Save you
Por Nathyy Desrosiers

null era uma garota de dezoito anos e todo dia ela ia à praça com sua melhor amiga, lá elas sentavam-se em um banco e conversavam sobre a vida durante horas.
Todo dia null ia à mesma praça para ver a menina. Eles ainda não se conheciam, mas null já a amava como nunca havia amado alguém, ele tinha certeza de que ela era a garota para ele, mas ele não conseguia criar coragem para conversar com a menina.
null o via todo dia e apreciava como ele era belo, porém ela também não tinha coragem de ir conversar com ele. null sempre tentava encorajar sua amiga para falar com ele, mas o resultado era sempre o mesmo... NENHUM.

- Ah, null, você viu como ele é lindo? – null referia-se a null.
- E seria mais lindo se você fosse falar com ele!
- AI null, eu não consigo e você sabe!

- Dudes, vocês têm que ver como ela é incrível, doce, meiga, linda...
- Ok, null, a gente já entendeu que você está apaixonado por essa garota que você vê lá no parque todo dia. – null riu ao ver que o amigo ficara sem graça.
- E por que você não vai falar com ela? – null.
- Eu não consigo...
- Dude, você não tem que ter vergonha ou medo de ir conversar com ela, aja como se você não quisesse nada... – null aconselhou.
- Ahh dude, eu não sei não...
- Olha, um dia pode ser tarde demais... – null disse.
- Credo, dude! Vira essa boca pra lá! – null disse.

Os meses foram se passando e null todo dia ia à pracinha ver null conversar com null, porém chegou o dia em que somente null foi a pracinha e null não entendeu, apesar dele ser bastante tímido, ele reuniu coragem e foi conversar com a menina.
- Oi... Meu nome é null, e o seu?
- null...
- Sei que eu posso estar sendo meio intrometido demais, mas cadê sua amiga?
- No... – null começou a chorar. – Hospital...
- O QUÊ? Mas... – null perdera todas suas forças. – Ela... Está bem?
- Não... Ela tem leucemia... E nenhum doador compatível...
- Eu não acredito... – null abaixou a cabeça.
- null... Se me permite perguntar, você gosta da null?
- null? É assim que a chamam?... É tão lindo... Ah, e sim, eu a amo... – null corou.
- Bom, se você quiser eu te levo no hospital para vê-la...
- É o que eu mais quero! – null sorriu.

Ao chegar no hospital e ver o estado de null, null deixou que as lágrimas escorressem, não agüentou ver a menina que ele tanto amava naquele estado, ele queria poder encontrar a resposta para ajudá-la, para tirar o sofrimento dela, mas ele realmente não sabia como, mas de algo ele tinha certeza: de que se ela caísse ele estaria lá para pegá-la, se ela perdesse fé, ele estaria lá para dar forças a ela, e se ela desistisse de tudo ele estaria lá para encorajá-la novamente, ele estaria lá para ela em todos os momentos.
- Eu quero fazer o teste de compatibilidade! – null disse determinado.

Depois de algumas horas, pois null pediu os médicos que vissem o mais rápido possível se ele era ou não compatível, o médico chamou:
- Sr. null?
- Eu!
- O senhor é compatível com a Srta. null...
- Quando eu posso fazer a cirurgia?
- A gente precisa de uns dois dias...
- Perfeito!
- Ai, eu não acredito, você vai salvar a null! – null abraçou null, chorando.

Após a cirurgia e o transplante da medula óssea em null, esta levou uma hora para acordar.
- null! – null gritou.
- Heyy amiga! Eu to tão feliz de ter conseguido um doador... Você sabe quem era?
- null null.
- Quem?
- O menino do parque!
- Sério? – Os olhos da menina brilhavam. – Chama ele, null! Anda!
- Não dá, null...
- Por quê? Ele ainda está na cama de hospital?
- Não, null...
- Ele foi embora?
- Quase isso...
- FALA LOGO, null!
- null, durante a cirurgia ele não resistiu e morreu... Ele me pediu, antes que começasse a cirurgia, que te falasse que ele te amava mais do que qualquer coisa nesse mundo... – null ao escutar as palavras da amiga, chorava.
- Não, não pode ser... – null fez uma longa pausa. – Sabe, ele pode ter morrido, mas de uma coisa eu sei, ele vai estar sempre aqui comigo e que em momento nenhum ele vai me abandonar... O nosso amor é tão grande que nem essa distância entre mundos vai nos separar...