Flashback On
estava sentada na cama do hospital, chorando depois de receber a notícia que mudaria sua vida para sempre: estava grávida. O pai? Deixou-a para morar com a "amante", que também estava grávida, agora de cinco meses. Fazia apenas um mês que a abandonara. Estava sofrendo, mas tentaria viver pela sua criança. Os amigos estavam presentes ali com ela, que se recuperava da tentativa de suicídio. Não sabiam o que dizer, apenas a abraçaram e a deixaram chorar. Flashback Off
E agora ele estava ali, na frente dela, com um bebê no colo. A filha dele e de Alicia. olhou para a amiga, que parecia ter visto um fantasma, então foi correndo para o quarto. Não o quarto que costumava ser dela e de , mas o quarto de .
- O que você está fazendo aqui, seu desgraçado? Já não bastou tê-la deixado, agora aparece aqui com a filha da outra?
- , a Alicia morreu. Eu não tinha mais para onde ir, eu precisava falar com ela.
- O quê? Você quer que ela sofra mais ainda? - Falou .
- Não. É só que... se eu pudesse voltar no tempo, eu nunca teria me envolvido com a Alicia. E na noite em que eu ia pedir a em casamento, a Alicia me procurou. Já fazia um tempo que eu não a via e ela contou que estava grávida de um filho, ou melhor, de uma filha minha. Eu posso, por favor, falar com a ? - perguntou tristemente.
- Não sei... -
- Por favor,. Eu prometo que se ela pedir para eu sumir, eu faço isso, mas só me deixe falar com ela, nem que seja uma última vez.
e perceberam que ele, depois de tudo, ainda a amava. E o pior, ela também, porém doía em seu coração toda vez que falavam o nome dele ou ela o via em fotos.
- Pode ir... eu fico aqui com a sua filha para você poder falar com a ...
- Valeu, . Ela está no quarto?
- Não o que vocês costumavam dormir. Vem, eu te levo até lá. - falou e levou-o até o quarto onde ela estava.
- Esse quarto? Aqui não era o quarto de hóspedes?
- Era, mas não é mais. Eu vou para a sala.
bateu na porta.
- Entre - respondeu de dentro do quarto e, quando o viu entrando, assustou-se. Mas não mais que ele ao olhar as paredes em azul-claro, o berço, a poltrona, a cômoda, a estante com ursinhos...
- De quem é este quarto?
- Do . Era para ser do nosso filho.
Ele, ao ouvir isso, caiu ajoelhado ao lado dela, que estava sentada no chão, escorada na poltrona que havia do lado do berço.
- Como?
- Eu... depois que você foi embora... descobri que... eu... eu... estava... - ela não conseguiu terminar a frase, não conseguia parar de chorar.
- Grávida?
- É... Mas quando eu estava com sete meses fui atropelada. Eu fui para o hospital e então soube que o bebê... - ela chorou mais ainda. - Sinto muito, eu não consigo...
Ele a abraçou e chorou junto, pensando em como seria seu filho com a mulher que ele realmente amava. Viu um álbum ao lado dela, aberto em uma foto na qual ela estava na praia com os amigos e com a barriga já grande. Pegou o álbum e começou a olhar, então percebeu a grande diferença. Nas fotos, ela aparentava estar feliz, enquanto ali, na frente dele, parecia estar sem vida. Ela se levantou e pegou outro álbum, mostrando mais fotos para ele, inclusive fotos de ultrassom. Ele então disse:
- Eu... desculpe-me... não, melhor não. Eu não mereço seu perdão. Eu simplesmente me deixei levar, quando eu estava com a Alicia eu estava sempre bêbado, eu sei que isso não justifica eu estar te traindo, mas eu não faria nada parecido se eu estivesse sóbrio. Eu não deveria ter feito nada para te machucar. Fazia um tempo que eu não a via. Eu tinha decidido deixar o passado para trás e eu sabia, desde a primeira vez que eu te vi, que você era a mulher da minha vida, então criei coragem e comprei as alianças. Eu ia te pedir em casamento, mas ela me procurou, contando que estava grávida e me mostrou um exame que comprovava. Eu me senti tão culpado que não voltei para casa naquele dia, lembra? Eu fui para a casa do e contei tudo, e ele me bateu, eu mereci, e ainda mereço. Eu passei a noite no meu carro, esperando até que você saísse para o trabalho, então peguei as minhas coisas e fui embora. Agora voltei, mas, se você quiser, eu sumo da sua vida para sempre. A Alicia morreu, eu não tinha mais para onde ir, ou melhor, eu precisava te falar isso. Eu só queria que você soubesse que eu ainda te amo, e todo esse tempo que eu estava com a Alicia eu não conseguia ficar com ela. Apenas continuava lá por causa da .
Ele cobriu o rosto com as mãos, não conseguia parar de chorar ao ver o que fizera com ela. Estava pálida, com os olhos vermelhos de tanto chorar, com olheiras, mais magra, os cabelos mais curtos, sem brilho, e totalmente frágil.
- , eu não sei o que dizer. É bem difícil, eu estava tentando...
- Tudo bem. Não precisa falar nada, eu vou embora. - Ele disse triste.
- Para onde?
- Não sei. Não vou para casa da minha mãe, vai ser pior ainda.
- Se você quiser, pode ficar aqui.
- Eu não quero te incomodar, eu vou para um hotel.
- - ele tremeu ao ouvi-la falar o nome dele -, fique...
- Tem certeza?
- Tenho. Eu preciso de você. Por favor...
- , eu...
- Não diga nada, pegue as suas coisas e traga para cá.
- Eu não quero inco...
- - cortou ela -, não vai incomodar. A... , certo? - Ele concordou. - Ela pode ficar aqui no quarto do .
- , não...
- Por favor, eu já disse que preciso de você.
- Ok, então, eu vou pegar as minhas coisas e as dela...
Os dois foram até a sala, e estavam brincando com a criança, mas pararam de repente ao ver a amiga e , ambos com os rostos inchados e olhos vermelhos.
- O vai ficar aqui em casa - disse quando ele saiu para buscar as coisas.
- Mas ...
- , eu preciso dele para ser normal de novo.
- Tem certeza, amiga? Depois de tudo o que ele te fez!
- Tenho sim. , peça uma pizza para nós, de calabresa? Se quiserem, podem jantar aqui, mas daí peça outra.
Os amigos assustaram-se ao ver ela pedir isso, mas não comentaram nada.
- Nós temos que ir, vamos jantar na casa da minha mãe. Você vai ficar bem sozinha com ele? - Perguntou , após pedir a pizza por telefone, como havia pedido.
- Vou sim. Bom jantar para vocês.
- Se precisar de qualquer coisa, ligue.
- Ok, .
Quando e foram sair, pegou no colo e ambos olharam para a garota.
- Está tudo bem - disse.
Logo que saíram, estava chegando e a viu conversando com sua filha.
- Seu papai me fez sofrer muito, mas eu ainda o amo e acho que vou aprender a amar você também, como eu teria amado o seu irmãozinho. - Ela falou tristemente, mas parou ao vê-lo na porta, olhando para ela com os olhos marejados. - Bom, eu pedi... ou melhor, pediu pizza. - Ela mudou de assunto.
- Calabresa?
- Sim, eu ainda lembro dessas coisas.
Ele apenas olhou-a
- Bom, vou colocar um colchão para você no quarto de , é melhor do que dormir no sofá.
- Tá. Precisa de ajuda? - Ele disse, e a campainha tocou. Ela pegou a carteira enquanto ele foi abrir a porta e pagou a pizza. Colocou-a na mesa da cozinha e foi arrumar o colchão. Quando voltou, ele havia arrumado a mesa, do jeito que sempre fazia quando estavam morando juntos. , antes de sentarem, levou , que estava dormindo, para o quarto.
- Obrigada por tudo, .
- Sem problemas.
A garota começou a comer sua fatia da pizza, mas parou na metade e foi correndo para o banheiro. a seguiu e se assustou ao vê-la vomitando. Um pouco depois, ela parou, escovou os dentes e lavou o rosto, sentindo aquele sensação familiar crescendo.
- , está tudo bem? Você está ficando muito pálida...
Ela não teve tempo de responder, caiu inconsciente nos braços dele. Quando acordou, estava no hospital, e a primeira pessoa que viu foi .
- , o que aconteceu?
- O mesmo de sempre.
- Eu pensei que seria diferente com ele aqui... eu não consegui comer.
- Calma, . - abraçou a amiga, que começou a chorar, e o médico entrou no quarto acompanhado de , que parecia bem abatido. "Provavelmente o médico já falou tudo para ele", pensou .
- Srta. , como está se sentindo?
- Horrível, como sempre. Quanto tempo eu vou ter que ficar aqui?
- Só até o soro acabar, mas o ideal seria passar a noite aqui, só por observação. Você está muito desidratada. Nenhum avanço desde a última vez?
- Pouca coisa. Consigo dormir um pouco mais, mas ainda não consigo comer. A única coisa que não me faz tão mal é sopa, mas é ruim ficar comendo isso toda hora.
- Bom, já estamos progredindo. O que acha de tentar um pouco de gelatina ou sorvete?
- Pode ser, eu vou tentar. Eu só quero voltar ao normal.
- Que bom que está animada com a recuperação. Daqui a pouco já pode voltar para casa.
Levaram-na para casa no outro dia, mas passaram no mercado. Quando chegaram, perguntou:
- Quer que a gente fique aqui?
- Não. Eu vou dormir agora, pode ir. Afinal, estraguei a sua noite com de novo.
- Não pense assim, não estragou nada. Então, mais tarde eu passo aqui. Ah, o médico falou com o .
- Sobre?
- O seu estado, sobre tudo o que aconteceu em todo esse tempo. E o porquê de estar sempre no hospital.
não falou nada, apenas desviou o olhar.
- Ele ficou o tempo todo no hospital, chorando e dizendo que era tudo culpa dele... Eu e o ficamos aqui cuidando da .
- Ah, , eu sinto muito...
- Que nada, não tem problema. Bom, eu vou indo. Se cuida.
- Tá, avise para o que eu vou tomar um banho e dormir.
Ela foi tomar banho e foi para o quarto logo em seguida, e ele bateu na porta.
- Posso entrar?
- Pode.
Quando ele entrou no quarto, ela estava de camisola de alcinha, que deixava seus braços à mostra, e se arrependeu no mesmo instante de tê-la colocado ao sentir o olhar dele sobre eles, ou melhor, sobre as cicatrizes. Ela rapidamente foi pegar um moletom, mas ele foi mais rápido, impedindo-a e abraçando-a, ela começou a chorar.
- Deixe-me ver seus braços. - Ele disse seriamente, mas ao mesmo tempo triste.
- Não... eu...
- Por favor.
Ela se soltou do abraço e se sentou no meio da cama, ele se sentou na frente dela. Ela esticou os braços, ainda chorando, e ele tocou as cicatrizes com as pontas dos dedos, levemente.
- Quando?
- O quê?
- Quando você fez isso?
- Logo depois que você me deixou.
Foi como se ela tivesse cravado uma faca no coração dele, que começou a chorar também.
- É tudo minha culpa, não é? Essas cicatrizes, você não conseguir comer, nem dormir... Eu não devia ter me envolvido novamente com a Alicia.
- Por favor, não diz que é culpa sua.
- E o pior não é olhar teu estado, tua aparência frágil. O pior é saber que é tudo minha culpa, que eu fiz isso contigo, que é por minha causa que você está assim... - ele disse, olhando nos olhos dela.
- , a culpa é minha, só minha! Eu que escolhi fazer isso comigo mesma, você não tem culpa - disse, segurando firmemente o rosto dele, abraçando-o em seguida.
- Eu sinto muito por tudo o que estou fazendo você passar...
- Tudo bem, não precisa se desculpar. Eu só preciso que você me prometa uma coisa, ou melhor, duas.
- O quê?
- Prometa que não vai me deixar novamente. Eu não vou conseguir viver sem você.
- Eu prometo. Eu também acho que não vou conseguir viver sem você. E qual é a outra coisa?
- Prometa que vamos tentar de novo...
- Prometo. Mas tentar o que exatamente?
- Que vamos tentar ser uma família. E eu quero um filho seu, um irmãozinho para .
- , por quê?
- Por que o quê?
- Por que você está dizendo isso? Eu ainda não entendo como você me perdoou.
- É simples: eu te amo muito... mais do que a minha própria vida, e é isso o que importa. Se eu fosse você, teria feito a mesma coisa. E a , ela é sua filha, eu amo qualquer coisa que venha de você, não importa para mim se ela é filha da Alicia ou não, eu vou ajudar a cuidar dela e a amá-la da mesma forma que eu faria com o .
- Eu te amo. - Ele disse, e beijou-a carinhosamente.
Ela partiu o beijo e se deitou.
- , durma aqui comigo...
Ele tirou a camiseta e a calça, ficando apenas de boxers e deitou-se do lado dela, olhando-a profundamente nos olhos. Ela se virou de lado, de costas para ele, e ele encaixou seu corpo no dela, dormindo com as mãos entrelaçadas e abraçados.
acordou e percebeu que estava sozinha na cama, mas logo entrou no quarto com uma bandeja na mão.
- Bom dia! Eu trouxe o café.
- Bom dia. Ah, não precisava, eu já ia levantar. E a ?
- Voltou a dormir. Cara, nunca vi uma criança dormir tanto como ela.
- Claro, ela é sua filha.
- Muito engraçadinha a senhora.
Ele se sentou perto dela e colocou a bandeja na frente da garota. Ela pegou o copo com suco e tomou enquanto ele a olhava.
- Não vai comer nada? - Ela perguntou envergonhada.
- Já tomei café. E você sabe que eu gosto de te admirar.
Ela corou quando ele falou aquilo e pegou o sorvete que estava ali. Ela colocou a primeira colherada na boca, meio apreensiva com o que poderia acontecer. Quanto tentou engolir, sentiu uma pequena ânsia e seus olhos encheram de lágrimas, mas conseguiu. Quando sentiu o sorvete passar por sua garganta, deixou que as lágrimas caíssem livremente por seu rosto.
Ele passou as mãos no rosto dela, limpando as lágrimas, e, em seguida, pegou mais um pouco de sorvete, colocou na boca dela e disse:
- Você consegue, meu anjo.
Ela engoliu e sentiu a ânsia novamente, mas ignorou-a. À medida que ia comendo, a ânsia que sentia ia diminuindo. Quando achou que ela havia comido o suficiente, colocou um pouco de sorvete na própria boca e beijou-a. Ela suspirou fundo ao sentir a língua dele com o gosto do sorvete acariciar a sua. Ele cortou o beijo ao ouvir chorar, olhou-a nos olhos em uma forma silenciosa de pedir desculpa e saiu do quarto. Ela sorriu e foi se trocar. Passaram o dia em casa, juntos, como uma família.
Na semana seguinte, pediu a e a que cuidassem de durante à tarde e uma parte da noite, pois queria passar um tempo sozinho com . Passaram a tarde no parque, uma tarde romântica. Quando voltaram para casa, foram tomar banho, ela no banheiro do quarto dos dois e ele no banheiro do quarto de , agora de . Apesar de dormirem juntos, não faziam nada. Ainda. voltou para o quarto, apenas de boxers, e encontrou saindo apenas de toalha do banheiro.
, como sempre, acordou primeiro naquela manhã e ficou olhando-a dormir. Ela era perfeita, a garota DELE. Resolveu que faria aquilo quando ela acordasse, então virou-se em direção ao criado-mudo e pegou a caixinha de veludo preta. Ela acordou com o movimento dele.
- Bom dia, amor.
- Bom dia, minha pequena. Como se sente?
- Maravilhosa, e você?
- Vou ficar melhor assim que tu me responder.
- Como assim? Responder o quê?
Ele então respirou fundo e falou:
- Eu me arrependo de todo o mal que eu te fiz. Eu sei que você disse que me perdoava, mas eu sempre vou te pedir perdão, não importa o que você diga. Sem você, meus dias foram sombrios, e quando eu te encontrei de novo, encontrei a luz da minha vida. - Ele fez uma pequena pausa e viu que os olhos dela estavam marejados. - , você aceita ser minha esposa, me amar e formar uma família comigo e ser realmente minha pelo resto das nossas vidas?
Ela já não continha as lágrimas, estas de felicidade.
- Sim, é claro que aceito!
Ele pegou a aliança e colocou no dedo dela, era dourada com um pequeno diamante no centro.
- É linda... - disse ela, olhando a aliança.
- Não tanto quanto você. Eu te amo.
- Eu também te amo.
Ele se aproximou dela, segurou seu rosto com as mãos e beijou-a na testa, na ponta do nariz, nas bochechas e levemente nos lábios, aprofundando depois o beijo.
- , e a , onde está?
- Está no meu quarto. a trouxe mais tarde, você já estava dormindo.
- Traga-a aqui?
Ele levantou, colocou uma boxer e foi buscar . Quando voltou, estava de camisola esperando pelos dois. Ele colocou a criança na cama e sentou-se junto. Agora, tudo ficaria bem. Ali estavam a mulher e a garotinha que ele amava mais do que a própria vida. SUA FAMÍLIA. Agora, que estavam juntos, nada poderia separá-los.
FIM
N/A: Hey pessoinhas, como estão? Primeira fic aqui no site o//
Queria agradecer mamãe e papai por terem me feito, minhas bests por estarem sempre comigo falando bobagem (hoho), aos professores q não fizeram nada nas aulas e eu pude escrever essa fic, à minha beta, e ao pequeno Poynter, por... ser ele. ¬¬ aeiuhaeuiae;
Comentem.