Como eu disse, não iria desperdiçar a minha segunda chance, e não desperdicei. Graças à justiça divina, voltou a confiar em mim como antes. Eu a pedi em namoro novamente, dessa vez queria fazer tudo direito.
Dessa vez eu faria tudo direito.
E eu fiz.
Nós estamos agora há cerca de 5 anos juntos. Sim, é isso, são cinco anos.
Aquele era o nosso último ano na escola. Acabamos indo para a mesma faculdade, Cambridge, e bom, no dia da formatura eu fiz algo pra ela.
Mas, primeiro irei falar um pouco do tempo que passamos juntos.
Não que ela leia isso, mas alguém precisa saber.
Nesses cinco anos vieram muitas tentações, é fato. Mas eu resisti a todas! Por amor a ela, por amor à minha . Porque ela é minha e de mais ninguém. Fato, fato, fato. Porque eu que a pedi em namoro, e não o .
Juro que eu quase o matei naquele dia que eles ficaram. E nossa, em um dia desses, estávamos conversando sobre o dia da festa e ela me falou o porquê de ter agarrado o . Por minha causa.
E eu... naquele dia eu não imaginava que ela iria naquela festa, mas quando ela caiu em mim foi meio estranho até porque eu caí de cara no peito da menininha lá que eu esqueci o nome.
Falar nisso eu não a vejo fazem 5 anos.
A formatura estava se aproximando. Eu estava cursando música em Cambridge – fato de que eu não sei fazer mais nada na vida além de música porque eu simplesmente não era estudioso ou tive algum tipo de interesse em algum tipo de matéria na escola a não ser... nenhuma na verdade – e ela estava cursando jornalismo. Nossa, aquela era uma garota que gostava de escrever, sabe? Quer dizer, ainda gosta.
E bom, esses anos aqui em Cambridge foram meio estranhos por causa das festas, sempre têm aquelas garotas que bêbadas simplesmente se oferecem para qualquer garoto e ahm, eu já fui um deles.
Em uma dessas festas, simplesmente viu uma garota vindo se oferecer pra mim. Mas ela viu que eu não tinha culpa, empurrou a garota e a espancou.
Eu o faria com um garoto.
Apesar de todos os conflitos, esses cinco anos foram os melhores de minha vida. Os melhores porque eu tinha a mulher que eu amo ao meu lado.
Opa, isso soou gay.
Na verdade tudo o que eu falo geralmente tem soado meio gay. Isso é o que meus amigos dizem e bom... às vezes eu concordo.
Mas sabe como é, eu fiquei assim por causa dela. Reclamações por favor, façam para . Eu não tenho culpa alguma disso tudo.
Eu realmente não sirvo para escrever, minha namorada faz isso melhor. E então você se pergunta o porquê de eu estar fazendo esse tipo de coisa. Pois é, eu a vejo fazer isso tanto que decidi fazer também para ver como é, qual o prazer que ela tem de fazer isso. E nossa, ela realmente deve amar porque pelo amor da música, cansa ficar pensando no que escrever e também cansa escrever.
Ela é um ET.
Eu já estava formado, meu curso demorou menos tempo que o dela. Sabe como é, não?
Bom, como eu a conheço bem, ela estava muito, mas muito empolgada com a sua formatura. Eu tinha certeza disso. E por outro lado estava também muito, mas muito puta pelo fato de que a formatura era no dia do nosso aniversário de 6 anos de namoro. Caramba, muito tempo.
Um dia eu tentei convencê-la de que seria tudo legal, que curtiríamos depois da formatura, mas ela custou a dizer que queria ficar o dia todo ao meu lado, o tempo todo ao meu lado naquele dia, afinal, eram 6 anos que iríamos completar juntos.
Então eu havia decidido algo. Uma surpresa para ela. Acho que fica até meio óbvio isso aqui, pra quem tá lendo – isso é, se alguém ler – o que eu vou fazer. Mas, de qualquer maneira, eu pedi ajuda a todos os professores e às pessoas de influência naquela escola, inclusive alguns amigos meus. Todos gostavam de mim. Minha professora de canto dava em cima de mim. Era uma viagem tudo aquilo.
Ok, não era engraçado ver aquela idosa que se acha a jovenzinha dando em cima de um cara novinho, lindo e gostoso como eu.
Ah, agora sei por que ela me olhava.
Certo, parei com a sessão oi-eu-sou-modesto e vou voltar ao que interessa.
Eles concordaram em me ajudar a fazer o que eu tinha em mente.
Tinha que dar tudo certo.
Ela seria a oradora da turma, falaria por último e então seria o momento que eu entrava na história.
continuava me enchendo com relação ao dia da formatura e eu garanti a minha presença, falei que não ficaria chateado, que era tudo culpa da faculdade, que eu entendia o seu lado e que tudo estava tranqüilo.
Ela mostrou confiança, mas por dentro com certeza estava com um pé atrás.
Ela acha que o episódio do nosso primeiro mês de namoro se repetiria. Doce ilusão.
Eu prometi, e não o faria novamente.
Eu sou um cara de palavra, rapá. Ok, eu já parei.
E então o dia da formatura chegou. O dia em que tudo aconteceria chegou. Ai meu Deus, eu tava nervoso, muito nervoso.
Mas eu sou macho, e machos não ficam nervosos.
Muito pelo contrário. Ficam e ficam muito.
Eu segui para a faculdade, já estava tudo começando, todos estavam sendo chamados para receberem seus diplomas. Mais um pouco e eu iria aparecer.
Eu não estava sentado onde todos estavam, com certeza não tinha me visto e deveria estar muito chateada com isso.
Mal sabe ela o que vai acontecer.
Vi que no momento em que desceu do palco montado no gramado da faculdade, mexeu no olho, secando provavelmente uma lágrima que estava teimando em sair.
Eu odiava fazer isso, mas era necessário.
Mais algum tempo e eu fui para o fundo do palco, onde tinha como eu subir por ali também. Peguei um dos microfones e esperei ouvir a voz de .
Provavelmente ela subiu no palco e respirou fundo. Deve também ter dado um sorriso falso antes de começar o seu discurso. Foi quando houve um momento de silêncio. Isso, desligaram o microfone dela! Olhei para o lado e o carinha do som deu legal pra mim. Opa, era o momento de eu começar a falar.
Fui subindo no palco e comecei a falar:
- Eu não posso respirar quando estou perto de ti, eu não estou apaixonado... – ela olhou para o lado com um pouco de raiva e depois sua expressão mudou para uma de felicidade – mentira, eu tô apaixonado sim – falei e todos começaram a rir.
Ela cochichou em meu ouvido: - achei que não iria vir, seu palhaço.
- Também te amo querida, agora me deixa fazer o que tenho de fazer – falei no microfone – roubar o teu show.
Ela me olhou assustada. Acho tão lindo, sério.
- Bom, alguns aqui sabem o motivo de eu estar aqui, invadindo o discurso da oradora, vulgo minha namorada, no dia de sua formatura. É simplesmente pelo fato de que hoje nós fazemos 6 anos juntos. – todos fizeram um coro de ‘óh’ – sim, 6 anos é muito tempo! Ouvir reclamações quando ela estava de TPM, ouvi-la falar sobre quando a Professora McCarthy a fazia passar vergonha na frente de todos... quem agüentou tudo isso fui eu, não vocês, que se dizem amigos delas. HUM. – todos começaram a rir – sabe, é engraçado, porque hoje eu não vim falar disso com vocês, eu só queria fazê-la passar uma vergonha por minha causa... isso se isso for uma vergonha. Entenderam?
- FALA LOGO, ! – alguém gritou da platéia. .
- Cala a boca seu palhaço – falei e todos começaram a rir, inclusive o próprio – assim você estraga o que eu quero fazer
- Então fala meu amor – falou
- Não me venha ser carinhosa agora sua violenta! – fiz uma cara de desesperado – ai meu Deus, ela vai me bater! – todos riram – OK, parei, isso não era pra ser um momento de piada.
Todos fizeram silêncio. Como eu gosto quando me obedecem!
Me ajoelhei, tirei uma caixinha do bolso e me olhava com a sobrancelha arqueada e a cara com um misto de surpresa e felicidade.
- , você aceita casar comigo? – dei um sorriso de orelha a orelha. Mas, o negócio era se ela não aceitasse. Lascou-se. Eu poderia ter feito isso num lugar menos movimentado. O constrangimento era menor.
- Sim, eu aceito – ela sorriu e me puxou para um beijo
O melhor beijo, sério. Dessa vez ela caprichou e não estava usando brilho labial.
Podia-se ouvir as pessoas gritando e a professora McCarthy falando: - Parabéns formandos de Jornalismo da Universidade de Cambridge e parabéns aos noivos, e . Felicidades!
Eu sorri entre o beijo e ela encostou nossas testas ao cessar o beijo. Eu coloquei o anel de brilhante que estava na caixinha no dedo dela e ela sorriu mais ainda.
Dei um selinho e ela aproximou sua boca de minha orelha e falou: - agora é a hora de conhecer meus pais.
Fiz uma cara assustada. Como assim? Eu teria que conhecer a família . OMG. Isso mesmo. Em seis anos eu nunca vi os pais dela ou falei com eles.
Sorri meio desesperado e tentei mudar de assunto para ver se ela esquecia dessa idéia.
- Feliz aniversário de 6 anos. Eu te amo.
- Você lembrou meu nome hoje também – ela sorriu – eu percebi, sabia? – eu fiquei vermelho, droga! – Feliz aniversário. Te amo
Mais um beijo e... fim.
n/a: Bom, eu realmente não gostei dessa parte de TNMN. Mas eu gostei porque o guy narra e é meio que engraçado – caso não tenha sido, culpem minha cadelinha ok? Ou meu pai que estava dançando The Academy Is enquanto eu escrevia. –q
Espero que tenham gostado... e desculpa ter feito vocês de cornas na parte dois ok? Foi impulso, e convenhamos que aquele texto que ele falou foi lindo, certo? Opa, acabaram de me pedir em casamento, eu falo o quê ? sim ou não? Lascou-se, é um lugar reservado, o cara não vai passar vergonha –q
Porque eu sempre tenho que fazer esse tipo de palhaçada? Alguém me explica? Obrigada. Agradecimentos desse capítulo... Jennifer mesmo. Ela que tava lendo tudo e sempre me fala que não gosta do metido do guy. Chata ela, chata que eu amo. Mas espera, eu gostei ou não gostei dessa parte de TNMN? Bom, um básico paradoxo de emoções ali em cima, mas a gente releva esse tipo de coisa porque vocês sabem que a autora é meio doidinha e tal. E a autora que muda de assunto rapidinho igual ao moço ali de cima.
Acho... acho não, eu vou parar de falar, porque se não vocês não vão voltar mais aqui e tal. Mas, anyway, comentem e me deixem feliz e ansiosa para fazer uma parte quatro. Mentira, eu não vou fazer uma parte quatro. Mentira, depende de vocês. Amo vocês, pessoas que eu ao menos neeeem conheço, sabia? Há há.
P.S: Desculpa pela fic ter sido pequena. O cara não tem muito o que falar –q
Cáh xx