“Oh no it happens again
(Oh não aconteceu de novo)
She’s cool, she’s hot, she’s my friend
(Ela é legal, ela é gostosa, ela é minha amiga)
I try for hours if so
(Eu tentei por horas e nada)
You leave no where to go
(Você me deixa sem ter para onde ir)”
- E lá vamos nós de novo… – Eu me taquei de cara na cama. Quem sou eu e o que aconteceu de novo são duas coisas simples de explicar.
Meu nome é , um dos garotos mais populares da escola, a final, que garota resistiria aos meus lindos olhos ? Além do meu charme…
Algo vem tirando o meu sono ultimamente… Esse algo tem nome e sobrenome; , a minha melhor amiga. Para muitos ela não é aquela musa, a garota mais hot de toda a população feminina da escola, mas pra mim a é a garota mais hot de todas do mundo, e mais um pouco!
Para eu conseguir deixar de pensar nela durante míseros dois minutos é preciso que eu fique horas com a cara enfiada no travesseiro, ou horas galinhando pelos pubs de Londres. E nem sempre dá certo…
O pior é quando é quando ela me liga com a voz manhosa, pedido pra eu ir pra casa dela, por que ela tá com medo do escuro, ou não quer dormir sozinha. Como a mora a umas duas casas de distância, não levo nada por que eu tenho uma gaveta com as minhas coisas na casa dela (e vice-versa) e eu não preciso avisar meus pais por que eles estão sempre viajando, assim como os pais da , então eu só preciso desligar a TV e ir pra casa dela.
Só sentir o cheiro e o calor do corpo dela quando vem me abraçar me faz ficar sem reação, com cara de bobo.
Anos antes de a entrar na minha vida, eu conheci a Lizzie Smith. Linda, simpática e inteligente (mas nem chega aos pés da ), foi me conquistando aos poucos. Depois de algum tempo de amizade acabamos namorando. Mas num dia que eu tinha combinado de visita-lá, eu cheguei na casa da Lizzie e vi a minha querida namorada segurando uma garrafa de Vodka e se agarrando com uma garoto da escola, no sofá. Saí de lá em choque, prometendo para mim mesmo que nunca mais eu me apaixonaria, ou sequer gostaria das minhas amigas, ou da minha melhor amiga. Só que ninguém me disse que existe uma pessoa que nem a !
~£~
“She’s unstopable
(Ela é impossível de parar)
Unpredictable
(Imprevisível)
I’m so jadded, calculated
(Eu estou tão aborrecido, caculado)
Wrong
(Errado)”
Estávamos em plena aula de química, fazendo a prova que a bruaca da Darbus obrigou a gente fazer.
- … – me chamou baixinho.
- Fica quieto ! – Sussurrei, sem me virar.
- Pelo amor de Deus, qual é a resposta da quatro?
- Cala a boca! – Olhei para a professora. – A Darbus tá…
- e ! – Aquilo que éramos obrigados a chamar de professora se levantou e nos chamou. – Suas provas na minha mesa e os dois pro diretor. Agora!
Olhei para , que encarava Darbus com um olhar do tipo “Tu tá fudida vaca gorda!”. Puxei pelo braço e quando coloquei a mão na maçaneta, ouvi a voz da .
- Isso não é justo, professora!
- Como assim não é justo, Srta. ? – Ela perguntou, encarando .
- Não é justo você só mandar o e o pra fora, sendo que eu também tava no esquema, estava no meio! – Ela falou, num tom calmo e sério.
- Mentira! A não tem culpa nenhuma nisso!
- Quieto ! – Ela falou autoritária. - Srta. , lamento lhe dizer, mas somente professores têm essa autoridade. – Darbus falou.
- Jura? – abriu um sorriso. – Então eu já posso assumir o meu cargo hoje? – A classe explodiu em risada.
- Pra fora! – A professora gritou, vermelha de raiva. entregou a prova e saiu sorrindo da sala, sendo seguida por mim e por .
~£~
Dude, aquilo foi muito bizarro! A sempre foi correta, certinha e nunca foi de desobedecer ninguém. Mas aquilo me provou o quanto pode ser imprevisível!
- Tá demorando pra falar alguma coisa amor. – me cutucou.
- Eu to pensando … – Eu murmurei, beijando o topo de sua cabeça. Ela sorriu e se virou para conversar com . Ela sabe que quando eu to pensando, ninguém consegue arrancar no mais do que duas palavras de mim.
Uma das coisas que eu mais odeio em relação à é quando ela se mete em alguma enrascada por minha culpa, como agora. Eu cago de medo de alguma coisa grave aconteça com ela. Da última vez a gente quase foi parar na prisão, por que eu tava eu tava meio alterado por causa da bebida e a que estava menos alegre, foi dirigindo. Só não fomos por que a jogou todo o seu charme no policial, que deixou a gente ir embora.
- Sr. , Sr. e Srta. , entrem aqui. – O diretor apareceu na porta de sua sala, nos chamando e me tirando do transe. agarrou minha mão, me fazendo sentir culpado ao ver a expressão que ela ostentava; preciso conversar com ela…
~£~
“Please take me home
(Por favor me leve para casa)
To late
(Muito tarde)
It’s gone
(Já foi)
I bet you’re sad
(Eu aposto que você está triste)
This is the best time we ever had
(Essa é a melhor época que nós já tivemos)”
- Lindo… Uma semana sem aula! – falou, entrando emburrado no carro.
- Calado ! A culpa é toda sua! – Eu falei, me sentando no banco do motorista com a do meu lado.
- Chega! Os dois! – gritou. – A gente tomou suspensão, fazer o que? Fizemos bobeira! Já foi!
- Você tá certa… – Eu e falamos ao mesmo tempo.
- Que lindinhos os dois! – Ela apertou nossas bochechas. – Mas agora que a gente não tem mais nada pra fazer, que tal irmos pro shopping?
- Os piores momentos são quando você tem as melhores idéias! – Eu falei, puxando o cabelo dela de leve. Liguei o carro e fomos pro shopping.
~£~
- Certeza que eu não posso morar com nenhum de vocês? – perguntou, pela enésima vez.
- , querido, sua mãe não vai te matar. Não por causa de uma suspensão!
- Que Deus te ouça . – deu um beijo na bochecha dela e uma lambida na minha orelha. – Eu to indo. Até amanhã amores!
- viado… – Resmunguei, esfregando a mão na orelha e arrancando risadas da .
- Tadinho, ! Qual é o problema dele gostar de você?
- , eu não sei se você sabe, mas a minha preferência são mulheres, não bichas enrustidas que nem o .
- Se você diz… – Ela abriu um sorriso torto. – Quer ir pra mais um lugar?
- Não… – Baguncei meus cabelos involuntariamente. – Por favor, me leva pra casa. Eu to cansado e já tá tarde pra ficar zanzando por aí. – não falou nada, apenas assentiu com a cabeça e pisou no acelerador. Em poucos minutos, vi minha casa e a dela passando ao lado. Só então eu percebi que estávamos indo para a praia. – Nossa! Há quanto tempo a gente não vem junto aqui?
- Menos de dois dias ! – apertou meu nariz. – Chegamos! Vai indo lá pras pedras que eu vou pegar uns negócios aqui o carro.
- Certo. Não demora… – Beijei o topo de sua cabeça e fui em direção a areia, mais precisamente para uma área mais isolada do resto das pessoas, onde havia um monte de pedras.
Todas as vezes que queremos pensar, ou simplesmente nos distanciar do mundo e dos problemas, nós dois vamos para cá e ficamos horas deitados nas pedras observando o céu.
- Amor! Me ajuda! – Ouvi uma carregando uma mochila e dois travesseiros me chamar.
- Quer que eu carregue o que dessa vez? – É sempre assim. Na metade do caminho ela me pede ajuda. – Travesseiro ou mochila?
- Nem um, nem outro…
- Hein?
- Leva eu! – colocou seu óculos na cabeça e abriu um sorriso enorme, lhe dando um ar de criança e, se possível, um ar mais sexy. Revirei meus olholos e a peguei no colo.
- Tu tem que parar de comer chocolate! Você tá ficando pesada! – Eu falei, largando ela numa pedra e me jogando ao seu lado.
- Jura? – levantou a barra da camiseta até perto do sutian. – Eu to gorda mesmo ?
- Meu Deus… – Meus olhos travaram na cintura bem definida e não barriga perfeitamente moldada da . Idiotas são aqueles que preferem a Jenny McKinnon, a Miss Popularidade da escola. – Você tá gos… Digo, você tá magra como sempre!
- Brigada grandão. – Ela apoiou a cabeça no meu ombro e começou a brincar com o meu brinco. – Mas amor, tu me responde um negócio?
- Claro! O que você quiser!
- O que você tem hoje?
- Como assim? Eu to normal.
- Não tá não que eu sei! – se apoiou s meu peito e passou a me analisar com o olhar. – Aposto qualquer coisa que você está triste!
- Não adianta! Eu nunca consigo esconder nada de você, garota!
- Demorou pra você aprender isso hein? Mas antes que você mude de assunto, pode ir falando o que tá te incomodando.
- É o seguinte. – Me sentei e fiquei olhando o mar. ficou ao meu lado. – Todas as vezes que você se ferra por minha culpa, a minha consciência vira um elefante de tão pesada! Você é importante demais pra mim pra correr qualquer perigo por alguma bobeira que eu cometo…
- . – Ela segurou meu queixo e me fez olhá-la. – Se eu me meto numa encrenca, é por que eu me preocupo contigo e eu preciso ficar perto de você pra saber se tu tá bem! Caso um dia você for preso, em menos de dois dias eu vou tá junto de você!
- Eu não duvido nada. – Eu a abracei com força.
- E … – A voz de saiu abafada.
- Fala amor…
- Você também é importante para mim. Mais importante do que qualquer um.
- Sabe . – Encostei minha cabeça no travesseiro, trazendo junto e fiquei fazendo carinho na barriga dela. – Ficar com você é a melhor coisa de todas…
~£~
“I hope, hope that it last
(Eu espero, espero que dure)
Give in forget the past
(Ceda esqueça o passado)
Be strong when things fall apart
(Seja forte quando as coisas se partem)
Honest this breaks my heart
(Honestamente isso parte o meu coração)
- Bom dia ! – gritou, toda feliz.
- Logo esse apelido ? – era o nome do ursinho mais fofo dela e que ela mais ama (É… Fui eu que dei ele), e como a diz que eu me pareço muito com ele, ficou esse apelido… – Bom dia pra você também amor.
- Eu gosto dele oras! É fofo que nem você!
- Tá bom então, !
- Esse sim é um apelido besta !
- Eu também gosto dele! É diferente!
- Uhum… Pensou rápido! – Ela falou. Senti uma brisa salgada bater no meu rosto.
- Espera aí… A gente dormiu aqui nas pedras?
- Dormimos sim!
- E você não tá com dor nas costa?
- Que nada! Eu dormi muito bem no meu colchão exclusivo de olhos azuis! – deu uns tapinhas no meu peito.
- Então eu já posso ganhar a vida como colchão é?
- De jeito nenhum! Você é só meu e de mais nenhuma biscate!
- Possessiva!
- Que você ama!
- E muito…
Ficamos assim; a sentada no meu colo e eu com o meu queixo apoiado em seu ombro e fazendo carinho na mão dela.
- … – Ela me cutucou. – Sabe de uma coisa?
- O que amor? – Eu tava quase dormindo com o cheiro de seu cabelo.
- Eu não quero que isso acabe um dia. Eu quero que a nossa amizade dure para sempre!
- E vai, … – Eu a abracei. – Te prometo. Porque de mim tu não vai se livrar tão cedo!
- E nem quero! – Ela se virou pra mim e me começou a fazer cócegas. – Isso é vingança pela aquela vez que você quase me matou de risada!
- HAHA! Sua! HAHA! Exagerada! – Eu já estava vermelho e todo descabelado. – HAHA! Me solta!
- Nunca! Quem mandou você arranjar uma amiga vingativa?
- HAHA! Por! HAHA! Favor! – Joguei ela pro lado e sai correndo praia afora.
- ! Volta aqui! – desembestou atrás de mim.
- Eu prezo pela minha vida garota! – Embora ela seja menor que eu, a tem um preparo físico assustador e por isso, em menos de cinco minutos, eu estava capotado no chão e com ela nas minhas costas, me dando um monte de soquinho.
- Ahh… Cansei !
- Uh! Cansei também! – se sentou confortavelmente nas minhas costas. – Mas sabe, a areia não tem um gosto muito bom…
- Vixe ! Me desculpa amor! – Ela me puxou e fez com que eu sentasse ao seu lado.
- Tudo bem… Dessa vez passa. – Baguncei seus cabelos.
- ? ? – Uma voz masculina surgiu atrás de nós.
- Eu mesma. – falou. Me virei e dei de cara com um sujeito alto, loiro e de olhos verdes. – Me desculpa, mas não lembro de você…
- Oras! Um ano e meio não é muito tempo né?
- Mathew Coulter? – Ela perguntou com os olhos arregalados.
- Eu mesmo! – Ele sorriu. esmagou minha mão e foi se aproximando cada vez mais de mim.
Mathew é o ex-namorado mais recente da . De acordo com o que ela sempre dizia, o Mat era a melhor a melhor pessoa que podia existir, porém ele não aparentava ser o que ela falava. Pelo o que eu sei, todas as vezes que o Mathew saia, meio metro de chifre era adicionado na cabeça da . O namoro deles só acabou por que eu encontrei ele se agarrando com uma puta, num pub. A primeira coisa que eu fiz foi tirar uma foto, só que fiquei com receio de mostrar pra e ela fazer alguma bobeira. Depois de uns dias, tomei coragem e mostrei a tal foto para ela. A ficou semanas chorando, sem querer ver ninguém e sem ânimo para nada; “coisas simples” que eu consegui fazer ela superar.
- O que você quer Coulter? – perguntou.
- Nossa que agressividade! – Mathew passou a mão pelo rosto dela, que o afastou com um tapa.
- Coulter, não rela nela! – Falei com raiva.
- Uhh! Quem esse cara pensa que é ?
- O não pensa, ele sabe que é o meu namorado! – Ela falou, se sentando no meu colo.
- Há quanto tempo vocês estão namorando?
- Começamos um mês depois de eu te dar um pé na bunda! – falou, com desdém.
- Nossa! Isso me prova o quanto você pode ser biscate . – Nós três nos levantamos. – Mal acabou o namoro comigo e já foi atrás de outro.
*TAP*
enfiou a mão na cara daquele retardado. Tinha ficado a marca da mão e tudo.
- Vai dar Coulter! – falou, com os olhos cheio d’água.
- Ora sua va… – Mathew ameaçou bater nela.
*SOC*
- Pense duas vezes antes de falar alguma coisa sobre a minha , ou sequer falar alguma coisa para ela. – Eu falei para o Mathew, que se encontrava caído no chão por conta de um soco meu. Saí correndo atrás da , que já estava arrumando as nossas coisas para irmos embora.
~£~
- Eu não quero sair daqui… – sussurrou. Já era de noite e nós dois estávamos assistindo Bob Esponja. Eu estava deitado/sentado no sofá e ela deitada em cima de mim. – Nunca mais…
- Pode ficar tranqüila que eu não vou deixar… – Ela pulou no meu pescoço e me abraçou com força. Em poucos instantes, meu ombro foi ficando quente, o que indicava que a estava chorando. – Hey amor, não chora!
- , ele me chamou de biscate! – Os olhos dela já estavam vermelhos e lágrimas rolavam pelo seu delicado rosto.
- Eu sei, você sabe e todo mundo que importa sabe que você não é biscate de jeito nenhum! – Segurei seu rosto e sequei as lágrimas que rolavam. – E é isso que importa! É o que você pensa, não o que pessoas idiotas que nem o Coulter pensam!
- Brigada de novo …
- Mas , eu sei que todas essas lágrimas não são por causa do que aquele animal falou. – Ela ficou olhando para baixo. – Você sabe que pode contar tudo para mim.
- É o seguinte: Hoje, quando a gente encontrou o Mathew, tudo o que nós passamos juntos voltou para a minha cabeça. Cada coisa; do primeiro até o ultimo beijo, e isso me vez lembra o quanto eu gostei dele e o quanto doeu em mim quando nos separamos. – mantinha a cabeça baixa, e eu fazia carinho em sua mão. Ao o ouvir aquilo, meu ânimo foi para menos dez. – Mas também me lembrei do quanto ele me fez de idiota, do quanto ele me usou, do quanto ele me machucou…
- Calma amor… – Ela tinha voltado a chorar. – Se o Coulter te fez sofrer, ele que se foda! Esquece o que aquele panaca fez! Esquece o passado, deixa aquele idiota para trás. E em relação ao que você já sentiu por ele, eu só digo uma coisa; seja forte quando as coisas que você considera muito importante se partem. Aliás, cadê aquela garota forte que me deixou com um hematoma na coxa por conta de ter escondido o ?
- Obrigado por tudo … – Eu a abracei. – Mas aquele seu roxo na coxa foi bem merecido! Você sabe que não se deve fazer isso com o !
- Você preferia dormir abraçada com ele do que comigo!
- Owh tadinho… eu durmo agarrada contigo hoje.
- Ainda bem! Que se não eu queimo aquele urso hein? – começou a gargalhar. – Viu? É desse jeito que eu gosto de te ver, toda sorridente! Te ver triste acaba com o meu coração.
- Bom saber que você se preocupa comigo…
- Já disse uma vez e repito, tu é importante demais pra mim.
- Assim como você é para mim!
“She’s unstoppable
(Ela é impossível de parar)
Umpredictable
(Imprevisível)
I’m so jadded, calculated
(Eu estou tão aborrecido, calculado)
Wrong
(Errado)”
- Você babou … – Isso foi a primeira coisa que eu ouvi ao acordar. – Tem até uma pocinha no seu travesseiro…
- , cala a boca! – Eu falei, mal-humorado. Ela sabe o quão rabugento eu fico quando acordo. – Tá muito cedo para você encher o saco.
- Então é assim? – falou bufando.
- Assim como?
- Ontem você foi todo fofo comigo e hoje tá mais grosso do que nunca! – Ela falou, brava.
- … – Tentei me aproximar dela, mas fui empurrado para a cama.
- Como você é falso! Falou que me amava e tudo mais e agora me fala isso! Que vergonha!
- ! – Fui obrigado a gritar para fazer ela me ouvir. Porém me esqueci de um detalhe, Aninha é impossível de parar.
- Não grita comigo, por que você não é meu pai!
- Vem aqui menina! – Puxei pelo braço e a abracei com força, tentando mantê-la parada. – Se você quiser que eu peça desculpas, eu fico pelado, no meio da rua e berro o que você quiser pra te provar que tudo o que eu disse e o que eu sinto por você é a mais pura verdade! E tu não tem noção do o quanto dói ouvir você falar que eu sou falso e mentiroso…
- Charme funciona sabia? – levantou o rosto e olhou para mim.
- O QUE? Todo esse piti era charme? – Ela já tinha se escondido em baixo das cobertas.
- Era… – O rosto de apareceu sorridente. Certeza que a ela sabe que o sorriso dela me derrete por dentro (“When she smilles I melt inside” XD).
- Eu vou te esmagar ! – Eu gritei e me taquei em cima dela.
- Péra ae ! – Eu estava para começar a fazer cócegas nela. – Antes que você me mate, eu preciso te falar um negócio.
- Pode falar. Te juro que não vou fugir.
- Você sabe que quando eu te chamei de falso, eu estava mentido né? Por que eu nunca falaria mal do meu melhor amigo!
“Melhor amigo…”. Meu sorriso murchou ao ouvir essas duas palavras, que ficaram ecoando na minha cabeça. Mas meus pensamentos foram afastados quando senti um par de braços me esmagarem.
- Vai me desculpar ou vai ficar com essa cara de pastel?
- Mesmo que você fale que eu sou a pior pessoa do mundo, eu sempre vou te desculpar!
- Você não existe …
- Existo e to aqui, amor! – começou a distribuir vários beijinhos pelo meu rosto e eu tenho certeza que um deles virou um selinho.
- Amor, to com fome…
- Espera ai que eu já pego as suas bolachas. – Me levantei e fui para a cozinha.
Mal eu saí só quarto, o “melhor amigo” voltou a ecoar na minha cabeça. Essas duas malditas palavras me provam que as chances de eu ficar com a são praticamente nulas! O que mais me preocupa é que se isso acontecer, a nossa amizade pode ser detonada e isso seria traumatizante para mim… Além disso, eu me sinto errado em gostar daquela pessoa que eu considero a minha melhor amiga. Dude… Eu preciso de um psicólogo!
- EBAA! – berrou feito criança ao ver o pacote na minha mão.
- É todo seu.
- Como você é bonzinho comigo !
- Agradeço o elogio amor. – Eu falei. Ela estava usando uma daquelas babylook toda apertada que ficava perfeitamente bem nela. Sem dó nem piedade, joguei um cubo de gelo (que peguei na cozinha, quando fui pegar as bolachas) dentro do pijama da .
- SEU SAFADO! – Ela se levantou da cama e ficou pulando pra tentar tirar o gelo.
- Touchê! Isso foi o troco pelo seu piti, querida.
- Tira isso ! Pelo amor de Deus!
- Nananinanão! Se vira amor!
- Você tá ferrado… – virou de costas e tirou a camiseta, deixando o gelo cair. Não pude deixar de reparar que ela estava sem sutian. – AHH! Não olha ! Fecha o olho!
- Foi mal! – cobriu os peitos com a mesma camiseta e eu fui obrigado a ficar de olhos fechados.
- Pode esperar que vai ter volta garoto… – Ela sussurrou no meu ouvido, me dando um susto.
- Você não teria coragem. – Eu falei para , que me usava de cavalinho.
- Espere e verá… Agora, dá pra gente ir tomar café? Eu ainda to com fome sabia? – Ela falou, me cutucando e me mandando para a cozinha.
~£~
“Please take me home
(Por favor me leve para casa)
To late
(Muito tarde)
It’s gone
(Já foi)
I bet you’re sad
(Eu aposto que você está triste)
This is the best time we ever had
(Essa é a melhor época que nós já tivemos)”
- Anda logo ! – Eu berrei do sofá da casa dela. Era véspera de ano novo e eu estava esperando a para irmos à festa na casa do . – Se você não descer em cinco minutos, eu te largo aqui!
- Duvido! – A voz de surgiu no segundo andar.
- Desce que eu quero ver se o nosso atraso valeu a pena!
- Ai, como você é mandão! – Ela desceu as escadas e parou na minha frente. – Tá bom assim pra você garoto?
- Wow… – Fiquei boquiaberto ao ver a garota mais linda do mundo. – A estava usando um vestido branco simples que ia até o joelho. Nos pés, nenhum sapato, a não ser o esmalte branco na unha. Estava maravilhosa. – Espera aí que eu vou ver se acho uma roupa mais digna pra te acompanhar.
- Não precisa! Tu tá lindão desse jeito!
- Opa! Vai ficar todo mundo se perguntando o porquê de uma garota tão bonita estar acompanhada de um cara tão feio e mal arrumado.
- Eles vão estar redondamente enganados! Por que eu vou estar com o cara mais lindo, cheiroso e gostoso da festa inteira! – Fui sendo empurrado para fora da casa.
- Você vai se arrepender. Eu to te avisando… – Eu falei, ligando o carro e esperando a .
- Cala a boca ! A única pessoa que pode fazer charme aqui sou eu.
- Sem graça! – Puxei seu cabelo de leve e acelerei em direção a casa do .
~£~
- Você tá usando o perfume que eu te dei… – cochichou, enquanto dançávamos.
- Para ocasiões especiais, é necessário um perfume especial…
- Sabe, eu queria esse perfume pra mim, só que como eu sou mulher, não ia cair bem eu usar ele. Então comprei ele pra você, assim dá pra eu sentir o perfume sem precisar ir à loja. Além do mais, ele fica muito mais gostoso no seu pescoço do que em qualquer um.
- Não fala assim que eu gamo hein?
-Uhh… Quem me dera… – Não sei se foi sonho, delírio ou realidade, mas senti se aproximar pouco a pouco de mim.
- ! ! – berrou, dando um tapa nas minhas costas. – CINCO MINUTOS PRO FIM DO ANO!
- Já estamos indo . – Ela falou calma, me puxando para a praia. Eu consegui ver um daqueles olhares mortais da pro . Bizarro isso…
~£~
- Ô ! Me levanta! Só tem cabeça na minha frente! – me pediu chorosa. Peguei ela pela cintura e a coloquei sentada em um dos meus ombros.
- Satisfeita amor?
- Demais! Dá pra ver tudo daqui! Só não balança muito por que se não eu caio e você morre de remorso.
- Sem duvida…
- CINCO! – A contagem regressiva foi iniciada.
- QUATRO!
- TRÊS!
- DOIS!
- UM! – Fogos de artifícios começaram a pipocar no céu, clareando a noite.
- Feliz ano novo . – tinha descido do meu ombro e passou a me abraçar. Uma coisa estranha passou pelo meu corpo quando os braços dela enlaçaram o meu pescoço, um algo a mais que eu nunca senti quando nos abraçamos. Mais uma coisa para Sherlock Holmes investigar…
- Feliz ano novo amor! – Peguei ela no colo. – Quer ir pra água?
- Pra você pegar um resfriado e eu ter que cuidar de você? – me olhou com as sobrancelhas erguidas. – Obvio que sim!
- Engraçadinha… – Sai correndo e me taquei na água com ela.
- AHH! Tá gelado! – Ela foi se agarrando em mim, para fugir da água. – Eu é que vou ficar resfriada!
- Fica sossegada que se você ficar doente, eu cuido de você até sarar!
- Promessa é dívida hein ?
- E eu cumpro. Agora , é melhor a gente mergulhar, assim o frio passa.
- Meu Deus! Vai então … – Prendi a respiração e mergulhei abraçado à . – AHH QUE FRIO!
- Amor, nem tá tão frio assim. Tá até gostoso… – Olhei para ela e reparei que seu vestido estava transparente e mostrava o biquíni vermelho que ela usava.
- Não tá não! – Ela resmungou. ficou de costas para mim, pegou meus braços e os enlaçou em sua própria cintura. – Agora sim está gostoso…
- Nossa ! – Uma garota parou na nossa frente. – Você não era tão gostoso quando a gente namorava!
- Lizzie! – “Fodeu” Eu falei e pensei ao mesmo tempo, no instante em que eu vi a minha ex-namorada. – C-como você veio parar aqui?
- Bom, eu conheço um amigo do dono da festa que me trouxe aqui.
- Com licença, eu vou pra areia por que eu não gosto de segurar vela – falou secamente para nós dois e saiu da água, indo em direção a praia.
- Espe… – Lizzie me puxou e me fez olhá-la. Só deu tempo de ver a pegar uma toalha e entrar na casa do . – Fala logo o que você quer!
- Ai ! Que grosseria! Eu só quero conversar contigo! E quem sabe, relembrar os velhos tempos… – Ela espalmou a mão no meu abdômen. – Por que a gente não vai dançar um pouquinho?
- Tá bom… Vamos logo… – Saímos da água e fomos em direção à umas das pistas de dança. Estava tocando uma música lenta, que me obrigou a ficar a menos de dez centímetros da Lizzie. Quer dizer, ela não é feia, pelo contrário. A Lizzie atual é muito mais linda que a Lizzie que eu conheci, mas tudo o que eu sinto pela me impediu de agarrar ela aqui.
- Desculpa … – me cutucou. – Você pode fazer um favor pra mim?
- Claro! O que você quiser amor!
- Por favor, , me leva pra casa? – Ela parecia estar sem graça. – É só me deixar em frente de casa, depois você volta pra cá. Eu ia pedir pro , mas…
- Ainda bem que não pediu! – Me larguei da Lizzie. – Tchau Lizzie! Até nunca mais! – Segurei pela mão e fui em direção ao meu carro, deixando uma Lizzie boquiaberta para trás.
- Me desculpa ter te atrapalhado … – murmurou, quando entrei no carro. – Juro que não faço de novo…
- Hey! Não precisa se desculpar! Eu preciso é agradecer a você! – Seguirei seu queixo e o levantei. – Tu me livrou da Lizzie!
- Ah…
- Afinal, por que você quis ir embora?
- Porque… Porque… Porque tá tarde, eu to com sono e o meu espírito festivo debandou.
- Não é só isso.
- Hein?
- Eu sei que tem mais uma coisa… Aposto que você está triste ou incomodada com algo…
- Não tem nada!
- A Lizzie não estava linda hoje? – Eu perguntei para , que virou o rosto para a janela e não falou nada. – Já descobri tudo!
- Descobriu o que ?
- Você tá com ciúmes !
- Tá besta ? – Ela se virou para mim, com o rosto vermelho. – Ciúmes de quem?
- Da Lizzie oras!
- E por que eu teria ciúmes daquela cabaça?
- Porque ela já foi a minha namorada e era a Lizzie que estava dançando comigo!
- Para de se achar o gostosão garo… – Não deixei que continuasse. Pressionei meus lábios contra os dela.
Uma sensação diferente de qualquer coisa que eu já senti percorreu meu corpo. Passei delicadamente minha língua sobre seus lábios, pedindo permissão, que foi cedida sem exitar. Coloquei uma das minhas mãos na cintura dela. Nossas línguas estavam m perfeita harmonia, como se fossem bem conhecidas. Um tempo depois, fomos obrigados a nos separar por conta da falta de ar em nossos pulmões.
- Você é lerdo sabia? – sussurrou no meu ouvido.
- Como assim lerdo? – Liguei o carro e acelerei pra casa.
- querido, eu to mandando indiretas desde aquele dia que a gente dormiu nas pedras até ontem que você me viu de calcinha e sutian no meu quarto! Eu até tentei te beijar hoje, só que o meio que não deixou…
- , eu não sou lerdo, eu sou é burro! – Soquei o volante, arrancando uma risada dela. – Por isso que você ficou toda irritada quando a Lizzie foi falar comigo.
- Muito bem!
- Mas me explica, porque só naquele dia você começou a me mandar indiretas?
- Por que quando você falou para a Darbus que eu não estava no esquema de cola, a única dúvida que eu tinha sobre você sumiu.
- Que era… – Descemos do carro e entramos em casa. Avisei que ia dormir na casa da e fomos à pé e de mãos dadas até lá.
- Se você realmente se preocupa comigo… – Entramos na casa dela, cumprimentei seus pais e subimos para o seu quarto.
- Mais alguma dúvida? – Perguntei, fechando a porta.
- O amor que você sente por mim é de amigo ou de um cara apaixonado? – Eu a empurrei contra a parede e a beijei com vontade.
- Um amigo te beijaria desse jeito?
- Nunca…
- Bom saber! Assim eu não preciso bater no , ou no , ou no , caso eles cheguem perto demais de você.
- Uhh ciumento!
- Eu sou mesmo! Portanto cuidado… – me puxou para deitar ao seu lado.
- Esse é o melhor dia de todos para mim. – Ela sussurrou.
- Qualquer dia que eu fico perto de você já pode ser considerado um melhor dia.
~£~
“Why did we have to go date?
(Por que nós tivemos que namorar?)
Is to easy to complicate
(É tão fácil complicar)
Be strog when things fall apart
(Seja forte quando as coisas se partem)
Honest this breaks my heart
(Honestamente isso parte o meu coração)”
- Bom dia amor… – falou baixinho. Acordei com o toque suave de suas mãos sobre o meu rosto.
- Bom dia … – Lhe dei um selinho. – Você é linda sabia?
- Brigada pelo elogio. – Ela sorriu. Olhei para , que estava envolvida no meu edredom, para esconder seu corpo nu.
Eu e a estamos namorando há quatro meses e a noite passada foi inesquecível. Ela perdeu a virgindade e eu fui considerado a pessoa mais feliz do mundo! Eu já achava a estonteantemente linda, mas o que aconteceu ontem me fez ver que ela é mais do que linda, pra mim ela é a pessoa mais importante, a que eu mais amo e óbvio, a mais gostosa. Tem horas que eu sinto um pouco de falta da nossa amizade, mas nada que um beijo dela não resolva.
~£~
- , preciso falar com você… – Nós estávamos assistindo Bob Esponja, quando a se virou pra mim com a expressão concentrada.
- A coisa é tão séria para você interromper a sua maratona noturna do Bob?
- Muito séria amor…
- Não acredito! – Peguei no colo e sai pulando pela casa. – Eu vou ser pai!
- Acorda menino! A gente é muito novo pra ter filhos, ow!
- Acabou com a minha alegria… Mas fala logo o que é então! – Ela me puxou para sentar ao seu lado no sofá.
- É o seguinte; meus pais conseguiram uma transferência…
- Que bom! Eles foram para aquele hospital daqui da cidade? – Os pais da são médicos. A expressão que seu rosto tinha me fez perceber algo de errado.
- Para um hospital no Canadá. – Ela se derramou em lágrimas no meu ombro. Não consegui fazer nada, a não ser abraçá-la com força.
- Calma ! O Canadá é longe, mas existem os telefones! A gente vai se falar. A não ser que você não queira.
- Obvio que a gente vai se falar ! – Ela enxugou as lágrimas com as costas da mão. – Mas por que nós tivemos que namorar?
- Como assim? Você tá falando que foi bobeira nos termos ficado juntos?
- Não, não! De jeito nenhum! Eu quis dizer que parece que quanto mais feliz nós ficamos, mais fácil as coisas se complicam! Eu era tão feliz quando sua amiga, mas quando começamos a namorar, a minha felicidade aumento muito! Meu coração quase não cabe no peito de tanta alegria quando eu to perto de você.
- Nossa! Tomei um susto enorme agora! – Passei a mão sobre as lágrimas teimosas que ainda escorregavam pelo rosto dela. – Mas foi bom saber que você está feliz comigo.
- Te amo …
- Te amo …
~£~
- Mamãe! Por que eu não posso ir morar na casa do ? – perguntou para sua mãe, segurando minha mão. – Os pais dele já até deixaram!
- Querida, eu não me importaria de você fica com o e a família dele, mas você é a nossa filha e é menor de idade ainda, portanto você tem que ficar conosco. Para onde quer que a gente vá.
- Por mais que eu queira que você fique perto de mim, sua mãe tem razão. Mas que ela ficaria bem comigo, ahh ela ficaria.
Meus pais e eu estávamos no aeroporto, esperando o avião que levaria os s para o Canadá. Eu e ficamos sentados num banco, aproveitando as nossas últimas horas juntos.
- , já está na hora. – A voz de seu pai nos tirou do transe e fez com que os olhos dela brilhassem de lágrimas.
- , me promete uma coisa?
- Qualquer coisa. – Sussurrei. Tentei segurar o choro para passar confiança à , mas sem sucesso. Em instantes senti lágrimas quentes pelo meu rosto.
- Se você encontrar alguém da qual você goste seja bom com ela assim como você é comigo. Nunca me compare com ela, mas também nunca me esqueça… – Permaneci quieto, apenas a abraçando. Fui dando um beijo atrás do outro, sabendo que cada um se aproximava mais de ser o último.
- Não quero ser apenas uma lembrança para você…
- Nem pense nisso. – Ela falou. Ouvi as vozes dos pais de a chamando para embarcar. Comecei a chorar novamente. – Você me disse uma vez que é preciso ser forte quando as coisas que você considera importante se partam. Agora eu é que falo pra você.
- Vou tentar. Mas não prometo nada…
- Amor, ver você chorar e saber que eu to te fazendo sofrer de algum modo parte o meu coração.
- Você nunca me fez sofrer. Só me fez bem! – Os pais de começaram a berrar pra ela embarcar. Antes que fosse embora, tirei o Will, meu brinco da sorte, da minha orelha e o coloquei na dela. – Sempre que você tocar no Will, lembre-se que existe uma pessoa que mora em Londres, chamado e que ele te ama muito.
- Ah seu sem graça! Eu não tenho nada pra te dar… Mas quando você não sentir o Will na sua orelha, se lembre que há uma garota que está indo morar no Canadá, chamada e que ela te ama mais do que tudo! – Abri um sorriso e a abracei com força.
Acompanhei-a até a sala de embarque. Me despedi dos Srs. e dei um último beijo na , de modo que uma de suas lágrimas parassem em minha bochecha. Todos na sala nos olhavam com um olhar de pena, principalmente nossos pais. Minutos depois, vi a garota da minha vida e seus pais indo embora para o Canadá.
“Please take me home
(Por favor me leve para casa)
To late
(Muito tarde)
It’s gone
(Já foi)
I bet you’re sad
(Eu aposto que você está triste)
This is the best time we ever had
(Essa é a melhor época que nós já tivemos)”
- Queria que você estivesse aqui comigo… – Falei para mim mesmo ao pensar na , sentindo o vento salgado vindo do mar.
Fazia quatro anos que ela tinha ido pro Canadá, levando um pedaço do meu coração junto. Dude! Nunca achei que ia sentir tanta saudade de alguém como da … Eu até fiquei com outras garotas, mas nenhuma chegava aos pés dela.
- Bom, eu não sei se o “você” que tu se referiu seja eu, mas dá pra quebrar um galho! – Olhei pra trás e me deparei com uma garota morena, sorridente e muito bonita. Me levantei e passei a encará-la, me deparei com um brinco muito familiar pra mim; o meu Will.
- Eu to sonhando não to? – Toquei seu rosto de leve e a vi abrir um sorriso. Nem precisei perguntar seu nome, sabia que era a por conta do sorriso único dela que mesmo depois de anos continuou o mesmo: doce e alegre (tá, tá, o brinco ajudo um pouquinho, quase nada…).
- Já pensou se eu não fosse a ? – Ela me encarava com um meio sorriso. Não sabia se devia abraçá-la ou não, então fiquei olhando pros meus pés. – Hey! Olha pra mim !
- Desculpa… Mas – O medo de que ela tivesse namorado foi colocado de lado e eu a esmaguei num abraço. Senti algumas lágrimas escorrerem no meu rosto.
- Nossa! Tudo isso é saudade?
- Mais que isso… – Olhei para ela e percebi que estava um tanto mudada, mas não deixava de ser a minha . – Por que você voltou pra cá?
- Simples! – Nos sentamos nas pedras de sempre. – Como eu já tenho vinte e um anos, meus pais acham que eu já sou responsável o bastante pra morar longe deles e quase entrei em depressão naquele pedação de terra congelada por conta de um alguém que eu amo e ficou aqui em Londres, meus pais acabaram comprando um apartamento pra mim!
- Cara de sorte…
- Pois é… – tocou o Will. – Sabe esse brinco? Foi ele que me deu, quando eu fui embora do país.
- E ele era muito importante para você?
- De jeito nenhum! – Meu sorriso e minha alegria capotaram. – Ele é mais que importante. , você é essencial pra mim! Todas as vezes que eu acordava e não sentia você do meu lado, meu coração quase atrofiava! Você não tem noção de quanta falta tu fez pra mim!
- Eu nem preciso dizer que também quase perdi meu coração…
- Te amo …
- Te amo mais … – Fui me aproximando da boca que eu mais desejei e senti sua dona estremecer (bom saber que exerço um efeito nela.). Toquei seus lábios com os meus e aquela mesma sensação que eu senti na festa do , quando a beijei, voltou a percorrer o meu corpo. Boa parte da saudade que eu sentia foi embora quando nossas línguas se encontraram.
- Da próxima vez que eu ameaçar ir embora, me amarra no pé da cama antes. – Ela falou, após nos separarmos.
- Te amarro em mim e ai sim é que você não vai pra lugar nenhum. – Nos deitamos, ficamos observando o céu até escurecer e recuperando os quatro anos perdidos.
- , to com frio… – se agarrou em mim quando sentiu o vento gelado soprar.
- Eu também…
- Ow, to com fome…
- Eu também…
- Amor, to com sono…
- Eu também…
- Não sabe falar outra coisa não ?
- Claro que sei! Te amo!
- Eu também!
- Engraçadinha. – Falei num tom irônico.
- Todo mundo fala isso! – Ela abriu um sorriso. – Mas se não se importa vamos embora?
- Claro! Seu carro tá aonde?
- Ah … Por favor, me leva pra casa? Já tá tarde pra eu ficar andando sozinha por aí… Sem contar que eu to com preguiça de andar tuuuuudo aquilo de novo.
- Te levo pra onde você quiser…
- E se não for pedir muito, me leva no colo?
- É bom a senhorita não se acostumar demais hein? – Ergui do chão. – Mas e o seu carro?
- Tanto faz… Se alguém o roubou, já foi… Aliás, amanhã eu posso pegar ele.
- Você é que sabe… – Chegamos ao carro, depois de algum tempo andando.
- O que está te incomodando amor? – perguntou.
- Nada oras!
- Aposto que você está triste…
- Bem, então dessa vez você perderia.
- Pode ir me explicando então!
- Eu não to triste. Eu to é pensando no que vai acontecer com nós dois no futuro…
- querido do meu coração, não fique preocupado com o futuro. Só viva o presente.
>> 3 anos depois.
- , você aceita como seu legítimo esposo? – O padre perguntou.
- Com muito orgulho. – Ela colocou a aliança em meu dedo, sorrindo abertamente.
- E você , aceita como sua legítima esposa? – (N/A: Me desculpem, mas eu não lembro das coisas que os padres falam em casamentos, então eu coloquei só o básico mesmo.) Olhei para trás antes de responder e vi mais um dia que ia ser considerado como um dos melhores de nossas vidas.
Me virei para trás e vi nossas mães chorando feito crianças, nossos pais com aquele olhar “como eles cresceram!” e nossos amigos na igreja vendo que fim virou a nossa amizade. Abri um sorriso ainda maior ao ver a mulher que eu mais amei em toda a minha vida vestida de noiva, na minha frente, a beira de um ataque de lágrimas, toda feliz e prestes a ser a Sra. .
- Não, – Respondi, fazendo ficar boquiaberta e toda a igreja quieta. – tenha dúvida que eu caso com você, !
- Nunca mais faça isso seu maluco! – Ela sussurrou, enquanto colocava a aliança em meu dedo. Mandei-lhe uma piscadinha, a fazendo rir.
- Eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.
- Te amo. – murmurou, com os lábios colados aos meus.
- Também te amo. Mais que tudo! – A partir daquele momento, soube que ela seria minha, até o fim do mundo.
~Fim~
N/A: Primeiro eu quero agradecer a minha beta Cassie, que foi muito fofa em ter aceitado betar a minha fic e que, além do mais, fez um ótimo trabalho!
Também quero agradecer à Miss Meltida que leu essa fic primeiro, à minha marida, Mah RBD #) e à Mini – Cameron, que me deram apoio moral! E sem me esquecer, quero agradecer à Taty, que por causa do Pc ferrado, não pode betar a fic, mas ela foi muito fofa em ter agüentado a minha neurose (Beijudd pra você, Jones queridaa!)!
E por último, mas não menos importante, as leitoras que tiveram a paciência de ler essa fic, essa N/A e que tiveram o bom coração de deixar um comentário pra mim! XD
Amo tooooodas vocês!!