Sublime pôr do Sol.

Sublime Pôr do Sol.


Naquela manhã de 15 de agosto de 1996, um sábado, o inglês null null jamais poderia imaginar que, naquele dia, o destino estaria conduzindo os seus passos em direção à mulher ideal.
O palco desse encontro não tinha flores ou iluminação especial. Também não era próprio para romances. Tratava-se de uma loja de grande porte, importadora de instrumentos musicais.
O salão era mais comprido que largo. No lado de dentro havia dezenas de instrumentos em exposição.
Uma equipe de vendedores, formanada por moças e rapazes trajando um uniforme de brim azul, com crachá no peito com o pré-nome e o qualificado “vendedor”, se posicionava ao longo do balcão e prestava atendimentos àqueles sem número de pessoas que ali acorreram naquela manhã.
Ele, null null, do lado de fora do balcão como pretenso comprador.
Ela, suposta vendedora, do lado de dentro, sentada ao lado de uma escrivaninha escrevendo, lendo, o que supostamente pareciam ser livros e cadernos, possivelmente de escola.
Eram dez horas da manhã. Todos os balconistas encontravam-se ocupados com o atendimento de clientes. null, muito irriquieto, não teve dúvidas: dirigiu-se em direção à bela jovem e a abordou delicadamente:
- Moça, por favor...
- Pois não. – respondeu ela toda solícita colocando-se de pé para melhor atendê-lo.
Assim que aqueles pares de olhos se encontraram, espraiaram uma luminosidade tão intensa, parecendo possuir a potência de mil watts.
Ele, com um par de olhos azuis se destacando de seu rosto claro e um pouco amassado.
Ela, com imensos olhos castanhos, formando contraste com seus lábios vermelhos como fogo.
Ele, mostrando que no mínimo seria um daqueles moleques de bandas de garagem; vestia uma simples calça jeans, uma blusa de frio, um par surrado de All Star, e um boné totalmente torto.
Ela, expandindo simplicidade, usava uma simples calça jeans, uma blusa qualquer, e um par qualquer de All Star - só que ao contrario dele, todo rabiscado.
Olhos nos olhos, ambos se sentiam magnetizados. Queriam dizer “alô” um para o outro. Porém, suas vozes estavam entaladas na garganta. Quando aquele impacto passou, null conseguiu falar:
- Desculpa interromper...
- Tudo bem, eu to aqui pra isso. – Disse a jovem, com um sorriso no rosto.
- Você é uma das vendedoras, né?
- Sim e não... – Disse ela séria e fazendo uma espécie de careta, e logo após deixando escapar um risinho sem graça.
- Como assim? – Perguntou o garoto confuso.
- Eu trabalho aqui quando não tenho nada pra fazer em casa, mas mesmo assim trabalho.
- Ta, você conseguiu piorar! Como quando você não tem nada pra fazer? Digo, queria eu trabalhar assim!
- Porque meu pai é o dono... Aí quando eu não to estudando e pá... Eu to aqui.
- Ah sim.
- Mas então, qual instrumento você quer?
- null... O mais legal que você tiver.
- Sim... Vejamos. – A garota andava pela loja olhando os baixos. – Senhor...? – Ela fez uma careta novamente.
- null, null null. E não me chama de senhor, por favor. Senhor acho que seria meu bisavô. – Disse null, rindo. – E você?
- null. E pode deixar, não chamarei você de senhor. Só se o seu bisavô vier comprar null pra ele também.
- Claro! – Falara null, com um lindo sorriso.
- Bom null, temos esses aqui que são os melhores e, particularmente falando, os mais bonitos. Você – disse ela reforçando a palavra você –, pode escolher o que quiser.
- Hum... Sim... – Disse ele, tirando finalmente os olhos dela e olhando para os baixos. - Aquele verde, gostei dele.
- Qual dos? – Disse null confusa – O escuro ou o claro?
- Ta, os dois são legais. Mas o claro.
- Ah sim. – null deu um pequeno tapa em sua própria testa. – Se você quiser pode esperar aí, eu só vou ver o preço e tal.
- Ah, claro... – Disse null, que deu um sorriso de canto, e viu null se distanciar.
Como poderia ela ser tão bonita? Como poderia ele ser tão covarde a ponto de pensar essas coisas por alguém que só sabia o nome?
null se perdia em pensamentos, até que viu algo passar rapidamente na frente de seus olhos. – Sim? Ah, oi.
- Bebeu filho? – Disse null rindo – Ta parei. Enfim, são £380,00.
- Pra ser bem sincero eu bebi. – Disse null rindo também – Se eu mostrar a carteirinha de estudante tu me dá um desconto?
- Olha, como eu também estudo eu posso te dar £20,00 de desconto, porque eu sei como a gente sofre. Mas aí eu vou ter que pagar do meu salário não existente, ou meu pai me mata; pode escolher.
- Beleza. Você morre, e eu tenho null. Pra mim ta ótimo! Ta é mentira. Eu não desejo a morte de ninguém. Só dos americanos (?), mas isso nem é o assunto!
- Ah eu também. Beleza, só alguns como o Bush e a Putney Spears digo, Britney Spears, mas isso é outro assunto. – Ela riu. – Mas agora sério, eu até te consigo um desconto. Pequeno, mas consigo. E relaxa, você pode pagar em até 12 vezes.
- Okay. Então acho que ta dentro do meu limite de salário semi-não-existente de trabalhar meio período na lanchonete perto de casa.
E assim o tempo foi passando, e os dois, null e null, conversavam cada vez mais.
Quando viram, já era quase a hora do almoço, e os dois ainda conversavam sobre um assunto qualquer.
- Realmente, Gossip Girl não é tão legal assim... Que horas são null?
- Erm... 12:30h.
- Nossa, já sei porque eu tava com fome, nem vi que o povo foi almoçar e eu aqui morgando da vida.
- Eu sei gata, eu faço qualquer uma se atrasar. – null disse com um sorriso maroto nos lábios, que logo se formou numa risada alta e escandalosa. – Nossa meu, que mentira. Mas fala aí, você quase acreditou, né?
- Ah claro! Super acreditei null! – null falou irônica. – Mas enfim, quer ir almoçar? Porque sei lá, tem um Mc Donald’s aqui perto.
- Ah! – null riu. – Vou sim, só que você paga por que você me empobreceu agora a 2h00min atrás. –Ele fez uma cara confusa – Frase estranha... Mas tudo bem.
- Mas você tem salário, eu não. E realmente foi confusa a frase. – null dizia se levantando. Percebendo que null também se levantava, foi andando em direção à porta, com uma chave em mãos.
- null... – Disse null depois de um longo-curto tempo de silencio, da mesa qual ela se encontrava há exatas 2h30min atrás, para ela que estava numa porta nos fundos da loja.
- Presente! – Disse ela assustada.
- Calma! – null disse se assustando com o grito da garota, e rindo por um curto período. – Sabe, eu acho que você não é muito normal, COM TODO RESPEITO. Mas sabe, você dentro da loja do seu pai, conversando com um desconhecido, e ainda chama ele pra almoçar. E se eu quisesse te seqüestrar?
- Ah meu filho, teria até um lado bom nisso. Não, mentira. Mas eu acho que eu sou meio assim porque meus pais são separados, ou seja, me divido em mil pra tentar agradar os dois. Mas minha mãe faz o favor de preferir o trabalho dela a mim, então eu só tenho praticamente pai. Meu pai ta quase morrendo. – A garota respirou, e engoliu seco. – Então eu tenho que estudar e ficar aqui na loja, e eu nem tenho amigos. Nem na escola, nem aqui, nem no prédio ou qualquer coisa assim. Só na Internet. Então eu me acostumei com o “perigo”, diríamos assim...
- Como assim “quase morrendo?” – null olhou assustado para null, que agora se encontrava encostada numa parede. – Digo, como assim?
- Ah meu, ele ta ficando meio-muito velhinho... E aquelas doenças de velho todas, e mais um monte de coisa... E ele ta quase morrendo. – null percebeu que null se encolheu, e tentava não olhar muito para ele.
- Nossa... null... Eu, eu sinto muito... – null percebeu que não estava realmente bem, e a abraçou. - Eu sei como é isso, mas no meu caso foi um pouco pior. Meu pai saiu de casa sabe, abandonou a gente; a gente eu, minha mãe e minha irmã. Mas calma, ele vai melhorar. – Disse ele, soltando-a e dando um sorriso.
- Tomara... Mas vamos parar de falar disso! Eu ainda tenho fome. – Disse null sorrindo meio engraçado.
- Eu também tenho! - Disse null rindo, saindo da loja com null.
Como em um dia eles poderiam ter feito uma amizade assim? Enquanto almoçavam, os dois contavam sobre suas vidas como se se conhecessem há anos. Aquilo assustava um pouco null, como ela conseguiu finalmente ter um amigo?

Depois daquele dia, null e null se falavam cada vez mais; era algo incontrolável que partia dos dois. Era como se existisse um imã dentro do corpo de cada um, e cada vez mais eles precisavam se falar, cada segundo, cada minuto, quando menos esperavam, já estavam se falando.
Com a morte do pai de null, eles se aproximaram mais ainda. null tirava suas forças de null, e null tentava tirar as suas de null. A mãe de null até dizia que um dia eles ainda casariam, mas nenhum dos dois acreditava nisso. Eles eram apenas amigos, grandes amigos. Sabiam todos seus segredos de cor, sabiam tudo da vida um do outro. Eles eram amigos, e nunca deixariam de ser amigos, apenas amigos.

15 de agosto de 2006, hoje faria 10 anos que os dois se conheciam. null tentava pensar em algo para dizer à null, e null tentava parar de pensar nisso. Aquilo a assustava, ela nunca tivera amigos e quando fez um, durou tanto tempo assim. null e sua banda já eram famosos, null era só mais uma null recém-formada qualquer de Londres.
null já tinha fama de garanhão da banda. null nunca tivera um relacionamento sério, só algumas ficadas quando ainda estudava, nada mais. null escrevia músicas, null livros. null continuara a mesma criança de sempre. null tentava se fazer de adulta, mas no fundo era mais criança que null.
null gostava do dia. null da noite.
null do verão. null do frio. Os dois eram realmente o oposto um do outro.
null não se importava com horários, null era cercada de relógios: relógio de pulso, computador, despertador, celular, agenda eletrônica, microondas, dvd, televisão, tudo era um ótimo lugar onde ela poderia saber que horas eram.
Segunda-feira, 10 da manhã, null se encontrava em seu escritório brincando com um lápis. Eram férias de verão, todos iam viajar; por que ela tinha que trabalhar? As ruas de Londres estavam mais vazias que nunca. Todos tinham ido viajar, e ela ali esperando que alguma alma viva aparecesse. E finalmente null ouve algo batendo em sua porta. Como um impulso levantou a cabeça o mais rápido que pode, e olhou para a porta.
- Doutora null null? – Se ouvia uma voz masculina entrando pela porta. Uma voz que null achara que conhecia, uma voz que a fazia lembrar de algo e alguém.
- Sim? – null disse tentando enxergar quem era, mas era impossível. Alguém se escondia atrás de um boné e uma blusa com capuz. Era realmente impossível ver quem era.
- Credo menina, não lembra de mim? Sua nóia! – Aquela voz mudou de tom. null tentava raciocinar, mas ela não lembrava. – Parou de assistir TV, foi? E olha que a gente nem ficou tanto tempo assim sem se ver, só uns 2 anos no máximo!
- nullÉVOCÊGAROTO? – null em um pulo ficou de pé, assim como na primeira vez que tinham se visto.
- Não, minha avó! – null finalmente tirou tudo aquilo que cobria seu rosto. – Que saudade pequena da minha vidinha. – null pulou por cima da mesa de null, e a abraçou.
- Seu bêbado, você some! Okay, eu sei, turnês demoram. Mas DOIS ANOS? Uma turnê de DOIS ANOS? Eu sei que você não me ama, beleza, mas poxa eu até tenho um afeto por você e tal garoto, podia ter um pouco de dó de mim, né? – null abraçava null com toda a sua força-não-tão-forte-assim.
- Nossa desculpa a informação, mas famosos não tem sentimentos. – null dizia rindo de null, deopis sentando em cima de sua mesa. – Mas aí, novidades chuchu?
- Ah, claro né? Me formei, a fábrica do papai fechou, meu peixe morreu, eu apaguei as letrinhas do meu teclado falando com você durante dois anos só pela Internet, e adivinha, null null, uma anônima, conheceu null null, O galhinha do McFLY. Emocionante eu sei, null é uma garota de sorte (?), e você senhor "oi-eu-não-tenho-educação-e-sento-em-mesas-alheias"? – null disse rindo vendo a cara de null.
- Ah meu, várias! Tipo, conheci metade do mundo, gravei outro CD, tenho milhares de garotas se matando por mim, e hoje fez 10 anos que a coisa mais importante da minha vida aconteceu.
- Uau, o que aconteceu de tão bom assim para o senhor, null? – null disse com um sorriso irônico.
- Comprei o melhor baixo da minha vida, pô. E olha que ele durou, viu? Até hoje eu tenho esse baixo, ele é assim um filho pra mim, sério. Ele é assim verde claro, e nossa, foi mó gostosa que vendeu pra mim meu. – null disse fazendo uma cara pervertida.
- Idiota. – null disse batendo na perna de null. Digo, coxa... Perna digo... Ah, sua mente entendeu onde foi, né?
- Nossa gata, já vai aí? – null se assustou pelo lugar onde null bateu, realmente se assustou. Quem visse aquilo iria pensar coisas realmente erradas sobre a garota.
- Nossa, juro que foi sem querer! Até porque eu sei que isso aí nem é tão demais, por que faria uma coisa dessas? Reflita null null. Mas tudo bem. – null disse provocando null, e depois rindo de sua cara.
- Ah é? Não é nada demais? Tu vai ver o “nada demais”, menina. – null disse olhando fixo nos olhos de null, ele sabia que ela queria tanto quanto... Espera, o que ele realmente queria? Ah sim, ela. Lembram-se “Naquela manhã de 15 de agosto de 1996, um sábado, o inglês null null jamais poderia imaginar que, naquele dia, o destino estaria conduzindo os seus passos em direção à mulher ideal.”? Sim, null realmente amava null, e dãr, isso é óbvio, porque se não nem estaria falando tanto assim numa pausa de fala do tão amado null. Mas então por que ele sempre queria ter tantas garotas? Por que para null null sempre seria “uma-por-noite-nada-mais”? Nem ele sabia o por quê. Talvez para tentar esquecer null? Ou apenas para ter um Status como membro de uma banda? null tentava não pensar, e agir mais. Sim, ele estava nervoso.
- null, menino, que tu vai fazer? – null como em um impulso se levantou, e se encostou na parede, mal sabia ela que assim seria pior.
- Ah meu, null, não dá cara, eu preciso te falar logo. – null travou literalmente; não conseguia mexer um músculo. Aquela frase não era pra ter saído, era só um pensamento.
- Falar o que menino? Você bebeu, foi? – null olhava assustada para ele. O que deu em null? Ele nunca agira assim.
- Tudo null, só que não aqui. Vem! – null saiu puxando null, que mal sabia o que falar.
- null, chuchu eu to trabalhando.
- Fala que você vai almoçar. – null disse despreocupado. Mentira, foi a única coisa que ele pensou. Estava mais preocupado que nunca - e aquela amizade, o que aconteceria com ela? 10 anos poderiam ser jogados fora para sempre, e tudo dependia dele, null null.
- Às 11h30min? – null se assustava mais a cada instante. – Ashlee, eu estou indo almoçar, okay?
- Mas já Doutora? – Ashlee, secretária de null disse sem mover os olhos do computador.
- Sim, acordei muito cedo hoje. Já volto, okay?
- Sim senhora. – Ashlee continuou atenta ao computador. null saiu puxando null ainda, e fez com que ela entrasse dentro do carro.
- Seu louco, ela pode pensar que você vai me seqüestrar! – null dizia rindo. Sim rindo, era a única coisa que ela conseguia fazer.
- Calma, ela nem olhou pra você null. – null sorriu, e ligou o carro. Mal sabia ele pra onde iria, mal sabia ela o que se passava na cabeça de null. Um silêncio horrível se instalava no ar.
null ligou o rádio, e tocava uma música qualquer do McFLY, null desligou o rádio e sorriu; null não entendeu e voltou sua atenção para a frente, onde via-se passar apenas algumas placas de velocidade, e algumas curvas.
null se econtrava naquela estrada há horas quase. null acabara com os estoques de doces que null poderia ter em seu carro, seu estomago a matava. Fome e ansiedade.
null olhava no relógio desesperadamente, até que null tirou aquilo de seu pulso e jogou pela janela do carro.
- MENINO! Meu relógio.
- Você já viu umas trocentas vezes que são 14:45h, null. – null disse rindo.
null rolou os olhos, e null riu mais ainda.
null começou a diminuir a velocidade, mas mesmo assim não parou o carro; tentava dirigir e olhar para null, o que era uma coisa quase impossível, já que a garota o fazia olhar para a estrada.
null parou o carro no meio de um nada, o carro estava totalmente em frente ao Sol, que agora se encontrava laranja. O céu estava meio azul, meio rosa, meio laranja, meio roxo, um arco-íris inteiro quase. null abriu totalmente todos os vidros do carro, deixando que aquela temperatura quente se misturasse com a brisa fria. Aquilo era realmente bom, a mistura do frio com o calor. Da noite com o dia.
- I wonder what it's like to be loved by you
I wonder what is like to be home
And I don't walk when there's stones in my shoe
All I know that in time I'll be fine

(Eu me pergunto como é ser amado por você
Eu me pergunto como é estar em casa
E eu não ando quando tem pedras em meu sapato
Só o que eu sei é que com o tempo eu ficarei bem)

I wonder what it's like to fly so high
Or to breathe under the sea

But I'll be ok if you come along with me

(Eu me pergunto como é voar tão alto
Ou como respirar embaixo d´agua
Eu me pergunto se algum dia eu serei bom com despedidas
Mas eu ficarei bem se você vier comigo)

It's such a long long way to go
Where I'm going I don't know
Yeah, I'm just following the road
For a walk in the sun
For a walk in the sun

(É um longo, longo caminho para ir
Para onde eu estou indo, eu nao sei
Yeah, So estou seguindo a estrada
Caminhando sob o sol
Caminhando sob o sol) – null olhava confusa para null, não entendia nada depois do “I wonder if someday I'll be good with goodbyes, but I’ll be ok if you come along with me”. Sim, ela conhecia aquela frase.

Flashback.

- null, tenho uma noticia. – null olhava para null. Os dois estavam sentados em balanças de um parque qualquer.
- Diga chuchu que eu colhi pra vida. – null dizia se divertindo com seu sorvete.
- Olha pra mim. – null dizia olhando para a garota rindo porque não conseguia balançar e tomar sorvete ao mesmo tempo.
null imediatamente parou, e olhou para null. – null, eu vou pra uma turnê.
- Ah, isso é bom chuchu! – null disse se levantando, e sentando no colo de null. – Mas, por que você ta triste assim? – Disse a segunda parte da frase depois de chupar (?) a última parte do sortvete, jogando o palitinho no chão.
- Por que... null, a turnê vai durar dois anos. – null olhava cada vez mais fundo nos olhos de null.
- Como assim null? Você é meu único amigo, como eu vou ficar dois anos sem você? – null já não conseguia segurar as lágrimas, ela sabia que null poderia estar brincando, mas apenas a idéia de ficar sem null a assustava. Nos últimos oito anos ele tinha sido seu pai, seu amigo, seu irmão. Sua única força.
- null, eu também vou ficar mal sem você, minha pequena. Mas poxa, é a primeira turnê da banda.
- Ah null, por mim. – null abraçava null o mais forte que podia, não queria ficar sem null, ele era seu melhor e ÚNICO amigo.
- null... – null se levantou, pegou o palitinho do sorvete de null, e escreveu na areia do parquinho: “Talvez algum dia eu serei bom com despedidas, mas enquanto isso eu ficaria melhor se você fosse comigo.”, null lia cada letra, cada silaba, forçando a vista, era quase impossível, pelo número se lágrimas que existiam em seus olhos. – Você vem? – null dizia já não conseguindo segurar algumas lágrimas também - ver null daquele jeito era a pior coisa que poderia acontecer.
- null... Você sabe que não dá. A faculdade e tal... Eu já to no último ano, não dá pra parar AGORA. Mas você sabe que eu quero ir. Mas... Desculpa... – null chorava mais, e já nem conseguia olhar para null.
- Ah, tudo bem pequena. Mas você promete que daqui a dois anos, você vai na próxima turnê comigo? E em todas as outras? – null disse se ajoelhando na frente de null.
- Eu prometo null, eu prometo.

Flashback off.

- null... – null disse olhando no fundo dos olhos da garot. – Você prometeu há dois anos que iria comigo em todas as outras turnês, e daqui a três meses vai ter outra. Você vai, né?
- null, eu prometi que iria, então eu vou. – null disse com algumas lágrimas nos olhos, e sorrindo.
- Vem aqui... – null disse saindo do carro, e abrindo a porta para null.
- Aqui onde? A gente ta no meio do nada! – null disse olhando ao seu redor.
- Naquela montanha null.
- Que que tem?
- Que a gente vai pra lá. – null disse puxando a garota de novo, mas dessa vez com um pouco mais de cuidado. Depois de subir a pequena montanha, null ficou na frente de null, e começou a falar. – null, eu não sei como explicar, mas eu sempre te vi mais do que uma amiga. Eu realmente gostaria que só essa frase mostrasse o quão você é importante pra mim, mas eu sei que é impossível. Eu sei que eu posso estar acabando com 10 anos de amizade em algumas palavras, mas é preciso falar agora. null, eu te amo, muito. Mesmo eu sendo o maior galinha do mundo, você sempre foi a única. Eu acho que eu sempre fiz tudo aquilo por impulso pra te esquecer, ou sei lá, mas nunca funcionou. Você sempre será a primeira e única.
- null eu... – null estava sem palavras, era muita coisa para se reciocinar em pouco tempo. Ela conhecia null, ele voltaria a falar em segundos.
- null não fala! Eu vou perder a coragem. Ta, eu vou conseguir falar. – null respirou o mais fundo que pode, e voltou a falar. – null, não fale, só mova a cabeça okay? – Ele olhou para null nervoso, que balançou a cabeça num sinal positivo – Perfeito. – Respirou fundo de novo. – nullvocêquercasarcomigo?Euseiagentenuncasebeijouepá,maseuteamomuito. –
null falou tudo o mais rápido que pode, ele não escolhia as palavras, elas vinham como as águas caem de uma cachoeira. Ele não pensou em nada, só deixou que seu coração falasse por si mesmo. Enquanto null tentava recuperar o fôlego, null tentava raciocinar mais todas aquelas palavras.
- Quelindomeu. – null disse assustada, e arrependida de ter falado essa coisa tão, diríamos, banal. Deu um pequeno riso, e depois um pequeno selinho em null. – Também te amo, null.
E assim, os dois continuaram olhando aquele pôr do Sol tão perfeito da montanha. Nunca mais ficariam dois anos sem se ver por causas de turnês, ou coisas assim.
Agora seria apenas os dois amigos. Apenas dois amigos que se casariam.


N/A: UAU, Camila escreveu outra fic, obrigado, obrigado. Erm, eu sei, essa ta uma merda, mais poxa, foi baseada num livro mané. 8) hsioahsioahsioa, ah falando nisso, Porfª Sueli, valeu por ter me emprestado o livro sublime pôr do sol, há, que ironia o nome do livro. Ah, e pra ficar claro, só o começo foi baseado no livro, o resto foi das caixola louca, por isso ficou uma merda. Eu também gostaria de agradecer a Rafaela Salomão/Bloongh a melhor gêmula existente nesse mundinho, Gêmula te amo FOREVAS. Ao Ricardo/Marco por existir e fazer a minha vidinha monótona mais fofa *-* hsioahsioahsioa, te amo muito amor (L). E ao Juliano/Nestom, por providenciar meus filhos, munes forevas shaiohsioahsioas, ao Flá/Sii por me deixar morar debaixo da ponte com ele. A Sara/Gorrrda/Sarão/Kiabba da minha vida por me ligar uma vez por mês. A Carol, a Any, o Teteu, a Lari, e o Yan, por terem feito 2008 meu ano perfeitudo. A mamãe por brigar comigo e me fazer ler mais. Ao senhor e senhora Poynter por terem tido o nosso tão lindo Douglas Lee Poynter, o baixista mais perfeito do mundo, forevas endi aueis. ao Milk/Dezin por cantar ‘mula, mula querida, dona da minha vida’ pra mim, hsioahsiohaso. Ao Vitinho, o Léo, o Lele, o Rafa, a Giiba C., e a Gii B. por fazerem a 7ª B ser a melhor série existente. A Gaabi por ser minha sexy mais gostosa do mundo. A Carol por levar a plaquinha no show do McFLY que eu infelizmente não poderei ir, e por engravidar psicologicamente do Jones na cadeirinha de balanço *emocionada* e por povoar a Jones City, na Joneslândia. A Ana por me deixar ver o ingresso do show, e até dar beijinho. E acho que é isso. Se quiser me matar, xingar, elogiar, corrigir, ou sei lá mais o que pode me mandar um super e-mail (?),

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