- Você é tão estúpido, é um grosso! Eu não sei por que nós ainda estamos juntos! Não sei MESMO! – agitou seus cabelos, estava furiosa. Como é que ele podia defender aquela idiota? E como é que ele podia deixar a mãe dele chamar a ex-namorada pra ceia de Natal em que a atual namorada iria? E ainda por cima acreditar que ela, , uma lady, ia simplesmente jogar um copo de vinho tinto, aquele vinho tinto vagabundo e horrível, na porcaria da ex idiota dele? Fala sério! Ela nunca faria isso, mas já aquela tal de Camille, ela seria perfeitamente capaz de jogar um copo de vinho tinto vagabundo no próprio vestido branco Dior falsificado só para fazer o ex namorado e toda a familia dele acusarem a namorada dele de fazer isso! Não dá pra acreditar, quer dizer, ela não tinha nada mais criativo em mente? Bom, provavelmente, devido ao número reduzido de neurônios dela, pra não dizer que ela não tinha nenhum, ela não teve a capacidade de pensar em algo original... Com toda certeza não faria uma coisa tão “comédia romântica de sessão da tarde” assim nunca, nunca mesmo!
- Você devia voltar com essa tal de Camille, ela sim é o seu tipo, aliás ela e sua mãe combinam, duas perfeitas cobras! – disse , saindo furiosa da casa de Brad e batendo a porta violentamente.
- Sua louca! Não fale mal da Camille e não ouse tocar no nome da minha mãe! Se você não voltar e pedir desculpas vai estar tudo acabado entre nós! – Brad estava parado na porta de casa, vermelho de raiva, se ele fosse um cachorro ele com certeza estaria espumando. nem sequer se deu ao trabalho de virar-se pra responder.
- Ótimo, porque eu NÃO VOU PEDIR DESCULPAS! Idiota!
Já tinha muito tempo que queria terminar com Brad, ele e ela não combinavam de maneira alguma. Não que eles fossem totalmente opostos, não é isso, é só que Brad tinha todos os defeitos que ela detestava reunidos em uma só pessoa, ela nem ao menos se lembrava de porque haviam começado a namorar! Mas bem, o fato agora era o seguinte: estava ali, sozinha, andando pelas ruas de Brighton, agora absolutamente vazias, já que todas as almas vivas (e as não vivas também, quem sabe?) estavam em suas casas, ou nas casas de parentes e amigos, comemorando a data mais importante do ano [N/a: não Judds de plantão, eles não estavam comemorando o aniversário do Harry], e data favorita dela, o Natal. Não é que não tivesse pra onde ir, ela tinha, aliás tinha lugares demais pra ir, tinha o apartamento dela, a casa dos pais, o apartamento da irmã, enfim, tinha vários lugares para onde ir, o problema era pra quem ir. Os pais estavam em um cruzeiro pelas ilhas gregas, eles até a convidaram para ir com eles, mas ela simplesmente não achava justo com eles, quer dizer, os pais dela mereciam um tempo sozinhos e tal... Já a irmã mais velha estava tendo seu primeiro Natal em família, a família dela, ela, marido e filho, coisa que não tinha e nem tinha a intenção de ter, ao menos por enquanto. E bom, os amigos tinham suas próprias famílias e com certeza não queria ser uma intrusa pra eles, não mesmo.
ia pensando sobre o que fazer enquanto ia vagando, e, sem perceber, acabou parando na praia. Ela andou pela areia até a beirinha, sentou-se bem perto do mar, perto o suficiente para que a água molhasse seus pés, mas somente isso. Era agradável sentir a água, o vento vindo do mar, era gostoso ouvir o barulho das águas quebrando. Para a praia era o melhor lugar do mundo, ao menos essa noite.
Na casa da família Judd estavam todos reunidos ao redor do telefone, nem parecia Natal, parecia mais com um velório, as feições tristes dos parentes, o clima tenso que caía sobre a sala de estar, tudo aquilo era demais para Harry; Ele levantou-se abruptamente, ele estava se sentindo sufocado, precisava de um ar. Com certeza. Harry foi até a mãe, deu um beijo em sua testa.
- Harry, meu filho, aonde você vai? – Ela tinha um olhar suplicante, como se pedisse a Harry que ficasse, como se implorasse por isso. Harry desviou o olhar, ele precisava sair.
- Não sei... – ele admitiu. – vou andar, mãe. – então Harry se dirigiu à porta.
- Harry...
- Deixe ele ir, querida. – o marido falou, passando a mão pelos ombros da esposa – Nosso filho precisa de um ar, aliás, todos precisamos. A mãe de Harry apenas concordou.
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As coisas estavam bem difíceis em casa ultimamente. Não era nenhum problema financeiro nem nada, era um problema muito, mas muito mais sério que dinheiro. O avô de Harry estava há uma semana no hospital, ele sofria de problemas cardíacos e tinha tido um ataque e fora internado. Toda a família andava preocupada com ele, ninguém sabia o que poderia acontecer, a saúde dele era bastante frágil. Harry daria tudo para ter sofrido o ataque no lugar dele. Sabia que, há essas horas já estaria bem, ele era forte. Então a família estaria esperando animadamente pela ceia da meia-noite ao invés de estar reunida e preocupada ao redor de um telefone.
Harry andava em direção à praia. Desde menino aquele era seu lugar favorito. O mar o acalmava, fazia-o pensar.
Caminhando pela beira-mar, Harry pensava sobre esse Natal. Era definitivamente o pior da vida dele. Harry chutou a areia, com raiva.
- Aiê! – Harry escutou uma voz feminina exclamar. – Doeu, sabia? – a garota, que antes estava sentada na beira da praia, agora estava em pé de frente pra ele, agitando os cabelos de um lado para o outro enquanto passava seus dedos pelas mechas.
Agora que Harry parava para observar, via que a garota era realmente bonita. Não era nem muito alta, nem muito baixa, tinha a altura ideal, apesar de ser uns 15 centímetros mais baixa que ele. Tinha cabelos , e , as feições meigas e delicadas e o corpo... bem, ela era bem gostosa.
- Hmm, perdeu alguma coisa aqui, amigo? – ela perguntou, irônica. Só faltava isso no seu Natal, ser assediada por um tarado na praia. Ninguém merece.
- Quem dera... – sussurrou Harry.
- Hein?
- Nada, nada... Meu nome é Harry, Harry Judd! – ele sorriu – Você é...? – perguntou Harry, levantando uma das sobrancelhas [N/a: Siiim, aqueeeelas sobrancelhas].
sorriu quase que instantaneamente. Ele era tão gato, AI-MEU-DEUS!
, prazer! Mas, bem... pode me chamar de , se quiser. – ela deu de ombros, como se não ligasse, mas o sorriso tímido em seu rosto a traiu. Harry deu uma risadinha e sentou-se na areia, onde a menina estava anteriormente.
- Parece que nenhum de nós dois estamos tendo um bom Natal, né? – perguntou ele, olhando em direção ao mar. se sentou ao lado dele na areia.
- Como você sabe? – perguntou ela.
- Bom, faltam três minutos pra meia-noite e nós dois estamos aqui, sentados na beira da praia, olhando o mar... Não é o ideal de Natal de ninguém. – ele sacudiu ombros.
Ela queria dizer que era mentira, que este era sim o ideal de Natal dela, mas alguma coisa naquele garoto a fazia dizer a verdade. Era estranho demais. Absurdo demais. Mais era verdade.
- É... mas sabe, não é que eu não tenha um lugar pra ir, eu tenho meu apartamento, sabe? Mas eu não queria ficar lá sozinha, eu me senti mais confortável aqui. – disse, com um sorriso fraco e triste.
- Mas e seus pais? Quer dizer, você não é órfã, é? – perguntou Harry, com uma expressão confusa. Para surpresa dele, riu.
- Não, eu não sou órfã, meus pais estão em um cruzeiro pelas ilhas gregas, só eles dois, eu não quis atrapalhar, sabe como é? – sorriu. – Mas sabia que se eu fosse órfã eu iria achar extremamente indelicado da sua parte perguntar isso? – o sorriso dela agora era de deboche. Ele coçou a cabeça, ligeiramente constrangido.
- Er... foi né? – ele olhou pra , que assentiu, confirmando. – Acho que eu tô convivendo muito com o Jones... – ele sussurrou. – Mas, bom, se seus pais estão viajando e você não queria ficar sozinha no seu apartamento, com quem ia passar o Natal? – Harry estava realmente curioso sobre isso, afinal, ela não havia planejado passar o Natal na praia, né?
- Ah... isso. Bem, eu ia passar o Natal com meu namorado, mas ele chamou a ex-namorada pra festa de Natal, ai nós brigamos e terminamos. – disse. Não era bem a verdade, não tinha sido Brad que havia chamado Camille para a ceia, mas qual a diferença, se o resultado final é o mesmo?
- Sinto muito por isso, você deve estar bem mal. Eu sou mesmo um insensível, perdão por perguntar! – olhou para Harry, ele parecia realmente preocupado com isso. sorriu.
- Não se preocupe, já devia ter acabado a muito tempo, na verdade eu tô até feliz, sabe? Me sentindo leve. Foi mais como um presente de Natal do que qualquer coisa. – explicou – E você? Porque está aqui, passando seu Natal na praia?
- Precisava respirar um pouco... As coisas não estão nada fáceis lá em casa. – ele encarava mais uma vez o oceano. – Meu avô está internado. Ele teve um ataque cardíaco e está há uma semana no hospital. - os olhos de Harry demonstravam tristeza – Às vezes eu acho que seria melhor se ele... descansasse. – Harry cobriu o rosto com as mãos.
ergueu a própria mão e tocou o braço dele. Harry olhou pra ela, o olhar tão perdido que deu vontade de abraçá-lo, de reconfortá-lo.
- Ei, não pense assim, eu tenho certeza de que ele vai ficar melhor! – Harry olhou-a nos olhos, parecia tão sincera, ela tinha tanta certeza do que falava, mesmo sem conhecer o avô dele, era meio estranho, mas era bom, era como se ela o estivesse abraçando, ele se sentia quente.
De repente escutaram fogos de artifício estourarem no céu. sorriu pra Harry, que sorriu também, o sorriso da garota era contagiante.
- Hei, meia-noite! – disse. – Feliz Natal, Harry! – sorria como uma criança que acaba de ganhar seu melhor presente.
- Feliz Natal, ! – ele também sorria.
Harry se deitou na areia e puxou para junto dele. Ela apoiou a cabeça no ombro dele e eles ficaram alguns minutos assim, deitados, juntinhos e em silêncio, observando as estrelas.
- Hei, Harry... – chamou-o.
- Hmm...?
- O que você acha de um mergulho? – levantou a cabeça para ver a reação do garoto. Ele sorriu, levantando-se de um pulo.
- Ótima idéia! – ele já tirava a blusa e os tênis – Vem logo, preguicinha. – ele disse, rindo enquanto se jogava nas águas do mar. levantou-se, tirou os sapatos e o casaco e atirou-se no mar atrás dele.
No instante em que sentiram a água gelada em contato com seus corpos quentes, ambos fizeram o mesmo desejo: só queriam que todos os Natais que viessem fossem assim, eles dois... juntos.
FIM
Nota da autora: Oi geeente! Bem, essa é minha segunda fic aqui no FFADD, que na verdade é minha quarta fic, mas isso não vem ao caso, ou vem? Whatever! Espero que vocês tenham gostado dessa fic, ela é um “presentinho” pro nosso Juddão e para todas as Judds, EEEEEEEEEEEEEE/... Desejem parabéns ao Harold, e a mim também, porque meu aniversário é só dois dias antes do dele, então parabéns pra mim! –qq
Bem, antes de deixar vocês em paz, eu quero agradecer a todos os meus amigos e à minha irmã que sempre me dá opiniões sobre minhas fics, você sabe que eu te amo, Jôjô, sua vaca (L, à Daniee, que fez ograndehipermegagiga favor de betar essa fic pra mim e também queria agradecer a você, feliz, que está lendo isso aqui e que agüentou meus delírios natalinos, muito obrigada!^^
Então é isso, feliz Natal, boas férias, próspero ano novo, alegre carnaval, feliz páscoa e tudo mais pra todos:*
beijos, Yasmiin T.
Se quiser conversar, dar idéias ou pedir opiniões ou o que seja, pode mandar um e-mail eu adc no msn> minzinha_tr@hotmail.com