Eu nunca havia me apaixonado.
Eu nunca havia me importado com ninguém, nem comigo mesma; e isso não faz sentido, pois eu era a única coisa importante para mim.
Eu estava perdida em todo o meu glamour blasé, achando divertido tudo o que eu fazia e o que deixava de fazer.
Meus olhos estavam fechados e era dessa forma que eu estava vivendo. Anestesiada e caindo, sempre caindo. E eu não me importava...
Minha vida estava bagunçada, e eu estava atravessada em toda essa confusão; não queria ajuda. Minha decadência me confortava, eu estava acomodada com minha própria degradação.
Mas as coisas mudam. O mundo gira. Pessoas aparecem em nossa vida. E a bagunça se torna ainda maior, mas quando você menos espera, essa bagunça só serviu para colocar todas as coisas no lugar.
A culpa de tudo o que aconteceu é única e exclusivamente minha. Não há vilões nessa história, a não ser eu mesma. Não há problemas nem impedimentos, a não ser os que eu fiz questão de impor. Eu construí e destruí muitas coisas, aprendi o valor que o reconhecimento de um erro tem.
E mesmo depois de muitas coisas boas, tudo sempre estava perdido para mim. Uma pessoa como eu não merece salvação.
Mas ele achou que eu estava errada, e me provou isso. Ele foi a maior confusão, porém o grande esclarecimento da minha vida.
E eu não tive escolha.
Depois de tanta insistência, havia finalmente conseguido o que tanto queria comigo. Eu estava em seus braços, enquanto seus lábios macios tocavam os meus com um turbilhão de sensações contraditórias, que passavam dele para mim como se partilhássemos dos mesmos dilemas.
Estávamos enroscados no banco traseiro de seu carro, e confesso que eu esperava mais de um cara de 20 anos. De qualquer forma, minha mente não se prendia a esse tipo de detalhes; ela estava sempre preocupada em me fazer agir quando eu não estava bêbada demais para simplesmente não ter uma consciência.
Com , a minha constante queda parecia cessar. Eu não me sentia tão atravessada em minha própria vida, eu não errava tanto. Seus olhos eram o oásis de conforto que eu secretamente buscava, mas jamais admitiria. Seu sorriso fazia o mundo não parecer tão cruel e frio; era como se uma garota como eu ainda tivesse sua salvação. E eu me sentia especial aninhada em seu peito, de um jeito que eu poderia chamar de terno, algo que nunca me aconteceu, nem mesmo quando Ethan me olhava com dor e dizia que me amava; seu coração sendo cruelmente dilacerado pela minha falta de sentimento. Talvez compaixão eu sentisse por ele, mas meu egoísmo sempre havia sido mais forte; eu nunca era capaz de dar um fim à nossa estranha e errada dependência.
Mas com ... com ele era sempre diferente, irreverente, inusitado. Eu adorava, muito mais do que gostaria adorar, muito mais do que eu normalmente me permitiria.
Meu corpo foi desajeitada e cuidadosamente repousado sobre a porta traseira do carro, enquanto seu tronco definido e largo por sob a camisa xadrez se deitava sobre mim. O jeans grosso dele estava entre as minhas pernas, sendo pressionado contra meu ponto quente graças à sua coxa esculpida.
Os vidros embaçados, respirações descompassadas, movimentos atrevidos.
Seus dedos ágeis contornavam minha virilha enquanto seu polegar abusado deslizava suavemente pelo tecido de minha calcinha.
Suas íris denunciaram seu nervosismo, enquanto eu era covardemente nocauteada por seu profundo olhar. E para mim, naquele momento, não havia nada que pudesse ser tão reconfortante, tão quente, tão maliciosamente adorável quanto a figura de seus cabelos desgrenhados graças a meus dedos, sua respiração desregulada que fazia seu peito parecer ainda mais pesado, sua excitação tão evidente e sua virilidade tão exposta e escancarada diante de mim. Aquela era a imagem perfeita de um homem pronto para dar um rápido prazer a uma mulher. Mas não para nós dois. Parecia algo mais. Não era errado, não era sujo. E eu me sentia pura novamente, como uma garotinha que mal sabia o significado de dedos masculinos e viris invadindo sua peça íntima inferior. Mas isso era apenas um sentido figurado atribuído àquela situação tão maravilhosamente não-planejada, que parecia irreal.
Nosso contato visual permaneceu intacto, e graças à respiração pesada de , eu podia sentir seu abdômen roçar no meu de um jeito deliciosamente provocante, embora fosse algo inocente. As carícias de seus dedos pareciam tímidas a principio, apenas me estimulando de forma que minha garganta não fosse capaz de conter os suspiros e gemidos embolados em um nó confuso.
Seus olhos se estreitaram e todo o nervosismo pareceu evaporar com a velocidade de uma batida cardíaca. Um sorriso enviesado adornou seus lábios e aquele sedutor estava de volta, disposto a me fazer perder coisas como juízo, dignidade e decência; coisas que não fariam a mínima falta.
Agarrei os fios de seus cabelos num reflexo imediato proporcionado pelo prazer de quase ter uma parte dele dentro de mim, e prendi meu lábio inferior com os dentes, sentindo que a cada dia o efeito que ele tinha sobre mim se intensificava de maneira absurda. E mesmo que eu não gostasse de estar à mercê de um garoto, por mais lindo e atrevido que fosse, minha rendição a ele era inquestionável e totalmente tangível. Parecia o certo. Parecia que suas mãos fortes haviam sido feitas para deslizar por meu corpo sem qualquer pudor, e isso não me parecia impuro; seu olhar parecia destinado a corromper minha mente sem meu consentimento, e ainda assim isso lhe era dado de forma totalmente inconsciente. Ele conseguia arrancar de mim qualquer vestígio de degradação; fazia-me parecer linda.
- ... – minha voz saiu num gemido estrangulado de prazer, enquanto meus olhos mergulhavam na escuridão entre minhas pálpebras.
Ouvi uma risada curta e infame escapar de seus lábios, enquanto seu membro rígido se pressionava contra minha coxa.
E uma inconsciência deliciosa me abraçou no exato momento em que me penetrou com seus dedos, afundando o calor de sua boca em meu pescoço.
Meus dedos não suportavam sua própria força, segurando os cabelos macios dele sem nenhuma piedade. Meus gemidos quebravam o silêncio que preenchia a atmosfera, entrando em plena harmonia com os suspiros pesados que liberava por estar dolorosamente excitado.
Seu rosto se afastou levemente, apenas para que ele pudesse olhar profundamente em meus olhos enquanto eu me contorcia eroticamente sob seu corpo, sentindo o calor entre minhas pernas aumentar a cada minuto. O sorriso convencido e prepotente não abandonou seu rosto, e a irritação que me atingiu em função disso só serviu para intensificar todo o prazer que eu estava sentindo. De repente, meu quadril se tornou completamente submisso às investidas de seus dedos, e não bastava somente que os movimentasse dentro de mim, eu precisava urgentemente me mover contra eles.
Seu olhar de diversão destruía minha resistência, me levava cada vez mais para perto do abismo, e eu senti que estava caindo novamente. Mas de um jeito agradável e doce; um frio delicioso que se apoderava de minha barriga, um formigamento que atacava minhas extremidades sem misericórdia, e ia me preenchendo aos poucos, enquanto sentia que seu dever estava quase cumprido. Mais um pouco, e eu estaria completamente em suas mãos.
Mais um pouco...
Sua testa se franziu em um sinal claro de que ele também estava à beira de um êxtase profundo, roçando descaradamente o volume em seu jeans contra minha coxa descoberta. E foi então que meu interior explodiu em pedaços e a dormência se instalou em meu corpo, segundos depois de ele ter-me feito chegar ao meu ponto máximo de uma maneira esplêndida. Eu tentava absorver o máximo de ar possível enquanto sentia meu peito subir e descer, fazendo minha respiração se misturar com a dele.
- Quero ir para casa – sussurrei com uma voz que não parecia minha; estava rouca e falha, inundada em êxtase. Seus olhos me fitaram confusos e ligeiramente desapontados; talvez eu não tivesse sido clara o suficiente. – Quero ir para sua casa.
- Não sei se sou capaz de agüentar. – Seu sorriso sacana se alargou ao que sua voz tentava me persuadir.
- Que pena! – Dei uma mordida no canto direito de seu lábio inferior; minha voz tão convincente quanto a dele. – Eu gostaria muito de estar em sua cama esta noite.
Por mais que eu achasse que havia algo de errado comigo, no fundo eu sabia que era o certo. Era o certo porque era o que nós dois queríamos.
fechou seus olhos dolorosamente, como se o efeito de minhas palavras sobre ele fosse inimaginavelmente monstruoso.
- Sabe que não posso negar um pedido feito dessa maneira – ele murmurou, ainda de olhos fechados. – Imaginar você em minha cama é o que mais tenho feito desde que nos conhecemos.
Franzi minha testa em sinal de desconfiança. Será que depois de tanta negação de minha parte, não havia aprendido que eu jamais seria apenas um fantasma que dormiu em sua cama por algumas poucas horas?
- Não... não me entenda mal, por favor. – Sua testa repousou sobre a minha delicadamente, enquanto seus lábios faziam cócegas nos meus a cada vez que ele os movia para formas suas justificativas. – Você sabe que não é só isso. Eu estou apaixonado por você. Tão desesperadamente apaixonado que preciso ter você.
Seus olhos febris denunciaram a verdade em suas palavras, e eu senti uma leve dor dentro de mim. Uma dor que nunca havia sentido. Uma dor que se parecia bastante com ternura; era agradável. Meu coração estava inflado dentro de meu peito, e esse era o motivo da dor. Eu parecia estar sendo preenchida, mas sem saber.
era meu favorito, disso eu tinha certeza. Seu jeito sempre tão adoravelmente perverso me causava as sensações mais desconhecidas e esquisitas. E eu adorava.
- Você fica bonitinho quando está sem graça. – Sorri infantilmente para ele, vendo seus olhos se estreitarem enquanto me fitavam de um jeito estranho.
- Tenha certeza de que eu não vou ficar bonitinho daqui alguns minutos, quando estiver sobre você. – Fui retribuída com um riso nada cristão, e sua boca se aproximou do meu ouvido com suavidade. – E se você quer saber, não estou te achando nem um pouco bonitinha agora.
Seus dentes prenderam o lóbulo de minha orelha tortuosamente, dando uma leve puxada, e soltou todo o seu ar ruidosamente sobre a minha pele. Seus dedos fortes e ágeis seguraram os meus com delicadeza, guiando minha mão para baixo, até que ela tocasse o volume em seu jeans.
- Espero que isso seja fofinho para você. – Uma de suas sobrancelhas se arqueou, e seus lábios formavam um biquinho extremamente sensual, e essa combinação sutilmente infernal foi o suficiente pra acabar com o ar em meus pulmões.
Com a mente debilitada o suficiente para não conseguir formular uma resposta à altura de seu comentário, tudo o que eu fiz foi apertar meus dedos levemente ao redor de seu membro coberto, sendo unicamente guiada por meus instintos. Eu já havia perdido todo o meu controle naquele momento, e ver seus olhos fechados e sua boca entreaberta diante de meu rosto, soltando um gemido extremamente prazeroso, era muito mais do que eu podia suportar. A urgência havia triplicado.
- Vamos para casa e eu te direi se acho isso fofinho.
Com um sorriso nos lábios, se levantou rapidamente e antes que eu pudesse conseguir pensar em me mover, ele já havia saído pela porta de trás e agora se encontrava no banco da frente de seu Jaguar.
Tirei meus peep toes e pulei para o banco do passageiro, completamente desajeitada, e sem deixar de notar o olhar de sobre minhas pernas quando meu vestido subiu perigosamente.
Com muito custo, seus olhos se desviaram de mim para prestar atenção ao trajeto que seguiríamos nos minutos seguintes.
O sorriso que moldava seus lábios não era o de um rapaz com boas intenções, e isso ficava bastante claro pela forma como ele segurava no volante; com tanta força e autocontrole que aquela pobre peça se desfaria em pedaços a qualquer instante.
Mas ele havia dito que não estava me achando bonitinha naquele momento. Será que ele me considerava como tal?
- O que foi? – perguntou educadamente quando percebeu que eu o estava olhando por tempo demais.
- Você disse que não estava me achando bonitinha, e isso me levou a inúmeras indagações internas sobre o que você pensa sobre mim – respondi, minha timidez sendo denunciada pelo simples gesto de colocar o cabelo atrás da orelha.
- Você se importa com o que eu penso de você?
Havia sido pega de surpresa, mais uma vez. Isso já estava se tornando um verdadeiro clichê, ainda mais quando o assunto era . Ele tinha o dom de me surpreender, de me impressionar, de adicionar um pouco de magia em tudo que poderia ser considerado sem graça e comum.
- Apenas responda a minha pergunta, . – Fiquei séria de repente, odiando não estar completamente segura e no comando de tudo. Ele soltou uma risada nasalada quando percebeu a infantilidade estampada em meus lábios, que formavam um biquinho, e em meus olhos, que não o encaravam.
- Eu te acho encantadora – ele falou simplesmente.
- Isso é sério? Porque nenhum garoto já me fez esse tipo de elogio alguma vez.
- Eles estavam preocupados em te chamar de gostosa, em vez de prestar atenção em você de verdade. Você é a garota mais sensual que eu já conheci, e o mais excitante disso tudo é que é totalmente natural, como se fosse uma parte de você; nada forjado. – aproximou seu rosto do meu, aproveitando que o carro estava parado em algum lugar que eu não pude distinguir. – O seu olhar é sempre tão doce, e eu aposto que nenhum garoto se preocupou em enxergar isso. O seu corpo, suas curvas são de uma mulher, mas a verdade é que você não sabe bem o que é. Você é uma garotinha, que me confunde com seus extremos. – Seus lábios roçaram nos meus levemente, e tudo pareceu sumir ao nosso redor. – Sendo menina ou mulher, tudo o que eu quero é descobrir você essa noite. Nos dois sentidos da palavra.
Mais uma de suas famosas risadas curtas e infames foi libertada por seus lábios, e seus dedos derrubaram a alça fina de meu vestido, quase deixando meu seio à mostra.
- Vamos entrar – ele sussurrou de olhos fechados, e deduzi que estávamos parados em frente à sua casa. – Não posso mais esperar.
Não consegui formar frases ou sequer uma sílaba para respondê-lo. As palavras estavam em minha mente e na ponta de minha língua, como sempre estiveram, prontas para sair. Mas eu não conseguia dizer nada; tudo o que eu queria era que ele finalmente terminasse logo com aquela espera. E eu estava dormente, relaxada, despreocupada. Não havia por que temer perder o controle. tirava todo o meu medo, e isso era o que mais me assustava. Significava que ele era diferente; que aquilo que estava acontecendo entre a gente era diferente.
Andamos até a porta, ainda sem trocar uma palavra. Seu olhar penetrante já era o suficiente para que eu soubesse o que ele pretendia.
Não havia muito no que reparar pela casa; ela não me era mais uma estranha. O carpete dos degraus da escada já era bastante familiar sob os meus pés, assim como o corredor e as portas por ele distribuídas já me eram bastante íntimos.
- Não se preocupe com os garotos, eles nunca me atrapalham. – sorriu maliciosamente ao que paramos na porta de seu quarto, que ele abriu cuidadosamente para que eu entrasse. – Fique à vontade!
Senti um arrepio percorrer minha espinha ao ouvir aquelas palavras sendo pronunciadas de uma forma tão sugestiva. Logo depois de trancar a porta, ele parou atrás de mim, seu corpo tão próximo do meu que eu sentia sua respiração colidir contra meus cabelos. Todos os seus movimentos eram tão precisos e perfeitos, que pareciam minuciosamente calculados. A forma lenta e sedutora como ele girou a chave na fechadura, logo em seguida passando o dedo suavemente pelo interruptor para clarear o ambiente. O jeito como ele parou atrás de mim, como se fosse o ensaio de um toque. E principalmente a forma como seus dedos empurraram meu cabelo para o lado, e escorregaram por meu pescoço propositalmente, com a intenção de me causar arrepios.
- Eu realmente gosto quando você se arrepia – sua voz sussurrou contra minha pele. – Você sabe que comigo não adianta construir muros ao seu redor; eu estou bastante determinado a derrubá-los.
- ... – murmurei falhamente, inclinando levemente minha cabeça para o lado numa tentativa de alcançar seus olhos. O fato de que ele enfraquecia todas as minhas defesas me deixava em estado de alerta.
- Não, nada de ficar tensa. – Seus dedos massagearam a curva que unia minha nuca aos meus ombros, completamente retesada. – Lembra que você me disse, quando nos conhecemos, que não pertencia a ninguém? – Assenti levemente com a cabeça, ligeiramente entorpecida pelos movimentos de suas mãos e por sua voz rouca tão próxima de meu ouvido. – Esqueça isso. Hoje você me pertence.
Para quê nadar contracorrente? Por que evitar o inevitável? Eu já estava ali, no quarto dele, nos braços dele, completamente entregue; para que resistir? Eu já havia me conformado, e eu não me importava. Tudo estava nas mãos dele agora, assim como eu também estava.
A razão, o controle, a indiferença; tudo isso me abandonou naquele momento. Era apenas eu ali, sob suas mãos e seus lábios. Indefesa e vulnerável, exatamente como ele queria que eu estivesse. Sem escapatória, sem argumentos, sem forças, e sem vontade nenhuma de sair dali.
Minha fraqueza se triplicou quando seus dedos, completamente mal intencionados, empurraram as duas alças do meu vestido que, sem nenhum sacrifício, deslizou por meu corpo, acariciando minha pele. Minhas defesas eram nulas, pois lá estava eu, vestindo nada além de uma calcinha rendada e peep toes pretos. Uma leve brisa tocou meu corpo, mas não foi isso que me arrepiou. Suas mãos voltaram para minha nuca, dessa vez avançando sorrateiramente para frente, fazendo com que as pontas de seus dedos tocassem minha clavícula e meu colo. Sua respiração batendo diretamente em minha pele me excitou monstruosamente, e a rigidez de meus mamilos me denunciaria a qualquer momento.
girou meu corpo lentamente, até que eu estivesse encarando seu queixo marcado pelo sombreado de barba que havia ali, e senti uma onda súbita de vergonha me atingir. Ele estava inteiramente vestido, enquanto eu me encontrava praticamente nua em sua frente.
Num reflexo automático de timidez, coloquei meus braços sobre meus seios, com o intuito de escondê-los, mas fui subitamente repreendida pelo olhar de desejo que enfeitava seu rosto.
- Tive o maior trabalho para tirar seu vestido, e você se esconde? – ele disse sarcasticamente, com um sorriso torto e muito mal intencionado esboçado em seus lábios. – Não se preocupe, eu também estou assim.
Lancei meu olhar diretamente para seu jeans, e qual não foi a minha surpresa ao encontrar o tecido levemente esticado. Segurei no cós de sua calça, sorrindo maliciosamente para ele, e o puxei para mais perto de mim.
- Estamos no mesmo estado, com a grande diferença de que você fica ainda mais linda assim. – Seus dentes prenderam meu lóbulo e o puxaram vagarosamente. – É simplesmente maravilhoso te ver dessa forma.
Seus olhos me fitaram profundamente, e quando percebi, estava escuro, minhas pálpebras haviam se fechado, e a boca de estava sobre a minha, beijando-me avidamente enquanto suas mãos subiam pela extensão de minhas costas. Em passos um pouco desajeitados, ele me guiou até a cama, onde fui deitada carinhosamente segundos depois.
Seu corpo forte estava sobre o meu; sua virilidade à flor da pele fazia com que eu me sentisse uma mulher de verdade. Seus lábios desceram por meu maxilar e atingiram meu pescoço, deixando um rastro quente de beijos molhados por onde passavam; uma tortura absurdamente prazerosa. Fechei meus olhos e deixei que ele fizesse de mim o que bem entendesse, enquanto eu sentia que a urgência de tê-lo só aumentava a cada segundo.
Sua boca envolveu um de meus mamilos, pegando-me completamente desprevenida, arrancando um gemido alto e falho de minha garganta. repetiu essa ação inúmeras vezes, lenta e sensualmente, enlouquecendo-me com sua saliva quente em minha pele, enquanto uma de suas mãos moldava meu outro seio sob seus dedos.
Eu estava completamente fora de mim, sentindo todas as minhas extremidades esquentarem e formigarem diante das carícias ávidas daquele garoto que tinha um poder sobre mim completamente desconhecido. Meus músculos estavam doloridos de tão retesados, inundados pelo prazer que ele me proporcionava com destreza, enquanto minha mente se esquecia de qualquer regra que eu houvesse imposto a mim mesma. Com , essas normas de nada valiam. Ele nunca as respeitava.
Segurei fortemente em seus cabelos, completamente inconsciente de minha força, sendo totalmente guiada por meus instintos. Sua boca desceu por minha barriga e seus dentes prenderam a pele próxima de meu umbigo, dando uma leve mordida. Suas mãos percorreram minhas pernas, como se fossem as mais lindas que ele já houvesse tocado. Seus dedos ágeis alcançaram meus sapatos e, com muita prática, lançaram-nos para longe de meus pés. Não sei como isso foi acontecer, mas sua respiração quente e desregulada batia contra minha panturrilha, enquanto beijos demorados eram dados naquela região. Eu tinha certeza de que estava quase lá, em meu ponto máximo, tamanha era a vontade com a qual ele me provocava. E como se já não bastasse eu estar sendo torturada o suficiente, sua boca subiu por minha perna, num caminho de beijos entorpecentes e absurdamente prazerosos. Seus dedos ultrapassaram as duas tiras laterais de minha calcinha, acariciando meu quadril por baixo da peça.
Ouvi uma risada provocativa escapar de seus lábios, e sua boca tocou minha virilha.
- ... – suspirei seu nome mais uma vez, percebendo o quão repetitiva eu estava me tornando naquele momento.
De repente, suas ágeis mãos deslizaram minha última peça de roupa por minhas pernas, de um jeito propositalmente provocante e sensual. Seus olhos contemplaram avidamente minha nudez, com um desejo imensurável incendiando suas íris . Seus lábios se moldaram num sorriso intencionalmente diabólico, e tudo o que fui capaz de fazer foi jogar minha cabeça para trás, enquanto sentia seu hálito bater contra minha intimidade. A sensação de dormência retornou a mim, como uma velha conhecida, enquanto seus lábios perfeitamente desenhados tocavam o centro de minha feminilidade com tanta destreza que eu não conseguia compreender. Não conseguia absorver nenhuma informação, ou simplesmente entender como aquele cara poderia ser tão absurdamente perfeito em tudo o que fazia. Sua língua me estimulou diretamente, e o suor escorreu por minha pele, esquentando-a ainda mais.
Levantei minha cabeça novamente, não podendo controlar a grande vontade de vê-lo que me atingia, e o ar me faltou quando vi sua cabeça em constante movimento entre as minhas pernas, seus olhos fechados, a testa franzida, as mãos viris comprimindo minhas coxas com tanta força, que eu era capaz de ver cada veia saltada de seus braços fortes. Meus olhos registraram aquela imagem com precisão, guardando-a em minha mente como uma das coisas mais marcantes que já me aconteceram.
Deitei novamente minha cabeça no macio travesseiro, sentindo minha nuca gelada em função do suor que se alastrava pelos fios de meu cabelo, e percebi que eu estava muito perto de alcançar meu ponto máximo. Segurei delicadamente na cabeça de , incentivando-o a ir com mais rapidez, e por um segundo, quando ele afastou sua boca de mim brevemente, achei que meu pedido não fosse ser atendido. Ele voltou para perto de mim, intensificando as carícias de seus lábios e língua, beijando minha intimidade tão avidamente quanto beijava minha boca. Foi quando eu dobrei uma de minhas pernas, tremendo de prazer enquanto seus polegares pressionavam minha virilha perigosamente, que tudo escureceu. Fiquei momentaneamente inconsciente ao mesmo tempo em que absorvia todo o meu prazer, como se quisesse obter de mim muito mais do que eu pudesse oferecer.
Eu podia imaginar a mim mesma naquela cena: quase desfalecida em uma cama de casal que cheirava a , enquanto esse mesmo cara, tão sedutor e dominador, ao mesmo tempo em que era romântico e carinhoso, subia por meu corpo suado, distribuindo beijos por toda a minha pele molhada, se demorando novamente em meus seios.
Quando eu menos esperava, meus olhos encontraram os seus, que me contemplavam, faziam com que eu me sentisse a garota mais linda do universo. Ele tinha um leve sorriso nos lábios avermelhados e inchados; uma mera e subentendida provocação. Suas mãos envolveram meu pescoço, num gesto de enforcamento, mas havia algo de muito erótico na forma como seus dedos acariciavam aquela região. Meus olhos se fecharam quando os lábios dele tocaram meu queixo, logo em seguida subindo para minha boca e contribuindo para que a minha falta de ar aumentasse. Não que eu me importasse.
Na verdade, havia uma única coisa que me importava, e estava me incomodando bastante. estava completamente vestido. Com todos os botões da camisa no lugar. A braguilha do jeans fechada. A única parte do corpo dele que não estava coberta eram seus pés; não tinha me dado conta de como ele havia conseguido tirar os tênis e as meias.
Numa tentativa bem sucedida de assumir o controle, envolvi seu ombro em meus braços, enquanto enroscava minhas pernas nas suas, de forma que seu corpo cedesse e fosse parar embaixo do meu num piscar de olhos.
Sua testa se franziu ao que seu olhar se deparou com a imagem de uma garota completamente nua em cima dele, e confesso que a forma como suas íris me encararam foi o bastante para que eu me sentisse tão sensual e poderosa quanto ele. Era disso que eu estava falando quando mencionei que com ele eu me sentia diferente. Para ele, era como se eu fosse a garota mais linda, perfeita e sexy do mundo, como se não houvesse ninguém mais. E todos os meus desejos e fantasias mais secretas pareciam fluir de mim para ele como um processo natural. Todos os meus sentidos se aguçavam, na mesma medida em que eu me sentia mais mulher.
- ... – ele sussurrou enquanto meus dedos se ocuparam de tirar os botões de sua camisa das devidas casas. – Você me enlouquece.
Olhei em seus olhos ao que ouvi sua voz rouca e quase estrangulada gemer daquela forma tão ostensiva. Seu peitoral definido estava exposto diante de mim, e só o que eu queria fazer era tocá-lo.
Distribui beijos por toda a extensão de seu tronco, sentindo seus músculos contraírem sob meus lábios e dedos, que nunca pareciam satisfeitos com cada pedaço dele que tocavam. Suas mãos seguraram em meus cabelos de uma forma autoritária, como se competisse comigo para ver quem estava no comando. Fiz questão de deixar isso bem claro quando mordi lentamente um de seus mamilos.
- Eu quero que você sinta... – Subitamente, seus lábios alcançaram minha orelha, sussurrando as palavras com seu hálito quente. – Quero que você sinta, que saiba como eu estou me sentindo... por sua causa.
ficou com o tronco ereto, apertando minhas pernas ao redor de seu quadril, forçando-me contra ele para que eu pudesse sentir sua ereção por baixo do áspero jeans. Não pude evitar o gemido que escapou com vontade de meus lábios, enquanto minhas mãos se ocupavam de mandar aquela camisa xadrez totalmente indesejável para bem longe de nós dois. Mal havia tido tempo para pensar quando os lábios dele chocaram contra os meus de um jeito selvagem, como se quisesse me machucar, por mais que essa não fosse sua intenção. A linha turva e inconstante que separava a dor do prazer estava ali, e a tortura parecia protagonizar nosso jogo. Era dessa forma que eu estava me descobrindo nele.
Apliquei uma leve força contra seus ombros largos com as palmas de minhas mãos, e ele voltou a deitar-se sobre o macio colchão novamente, sem deixar de envolver meu quadril com seus dedos. Seus olhos percorreram meu corpo com lentidão, numa intenção de guardar cada detalhe, e percebi suas pupilas se estrangularem de febre e desejo diante de mim.
Com meus dedos trêmulos de ansiedade e prazer, desabotoei sua calça e desci o pequeno zíper metalizado, vendo seu abdômen contrair de antecipação. Dei um leve beijo um pouco abaixo de seu peitoral, sentindo-o espalmar suas mãos sobre minhas costas suadas, enquanto eu empurrava desajeitadamente seu jeans para baixo. Pude sentir cada músculo de suas coxas definidas contra a maciez das minhas; dois extremos deliciosamente misturados, a leve penugem de sua pele causando-me cócegas inocentemente maliciosas.
E então eu contemplei sua virilidade por sob a boxer preta e justa que ele usava; o elástico Calvin Klein se mexia conforme sua pélvis se contraía aos meus menores movimentos. Olhar seu membro ereto e poder constatar que eu ficaria plenamente satisfeita após tê-lo dentro de mim, me excitou completamente. não deixava a desejar em nenhum quesito, e exatamente por isso não me surpreendi ao olhar para aquela parte em especial de sua anatomia; eu não poderia esperar menos do que estava diante de meus olhos. Ainda mais de um cara como aquele.
Mordi de leve a pele embaixo de seu umbigo, sentindo-o estremecer prazerosamente sob mim. Suas boxers logo foram retiradas por meus dedos atrevidos, que traçavam arranhões por cada centímetro de sua coxa que tocavam. Agora a tortura era justa; estávamos de igual para igual.
Deitei-me completamente sobre ele, sentindo minha umidade encontrar sua rigidez, e movi meu quadril constantemente apenas para provocá-lo. Sua testa se franziu, enquanto uma solitária gosta de suor escorria por ela, chegando bem perto de seu olho esquerdo. Abocanhei seu lábio inferior, e logo sua língua invadiu minha boca sem pudores. E eu senti cada pedaço do corpo dele no meu. Seu peitoral forte contra meus seios brandos, seu abdômen definido contra minha escorregadia barriga, sua masculinidade completando minha feminilidade mesmo ainda que indiretamente.
Deslizei uma de minhas mãos por entre nossos corpos, alcançando sua ereção, segurando-a entre meus dedos enquanto prendia a respiração e retesava todos os seus músculos. Comecei a movimentar meus dedos, em uma leve masturbação, e ele gemeu contra meu ouvido ao mesmo tempo em que quase estraçalhava minha cintura com a força de suas mãos. Acelerei, vendo-o arquear as costas e jogar o pescoço para trás, nem um pouco preocupado em disfarçar a tortura que sentia. Seus dedos envolveram meus glúteos, que preencheram toda a extensão de suas palmas, e ele os apertou com um entusiasmo monstruoso, fazendo-me sentir uma dor incrivelmente prazerosa. E apenas para uma doce vingança, eu o apertei em minhas mãos, para que ele não se esquecesse de que quem sempre estava no comando era eu.
- Eu disse que... – sua voz saiu rouca e falha, mais sensual e erótica do que nunca. – Eu disse que essa noite... você me pertence. Eu mando.
Gargalhei escandalosamente, acelerando o vaivém de minha mão sobre seu membro, e ele soltou um gemido alto.
- Tem certeza? – perguntei diabolicamente, desacelerando, para depois voltar aos rápidos movimentos.
E foi então que sua expressão mudou completamente.
Eu quase não me dei conta de como aconteceu.
Sua testa relaxou, suas pupilas dilataram, um sorriso vitorioso repuxou seus lábios sorrateiramente, suas mãos subiram por meu corpo até envolver meus braços com uma força sem igual.
Meu corpo estava sob o dele em questão de segundos.
- Quer mesmo que eu responda sua pergunta? – soltou uma risada nasalada, mantendo a expressão pretensiosa em seus traços faciais.
Eu senti raiva.
Eu senti ódio.
Eu senti desejo.
Assim como senti tantas outras contraditórias emoções, tendo plena noção de que poderia explodir a qualquer momento, tamanha era a confusão em meu interior. Isso nunca havia me acontecido.
Preenchida por todos esses sentimentos extremos, cravei minhas unhas em seus ombros e as arrastei por sua pele com a certeza de que o estava machucando. Prendi seu lábio inferior entre meus dentes, puxando-o lentamente em seguida e sentindo o leve gosto metalizado de sangue em minhas papilas gustativas. Sorri ao ver o leve corte bem no centro de seu lábio bastante avermelhado e inchado e deslizei minha língua por ele, de um jeito propositalmente sexual, fazendo gemeu mais uma vez.
- Você não sabe com quem está mexendo – ele sussurrou em meu ouvido, dando uma mordida vingativa e extremamente dolorosa em meu lóbulo.
O sorriso maquiavélico em seu rosto me fez tremer, e segundos depois tudo o que eu via diante de meus olhos era o teto branco de seu quarto, enquanto sua cabeça ia de encontro a meu pescoço. Seus dentes prenderam minha pele com força, e logo depois seus lábios sugaram demoradamente a mesma região, com a intenção de deixar sua marca em mim. E repetindo esses gestos doloridos, ele desceu por meu corpo, até alcançar meus seios novamente. Quase fui capaz de arrancar os cabelos de sua nuca quando o senti morder meu mamilo rígido; um período considerável de tempo depois, seus dentes sendo substituídos por sua língua quente.
Precisava dele dentro de mim naquele momento. Não consegui controlar meu desejo e minha excitação, ambas sensações umedecendo-me ainda mais, e arqueei meu quadril contra o dele, num pedido mudo pela consumação do ato.
De repente, afastou seu rosto de mim, segundos depois seu corpo, e abriu a gaveta do criado mudo para pegar a embalagem plastificada do preservativo.
Ele mesmo o colocou, demonstrando tanta experiência que eu só me senti ainda mais quente ao vê-lo se proteger.
Logo ele estava sobre mim novamente, deslizando seu membro entre minhas pernas como se estivesse me penetrando, e logo me dei conta de que mais uma provocação estava apenas em seu inicio. Fechei meus olhos com força, até que minha visão ficasse completamente turva, apertei seus glúteos definidos com o máximo que força que pude, empurrando-o contra mim numa tentativa de acabar com aquilo o mais depressa possível.
Sua respiração colidiu contra meu rosto, e seus lábios deram um beijo no canto esquerdo de minha boca, pouco antes de suas mãos segurarem meus pulsos com força, prendendo-os acima de minha cabeça.
Os movimentos de seu quadril foram intensificados, e eu suava mais uma vez, contraindo cada parte de meu corpo. estava dolorosamente excitado, era visível em seus olhos doentes o quanto ele queria estar em mim. O fato incompreensível disso tudo era como ele estava conseguindo se segurar tanto. A resposta veio logo em seguida: ele era . Incomum, bom em tudo o que faz, diferente de qualquer outro garoto. E claro, o mais óbvio disso tudo era que sua vontade de me provocar era bem maior que a sua vontade de aliviar toda a tensão que sentia.
E ele continuou investindo contra mim, sem me penetrar, roçando sua pélvis na minha.
- Eu quero que você diga – sua voz murmurou contra a pele de meu maxilar, enquanto eu ainda sentia seus movimentos me iludindo, fazendo-me pensar que ele estava dentro de mim. – Eu quero que você diga que quer ser minha.
- ... – gemi de olhos fechados, não agüentando o fato de que ele estava me impedindo de tocá-lo.
- Se você me quer dentro de você, o diga. – Seus lábios tocaram os meus brevemente, e logo depois ele olhou em meus olhos.
- Eu... – engoli em seco, interrompendo minha fala. – Eu quero ser sua.
sorriu, e não me senti uma completa idiota por dito aquilo a ele. Era o que eu realmente queria.
E assim como ele havia me prometido, quando me ouviu dizer as palavras, me penetrou lentamente, mordendo o lábio inferior e fechando os olhos.
Involuntariamente, copiei sua expressão facial, esquecendo de qualquer coisa que não fosse nós dois, e me senti inteiramente preenchida por ele, o qual soltou meus braços momentos depois. começou a investir com força, aparentemente descontrolado, descendo sua boca de meu pescoço para meus seios que se mexiam sutilmente em função da movimentação de meu corpo e de minha respiração. Segurei em seu cabelo, empurrando minha pélvis contra a dele e gemendo alto em uníssono com ele. Seus lábios estavam apenas cobrindo um de meus mamilos; ele parecia não ter força suficiente para fazer o que quer que fosse com ele, apenas gemia em harmonia comigo. Estávamos enlouquecendo.
Sussurrei em seu ouvido, temendo que ele não ouvisse tamanha era a rouquidão que minha voz carregava, pedindo por mais velocidade. E suas diabólicas íris contemplaram minha expressão de puro prazer se transformar em indignação quando ele desacelerou e passou a investir com uma calma irritantemente angustiante. O sorriso enviesado de seus lábios era a prova mais viva de que ele estava realmente me desafiando, como se quisesse me provar que eu não posso estar no controle de tudo. Se tinha uma coisa que sabia fazer bem durante o sexo, era me irritar. E eu queria machucá-lo de novo.
Deslizei minhas unhas desde sua região lombar até seus ombros, arranhando-o novamente, numa tentativa fracassada de fazê-lo acelerar o ritmo de penetrações.
Ele apenas riu deliciosamente da minha urgência.
- Isso está muito bom, continue, por favor – ele gemeu bem baixo em meu ouvido. – Vá em frente, eu adoro.
O fato de que ele estava me pedindo para machucá-lo triplicou a minha excitação e também o meu ódio. Aquele mesmo sorriso prepotente dele estava lá, me provocando descaradamente enquanto seu cheiro me deixava levemente inebriada. Isso quase anulou minha raiva. Quase.
Enrosquei minhas pernas nas suas, de forma que ele ficasse brevemente imobilizado, e logo seu corpo estava sob o meu mais uma vez.
- Você perdeu, ! – Sorri maleficamente, vendo-o arquear uma das sobrancelhas charmosamente, mantendo o sorriso torto.
Suas mãos seguraram em meu quadril com força, e eu comecei a me movimentar; dessa vez seria do meu jeito. Naquele momento, quem foi tomada pelo descontrole fui eu, e meu quadril se mexia freneticamente contra o dele, enquanto nós dois suávamos, meu cabelo bagunçava, meus seios balançavam e as coxas dele faziam pressão contra meus glúteos em função dos movimentos de fricção que ele fazia contra mim.
gemia constantemente, e vê-lo daquele jeito por minha causa, com seus lábios entreabertos, o pescoço retorcido de prazer, a testa franzida e os urros musicalmente sensuais escapando por seus lábios, me fez perceber que eu estava muito próxima do meu terceiro orgasmo.
Segurei em sua nuca, trazendo seu rosto para perto do meu, necessitando urgentemente de um beijo. apoiou-se em seus cotovelos, sentando-se sobre o lençol amarrotado, ainda segurando meu quadril. O toque de seu tórax brilhoso e suado contra meus seios me fez gemer um pouco alto demais, e a forma como minha barriga roçava na sua a cada vez que eu me mexia, me fez entrar em êxtase, já sentindo o familiar e delicioso formigamento.
- Mais um pouco... – ele ofegou em meu ouvido, passando sua língua pela lateral de meu pescoço, enquanto suas mãos passeavam de meu quadril para meus seios, apertando-os não tão gentilmente. Com um último e forte movimento, apertei seu quadril entre minhas pernas e percebi que gozamos juntos, soltando um gemido alto e uníssono que não conseguiu ficar preso em nossas gargantas.
Recobrei uma parte mínima de minha força para que pudesse abrir meus olhos e assim que o fiz, encontrei os globos de me encarando de perto, com um deslumbramento imensurável refletido em cada detalhe. Num gesto de ternura totalmente inesperado, sua mão tocou minha bochecha com suavidade, enquanto eu tentava me familiarizar àquele tipo de coisa.
Sua testa encostou na minha, e sua respiração aqueceu minha pele de um jeito completamente novo. Seus olhos ainda se perdiam nos meus, com um fascínio ainda maior, e algo mais estava presente ali. Algo que minha dormência não me permitiu distinguir, ou pelo menos essa foi a desculpa que eu dei a mim mesma para abafar minha curiosidade. Mas isso era meio impossível de se realizar, já que o toque dos lábios dele nos meus, um toque suave e inocente, foi o bastante para confirmar minhas inconscientes suspeitas.
Um pouco constrangida, levantei-me cuidadosamente de seu colo, sentindo o vazio me tomar de assalto assim que ele deixou de me preencher. Deitei meu corpo, completamente exausto e satisfeito, no colchão delicioso e a imagem levemente desfocada de um nu se dirigindo ao banheiro surgiu em meu campo de visão. Segundos depois ele voltou, com um sorriso em seus lábios e sem uma peça de roupa sobre o corpo.
puxou o lençol delicadamente sob o meu corpo, deitando-se a meu lado e cobrindo nossos corpos nus com a fina camada de tecido branco. Seu braço deslizou pela lateral de meu corpo, repousando sobre minha cintura e sua pele se aproximou perigosamente da minha, me provocando um arrepio sutil.
O cansaço e o sono foram me vencendo lentamente, em estágios, e a última coisa que eu me lembro de ter sentido foi a respiração de bater contra minha testa segundos depois dele ter plantando um leve beijo no local.
Aquela era a minha purificação.
N/A: Nossa, olha só isso! Nunca imaginei que eu fosse ter uma fic restrita no site, considerando que eu nunca acho que meus amassos e cenas de sexo ficaram bons. De qualquer forma, aí está, Velvet Reverie, que na verdade, é um teaser da primeira fic que eu escrevi na vida. A idéia de fazer o teaser foi da Mary, porque na verdade, a real fic é em andamento e essa cena faz parte da história em si. Dependendo da repercussão dela, talvez eu mande a fic em breve, porque gostaria muito de saber o que vocês acham, ainda mais de uma fic que é completamente oposta à Dance Inside.
Quero agradecer à Lolita Pille que me inspirou muito com essa história, e isso foi há 2 anos e pouco. Obrigada à Mary, que é a grande culpada por tudo isso aí, se ela não me cobrasse, não elogiasse, não surtasse, acho que não ficaria pronta tão cedo. Obrigada à Vee, minha gêmea linda, que também me incentivou demais com essa cena, quase me batendo a cada vez que eu dizia que não sabia escrever coisas desse tipo. E o obrigada de sempre à Coralina, minha beta mais conhecida como Cah, essa pessoa com uma paciência imensurável que além de incentivar as minhas histórias malucas, ainda tem saco pra lê-las. E ela fez essa capa mega fofa pra fic, thaanks Cora! *-* Vocês são incríveis demais, quero apertar cada uma de vocês.
Enfim, espero que vocês gostem de Velvet Reverie, e comentem, é claro! Vou adorar saber o que vocês acharam! *-*