- Ele não fez isso! – estava tão indignada que falava sozinha – Mas esse cara só pode ser mesmo muito maluco. Cacete! O que ele tem na cabeça, hein? Vento?! Foi tomar juízo e só tinha cachaça, isso sim. Que cara drogado.
Não era todo dia que seu artista preferido mandava um boletim daqueles no myspace.
- Será que a mãe dele percebeu que precisa interná-lo?!
estava mais assustada que chocada. Se aquilo fosse verdade...
- O que me resta é conferir. – e pegou o telefone – Vou gastar uma fortuna! – choramingou – Mas quem liga? Não sou eu que pago as contas mesmo.
- Alô?
Coitado de quem estava do outro lado. Ouvi-la falar naquele inglês pobre era uma tortura. A vergonha dela, então? Nem se fala.
- Gostaria de falar com o Ja... – se calou. Não poderia simplesmente falar James. Ia dar muito na cara e depois, falaria o quê? Tinha que inventar um nome e esperar que não fosse o mesmo nome do dono do outro lado da linha. Sorte que existia um vampiro com essas mesmas iniciais. Agora tinha que torcer para que ouvinte nunca tenha lido Crepúsculo. – Jasper Hale, por favor.
- Desculpe, não é do telefone dele.
sentiu suas pernas tremerem e seu coração pular dentro de seu peito. Era mesmo James Bourne do outro lado da linha! O reconheceria até com um modificador de voz. Sorte que estava sentada numa cadeira giratória, senão já teria caído. Ainda bem que podia, pelo menos, ficar girando na cadeira para conter tamanha euforia guardada.
- Sério? Mas aí não é o 7880738773?
- É sim. Esse mesmo, mas não tem nenhum Jasper Hale por aqui.
- Qual seu nome? – precisava se fazer de desentendida para puxar conversa. Não podia deixá-lo desligar o telefone.
- James.
- Desculpe, mas James de quê? – se sentiu a pessoa mais idiota ao perguntar - Sabe, existem muitos James na Inglaterra. – deu graças a Deus por ter lido na Wikipédia que um dos nomes mais comuns eram James, Thomas e algum outro que ela não se lembrava... – É que nem Mark, o meu amigo que me deu esse número, nomes muito comuns.
- Realmente, Mark e James são bem comuns. Mas eu sou James Bourne.
- Hm... Esse seu sobrenome não me é estranho... – ela resolveu brincar – Mas Mark me deu esse número para ver se eu conseguia falar com esse tal Jasper porque ele conseguiria um bom contato para a minha banda e, droga, você não é o Jasper. – é melhor, pensou. – E já que eu to gastando milhões ligando para a Inglaterra, o que custa conversar, não? Então, você trabalha?
se sentiu a pessoa mais cara de pau do mundo, tinha certeza que depois disso conseguiria fazer qualquer coisa que a pedissem, por mais absurda que fosse. James imaginou uma pessoa bem carente do outro lado. Carente e que não conseguia parar a boca... Como essa mulher falava!
- Tem certeza que foi para falar com o Jasper?
- Estou em dúvida agora. Só Deus sabe como o Mark é maluco. – e como o Mark era imaginário.
- É que eu trabalho com música também.
- Tem uma banda? – então, o papo tava melhorando. Ele já estava se abrindo. Ficaria mais fácil para agora que estava mais calma.
- Já tive. Hoje eu to em carreira solo.
- Anh... AHÁ! – fingiu que se lembrou de alguma coisa. – Já sei de onde conheço o Bourne!
- Sabe? – ele pareceu surpreso.
- Claro! Eu adoro aqueles filmes: Identidade Bourne, Supremacia Bourne....
- Ah, sim. – ele gargalhou – são bem legais mesmo.
- Tipo, já que você trabalha com música também, não conhece nenhum lugar que uma banda brasileira de pop-punk possa tocar, não? Ou quem sabe uma gravadora para nos contratar...
A única verdade naquela conversa toda era a banda de , mas não daquele jeito. Ela sabia tocar, tinha uma banda, mas não achava que poderia ter uma vida boa com ela, nem que conseguiria sucesso suficiente para não viver na rua da amargura. Era mais um hobby do que uma profissão.
- Você tá ligando do Brasil? – ele se espantou.
- Meio longe, não?
- Hm... MEIO?! Eu não fui o melhor aluno de geografia, mas é realmente bem longe!
- Nada que dez horas de avião não resolvam.
- Nossa, parece ser muito mais longe que isso... Mas a sua banda... É uma banda feminina?
- Nem, não é tão fácil arranjar bateristas e baixistas mulheres por aí. Mesmo eu sendo baixista...
- Estou em volta de raridades então! Namoro uma baterista, e uma baixista acabou de ligar por engano para o meu celular, que honra. – sorriu ao sentir
James sorrir. Era um boboca mesmo. – Como é o seu nome mesmo?
- . – seus pêlos do corpo inteiro se arrepiaram. Quantas vezes sonhou em dizer isso a ele?
- . – ele repetiu. – E como é o nome da banda?
- Gimme your number. – inventou na hora. Não podia dizer que a banda se chamava Cisnes Verdes, era horrível.
- Mas você já tem!
- Sua besta! – riu ao perceber o que tinha falado. Já se sentiu tão íntima de James... – Esse é o nome da banda!
- Nossa, gostei! E o que vocês tocam? Quais são as suas referências musicais, essas coisas...
- Os mais clássicos do pop-punk, Blink, Green day, Offspring...
- Então ta na mesma linha que eu. Quer dizer, eu to mais pro pop, mas eu gosto dessas bandas também.
- Que coincidência incrível! – fingiu. Seria capaz de dizer até o que James odiava.
O barulhinho de alguém ligando atrapalhou a conversa. Não só isso, a campainha também tocou.
- Droga, odeio quando tudo toca ao mesmo tempo.
- Sem pânico.
Desistiram de ligar. ouviu perfeitamente alguém entrando e dizendo 'oi' numa voz que ela achava que conhecia e James respondeu com um 'Entra, Tom. Me dá só um minuto.'
Opa, o coração acelerou novamente. Será que aquele Tom era quem estava pensando? Meu Deus! ia surtar.
- Certo, ? – ela tomou um susto quanto James a chamou. – Oi?
- Ah, sim. Oi, Jason. – o cérebro dela tinha entrado em curto.
- James.
- James Bourne. Jason Bourne. James Bond. Jack Bauer...
- Tudo JB. – ele riu – já tinha ouvido essa.
- Acabou comigo. – riu também.
- Olha, eu não sei se posso te ajudar mais que isso, mas você pode mandar um vídeo ou algum áudio para uma lugar que eu conheço. Você tem myspace?
- Tenho sim. É só dizer pra quem.
- Então, você manda uma mensagem com o nome da sua banda no assunto para a sic, sem K, puppy que eu vou pedir para meu amigo priorizar, ok?
- Com toda certeza. – Essa nome ela conhecia muito bem. E até podia adivinhar quem era esse ‘amigo’.
- Eu preciso desligar. E caso eu conheça algum Jasper Hale eu passo o seu número para ele.
- Salvaria a minha vida. Muito obrigado, James. Espero poder ligar errado mais vezes.
Ele só riu e disse tchau.
parou atônita olhando para o telefone. Era quase impossível de acreditar que tinha acabado de falar com o seu ídolo e que tinha inventado uma historia absurda para ele... E ELE TINHA ACREDITADO!
- Acho que posso fazer artes cênicas agora. – viajou nas idéias.
E o vídeo? Será que devia mandar o vídeo para a sic puppy mesmo? Não, era melhor mandar um áudio. Os vídeos que tinham era muito bizarros.
Ok, o que ela precisava era se acalmar, parar de se beliscar e conversar com os colegas de banda. Se eles quisessem, mandaria. Senão... Foi muito bom conversar com o James. BOM? Foi demais, foi incrível, foi impressionante! Como ele era educado! E ELA OUVIU O TOM PELO TELEFONE, tinha falado com Tom Fletcher pelo telefone por tabela. Ai, o James é mesmo incrível. Um maluco, drogado, que enviou o número do celular para os seus contatos do myspace, mas ainda assim incrível.
Deitou na cama, fechou os olhos e respirou fundo. Estava feliz. Mesmo que ninguém acreditasse nela, nem que falasse novamente com James, foi perfeito...
N/A: Oi! *-* Eu não pude deixar de escrever essa história, parece até fic mesmo. Mas é mesmo o celular do James :D e se nada aconteceu depois do dia 9 de novembro, ele ainda está com esse mesmo número! Na terceira parte eu posto tudo o que aconteceu, se é que você já não sabem, né xD hahaha então, até Ring the Telephone II!
Algumas outras:
- 500 palavras para o amor (SOD - Finalizada)
- Olha que horas são (SOD - Song fic)
- Stop! This is a Kidnapping (SOD - Shortfic)
- É verão, sei lá... (SOD - Finalizada)
- And the winter is... (continuação de É verão, sei lá - Finalizada)
- How Could this happened to me (Simple Plan - Shortfic)
- Doze dias para doze passos (McFly - Shortfic)
- Murder in the Ocean (Mcfly - em andamento)
- Levando na segunda (Mcfly - Shortfic)
e mais alguma que eu estou com a sensação de estar esquecendo. E desculpa, eu to com preguiça de hiperlinkar! hihihi