I'll be your dream, I'll be your wish, I'll be your fantasy. Eu serei seu sonho, serei seu desejo, serei sua fantasia
I'll be your hope, I'll be your love, be everything that you need. Serei sua esperança, serei seu amor, serei tudo que você precisar
I'll love you more with every breath Amarei você cada vez mais a cada respiração
Truly, madly, deeply do. Verdadeiramente, loucamente e intensamente
I will be strong, I will be faithful Serei forte, serei fiel
'Cause I'm counting on Pois estou contando com
A new beginning, Um novo começo
A reason for living, Uma razão para viver
A deeper meaning. Um significado profundo
Yeah.
Oi, meu nome é , mas podem me chamar de . Me mudei para Montreal há pouco tempo e, já estou amando a cidade. Vim do outro lado do país, porque meu pai recebeu uma oferta de emprego aqui. Já estou matriculada numa escola, que parece ser bem famosa por aqui e, já deu para perceber que minha vida vai ser perfeita nessa cidade.
– Filha, vamos logo. Já está na hora! - gritou da porta.
– Já vou, pai! - respondi do quarto, dando uma última olhada – pelo espelho - para ver se estava tudo ok.
– Minha filha, eu vou buscar você. Às 11h45, não é? - perguntou.
– Sim, mãe. Eu vou estar te esperando no portão - respondi descendo a escada.
– Boa aula - ela disse, me dando um beijo na bochecha.
– Obrigada, mãe - saí de casa.
Era manhã de uma sexta-feira ensolarada e eu estava indo para escola. Ah, não disse, mas estudo na Beaubouis High School. Moramos meio longe de lá, por isso tenho que ir de carro.
Cerca de vinte minutos depois.
– Tchau, filha. Boa aula - disse enquanto eu deixava o carro.
– Tchau, pai - beijei-lhe na bochecha.
Passei pelo portão da escola e, logo me deparei com aquela visão paradisíaca: o inspetor da escola. Como pode ser tão gostoso assim e trabalhar de inspetor numa escola?!, pensei. Fiquei estática o olhando, quando.
– ? - disse , chamando minha atenção.
– Ah, oi . Desculpa...
– Para quem você estava olhando?
– Promete que não conta para ninguém?
– Juro!
– Para o inspetor... - disse baixinho.
– Esse aí arranca suspiros de todas aqui na escola.
Ah, desculpem, esqueci de falar. A é minha primeira amiga aqui. Ela é daqui de Montreal e estuda na mesma sala que eu. Ela namora um moreno, alto, tão bonito quanto o inspetor.
– Posso imaginar... continuava o olhando.
– Vamos para sala? Já está quase na hora de começar a aula.
– E seu namorado?
– Ele disse que ia chegar um pouco atrasado, que falava comigo no intervalo.
– Então vamos.
Deixamos o pátio e fomos até a nossa sala, no segundo andar do prédio, no final do corredor da direita, sala 09. Nos sentamos lá no fundão. Somos alunas do segundo ano. As primeira aulas eram de francês. O professor é nativo, e bem jovem. Estou amando essa matéria. Depois de aprender alguma coisas em francês, era hora do intervalo. Já passava das 10h, quando e eu fomos para o bar da escola comprar algo para comer.
– Oi, amor - disse próximo de nós, sentadas em uma mesa.
– Oi, baby - disse dando-lhe um selinho.
– Oi... - ele tentava lembrar algo.
– , ou melhor .
– Perdão - se desculpou por não lembrar meu nome. - Tudo bem com as duas?
– Tudo, amor. E você?
– Tudo bem. Tiveram aula de quê?
– De Francês. Eu, estou amando... - respondi.
– Já imagino o porquê, não é senhorita? - disse, olhando-me.
– Do que vocês estão falando? - questionou.
– Nada não,amor.
– O que as bonecas vão fazer hoje à tarde?
– As bonecas? - interroguei.
– É, . Acostume-se - eu ri quando ela disse.
– Não sei, provavelmente ficar em casa... - falei.
– A gente podia ir até o parque, tomar sorvete... - ela disse olhando o namorado.
– Ótima idéia, amor. Vamos, ?
– Se vocês não se importarem com a minha presença...
– Deixa de ser boba! Queremos que você vá - falou.
– Assim você conhece mais da cidade - ele completou.
– Claro! - a namorada disse.
– Então 'ta bom - falei.
– Eu pego as bonecas em casa - sorriu.
– Tá bom. A só tem que explicar onde ela mora...
– Okay. Me dá seu telefone que eu te ligo depois do almoço e digo onde é, porque eu ainda não gravei o nome da rua e não vou saber explicar como ir para lá, daqui da escola.
– O meu é 8563479 - anotei na mão seu número. - É o telefone de casa.
– Tá bom. Eu ligo depois do almoço.
– Amor, quando a gente vai apresentar os meninos para ela?
– Que meninos? - questionei.
– Meus amigos - ele disse.
– Eles estudam aqui?
– Sim. Na mesma sala que eu, no terceiro ano.
– Hmmm... - eu disse pensativa. "Bem que o inspetor podia fazer parte desses amigos..." – pensei quieta.
– A gente pode combinar algo para amanhã! - minha amiga falou.
– Claro, minha flor. Acho que a gente vai ter ensaio amanhã.
– Ensaio? - interroguei.
– Eu tenho uma banda.
– Tem?
– Tenho - ele sorriu. - Vou confirmar o ensaio de amanhã, aí depois eu aviso e você pode ir assistir, .
– Com muito prazer. O que você faz na banda?
– Sou o vocalista.
Assim que respondeu minha pergunta, bateu o sinal anunciando o final do intervalo. Voltamos juntos para a sala, mas ele nos acompanhou somente até a escada, no segundo andar, depois seguiu até sua sala, no terceiro. Tivemos aula de matemática e geografia. Não gosto muito dessas matérias, mas ah, fazer o quê? Quando a aula terminou, íamos descer as escadas, quando encontramos de novo, sozinho.
– Amor, quer que eu te leve em casa? - questionou para .
– Você podia almoçar lá comigo.
– Como quiser - disse, a abraçado e beijando-lhe a testa.
– Eu ligo depois do almoço, para dar o endereço falei.
– Beleza. Ficaremos esperando - minha amiga respondeu.
– A gente sai lá pelas 14h30, 15h - ele avisou.
– Okay. Minha mãe chegou - eu disse já no portão da escola, vendo minha mãe dentro do carro.
– Tchau - falaram juntos.
– Tchau. Falo com vocês depois! - gritei.
Deixei a escola pouco depois, acompanhada da mamãe. O dia, na escola, havia sido ótimo. Espero que a tarde também seje.
– E aí, como foi? - já em casa, questionou.
– Foi ótimo, mãe. Estou adorando essa escola.
– Que bom. Fico muito feliz - sorriu.
– Vou deixar meu material no quarto, lavar as mãos e já desco para almoçar - disse antes de subir.
– Okay, filha.
Pouco depois, estava sentada à mesa, junto da mamãe, saboreando aquela comida que só ela sabia fazer.
– Mãe, lembra da menina que eu falei para você? Que é minha amiga, lá na escola.
– Claro, filha. O que tem ela?
– Ela e o namorado me convidaram para ir até o parque esta tarde... posso?
– Claro. Que horas vocês vão?
– Eu fiquei de ligar para ela para passae o endereço daqui. Provável que eles venham me buscar entre 14h30 e 15h.
– Tudo bem. Quando você for ligar, é só me avisa que eu te digo o endereço certinho daqui.
– Obrigada, mãe - sorri.
Depois de almoçar, me joguei no sofá e liguei a TV. Era cedo ainda para ligar para . Fiquei assistindo televisão, até que peguei no sono e minha mãe me chamou um tempo depois.
– Filha, não tens que ligar para tua amiga?
– Que horas são?
– Quase 14h.
– Vou ligar agora. Fica aqui para você me dar o endereço, quando eu falar com ela.
Peguei o celular e disquei o número que ela havia me passado, e eu havia anotado na palma da mão esquerda. Pouco depois, ela atendeu.
[ligação on]
– ?
– Oi, . Tudo bem?
– Tudo. Desculpa a demora em ligar. Peguei no sono, vendo TV...
– Sem problema. Me diz o seu endereço.
– Saint Catherine Street West # 45 - repeti o que minha mãe ia dizendo.
– Eu sei onde fica, mais ou menos.
– Beleza. Que horas vocês passam aqui?
– Daqui a uma meia hora, pode ser?
– Beleza. Vou esperar.
– 'Ta bom. Beijinho.
– Beijinho.
[ligação off]
Depois de falar com a , desliguei o telefone e logo subi até meu quarto. Troquei de roupa, pois ainda usava o uniforme da escola. Já que estávamos no verão, peguei minha saia xadrez (preta e vermelha), uma baby look preta e meu All Star preto. O cabelo, deixei solto mesmo, não estou afim de prender. Fui até o banheiro, escovei os dentes, passei lápis preto no olho; voltei ao quarto, peguei minha bolsa vermelha e desci. Já eram 14h20, provavelmente já estariam a caminho. Sentei no sofá, liguei a TV e fiquei esperando que eles chegassem. Alguns minutos depois.
– Filha, tem uma BMW preta, parada na porta - minha mãe disse.
– Uma o quê? - me espantei.
– Uma BMW.
– Será que é a ?
Logo, ouvimos a campanhia. Era ela mesmo. E aquela BMW é do pai do . Depois das apresentações feitas, abanou do carro.
– Pronta para um passeio? - questionou.
– Claro - sorri.
– 'Ta com o celular, filha?
– Sim, mãe.
– Não volta tarde. Cuidem-se.
– Okay - respondi.
– Até - despediu-se.
– Oi, - falei ao entrar no carro.
– Oi, .
– Foi fácil de achar?
– Claro.
– Vamos? - pediu, sentada em seu lugar, com a porta já fechada.
– Vamos - falei.
I wanna stand with you on a mountain, Quero ficar com você no alto de uma montanha
I wanna bathe with you in the sea, Quero me banhar contigo no mar
I wanna lay like this forever, Quero ficar assim para sempre
Until the sky falls down on me. Até que o céu caia sobre mim.
Logo, deixamos o local em direção a um dos diversos parques existentes na cidade. Fomos ao Parc Du Mont Royal (Mont Royal Park, ou Parque do Monte Real). Daí surgiu o nome da cidade; Montreal é uma junção de Mont + Royal.
– Vamos? - interrogou, e já estávamos fora do carro.
– Para qual lado? - questionei.
– Vamos subir lá no topo do Monte - disse.
– 'Ta preparada para caminhar? - indagou.
– Ainda bem que eu vim de tênis... - eu ri.
– Não é muito que tem que caminhar - avisou.
– Hoje, 'ta um lindo dia para atividades ao ar livre... tem que aproveitar - falou.
– É... - eu disse.
Enquanto caminhávamos em direção ao topo do Monte, em meio ao verde das árvores, tiramos algumas fotos, que ficaram ótimas. Com certeza, esse casalzinho já faz parte da minha vida aqui.
– , você 'ta muito quieta. 'Ta pensando em quê? Ou melhor, em quem? - minha amiga quis saber.
– Acho que eu não preciso responder, não é?
– Acho que não.
– Você sabe quantos anos ele tem?
– Ele quem? - se intrometeu.
– Posso falar, ?
– Promete que guarda segredo? - perguntei.
– Prometo - ele fez um sinal com os dedos indicadores.
– É do inspetor da escola... - a namorada disse.
– O ?
– É... - falei, de cabeça baixa.
– Ele tem dois ou três anos a mais que a gente - comentou.
– Hmm...
– A 'ta apaixonada por ele, amor.
– Aquele lá arranca suspiros pela escola... - falou.
– Eu já tinha dito isso - disse.
– Seráqueeutenhochances? - disse bem rápido.
– Quê? Repete que eu não entendi - ela riu.
– Será que eu tenho chances?
– Que eu saiba, ele é solteiro... - falou.
– Isso é um bom sinal... - falei e todos rimos.
Caminhamos mais uns metros e logo pude me deparar com aquela incrível e inexplicável vista da cidade: é impressionante isso! Como meu país tem coisas lindas e eu não conhecia. Fiquei paralisada olhando cada detalhe, quando...
– E aí, gostou? - perguntou.
– Eu... eu... - eu estava sem reação. Não sei o que dizer... - caminhei mais à frente.
– É lindo, isso, não é? - minha amiga disse, sentindo-se num filme de Hollywood, com os braços abertos, girando no meio do topo do monte.
– É lindo demais! - falei.
O topo do monte é como se fosse a sacada da casa, que podemos encontrar lá. O Chalet Du Mont Royal foi construída em 1932 e hoje é um cafeteria.
Nos sentamos nas escadas do chalet e ficamos observando aquela vista, conversando, tirando fotos. À tarde, assim como a manhã, estava sendo incrível.
– Ahhh, obrigada por me trazerem até aqui! - eu disse feliz.
– De nada - falou.
– Tem muita coisa ainda para você conhecer nessa cidade... - comentou.
– Vocês serão meus guias turísticos?
– Se você quiser... com todo prazer, né amor? - ela disse.
– Claro - concordou.
– Oba! - eu falei.
Entramos no chalet, para ver o que havia lá dentro. É realmente uma casa bem antiga e muito bem conservada. Hoje funciona como uma cafeteria. Conversamos mais, tiramos mais algumas fotos e...
– Já passa das 17h. Vamos lá tomar sorvete? - sugeriu.
– Vamos, ?
– Vamos, claro!
– Vamos naquela que você ama, amor? pediu.
– Claro. Você vai comer o melhor sorvete da cidade, .
– Oba!
Pouco depois, estávamos dentro da BMW indo em direção à uma loja da Ben & Jerry’s, uma sorveteria muito conhecida aqui. estacionou o carro próximo à loja, descemos e entramos na fila.
– Que sabor você quer, amor? - perguntou.
– São tantos... - falou olhando a “placa” na parede, com os diversos sabores.
– Eu vou no de sempre... chocolate and vanilla.
– Já imaginei... - ela riu.
Pouco depois.
– Vou provar esse Chocolate Fudge Brownie. E você, ? - ela me perguntou
– Espera, 'to decidindo... - disse, olhando a “placa”.
– Okay.
– Eu quero de pistache.
– Okay...
Fizemos nossos pedidos e, pouco depois, estávamos sentados numa mesa ao ar livre, saboreando aquele sorvete maravilhoso.
– , isso é maravilhoso - falei.
– É o melhor da cidade - ele disse.
– Perfeito!
Depois de terminar o sorvete.
– Que horas são? - perguntei.
– Mais de 18h - disse.
– Passou rápido, hoje - comentou.
– É... vocês me deixam em casa?
– Já? Achei que iam querer fazer mais alguma coisa... - ele falou.
– Minha mãe pediu para não voltar tarde...
– Vocês podiam ir lá para casa... a gente assiste um filme que eu aluguei ontem, e depois você volta para sua - minha amiga sugeriu.
– Que filme é, ?
– Jogo de amor em Las Vegas.
– 'Ta bom. Eu vou ligar para mãe, para ver se ela deixa.
Peguei o celular dentro da bolsa, procurei na agenda o número da minha mãe e disquei. Pouco depois ela atendeu; expliquei que a tinha convidado para assistir um filme na casa dela, e que depois me levariam. Ela disse que eu podia ir.
– Ela deixou!
– Oba! - festejou feliz.
– Vamos, bonecas? - perguntou.
– Vamos - ela abraçou-se ao namorado.
Pouco depois, estávamos na sala da casa da , sentados no sofá.
– Prontos? Posso por play? - ela perguntou.
– Pode - respondi.
Assim ela o fez. Começamos a ver o filme. O filme estava ótimo, e me fazia pensar no inspetor da escola... Eu ainda vou dar uns pegas nele, nem que seje a última coisa que eu faça na minha vida. Quando acordei dos meus pensamentos, o filme havia acabado.
– E aí, gostaram? - quis saber.
– Muito bom o filme - respondi.
– Eu também achei... - disse, beijando-a.
– , onde tem um banheiro que eu possa usar?
– Ali, à direita tem um.
– Licença - disse me levantando e dirigindo-me até o tal banheiro.
– Toda.
Enquanto isso.
– Te amo, minha princesinha - disse, deitado no sofá.
– Eu também te amo, meu amor - ela falou, deitada em cima.
Estavam com os rostos muito próximos e, aproveitando que estavam a sós, deixaram que um beijo rolasse. O clima estava esquentando quando voltei.
– Vocês me levam em casa? - disse, deixando o banheiro.
– Claro, - ela disse sentando-se no sofá, após dar um selinho em seu namorado.
– Agora? - perguntou.
– Se vocês não se importam... minha mãe pediu que eu voltasse depois que assistisse o filme.
– Tudo bem. Vamos? - ele disse, levantando-se.
– Vamos - minha amiga respondeu.
Pouco depois, saímos em direção à minha casa. No caminho.
– Vai ter o ensaio amanhã , no final? - questionei.
– Eu vou confirmar depois - falou.
– Me dá seu telefone, que eu te ligo - disse.
– Beleza - passei meu celular para ela.
Já em frente de casa.
– Obrigado pelo passeio. Amei a companhia.
– De nada. Logo teremos outros passeios, como o de hoje - falou.
– Obrigado, . Eu te ligo depois para confirmar e combinar do ensaio - avisou.
– Beleza. Boa noite.
– Boa noite - falaram e em seguida, entrei em casa.
Depois.
[Outro narrador on]
– Para onde vamos, madame? - questionou.
– De volta para casa, amor.
– Por que você não vai lá na minha agora?
– Já 'ta tarde...
– Dorme comigo... a gente já dormiu junto outras vezes. Vai...?
– 'Ta bom... me convenceu. Mas tenho que ir em casa antes.
– 'Ta bom.
Os pombinhos foram até a casa dela, que avisou seus pais e pegou sua roupa, indo depois, para a casa do namorado. Chegando lá, guardaram a BMW na garagem e...
– Vamos, princesa - disse, puxando-a e conduzindo-a até seu quarto.
No caminho, passaram pela sala e puderam falar com , , e .
– Filho, o ligou faz pouco. Pediu para você retornar - disse.
– Beleza. Deve ser sobre o ensaio de amanhã.
And when the stars are shinin brightly in the velvet sky, E quando as estrelas estiverem brilhando no Céu aveludado
I'll make a wish, send it to heaven, then make you want to cry. Farei um pedido, enviarei para o céu, farei que lágrimas brotem do seu rosto
The tears of joy for all the pleasure and the certainty, Lágrimas de alegria por todo o prazer e certeza
That we're surrounded by the comfort and protection De que somos rodeados pelo conforto e proteção
The highest power, Da força mais poderosa que existe
In lonely hour, Nos momentos solitários
The tears devour you. Das lágrimas que consomem você.
Depois de ligar para e confirmar o ensaio de amanhã, os dois se deitaram na cama de casal, no quarto dele, e ficaram conversando sobre a vida e sobre o que haviam passado hoje.
– Amor, você acha que a gente pode dá uma forcinha para ? - questionou.
– Olha, tem que ser tudo fora da escola, porque ele pode perde o emprego...
– É, eu sei disso.
– Mas, espera! O falou que eles descobriram um guitarrista lá no colégio, e que vão tentar falar com ele amanhã...
– Quem é?
– Eu não sei, ele não disse o nome...
– Só falta ser o inspetor...
– Não deve ser. Eu nunca ouvi alguém falar que ele saiba tocar guitarra.
– Eu também não. Mas bem que a ia ficar feliz... - disse, olhando-o fixamente.
– Vamos sair amanhã à noite, minha boneca?
– Festa?
– É, na rua do Hard Rock Café. Vamos?
– Vamos. Os meninos vão?
– Sim, você podia convidar a .
– Tinha pensado nisso - ela sorriu.
– Amanhã, quando você ligar para falar do ensaio, já fala da festa.
– Okay, amorzinho - disse aproximando mais seu rosto ao dele.
– Linda! - ele falou e uniu seus lábios aos dela, num beijo calmo, apaixonado e muito intenso.
Seguiram namorando e ouvindo música. Depois, jantaram com o restante da família dele, tomaram banho juntos, e mais tarde deitaram-se.
[/outro narrador off]
Cheguei em casa, um pouco cansada, mas feliz pela tarde maravilhosa. Assim que adentrei a residência, mamãe, que estava na sala vendo TV, pediu que eu me sentasse ao seu lado. Assim o fiz, e ficamos conversando sobre o meu dia.
– E aí, filha, se divertiu?
– Muito, mãe! Eles são muito legais e muito queridos - sorri depois de falar isso.
– Que bom, fico feliz - sorriu também.
– Vocês já jantaram?
– Ainda não, minha filha. Jantaremos assim que terminar o jornal.
– Okay. Vou subir para tomar banho e logo desço.
– Okay, qualquer coisa é só dar um grito.
– Obrigado, mãe - disse, e dei-lhe um beijo na bochecha antes de subir.
Fui até meu quarto, separei meu pijama e um robe, fui até o banheiro, me despedi e adentrei debaixo do chuveiro, deixando que a água escorresse. Meus pensamentos estavam no inspetor lindo, de olhos ... será que vou conseguir algo com ele?! Ele é muito gostoso... será que tem namorada, esposa?! Espero muito que não, que seja como o disse: ele é solteiro, livre e desimpedido. Após alguns minutos debaixo do chuveiro, me vesti e logo fui ao encontro dos meus pais, que me esperavam na cozinha, para jantar.
– E, então filha, como foi o dia hoje? - peguntou, enquanto jantávamos.
– Foi ótimo, pai. Me diverti um pouco com a e o namorado dela.
– Que bom! - ele sorriu. Onde vocês foram?
– Me levaram no Mount Royal Park, é realmente muito lindo!
– Tinha pensado de irmos lá, no fim de semana.
– Vai com a mamãe. Ela vai gostar.
– Vai ser ótimo - disse.
Depois de jantar, deixei a cozinha e voltei ao meu quarto. Estava cansada, pois o dia havia sido muito agitado. Muitas atividades, e além de ter acordado super cedo. Me deitei, apaguei a luz, e um tempo depois, adormeci.
Dia seguinte.
Acordei umas 9h30, o dia estava maravilhoso, ótimo para dar uma volta pela vizinhança. Sai com meus pais, por volta das 10h30, tínhamos que ir ao mercado, que era bem perto de casa, e como era pouca coisa que precisávamos, fomos a pé. Chegamos em casa de volta, perto do meio dia e, assim que adentrei em casa, larguei as sacolas que carregava na cozinha, e o telefone celular tocou.
[ligação on]
– Oi, !
– Oi, . Te acordei?
– Que nada, acordei cedo hoje.
– Menos mal... tudo bem?
– Tudo e você?
– Tudo bem. Então, vais fazer algo hoje?
– Por enquanto, 'to sem planos...
- Vamos lá assistir o ensaio dos meninos?
– Se não tiver problema, eu adoraria ir...
– Claro que não. A gente passa aí para te pegar, pode ser?
– Certeza? Não quero atrapalhar... me digam onde é que eu peço para o meu pai me levar.
– Não tem problema, a gente passa aí.
– Que horas?
– Um pouco antes das 15h.
– Tudo bem. Ficarei esperando.
– Oba! Outra coisa, a gente vai numa festa hoje à noite... você não quer ir?
– Adoraria, tenho que ver com meus pais, se eles me liberam.
– Beleza. Fala com eles, e depois quando nos vermos, você diz, ou qualquer coisa me liga.
– Beleza. Onde é a festa?
– Na Crescent Street, na mesma rua do Hard Rock Café.
– Ah sim, sei qual é. Vou falar com eles e depois digo se vou.
– Beleza. Fico aguardando.
– Nos vemos mais tarde, então.
– Claro. A gente passa aí para te pegar.
– Beleza. Beijos.
– Beijos.
[ligação off]
Desliguei o telefone e, fui correndo para cozinha, falar com a mamãe:
– O que foi, minha filha?
– Mãe, vou assistir o ensaio da banda do namorado da , esta tarde.
– Ótimo, você precisa conhecer gente!
– E, eles vão a uma festa à noite...
– Você quer ir?
– Se vocês deixarem, eu adoraria.
– Vou falar com seu pai e depois digo o que decidimos.
– Okay, mãe - sorri ao deixar a cozinha.
– A propósito, onde vai ser a festa? - ela gritou.
– Na rua do Hard Rock Café - gritei em resposta.
– Ah, sim.
Fui até a sala, peguei o aparelho de som e o levei até a cozinha, ligando-o na tomada e o rádio. Estava tocando umas das minhas músicas preferidas do McFly, "POV".
"I'm getting tired of asking
This is the final time
So, did I make you happy?
Because you cried an ocean
When there's a thousand lines
About the way you smiled
Written in my mind
But every single word's a lie…" – cantarolei pela cozinha, enquanto dançava, quando meu pai adentrou ao ambiente.
– O que deu nessa menina, hoje? - disse, olhando-me.
– Acho que ela está feliz. Não é, filha?
– Muito feliz, e ficarei mais ainda se me deixarem ir à festa hoje à noite.
– Que festa? - meu pai perguntou.
– A vai numa festa com o namorado e os amigos dele, que são integrantes da banda, lá na rua do Hard Rock Café... posso ir? - disse, quase se ajoelhando em frente ao meu pai.
– O que você acha, amor? - ele perguntou à minha mãe.
– Que nossa filha já é bem grandinha, ela não tem mais dez anos de idade.
– Acha que dá para liberar?
– Se ela levar o celular e ligar para gente, se precisar...
– Eu ligo, faço como sempre fiz. Qualquer coisa que acontecer, eu ligo, prometo!
– Quem vai levá-los à festa? - meu pai quis saber.
– Posso ver com a , se posso ir com eles... se não, vocês me levam e me buscam, ou eu pego um táxi.
– Tem ponto ali na frente do mercado... - meu pai avisou.
– É. E, então? Posso ir?
– Pode, minha filha.
– O quê? - disse sem acreditar no que meu pai recém havia dito.
– Disse que você pode ir.
– Obrigado, pai! - falou, pulando em cima dele.
– Veja com a sua amiga, se você pode ir junto. Se não, tem que dizer para a gente onde é, para que possamos te levar lá.
– Okay, mãe. Já ligo para ela - larguei meu pai e fui correndo até a sala.
Enquanto isso tudo acontecia, ela fazia o almoço e já podia começar a sentir aquele cheirinho de comidinha de mamãe... me joguei no sofá, peguei o celular em cima da mesinha ao lado, e disquei o número de , logo depois, ela atendeu.
[ligação on]
– Fala, !
– Oi, , podes falar?
– Claro. O que houve?
– Olha só, falei com meus pais sobre a festa...
– E...?
– Eles deixaram!
– Oba!
– Queria saber se eu podia ir com vocês, se não, peço para eles me levarem...
– Claro que pode ir com a gente.
– O vai dirigindo?
– Vai. Pode ficar tranquila que você chegará viva em casa depois da festa.
Eu ri.
Tudo bem. Então, não tem problema de ir com vocês?
– Claro que não.
– Beleza. Quando tiver saindo para vir me buscar, para ir lá no ensaio, me liga?
– Ligo sim. Pode deixar.
– Obrigada. Até mais, então.
– Até logo mais. Beijos.
– Beijos.
[ligação off]
– Ela disse que posso ir com eles! - gritei, indo até a cozinha.
– Okay. Com que roupa vais? - minha mãe questionou.
– Nem idéia. Depois você me ajuda?
– Claro, filha.
Minutos depois, estava sentada à mesa, saboreando uma deliciosa comidinha feita pela mamãe. Assim que terminamos de comer, ajudei a colocar a louça na máquina, que trouxemos da outra casa, e em seguida fui ao banheiro escovar os dentes. Já passava das 14h, quando mamãe veio me ajudar a escolher a roupa para a festa.
Mexemos aqui, ali, e chegamos à conclusão de que essa era a melhor opção. Era início de primavera, o dia estava ótimo e a previsão do tempo para a noite era muito boa, faria um pouco de calor, para esta época do ano.
Terminei de me arrumar, e logo desci, pois provavelmente e estariam quase à caminho, para irmos ao ensaio. Me sentei no sofá, liguei a TV e fiquei aguardando que meu celular tocasse, algo que não levou nem quinze minutos. ligou dizendo que já estavam vindo. Cerca de quinze minutos depois, eles estavam em frente à minha casa. Me despedi de papai e mamãe e, seguimos para a casa de , onde seria o ensaio.
Cerca de vinte minutos depois, estávamos em frente à casa de . estacionou o carro e logo descemos. A casa era grande, e bonita por fora. Nos aproximamos da porta e tocou a campanhia. Logo, abriu a porta e...
– Oi, pessoal - ele nos cumprimentou.
– , essa é a , minha amiga e colega de classe.
– Prazer, - disse, me cumprimentando.
– Prazer, . Pode me chamar de .
– Okay, . Entrem - fez gesto para que entrássemos.
– Já estão todos aqui? - questionou.
– Já, só faltavam vocês.
– Quem é o tal guitarrista? - perguntou curioso.
Chegamos no porão da casa de , onde era o local onde eles ensaiavam. Logo dei de cara com muitos homens lindos, de uma vez só.
– Oi, galera - disse, cumprimentando os amigos.
– Oi, meninos - fez o mesmo.
– Essa é a , nossa amiga - disse, me olhando.
– Claro! - sorri. - Meu nome é , mas me chamem de - disse e cumprimentei cada um deles, que iam dizendo seus nomes respectivamente: , e .
Conversamos um pouco e logo eles começaram a ensaiar. e eu nos sentamos no sofá, e ficamos observando, ouvindo as músicas. Realmente, era uma banda que tinha tudo para dar certo e fazer sucesso no mundo todo.
– Amei as músicas - falei em um intervalo do ensaio.
– Mesmo? - perguntou, olhando-me fixamente.
– Sim, são muito boas! Já posso imaginar vocês tocando em meio a uma imensa platéia, e todos cantando e pulando - disse, olhando cada um deles.
– Esse é nosso sonho - falou.
– Eu já disse que esse sonho, cedo ou tarde, se tornará realidade - disse.
– Com certeza, a tem toda razão. De repente, é só o tempo de vocês terminarem os estudos para que as coisas aconteçam - falei.
– Tomara mesmo - sorriu.
– Mas eu tenho boas notícias - disse.
– O quando vem com boas notícias, é porque são boas mesmo, não é? - disse, olhando-o.
– Com certeza, e essa vocês vão amar - ele falou.
– Fala logo, então! Não mata a gente do coração - disse, nos fazendo rir de tão ansiosos e nervosos.
– Vocês farão um pequeno pocket show, com as músicas que tem, num bar, no centro da cidade.
– Como?! Não entendi - disse.
– Repete, ? - pediu.
– Vocês farão um pequeno pocket show, com as músicas que tem, num bar, no centro da cidade!
– Viram? Eu disse, cedo ou tarde, as coisas iam acontecer - sorriu feliz.
– Quando vai ser? - perguntou.
– Dentro de duas semanas. Portanto, teremos muitos ensaios nesses próximos dias...
– Eu não consigo acreditar - disse.
– Acredite, amor. Eu sabia disso - falou, levantando-se e indo até o namorado.
– Eu te amo, amor - disse, abraçando-a.
– Eu também, bebê - falou, e logo uniu seu lábios aos dele num beijo curto, mas apaixonado.
– Hey, vamos continua ensaiando, né? - disse, cutucando .
– Eu não posso mais dar beijo na minha namorada?
– Pode, , né ? - olhou o amigo.
– Pode.
Seguiram ensaiando por mais uns minutos, quando perto das 16h30...
– Chega por hoje, né? - disse.
– Só porque é sábado e a gente vai sair! - gritou feliz.
– A vai junto com a gente - minha amiga disse, me olhando.
– Já escolhi até a roupa - sorri.
– Aposto que vai arrasar na festa - ela falou.
– Ai eu já não sei... a olhei.
– , mudando um pouco o assunto... quem é o tal guitarrista que você falou por telefone? - perguntou.
– Ah sim, ele é lá do colégio e vocês não vão acreditar...
– Fala logo! Quem é a criatura? - pediu.
– Pode falar, - falou.
– É o...
– ... inspetor - completou.
– Como?! Quem?! - disse, sem acreditar no que acabara de ouvir.
– A gente descobriu que o inspetor sabe tocar guitarra - disse.
– O ? Desde quando ele toca? - perguntou.
– Parece que desde criança. A gente ainda não conseguiu falar com ele. Acho que só segunda, lá na escola - avisou.
– Ah, Meu Deus - eu disse, com cara de quem não acreditava ainda.
– Calma, . Calma... eu sei o porquê disso, né amiga? disse, me olhando.
– Eu também! seu namorado nos olhou e riu.
– Quem sabe seja a sua chance de conseguir...
– Não! Não pode ser! - falei com as mãos no rosto, ainda sem acreditar.
Todos, exceto e , me olhavam com cara de quem não entendia nada, e o casalzinho ria.
– Alguém pode conta para gente o que está acontecendo? - pediu.
– Eu conto - falei.
– Então fala! - disse.
– Eu... estou... louca pelo inspetor - confessei, me sentindo um pouco aliviada.
Estás te sentindo melhor agora? - minha amiga questionou.
– Mais ou menos... - disse, olhando a cara dos meninos.
– Mais uma que é louca por ele... - comentou.
– É. Essa lista já está bem grandinha... - avisou.
– Ah é? - interroguei.
– Sim... - confirmou.
Estivemos ali, conversamos por mais alguns minutos, até alguém dar a brilhante idéia de sairmos para comer algo. E que depois, cada um fosse para casa, descansar e se arrumar para a festa.
I wanna stand with you on a mountain, Quero ficar com você no alto de uma montanha
I wanna bathe with you in the sea, Quero me banhar contigo no mar
I wanna lay like this forever, Quero ficar assim para sempre
Until the sky falls down on me. Até que o céu caia sobre mim.
Eram 19h, eu estava em casa, acabara de chegar. Vim com e , que me ofereceram carona de volta. Viemos conversando no caminho, sobre o que acabamos de saber: o inspetor sabe tocar guitarra! Só falta dizerem que ele vai estar na festa, aí acabam comigo. Contei para mamãe e para o papai como havia sido o ensaio dos meninos, e eles me contaram como havia sido o passeio no parque: eles adoraram! É, realmente, aquele parque é lindo!
Logo, subi para me arrumar (tomar banho, me vestir, me maquiar), pois e passariam de novo por volta das 22h. Ah, aqui no Canadá as festas começam e terminam cedo. Fui até meu banheiro, fechando a porta do quarto, pois era uma suíte, liguei o rádio, e enquanto tomava banho, ouvia e cantava "I’ve got you", do McFLY.
“The world would be a lonely place
Without the one that puts a smile on your face
So hold me 'til the sun burns out
I won't be lonely when I'm down
'Cause I've got you
to make me feel stronger
when the days are rough
and an hour seems much longer….”
Saí do banho, me enrolei na toalha e voltei ao quarto: peguei a roupa íntima na gaveta da cômoda, e comecei a me vestir.
– Minha filha? - perguntou ao bater na porta.
– Sim, mãe - disse, abrindo-a e fazendo com que minha mãe entrasse.
– Precisa de ajuda?
– Quero depois, para me maquiar.
– Você vai jantar antes de ir, não é?
– Sim, mãe. O que vocês vão comer?
– O que sobrou do almoço.
– Beleza. Antes de me maquiar eu desço - disse e minha mãe saiu do quarto.
Me vesti, sequei o cabelo e fiz chapinha. Terminando, passei silicone nos cabelos, penteei, e deixei o quarto, apagando a luz. Desci e fui até a cozinha, onde minha mãe me esperava com a comida quentinha.
– Obrigado, mãe - falei, dando-lhe um beijo na bochecha antes de me sentar à mesa.
– De nada, filha.
– Eu não vou permitir que minha filha saia desse jeito! - meu pai disse, me olhando por inteira, quando entrou na cozinha.
– Por que, pai?
– 'Ta muito bonita e os meninos vão ficar te paquerando...
– Qual é o problema?
– Minha filha é muito nova...
– Mais uma vez com essa história, amor?! minha mãe disse.
– Eu não sou mais uma criança... e também não estou com blusa decotada.
– Imagina se tivesse, aí mesmo que eu não te deixava sair...
– Mas eu não estou e vou sair!
Pouco depois, terminei de comer, agradeci a mamãe novamente e voltei ao quarto. Já passava das 20h30, quando entrei no banheiro para escovar os dentes, e alguns minutos depois, mamãe chegou para me ajudar na maquiagem. Não demorou muito a terminarmos essa etapa. Me olhei no espelho e me senti poderosa em cima daquela sandália. Hoje a noite é minha, pensei.
Deixei o quarto, indo até a sala, onde me sentei no sofá esperando que ligasse avisando que estavam à caminho. Fiquei vendo televisão, para não ficar entediante. Quando eram 21h15, mais ou menos, ela ligou e avisou que estavam chegando. Antes das 21h30, tocaram a campanhia.
– Oie! - sorriu ao abrirmos a porta.
– Oie, ! - disse ao vê-la.
– Mas as meninas estão poderosíssimas hoje!
– Com certeza - disse e ri depois.
– Vamos?
– Vamos - falei e fui me despedir de papai e mamãe, que dizeram que aproveitasse a festa e que ligasse se precisasse.
Saí de casa batendo a porta, e logo entrei na BM preta.
– Oi, .
– Oi, .
– Prontos para a festa? - questionou.
– Sim!
– Vamos embora então! - falou.
Logo deixamos minha casa em direção à Crescent Street, a rua onde as festas acontecem. Levamos alguns minutos, pois os trânsito estava congestionado em um pedaço, mas enfim, chegamos. Depois de estacionar o carro numa rua próxima, descemos e...
– Mas essas meninas estão poderosas hoje - disse, nos olhando.
– Eu também acho falei entre risos, olhando .
– É, a festa é nossa, !
– A tudo bem, mas você, amor... - disse, olhando-a sério.
– Você sabe que eu te amo, baby - falou, dando um selinho.
– Espero que isso ainda valha amanhã...
– Com certeza vai!
Seguimos caminhando até a boate, onde já na entrada nos encontramos com , e .
– Boa noiteee - nós três dissemos juntos.
– Boa noite - sorriu.
- Alguém viu o inspetor por aí? - perguntei.
– Não, . Não vimos - falou.
– Ahhhhhhh... - fiz cara de triste e baixei a cabeça.
– Vamos ter que fazer algo para essa menina não ficar triste... - comentou.
Pouco depois, adentramos ao local. Ainda não haviam muitas pessoas, mas já estava bem animado. A música era boa e o ambiente parecia moderno. Haviam puffs num canto, no outro estava o bar, no meio a pista de dança, muitas luzes coloridas e a famosa fumaça de gelo seco.
Pouco depois, me encontrava no bar, junto com os demais, aguardando por nossos drinques, quando...
– Oie pessoal.
– Oi, - sorri.
– Oie - os demais disseram.
– Hey, vocês viram quem está lá fora, esperando para entrar? - questionou.
– Quem? - eu disse numa rapidez, que até me impressionei.
– O... inspetor.
– Como?! - eu e falamos juntos e nos olhamos.
– É hoje, ! - disse.
– Falou com ele? - quis saber.
– Disse que quando ele entrasse, que me procurasse, pois tínhamos que falar com ele - avisou.
– Obrigado, - falei sorrindo.
– Deixa a gente falar com ele, depois você vai, tá? - pediu.
– 'Ta bom - meus olhinhos brilhavam.
Pegamos nossos drinques e fomos um pouco para a pista de dança. A música era bastante animada e dançante, daquelas que te fazem dançar do início ao fim.
– , o que você vai fazer? - disse, me cutucando, pois dançava junto de .
– Não sei ainda, . Me ajuda! - falei, olhando-a.
– Amor, eu vou lá com eles falar com o ins... - disse, me olhando.
– 'Ta bom, amor - falou, dando-lhe um selinho.
Puxei e nos sentamos nos puffs, no outro canto da boate. Ficamos conversando e olhando os meninos conversarem com o inspetor.
– Então... eu acho que, de repente, você podia ficar o observando hoje, e esperar até que os meninos marquem dele ir num ensaio, porque eu tenho certeza que isso vai acontecer, e não vai demorar - ela disse.
– É, talvez. Mas queria falar com ele hoje, já!
– Fica só olhando, dá umas indiretas com o olhar... de repente ele não percebe, e vai falar contigo.
– É, não custa tentar.
– Com certeza!
Voltamos à pista de dança, e pouco depois os meninos vieram, aos poucos, se juntando. Ficamos dançando e curtindo a festa. Enquanto isso, passei o tempo todo observando o que o inspetor gostoso fazia.
– Marcamos dele ir num ensaio essa próxima semana... - disse assim que perguntou como havia sido a conversa.
– , sua oportunidade... - ela disse, mas não ouvi.
– Hã?! Falou comigo?
– O inspetor vai ir num ensaio essa próxima semana!
– Ahhh, sério?
– Sim! - disse.
– Obrigada, - olhei com um brilho nos olhos.
– Você pode ir, também - ele falou.
– Opa, melhor ainda... - disse entre risos.
Seguimos dançando e disse que ia ao banheiro. O mesmo encontrava-se lotado, tive que esperar. Mas alguns minutos depois, estava lavando as mãos, quando vi entrar.
– O que foi? - perguntei.
– Acho que tem alguém que quer te conhecer... - ela falou baixinho, em meu ouvido.
– Quem?
– Ele 'ta ali no bar - respondeu no mesmo tom.
Deixei o local, após lavar as mãos, com , e a mesma me mostrou quem estava no bar, esperando para me conhecer. Parei em frente à porta do banheiro, sem acreditar que o inspetor queria falar comigo, até que ele mesmo, fez sinal com as mãos, para que eu fosse até lá.
– Me deseje sorte - falei baixo.
– Boa sorte, amiga! Qualquer coisa, estou lá - disse apontando o canto dos puffs.
– Okay - sorri.
seguiu para o puff, onde estava sentado, e me dirigi até o bar.
– Oi, ...
– , prazer - ele disse, me cumprimentando com dois beijinhos.
– Prazer. Meu nome é , mas pode me chamar de .
– Prazer, - sorriu. - Aceita uma bebida?
– Um drinque de morango. Obrigada.
Ele pediu ao mesmo barman que havia nos atendido antes, quando chegamos à boate. Ele se lembrou que eu havia pedido o mesmo drinque.
– Então, você também estuda lá na escola? - quis saber.
– Sim, na mesma turma da , a namorada do .
– Ahhh, mas você é nova na escola, não é?
– Sim, me mudei este ano para cá, porque meu pai recebeu uma proposta de trabalho aqui.
– E, você 'ta gostando?
– Muito. Essa cidade é linda!
- Você é de onde?
– De Vancouver - sorri.
– Hmmm, então já está habituada ao nosso país...
– Pois é, com muito orgulho.
– Com certeza.
Pouco depois, o barman entregou-me o drinque e agradeci. disse para fazermos um brinde, e quando perguntei o motivo, disse que brindássemos ao destino, às coisas boas da vida. Depois do brinde, tomei um gole bem grande do drinque, que por sinal, estava ótimo.
Oh can't you see it baby? Oh, será que você não consegue enxergar, amor?
You don't have to close your eyes, Não precisa fechar os olhos,
'Cause it's standing right before you, porque está bem diante De você
All that you need will surely come. Tudo que você precisa com certeza virá.
Depois de um sorriso, meio tímido, voltamos a conversar sobre a vida.
– Então, é verdade mesmo que você sabe tocar guitarra? - questionei.
– É, eu toco desde criança...
– Nossa! E sonha em tocar numa banda?
– Sempre sonhei, sabia que ia ser difícil, mas eu sempre quis fazer parte de uma.
– Agora tem uma chance...
– Você já os viu eles tocando?
– Já, fui num ensaio ontem à tarde. Eles tocam muito bem. Tenho certeza de que vocês vão se dar bem...
– Tomara que eu possa tornar meu sonho realidade.
– Basta acreditar nos sonhos, que eles se realizam... - disse olhando-o fixamente nos olhos.
– É... - falou me fitando, e mais próximo de mim.
Pouco tempo depois, já havíamos bebido mais e estávamos mais alegrinhos, eu diria. Ele me convidou para dançar, fomos até a pista de dança: tocava uma música animada, mas pouco depois começou uma daquelas, que se dança coladinho. Comecei dançando sozinha, até que senti que ele me abraçou, e ficamos dançando agarradinhos.
- Ah eu não acredito que estou agarrada no inspetor..., pensei.
Aproveitei bastante cada segundo daquela música: senti o cheiro no pescoço dele, ouvi aquela voz linda, e olhei aqueles lindos olhos , enquanto dançávamos. Ele ficou me encarando por alguns minutos, e sem me dar conta, fomos aos poucos, aproximando nossos rostos um do outro. A pista de dança estava totalmente lotada, e a impressão era de que e os meninos não estavam ali. Parei de pensar neles e deixei a vida me levar.
– A festa 'ta muito boa, né? - falei.
– Melhor do que eu imaginei... - disse, me olhando.
Quando me dei por conta, estava o beijando: sua língua pediu passagem e eu cedi. Era como se o mundo tivesse parado. Nunca pensei que isso fosse acontecer, e que fosse tão rápido. Uma pena que amanhã ele nem vai se lembrar de mim, mas... quer saber? Vamos curtir. O beijo rolou durante alguns minutos, terminando com um selinho. Aos poucos fui abrindo os olhos, e quando os abri totalmente...
– Acho que minha vida vai muda a partir de hoje - ele disse e sorriu.
– Como assim, inspetor? - olhei-o séria.
– Não me chame de inspetor, querida. Me chame de .
– Desculpe, mas por que sua vida vai muda a partir de hoje?
– Posso te fazer uma pergunta?
– Claro! - sorri.
– Você tem namorado?
– Por enquanto, não... - ainda séria, sem entender o porquê da pergunta.
Aos poucos, ele aproximou mais uma vez seu rosto ao meu, me olhou fixamente no olhos e uniu nossos lábios, ao fechar os olhos. Línguas para cá, línguas para lá, o beijo foi tão bom quanto o anterior. Já sentia minha boca seca antes, agora estava melhor. Novamente, terminamos com um selinho, e quando abri os olhos, novamente, ele deu um sorriso, que me fez sentir tão, mas tão feliz... foi algo inexplicável.
– Obrigado por essa noite - disse me abraçando e voltando a dançar no ritmo da música.
– Eu que agradeço - disse baixinho, próximo ao seu ouvido.
Estivemos dançando mais umas duas, três músicas, já se passava das 2h45 da manhã, disse que já voltava. Precisava ir ao banheiro, depois de vários drinques de morango. Para minha sorte, ele estava vazio, mas logo que entrei, senti que já não estava mais sozinha.
– ?
– Oi, !
– 'To vendo que a noite hoje 'ta ótima, né senhorita? - ela disse dentro de uma cabine.
– Pois é. Uma pena que amanhã ele já não vai lembrar de mim...
– Porquê?
– 'Ta mais bêbado que eu... - disse baixinho.
– Ai, , eu aposto que ele vai lembrar!
– Será? - eu disse saindo da cabine e indo lavar as mãos.
– Certeza.
– Quando eles vão ensaiar juntos?
– Segunda de tarde.
– Opa. Você vai?
– Acho que sim. Eu te aviso.
– Beleza.
– Vou lá com o meu amor. Não dá para deixar esses homens soltos por aí... - piscou ao sairmos do banheiro.
– A hora que forem embora me chamem - pedi em seguida.
- Okay!
Voltei ao encontro de , que estava próximo ao bar.
– Oi - disse baixinho ao lado dele.
– Oi, linda! - sorriu.
– Me encontrei com a , lá no banheiro, e ela disse que vocês vão ensaiar segunda.
– É, segunda à tarde. Você vai?
– Posso ir?
– Claro que pode.
– Talvez eu vá. A vai me avisar se ela vai...
– Vão sim...
– Vamos dançar mais um pouco? - disse próximo ao ouvido dele.
– Me dá mais um beijo e eu faço o que você quiser.
– Inspetor... - disse séria.
– Fora da escola, eu não sou inspetor. E logo, logo, serei guitarrista de uma banda famosa no mundo todo.
– Uia, gostei de ouvir isso!
Aos poucos, fui me aproximando mais e mais, e quando percebi, nossas línguas já estavam pedindo passagem. O beijo parecia melhorar a cada vez. Senti mais desejo, mais paixão, mais vontade de estar com ele. Terminamos o beijo, assim como os dois anteriores, com um selinho, esse foi mais demorado.
– Pronta para dança até o final?
– Prontíssima! - sorri.
– Vamos, então! - disse pegando minha mão, e me conduzindo até a pista de dança.
Dançamos, entre músicas agitadas e mais lentas, umas cinco, terminando com uma mais calma, quando...
– 'To cansada... - eu disse baixinho.
– Quer sentar um pouco?
– Quero. Vamos lá nos puffs?
– Vamos...
Novamente, ele segurou minha mão e fomos juntos até os puffs, onde nos sentamos – cada um em um puff –, e aí estivemos conversando até que...
– Que horas são? - interroguei.
– 4h30 - disse ao olhar no relógio.
– Nossa! Passou super rápido.
– Pois é. Quando se está em boa companhia, a gente nem sente o tempo passar...
– Assim eu fico sem jeito, inspetor... - disse envergonhada.
– Inspetor não! - falou, depositando um beijo em minha bochecha.
– , desculpa - sorri.
– Tudo bem.
– Acho que estão me chamando... - disse, olhando fazendo sinal com as mãos para que eu fosse até lá.
– Vai lá que eu espero - respondeu.
– Já volto - me levantei.
Fui até , que estava próxima à porta, com e os meninos.
– Que foi?
– Vamos? - questionou.
– Vamos...
– A gente te espera aqui.
– Ok, já volto - voltei ao encontro de .
– Já estão indo? - perguntou assim que me aproximei.
– Já... - disse meio triste.
– A gente se vê?
– Espero que sim... Qualquer coisa, nos vemos segunda, na escola.
– Quer me dar seu telefone?
– Você quer?
– Uhum - depois que ele respondeu, passei o número do meu celular e ele anotou no aparelho dele.
– Então, a gente se vê - disse, me levantando.
se levantou e aproximou-se de mim, para um beijo de despedida, esse foi um pouco mais rápido que os anteriores, já que o pessoal estava me esperando. Terminamos com um selinho e...
– Posso ligar mais tarde? - interrogou.
– Claro - sorri.
– Até mais, linda.
– Até mais, inspetor... - disse o "inspetor" baixinho.
Me dirigi até a porta da boate, ao encontro de e , que me esperavam.
– Demorei?
– Não. Vamos? - disse.
– Vamos - sorri.
– A hoje vai ter bons sonhos... - falou ao sairmos da boate.
– Cadê os meninos? - sorri.
– Já foram - ele respondeu.
– Pois é. Foi boa a festa? - questionou.
– Obrigada por terem me convidado, não sei nem como agradecer...
– Vai no ensaio segunda? - perguntou.
– Posso ir?
– Claro.
– Eu vou! - sorriu.
Deixamos o local, na BM, e seguimos rumo à minha casa. Fomos o caminho todo conversando sobre a festa. Ao chegarmos...
– Obrigada, gente! A festa foi ótima!
– De nada - disse.
– Nos falamos mais tarde! - falou.
– Okay. Bom descanso - disse, já abrindo a porta de casa.
– Tchau - disseram e logo partiram.
Adentrei em casa, estava tudo em silêncio, fechei a porta e subi até meu quarto, tentando fazer o mínimo possível de barulho. Mas minha mãe ouviu e acordou para ver se eu estava bem.
– Filha? - disse na porta do quarto.
– Oi mãe - falei do banheiro.
– 'Ta tudo bem?
– Tudo sim. Pode voltar a dormir...
– Tudo bem, depois conversamos. Boa noite.
– Boa noite.
Dexei o banheiro após escovar os dentes e tranquei a porta do quarto. Troquei de roupa e me joguei na cama. Sabia que essa noite, seria difícil dormir, pois foi uma noite e tanto.
I'll be your dream, I'll be your wish, I'll be your fantasy. Eu serei seu sonho, serei seu desejo, serei sua fantasia
I'll be your hope, I'll be your love, be everything that you need. Serei sua esperança, serei seu amor, serei tudo que você precisar
I'll love you more with every breath Amarei você cada vez mais a cada respiração
Truly, madly, deeply do. Verdadeiramente, loucamente e intensamente
Domingo, às 13h45.
– Minha filha, vamos acordar que já passou da 13h30! Já te deixei dormir bastante - disse minha mãe, enquanto me cutucava.
– Oi, mãe - respondi com aquela voz de sono.
– Boa tarde, minha princesinha - disse e logo me deu um beijo na bochecha.
– Boa tarde, minha rainha! - respondi, dando-lhe um beijo na bochecha.
– Levanta que o almoço já está quase pronto - disse e saiu do quarto.
– 'Ta bom, mãe.
Alguns minutos depois, me levantei, fechei a porta do quarto e me dirigi até o banheiro, onde me despi e tomei um bom banho. Depois, me vesti – saia jeans, baby look vermelha e all star preto -, penteei o cabelo e desci. Fui até a cozinha, onde mamãe havia acabado de aprontar o almoço. Estavam sentados à mesa, apenas me esperando.
– Oi, pai! - disse sorrindo e logo dei-lhe um beijo na bochecha.
– Oi, minha filha! - falou, retribuindo o beijo.
Me sentei à mesa, para comer e em seguida, começou o questionário sobre a festa.
– 'Tava boa a festa, filha? - perguntou entre uma garfada e outra.
'Tava muito boa, pai - disse, sorrindo logo depois.
– Algum gatinho? - minha mãe, sempre com a mesma pergunta.
– Tinham vários - disse para despistar.
– Algum fisgou o coração da minha filha? - meu pai perguntou.
– Talvez algum tenha... - disse, olhando-o fixamente.
– Tem que trazer, para a gente conhecer - minha mãe falou.
– Eu acabei de conhecê-lo, mãe! Vai com calma!
– Tudo bem...
Pouco depois, terminamos de comer e quando terminei de ajudar a lavar a louça e organizar tudo, escutamos um celular tocando.
– Não é o seu, filha? - meu pai avisou.
– Acho que é. Vou lá ver - disse e saí correndo da cozinha em direção ao quarto, no andar superior.
Cheguei no quarto com o celular ainda tocando, peguei e atendi, em seguida...
– Alô?
- Oi, Linda!
– Oi. Quem é?
- É o , da festa.
– Inspetor - sorri em seguida.
– 'Tas ocupada?
– Não, não. Faz pouco que eu almocei...
– Então, está afim de dar uma volta?
– Onde?
– Ir num parque, aproveitar que o dia 'ta bonito.
– Tem um que não é longe daqui de casa...
– Onde você mora?
– Na Saint Catherine Street West # 45.
– Ah sim, sei onde fica. A gente pode ir naquele parque, então.
– Que horas?
– Daqui uma hora, pode ser?
– Pode. Algum problema se eu chamar a para ir?
– Não, claro que não.
– A gente se encontra lá?
– Claro. A não ser que você queira que eu vá te pegar...
– Se quiser vir...
– Então eu vou. Daqui trinta minutos eu saio de casa.
– Beleza. Fico esperando.
– Beijinhos, linda.
– Beijo, inspetor - disse baixinho.
Desliguei a ligação , logo procurei o número da . Já passava das 15h, então achei que ela já estaria acordada. Apertei o botão para chamar e pouco depois...
– Oi, !
– Oi, , 'tava dormindo?
– Nãooo, acordei faz uma hora.
– Tudo bem?
– Tudo e contigo?
– Tudo bem. Planos para o resto da tarde?
– Nada, por enquanto.
– Não quer ir no parque aqui perto?
– Com quem você vai?
– Quer mesmo que eu te responda?
– Acho que não será necessário... Você deu o seu celular para o inspetor?
– Dei e ele ligou faz pouco. Vamos no parque?
– Vou falar com o e qualquer coisa te ligo. Que horas vocês vão?
– Daqui a uma hora a gente 'ta lá.
– Beleza. Nos vemos depois, então.
– Okay, beijos.
– Beijões.
Desliguei o telefone, fui escovar os dentes e terminar de me arrumar – secar o cabelo, fazer chapinha e maquiagem básica (lápis nos olhos e um brilho nos lábios). Pouco depois, mamãe entrou no quarto.
– Onde você vai?
– Vou ao parque, aqui perto, com um colega da escola. A vai me encontrar lá.
– Que colega?
– Quando ele chegar, te apresento.
– Okay.
– Já, já, eu desço para esperá-lo.
Minutos depois, terminei de me arrumar, peguei minha bolsinha preta, coloquei o celular, dinheiro e a minha chave de casa, e desci, me sentando no sofá.
Quinze minutos depois, a campainha tocou.
Me levantei e atendi.
– Oi - disse sorrindo ao me ver.
– Oie - respondi sorrindo.
– Vamos?
– Espera aí - fui até a cozinha.
– Quem é? - minha mãe perguntou.
– Meu amigo. Eu 'to saindo.
– Vou com você até a porta.
Fomos até a porta, fiz as apresentações, e pouco depois, saímos em direção ao parque.
– Dormiu bem? - ele quis saber.
– Muito. E você?
– Também - sorriu.
– Que bom. O que achou da festa ontem?
– Muito boa! Você já tinha ido lá?
– Não, foi a primeira vez.
– Gostou?
– Muito.
Íamos conversando sobre a festa, no caminho, até que uns quinze minutos depois, estávamos no parque.
– Conseguiu falar com a sua amiga?
– Falei, ela disse que ia ver com o namorado e qualquer coisa me ligava. Daqui a pouco eles devem estar aí.
[/off narradora ]
[on narradora ]
Me acordei lá pelas 14h. Na verdade, me acordou. Ele já estava acordado desde às 13h. Me vesti e fomos almoçar com os pais e os irmãos dele. O dia estava bonito e disse que poderíamos sair para dar uma volta. Ele concordou e disse que fôssemos a um dos parques que temos nesta cidade. Lá pelas 15h, meu celular tocou: estava na sala, conversando com todos.
– Quem é, amor? - perguntou, me olhando.
– Adivinha?
– A ?
– A própria - sorri e logo atendi.
Ela convidou a gente para ir até o parque, onde ela ira se encontrar com o inspetor. Desliguei o telefone e...
– O que ela queria?
– Nos convidar para ir até o parque, perto da casa dela.
– Vamos?
– Você quer ir?
– Sim - disse, me olhando fixamente nos olhos.
– Então vamos.
Nos arrumamos, e lá pelas 15h40 saímos de casa, no carro do pai dele. No caminho, fomos escutando música e conversando.
– A vai sozinha para o parque? - questionou.
– Sozinha eu não sei, mas que ela vai encontrar alguém lá, além da gente, ela vai - disse olhando pela janela.
– Esse alguém seria o inspetor?
– É - falei, olhando-o.
– Ela deu o celular dela para ele? - disse enquanto parava o carro numa sinaleira.
– Deu, amor - rimos juntos.
– É doida...
– Deixa ela curtir a vida! - falei e lhe dei um selinho.
Logo, seguimos caminho até o parque, o que não demorou muito a chegar. Estacionamos o carro e descemos. Depois, seguimos de mãos dadas até o parque e procuramos por . Uns minutos depois...
– Eles estão lá, amor - disse, apontando para os dois que estavam sentados próximo à uma árvore.
– Então vamos para lá - seguimos até onde o casalzinho estava.
[/off narradora ]
[on narradora ]
Estava sentada próxima a uma árvore com , o inspetor da escola, quando e se aproximaram.
– Oi, casalzinho! - falei, olhando-os.
– Oiee! - disse, e logo sorriu.
– Tudo bem? - perguntou.
– Tudo e, vocês?
– Tudo bem. Oi, - disse.
– Oi, e oi, ! - ele os cumprimentou.
– Oi! - respondeu.
– Sentem aí! - pedi.
Eles se sentaram do nosso lado e ficamos curtindo o dia lindo que tínhamos, pois amanhã voltaríamos à nossa rotina da escola.
– Tudo certo para o ensaio amanhã, ? - interrogou.
– Tudo sim. Vai ser na casa do mesmo?
– Vai, é lá que a gente sempre ensaia, desde o início.
– Beleza.
– Você vai, ? - perguntou.
– Vou. - disse olhando-o, com um certo brilho no olhar.
– Não dá para perder esse ensaio, né? - minha amiga disse, me olhando.
– Claro que não! - sorri logo depois.
Ficamos curtindo o resto da tarde ali, no parque, em boas companhias. Passava das 18h30, quando começou a escurecer e resolvemos ir até um café próximo dalí, para fazermos um lanche. Comemos, conversamos, e quando vimos, já eram quase 20h. ofereceu carona: disse que me deixaria em casa, levaria até a seu casa e, aproveitaria para mostrar-lhe a casa de , já que era caminho.
I wanna stand with you on a mountain, Quero ficar com você no alto de uma montanha
I wanna bathe with you in the sea, Quero me banhar contigo no mar
I wanna lay like this forever, Quero ficar assim para sempre
Until the sky falls down on me. Até que o céu caia sobre mim.
Depois do passeio, voltei para casa e até a hora de me deitar, conversei com papai e mamãe, assisti TV, entrei na internet, tomei banho e jantei. No dia seguinte, segunda-feira, acordei cedo para ir à escola. Depois de tomar café da manhã com a mamãe, fui até meu quarto, escovar os dentes e terminar de me arrumar. Uns minutos depois, desci e papai me levou até a escola, e depois foi trabalhar.
- Oi, Linda! - ouvi alguém dizer baixinho quando caminhava em direção à entrada do prédio da escola.
– Hã?! - disse, me virando para ver quem era.
– Oi, querida!
– Oi, inspetor! - disse ao vê-lo, que me fez sorrir.
– Tudo bem?
– Tudo e você?
– Melhor agora - sorriu com as bochechas vermelhinhas.
– Que bom. Vou para sala, a gente se fala no ensaio?
– Claro. Boa aula.
– Obrigada - disse e segui caminho.
Entrei na sala e dei de cara com o casalzinho.
– Bom dia! - dise enquanto eles se beijavam.
– Opa, futura senhorita ! - disse baixinho o "".
– É muito cedo ainda... - respondi olhando-a fixamente.
– Eu vou lá para minha sala, que já vai bater o sinal... - falou.
– 'Ta bom, amor.
– Encontro vocês lá na lanchonete?
– Sim - sorriu e deu um selinho nele, antes dele deixar a sala.
– Encontrei o inspetor agora quando cheguei - eu sorri.
– Vai ser hoje... - ela disse.
– O que vai se hoje?
– O dia D!
– Eu 'to bem ansiosa com esse ensaio...
– Eu também. Tomara que dê tudo certo.
– Tomara mesmo.
O sinal bateu, a turma já estava toda lá, e logo o professor adentrou, dando-nos bom dia. Tivemos aula normal toda a manhã: biologia e história. Na hora do intervalo, fomos para lanchonete, e novamente o inspetor pareceu. , e e eu estávamos reunidos com os meninos – , , e – quando...
– Oi, pessoal! - disse.
– Oi, inspetor! - todos eles dizeram e me olharam, controlando o riso.
– Que horas é o ensaio hoje mesmo?
– 14h30, lá em casa - falou.
– Acho que vou chegar um pouco atrasado. No máximo às 15h eu 'to lá.
– Beleza. A gente espera vc - avisou.
– Beleza. Vou lá, falo com vocês mais tarde.
– Tchau, inspetor - falei.
– Tchau, linda - disse perto do meu ouvido o "linda", me fazendo arrepiar toda.
– 'To te dizendo, ... - disse.
– ! - falei quase num grito.
– Logo logo isso muda - ela disse, entre risos.
– Não sei não...
Passamos o intervalo conversando, e depois tivemos as aulas de história. Na saída, nos encontramos todos no portão.
– Às 14h30, lá no Chuck , beleza? - disse.
– Beleza, ! - todos responderam.
– , como você vai? - interrogou.
– Ia pedir para minha mãe me levar...
– Se quiser, eu falo com o e a gente passa para te pegar.
– Se não for incômodo...
– Claro que não. Te ligo quando a gente tiver saindo.
– Beleza. Tenho que ir - disse ao ver meu pai.
– Até mais!
– Até!
Depois de entrar no carro.
– Oi, pai! - disse depositando um beijo na sua bochecha.
– Oi, minha filha! - depositando um beijo em minha bochecha. - Tudo bem?
– Tudo e você?
– Tudo bem - sorriu. Como foi a aula?
– Boa, boa. Hoje à tarde eu vou sair...
– Vai onde?
– Tem ensaio da banda do namorado da . E hoje vai uma pessoa, que chamaram para tocar guitarra.
– Que horas e onde é?
– Às 14h30, na casa do , colega do , namorado da .
– Tudo bem. Queres que te leve?
– Não precisa, a , disse que passa para me pegar.
– 'Ta bom.
Chegamos em casa alguns minutos depois, e mamãe nos esperava com o almoço pronto, e pelo cheiro parecia delicioso. Deixei meu material no quarto, lavei as mãos e desci para almoçar. A comida estava realmente muito gostosa. Avisei a mamãe do ensaio e ela disse que eu poderia ir sem problema, desde que não voltasse tarde. Depois do almoço, papai saiu novamente, poucos minutos depois, e eu me deitei um pouco no sofá da sala para assistir TV e pedi à mamãe que me chamasse quando fosse perto das 14h.
Pouco depois, e passaram para me pegar e seguimos para a casa do , a alguns minutos dalí. Fomos o caminho inteiro ouvindo música, até que...
– E aí, muito ansiosos com o ensaio? - questionei.
– Muito! - disse, parando num semáforo.
– Vai dar tudo certo, amor - disse, dando-lhe um selinho.
– Tomara! Daqui duas semanas tem a apresentação...
– Eu sei, vai com fé que vocês conseguem - falou olhando-o fixamente, e dessa vez depositando um beijo em sua bochecha.
Seguimos mais algumas quadras até chegarmos à casa do : era bem grande, de dois andares, cor de tijolo. estacionou o carro, um pouco afastado da casa, descemos e logo ele tocou a campanhia.
- Fala, pessoal! - disse ao nos ver, depois de abrir a porta.
– E aí? - falou.
– Só faltavam vocês... - disse enquanto nos cumprimentava.
– O inspetor já está aí? - interroguei.
– Foi o primeiro a chegar. Vamos? - ele disse, fechando a porta.
– Vamos. estão no porão? - quis saber.
– Sim - sorriu.
Seguimos até o porão, onde eles ensaiavam; como havia dito, estavam todos lá. Cumprimentamos todos, e quando cheguei a , ele me deu um selinho.
– Tudo bem? - perguntei enquanto abraçava-o.
– Apesar da ansiedade, 'ta tudo bem. Para falar a verdade, melhor agora que você chegou.
– Vai dar tudo certo, você vai ver... - disse depositando um beijo em sua bochecha.
Em pouco minutos, eles se preparam para ensaiar: estavam todos a postos e já haviam decidido que música tocaria: a escolhida foi "Wake me up when september ends", do Green Day. e eu estávamos sentadas de frente para eles e, em poucos minutos, começaram a ensaiar. Todos faziam seus papéis, e acompanhava na sua guitarra, maravilhosamente bem.
– Eu falei que ia dar certo! - disse baixinho para mim.
– Pois é, que bom - sorri.
– Isso é ótimo!
– Olha como estão todos com olhares felizes....
– Agora eles terminam o terceiro ano, o inspetor sai do colégio e eles vão viajar em turnê...
– E a gente?
– Só vai em época de férias. Ano que vem, é a gente no terceiro ano.
– É...
Pouco depois, terminaram de tocar aquela música. Por alguns minutos ficaram todos quietos, se olhando, até que disse.
– Por que estão quietos?
– O que vocês acharam? - perguntou.
– Perfeito! Completou a banda, que já era ótima! - falei.
– E você, amor?
– Eu concordo em número, gênero e grau com a nossa amiga - sorriu ao dizer isso.
– Mesmo?
– Uhum. Eu te disse, amor... - se levantou e deu um selinho no namorado.
– Obrigado, minha princesa - disse baixinho em seu ouvido.
– Te amo - respondeu no mesmo tom.
– E eu, minha opinião não conta? - falou.
– Claro que conta! - disse.
– Eu concordo com as meninas! - ele sorriu.
- Quer dizer que me aceitam na banda? - disse, olhando todos ao redor.
Minutos depois de se entreolharem e pensarem...
– Sim,você faz parte da banda! - respondeu olhando .
– Ai, eu não acredito!
– Isso é ótimo! - falei.
– Já temos uma banda para tocar na nossa formatura, ano que vem... - disse, olhando-me.
– Caraca, é mesmo, ! É a banda perfeita para isso! falamos e batemos as mãos, como forma de comemoração.
– Agora vocês tem que ensaiar as músicas que vocês têm escritas e alguns covers para tocar no festival. E se Deus quiser, vai te algum empresário lá que vai contratar vocês - falou.
– Exatamente isso que a gente vai fazer: ensaiar, ensaiar e ensaiar! - disse.
As horas seguintes passaram, testando as músicas que eles escreveram com mais uma guitarra. até umas 21h, parando o ensaio às 20h para jantar. Às 21h fomos embora: fui de carona com e . Ele estava mais animado depois de uma intensa tarde/noite de ensaios. Cheguei em casa, perto das 21h30, pois pegamos muito movimento no caminho. Quando cheguei, sentei no sofá junto de meus pais e contei sobre o ensaio.
– Quando vai ser o show, filha?
– Daqui a duas semanas, pai! Por quê?
– Nós podemos ir?
– Claro - sorri.
– Avisa a gente quando for compra o ingresso, filha?
– Claro, mãe.
Depois de uma conversa, não muito longa, subi até meu quarto, tomei banho, coloquei o pijama e fui me deitar, já que teria aula no dia seguinte.
I wanna stand with you on a mountain, Quero ficar com você no alto de uma montanha
I wanna bathe with you in the sea, Quero me banhar contigo no mar
I wanna lay like this forever, Quero ficar assim para sempre
Until the sky falls down on me. Até que o céu caia sobre mim.
Duas semanas depois, todos os dias ensaiando até tarde, finalmente chegou o grande dia. Era um sábado de manhã, e estávamos todos juntos no local onde seria o festival. e eu estávamos na platéia; enquanto eles, em cima do palco, testando o som e fazendo um último ensaio. Tudo correu bem, graças a Deus.
– E aí? 'Ta bom assim? - disse perto da gente, depois da checagem de som.
– Maravilhoso! - eu sorri.
– Que bom. Acho que estamos todos muito nervosos e ansiosos com essa apresentação... - falou.
– Até eu estou. Mas vocês ensaiaram bastane nessas duas últimas semanas, e tenho certeza, que dará tudo certo esta noite - disse.
– Que horas a gente tem que estar aqui mesmo? - perguntou.
– Às 17h. E agora, são exatamente, 11h - avisou.
– O que a gente vai fazer agora? - quis saber.
– Que tal se a gente for até o parque, e depois for almoçar no shopping? - sugeriu.
– Tem um parque aqui perto... - falou.
- E um shopping também! - eu disse, olhando-a.
– Pronto. Fechou! 'Bora? - disse.
– 'Bora, galera! - disse, se levantando.
Logo depois, estávamos no parque, próximo dalí. Era um sábado ensolarado e muito quente, por isso ficamos embaixo das árvores. Nos deitamos na grama e ficamos em silêncio, meio que estávamos meditanto, tentando relaxar para o show desta noite.
– , até a gente 'ta ansiosa com o show? - interroguei.
– É, né! - rimos juntas depois. - Faz partee!
– Pois é...
Ficamos assim durante alguns minutos, quando cansou e começou a contar piadas, para baixar a tensão. Rimos bastante, brincando feito crianças no parque, correndo para lá e para cá, até que bateu a fome e fomos para o shopping que tinha próximo dalí.
– Direto para a praça de alimentação? - interrogou.
– Sim! - todos falaram em coro.
Entramos no shopping e seguimos direto para a praça de alimentação, no terceiro andar. Já passava das 12h30, quando achamos uma mesa. e eu dissemos que o queríamos, e os meninos sairam em busca da nossa comidinha. Alguns minutos depois...
– Aqui está, amor - disse, colocando a bandeja em sua frente e sentando-se ao lado dela.
– Obrigada, paixão! - falou, dando selinho nele.
Pouco depois, apareceu com o meu almoço e o dele.
- Obrigada - eu disse, e logo sorri.
– De nada - respondeu e depositou um beijo em minha bochecha.
– Bon appetit, galera! - disse.
Depois disso, só se ouviam o barulho dos garfos e facas. Estávamos com fome mesmo. Entre algumas garfadas e outras, fomos conversando sobre o show e tudo mais.
– Que hora vocês entram no palco? - perguntou.
– Às 19h, né ? - disse.
– Sim, às 19h vocês entram e tem em torno de quarenta e cindo minutos para se apresentarem, já que são muitas bandas.
– Que hora termina o festival? - interroguei.
– Ouvi falar que vai até umas 22h, mas a gente não precisa ficar até o final - falou.
– Isso. O pessoal da organização tem os dados de contato de todas as bandas que vão participar, caso algum empresário tenha interesse, eles têm autorização para passar esses dados - disse.
– Entendi - falei.
– Vai rolar festa hoje? - disse, olhando o namorado.
– Lá em casa - disse baixinho em seu ouvido, o que fez com que ela ficasse com as bochechas meio coradas.
– Esqueceu que meus pais estão viajando? - respondeu no mesmo tom.
– É verdade. Quando eles voltam, amor?
– Só na segunda - ela sorriu.
Seguimos conversando, até que terminamos de comer e resolvemos dar um volta no shopping antes de irmos para casa, nos arrumarmos para a noite. Logo que começamos a passear pelo shopping, e eu entramos em uma loja de roupa feminina.
– A gente não demora, amor - ela disse antes de entrar, e lhe deu um selinho.
– A gente vai nessa do lado - ele respondeu depois do selinho.
– Okay.
Olhamos, olhamos.
– Olha que linda essa blusa! - mostrei-a à .
– Wow! É linda mesmo! Para seduzir o inspetor, né senhorita? - disse me olhando.
– Não tinha pensado nisso... - sorri.
Como eu tinha dinheiro suficiente, comprei a blusa já pensando em usar para o show.
acabou comprando uma preta, bem bonitinha.
Pouco depois, saímos da loja e encontramos os meninos, que estavam com sacolas – também haviam feito compras.
– Fazendo compras, hein?! - disse, abraçando o namorado.
– Vocês também... - ele falou.
– Essa noite vai ser especial e precisa de roupa nova! - disse sorrindo.
– Também acho. Hoje a carreira do Simple Plan vai deslanchar - falei.
Fomos todos para casa, e me levaram. Combinamos de estar lá no local do show entre 17h30 e 18h, já que o show começaria às 19h. Entrei em casa, em torno de 15h, fui à procura de meus pais, e os mesmos se encontravam no jardim, aproveitando o dia bonito. Conversei um pouco e logo avisei que tinha combinado de estar no local do show no horário marcado. Assim, subi até meu quarto para tomar banho e trocar de roupa. Minha mãe fez o mesmo, já que nós, mulheres, demoramos mais a nos arrumar do que eles.
Uns trinta minutos depois, estava em meu quarto me arrumando. Já que estava um dia quente e a previsão era de que continuasse assim noite adentro, coloquei uma calça capri jeans, uma regatinha lisa preta e a de crochê por cima, além de uma sandália de salto – não muito alto –, passei maquiagem básica, e pronto. Em poucos minutos, estava arrumada.
– Filha, que hora termina o festival? - minha mãe disse, entrando em meu quarto, que já estava com a porta aberta.
– Eles disseram que deve ser entre 21h30 e 22h, mas a gente não 'ta pensando em ficar até o final.
– Eles vão ser um dos primeiros?
– Serão os primeiros! - respondi, olhando-a.
– Que tal se formos todos jantar depois?
– Posso convidá-los para irem também?
– Claro, filha. Assim já conheço seus amigos.
– Tudo bem.
Já eram 17h e estávamos todos prontos na sala.
– Como estou, filha?
– 'Ta no clima de um festival de música, pai - disse olhando-o descendo as escadas.
– Vamos? - minha mãe disse, me olhando.
– Por mim, vamos - respondi feliz.
– Então vamos. O carro já está lá fora - meu pai avisou.
– Eu já fechei tudo - minha mãe disse.
Peguei minha bolsa e logo deixamos a casa em direção ao local. Liguei o rádio do carro e fomos ouvindo uma boa música. Levamos cerca de vinte minutos até chegar ao local, pois já havia trânsito congestionado nas ruas próximas.
– ! - ouvi gritos na outra direção
– ! Chegamos juntas! - eu disse ao vê-la próxima a mim.
– Bem na hora!
– É, cadê os meninos?
– Parece que já estão todos aí.
– Amor, eu vou lá ver se estão todos e depois volto - avisou.
– Okay. A gente vai lá para frente do palco - ela disse logo ao entrarmos.
– Ok, baby. Te amo - ele disse, beijando-a rapidamente e seguindo até o camarim.
– Me too, honey.
Fui com e meus pais até próximo ao palco, onde estaríamos durante os shows e ficamos conversando.
– Ah, antes que eu esqueça... - eu disse, olhando .
– Que foi?
– Até que horas você vão ficar aqui?
– Acho que até umas 21h. Por quê?
– Minha mãe os convidou para jantarmos juntos. Vamos?
– Boa idéia! Vamos esperar o vir aqui, daí eu falo.
– Beleza.
– Deve 'ta bem tenso lá no camarim...
– Podemos imaginar, mas eles vão conseguir algo hoje!
– Com certeza - sorrimos juntas.
Tempo depois, já passava das 18h, quando os meninos vieram falar com a gente, antes de se concentrarem e se prepararem para a apresentação.
– Oieee! - nós dissemos ao vê-los.
– Oi, meninas! - falou.
– Oi, inspetor! eu disse e ri.
– Não me chame mais assim - disse ao me dar um beijo na bochecha.
– 'Ta bom - sorri e ele sorriu junto, me deixando derretida por dentro e por fora.
– Estão preparados para mostrar a que vocês vieram? - perguntou.
– Apesar da tensão, acho que estamos prontos - falou.
– Acho não, , Você tem que dizer: ESTAMOS PRONTOS!
– Isso mesmo, pensem positivo que vi dar tudo certo - falei.
Fizemos um abraço coletivo, com boas vibrações, e antes que eles voltassem para o camarim...
– Meninos, esses são meus pais, e - disse, apresentando-os.
– Prazer, meninos - meu pai disse.
– Boa sorte lá em cima - minha mãe falou, apontando ao palco.
– Obrigado por terem vindo e obrigado pela torcida - disse.
– Eu falava com a , antes de virmos para cá... - minha mãe falou.
– ... da gente ir jantar todos juntos depois, que tal? - completei.
– A gente não vai ficar até o final, vai? - interrogou, olhando os outros.
– Não! A gente fica até umas 21h - falou.
– Podemos ir depois, pode ser? - disse.
– Tudo bem! Perfeito! - respondi.
– A gente encontra vocês lá fora às 21h10, no máximo.
– 'Ta bom, amor - disse.
– A gente precisa voltar lá para se aquecer, logo é a hora... - avisou.
– Boa sorteee! Pensem positivo que vai dar tudo certo! - desejei.
– Isso mesmo! Estaremos torcendo aqui! - complementou.
Eles voltaram para o camarim e nós ficamos conversando até que alguém apareceu no palco e anunciou o início das apresentações: o local estava lotado e a ansiedade era altíssima.
– É agoraa! - eu disse meio alto.
– É. CHEGOU A HORA - minha amiga falou e olhamos atentas para o palco.
Pouco depois, o homem que anunciou o início deixou o palco e logo os meninos entraram. Começaram cantando "I’m Just A Kid", uma das músicas já escritas por eles. A platéia pareceu bem animada e isso nos deixava feliz.
– Começaram bem! - disse minha mãe.
– Com certeza! Eles tocam bem, né filha?
– Com certeza, pai!
Depois, tocaram cover de "I Believe In A Thing Called Love", mais outra música deles chamada "Addicted", um cover de "Happy Together" e por fim, outra música deles chamada "Perfect". A platéia aplaudiu muito depois da apresentação, deixando os meninos bem felizes e sorridentes. Tudo havia sido perfeito! Agora era só esperar pelo contato de algum empresário.
Como combinado, ficamos lá até 21h, quando nos encontramos todos na entrada, onde eu havia encontrado e , quando cheguei com meus pais.
– Onde vamos agora? - questionou.
– Tem um restaurante aqui perto, que a comida é muito boa. Nós fomos lá outro dia e adoramos - minha mãe indicou.
– Como chama? - quis saber.
– Petit Gateau.
– Bem sugestivo o nome - sorriu.
– É aqui pertinho, dá para gente ir caminhando mesmo - falei.
– São duas quadras - meu pai avisou.
– Ótimo! Vamos? - disse.
– Vamos - minha mãe disse caminhando em frente com o papai, e eu fui atrás com a galera.
No caminho, fomos conversando sobre a apresentação.
– Vocês gostaram mesmo, meninas? - interrogou.
– Amamos! - dissemos juntas ao nos olharmos.
– Que bom! Eu acho que a platéia gostou, pelo menos, foi o que pareceu - falou.
– Mãe, pai?!
– Fala, filha! - meu pai disse.
Vocês gostaram a apresentação deles?
– Muito! Vocês tem tudo para dar certo - minha mãe falou.
– Também acho. A propósito, tem um colega meu da empresa, que o sobrinho trabalha numa gravadora...
– Pai?! - fiquei paralisada com o que ele havia dito.
– Eu posso falar com ele...
– Seria ótimo! - respondeu, olhando os meninos.
– Com certeza! - falou e sorriam todos juntos.
– Ótimo, falarei com meu colega, segunda-feira.
– Obrigado, pai! - gritei feliz da vida e abracei meu pai por trás.
– Obrigado, mesmo! - falou.
- Que isso, gente. Podem contar comigo, se precisarem de algo - disse, e logo adentramos o restaurante.
Minha mãe pediu à recepcionista que juntassem mesas para acomodar nosso grande grupo, e logo estávamos sentados, escolhendo o que comer, dentre diversas opções. Minutos depois, pude sentir o delicioso cheiro que vinha da cozinha, provavelmente.
– Aí vem nossa papinha - eu disse, olhando todos com caras de fome.
– O estômago ronca... - brincou.
Em seguida, nos serviram, e pudemos saborear uma comida realmente muito gostosa. Como o nome do restaurante já diz, a sobremesa principal é o petit gateau, aquele bolinho de chocolate servido com sorvete, que para uma noite quente, era perfeito.
- Petit Gateau para todos? - a atendente perguntou.
- Sim! - respondemos em coro.
Comemos, bebemos, conversamos e nem nos demos conta das horas. Já passava da meia-noite quando deixamos o local, e no caminho de volta até o carro, fui bem atrás de todos, junto com .
– A noite foi ótima! - falei.
– E pode ser mais ainda - disse, já com as bochechinhas rosadas.
Paramos um pouco, para que ficássemos um pouco mais distante dos demais, e...
– Como? - questionei.
– Basta você responder minha pergunta.
– Pergunte, então - disse, olhando-o.
– Aceita ser minha namorada? - questionou com receio da resposta, bem perto dela.
– Eu... eu... - falei de cabeça baixa, sem saber o que responder.
– Me dá essa chance. Se não der certo, prometo que seremos apenas bons amigos! - disse levantando minha cabeça com o dedo indicador.
– Okay, inspetor dos olhos . Eu aceito ser sua namorada!
– Oww Deus, obrigado por ter me dado esse presente. Você não vai ser arrepender.
– Jamais! - olhei-o fixamente.
Aos poucos, fomos aproximando nossas bocas, um pedindo passagem ao outro, e naquela momento, pude esquecer que meus pais, e os meninos estavam um pouco mais à frente. Foi um beijo curto, mas muito, muito intenso. Senti-me nas nuvens, senti-me como um pássaro; estava realmente muito feliz.
– Te amo - disse depois de um selinho, olhando-me fixamente.
– Eu também, inspetor.
Depois disso, seguimos de mãos dadas até o encontro de meus pais, onde contamos a novidade. Ficaram todos felizes, e nos desejaram felicidades.
– Viu como você consegue o que quer? É só ter um pouco de paciência e persistência - falou.
– É verdade, e se não fosse você e o , não sei o que seria de mim... - eu disse e nos abraçamos.