Time of Hope



Uma manhã normal.
Para ela era apenas uma manhã como todas as outras. Uma manhã solitária, fria e cinzenta. Mais um dia como qualquer outro, igualmente e assustadoramente vazio.
Há quanto tempo ela estava daquele jeito?
Talvez desde que nascera. Talvez desde que perdera tudo o que tinha...
...Ou talvez desde que o deixara para trás. O amor.
Os traços fortes, o verde intenso de seus olhos, o sorriso que se formava sempre que seus olhares se encontravam. O perfume que invadia seu pulmão e carregava o sangue de adrenalina...
Uma lágrima inesperada rolou pelos olhos.
Surpresa e enraivecida, levantou-se da cama velha e barata, deixando junto das traças que carcomiam o colchão suas lembranças inúteis.
Ela não podia se permitir lembrar.
Não podia lembrar daquele por quem se apaixonou, ou então daquele que lhe lembrava tanto seu irmão mais velho, Jimmy. Eles eram a única coisa de mais importante que ganhara depois de tantos anos. Desde o primeiro momento sentiu que, de alguma forma, seus destinos se encaixavam. Eles eram ligados pelo sobrenatural, pelo fardo de lutar contra aquilo que matara uma parte de suas vidas. Era uma obrigação que eles tomaram como suas.
E fora por isso que ela partira: uma hora aquilo seria usado contra ela e ela não queria que eles se ferissem por sua causa. Embora ela mesma fosse capaz de morrer por eles.
O buraco habitual em seu peito parecia maior naquele dia. Parecia capaz de devorá-la viva a qualquer momento.
Esmurrou a parede uma, duas, três vezes. Descontou sua fúria no reflexo do espelho do pequeno banheiro imundo, sentindo o líquido quente e viscoso escorrer pelos dedos e pingar no chão. Mas nenhuma dor física seria capaz de superar a dor interna. Por fim, ofegante e com novas lágrimas acumuladas em seus olhos, sentou-se no chão rente à parede, abraçando o tronco fortemente, sentindo as mãos formigarem pelos ferimentos abertos pelo vidro estilhaçado ao redor de seu pequeno corpo.
Antes de fechar os olhos e esperar por algum motivo para levantar dali, encarou-se no fragmento espelhado aos seus pés, não reconhecendo mais a si mesma.

× × ×


Não muito distante daquele hotel beira de estrada onde ela se encontrava, os irmãos que tanto representava para estavam calados, sentados um de frente para o outro numa lanchonete quase vazia. Sam se concentrava em seu notebook e Dean em sua cerveja. Estavam caçando. Não sabiam o quê, mas sabia que naquela cidade havia trabalho.
Um trabalho que somente os Winchesters poderiam executar.
- E então, Sammy? Alguma coisa?
- Não, nada. Aparentemente não existe nenhum folclore, nenhuma lenda ou relato sobrenatural por essas bandas.
- Tem que haver alguma coisa. Um espírito revoltado, talvez? Algum assassinato em massa, ou coisa do tipo. Aposto que você está num site pornô e não está pesquisando coisa nenhuma.
O mais novo dos Winchester rolou os olhos para o irmão mais velho, que sorria debochadamente. Bufou pelo nariz e voltou a digitar o teclado que emitia sons ritmados que prendeu a atenção de Sam ao monitor. Duas garrafas de cerveja vazias e alguns minutos depois, Sam virou seu notebook em direção a Dean, rindo debochadamente da mesma maneira que seu irmão fizera minutos antes.
- Acabo de encontrar nossa vadia.

Naquela mesma noite, Sam e Dean estavam dentro do Impala, aguardando pacientemente que a última luz daquela "suposta casa familiar feliz" se apagasse.
Os Winchester estavam em Indiana a mando de Bobby, o velho amigo da família que era como um segundo pai para eles. Até aquela manhã os irmãos não sabiam o que estavam procurando.
Desaparecimentos sem explicações alarmaram a polícia local e as da redondeza, porque supostamente adolescentes estavam fugindo de suas casas por pura rebeldia.
Mas o que parecia uma revolução para chamar atenção para a polícia, era um caso sobrenatural para eles. Nenhum dos onze desaparecidos tinha motivos para fugir e se rebelarem. E também não havia nenhuma ligação entre eles, não eram conhecidos e nem da mesma classe social. Eles simplesmente voltavam da escola ou iam até o mercado e desapareciam. PUF. Sem deixar rastro.
Naquela manhã, os irmãos passaram pela casa dos pais dos desaparecidos, tentando encontrar indícios do que quer que esteja acontecendo por ali. Ao passarem por uma das casas, que não era de parente das vítimas, e sim um vizinho delas, Sam notou algo de diferente nela. Não pela decoração exagerada de Natal e nem pela senhora amável que os atendera com um sorriso reconfortante. Um sinal, um emblema antigo que no momento ele não se recordara de onde conhecia que adornava o batente superior da porta.
Mais tarde, na lanchonete, ele se lembrara e rapidamente pesquisara, tirando qualquer suspeita que rondava sua cabeça.
Sam e Dean observavam a casa há mais de duas horas e impaciente, o Winchester mais velho desceu do Impala, remexendo no porta malas sem tirar os olhos das janelas impecavelmente decoradas. Ah como ele odiava aquela época do ano. Blah. Natal. Pra quê comemorar o Natal? O nascimento do senhor Jesus? Onde está ele enquanto criancinhas são devoradas por monstros de armário, ou quando aqueles malditos demônios insistem em cruzar o caminho deles? Não, para Dean o Natal é uma besteira. Há muita dor no mundo para comemorar algo tão superficial.
E também havia o fato de que aquele seria o segundo Natal sem vê-la. Dois anos que nenhum deles tinha qualquer tipo de notícia de . Se ela estava por perto, se tinha se mudado de continente, se ainda era uma caçadora. Se ainda estava... viva. não tinha idéia de como eles se importavam com ela. Com o bem estar dela.
Nenhum dos três sabia lidar com os sentimentos.
- Aonde vai?
Sam interrompeu o jorro de pensamentos conturbantes de Dean, obrigando o mesmo a mover os músculos que se paralisaram quando o sorriso dela invadiu sua mente. Ele sentia saudades de alegria que, mesmo ela não demonstrando, existia em seu olhar. Era como ter um lar novamente. Sam sentia a mesma coisa e sabia que por trás do semblante sério de Dean naquele momento, havia lembranças dela. Lembranças que machucavam ambos, mas que nenhum deles tinha coragem o bastante para revelar. Tão irônico... Eles enfrentam monstros todos os dias e três pequenas palavras os assustavam mais do que fantasmas e Wendigos.
"Sinto falta dela".
- Vou ver de perto. Isso tá muito calmo.
Assim que Dean fechou o porta malas, a luz da varanda da casa em questão se acendeu. Cautelosos para não serem pegos por ali naquele horário e estragarem o plano, ambos se escoraram na lateral do carro, as estacas de eucalipto empunhadas em frente ao corpo. Espiaram pela janela do Impala um carro entrar na garagem da simpática senhora Flinn. Apreensivos, observaram seu marido, um senhor de cabelos brancos e porte mediano descer do carro, contornando o próprio para dar um beijo em sua esposa.
- O que diabos tá acontecendo aqui?! - Dean exclamou, franzindo as sobrancelhas para Sam, que deu de ombros perguntando-se se deixara passar algum detalhe. Mas não podia ser... Aquele era um emblema de um deus pagão, ele tinha certeza. O modo como ele era exposto... Era como se eles tivessem orgulho daquilo enfeitando a casa deles.
Antes que Sam pudesse cogitar qualquer outra hipótese para o comportamento tão dócil daquele casal, que aparentemente era inofensivo, o homem sorriu e se dirigiu novamente para o carro, abrindo o porta malas enquanto assoviava uma canção qualquer. De lá, surgiu uma garota desacordada e aparentemente ferida, nos braços do homem que permanecia cantarolando.
Definitivamente, Sam estava certo. Nem tudo é como aparenta ser.
Os cabelos sedosos e extremamente escuros da garota desacordada balançavam suavemente conforme o monstro a carregava para dentro do covil, e assim que a porta se fechou e deu à casa novamente aquele ar inocente, Dean e Sam correram pela lateral da casa, decidindo que seria melhor entrar pela porta dos fundos.
Estavam prontos para entrar sorrateiramente quando ela gritou. A garota, a próxima vítima do sacrifício daqueles seres malditos. Mas havia algo naquele grito que ia muito além de dor e medo. Havia algo que de início eles não reconheceram, mas instante depois tudo ficou claro com um estalo doloroso no peito.
Era ela que gritava.

× × ×


Não sabia como de caçadora passara a ser a caça.
E ela não estava caçando-os. Ela sequer suspeitara deles. Seguira um grupo de moleques, acreditando que encontraria neles a resposta para o caso que caíra em suas mãos por acaso. Ela estava em Indiana, claro, mas não sabia exatamente por que. Pegara sua moto e saíra sem rumo, parando para comer quando tinha fome, dormindo em hotéis vagabundos depois de forçar seu corpo ao extremo. Ela vivia assim, buscando na cidade aleatória algo para se distrair. Mas há muito tempo ela não caçava e talvez por isso tenha vacilado.
Um pequeno erro que acarretaria em sua morte. Um fim que estava perto, mas ainda assim, muito longe.
Seu corpo pequeno e fragilizado naquele momento tremia em espasmos doloridos. O maxilar estava trincado, tentando assim, não demonstrar o quanto sofria e dar o gosto de mostrar isso a eles. Aqueles malditos. Não bastava que eles fossem lhe ceifar a vida, eles tinham que torturá-la de todas as maneiras. Das piores possíveis.
- Olhe, querida, que unhas bonitas ela tem. - O homem com sorriso maldoso acariciou os dedos dela e, mesmo imobilizada, tentou se afastar de seu toque repugnante. Seus pulsos ardiam e seus tornozelos também. Remexeu violentamente o tronco, mas não obteve nenhum sucesso contra a cadeira. - Devemos arrancá-las uma por uma, ou devemos derretê-las em ácido?
- George, querido, vamos precisar das unhas inteiras. - Com um sorriso doce, o sorriso que a enganara horas antes, a mulher afastou seus cabelos de seu rosto suado, firmando seus dedos em seu queixo, forçando abrir a boca. - Que dentes bonitos você tem, minha jovem. É uma pena que terei que arrancá-los dessa boca linda!
A mulher deu as costas e se afastou minimamente, vasculhando em uma gaveta dos armários da cozinha. apertou os nós dos dedos em torno do braço da cadeira de respaldo alto até eles doerem e ficarem completamente brancos. Sua respiração acelerou inevitavelmente quando George se aproximou com um alicate em mãos, sorrindo como se fosse fazer a coisa mais agradável do mundo. Bem, deveria ser para ele. Contra todos os seus esforços, George alcançou um de seus dedos e impiedosamente descolou sua unha da carne.
Dane-se a idéia idiota de que ela não iria gritar. Ela iria morrer, por que lutar contra isso então? O grito de dor que ecoou veio do fundo de sua garganta e de sua alma. Não doía somente fisicamente. Ela iria morrer e, droga, não era o que ela queria. Ela tinha só vinte anos! Era apenas uma garotinha... No fundo, por trás da pose de durona, ela sabia que seria sempre a doce menininha de Louisiana. A que até três anos atrás tinha medo de escuro e dormia com a luz do quarto acessa e que vez ou outra acordava seu irmão mais velho para acompanhá-la até a cozinha. A que sorria sem motivo para desconhecidos na rua, a que gostava de cantar e dançar pela casa. Naquele momento ela quis voltar ao passado. Não para mudá-lo, mas apenas para aceitar que sua família se fora tentando protegê-la e que ela não fora feita para aquele tipo de vida. Ela não tinha coragem! Não tinha forças para agüentar as atrocidades que seus olhos viam. Não tinha perseverança para se vingar e nem para tentar sobreviver. Ela era uma fraca.
Naquele momento ela preferiu não querer acreditar em coisas sobrenaturais. Ela queria ser uma cética como todos seus amigos eram. Mesmo não os tendo mais, eles estavam vivos. Eles teriam todo o resto de suas vidas.
Mas ela não.
E então ela teve a certeza de que aquela noite de natal seria sua última com vida. Soluços mudos se desprendiam de sua garganta e tudo o que fez foi fechar os olhos, sentindo as lágrimas quentes queimarem seu rosto. Queria ao menos poder se despedir deles. Sam e Dean. Deus! Como ela sentia falta deles e só percebera agora. A morte quando não é natural se torna tão clichê.
Um novo grito ecoou quando a navalha afiada arranhou seu ombro nu. Seu sangue escorria lentamente pelo braço e o seu cheiro impregnava o ar com o aviso de que o fim estava chegando.
Ignorou os risos divertidos deles, concentrando-se em qualquer outra coisa que não fosse a dor. murmurou baixinho algum tipo de prece. Ela rezava todas as noites antes de dormir antes dos pais serem assassinados. Depois que eles se foram deixou de acreditar nas orações. Mas, se ela fosse morrer, iria morrer fazendo algo digno.
- Pronta para morrer, queridinha? - George, sempre George com suas piadinhas infames.
- Vá se foder! - berrou e naquele instante, pensou que já havia morrido. Tudo porque o timbre de duas vozes ecoou pela casa e reverberou em seu coração.
A respiração prendeu-se em seu pulmão quando os olhares se cruzaram. Tantas coisas passaram pela sua cabeça naquele momento. . Oh, insanamente ela teve vontade de gritar o quanto o amava! E com a mesma rapidez que aquele momento surgiu, ele desapareceu, dando lugar à raiva.
Ela fugira deles para que eles não precisassem se arriscar por ela e lá estavam eles, fazendo tudo o que ela não queria que fizessem! E daí que eles eram bons caçadores? Seus pais também foram e morreram. Seu irmão era um ótimo caçador e caíra numa emboscada. Todos que amava morreram tentando salvá-la, tudo porque o amor deles os enfraqueceu. Tão contraditório, não? O amor deveria fortalecê-los...
foi tirada de seus devaneios quando sentiu os pulsos se afrouxando. Não teve tempo de distinguir qual dos Winchester a libertara, porque a escuridão caiu sobre seus ombros, puxando-a para baixo com uma rapidez assustadora.
Ouviu ao longe a voz dele lhe chamar, e depois novamente. Contorceu-se de dor e rolou para debaixo da mesa, cobrindo o corte fundo em seu ombro com uma mão já ensangüentada. Ah, como a ponta de seu dedo ardia! Queria abrir os olhos e ver o que estava acontecendo, mas suas pálpebras estavam pesadas. Concentrou-se então em ouvir os urros e grunhidos. Eles estavam lutando e ela queria poder ajudar. Era fraca de espírito, mas praticara por muitos anos seus golpes e pontaria.
Primeiramente achou que fosse impressão, mas depois sentiu o coração batendo mais devagar. Sentia-se entontecida e sua cabeça girava. Apertou os olhos com força e puxou uma grande quantidade de ar pela boca. Droga. Tivera tanto tempo para morrer e morreria justo agora que eles estavam ali? Dean e Sam. Como era bom ouvir a voz deles!
- ? ! - Alguém tocou em seu ombro e em alguns pontos doloridos de seu rosto. E ter o toque macio em sua pele serviu como estímulo para não cair no abismo que se aproximava. Abriu minimamente seus olhos e deparou-se com aquele que ela considerava seu irmão mais velho. Exatamente como Jimmy a tratava, ele a pegou no colo e cantarolou que tudo ficaria bem. - Meu Deus, como é bom ver você! Não nessa situação, mas é bom ver você.
- É bom te ver também, .
Fechou os olhos, sentindo as coisas se normalizarem dentro de si. A dor ainda estava lá, mas estava grata por senti-las. De que outra maneira ela se convenceria de que aquilo estava realmente acontecendo?
Ouviu o som de porta ser aberta e imediatamente algo gelado tocou a ponta de seu nariz e, ao sentir a brisa gelada tocando seu rosto, abriu os olhos. Acima deles havia um céu extremamente negro com muitos pontinhos brancos. Estava nevando.
- Como você está?
Se não a tivesse colocado sobre o capô do Impala, naquele momento ela desabaria no chão. Não pela perda de sangue ou pela dor. Mas por tamanha felicidade que fora ouvir sua voz. Nem que depois disso ele lhe xingasse e a mandasse para o inferno. Ela não podia conter a alegria brilhando em seu coração.
- Bem.
Fez uma análise rápida do seu estado. Camisa rasgada na barriga e nos ombros. Calça jeans com manchas de seu sangue. Ombro com corte profundo, uma unha faltando no dedo indicador. Lábio cortado e sangue seco na altura de suas têmporas. É, quem a visse não diria que ela estava realmente bem. Mas ela quis dizer que estava bem por dentro. Em seu coração apenas, já que tudo o que havia dentro dela parecia estar moído. Mas não seu coração. Ele batia forte e espalhava calor pelo seu corpo de uma maneira irregular. Era como várias explosões pelas veias.
Um silêncio incômodo instalou-se entre os três por segundos que pareceram horas. Pela expressão de , ela sabia que ele não a perdoaria. Por ter fugido, por ter quase morrido. Por nunca ter lhe dado a chance de abraçá-la e confortá-la. Oh, como ela era infantil. Amava-o tanto, mas nunca lhe contara. E não cedera mesmo quando ele lhe dissera que gostava dela.
Como era difícil entender e assimilar tudo o que sentia quando estava com ele.
- Me perdoe. - Ela sussurrou quando nenhum deles dissera nada. Como uma criança chorosa sentiu as lágrimas encherem seus olhos. Olhou para o lado, desviando seus olhos de Sam e Dean. Não queria ter que encará-los se eles não a perdoassem.
Subitamente sentiu o corpo ser esmagado contra o calor de outro, o perfume de preencheu seu pulmão de uma forma tortuosa. Seu coração acelerou a ponto de fazê-la acreditar que ele pararia quando seus braços a deixassem novamente.
- Nunca. - colocou seu rosto entre suas mãos quentes e firmes, obrigando-a a sustentar seu olhar. Um olhar urgente e convicto. - NUNCA mais faça isso de novo.
E então, seus lábios se uniram. De forma calma e carinhosa, por mais que a urgência e saudade no corpo de ambos fossem gritantes. Não podiam se esquecer de que ela estava ferida e de que presenciava tudo com um sorriso bobo nos lábios. Com um pigarro baixo do mesmo, eles se separaram sem cortar o contato visual. Havia tanta coisa estampada nos olhos de ambos que eles poderiam passar a eternidade daquela maneira.
- É bom ter você com a gente, pequena. - lhe abraçou depois que a soltou. - Sentimos sua falta.
- Eu. Eu também senti falta de vocês. - Sorriu de Dean para Sam, aliviada por conseguir expressar o que sentia com sinceridade. - Muita.
Fogos coloridos estamparam muitos desenhos no céu que agora estava iluminado. Meia noite apitava no relógio de Dean. Os três se sentaram no capô do Impala, sentindo os pequenos flocos de neve acumulando-se em seus casacos. Mas aquilo não importava para nenhum deles. Não naquele momento.
- A propósito, - sorriu laçando seus braços em torno dos braços de Dean e Sam. - Feliz natal.
Nunca fora tão bom ouvir aquilo. Um mero 'Feliz Natal' que antigamente não tinha nenhuma importância para eles. Mas naquela noite um novo sentimento nascera para , Dean e Sam. A tal de esperança que o espírito natalino traz para as pessoas nessa época do ano.
Um espírito que eles não pretendiam matar nunca.


FIM


N/A: Sobrenatural ou não, que o espírito de Natal não deixe de passar pela sua casa, pela sua rua e pela sua cidade. Que os seus sonhos sejam renovados, que novas metas possam ser cumpridas e que nunca falte coragem e determinação para encarar aquilo que te assusta. Que nesse Natal você possa sentir que no fundo, ainda é uma criança que acredita que coisas impossíveis possam acontecer quando uma estrela cadente cruza o céu. Porque viver somente daquilo que é concreto acaba nos enlouquecendo. Não tenha medo de arriscar, do que os outros vão pensar ou do que vai acontecer se tentar. Cace os monstros que te assustam e não hesite em mandá-los para o quinto dos infernos.
É o que eu, essa menina que morre de medo de encontrar com um palhaço assassino deseja a você, leitora, que agüentou minha melação do fundo do coração (não estou usando a ironia Dean, ok?) até o final. Merry Christmas! Fondly, Emy xx

* Minha outra fic de Supernatural!
Heart - Short Fic

N/B: Feliz Natal para todas!
Achou algum erro, seja ele qual for, envie um e-mail diretamente para mim [paulabrussi@gmail.com], ou um tweet, indicando-o e o nome da fic. Obrigada!


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