes a ficar aqui parado esperando esse leso ter a boa vontade de terminar logo de comer o seu milhinho sagrado, enquanto isso o meu valioso tempo passa. - reclamou Tom, emburrado, sentando-se ao lado do baixinho.
O africano apenas mostrou-lhe a língua.
- Eu, hein! Sai pra lá! Quem dá língua quer beijo, e eu não vou te dar nada, ta O.K.? - revidou o loiro oxigenado amarrando a cara ao fitar o guri.
- TFEM BFOFCA MFTFFO MEFLOR PAFRA SFE BEFIJAR, TÁ? - rebateu o outro, com a boca cheia, fazendo voar milho pra tudo quanto é lado.
- É lasca, né Danny? - censurou Harry, retirando "os baguio" do braço com petelecos - Eu já não te pedi para fechar essa merda de matraca?
- Ecaa!! - exclamou Dougie, pulando feito uma gazela manca, afim de retirar a comida de si.
- Dfesfceulscpa!
- DANNYYY!! - reprimiram juntos, Harry, Tom e Dougie.
Tudo corria às mil maravilhas: Danny devorava feliz da vida o seu delicioso milhinho até que algo acontece. Sem querer, ele acaba engasgando-se com algo que não era nem de longe um caroço de milho. E, aí sim, começa a “sessão bagaceira”.
Harry, concentrado em fitar o céu resolve dar uma olhada e ver se Danny já havia terminado de comer o milho e, é com extremo espanto que ele dá de cara com o guri mais roxo do que berinjela.
- PQP, Danny! - perguntou desesperado, correndo em socorro a ele. - O que praga tu fez, cara?
Harry, em meio a um peripaque, não repara que o coitado não pode responder, e então, põe-se a sacudi-lo pra tudo quanto é lado.
Em resposta, Danny pressiona, com as mãos, o peito de Harry, fazendo-o “cair na real” e parar de sacudi-lo. Para o seu alívio, funcionou.
Tom e Dougie, como sempre, boiavam no fandangos.
- O que houve? - quis saber o oxigenado, sem entender nada, apesar de notar que o amigo ficava mais roxo a cada segundo que se passava.
- A peste se engasgou com alguma coisa - respondeu Harry, alvoroçado, sem saber o que fazer; uma hora ele queria meter a mão goela abaixo no guri; noutra, enforcá-lo.
- Oh, God! - exclamaram os dois tentando acudir o coitado do Danny, que além de suar feito louco estava a ponto de explodir de tão roxo.
Mas, graças aos céus, Tom teve a brilhante idéia de pressionar o estômago dele para trás, forçando-o a cuspir fora o que quer que estivesse entalado em sua garganta.
Sucesso garantido. Danny põe para fora algo que acerta em cheio um dos belos olhos azuis de Harry, este leva uma das mãos ao olho e com a outra pega o “treco” no chão, entregando-o a Danny sem sequer olhar o que era.
- Ai, ai, ai... Tá doendo!! - choramingou ele, levando as duas mãos a boca em sinal de dor. - CARAMBA! ACODE, MAMÃEE!!
- Cara, isso já tá virando mania - disse Dougie - Parece que esse guri só sabe berrar.
- Quieto, Dougie! Você está bem, dude? - indagou Harry com ar preocupado ao garoto, ainda com a mão sob o olho esquerdo.
- ASHLUTS... - murmurou, algo sem sentido, pressionando ainda mais a mão sob a bochecha esquerda.
- Desembucha de uma vez, garoto! - insistiu Tom, fitando-o, também preocupado.
Desta vez, ele não respondeu, apenas abriu a mão para ver o que Harry havia lhe entregado e, é com total espanto que ele vê um dente.
- Ahn?!... - disse fitando o dente como se perguntasse: "quem é você e o que ta fazendo aqui?" - Ué, quem pôs esse dente aqui, hein?
Os três voltaram o olhar para a mão do garoto e entreolharam–se em seguida.
- Er... Danny... - principiou Tom erguendo a sobrancelha direita e dando um sorriso que deixava à mostra a linda, a sexy... covinha. - Ele é seu, dude! - respondeu ele por fim.
Silêncio.
-Meu?!... MEU?! - ele entrou em desespero, tentando recolocar o tal dente no lugar, mas sem sucesso - O QUÊ? COMO? QUANDO? POR QUÊ?
- Não adianta, baby. Caiu, ta caído, não adianta tentar colocar de volta - tentou filosofar o baixinho, pondo ambas as mãos na cintura, rindo - O bebê ta banguelinho e o melhor que ele tem de fazer é aceitar isso. Que peninha!
- Meu, deixa de ser chato, Dougie. - censurou Harry ainda tentando acalmar Danny - Vamos dar um jeito nisso juntos, se preocupa não, cara!
Ele assentiu, voltando o olhar para o dente que ainda encontrava-se em sua mão.
- Pelo menos foi só um dente e não o tamanho - rebateu o africano, lançando ao baixinho um olhar "mortal". (N/A:Lança um olhar desses pra mim!)
- Não falei nenhuma mentiram - ele deu de ombros não deixando-se intimidar pela ameaça - É melhor ser baixinho do que banguelo, e para a sua informação, tamanho não é documento, já banguelice é, sem sombra de dúvidas, afastamento de mulheres. - opinou, esbanjando conhecimento.
- Já chega vocês dois - reprimiu-os Tom, irritado - Er... acho melhor levarmos ele a um dentista, Harry - sugeriu ele, fitando o amigo que encontrava-se fazendo cócegas nos pés do africano, este ria "pá se acabá".
- Er... ótima idéia!- concordou o outro lançando um olhar agradecido a Tom, recompondo-se, este fitava-o como se perguntasse através do olhar: "o que é que tu pensa que está fazendo, hein?".
Danny olhava indignado de Tom para Harry e vice-versa.
- Péssima idéia, você quer dizer, né? - indagou ele, só para checar, terminando de calçar os tênis.
- Por quê? É melhor do que ficar com essa janela horrenda à mostra, não acha? - disse Harry.
- Eu não sou muito chegado nesse lance de dentista, eles só fazem cutucar meus lindos dentinhos, e eu não gosto nem um pouquinho disso.
- Ha-ha... admita, Jones, você ta é com medo - zoou Dougie, rindo - "Tá com medo do dentista, lá-lá-lá-lá. Aí, eu to com medo de que ele arranque o restante dos meus dentinhos." - o baixinho iniciou a cantoria, afeminando a voz.
- Não to não, baixinho magricela! - rebateu o outro com vontade.
- Tá sim, cabelo "tóim-tóim"! - insistiu Dougie, doido pra puxar briga, em pose de lutador de boxe, gingando, ou melhor, pulando.
- Já disse que não tô! - reforçou, trincando os dentes com uma espécie de raiva incontida.
- E eu digo que tá e pronto - finalizou o baixinho, tentando parar com a discussão já que não queria deixar o amigo banguelo de vez.
- Eu não tenho medo de nada, só não gosto que futuquem meus dentes. - ele tentou se justificar.
- Hum!... sei!... - Dougie decidiu deixar quieto.
- Eu não vou e vocês não vão me obrigar a ir - disse, batendo o pé e cruzado os braços, finalizando com uma sexy cara de mau.
- Deixa dessa, cara. Bora logo e deixa de enrolar - apressou-o Harry, tentando puxar o garoto, mas ele empacou. - Dannyyy?! Hellôôô!
Harry faz nova tentativa, mas ele não quer saber de conversa e nem de sair do lugar.
- Não vou, não vou, não vou! Daqui eu não saio, daqui ninguém me tira - reforçou o africano ainda batendo o pé e recusando-se a ir ao tal dentista.
- Ai, meu Deus! - exclamou Harry já com os nervos à flor da pele. - Será que daria pra vocês dois me darem uma mãozinha aqui? - indagou, fitando o loiro oxigenado e o baixinho encrenqueiro, que estavam na maior das empolgações brincando de "Dim Dim castelo" na calçada.
- Quê?! - indagaram, desligando-se da brincadeira e voltando o olhar para Harry, ambos erguendo as sobrancelhas e com as duas mãos na cintura.
- Mais essa, é demais! - já impaciente, Harry puxa Dougie e em um "vapt-vupt" o guri cai em uma fossa semi-aberta e inicia a "sessão HEEELP".
- DOUGIEE? MY LITTLE BABY, VOCÊ AINDA TÁ AÍ? - berra Harry com a cabeça totalmente voltada para dentro do buraco.
- NÃÃÃOO. MAS A TUA AVÓ TÁ, QUER BATER UM PAPINHO COM ELA? - ironizou o baixinho, invocado - VAMOS RESPEITAR, NÉ, IDIOTICE TEM LIMITE.
- INGRATO! - ele fechou a cara.
- INGRATO UMA PINÓIA! - revidou. - AGORA TRATA DE ARRANJAR UMA MANEIRA DE ME TIRAR DAQUI PELO AMOR DO... TOM DELONGE... AIAI!
- Ihhhh... olha pro surtado - brincou Danny - Apaixonou-se. UHU!
Risos.
- DANNY?! - chamou Dougie.
- Quié?
- FICA CALADINHO NA TUA, VALEU?
- Não, vai me obrigar?
- ORA... DEIXA SÓ EU SAIR DAQUI QUE EU TE PEGO DE JEITO.
- Em que posição, benhê? - rebateu Jones, malicioso, mordendo o lábio inferior e desabotoando os dois primeiros botões da camisa de xadrez vermelho, azul e branco, lançando a Tom olhares sedutores.
Silêncio.
- Que é que foi, que é que há? - Tom deu uma de "Seu Madruga". - Tá me estranhando ou o quê? - perguntou ele, fitando o guri que prosseguia o "Striptese" em plena avenida.
- Ainda tem dúvidas, xuxu? - quis saber o outro desabotoando mais um botão e colocado o dedo indicador na boca, sensualmente.
O africano caminhou lentamente até Tom e deslizou o dedo indicador por todo o peitoral do garoto, fazendo uma cara safada e lançando mais olhares provocantes a ele.
- SAI PRA LÁ QUE O MEU LANCE É COM MULHER E NÃO COM GAY, TÁ ME ENTENDENDO? - ele empurrou o amigo de leve para longe de si.
- O que você tem contra homossexuais? - indagou Danny fazendo pose de "Aí, benhê, eu te arrebentava a cara, mas acabei de fazer as unhas. Elas não ficaram F-O-F-A-S?"
- Nada.
- Então?
- Então, o quê?
- Aff! - fez Harry. - Que tal vocês pararem com essa baboseira toda? Isso já ta me dando enjôos. - pediu ele levando a mão a barriga.
- Calma, Juddizinho, ainda não chegou a sua hora, querido - disse Dougie, agachado, alisando com carinho a barriga de Harry - Seu pai ainda precisa ter relações sexuais comigo para você poder vir ao mundo, baby. E você tem que sair de mim e não dele, ta O.K.?
- Hã? Quê? Como? Será? Vixe? Assombração tem reflexo? - gaguejou Tom fitando o guri como se este fosse uma assombração que acabara de sair daqueles filmes de terror antigo.
- Como é que tu saiu de lá hein, baixinho? - Danny apontava para a fossa, agora fechada, seguido de uma indicada de dedo para o anão.
- Ora, vocês não viram? O super-homem, aquele gato, veio me socorrer já que vocês não tiveram a bondade de me ajudar, né? - respondeu ele, com uma cara-de-pau daquelas, fazendo cara de "Que foi? É pura verdade, eu até peguei o MSN dele. Querem ver?"
- Ah... deixa dessa, dude. - Tom, assim como Danny e Harry, não deu a mínima para a invenção da criança, como qualquer outra pessoa em sã consciência faria.
- Caso você não tenha percebido, ninguém aqui está interessado em saber se foi o super-homem, a bela adormecida, ou até mesmo a branca de neve que notou que entre os sete anões faltava um. E pra finalizar, não podemos descartar a possibilidade de o Cosmo, aquele xuxuzinho, ter lembrado que precisam de uma perereca saltitante no "Padrinhos mágicos". - falou Tom.
Dougie, Danny e Harry fixam os olhos no garoto.
- Hã?! - disse Harry, indignado. - Pirou na batatinha, meu irmão?
- Ihhh..., olha aí o cara, pirou de vez - resenhou Danny - O lado biba aflorou mais rápido do que eu imaginei. Ai, benhê! Mas que Frufru.
- Dude, essas descolorações estão afetando cada vez mais o seu sistema cerebral, ele está se tornando Jones - finalizou o anão, rindo, abraçado a Harry.
- Esculacha, mas não esculhamba não, pô! - pediu o oxigenado - Mas, falando sério, dude, como é que tu conseguiu sair daquela fossa?
- Fácil como passar manteiga no pão. - respondeu ele, lambendo os beiços - caso vocês não recordem neste exato momento, há uma escada de emergência dentro desses bueiros, e foi por uma delas que eu subi e sai. Simples, não?
- Ahh... sério?! Dessa eu não sabia - exclamou Tom, impressionado com a falsa inteligência do guri.
- Pois é, meu querido! Agora ficou sabendo e trata de não esquecer - lembrou o baixinho - Ah, Danny, tenho uma boa notícia para ti, encontramos alguém mais burro de você... o Tom.
Risos.
(Sirene de ambulância)
- STOOP! STOOOPP!! - berrou Tom, do nada, correndo e parando no meio da rua, em frente a van, fazendo sinal para que esta parasse.
(Barulho de freio)
Com a freada inesperada, um dos enfermeiros voou longe, ultrapassando o pára-brisa e indo cair em cima do Tom.
Tom e o enfermeiro ficaram desacordados durante alguns minutos, até que...
- SAI DE CIMA DE MIM! SAII! - berrou Tom em meio a um faniquito. - CHISPA PA LONGE D'EU!
- Calma aí, cara, eu não tive culpa - desculpou-se o tal enfermeiro, saindo de cima do garoto e ajudando-o a levantar.
- Hã?! - fez Tom, aparentando boiar na maionese - Ah,...nada não.
Um ano depois, o motorista desce do carro e caminha até os dois, berrando feito louco enquanto gesticulava para Tom.
- VOCÊ É LOUCO OU O QUÊ, GAROTO? NÃO ACHA QUE TÁ MUITO NOVO PRA MORRER NÃO?
- Ainda não cheguei a tal ponto - rebateu Tom, na maior cara-de-pau - Mas se você encontrar o Darth Vader pode dizer a ele que eu sou louquinho por ele. Aiai! - suspirou ele a caminho do país das maravilhas. - Com aquela voz... ui... sexy, não?
- Sai pra lá, ô bicha louca dos infernos, sai deste corpo que não te pertence. Sai de dentro do meu amigo, cara! - pediu Danny, sacudindo o guri pra tudo quanto é lado, a fim de tirar o espírito amaldiçoado e desmunhecado de dentro de Tom.
- Que bicha louca o quê, praga? - reclamou ele afastando o guri - Ficou louco foi? Agora vê se vai pra lá que eu quero falar em particular com eles, portanto, chispa pra longe.
- Vixe! A pessoa vai ajudar e leva patada. - disse o outro chutando uma pedra - Humpft! Também num ajudo mais. - continuou, caminhando para junto de Harry e Dougie que acabavam de sair de uma tremenda crise de riso após o "show biba" de Tom.
- Er... já que vocês não estão ocupados, que tal darem uma mãozinha pra gente? - sugeriu ele, passando a mão direita pelos cabelos, assanhando-os um pouco.
- Ocupados? Que nada, cara. Nós só temos que pegar uma paciente meio desequilibrada que está prestes a derrubar a casa em menos de 15 minutos, contagem regressiva. - ironizou o motorista, sorrindo.
- Sorry, eu não sabia.
- Hum!... mas de que tipo de ajuda estamos falando? - quis saber ele, erguendo uma sobrancelha e baixando a outra em sinal de dúvida em ajudar ou não um loiro oxigenado que se joga do nada na frente de um ambulância em movimento e aflora o lado biba.
- É o seguinte, meu amigo ali - ele indicou, disfarçadamente, Danny - necessita urgentemente ir ao dentista, mas se recusa a admitir que tem medo, já tentamos leva-lo, mas toda vez ele empaca - prosseguiu Tom, em voz semi-baixa - E aí, topam nos ajudar?
O motorista e os enfermeiros entreolharam-se por alguns segundos.
- É que, como eu falei antes, nós temos um pequeno "serviço" - explicou um dos enfermeiros.
- Serviço? Que serviço? - indagou Tom, não recordando.
- Er... caso você não tenha reparado, nós somos do Manicômio Zé Lopes e temos que buscar uma paciente meio "lélé" - respondeu ele dando ênfase no "lélé".
- Não faz muita diferença já que meu amigo é meio, digamos que, desneuronizado - comentou Tom, reparando no símbolo do tal manicômio no canto esquerdo do que restou do pára-brisa, já que o coitado do enfermeiro havia voado pro ali minutos antes.
- Desneuronizado? Como assim? - indagaram os três.
- É que a falta de algumas células cerebrais afeta o raciocínio dele. Um defeitozinho de fábrica problemático esse, mas fora isso, considera-se ele uma pessoa "normal".
- Hum!... Acho que podemos ajuda-los - comunicou, finalmente o enfermeiro. - Não é possível que a tal garota derrube a casa, afinal, estaremos fazendo nossa boa-ação diária, não é amigos?
- Sem problemas! - concordou o motorista caminhando até a traseira da ambulância e voltando minutos depois com uma camisa de força rosa-choque nas mãos.
- Pra quê isso? - quis saber Tom, fitando a tal camisa.
- Ah... é uma ajudazinha extra, mas não se preocupe, não fará mal algum ao seu amigo - respondeu o outro enfermeiro. - Hora da ação, amigos!
- "Só espero que o Danny não vire biba de vez depois de vestir essa camisa" - pensou Tom, preocupado.
Harry e Dougie ainda tentavam convencer o garoto a ir ao tal dentista.
Enquanto isso, os três aproximaram-se lentamente de Danny e, num instante de minuto, os dois enfermeiros o seguraram, enquanto o motorista vestia a camisa de força nele.
- QUÊ?! - berrou ele, sem entender "neca de pitibiriba" do que estava acontecendo. - ME LARGUEM! ME LARGUEM AGORA MESMO! EU NÃO SOU LOUCO!! LARGAAA!!
Tom aproximou-se do amigo e avisou:
- Calma, dude, isso é necessário. Tá, a camisa de força não estava nos planos, mas eu já te disse que você ficou ultra-fashion com ela?... Ela é bem melhor do que aquela sua blusinha mega-emo xadrez vermelho, azul e branco.
- Não acredito que você ta por trás disso, Tom, logo você que eu achei que nunca me trairia. - remoeu ele - Saí pra lá! Vai desmunhecar em outro lugar, perto de mim não! Distância, distância!!
- Calma, please!
- NÃO ME PEÇA PRA FICAR CALMO. EU NÃO QUERO FICAR CALMO! - berrou ele, indignado. - EU NÃO SOU LOUCO E VOCÊ MAIS DO QUE NINGUÉM SABE DISSO, PORTANTO, MANDA LOGO ESSAS COISA ME LARGAREM. EI, TIRA A MÃO DAÍ! QUE COISA! - reprimiu ele o motorista desavergonhado, que possuía a mão a alguns centímetros do "dito-cujo" do guri - EU NÃO SOU DA TUA LAIA NÃO, Ô COISA. SE VOCÊ É BIBA, PARABÉNS, FAÇA BOM PROVEITO, MAS EU NÃO SOU, PORTANTO... DISTÂNCIA! - ele se perguntava, fitando com desgosto a tal camisa. - Por que isso tinha que ser rosa, hein? Tanta cor no mundo e vocês escolhem logo essa.
Harry e Dougie ainda boiavam no fandangos, mas resolveram não interferir no "balacobaco" que se formava entre o amigo, os dois enfermeiros e o motorista desmunhecado.
Após muito esforço, os três conseguiram, finalmente, colocar o guri dentro da ambulância e, é claro, vestido na bela camisa de força rosa "chique-chique".
- Ufa! - suspiraram os três, ofegantes, entrando no carro.
Como não era pra menos, Tom, "o esperto", se joga novamente na frente da van, só que desta vez, ele vira de costas para ela e abaixa as calças, mostrando a "buzanfa" pra quem quisesse ver.
- Que é que foi agora, hein? - quis saber o motorista, invocado. - "Nossa, mas que bunda. Uiui" - suspirou o desmunhecado, abanando-se com as mãos.
- Nós também vamos. - disse, levantando a calça, corando após o comentário do tal motorista.
- Pra quê?
- Ora essa, nós vamos sim senhor, ou você acha mesmo que nós aqui vamos deixar você desmunhecar o nosso leso? - rebateu o baixinho, soltando a franga.
- Não é necessário - acompanhou o outro enfermeiro.
Dougie, Harry e Tom tanto insistiram que os três acabaram cedendo ao tal pedido.
Mas, como problema e confusão não tem hora nem lugar pra acontecer...
Danny repara que a porta traseira da van encontrava-se escancarada, então, ele não perde tempo e pinota pra fora desta e dana-se a correr pelo meio da rua. Imagina só, Jones correndo feito louco por uma avenida super-movimentada, vestido em uma camisa de força rosa-choque.(N/A:Imperdível!!)
Um ciclista desatento, não vê o garoto e o quê? O atropela de jeito, fazendo com que este caia no chão de quatro e, como coisa ruim quando acontece, todo mundo chega pra ver. As pessoas se aproximam e perguntam umas as outras:
- Quem morreu? - quis saber uma idosa apoiando o queixo no ombro de um rapaz, a fim de ver o acidentado.
- Acho que ninguém, por enquanto, mas acho que o acidente foi feio. - responde o rapaz.
Os outros seis, dentro da ambulância, não notam o sumiço do guri e seguem para o consultório.
Chegando lá....
- Chegou a hora de tirarmos a fera daí - alertou um dos enfermeiros descendo do carro junto aos outros dois.
Quando ele abre a porta traseira do carro e depara-se com Tom, Harry e Dougie bem sentadões ouvindo pelo rádio a um jogo de futebol, nota que falta o personagem principal da história.
- Ei! Cadê o seu amigo biruta, hein?
Tom desliga o rádio e vira-se para os amigos.
- Quem?! - indaga ele, erguendo as sobrancelhas, como se tivesse perdido algo ao longo da conversa - Ele não estava na frente com vocês?
- Nãããão! - respondeu o motorista. - A gente pôs ele aqui atrás antes de vocês começarem a nos azucrinar querendo vir junto, lembram?
- Oxi! - estranhou o baixinho, fincando o indicador na bochecha - Então... acho que ele fugiu.
- Não me diga! Eu não tinha percebido! - ironizou o outro enfermeiro, fazendo cara de: "Sério?!".
- E agora, o que que a gente faz? - quis saber Tom, sério, preocupado com amigo.
- Procura, né?! - respondeu Harry como se aquilo fosse a coisa mais óbvia do mundo - Onde tiver uma multidão gritando: "Tem um louco aqui", quer dizer que nós o encontramos.
- Pelo menos um que pensa. - chamou-os o motorista, entrando na van - O.k.! Então, 'simbora.
Os outros cinco entraram na van e o desmunhecado seguiu em frente.
Rua por rua e nada de Danny Jones.
- Caras, acho que não adianta mais a gente procurar, o jeito vai ser esperarmos até ele voltar por vontade própria. - rendeu-se o motorista, após para em um sinal vermelho.
- Peraí! - reparou Dougie fitando pelo buraco onde deveria estar o pára-brisa e avistando uma multidão no fim da rua - O que é aquilo ali, será que morreu gente?
- Não! - falou Harry, sorrindo, aliviado - Acho que nos encontramos o nosso leso descerebrado.
- Será, mô? - perguntou o baixinho, carinhosamente.
- Absoluta certeza, querida! - respondeu o outro, segurando a mão de Dougie, estilo "casal feliz".
- E então, o que é que tu tá esperando, hein? - alertou Tom ao motorista. - Pisa fundo, meu camarada!
- Ahn?... Tá! - ele saiu do transe e pisou fundo no acelerador e saindo em disparada, freou bem próximo a multidão, esta deu espaço para a van passar.
- DANNY? - chamou Dougie. - DANNY, MEU LESINHO QUERIDO - berrou ele, correndo na direção do amigo, este ainda encontrava-se de quatro no meio da rua e, simplesmente, pulou em cima do guri.
- Calma, Dougie! Sai de cima dele, garoto! - Harry tentava tirar o baixinho surtado de cima de Danny, mas o garoto não saía, não largava de jeito maneira.
Enquanto isso, o africano tentava respirar já que Dougie o sufocava, abraçando-o pelo pescoço.
- Você vai acabar matando ele, Dougie! - disse Tom, ajudando Harry e, finalmente, conseguindo fazer o baixinho largar os cabelos de Danny, que agora fitava todos com os olhos arregalados.
- Onde é que eu to? - perguntou ele, algo absurdo de se perguntar.
- Não reconheceu? - provocou Tom, sério - Você está no planeta Marte - responde, forçando-se a não rir - Quer conhecer o grupo de marcianos intergaláticos que nós conhecemos?
- Marte?! - estranhou ele. - Que massa! Quero sim - festejou o guri, nem desconfiando da brincadeira que Tom aprontava com ele, tadinho - Cadê eles? Cadê?
- Estão dentro da sua boxer - falou Tom. - Não os está sentindo?
- Não.
Do nada, Danny desabotoa o jeans, abre o zíper e puxa a boxer, olhando dentro dela.
- Não tem nada aqui. Eles são invisíveis é?
- Não, Danny. Eles não existem, porque isso é apenas uma brincadeira do Tom - Harry acabou com a folia de Tom e Dougie, que acabavam de entrar numa terrível crise de riso - Vem. - ele ofereceu a mão para ajuda-lo a levantar.
- Estraga prazer - censuraram, os dois, fazendo bico.
- Humpft - fez Danny, agora livre da tal camisa de força - Valeu, dude!
- De nada! - disse Harry - Agora, pelo amor de São Crispino das pernas tortas, vamos ao dentista.
- Não! - ele tinha a resposta na ponta da língua.
Harry assoviou e alguns minutos depois, o motorista e os dois enfermeiros descem da ambulância e direcionam-se para Danny.
- Ah não! De novo não! - suspirou ele, prestes a correr, mas Harry e Tom o seguraram pelo braço.
E lá estava Danny Jones, mais uma vez dentro da fashion camisa de força rosa-choque.
Desta vez foi bem mais fácil colocá-lo dentro da ambulância já que o atropelamento o havia deixado sem forças para reagir.
Todos já dentro da van.
- Direto para o consultório, nenhum desvio, nenhuma parada. Sinal vermelho não existe, passa direto. Freio? Só na porta do consultório, entendido? - Harry deu uma de chefe de polícia, dando as ordens aos cadetes.
- Entendido, senhor! - concordaram os outros, rindo em seguida.
Algum tempo depois...
Os dois enfermeiros e o motorista descem e ajudam Danny a sair da van. Quando um carro de propaganda passa lentamente e começa a tocar:
"Dói, um tapinha não dói
um tapinha não dói
um tapinha não dói
Só um tapinha..."

Fato, que as quatro pestes mais os três servidores públicos, iniciam a "sessão dança feia" em plena porta do consultório do dentista.
Um garotinho que passava de mãos dadas com a mãe, comenta:
- Olha, mãe! As bibas tão à solta. ASUAHUA...
- Menino! - reprimiu ela, segurando o riso - Que coisa mais feia!
- Que nada! Eu não tenho culpa - ele deu de ombros - Olha só aquele ali - ele aponta para Harry, que parecia mais um siri -, parece até a lacraia dançando; e aquele outro, então, é idêntico a uma gazela manca - ele fita Danny, que fazia grrr... grrr, pulando numa perna só já que ainda estava preso na camisa; já aquele ali, soltou a franga - foi a vez de Dougie ser atingido pelos comentários sarcásticos do garoto, este rebolava até o chão com direito a dedinho na boca e tremidinhas calientes - Vixe, e aquele ali só fica rindo - finalizou ele, indicando Tom, que estava com ambas as mãos nos joelhos em pose de "e vai descendo na boquinha da garrafa...", rindo da lacraia Judd descendo na boquinha da garrafa e Danny, dançando a dança do siri, já Dougie, encontrava-se na maior das empolgações com a sua dança da motinha.
- Meu Deus! - exclamou a mãe, chocada com a mentalidade do filho - Vamos embora, querido - ela o puxou pela mão e juntos seguiram até que dobraram em um esquina.
- 'Simbora pra dentro, galera! - alertou-os Harry, libertando-se do espírito "lacraia Judd".
- Não. Eu não quero! - novamente, Danny tentou resistir, mas tudo em vão.
- Vai sim - reforçou o enfermeiro.
- Vocês vão me pagar. Isso não vai ficar assim, eu não me rendo sem luta - ameaçou ele, tentando soltar-se dos braços que o seguravam - Vou denunciar vocês pras autoridades, viu?
- Calmaí, garoto. Nós não fizemos nada de errado, apenas trouxemos você ao dentista já que você não quis vir com seus próprios pés - disse o motorista.
- Então, será que daria para vocês me soltarem? - pediu ele, fazendo cara de anjo - Confiem em mim, eu não sou louco de tentar fugir de novo, ta?
- Já que você insiste - rendeu-se o motorista, fazendo bico
- Sai pra lá, ô coisa ruim! - ordenou Danny, afastando a mão do "homem".
- Então, como é que eu vou lhe ajudar? - perguntou o outro, algo óbvio.
- Tá, você venceu! Mas olha lá, hein? Se botar a mão onde não deve vai levar um sopapo dos grandes.
O motorista obedeceu e desatou as fivelas da camisa de força, mas por mera segurança, Tom e Dougie seguraram-no. Enquanto ele tentava desvencilhar-se dos dois e acertar um soco bem nas fuças do baixinho, Harry agradecia aos enfermeiros e ao motorista, este ficou lançando ao guri olhares sedutores.
- Er... valeu mesmo, caras! - agradeceu ele, meio desconcertado, praticamente dando as costas para o motorista desmunhecado. - Acho que sem a ajuda de vocês não chegaríamos nem a metade do caminho até aqui.
- De nada! Nós apenas fizemos o nosso trabalho, mesmo ele não sendo louco - falou um dos enfermeiros.
- Louco não, mas lindo... ô e como! - suspirou o assanhado, pondo ambas as mãos uma a cada lado do rosto.
- Meu Deus! - exclamou o outro enfermeiro, indignado com a cara-de-pau do amigo - Eu ainda me pergunto por que eu ando com você.
- Porque você me ama! - respondeu o outro, lançando-lhe piscadelas provocantes.
- Cara, eu já te disse mais de mil vezes. O meu lance é com M-U-L-H-E-R, entendeu? Mulher.
- Me tornarei uma só para você!
- Óia, aqueta logo esse facho e me esquece, moro?
- Humpft! - fez ele, voltando a fazer um biquinho sexy em direção a Harry.
- Voltando ao que interessa, mesmo o seu amigo não sendo louco, ele parece bem legal - comentou um dos enfermeiros.
- As aparências enganam, amigo - discordou Harry, rindo.
Risos.
- Até outro dia - ambos se despediram. - Bye, Danny!
- Bye - berrou o garoto em resposta.
- Bye, gostosão! - falou o motorista mandando-lhe beijinhos ao vento - A gente se encontra por aí, ta?
- Bye, gostosão, uma pinóia! - rebateu o outro, enfezado - Eu não vou entrar - ele virou-se para os outros três.
- Mais educação, Jones. Não foi assim que eu te criei - dramatizou Tom, dando uma de "Sra Jones".
- Claro que não, foi muito pior - ele possuía, novamente, a resposta na ponta da língua.
- Filho ingrato! - censurou Tom, fingindo raiva.
- Não começa, bolinha saltitante!
- Agora é que deu, começo sim! Vai me impedir?
- Deixa quieto que o teu trato só vem a noite. - provocou Danny, malicioso.
- Uiui! - fez o outro, dando uma de "madame frufru". (N/A:Quero uma biba dessas pra eu)
Mais risos.
- Sai pra lá que de biba louca já basta aquele motorista feio.
- Humm!... Quer dizer que se ele fosse bonito tu pegaria de jeito? - quis saber Dougie, parando em meio a uma crise de riso após olhar para Harry e ver que o guri encontrava-se sentado à um canto do consultório rindo "pa se acaba".
- Pára, dude. Tu vai morrer! - disse o baixinho ao amigo - Cara, tu ta mais vermelho do que a "bolinha saltitante blushuda" - ele indicou Tom, que fechou a cara após ouvir o apelido lançado pelo outro.
Alguns minutos mais tarde, Harry, finalmente se recompõe e caminha até a atendente, enquanto Danny lançava ameaças aos garotos.
- Se prepare, pois isso não vai ficar assim, viu? Vocês vão me pagar.
- Nós não fizemos nada de mais - retrucou Tom, tentando se redimir diante do amigo - Mas, que você ficou um xuxuzinho com aquela camisa de força rosa, ai se ficou!
- Me esquece! Já não me bastasse aquele motorista viadão, agora até o meu melhor amigo ta dando em cima de mim. É o fim! O mundo ta perdido! - desabafou o africano, virado na peste, remoendo os "acontecimentos amorosos". - Ah... eu não mereço isso. Não mereço mesmo.
- Tô brincando, cara!
- Hum!... Vai se lá saber, né? - provocou o cabelo "tóim-tóim".
- Bora entrar logo e deixar com essa viadagem, ela ta acabando com a nossa reputação - pediu o baixinho entrando.
- Não vou. De maneira alguma. Quer dizer... só se o Michael J. Fox me carregar no colo porta adentro.
- Chama a peste. Michael, please! Come on, Danny, please! - implicou Tom, rindo.
- Você não vai querer ficar banguelo pro resto da vida, né? - zoou Dougie, rindo também - Já é feio por natureza, imagina banguelo, vai assustar até os mortos.
- Humpft! - fez ele, amarrando, mais uma vez, a cara para os dois.
Harry voltou e sentou ao lado dele, perguntando logo em seguida o porquê do bico.
- Que que foi agora, hein? - indagou ele, cansado de tanta confusão.
- Por que sou sempre eu que sou esculachado? - suspirou ele, voltando a fazer um bico de dar pena - Que sou obrigado a vestir uma camisa de força rosa-choque, feia; que sou assediado por um motorista maníaco sexual, e até mesmo, pelo meu próprio amigo. Buáááááá...
- Ô, gente. Maneira aí, o guri não merece tanto massacre. - censurou Harry, mexendo nos cachinhos do garoto e lançando um olhar de censura aos amigos. - Já em relação a camisa de força, eu concordo com o Tom, você ficou uma gracinha com ela.
Harry tenta tirara a mão do cabelo de Danny, mas...
- INGANCHÔ, INGANCHÔ!! - ele começa a gritar, pedindo socorro aos outros - SOCORRE, SOCORRE!! O MATAGAL QUER DEVORAR MINHA MÃO. TIRA, TIRA!!
- Quê?! - Tom não fazia idéia do que fazer. Não sabia se ria ou se chorava da situação.
- SAAIII!! - berraram Harry e Danny juntos, devido a Harry ter puxado as mãos puxou também os cachinhos de Danny, que estava quase chorando de dor.
- Olha a tesoura - avisou Dougie, com o objeto em mãos.
- NEM VEM QUE NÃO TEM. SAI PRA LÁ! DISTÂNCIA, DISTÂNCIA!! - ordenou o outro, metendo as mãos nos cabelos.
- Olha... - diz Tom.
- O quê? - todos viram-se para ele.
- O Edward mãos de tesoura ta aqui - completa ele sério.
- Onde? - todos iniciam a procura.
- Aqui.
- Onde, peste? - indagaram os três já impacientes.
- No Dougie.
Finalmente, Danny e Harry conseguem se separar.
- Êêêêê!... festeja Danny, pulando feito perereca.
- Ufa! - disse Harry - Nunca mais ponho a mão no teu cabelo.
- Acho bom mesmo.
- Voltando... Dougie?! Tu foi possuído pelo Edward? - quis saber Danny, assustado, praticamente com os olhos estufados na direção do baixinho.
- Claro que não, né? - respondeu o outro, algo óbvio - Já o nosso amigo aqui - ele indicou Tom -, eu tenho lá minhas desconfianças. - contou. -Esse dá tara até traça, pernilongo... nem o coitado do Zuckie escapou.
- É o fogo! - brincou Harry, entrando em crise de riso junto a, ninguém mais, ninguém menos, que Danny Jones.
- Danny... - chamou Dougie.
- Quié? - quis saber ele, com uma voz sarcástica.
- Você ficou mesmo uma fofura com aquela coisa rosa "chique-chique", viu?
- Não acredito! - ele estava realmente indignado. - Até tu, Dougie? Meu Deus, esse mundo ta mesmo perdido.
- Desde que tu nasceu ele piorou - provocou o baixinho, rindo.
- Aff!
Alguns minutos depois...
- Sr. Daniel Jones? - chamou a atendente em voz alta.
Danny simplesmente petrificou no assento, mas Dougie não deixou por menos, alertou-o.
- E aí, Sr. Jones? Comé que vai ser? - indagou ele, dando ênfase no "Sr. Jones" - Vai entrar sozinho ou precisa de companhia?
- Sozinho, é claro - respondeu ele, finalmente, caminhando até o balcão, afim de saber qual era a sala. - Qual sala?
- Segunda porta à direita - disse ela, educadamente, sorrindo.
- 'Brigado! - agradeceu o assanhado, lançando a garota uma piscadela e seguindo o caminho indicado pela mesma.
Ao chegar lá, ele deu duas batidas na porta e a abriu.
- Boa tarde, Danny! - cumprimentou o dentista, um homem calvo, aparentava uns 40 anos, de estatura baixa. - Sente-se, por favor.
- Não muito boa - discordou Danny, sentando-se - Acho que pior não pode ficar.
- Por quê? O que houve?
- Meu dente caiu - respondeu, sem muita vontade, mostrando-lhe a janelinha e o dente, que ainda encontrava-se em sua mão.
- Hum!... Como isso aconteceu? Você caiu?
- Comendo milho - falou, baixando a cabeça e pondo-se a fitar o tênis puma.
Tadinho do dentista, ele não sabia se ria ou se chorava.
- Deixa eu dar uma olhada - pediu, lançando ao garoto um pedido de desculpas.
Ele pediu para que Danny sentasse na cadeira e pôs-se a "supervisionar" a boca dele.
- E aí, Doutor? Alguma solução? - quis saber, receando o pior, após a "análise".
- Não há muito o que fazer, querido - respondeu, sentando-se. - Mas se você quiser dar uma passadinha lá em casa mais tarde, eu convidei uns "amigos" e a gente pode brincar bastante. O que você acha?
- Por acaso o senhor está me cantando?
- Claro. E por que não?
- Não é possível! Eu devo ter um imã para atrair boiolas. Mas será possível!
- Que é isso? Que preconceito é esse?
- Olha aqui, eu já fui assediado por um motorista viadão; meu melhor amigo deu em cima de mim; e, agora vem o senhor e me lança uma cantada dessas. - exaltou-se. - Ah... tenha santa paciência, né? - continuou, prestes a abrir a porta e sair. - Eu vou é me mandar antes que até os aparelhos queiram me tarar.
- Não. Volte já aqui! - o dentista quase implorou. - Por favor, eu vou lhe atender direito.
- Já vou avisando - ele sentou novamente, e lançou ao homem um olhar "mortal" - Se me cantar outra vez, eu saio por aquela porta e nunca mais volto, ok?
- Okok! - concordou o outro, de má vontade.
- E então, qual é a solução?
- Você fazer um implante
- Im... o quê?! - o guri seguiu seus instintos lentos.
- Implante é um outro dente que substituirá o que caiu - explicou, com cautela.
- Ah, ta.
- Mas só reimplantaremos se você quiser, é claro. Se você acha que essa "janelinha" irá lhe prejudicar, faremos, se não, não há necessidade de fazer o reimplante.
O dentista forçava-se a não atacar Jones e lhe dar uma beijocas bem dadas. Só que estava ficando meio difícil já que os dois estavam muito próximos um do outro.
- Vai doer? - perguntou Danny, levando novamente a mão à boca.
- "Se você quiser pode ser rápido, mas se não, pode ser o mais lento possível" - murmurou o assanhado, pensando besteira, óbvio.
- Coméquié?! - ele estava indignado.
- Ãhn?!... nada... Se usarmos a anestesia não doerá tanto - ele se recompôs.
- Ah, é aquele liquidozinho que é aplicado com uma seringa, impedindo a pessoa de sentir dor, não é? - ele deu uma de expert no assunto (N/A:Também pudera, né?Ele tinha que saber alguma coisa).
- Isso mesmo! - concordou e pensou baixo. - "Além de ser um bofe gato, hot e tudo de bom, ele ainda é inteligente!" - ele deixou escapar em voz alta. - Que máximo!
- O que que é máximo?
- Nada de mais.
- Hum!... - o africano refletiu alguns instantes - Acho que não, prefiro a minha janelinha - respondeu ele por fim.
- Se você prefere assim, não irei contrariá-lo. Mas, caso mude de idéia é só voltar aqui que a gente dá um jeitinho. Está bem? - sugeriu, lançando-lhe olhares sedutores.
- Sai pra lá! Valeu pelas informações. Bye! - ele se despediu e saiu da sala o mais rápido que pôde.
Ao sair, ele encontrou Dougie, Harry e Tom, brincando de "adedonha" do lado de fora da sala, sentados no tapete. A atendente apenas fitava de longe, achando graça daquilo.
- Er... Pô, véi! - exclamou Harry, com o dedo indicador na boca, em um gesto sensual, mas nesse caso, pensativo (N/A:Será?!Hum!...num sei não, viu?).
- Ah... Crashed the wedding... Ahá! - falou Dougie, rindo e fazendo gestos de vitória.
- Chills in the evening - completou Tom, feliz da vida.
- Er... hum... c... c... Crazy little thing called love - respondeu o inglesão, para a felicidade de todos, em principal dele, é claro.
O africano aproximou-se dos guris, indignado.
- Não acredito que vocês estão brincando de adedonha.
- Que que tem? - implicou Dougie, doido pra puxar briga, virando-se para o garoto.
- Nada. - ele deu de ombros.
- Quer brincar com a gente? - perguntou Tom, mostrando a bela covinha ao sorrir para o amigo, parecia uma criança.
- Não. - respondeu Danny, sentando-se no sofá.
Dougie levantou e sentou no chão entre as pernas dele.
- Bem mais confortável - disse o assanhado.
- Olha o fogo, Douglas Poynter. - censurou Harry. - Guarda pra mais tarde.
- Não se preocupe, querido. Tem pra dar e vender - ele lançou-lhe uma piscadela acompanhado de um sorriso, provocantes.
Risos.
- Er... e aí, Danny? Resolveu o problema? - perguntou Harry, virando e ficando de frente para o garoto, curioso para ver a transformação dentária do amigo.
- Digamos que sim. - respondeu, mostrando um sorriso.
- Cadê? - Tom pediu ao amigo para que este abrisse a boca e mostrasse o resultado.
E é com espanto que ele estranha a felicidade de Danny já que não houve modificações na boca dele, tudo encontrava-se exatamente como antes, pois a "janelinha" continuava intacta e... sem dente.
- Oxi! - exclamou Tom, arqueando as sobrancelhas. - Mas eu não vejo nada de diferente. O que ele fez? Colocou um dente invisível foi?
- É mesmo, você continua "banguelinho da silva". Por quê? - disse o baixinho, não entendendo "neca de pitibiriba", assim como os outros dois.
- Isso mesmo, não tem nada de diferente - falou, como se fosse algo óbvio.
- Ué... mas por que isso? - Tom voltou a perguntar.
- Porque eu achei melhor e mais seguro assim, vai que aquela bicha louca acabasse me deixando banguelo por inteiro, e até mesmo descabaçado.
- Convenhamos que não muito diferente do normal - falou ele - Mas como assim bicha louca, e desde quando você não é descabaçado?
- A peste desse dentista é uma viadão daqueles, que lhe joga cantadas de pedreiro e fica murmurando pornografias com relação a você na maior cara-de-pau - contou ele - E, é claro, eu sou descabaçado com relação a mulheres e não a homens, entendeu xuxu?
- Ah, ta!
- Dude, acho que tu devia se benzer, as macumba do povo tão te pegando de jeito - aconselhou o baixinho.
- Valeu, Dougie! E, obrigado pela parte que me toca - rebateu ele, irônico.
- Nada, precisando eu to aqui... inteirinho só para você - disse, sorrindo maliciosamente.
- Dougieee... - reprimiu Harry, fingindo irritação e ciúmes. - Sinceramente, Danny, você é completamente anormal e único, garoto! - disse, fitando-o. - É por isso que eu te amo, cara!
- Não começa! Sai pra lá que por hoje já basta de viado pegando no meu pé.
- E eu que sempre achei que era louco, mas já vi que tem gente muito pior - confessou Tom, rindo.
- Só digo uma coisa, tu vai é afastar as mina assim... banguelo - avisou Dougie.
- Que nada, pó! - finalizou o guri, mostrando um sorriso que deixava à mostra a charmosa e sexy, "janelinha" - A janela será sempre secreta.
Os quatro ficaram um do lado do outro e...

"Eu vou, eu vou, para casa agora eu vou
Pararatibum, pararatibum...
Eu vou, eu vou..."

...deram uma de sete anões, nesse caso quatro, cantando, dançando e saltitando em pleno centro de Londres.


N/A:
Espero que vocês tenham curtido bastante essa fic.Minha inspiração veio após ver os extra do Greatest Hits, especificadamente da parte do nosso querido Jones devorando um delicioso milhinho e deixa à mostra a famosa “janelinha secreta”.Tipo, confesso que ta meio bestinha, mas vamos lá, adimitam que ficou muito resenha e completamente se noção, isso é o que importa, não?Quem diria, hein?Danny Jones, vocalista e guitarrista do McFLY, perdeu um de seus belos dentinhos comendo um inofensivo milhinho?INIMAGINÁVEL! ASHUAHUAH...
Agradeço a todos por terem tido paciência e por terem dedicado boa parte do valioso tempo de vocês e, é claro, faço um mero pedido em troca...
COMENTEM, PLEASEEE!!VLW!!
Bjs!

 


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