- Droga ! – disse saindo do quarto atrás do namorado. – Você sabe que a questão não é essa.
apenas resmungou.
- Você sabe que eu te amo, muito mesmo. Mas essa bolsa de estudos é a realização dos meus sonhos!
- Você não acha que você podia abrir mão disso? – finalmente se pronunciou – Logo agora que a banda tá dando certo você vem me pedir pra mudar de país? De Londres pra Nova York, ? Onde você tava com a cabeça quando se inscreveu nisso?
- Eu não estou te pedindo nada, ! – explodiu ela - Eu só estou te avisando! Eu vou e isso é um ponto final. – disse a menina tirando o celular do bolso.
– Alô? É, sou eu. Mas claro que eu vou aceitar! O não tem nada que dizer sobre as minhas decisões. Sim, brigamos. É, queria. Te encontro em meia hora.
não fez nada para impedi-la, apenas se sentou no pé da cama, cabisbaixo.
-, você sabe que eu não fiz por mal...
- Você nunca faz , você nunca faz... – disse a menina saindo.
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-! Planeta pra . Houston we have a problem. – disse com uma expressão de riso.
- Oi? É, eu concordo sim Lah! Você sabe como é! – disse despertando do flashback.
conhecia desde sempre e quando a menina recebeu a bolsa, logo disse que iria com ela, ‘Eu sou modelo, eu arranjo trabalho em qualquer lugar’ dissera Lah sobre os protestos da amiga.
- Mas , você nem ouviu o que eu tava falando. – disse agora rindo.
- Ah, você sabe que...
- Você não consegue parar de pensar no . Mas é claro que eu sei. – completou.
- Isso não é verdade! – disse indignada.
Mas era, era a pura verdade. Desde o dia em que eles brigaram por causa da bolsa de estudos, desde o dia em que ela veio pra Nova York, nesses longos dois anos era o nome dos seus pensamentos.
Mas ele estava melhor sem ela, ela pensava. Já o havia visto na TV algumas vezes a sua banda já era famosa agora, ele parecia feliz. E ver o feliz era tudo que importava, certo? CERTO?!
A quem ela estava querendo enganar? O que interessava era se ELA estava com ou não. E ela não estava, não mesmo. Ele nem ao mesmo havia esperado por ela, como ela descobriu duas semanas depois de se mudar quando ligou para o celular do ex namorado e uma voz feminina atendeu.
Se surpreendeu vendo que já havia pago a conta do café onde estavam e se dirigia para a porta.
2 – Dói demais, passado.
Acordei com o despertador. Segunda-feira. Já sabia onde ir, óbvio, trabalho e mais trabalho. Eu fazia estágio em um jornal no centro e para chegar até ele eu passava pela Times Square. Eu adorava aquela rua, desde sempre. Não que eu não amasse Londres, claro que amava! O céu nublado, aquelas chuvas que vinham no fim da tarde, a neblina que entrava pelo meu apartamento todas as manhãs e, é claro, todo aquele ar de mistério. Mas eu amava muito mais Nova York. Toda a agitação, todas as pessoas apressadas e cada uma diferente da outra. Eu gosto das pessoas, de observá-las, eu digo.
Tanto gosto que lá estava eu, em mais um horário de almoço sentada na frente do jornal observando as pessoas. Eu havia prometido pra mim mesma que pararia de fazer aquilo, porque nós sabemos quem eu esperava que passasse por ali, e ele não passaria. Bom, não até aquele momento.
- ?
Dois anos de sentimentos reprimidos começaram a borbulhar no meu estômago. Droga, porque eu tinha que comer tanto no almoço? Ele estava lindo, muito mais do que eu me lembrava. O cabelo um pouco mais comprido, os olhos brilhando e as calças mais largas do que nunca.
- ? – disse ele me tirando do meu transe. – Meu Deus, quanto tempo!
E foi quando ele se virou que eu vi: uma garota ruiva de olhos verdes, extremamente bonita, estava de mãos dadas com . MEU .
3 – Ostenta ser feliz
Eu devo ter ficado cerca de dez minutos em transe, porque quando eu acordei eu estava abraçada com . Ele usava o mesmo perfume de sempre, o que me trouxe milhares de sensações diferentes. A última foi a que mais doeu: realidade. Todo aquele tempo que eu passei decorando frases de efeito pra quando a gente se reencontrasse foi por água abaixo. Como eu ia dizer ‘Eu senti sua falta, you rock my world’ se agora ele agitava o mundo de outra?
Parabéns , meus parabéns por ser uma idiota.
-Mas e aí? Como está a faculdade? Você nem me ligou mais! – disse a última frase meio perdido em pensamentos.
- Hãn – eu ainda estava meio grogue com o perfume dele – É, tô até fazendo estágio aqui ó! – eu disse apontando para o prédio gigantesco que estava atrás de mim.
pareceu meio decepcionado e feliz ao mesmo tempo. A ruivinha-perfeição ainda estava do lado dele sorrindo pra todo mundo que passava. Ela estava com e sorria pra todo mundo que passava! Vou ter que ter uma conversa de apaixonada por pra apaixonada por com essa menina.
- Que legal, ! Então, você realizou seu sonho, certo? Era isso que você sempre quis.
Legal, era o que eu sempre quis mesmo. Mas no meu sonho ele ainda estaria comigo e não com esse projeto de fogueira. (n/a: eu sou tosca, falaí)
- É, - eu disse – em partes – acrescentei baixinho.
- Ah – ele finalmente lembrou da ruiva – essa aqui é a Candance.
A ruiva sorriu pra mim murmurando um ‘Pode me chamar de Candy’
- A Candy e eu estávamos indo almoçar. Quer ir com a gente, linda?
Ele tinha em chamado de linda! Toma essa ruivinha! Ok, a ruiva nem estava prestando atenção na gente. Observava um outro garoto vindo em nossa direção. Eu sabia quem ele era, era o...
- ! – Candance parecia que ia explodir de tanta excitação. Mais uma vez a prova, a menina não sabia aproveitar o que tinha na mão. Não que o fosse feio nem nada, mas OLÁ! Ela estava com o .
- Hey Candy. , o Fletch vai te matar se você demorar mais. Você fica ai conversando com as fãs, eu já falei que...
- É a , . – disse cortanto o amigo.
- Mas eu já falei que... ?! – mais um que parecia que ia explodir de excitação.
Já disse que eu e o éramos como irmãos em Londres? Pois é. Mas depois a gente perdeu um pouco o contato depois que eu em mudei pra capital do mundo.
- ! – eu disse feliz. Eu sentia falta dele.
veio me abraçar e, vou dizer, quase me matou.
- ! Vai matar a menina sufocada! – disse rindo.
- Ok. Mas então , quer ir almoçar com a gente? – o falou. Se ele não parasse de sorrir daquele jeito ia ter cãibra na boca, juro.
- Mas eu achei que o Fletch ia matar a gente! – disse rindo mais ainda.
- Foda-se o Fletch, estamos com a , ela vale o nosso esforço.
Eu em senti boa demais naquele momento. Mas eu acho que o não gostou tanto da frase do , já que soltou a mão da tal Candy e olhou feio pra ela. A ruivinha foi velocidade jato pro lado do que olhou pra ela com medo. Não pude deixar de rir. Candance ficou toda vermelha.
- Well, já que vocês me estimam tanto, vamos.
4- O peso do mundo.
Eu mencionei que eu já tinha almoçado? È. Mas eu estava com o e por ele eu podia até acabar com a minha dieta.
passou o braço pela minha cintura e fomos andando. A Candy ainda babando no e estava com uma cara de poucos amigos.
- O que foi, ? – eu perguntei quando chegamos ao tal restaurante – Tá com cara de quem comeu e não gostou.
- Oi? Eu? Não, é que eu to com fome só isso.
olhou pra ele prendendo o riso e Candance deu um suspiro profundo olhando pra ele. Comecei a rir muito da cena, o que fez esboçar um pequeno sorriso.
O estava perdido no cardápio, escolhendo o que ele iria pedir.
- Poxa , não monopoliza o cardápio que eu também quero pedir! – eu disse rindo.
- Nah, hoje eu vou escolher o que vocês vão comer. E nós vamos comer macarronada com molho branco! – ele disse fazendo cara de vitorioso.
- Qualquer coisa que o disser vai estar bom pra mim. – Candy finalmente abriu a boca.
Eu realmente queria bater na garota. Com e babando no . Tava na hora da conversinha.
- Ahn, Candy? – eu disse e ela olhou pra mim. – Vamos ali no banheiro comigo?
No banheiro? Eu sou ótima com essas coisas de conversa, como você vê. Ela se levantou e me seguiu.
- Então – eu comecei – eu só queria dizer pra você, ahn, dar valor ao que você tem e não ficar olhando pra outros. Entende?
- Não, não entendi. – Candance me olhou confusa.
Ela devia ser loira. Menina burra!
- É que, assim, eu não queria que você machucasse nenhum dos dois...
- Você ta falando do e do ? – ela me olhava divertida agora.
- É... – eu respondi.
Com o olhar que ela me dava parecia que ela ia ler minha alma, por isso que me encolhi um pouco.
- Nossa, ! – ela continuou rindo – Não é nada disso, não!
- Ah, não? – eu tava começando a ficar com medo dela. Parecia uma psicopata rindo ali.
- Nãão. Eu não estou com o , eu estava com ele ali na rua pra que o viesse atrás da gente e eu pudesse vê-lo. O é só um amigo e ta me ajudando com o .
Candy tirou um peso dos meus ombros. Foi como se eu começasse a voar. De certa forma eu voei, meu pensamento eu digo, porque quando eu em dei conta estava na mesa outra vez.
5- Aquela velha história.
A ruivinha tinha um sorriso enorme no rosto, ela estava sentada ao lado do , que também parecia bem satisfeito com o lugar que a garota ocupara. Eu estava do lado do . Ele parecia desconfortável e eu devia estar com um sorriso idiota no meu rosto.
- Então – foi o primeiro a falar – Eu e a Candy vamos indo, pra, hãn...
- A gente sabe . – respondeu.
Eu sorri pra Candy, que respondeu com um gesto de cabeça significativo pro lado de .
Quando o casal saiu eu me virei pra que já me olhava. Aqueles olhos , eu sempre me perdia neles, e dessa vez não foi diferente. Quando me dei conta ele estava se aproximando. Ele me beijou. Eu esperei tanto tempo por isso.
Ao partir o beijo ele sussurou um ‘eu te amo. Nunca mais vou deixar você fugir de mim’.
Saímos do restaurante de mãos dadas, andando pela Times Square. A MINHA rua, o MEU . Agora sim, aquilo era a realização dos meus sonhos.
FIM!
n/a: oi pessoal, obrigada por lerem. essa é a minha primeeira fic, espero que tenham gostado. ‘-‘ tirei a idéia dela da música ‘redenção’ do fresno (não, jura Júlia?) se vocês quiserem me add no msn (jssmoreira@hotmail.com) pra me contarem o que acharam e darem idéias novas talvez. Se essa fic for bem recebida (?) eu vou fazer uma continuação pra ela, eu até já tenho escrita uma parte. Há, orgulho *-*’
eu queria agradecer as minhas babys [hearts] que viram essa fic pela primeira vez, leram depois e me falaram que tava ótima, e é claro ao meu muso inspirador: JONES (como se ele um dia fosse saber disso, /idiota) E é só isso. Obrigada mesmo pra quem leu @_@’ xx.