Eu estava lá, embaixo daquela árvore, que há alguns meses ele disse que me deixaria, pela minha segurança humana.
Mas ele já havia voltado. Ele prometeu que não me deixaria, mas mesmo assim eu tinha uma pontada de medo, de medo dele não cumprir sua promessa.
No meio de meu devaneio, ainda pensando como seria minha vida sem ele, a voz de veludo de meu Adônis me chamava à realidade:
- Bella?
- Oi Edward...
- No que estava pensando? Ainda me incomodo de não poder ler seus pensamentos.
Lembrei-me na mesma hora. "É como se a sua mente estivesse em AM e eu só sintonizasse FM".
- Pensava em Charlie e em Renée. - Menti.
- Arrã. - Disse Edward, com voz de quem não havia sido convencido pela minha mentira.
- Pensava também em quando você me transformaria - Falei rapidamente, como se fosse doer verbalizar aquilo.
Ele pôs um de seus dedos milagrosamente gelados para aquela tarde de um calor quase incompreensivo para Forks - geralmente minha cidade triste e acinzentada era tomada por uma chuva e frio quase ridículos. O seu dedo estava lá para me calar, não estava passeando pelo contorno da minha boca, como quase sempre fazia.
Então ele o retirou suavemente e me deu um beijo recatado.
- Eu te amo - Disse ele com a maior veracidade que pôde. Parecia querer entender como, era mais uma frase pra ele do que pra mim.
- Eu também te amo, muito mais que você - Eu lhe disse, me jogando em outro beijo, muito mais ousado do que o anterior.
- Bella, seja boazinha, por favor, não quero machucá-la.
- Eu quero que você me machuque, Edward. Quero que você me morda. - Disse-lhe.
- Não insista, já lhe disse que você não deixará de ser humana por minha causa.
- Tudo bem. Estou apaixonada por Emmett - Brinquei.
- Não te transformarei, não deixarei que ele tenha o que eu quero por toda a eternidade, sou muito invejoso - Disse ele em um tom que percebi que minha brincadeira havia dado certo. -Vou para casa, Bells.
- Tudo bem - Disse eu, lhe arrancando outro beijo. Ele me afastou e eu me segurei para não demonstrar que tinha me entristecido. Ele percebeu mesmo assim e disse:
- Posso aparecer hoje á noite?- Perguntou-me, mostrando seu sorriso torto mais lindo.
- Como se eu fosse deixar você não aparecer.
Edward me puxou para si e simplesmente correu para a minha casa.
- Durma bem.
Ele sacou a chave de seu Volvo prata, entrou e voou para casa.
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